SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 57
Downloaden Sie, um offline zu lesen
DIGITALIZAÇÃO
E
PRESERVAÇÃO DIGITAL
Uma introdução / relato de caso
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
André Nito Assada
DGPJ / DT / SIBi
Universidade de São Paulo
13 de janeiro de 2016
PROGRAMAÇÃO
1. DIGITALIZAÇÃO
 Contextualização / motivação
 Imagem e documento digital – conceitos fundamentais
 Equipamentos
 Estratégias de digitalização
 Gerenciamento de um serviço de digitalização
 Formação de um arquivo digital  preservação digital
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
PROGRAMAÇÃO
2. PRESERVAÇÃO DIGITAL
 Desafios – obsolescência – analogia com o caso da Pedra de
Rosetta
 Conceito(s) de preservação
 O que digitalizar
 Como digitalizar
 Gerenciamento, armazenagem / arquivamento
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
1. DIGITALIZAÇÃO
 Contextualização / motivação
 Imagem e documento digital – conceitos fundamentais
 Equipamentos
 Estratégias de digitalização
 Gerenciamento de um serviço de digitalização
 Formação de um arquivo digital  preservação digital
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
1. DIGITALIZAÇÃO
 Contextualização / motivação
 Por que digitalizar?
 Um pouco de história
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
CONTEXTUALIZAÇÃO:
POR QUE DIGITALIZAR?
 Problematização:
 Digitalizar para preservar
 Economizar espaço
 Reduzir custos
 Aumentar a eficiência/eficácia no acesso à informação
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
CONTEXTUALIZAÇÃO:
UM POUCO DE HISTÓRIA
 DIGITAL – Representação
 A cifra de Bacon (1605) - “código”: representar uma letra por um grupo de letras
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
 O Código Baudot (1874) – código de máquina (binário: 1 ou 0)
 5 bits
 International Telegraph Alphabet No. 1 (ITA1)
 ITA2 – adoção de padrão internacional:
Predecessor do ASCII
 Comunicação à distância pelo advento da eletrônica:
TTY – Teletypewriter
 2ª Guerra Mundial (1939 a 1945)
bom dia
AAAABABBABABABBAAABBABAAAAAAAA Fonte: Wikipedia
B O M D I A
BOMDIA
Teletypewriter – TTY na 2ª GM- Fonte: Wikipedia
CONTEXTUALIZAÇÃO:
UM POUCO DE HISTÓRIA
 ASCII e UTF-8
 A questão da padronização: possibilidade de leitura
 7 bits
 7 “posições” = Maior número de combinações possíveis
= Possibilidade de representar até 128 caracteres
 Possível agora representar caracteres de controle,
espaço, quebra de linha, início e fim de transmissão,
tabulação, etc.
 Evolução da computação: adoção de 8 bits
 Derivativas do ASCII, p. ex. Unicode/UTF-8: (identificação
“code points” + código) – possível representação de mais
1.112.064 caracteres (eg. cirílico, grego, ideogramas, etc)
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
Fonte: Wikipedia ( https://en.wikipedia.org/wiki/UTF-8 )
Concluindo este tópico: para nossos fins, podemos pensar simplificadamente que o digital é a
representação do físico por meio de código binário. Importante compreender também que o código que
realiza essa representação pode variar, e a importância de se saber a codificação para interpretar e
exibir corretamente a representação – esta noção será essencial para pensarmos preservação digital
1. DIGITALIZAÇÃO
 Contextualização / motivação
 Imagem e documento digital – conceitos fundamentais
 Equipamentos
 Estratégias de digitalização
 Gerenciamento de um serviço de digitalização
 Formação de um arquivo digital  preservação digital
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
IMAGEM E DOCUMENTO DIGITAL:
CONCEITOS BÁSICOS
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
p.17, recomendações do CONARQ:
http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/media/publicacoes/recomenda/recomendaes_para_digitaliz
ao.pdf
 TIFF? Compressão? Resolução? Bits?
 O que são estes termos?
 Por que esses parâmetros são preconizados?
 Um conceito inicial:
 Matriz digital (arquivo obtido diretamente da
captura)
 Alta qualidade/fidelidade
 Arquivos grandes
 Acesso restrito
 Derivadas digitais (arquivos gerados a partir da
matriz, com fins de promover acesso, divulgação,
uso secundário, etc)
 Qualidade média/baixa
 Arquivos compactos, fáceis de copiar/transferir
 Acesso ao usuário final
IMAGEM E DOCUMENTO DIGITAL:
CONCEITOS BÁSICOS
 Texto digitado vs. Texto digitalizado
(imagem vetorial vs. imagem rasterizada)
 Texto digitado – código binário interpretado pelo programa editor de texto. É exibido como
imagem vetorial.
 Texto digitalizado – código binário interpretado pelo programa visualizador de imagens. O
código corresponde à descrição de uma imagem rasterizada, e não de caracteres de texto
“Por que alguns PDFs ficam bons quando eu dou zoom e outros ficam ruins?”
 Experimento prático: vamos salvar um slide como imagem e o mesmo slide como texto –
diferença entre caractere representado vetorialmente vs. rasterizado (será explicado a seguir)
 A importância de saber escolher a melhor forma de armazenar uma informação
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
IMAGEM E DOCUMENTO DIGITAL:
CONCEITOS BÁSICOS
 Imagem digital – conceito de Raster ou Bitmap
(explicação simplificada)
 Descrição de pontos em estrutura de matriz – cada ponto é descrito quanto à
sua posição e cor.
 Cada cor por sua vez é descrita por uma combinação entre R (Vermelho), G
(Verde) e B (Azul) (ou outros padrões de cor, como CMYK - a ser explorado em
ocasião propícia)
 Ao contrário de um Vetor, em que a descrição é relativa à orientação entre
pontos, em um Bitmap a descrição é absoluta com relação a cada ponto
 “Dar zoom”: em um vetor, o programa que lê reconstrói a orientação entre
pontos infinitamente – a imagem não “fica ruim” ; já no caso de uma imagem
bitmap, o zoom irá aproximar a visualização até o nível dos pontos OU em casos
de ampliação haverá “suavização” (=interpolação): o programa interpreta o
posicionamento dos pontos e adiciona informações que não estavam no original
(conceito de interpolação será visto mais para frente)
 Experimento prático, da mesma forma que com texto:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Vector-based_example.svg
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
Fonte: Wikipedia (https://pt.wikipedia.org/wiki/Raster)
IMAGEM E DOCUMENTO DIGITAL:
CONCEITOS BÁSICOS
 Digitalização: conversão de uma informação para o meio digital
 No caso de digitalização de documentos: conversão da informação analógica para o formato digital
 Informação analógica (não-digital): fotos, negativos, mapas, livros, áudios de discos de vinil
 Informação digital: tudo aquilo passível de transmissão ou armazenamento eletrônico (~binário)
 Informação: ao digitalizar, um documento, não apenas o seu texto é considerado informação, mas também o
papel, sua cor, suas marcas e manchas, sua textura, etc.
 Qual o objetivo da digitalização? Qual informação se deseja capturar?
Em primeira instância: deseja-se preservar o conteúdo textual e de possíveis ilustrações, ou também se deseja possibilitar outras
formas de fruir/estudar a obra (como ver sua textura e orientação das fibras do papel, possíveis vincos nas folhas, anotações à lápis,
etc)?
 Na digitalização de um documento: obtém-se uma imagem digital = obtém-se um raster
 Composto por pontos descritos com relação à posição absoluta e cor
 Posteriormente, por um processo de reconhecimento ótico de caracteres (OCR), é possível codificar um texto a
partir da imagem (a ser visto)
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
IMAGEM E DOCUMENTO DIGITAL:
CONCEITOS BÁSICOS
 Elementos básicos de uma imagem:
 Resolução ótica (“megapixels”)
 Quantidade de pontos (pixels) que compõem a imagem
 Um píxel é considerado como o menor componente de uma imagem digital.
 Modelo para compreensão por analogia: técnica do pontilhismo
( https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/60/Morning%2C_Interior_-_Luce.jpeg )
 experiência prática: em uma foto, por que geralmente “mais megapixels” significa “melhor imagem” – quantidade de
informação para descrever a mesma coisa
 Resolução ótica: capacidade de captura real da imagem (maior quantidades de pontos = maior quantidade de
informação/detalhes)
 Resolução interpolada: resultado de aumento artificial da resolução, por algoritmo  não é informação contida no original
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
15mp 6mp 2mp 1.8mp
IMAGEM E DOCUMENTO DIGITAL:
CONCEITOS BÁSICOS
 Elementos básicos de uma imagem - resolução ótica (“megapixels”)
DPI vs PPI, captura, impressão, exibição no monitor – desmistificando
DPI não está relacionado ao tamanho da imagem, e sim com a qualidade da impressão da imagem:
Indica o número de pontos por polegada (Dot Per Inch = DPI) que irá compor a imagem.
Quanto mais pontos por polegada (maior densidade de pontos) maior a resolução e qualidade.
O que significa então capturar em 300 DPI (recomendação do CONARQ¹)?
 Critério: qualidade da imagem. Exigir 300 DPI se deve à capacidade de gerar cópias de boa qualidade (legibilidade,
reprodução de detalhes)
 Uma impressão de boa qualidade precisa de pelo menos 300 DPI para que os pontos não sejam notados ao se olhar para o
impresso.
 Supondo uma imagem que tenha 1800x1200 pixels = 2160000 pixels = 2,16 megapixels
 temos: 1800 / 300 = 6 polegadas x 1200 / 300 = 4 polegadas  tamanho 6x4 polegadas (15,24 x 10,16cm, o nosso popular 10x15).
 Analogamente: se o original tem 6x4 polegadas, uma captura de 2,2 mpix é suficiente para gerar cópias de 300 DPI
 Se tenho uma folha formato A4 (8,27 pol × 11,7 pol), qual deve ser a resolução de captura para obter 300 DPI?
 11,7 pol x 300 dots/pol = 3510 dots(pixels) e 8,27 pol x 300 dots/pol = 2481 pixels ; 3300x2700 = 8708310 pixels = 8,7 megapixels
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
¹ http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/media/publicacoes/recomenda/recomendaes_para_digitalizao.pdf
IMAGEM E DOCUMENTO DIGITAL:
CONCEITOS BÁSICOS
 Elementos básicos de uma imagem - resolução ótica (“megapixels”)
DPI vs PPI, captura, impressão, exibição no monitor – desmistificando
 Se preciso de 8,7 megapixels para digitalizar uma folha A4... então basta comprar uma
câmera de 9 megapixels para meu projeto de digitalização? NÃO! Motivos:
 Você não irá digitalizar apenas folhas A4. Para digitalizar, por exemplo, uma folha A1 (22x34
pol = 56 x 86cm aproximadamente) na qualidade de 300 DPI, seria necessário um sensor de
67,32 megapixels.
 A qualidade da captura não depende exclusivamente da resolução de captura. Fatores de
qualidade:¹
 Resolução óptica
 Profundidade de bits (resolução de cor / resolução tonal)
 [Ausência de] Compactação
 [Ausência de] Interpolação
 Qualidade do equipamento
 Técnicas de captura
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
Ver pp.7-8 das recomendações do CONARQ: http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/media/publicacoes/recomenda/recomendaes_para_digitalizao.pdf
IMAGEM E DOCUMENTO DIGITAL:
CONCEITOS BÁSICOS
 Dos 6 elementos citados, os 3 primeiros são elementos básicos de uma imagem:
 1. Resolução ótica (“megapixels”) – já explicado
 2. Resolução de cor (tonal)
 Quantidade de bits usados para representar a cor de um único pixel numa imagem bitmap (raster), ie., quantidade de informação usada para descrever a
cor de cada ponto
 De forma análoga à nossa discussão inicial sobre Bacon, Baudot, ITA2 e ASCII:
Um maior número de bits possibilita um maior número de combinações. Como cada combinação é uma cor, um maior número de combinações significa
uma maior escala de tonalidades possíveis = maior fidelidade de cor
 1 bit: 1 cor (preto)
 4 bits: 24 = 16 tons
 8 bits: 16 x 16 = 256 tons
 24 bits: 256 x 256 x 256 = 16.777.216 tons
(Em RGB: 8 bits por cor)
 ... 30, 32, 36, 48 bits...
 Formato e Compressão
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
Fonte: Wikipedia
Fonte: Wikipedia
IMAGEM E DOCUMENTO DIGITAL:
CONCEITOS BÁSICOS
 Dos 6 elementos citados, os 3 primeiros são elementos básicos de uma imagem
 3. Formato e Compressão
 TIFF (Tagged Image Format): criado em 1986, formato proprietário da Adobe
 Indicado para gráficos de todos os tipos
 Permite multipágina
 JPEG (Joint Photograph Experts Group): criado em 1983
 Indicado para fotografia
 Compressão voltada para fotografia
 Possibilita fotos com tamanho “viável”
 Não permite multipágina
 PDF (Portable Document Format): criado em 1990
 Encapsula imagens rasterizadas e vetoriais
 JPEG, TIFF, PNG
 Permite multipágina
 ISO 19005-1:2005 (“PDF-A”) – para preservação
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
IMAGEM E DOCUMENTO DIGITAL:
CONCEITOS BÁSICOS
 Formato e Compressão
 TIFF (Tagged Image Format): criado em 1986, formato proprietário da Adobe
 Indicado para gráficos de todos os tipos
 Permite multipágina
 Permite compactação ou não (diversos tipos: LZW, CCITT, CT8/PNG, etc)
 JPEG (Joint Photograph Experts Group): criado em 1983
 Indicado para fotografia (lógica de compressão voltada para transições de baixo contraste, estruturas irregulares)
 Possibilita fotos com tamanho “viável”
 Não permite multipágina
 PNG (Portable Network Graphics): criado em 1996
 Voltado para gráficos na internet (melhor compressão para transições de alto contraste, áreas grandes de cor sólida, estruturas regulares)
 Possibilita compressão sem perda de qualidade (lossless)
 PDF (Portable Document Format): criado em 1990
 Encapsula imagens rasterizadas (compactadas ou não) e vetoriais
 “Incorpora” JPEG, TIFF, PNG...
 Permite multipágina
 ISO 19005-1:2005 (“PDF-A”) – para preservação
 Algoritmo MRC (Mixed Raster Content) – ABBYY, Luratech...
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
IMAGEM E DOCUMENTO DIGITAL:
CONCEITOS BÁSICOS
 Formato e Compressão
 RAW
 Formato proprietário de cada equipamento de digitalização
 Só pode ser aberto pelo próprio software do equipamento
 Informação pura obtida diretamente do output do equipamento – dados não alterados
 Em fotografia é bastante utilizado, pois permite trabalhar posteriormente com cor e luz sem grandes
perdas
 Sem compactação, tamanho grande
 RAW x TIFF sem compressão
 Por que se recomenda então TIFF e não RAW?
 Apesar de também ser formato proprietário, o TIFF é mais universal do que o RAW: diversos programas podem ler
esse formato, enquanto que o RAW é lido apenas pelo software do equipamento
 O TIFF está em uso há mais de 30 anos, havendo pressão de mercado por compatibilidade (sua última versão
está em uso há 23 anos). O software proprietário do RAW é variável conforme o fabricante e ao mudar de
versão pode simplesmente não ler mais versões antigas
 Para abrir o TIFF não dependemos da marca/software do equipamento de digitalização
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
IMAGEM E DOCUMENTO DIGITAL:
CONCEITOS BÁSICOS
 Dos 6 elementos citados, os 3 últimos estão relacionados com técnica
 Interpolação
 Poderia ser considerado elemento da imagem também, porém colocamos como um elemento de técnica
aqui porque a interpolação geralmente é ativada/desativada no momento em que se configura a
digitalização (ou então na ampliação, o que já não é mais o nosso foco de digitalização)
 Como visto anteriormente: A interpolação consiste em adicionar novos pontos a uma imagem, aumentando
artificialmente sua resolução. Essa técnica utiliza os pontos existentes, e adiciona novos pontos entre eles
com valor da média entre os pontos.
 Suaviza assim a aparição dos pixels quando se amplia uma imagem
 Ao mesmo tempo, adiciona informação que não está presente no original – não há fidelidade
 Não deve, assim, ser utilizada para geração de matrizes, uma vez que não corresponderá à informação
original
 Equipamento
 Técnica de captura (conhecimento de fotografia)
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
IMAGEM E DOCUMENTO DIGITAL:
CONCEITOS BÁSICOS
 Dos 6 elementos citados, os 3 últimos estão relacionados com técnica
 Equipamento
 Veremos sobre especificações do equipamento no próximo tópico
 Quanto à técnica: necessário compreender a técnica de operação correta: de nada adianta um equipamento poderoso,
de alta resolução, que é operado apenas mecanicamente
 Não adianta também um ótimo equipamento sem se planejar a digitalização e pensar o processo de acordo com os
objetivos que se deseja atingir
 Manutenção regular do equipamento evitando tempos de parada/improdutividade e custos com reparo de quebras que
poderiam ter sido evitadas
 Técnica de captura (conhecimento de fotografia)
 Abertura, exposição, sensibilidade/ISO, qualidade de sensores e objetivas, distorções ópticas, profundidade de campo,
balanço de cor, iluminação
 exemplo prático da influência da luz e do balanço de cores na captura digital:
https://www.youtube.com/watch?v=-uG-YAW9io4
 exemplo prático da influência do balanço de branco:
https://www.youtube.com/watch?v=Zu7ujmFwzNc
 Exemplo prático: apperture X profundidade de campo
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
1. DIGITALIZAÇÃO
 Contextualização / motivação
 Imagem e documento digital – conceitos fundamentais
 Equipamentos
 Estratégias de digitalização
 Gerenciamento de um serviço de digitalização
 Formação de um arquivo digital  preservação digital
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
EQUIPAMENTOS
 Câmeras fotográficas
 Resolução (do equipamento, não da imagem gerada) – sensor de maior resolução possibilita capturar
objetos maiores
 Inversamente, uma maior densidade de pixels em um sensor pode (simplificando) degradar a absorção de luz ou
gerar efeitos de interferência elétrica – buscar equipamentos de qualidade comprovada
 Comparação de câmeras e lentes: http://www.the-digital-picture.com/Reviews/Comparison-Tools.aspx
 Velocidade de captura
 Sensibilidade de captura (ISO)
 Qualidade da objetiva: abertura e componentes da objetiva
 Exemplo prático: comparando uma objetiva Sigma X Canon
http://www.the-digital-picture.com/Reviews/ISO-12233-Sample-
Crops.aspx?Lens=787&Camera=453&Sample=0&FLI=0&API=4&LensComp=805&CameraComp=453&SampleComp=0&F
LIComp=0&APIComp=4
 Velocidade da memória e da interface de transferência de dados
 Suporte/entrada do material a ser digitalizado
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
Fonte: Wikipedia
EQUIPAMENTOS
 Câmeras fotográficas
 Velocidade da memória e da interface de transferência de dados
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
Fonte: Wikipedia
Fonte: Wikipedia https://en.wikipedia.org/wiki/Secure_Digital#Speed_class_rating
Fonte: Wikipedia https://en.wikipedia.org/wiki/USB#Transmission_rates
Outras interfaces: Firewire, Esata, Ethernet...
EQUIPAMENTOS
 Câmeras fotográficas
 Suporte/entrada do material a ser digitalizado
 Paralelismo
 Resistência a vibrações
 Material
 Limpeza
 Não pode reagir ou contaminar a obra
 Conservação do estado físico da obra
 Facilidade de manuseio
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
EQUIPAMENTOS
 Outros equipamentos: scanners, backscanners, robôs de automação...
 Custo de compra
 Custo de manutenção
 Sensor e câmera própria ou de “fabricação em massa”
 Partes móveis e/ou frágeis, sensores, filtros sensíveis a umidade e calor
 Produtividade
 Fatores fotográficos: paralelismo, distorções ópticas, abertura, profundidade de campo, sensibilidade, calibragem de cor
 Facilidade de manuseio x finalidade da digitalização (exemplo de caso: point-and-shoot vs. backscanner)
 Suporte da obra - risco de dano ou desgaste (luz forte e/ou quente, calor do equipamento, vibração, atrito, graxa)
 Contaminação cruzada
 Necessário que a máquina seja fácil de higienizar
 Necessário medidas de conservação antes da digitalização (como reparos e desinfecção)
 Por melhor e mais automático que seja o equipamento: ainda assim, há sempre necessidade de conhecimentos teóricos em
fotografia para resolver casos difíceis
 Suporte técnico – eficácia e eficiência, custos de importação
 Burocracias para aquisição – nacional X importado
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
1. DIGITALIZAÇÃO
 Contextualização / motivação
 Imagem e documento digital – conceitos fundamentais
 Equipamentos
 Estratégias de digitalização
 Gerenciamento de um serviço de digitalização
 Formação de um arquivo digital  preservação digital
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
ESTRATÉGIAS DE DIGITALIZAÇÃO
 Por que digitalizar?
 Promover acessibilidade, possibilidade de acesso remoto, acesso simultâneo, disseminação mundial da informação
 Agilidade na recuperação da informação
 Menor exposição do usuário e dos profissionais a fungos e outros agentes danosos à saúde
 Mas: economia de espaço físico não existe, pois é necessário manter os originais;
Necessidade de trabalho para higienização e restauro;
Custo de storage (compra e manutenção)
Custo de mão de obra para digitalizar, indexar e gerenciar/manter arquivo digital
 Promove novas formas de uso da informação: análise textual (comparação, contabilização de fontes e citações, etc)
eletrônica e comunicações eletrônicas.
 Promove novas formas de organização de um material: o mesmo material pode se encontrado ao mesmo tempo em mais
de uma “estante” (“coleção”)
 Indexação correta permite controle maior da propriedade intelectual (?)
 Novas formas de interação com as mídias: sons e videos podem ser relacionados por link ao texto (exemplo: execução de
uma partitura digitalizada em MIDI ou por um intérprete)
 Diminui o manuseio da obra física, colaborando com a preservação de seu estado físico - principalmente importante no
caso de obras únicas/raras
 Porém: os custos do digital somam-se aos custos do acervo físico. A digitalização não tem como consequência
necessária a eliminação do exemplar físico. Há de se considerar ainda que além dos custos de digitalização,
haverá custo de armazenamento, indexação digital e manutenção do acervo digital (preservação digital).
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
ESTRATÉGIAS DE DIGITALIZAÇÃO
 Critérios para priorizar uma digitalização
 Valor intrínseco: o tempo de uso e o número de pessoas que utiliza o material é alto
 O projeto pode ser completado com sucesso com os equipamentos, a verba e a mão de
obra disponível
 A verba disponível também já foi pensada com relação à preservação digital
 A instituição possui propriedade sobre os direitos autorais de digitalização ou recebeu
autorização de seu detentor
 O projeto de digitalização promove sustentabilidade, por exemplo substituindo a
necessidade de distribuição de exemplares impressos em papel pela versão eletrônica,
ainda por cima acessível por todos de forma remota. Exemplos: Revistas antigas da USP e o
Portal de Revistas ; Teses antigas da USP e o Portal de Teses ; Obras de autores USP e a BDPI
 O projeto foi planejado, praticável, há um norteador e os objetivos a serem alcançados são
razoáveis
 O projeto causará economia de dinheiro: eliminar a necessidade de adquirir exemplares
repetidos, remover os custos com restauro e encadernação de obras
 O material é importante para a instituição, não há cópia e está deteriorando
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
ESTRATÉGIAS DE DIGITALIZAÇÃO
 Erros comuns a serem evitados ao se planejar uma digitalização
 “Vamos digitalizar todo o acervo”
 Custos: tempo, mão de obra, storage, processamento
 Utilizar esses recursos para digitalizar obras não relevantes/que poderiam ser doadas ou descartadas
 “Vamos digitalizar para eliminar o exemplar físico. Assim economizamos espaço e mão de obra”
 Perda do digital (acidental ou criminosa)
 Nem sempre o digital é considerado substituto perfeito do físico
 Problemas na digitalização percebidos apenas após o descarte
 Dificuldades de recuperação do digital (má indexação)
 Preferência pessoal/profissional pelo exemplar físico
 “Vamos comprar o equipamento “modelo X” para digitalizar todo acervo”
 Cada equipamento é mais adequado a um tipo/formato de obra.
 Não há equipamento ideal que solucione todas as dificuldades
 Por vezes o acervo é constituído em sua grande maioria de obras de simples digitalização e se adquire um equipamento muito caro e complexo introduzindo
complexidade em um processo que poderia ser simples
 Outras vezes, na tentativa de economizar, se adquire um equipamento mais barato porque as especificações são similares ao mais caro, mas ou o acervo exige
equipamentos que se adaptem a variações de formato ou mesmo a qualidade do equipamento mais barato acaba deixando a desejar (ou mesmo até
danificando a obra)
 “Vamos digitalizar. Depois organizamos”
 A indexação e organização deve ser pensada de forma simultânea à digitalização. É uma ilusão pensar que será possível localizar um arquivo específico dentro de
milhões de arquivos para então indexá-lo
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
ESTRATÉGIAS DE DIGITALIZAÇÃO
 Escolha do equipamento: deve se dar conforme as características das obras e a finalidade da digitalização
 Obras
 Que não podem ser desencadernadas
 De grande formato
 De formato diminuto
 Encadernadas com grampo/espiral
 Com pouca abertura
 Com pouca margem
 Com costura frágil
 Impressão opaca/apagada
 Tinta sensível a calor/luz
 Anotações importantes em grafite
 Com manchas
 Com ondulações
 Extremamente raras
(X confiabilidade do equipamento)
 Finalidade
 Capturar apenas o conteúdo textual impresso
 Capturar anotações feitas em grafite fraco ou mesmo apagadas (relevo)
 Capturar ilustrações para ampliação
 Captura o mais fiel possível ao original
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
ESTRATÉGIAS DE DIGITALIZAÇÃO
 Planejar como lidar com irregularidades na digitalização
 Página faltando ou duplicada
 Página com ondulações e/ou manchas
 Foldouts no meio da obra
 Numeração irregular
 Impressões em apenas um lado (descartar ou manter o lado branco?)
 Páginas grudadas
 Pela impressão
 Por grampo
 Por cola
 Por fita
 Páginas rasgadas previamente
 Acidentes com a obra durante a digitalização
 Digitalização duplicada (como evitar?)
 Digitalização de edições (eg., se apenas a 1a edição é rara)
 Digitalização de exemplares (eg., se apenas um exemplar específico é raro)
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
Veja mais sobre planejamento de digitalização em: https://www.loc.gov/preservation/care/scan.html
1. DIGITALIZAÇÃO
 Contextualização / motivação
 Imagem e documento digital – conceitos fundamentais
 Equipamentos
 Estratégias de digitalização
 Gerenciamento de um serviço de digitalização
 Formação de um arquivo digital  preservação digital
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
GERENCIAMENTO DE UM SERVIÇO DE
DIGITALIZAÇÃO
 Controle de fluxo e registro de pessoas
 Segurança tanto física quanto do servidor de arquivos e do sistema de captura e processamento
 Identificação/Seleção, conferência do estado físico antes de digitalizar
 Recebimento/guarda temporária
 [Conservação/restauro]
 Digitalização em si
 Guarda temporária na digitalização
 Controle de qualidade
 Devolução do exemplar físico, conferência do estado físico na entrega
 Processamento do digital: crop, rotação, brilho contraste e cor,…
 Controle de qualidade 2
 Disponibilização de versão online / indexação
 Arquivamento / indexação 2
 Manutenção/preservação do digital
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
1. DIGITALIZAÇÃO
 Contextualização / motivação
 Imagem e documento digital – conceitos fundamentais
 Equipamentos
 Estratégias de digitalização
 Gerenciamento de um serviço de digitalização
 Formação de um arquivo digital  preservação digital
 “Digitalizei, logo estou preservando” : verdadeiro ou falso?
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
“DIGITALIZEI, LOGO ESTOU PRESERVANDO” :
VERDADEIRO OU FALSO?
 Toda informação (seja ela uma pintura na parede de uma caverna até uma mensagem trivial enviada pelo
smartphone, passando por um vídeo gravado em VHS ou um rótulo de lata de molho) tem um valor para que
aquilo seja considerado necessário preservar.
 Alguns tipos de informação, como o tíquete de trem, tem caráter temporário, enquanto que outras informações,
como a declaração do imposto de renda, precisam ser armazenados por um período maior de tempo. Esse
valor varia com o tempo: um tíquete de trem utilizado por Getúlio Vargas em sua infância tinha pouco valor,
porém hoje em dia se comprovado o uso por GV este tíquete teria alto valor. Essa é uma das funções
importantes das bibliotecas e arquivos: cuidar da guarda de obras de valor, além de adicionar informações que
conferem autenticidade, valor e peso histórico às obras.
 Em outros termos, já é uma medida de preservação.
 A digitalização visa também conservar a informação criando uma representação digital da informação contida
em suporte físico. À primeira vista, a digitalização é uma medida de preservação. Mas esta medida não é
absolutamente certeira se não for planejada a partir de conhecimentos sólidos...
“DIGITALIZEI, LOGO ESTOU PRESERVANDO” :
VERDADEIRO OU FALSO?
2. PRESERVAÇÃO DIGITAL
 Desafios – obsolescência – analogia com o caso da Pedra de Rosetta
 Conceito(s) de preservação
 O que digitalizar
 Como digitalizar
 Gerenciamento digital
 Armazenagem / arquivamento
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
DESAFIOS – ANALOGIA COM A PEDRA DE ROSETTA
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
Fonte do texto e imagem: Wikipedia (https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedra_de_Roseta )
A Pedra de Roseta é um fragmento de uma estela de granodiorito do Egito Antigo, cujo
texto foi crucial para a compreensão moderna dos hieróglifos egípcios. Primeiro texto
bilíngue a ser recuperado na história moderna, está em exibição ao público no Museu
Britânico desde 1802, onde é o objeto mais visitado. Sua inscrição registra um decreto em
três parágrafos com o mesmo texto: o superior está na forma hieroglífica do egípcio
antigo, o trecho do meio em demótico (variante do egípcio tardio), e o inferior em grego
antigo.
Levantava-se a hipótese de que os três textos fossem o mesmo, embora apenas o em
grego pudesse ser entendido.
O conhecimento sobre a escrita em hieróglifos encontrava-se perdido desde o século IV, e
do demótico desde pouco depois. Desse modo, dois problemas confrontavam os
acadêmicos que trabalhavam com as inscrições: saber se os hieróglifos representavam
uma simbologia fonética ou apenas símbolos pictóricos, e determinar o significado das
palavras individuais.
O médico britânico Thomas Young obteve um substancial progresso em 20 anos de
estudo. Mas o mérito final da completa realização da tradução, em 1822, pertence ao
estudioso francês Jean-François Champollion, que desta forma iniciou a ciência do estudo
de assuntos referentes ao Egito, a egiptologia.
Preservação do suporte
Preservação do código
Possibilidade de conversão entre códigos X Perda de informação
2. PRESERVAÇÃO DIGITAL
 Desafios – obsolescência – analogia com o caso da Pedra de Rosetta
 Conceito(s) de preservação
 O que digitalizar
 Como digitalizar
 Gerenciamento e Armazenagem / arquivamento
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
http://www.arqsp.org.br/cpba/
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
CONCEITO(S) DE PRESERVAÇÃO
 Arquivo digital – uma analogia
 Informação capturada por um processo de digitalização (eg., uma revista
digitalizada) ou informação nativamente digital (eg., uma revista eletrônica)
 Esta informação é armazenada em um formato, ie. um código capaz de
representar a informação física na forma binária (lembre-se da Cifra de Bacon e
o padrão ASCII). Isto constitui um arquivo. Estes formatos estão em constante
evolução e obsolescência
 Este arquivo precisa ser gravado em um suporte, uma mídia. As mídias, assim
como os formatos, também variam consideravelmente e estão em constante
evolução e obsolescência
 Estas mídias, por sua vez, exigem condições específicas de
armazenamento/preservação digital, e necessitam de equipamentos específicos
e baseados em tecnologia moderna para sua leitura
Impressão
Suporte
Idioma
Preservação
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
CONCEITO(S) DE PRESERVAÇÃO
 Arquivo digital – uma analogia (continuação)
 O formato em que a informação é armazenada muitas vezes precisa ser convertido
para um formato mais novo para que possa continuar sendo entendido
 O suporte em que a informação está armazenada muitas vezes precisa ser
atualizado, copiando o arquivo para uma para armazenar em uma tecnologia mais
atual
 De qualquer forma, este arquivo precisa ser armazenado de uma forma que possa
ser encontrado facilmente depois. Precisa ser indexado
Tradução/
versão
Cópia
Mas então, no que difere a preservação física da preservação digital?
Indexação
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
CONCEITO(S) DE PRESERVAÇÃO
 Confusão: termos múltiplos e polissêmicos, usados de forma solta, casual ou mesmo com apelo de marketing:
“digitalizar para preservar”, “preservação digital”, “digitalização para promover acesso”...
 Preservação (física)
 Conservação
 Restauro
 Inclui manutenção, tratamento, prevenção de danos e reparo de danos
 Como consequência, consegue promover o acesso à obra durante maior período de tempo
 Preservação digital
 Não significa aplicar medidas de conservação e restauro ao exemplar físico. Mas a digitalização demanda que
o exemplar físico esteja em condições suficientes para suportar o processo de digitalização (poder-se-ia
afirmar: exige a preservação física)
 Se assemelha à preservação física na medida em que se preocupa também em promover o acesso à obra por
maior tempo
 Mas a preservação digital não se resume à digitalização... Vejamos
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
CONCEITO(S) DE PRESERVAÇÃO
 A digitalização muitas vezes é vista como uma atualização de suporte - uma microfilmagem de preservação com mais
tecnologia. A digitalização não tem como consequência necessária a preservação, mas se relaciona com ela em vários
pontos.
 A digitalização de uma obra pode diminuir a consulta ao exemplar físico. Menor manuseio significa menor desgaste da obra, portanto
uma medida de preservação
 A digitalização da obra permite distribuir com facilidade em nível mundial cópias da obra, o que significa promoção do acesso à obra
por mais tempo, portanto também uma medida de preservação
 A digitalização, no entanto, não substitui a microfilmagem em todos os quesitos. Possui vantagens e desvantagens.
 Preservação digital não significa simplesmente “digitalizar para preservar”, apesar de se relacionar com esse processo.
 A preservação digital na verdade está preocupada na conservação da informação a partir do momento em que ela se torna digital.
Implica no esforço com medidas formais para se garantir que a informação digital continue acessível e usável. A preservação digital
então está relacionada com a medida de “digitalizar para preservar” a partir do momento em que os arquivos digitais são gerados e se
deve decidir o que fazer com eles
“Digital preservation is the method of keeping digital material alive so that they remain usable as
technological advances render original hardware and software specification obsolete.”
-- Prytherch, Ray [compilador]. Harrod's librarian glossay and reference book.10th ed. Ashgate, 2005.
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
CONCEITO(S) DE PRESERVAÇÃO
 O microfilme
 É utilizado há mais tempo com fins de preservação (uso comercial a partir de 1920), e estudos avaliam que sua durabilidade pode atingir séculos se corretamente
manuseado e guardado.
 Analógico: para sua leitura (acessar a informação), é necessário apenas luz e uma lente de aumento, sem necessidade de eletricidade ou quaisquer outros equipamentos
modernos (acomoda-se bem à visão apocalíptica de tempo)
 Para sua guarda correta, basta controlar parâmetros ambientais luz, umidade relativa, calor). Durabilidade garantida pelas normas ISO de aproximadamente 500 anos
 Tem amparo legal para documentos oficiais na “Lei n° 5.433, de 8 de maio de 1968” e no “Decreto n° 1.799, de 30 de janeiro de 1996”, que permite a eliminação do
documento em papel.
 Já o arquivo digital
 É de utilização recente (os primeiros esforços para pensar a preservação digital datam de 1996 com a publicação do relatório “Preserving digital information: Report of the
task force on archiving of digital information”, e a tomada de medidas realmente efetivas datam dos anos 2000)
 Estudos variam quanto à durabilidade da informação digital – problema da obsolecência em vários pontos do processo
 A armazenagem da informação se dá em suportes e formatos bastante variáveis – desafio para o futuro
 Suporte variável: quem hoje em dia conseguiria ler um disquete 8 pol. ou mesmo um JazzDrive?
 Formato variável: Mesmo se conseguisse ler, conseguiria abrir um arquivo ( interpretar o código)?
 Estes suportes e codificações estão constantemente evoluindo sem muita atenção à retrocompatibilidade!
 Outro fator pouco considerado é a durabilidade (pensando em séculos, e não apenas décadas) das mídias
 As medidas de guarda correta dos diversos tipos de mídias são variáveis
 A autenticidade do digital ainda não tem total anteparo legal. Necessário confiar na idoneidade da instituição que realizou a digitalização
 Mas:
 O acesso e leitura são mais fáceis e amplas na era da computação e da globalização - acessibilidade
 Não há perdas de informação quando se realiza uma cópia do digital, ao contrário de quando se realiza uma cópia da cópia analógica
CONCEITO(S) DE PRESERVAÇÃO
 Pelo que foi exposto até aqui, podemos perceber que a preservação do
documento digital deve se dividir na preservação da informação e do suporte
desta informação
(por isso, a comparação entre arquivo digital e microfilme pode não ser justa: no
microfilme estamos falando basicamente de um suporte, enquanto que no
arquivo digital discutimos suporte e informação)
 No documento digital:
 Suporte depende de hardware que lê a mídia e envia o código para interpretação
 Informação depende de software que interpreta código e transforma em informação
legível por humano
Em outras palavras: no documento físico convencional, suporte e informação são
inseparáveis. A mudança de suporte implica necessariamente em perda de
informação. Já no documento eletrônico, é possível migrar a informação de
maneira intacta entre suportes diferentes. A informação, no entanto, ao ser
atualizada (convertida) para uma nova forma de codificação, está sujeita a
possíveis perdas.
Para aprofundamento, veja a partir da p.115 em
MARCONDES, KURAMOTO, TOUTAIN, SAYAO. Bibliotecas digitais: saberes e práticas/organizadores. Salvador : EDUFBA, 2005
http://livroaberto.ibict.br/bitstream/1/1013/1/Bibliotecas%20Digitais.pdf
CONCEITO(S) DE PRESERVAÇÃO
 Aspectos a serem observados na preservação de documento digital (modificado a partir de SAYAO e
também BARATA):
 Preservar a cadeia de bits – preservar o dado em si, fisicamente, a lógica binária
 Preservar o conteúdo - capacidade de ler o conteúdo em baixo nível, o código
 Preservar a autenticidade - o documento não sofreu adulteração, mudanças não autorizadas, ou não
corrompeu devido a falhas no suporte
 Preservar a proveniência - origem e cadeia de custódia que confirmam a autenticidade e a integridade
 No caso de conteúdo nativamente digital: Preservar a apresentação - forma, layout, fontes, tamanho, margens,
colunas, cores, paginação... É possível preservar isso em um PDF/A?
 No caso de conteúdo nativamente digital: Pensar os limites do objeto – o que é o objeto a ser preservado? O
PDF? O conjunto de arquivos que formam a matriz? Seus metadados? Sua indexação? Seus links? Animações
flash encapsuladas? O que deve ser preservado?
 No caso de conteúdo nativamente digital: Preservar as funcionalidades - componentes multimídia, conteúdo
dinâmico, interoperabilidade, busca (eg. um livro em Flash)
 Preservar a versão/edição: Ser capaz de distingui-lo de outras versões, cópias e edições
 Preservar o contexto - as dependências de hardware, software, modo de distribuição e links com outros objetos -
possível?
Para aprofundamento, veja a partir da p.115 em
MARCONDES, KURAMOTO, TOUTAIN, SAYAO. Bibliotecas digitais: saberes e práticas/organizadores. Salvador : EDUFBA, 2005
http://livroaberto.ibict.br/bitstream/1/1013/1/Bibliotecas%20Digitais.pdf
Para introdução ao PDF/A, veja:
http://www.pdfa.org/publication/pdfa-in-a-nutshell-2-0/
2. PRESERVAÇÃO DIGITAL
 Desafios – obsolescência – analogia com o caso da Pedra de Rosetta
 Conceito(s) de preservação
 O que digitalizar
 Como digitalizar
 Gerenciamento e armazenagem / arquivamento
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
O QUE DIGITALIZAR
 Vimos anteriormente características físicas da obra que deveriam ser levados em
consideração para escolha do que digitalizar.
 Cientes agora das demandas de preservação que a guarda de um arquivo
digital gera, a escolha do material a ser digitalizado também precisa ser pensado
em termos de preservação digital
 Qual o tamanho de armazenamento necessário para armazenar os arquivos digitais?
 Qual o custo para aquisição do armazenamento necessário?
 Qual o custo anual de manutenção desse armazenamento?
 Há mão de obra qualificada e disponível para cuidar deste armazenamento?
 Há mão de obra qualificada e disponível para contornar a obsolescência
tecnológica?
2. PRESERVAÇÃO DIGITAL
 Desafios – obsolescência – analogia com o caso da Pedra de Rosetta
 Conceito(s) de preservação
 O que digitalizar
 Como digitalizar
 Gerenciamento e armazenagem / arquivamento
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
COMO DIGITALIZAR
 Vimos anteriormente características das obras e dos equipamentos que nos
indicavam como digitalizar do ponto de vista físico e de especificações técnicas.
 Mas do ponto de vista da preservação digital, precisamos também considerar
pelo menos mais dois aspectos para pensar como digitalizar:
 O formato gerado nativamente pelo equipamento de digitalização
 Possui compactação/perdas?
 A economia em espaço compensa a possível perda de informação?
 Como lidar com a atualização ou o fim do formato? A conversão com mais perdas será aceitável?
 É de um formato universalmente aceito para preservação digital? Caso negativo, qual o
custo (tempo, dinheiro, mão de obra) para conversão? Vale o risco de o equipamento se
tornar obsoleto quanto este formato não puder mais ser lido?
 A digitalização foi planejada junto à indexação, para que o arquivo possa ser
recuperado corretamente? Como nomear os arquivos e qual a estrutura de pastas?
2. PRESERVAÇÃO DIGITAL
 Desafios – obsolescência – analogia com o caso da Pedra de Rosetta
 Conceito(s) de preservação
 O que digitalizar
 Como digitalizar
 Gerenciamento e Armazenagem / arquivamento
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
GERENCIAMENTO, ARMAZENAGEM / ARQUIVAMENTO
 Medidas para garantia do arquivamento efetivo e
eficiente
 Indexação correta e atenta
 Backup
 Cópias em suportes diferentes
 Três cópias em locais diferentes e distantes
 Medidas específicas para conservação de cada tipo de
mídia
 Campo magnético, umidade, poluição, vibração, calor,
intensidade de uso
 Repositórios distribuídos / armazenamento em nuvem (?)
 Sistemas de redundância de discos (RAID 1, 5, 10...)
 Controle de acesso/segurança ao sistema e ao
equipamento físico
 Validação periódica da consistência por meio de HASH
Critérios recebem nota de 1 a 3
Fonte: The National Archives, UK
https://www.nationalarchives.gov.uk/documents/selecting-storage-media.pdf
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
Fonte: Van BOGART, John W. C. Studie zur Haltbarkeit von
Archivmedien. [National Medial Lab], 1996
Disponível em:
http://www.apt.drg.de/media/document/1488/Studie-
Archivmedien.pdf
GERENCIAMENTO, ARMAZENAGEM / ARQUIVAMENTO
 Ver também:
The Library of Congress: Meeting the Challenge of Digital Preservation
http://www.digitalpreservation.gov/series/challenge/
Conservação preventiva de Bibliotecas e Arquivos (ARQ-SP)
http://www.arqsp.org.br/cpba/
Link “Publicações”  Cadernos Técnicos do Projeto de Conservação Preventiva de Bibliotecas e Arquivos  Números 44 a 47, 49, 50 e 51
 Estude os casos de projetos:
 Compare a qualidade e a facilidade de recuperação entre estes dois projetos:
 Jornal Folha de São Paulo
http://acervo.estadao.com.br/
 Jornal O Estado de São Paulo
http://acervo.estadao.com.br/
 Nosso caso na USP: a Biblioteca Digital de Obras Raras e Especiais (BORE)
http://obrasraras.usp.br/
 Em Portugal: Arquivo Nacional Torre do Tombo
http://digitarq.dgarq.gov.pt/
 Na França: Gallica
http://gallica.bnf.fr/
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
OBRIGADO!
André Nito Assada
DGPJ / DT / SIBi USP
andre.assada@usp.br
André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

LGPD | FASE-3: DEFINIÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO | JORNADA DE ADEQUAÇÃO | SGPD - SIST...
LGPD | FASE-3: DEFINIÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO | JORNADA DE ADEQUAÇÃO | SGPD - SIST...LGPD | FASE-3: DEFINIÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO | JORNADA DE ADEQUAÇÃO | SGPD - SIST...
LGPD | FASE-3: DEFINIÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO | JORNADA DE ADEQUAÇÃO | SGPD - SIST...Wellington Monaco
 
Governança de Dados-Uma abordagem via Canvas MGD_v02
Governança de Dados-Uma abordagem via Canvas MGD_v02Governança de Dados-Uma abordagem via Canvas MGD_v02
Governança de Dados-Uma abordagem via Canvas MGD_v02Carlos Barbieri
 
ISO 27001- Resumo - Mapa Mental dos Controles
ISO 27001- Resumo - Mapa Mental dos ControlesISO 27001- Resumo - Mapa Mental dos Controles
ISO 27001- Resumo - Mapa Mental dos ControlesCompanyWeb
 
Segurança informática, navegação segura, vírus e pirataria
Segurança informática, navegação segura, vírus e piratariaSegurança informática, navegação segura, vírus e pirataria
Segurança informática, navegação segura, vírus e piratariaInês Lucas
 
LGPD | FASE-2: ORGANIZAÇÃO | JORNADA DE ADEQUAÇÃO | SGPD - SISTEMA DE GESTÃO ...
LGPD | FASE-2: ORGANIZAÇÃO | JORNADA DE ADEQUAÇÃO | SGPD - SISTEMA DE GESTÃO ...LGPD | FASE-2: ORGANIZAÇÃO | JORNADA DE ADEQUAÇÃO | SGPD - SISTEMA DE GESTÃO ...
LGPD | FASE-2: ORGANIZAÇÃO | JORNADA DE ADEQUAÇÃO | SGPD - SISTEMA DE GESTÃO ...Wellington Monaco
 
Big Data e Governança de Dados, via DMM-Data Management Maturiy Model
Big Data e Governança de Dados, via DMM-Data Management Maturiy ModelBig Data e Governança de Dados, via DMM-Data Management Maturiy Model
Big Data e Governança de Dados, via DMM-Data Management Maturiy ModelCarlos Barbieri
 
Fazendo a Web falar: HTML5, WAI-ARIA e NVDA
Fazendo a Web falar: HTML5, WAI-ARIA e NVDAFazendo a Web falar: HTML5, WAI-ARIA e NVDA
Fazendo a Web falar: HTML5, WAI-ARIA e NVDAReinaldo Ferraz
 
Governança de Dados e Big Data_v02
Governança de Dados e Big Data_v02Governança de Dados e Big Data_v02
Governança de Dados e Big Data_v02Carlos Barbieri
 
Memórias secundárias
Memórias secundáriasMemórias secundárias
Memórias secundáriasCarloxEnrike
 
TIC Unidade 1.1. informacao e informatica a
TIC Unidade 1.1.   informacao e informatica aTIC Unidade 1.1.   informacao e informatica a
TIC Unidade 1.1. informacao e informatica afilipereira
 
Tipos de Licença de Softwares
Tipos de Licença de SoftwaresTipos de Licença de Softwares
Tipos de Licença de SoftwaresLucas Castejon
 
Apostila de Banco de Dados
Apostila de Banco de Dados Apostila de Banco de Dados
Apostila de Banco de Dados info_cimol
 
O desafio dos Arquivistas em garantir a autenticidade e o acesso a longo praz...
O desafio dos Arquivistas em garantir a autenticidade e o acesso a longo praz...O desafio dos Arquivistas em garantir a autenticidade e o acesso a longo praz...
O desafio dos Arquivistas em garantir a autenticidade e o acesso a longo praz...Daniel Flores
 
O que é bit e byte
O que é bit e byteO que é bit e byte
O que é bit e bytenikepassos
 
LGPD | FASE-1: PREPARAÇÃO | JORNADA DE ADEQUAÇÃO | SGPD - SISTEMA DE GESTÃO ...
LGPD | FASE-1: PREPARAÇÃO | JORNADA DE ADEQUAÇÃO |  SGPD - SISTEMA DE GESTÃO ...LGPD | FASE-1: PREPARAÇÃO | JORNADA DE ADEQUAÇÃO |  SGPD - SISTEMA DE GESTÃO ...
LGPD | FASE-1: PREPARAÇÃO | JORNADA DE ADEQUAÇÃO | SGPD - SISTEMA DE GESTÃO ...Wellington Monaco
 
ARMAZENAMENTO - Suportes de Informação
ARMAZENAMENTO - Suportes de InformaçãoARMAZENAMENTO - Suportes de Informação
ARMAZENAMENTO - Suportes de InformaçãoFrancisco Moço
 
Auditoria em tecnologia da informação
Auditoria em tecnologia da informaçãoAuditoria em tecnologia da informação
Auditoria em tecnologia da informaçãoFernando Palma
 
Resumo ISO 27002 para Concurso
Resumo ISO 27002 para ConcursoResumo ISO 27002 para Concurso
Resumo ISO 27002 para Concursoluanrjesus
 

Was ist angesagt? (20)

LGPD | FASE-3: DEFINIÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO | JORNADA DE ADEQUAÇÃO | SGPD - SIST...
LGPD | FASE-3: DEFINIÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO | JORNADA DE ADEQUAÇÃO | SGPD - SIST...LGPD | FASE-3: DEFINIÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO | JORNADA DE ADEQUAÇÃO | SGPD - SIST...
LGPD | FASE-3: DEFINIÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO | JORNADA DE ADEQUAÇÃO | SGPD - SIST...
 
Governança de Dados-Uma abordagem via Canvas MGD_v02
Governança de Dados-Uma abordagem via Canvas MGD_v02Governança de Dados-Uma abordagem via Canvas MGD_v02
Governança de Dados-Uma abordagem via Canvas MGD_v02
 
ISO 27001- Resumo - Mapa Mental dos Controles
ISO 27001- Resumo - Mapa Mental dos ControlesISO 27001- Resumo - Mapa Mental dos Controles
ISO 27001- Resumo - Mapa Mental dos Controles
 
Segurança informática, navegação segura, vírus e pirataria
Segurança informática, navegação segura, vírus e piratariaSegurança informática, navegação segura, vírus e pirataria
Segurança informática, navegação segura, vírus e pirataria
 
LGPD | FASE-2: ORGANIZAÇÃO | JORNADA DE ADEQUAÇÃO | SGPD - SISTEMA DE GESTÃO ...
LGPD | FASE-2: ORGANIZAÇÃO | JORNADA DE ADEQUAÇÃO | SGPD - SISTEMA DE GESTÃO ...LGPD | FASE-2: ORGANIZAÇÃO | JORNADA DE ADEQUAÇÃO | SGPD - SISTEMA DE GESTÃO ...
LGPD | FASE-2: ORGANIZAÇÃO | JORNADA DE ADEQUAÇÃO | SGPD - SISTEMA DE GESTÃO ...
 
Gestão Estratégica da TI - Apresentação
Gestão Estratégica da TI - ApresentaçãoGestão Estratégica da TI - Apresentação
Gestão Estratégica da TI - Apresentação
 
Big Data e Governança de Dados, via DMM-Data Management Maturiy Model
Big Data e Governança de Dados, via DMM-Data Management Maturiy ModelBig Data e Governança de Dados, via DMM-Data Management Maturiy Model
Big Data e Governança de Dados, via DMM-Data Management Maturiy Model
 
Fazendo a Web falar: HTML5, WAI-ARIA e NVDA
Fazendo a Web falar: HTML5, WAI-ARIA e NVDAFazendo a Web falar: HTML5, WAI-ARIA e NVDA
Fazendo a Web falar: HTML5, WAI-ARIA e NVDA
 
Governança de Dados e Big Data_v02
Governança de Dados e Big Data_v02Governança de Dados e Big Data_v02
Governança de Dados e Big Data_v02
 
Memórias secundárias
Memórias secundáriasMemórias secundárias
Memórias secundárias
 
TIC Unidade 1.1. informacao e informatica a
TIC Unidade 1.1.   informacao e informatica aTIC Unidade 1.1.   informacao e informatica a
TIC Unidade 1.1. informacao e informatica a
 
Tipos de Licença de Softwares
Tipos de Licença de SoftwaresTipos de Licença de Softwares
Tipos de Licença de Softwares
 
Apostila de Banco de Dados
Apostila de Banco de Dados Apostila de Banco de Dados
Apostila de Banco de Dados
 
O desafio dos Arquivistas em garantir a autenticidade e o acesso a longo praz...
O desafio dos Arquivistas em garantir a autenticidade e o acesso a longo praz...O desafio dos Arquivistas em garantir a autenticidade e o acesso a longo praz...
O desafio dos Arquivistas em garantir a autenticidade e o acesso a longo praz...
 
O que é bit e byte
O que é bit e byteO que é bit e byte
O que é bit e byte
 
LGPD | FASE-1: PREPARAÇÃO | JORNADA DE ADEQUAÇÃO | SGPD - SISTEMA DE GESTÃO ...
LGPD | FASE-1: PREPARAÇÃO | JORNADA DE ADEQUAÇÃO |  SGPD - SISTEMA DE GESTÃO ...LGPD | FASE-1: PREPARAÇÃO | JORNADA DE ADEQUAÇÃO |  SGPD - SISTEMA DE GESTÃO ...
LGPD | FASE-1: PREPARAÇÃO | JORNADA DE ADEQUAÇÃO | SGPD - SISTEMA DE GESTÃO ...
 
ARMAZENAMENTO - Suportes de Informação
ARMAZENAMENTO - Suportes de InformaçãoARMAZENAMENTO - Suportes de Informação
ARMAZENAMENTO - Suportes de Informação
 
Fundamentos TI
Fundamentos TIFundamentos TI
Fundamentos TI
 
Auditoria em tecnologia da informação
Auditoria em tecnologia da informaçãoAuditoria em tecnologia da informação
Auditoria em tecnologia da informação
 
Resumo ISO 27002 para Concurso
Resumo ISO 27002 para ConcursoResumo ISO 27002 para Concurso
Resumo ISO 27002 para Concurso
 

Andere mochten auch

Apresentação da cidade
Apresentação da cidadeApresentação da cidade
Apresentação da cidadeTanara Pretto
 
Controle de qualidade e artefato em mamografia
Controle de qualidade e artefato em mamografiaControle de qualidade e artefato em mamografia
Controle de qualidade e artefato em mamografiaRoberto Mesquita
 
Artefatos Na Imagem Ressonância Magnética
Artefatos Na Imagem Ressonância MagnéticaArtefatos Na Imagem Ressonância Magnética
Artefatos Na Imagem Ressonância MagnéticaAlex Eduardo Ribeiro
 
Artefatos em Rassonância Magnética
Artefatos em Rassonância MagnéticaArtefatos em Rassonância Magnética
Artefatos em Rassonância MagnéticaAlex Eduardo Ribeiro
 
Prof magno formação da imagem
Prof magno   formação da imagemProf magno   formação da imagem
Prof magno formação da imagemCristiane Dias
 
Protocolo de Mamas Ressonância Magnética
Protocolo de Mamas Ressonância MagnéticaProtocolo de Mamas Ressonância Magnética
Protocolo de Mamas Ressonância MagnéticaAlex Eduardo Ribeiro
 
Exames Radiológicos-Otimização de Imagens - TR Mardônio Linhares
Exames Radiológicos-Otimização de Imagens - TR Mardônio LinharesExames Radiológicos-Otimização de Imagens - TR Mardônio Linhares
Exames Radiológicos-Otimização de Imagens - TR Mardônio LinharesMardônio Linhares
 
Formação das imagens convencionais e digitais: raios X
Formação das imagens convencionais e digitais: raios XFormação das imagens convencionais e digitais: raios X
Formação das imagens convencionais e digitais: raios XPaulo Fonseca
 

Andere mochten auch (11)

Apresentação da cidade
Apresentação da cidadeApresentação da cidade
Apresentação da cidade
 
Digitalização e Preservação
Digitalização e PreservaçãoDigitalização e Preservação
Digitalização e Preservação
 
Controle de qualidade e artefato em mamografia
Controle de qualidade e artefato em mamografiaControle de qualidade e artefato em mamografia
Controle de qualidade e artefato em mamografia
 
Artefatos Na Imagem Ressonância Magnética
Artefatos Na Imagem Ressonância MagnéticaArtefatos Na Imagem Ressonância Magnética
Artefatos Na Imagem Ressonância Magnética
 
Artefatos em Rassonância Magnética
Artefatos em Rassonância MagnéticaArtefatos em Rassonância Magnética
Artefatos em Rassonância Magnética
 
Prof magno formação da imagem
Prof magno   formação da imagemProf magno   formação da imagem
Prof magno formação da imagem
 
Protocolo de Mamas Ressonância Magnética
Protocolo de Mamas Ressonância MagnéticaProtocolo de Mamas Ressonância Magnética
Protocolo de Mamas Ressonância Magnética
 
RADIOLOGIA DIGITAL
RADIOLOGIA DIGITALRADIOLOGIA DIGITAL
RADIOLOGIA DIGITAL
 
Exames Radiológicos-Otimização de Imagens - TR Mardônio Linhares
Exames Radiológicos-Otimização de Imagens - TR Mardônio LinharesExames Radiológicos-Otimização de Imagens - TR Mardônio Linhares
Exames Radiológicos-Otimização de Imagens - TR Mardônio Linhares
 
Formação das imagens convencionais e digitais: raios X
Formação das imagens convencionais e digitais: raios XFormação das imagens convencionais e digitais: raios X
Formação das imagens convencionais e digitais: raios X
 
Slides prontos
Slides prontosSlides prontos
Slides prontos
 

Ähnlich wie Palestra Digitalizacao e Preservacao Digital: uma introdução / relato de caso

Ähnlich wie Palestra Digitalizacao e Preservacao Digital: uma introdução / relato de caso (20)

RADIOLOGIA DIGITAL
RADIOLOGIA DIGITALRADIOLOGIA DIGITAL
RADIOLOGIA DIGITAL
 
Imagem Digital
Imagem DigitalImagem Digital
Imagem Digital
 
Aula fotografia digital
Aula fotografia digitalAula fotografia digital
Aula fotografia digital
 
Slide carla
Slide carlaSlide carla
Slide carla
 
Design Gráfico
Design GráficoDesign Gráfico
Design Gráfico
 
ComputaçãO GráFica Para Designers
ComputaçãO GráFica Para DesignersComputaçãO GráFica Para Designers
ComputaçãO GráFica Para Designers
 
aula1_2.pdf
aula1_2.pdfaula1_2.pdf
aula1_2.pdf
 
Slide blog
Slide blogSlide blog
Slide blog
 
Slide blog
Slide blogSlide blog
Slide blog
 
Computação Gráfica para Designers
Computação Gráfica para DesignersComputação Gráfica para Designers
Computação Gráfica para Designers
 
Atividade de web design
Atividade de web designAtividade de web design
Atividade de web design
 
Atividade De Web Design
Atividade De Web DesignAtividade De Web Design
Atividade De Web Design
 
Atividade de web design
Atividade de web designAtividade de web design
Atividade de web design
 
Computação Gráfica - Introdução
Computação Gráfica - IntroduçãoComputação Gráfica - Introdução
Computação Gráfica - Introdução
 
Edição de vídeos
Edição de vídeosEdição de vídeos
Edição de vídeos
 
Aplicativos Gráficos Conceitos Introdutórios
Aplicativos Gráficos Conceitos IntrodutóriosAplicativos Gráficos Conceitos Introdutórios
Aplicativos Gráficos Conceitos Introdutórios
 
07 pre impressao
07 pre impressao07 pre impressao
07 pre impressao
 
Produção gráfica
Produção gráficaProdução gráfica
Produção gráfica
 
Bidimensional, Tridimensional, Pixel, Compressão de Imagem, Arte Digital, Pix...
Bidimensional, Tridimensional, Pixel, Compressão de Imagem, Arte Digital, Pix...Bidimensional, Tridimensional, Pixel, Compressão de Imagem, Arte Digital, Pix...
Bidimensional, Tridimensional, Pixel, Compressão de Imagem, Arte Digital, Pix...
 
10 revisao producao_grafica
10 revisao producao_grafica10 revisao producao_grafica
10 revisao producao_grafica
 

Mehr von SIBiUSP

2020.03.09 creative commons_agencia_usp
2020.03.09 creative commons_agencia_usp2020.03.09 creative commons_agencia_usp
2020.03.09 creative commons_agencia_uspSIBiUSP
 
Aguia apresentacao 20200309_ab
Aguia apresentacao 20200309_abAguia apresentacao 20200309_ab
Aguia apresentacao 20200309_abSIBiUSP
 
Apresentacao fapesp usp_09032020
Apresentacao fapesp usp_09032020Apresentacao fapesp usp_09032020
Apresentacao fapesp usp_09032020SIBiUSP
 
Comunicacao usp fev2020_aguiab
Comunicacao usp fev2020_aguiabComunicacao usp fev2020_aguiab
Comunicacao usp fev2020_aguiabSIBiUSP
 
Um novo olhar sobre a atuação dos Bibliotecários - Profa. Dra. Vania Mara Alv...
Um novo olhar sobre a atuação dos Bibliotecários - Profa. Dra. Vania Mara Alv...Um novo olhar sobre a atuação dos Bibliotecários - Profa. Dra. Vania Mara Alv...
Um novo olhar sobre a atuação dos Bibliotecários - Profa. Dra. Vania Mara Alv...SIBiUSP
 
Um novo olhar sobre a atuação dos Bibliotecários - Profa. Dra. Valéria Valls
Um novo olhar sobre a atuação dos Bibliotecários - Profa. Dra. Valéria VallsUm novo olhar sobre a atuação dos Bibliotecários - Profa. Dra. Valéria Valls
Um novo olhar sobre a atuação dos Bibliotecários - Profa. Dra. Valéria VallsSIBiUSP
 
Atividades de pesquisa na Graduação e o desenvolvimento profissional
Atividades de pesquisa na Graduação e o desenvolvimento profissionalAtividades de pesquisa na Graduação e o desenvolvimento profissional
Atividades de pesquisa na Graduação e o desenvolvimento profissionalSIBiUSP
 
Pós-Graduação e pesquisa: programas e projetos USP
Pós-Graduação e pesquisa: programas e projetos USPPós-Graduação e pesquisa: programas e projetos USP
Pós-Graduação e pesquisa: programas e projetos USPSIBiUSP
 
Panorama e ações para o desenvolvimento da pesquisa na USP
Panorama e ações para o desenvolvimento da pesquisa na USPPanorama e ações para o desenvolvimento da pesquisa na USP
Panorama e ações para o desenvolvimento da pesquisa na USPSIBiUSP
 
SIBiUSP e o suporte ao pesquisador
SIBiUSP e o suporte ao pesquisadorSIBiUSP e o suporte ao pesquisador
SIBiUSP e o suporte ao pesquisadorSIBiUSP
 
Presentacion usp oct 18
Presentacion usp oct 18Presentacion usp oct 18
Presentacion usp oct 18SIBiUSP
 
Workshop IEEE na USP – Como aumentar o impacto de suas pesquisas e publicações
Workshop IEEE na USP – Como aumentar o impacto de suas pesquisas e publicaçõesWorkshop IEEE na USP – Como aumentar o impacto de suas pesquisas e publicações
Workshop IEEE na USP – Como aumentar o impacto de suas pesquisas e publicaçõesSIBiUSP
 
Guia para Publicar Emerald 2018
Guia para Publicar Emerald 2018Guia para Publicar Emerald 2018
Guia para Publicar Emerald 2018SIBiUSP
 
Apresentação - Slides do Workshop AJE na USP
Apresentação - Slides do Workshop AJE na USPApresentação - Slides do Workshop AJE na USP
Apresentação - Slides do Workshop AJE na USPSIBiUSP
 
Prevencao de Plagio e Ferramentas
Prevencao de Plagio e FerramentasPrevencao de Plagio e Ferramentas
Prevencao de Plagio e FerramentasSIBiUSP
 
Gestão de Dados de Pesquisa e o Papel dos Bibliotecários
Gestão de Dados de Pesquisa e o Papel dos BibliotecáriosGestão de Dados de Pesquisa e o Papel dos Bibliotecários
Gestão de Dados de Pesquisa e o Papel dos BibliotecáriosSIBiUSP
 
ORCiD e a integração com dados de pesquisa
ORCiD e a integração com dados de pesquisaORCiD e a integração com dados de pesquisa
ORCiD e a integração com dados de pesquisaSIBiUSP
 
Boas Práticas de Pesquisa e a importância da gestão dos dados
Boas Práticas de Pesquisa e a importância da gestão dos dadosBoas Práticas de Pesquisa e a importância da gestão dos dados
Boas Práticas de Pesquisa e a importância da gestão dos dadosSIBiUSP
 
Abertura: Gestão de dados de pesquisa: desafios e perspectivas USP
Abertura: Gestão de dados de pesquisa: desafios e perspectivas USPAbertura: Gestão de dados de pesquisa: desafios e perspectivas USP
Abertura: Gestão de dados de pesquisa: desafios e perspectivas USPSIBiUSP
 
Springer nature e a importância dos dados de pesquisa
Springer nature e a importância dos dados de pesquisaSpringer nature e a importância dos dados de pesquisa
Springer nature e a importância dos dados de pesquisaSIBiUSP
 

Mehr von SIBiUSP (20)

2020.03.09 creative commons_agencia_usp
2020.03.09 creative commons_agencia_usp2020.03.09 creative commons_agencia_usp
2020.03.09 creative commons_agencia_usp
 
Aguia apresentacao 20200309_ab
Aguia apresentacao 20200309_abAguia apresentacao 20200309_ab
Aguia apresentacao 20200309_ab
 
Apresentacao fapesp usp_09032020
Apresentacao fapesp usp_09032020Apresentacao fapesp usp_09032020
Apresentacao fapesp usp_09032020
 
Comunicacao usp fev2020_aguiab
Comunicacao usp fev2020_aguiabComunicacao usp fev2020_aguiab
Comunicacao usp fev2020_aguiab
 
Um novo olhar sobre a atuação dos Bibliotecários - Profa. Dra. Vania Mara Alv...
Um novo olhar sobre a atuação dos Bibliotecários - Profa. Dra. Vania Mara Alv...Um novo olhar sobre a atuação dos Bibliotecários - Profa. Dra. Vania Mara Alv...
Um novo olhar sobre a atuação dos Bibliotecários - Profa. Dra. Vania Mara Alv...
 
Um novo olhar sobre a atuação dos Bibliotecários - Profa. Dra. Valéria Valls
Um novo olhar sobre a atuação dos Bibliotecários - Profa. Dra. Valéria VallsUm novo olhar sobre a atuação dos Bibliotecários - Profa. Dra. Valéria Valls
Um novo olhar sobre a atuação dos Bibliotecários - Profa. Dra. Valéria Valls
 
Atividades de pesquisa na Graduação e o desenvolvimento profissional
Atividades de pesquisa na Graduação e o desenvolvimento profissionalAtividades de pesquisa na Graduação e o desenvolvimento profissional
Atividades de pesquisa na Graduação e o desenvolvimento profissional
 
Pós-Graduação e pesquisa: programas e projetos USP
Pós-Graduação e pesquisa: programas e projetos USPPós-Graduação e pesquisa: programas e projetos USP
Pós-Graduação e pesquisa: programas e projetos USP
 
Panorama e ações para o desenvolvimento da pesquisa na USP
Panorama e ações para o desenvolvimento da pesquisa na USPPanorama e ações para o desenvolvimento da pesquisa na USP
Panorama e ações para o desenvolvimento da pesquisa na USP
 
SIBiUSP e o suporte ao pesquisador
SIBiUSP e o suporte ao pesquisadorSIBiUSP e o suporte ao pesquisador
SIBiUSP e o suporte ao pesquisador
 
Presentacion usp oct 18
Presentacion usp oct 18Presentacion usp oct 18
Presentacion usp oct 18
 
Workshop IEEE na USP – Como aumentar o impacto de suas pesquisas e publicações
Workshop IEEE na USP – Como aumentar o impacto de suas pesquisas e publicaçõesWorkshop IEEE na USP – Como aumentar o impacto de suas pesquisas e publicações
Workshop IEEE na USP – Como aumentar o impacto de suas pesquisas e publicações
 
Guia para Publicar Emerald 2018
Guia para Publicar Emerald 2018Guia para Publicar Emerald 2018
Guia para Publicar Emerald 2018
 
Apresentação - Slides do Workshop AJE na USP
Apresentação - Slides do Workshop AJE na USPApresentação - Slides do Workshop AJE na USP
Apresentação - Slides do Workshop AJE na USP
 
Prevencao de Plagio e Ferramentas
Prevencao de Plagio e FerramentasPrevencao de Plagio e Ferramentas
Prevencao de Plagio e Ferramentas
 
Gestão de Dados de Pesquisa e o Papel dos Bibliotecários
Gestão de Dados de Pesquisa e o Papel dos BibliotecáriosGestão de Dados de Pesquisa e o Papel dos Bibliotecários
Gestão de Dados de Pesquisa e o Papel dos Bibliotecários
 
ORCiD e a integração com dados de pesquisa
ORCiD e a integração com dados de pesquisaORCiD e a integração com dados de pesquisa
ORCiD e a integração com dados de pesquisa
 
Boas Práticas de Pesquisa e a importância da gestão dos dados
Boas Práticas de Pesquisa e a importância da gestão dos dadosBoas Práticas de Pesquisa e a importância da gestão dos dados
Boas Práticas de Pesquisa e a importância da gestão dos dados
 
Abertura: Gestão de dados de pesquisa: desafios e perspectivas USP
Abertura: Gestão de dados de pesquisa: desafios e perspectivas USPAbertura: Gestão de dados de pesquisa: desafios e perspectivas USP
Abertura: Gestão de dados de pesquisa: desafios e perspectivas USP
 
Springer nature e a importância dos dados de pesquisa
Springer nature e a importância dos dados de pesquisaSpringer nature e a importância dos dados de pesquisa
Springer nature e a importância dos dados de pesquisa
 

Kürzlich hochgeladen

Boas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object CalisthenicsBoas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object CalisthenicsDanilo Pinotti
 
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docxATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx2m Assessoria
 
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx2m Assessoria
 
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemploPadrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemploDanilo Pinotti
 
Assessement Boas Praticas em Kubernetes.pdf
Assessement Boas Praticas em Kubernetes.pdfAssessement Boas Praticas em Kubernetes.pdf
Assessement Boas Praticas em Kubernetes.pdfNatalia Granato
 
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx2m Assessoria
 

Kürzlich hochgeladen (6)

Boas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object CalisthenicsBoas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object Calisthenics
 
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docxATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
 
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
 
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemploPadrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
 
Assessement Boas Praticas em Kubernetes.pdf
Assessement Boas Praticas em Kubernetes.pdfAssessement Boas Praticas em Kubernetes.pdf
Assessement Boas Praticas em Kubernetes.pdf
 
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
 

Palestra Digitalizacao e Preservacao Digital: uma introdução / relato de caso

  • 1. DIGITALIZAÇÃO E PRESERVAÇÃO DIGITAL Uma introdução / relato de caso André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016 André Nito Assada DGPJ / DT / SIBi Universidade de São Paulo 13 de janeiro de 2016
  • 2. PROGRAMAÇÃO 1. DIGITALIZAÇÃO  Contextualização / motivação  Imagem e documento digital – conceitos fundamentais  Equipamentos  Estratégias de digitalização  Gerenciamento de um serviço de digitalização  Formação de um arquivo digital  preservação digital André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
  • 3. PROGRAMAÇÃO 2. PRESERVAÇÃO DIGITAL  Desafios – obsolescência – analogia com o caso da Pedra de Rosetta  Conceito(s) de preservação  O que digitalizar  Como digitalizar  Gerenciamento, armazenagem / arquivamento André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
  • 4. 1. DIGITALIZAÇÃO  Contextualização / motivação  Imagem e documento digital – conceitos fundamentais  Equipamentos  Estratégias de digitalização  Gerenciamento de um serviço de digitalização  Formação de um arquivo digital  preservação digital André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
  • 5. 1. DIGITALIZAÇÃO  Contextualização / motivação  Por que digitalizar?  Um pouco de história André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
  • 6. CONTEXTUALIZAÇÃO: POR QUE DIGITALIZAR?  Problematização:  Digitalizar para preservar  Economizar espaço  Reduzir custos  Aumentar a eficiência/eficácia no acesso à informação André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
  • 7. CONTEXTUALIZAÇÃO: UM POUCO DE HISTÓRIA  DIGITAL – Representação  A cifra de Bacon (1605) - “código”: representar uma letra por um grupo de letras André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016  O Código Baudot (1874) – código de máquina (binário: 1 ou 0)  5 bits  International Telegraph Alphabet No. 1 (ITA1)  ITA2 – adoção de padrão internacional: Predecessor do ASCII  Comunicação à distância pelo advento da eletrônica: TTY – Teletypewriter  2ª Guerra Mundial (1939 a 1945) bom dia AAAABABBABABABBAAABBABAAAAAAAA Fonte: Wikipedia B O M D I A BOMDIA Teletypewriter – TTY na 2ª GM- Fonte: Wikipedia
  • 8. CONTEXTUALIZAÇÃO: UM POUCO DE HISTÓRIA  ASCII e UTF-8  A questão da padronização: possibilidade de leitura  7 bits  7 “posições” = Maior número de combinações possíveis = Possibilidade de representar até 128 caracteres  Possível agora representar caracteres de controle, espaço, quebra de linha, início e fim de transmissão, tabulação, etc.  Evolução da computação: adoção de 8 bits  Derivativas do ASCII, p. ex. Unicode/UTF-8: (identificação “code points” + código) – possível representação de mais 1.112.064 caracteres (eg. cirílico, grego, ideogramas, etc) André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016 Fonte: Wikipedia ( https://en.wikipedia.org/wiki/UTF-8 ) Concluindo este tópico: para nossos fins, podemos pensar simplificadamente que o digital é a representação do físico por meio de código binário. Importante compreender também que o código que realiza essa representação pode variar, e a importância de se saber a codificação para interpretar e exibir corretamente a representação – esta noção será essencial para pensarmos preservação digital
  • 9. 1. DIGITALIZAÇÃO  Contextualização / motivação  Imagem e documento digital – conceitos fundamentais  Equipamentos  Estratégias de digitalização  Gerenciamento de um serviço de digitalização  Formação de um arquivo digital  preservação digital André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
  • 10. IMAGEM E DOCUMENTO DIGITAL: CONCEITOS BÁSICOS André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016 p.17, recomendações do CONARQ: http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/media/publicacoes/recomenda/recomendaes_para_digitaliz ao.pdf  TIFF? Compressão? Resolução? Bits?  O que são estes termos?  Por que esses parâmetros são preconizados?  Um conceito inicial:  Matriz digital (arquivo obtido diretamente da captura)  Alta qualidade/fidelidade  Arquivos grandes  Acesso restrito  Derivadas digitais (arquivos gerados a partir da matriz, com fins de promover acesso, divulgação, uso secundário, etc)  Qualidade média/baixa  Arquivos compactos, fáceis de copiar/transferir  Acesso ao usuário final
  • 11. IMAGEM E DOCUMENTO DIGITAL: CONCEITOS BÁSICOS  Texto digitado vs. Texto digitalizado (imagem vetorial vs. imagem rasterizada)  Texto digitado – código binário interpretado pelo programa editor de texto. É exibido como imagem vetorial.  Texto digitalizado – código binário interpretado pelo programa visualizador de imagens. O código corresponde à descrição de uma imagem rasterizada, e não de caracteres de texto “Por que alguns PDFs ficam bons quando eu dou zoom e outros ficam ruins?”  Experimento prático: vamos salvar um slide como imagem e o mesmo slide como texto – diferença entre caractere representado vetorialmente vs. rasterizado (será explicado a seguir)  A importância de saber escolher a melhor forma de armazenar uma informação André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
  • 12. IMAGEM E DOCUMENTO DIGITAL: CONCEITOS BÁSICOS  Imagem digital – conceito de Raster ou Bitmap (explicação simplificada)  Descrição de pontos em estrutura de matriz – cada ponto é descrito quanto à sua posição e cor.  Cada cor por sua vez é descrita por uma combinação entre R (Vermelho), G (Verde) e B (Azul) (ou outros padrões de cor, como CMYK - a ser explorado em ocasião propícia)  Ao contrário de um Vetor, em que a descrição é relativa à orientação entre pontos, em um Bitmap a descrição é absoluta com relação a cada ponto  “Dar zoom”: em um vetor, o programa que lê reconstrói a orientação entre pontos infinitamente – a imagem não “fica ruim” ; já no caso de uma imagem bitmap, o zoom irá aproximar a visualização até o nível dos pontos OU em casos de ampliação haverá “suavização” (=interpolação): o programa interpreta o posicionamento dos pontos e adiciona informações que não estavam no original (conceito de interpolação será visto mais para frente)  Experimento prático, da mesma forma que com texto: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Vector-based_example.svg André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016 Fonte: Wikipedia (https://pt.wikipedia.org/wiki/Raster)
  • 13. IMAGEM E DOCUMENTO DIGITAL: CONCEITOS BÁSICOS  Digitalização: conversão de uma informação para o meio digital  No caso de digitalização de documentos: conversão da informação analógica para o formato digital  Informação analógica (não-digital): fotos, negativos, mapas, livros, áudios de discos de vinil  Informação digital: tudo aquilo passível de transmissão ou armazenamento eletrônico (~binário)  Informação: ao digitalizar, um documento, não apenas o seu texto é considerado informação, mas também o papel, sua cor, suas marcas e manchas, sua textura, etc.  Qual o objetivo da digitalização? Qual informação se deseja capturar? Em primeira instância: deseja-se preservar o conteúdo textual e de possíveis ilustrações, ou também se deseja possibilitar outras formas de fruir/estudar a obra (como ver sua textura e orientação das fibras do papel, possíveis vincos nas folhas, anotações à lápis, etc)?  Na digitalização de um documento: obtém-se uma imagem digital = obtém-se um raster  Composto por pontos descritos com relação à posição absoluta e cor  Posteriormente, por um processo de reconhecimento ótico de caracteres (OCR), é possível codificar um texto a partir da imagem (a ser visto) André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
  • 14. IMAGEM E DOCUMENTO DIGITAL: CONCEITOS BÁSICOS  Elementos básicos de uma imagem:  Resolução ótica (“megapixels”)  Quantidade de pontos (pixels) que compõem a imagem  Um píxel é considerado como o menor componente de uma imagem digital.  Modelo para compreensão por analogia: técnica do pontilhismo ( https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/60/Morning%2C_Interior_-_Luce.jpeg )  experiência prática: em uma foto, por que geralmente “mais megapixels” significa “melhor imagem” – quantidade de informação para descrever a mesma coisa  Resolução ótica: capacidade de captura real da imagem (maior quantidades de pontos = maior quantidade de informação/detalhes)  Resolução interpolada: resultado de aumento artificial da resolução, por algoritmo  não é informação contida no original André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016 15mp 6mp 2mp 1.8mp
  • 15. IMAGEM E DOCUMENTO DIGITAL: CONCEITOS BÁSICOS  Elementos básicos de uma imagem - resolução ótica (“megapixels”) DPI vs PPI, captura, impressão, exibição no monitor – desmistificando DPI não está relacionado ao tamanho da imagem, e sim com a qualidade da impressão da imagem: Indica o número de pontos por polegada (Dot Per Inch = DPI) que irá compor a imagem. Quanto mais pontos por polegada (maior densidade de pontos) maior a resolução e qualidade. O que significa então capturar em 300 DPI (recomendação do CONARQ¹)?  Critério: qualidade da imagem. Exigir 300 DPI se deve à capacidade de gerar cópias de boa qualidade (legibilidade, reprodução de detalhes)  Uma impressão de boa qualidade precisa de pelo menos 300 DPI para que os pontos não sejam notados ao se olhar para o impresso.  Supondo uma imagem que tenha 1800x1200 pixels = 2160000 pixels = 2,16 megapixels  temos: 1800 / 300 = 6 polegadas x 1200 / 300 = 4 polegadas  tamanho 6x4 polegadas (15,24 x 10,16cm, o nosso popular 10x15).  Analogamente: se o original tem 6x4 polegadas, uma captura de 2,2 mpix é suficiente para gerar cópias de 300 DPI  Se tenho uma folha formato A4 (8,27 pol × 11,7 pol), qual deve ser a resolução de captura para obter 300 DPI?  11,7 pol x 300 dots/pol = 3510 dots(pixels) e 8,27 pol x 300 dots/pol = 2481 pixels ; 3300x2700 = 8708310 pixels = 8,7 megapixels André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016 ¹ http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/media/publicacoes/recomenda/recomendaes_para_digitalizao.pdf
  • 16. IMAGEM E DOCUMENTO DIGITAL: CONCEITOS BÁSICOS  Elementos básicos de uma imagem - resolução ótica (“megapixels”) DPI vs PPI, captura, impressão, exibição no monitor – desmistificando  Se preciso de 8,7 megapixels para digitalizar uma folha A4... então basta comprar uma câmera de 9 megapixels para meu projeto de digitalização? NÃO! Motivos:  Você não irá digitalizar apenas folhas A4. Para digitalizar, por exemplo, uma folha A1 (22x34 pol = 56 x 86cm aproximadamente) na qualidade de 300 DPI, seria necessário um sensor de 67,32 megapixels.  A qualidade da captura não depende exclusivamente da resolução de captura. Fatores de qualidade:¹  Resolução óptica  Profundidade de bits (resolução de cor / resolução tonal)  [Ausência de] Compactação  [Ausência de] Interpolação  Qualidade do equipamento  Técnicas de captura André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016 Ver pp.7-8 das recomendações do CONARQ: http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/media/publicacoes/recomenda/recomendaes_para_digitalizao.pdf
  • 17. IMAGEM E DOCUMENTO DIGITAL: CONCEITOS BÁSICOS  Dos 6 elementos citados, os 3 primeiros são elementos básicos de uma imagem:  1. Resolução ótica (“megapixels”) – já explicado  2. Resolução de cor (tonal)  Quantidade de bits usados para representar a cor de um único pixel numa imagem bitmap (raster), ie., quantidade de informação usada para descrever a cor de cada ponto  De forma análoga à nossa discussão inicial sobre Bacon, Baudot, ITA2 e ASCII: Um maior número de bits possibilita um maior número de combinações. Como cada combinação é uma cor, um maior número de combinações significa uma maior escala de tonalidades possíveis = maior fidelidade de cor  1 bit: 1 cor (preto)  4 bits: 24 = 16 tons  8 bits: 16 x 16 = 256 tons  24 bits: 256 x 256 x 256 = 16.777.216 tons (Em RGB: 8 bits por cor)  ... 30, 32, 36, 48 bits...  Formato e Compressão André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016 Fonte: Wikipedia Fonte: Wikipedia
  • 18. IMAGEM E DOCUMENTO DIGITAL: CONCEITOS BÁSICOS  Dos 6 elementos citados, os 3 primeiros são elementos básicos de uma imagem  3. Formato e Compressão  TIFF (Tagged Image Format): criado em 1986, formato proprietário da Adobe  Indicado para gráficos de todos os tipos  Permite multipágina  JPEG (Joint Photograph Experts Group): criado em 1983  Indicado para fotografia  Compressão voltada para fotografia  Possibilita fotos com tamanho “viável”  Não permite multipágina  PDF (Portable Document Format): criado em 1990  Encapsula imagens rasterizadas e vetoriais  JPEG, TIFF, PNG  Permite multipágina  ISO 19005-1:2005 (“PDF-A”) – para preservação André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
  • 19. IMAGEM E DOCUMENTO DIGITAL: CONCEITOS BÁSICOS  Formato e Compressão  TIFF (Tagged Image Format): criado em 1986, formato proprietário da Adobe  Indicado para gráficos de todos os tipos  Permite multipágina  Permite compactação ou não (diversos tipos: LZW, CCITT, CT8/PNG, etc)  JPEG (Joint Photograph Experts Group): criado em 1983  Indicado para fotografia (lógica de compressão voltada para transições de baixo contraste, estruturas irregulares)  Possibilita fotos com tamanho “viável”  Não permite multipágina  PNG (Portable Network Graphics): criado em 1996  Voltado para gráficos na internet (melhor compressão para transições de alto contraste, áreas grandes de cor sólida, estruturas regulares)  Possibilita compressão sem perda de qualidade (lossless)  PDF (Portable Document Format): criado em 1990  Encapsula imagens rasterizadas (compactadas ou não) e vetoriais  “Incorpora” JPEG, TIFF, PNG...  Permite multipágina  ISO 19005-1:2005 (“PDF-A”) – para preservação  Algoritmo MRC (Mixed Raster Content) – ABBYY, Luratech... André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
  • 20. IMAGEM E DOCUMENTO DIGITAL: CONCEITOS BÁSICOS  Formato e Compressão  RAW  Formato proprietário de cada equipamento de digitalização  Só pode ser aberto pelo próprio software do equipamento  Informação pura obtida diretamente do output do equipamento – dados não alterados  Em fotografia é bastante utilizado, pois permite trabalhar posteriormente com cor e luz sem grandes perdas  Sem compactação, tamanho grande  RAW x TIFF sem compressão  Por que se recomenda então TIFF e não RAW?  Apesar de também ser formato proprietário, o TIFF é mais universal do que o RAW: diversos programas podem ler esse formato, enquanto que o RAW é lido apenas pelo software do equipamento  O TIFF está em uso há mais de 30 anos, havendo pressão de mercado por compatibilidade (sua última versão está em uso há 23 anos). O software proprietário do RAW é variável conforme o fabricante e ao mudar de versão pode simplesmente não ler mais versões antigas  Para abrir o TIFF não dependemos da marca/software do equipamento de digitalização André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
  • 21. IMAGEM E DOCUMENTO DIGITAL: CONCEITOS BÁSICOS  Dos 6 elementos citados, os 3 últimos estão relacionados com técnica  Interpolação  Poderia ser considerado elemento da imagem também, porém colocamos como um elemento de técnica aqui porque a interpolação geralmente é ativada/desativada no momento em que se configura a digitalização (ou então na ampliação, o que já não é mais o nosso foco de digitalização)  Como visto anteriormente: A interpolação consiste em adicionar novos pontos a uma imagem, aumentando artificialmente sua resolução. Essa técnica utiliza os pontos existentes, e adiciona novos pontos entre eles com valor da média entre os pontos.  Suaviza assim a aparição dos pixels quando se amplia uma imagem  Ao mesmo tempo, adiciona informação que não está presente no original – não há fidelidade  Não deve, assim, ser utilizada para geração de matrizes, uma vez que não corresponderá à informação original  Equipamento  Técnica de captura (conhecimento de fotografia) André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
  • 22. IMAGEM E DOCUMENTO DIGITAL: CONCEITOS BÁSICOS  Dos 6 elementos citados, os 3 últimos estão relacionados com técnica  Equipamento  Veremos sobre especificações do equipamento no próximo tópico  Quanto à técnica: necessário compreender a técnica de operação correta: de nada adianta um equipamento poderoso, de alta resolução, que é operado apenas mecanicamente  Não adianta também um ótimo equipamento sem se planejar a digitalização e pensar o processo de acordo com os objetivos que se deseja atingir  Manutenção regular do equipamento evitando tempos de parada/improdutividade e custos com reparo de quebras que poderiam ter sido evitadas  Técnica de captura (conhecimento de fotografia)  Abertura, exposição, sensibilidade/ISO, qualidade de sensores e objetivas, distorções ópticas, profundidade de campo, balanço de cor, iluminação  exemplo prático da influência da luz e do balanço de cores na captura digital: https://www.youtube.com/watch?v=-uG-YAW9io4  exemplo prático da influência do balanço de branco: https://www.youtube.com/watch?v=Zu7ujmFwzNc  Exemplo prático: apperture X profundidade de campo André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
  • 23. 1. DIGITALIZAÇÃO  Contextualização / motivação  Imagem e documento digital – conceitos fundamentais  Equipamentos  Estratégias de digitalização  Gerenciamento de um serviço de digitalização  Formação de um arquivo digital  preservação digital André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
  • 24. EQUIPAMENTOS  Câmeras fotográficas  Resolução (do equipamento, não da imagem gerada) – sensor de maior resolução possibilita capturar objetos maiores  Inversamente, uma maior densidade de pixels em um sensor pode (simplificando) degradar a absorção de luz ou gerar efeitos de interferência elétrica – buscar equipamentos de qualidade comprovada  Comparação de câmeras e lentes: http://www.the-digital-picture.com/Reviews/Comparison-Tools.aspx  Velocidade de captura  Sensibilidade de captura (ISO)  Qualidade da objetiva: abertura e componentes da objetiva  Exemplo prático: comparando uma objetiva Sigma X Canon http://www.the-digital-picture.com/Reviews/ISO-12233-Sample- Crops.aspx?Lens=787&Camera=453&Sample=0&FLI=0&API=4&LensComp=805&CameraComp=453&SampleComp=0&F LIComp=0&APIComp=4  Velocidade da memória e da interface de transferência de dados  Suporte/entrada do material a ser digitalizado André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016 Fonte: Wikipedia
  • 25. EQUIPAMENTOS  Câmeras fotográficas  Velocidade da memória e da interface de transferência de dados André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016 Fonte: Wikipedia Fonte: Wikipedia https://en.wikipedia.org/wiki/Secure_Digital#Speed_class_rating Fonte: Wikipedia https://en.wikipedia.org/wiki/USB#Transmission_rates Outras interfaces: Firewire, Esata, Ethernet...
  • 26. EQUIPAMENTOS  Câmeras fotográficas  Suporte/entrada do material a ser digitalizado  Paralelismo  Resistência a vibrações  Material  Limpeza  Não pode reagir ou contaminar a obra  Conservação do estado físico da obra  Facilidade de manuseio André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
  • 27. EQUIPAMENTOS  Outros equipamentos: scanners, backscanners, robôs de automação...  Custo de compra  Custo de manutenção  Sensor e câmera própria ou de “fabricação em massa”  Partes móveis e/ou frágeis, sensores, filtros sensíveis a umidade e calor  Produtividade  Fatores fotográficos: paralelismo, distorções ópticas, abertura, profundidade de campo, sensibilidade, calibragem de cor  Facilidade de manuseio x finalidade da digitalização (exemplo de caso: point-and-shoot vs. backscanner)  Suporte da obra - risco de dano ou desgaste (luz forte e/ou quente, calor do equipamento, vibração, atrito, graxa)  Contaminação cruzada  Necessário que a máquina seja fácil de higienizar  Necessário medidas de conservação antes da digitalização (como reparos e desinfecção)  Por melhor e mais automático que seja o equipamento: ainda assim, há sempre necessidade de conhecimentos teóricos em fotografia para resolver casos difíceis  Suporte técnico – eficácia e eficiência, custos de importação  Burocracias para aquisição – nacional X importado André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
  • 28. 1. DIGITALIZAÇÃO  Contextualização / motivação  Imagem e documento digital – conceitos fundamentais  Equipamentos  Estratégias de digitalização  Gerenciamento de um serviço de digitalização  Formação de um arquivo digital  preservação digital André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
  • 29. ESTRATÉGIAS DE DIGITALIZAÇÃO  Por que digitalizar?  Promover acessibilidade, possibilidade de acesso remoto, acesso simultâneo, disseminação mundial da informação  Agilidade na recuperação da informação  Menor exposição do usuário e dos profissionais a fungos e outros agentes danosos à saúde  Mas: economia de espaço físico não existe, pois é necessário manter os originais; Necessidade de trabalho para higienização e restauro; Custo de storage (compra e manutenção) Custo de mão de obra para digitalizar, indexar e gerenciar/manter arquivo digital  Promove novas formas de uso da informação: análise textual (comparação, contabilização de fontes e citações, etc) eletrônica e comunicações eletrônicas.  Promove novas formas de organização de um material: o mesmo material pode se encontrado ao mesmo tempo em mais de uma “estante” (“coleção”)  Indexação correta permite controle maior da propriedade intelectual (?)  Novas formas de interação com as mídias: sons e videos podem ser relacionados por link ao texto (exemplo: execução de uma partitura digitalizada em MIDI ou por um intérprete)  Diminui o manuseio da obra física, colaborando com a preservação de seu estado físico - principalmente importante no caso de obras únicas/raras  Porém: os custos do digital somam-se aos custos do acervo físico. A digitalização não tem como consequência necessária a eliminação do exemplar físico. Há de se considerar ainda que além dos custos de digitalização, haverá custo de armazenamento, indexação digital e manutenção do acervo digital (preservação digital). André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
  • 30. ESTRATÉGIAS DE DIGITALIZAÇÃO  Critérios para priorizar uma digitalização  Valor intrínseco: o tempo de uso e o número de pessoas que utiliza o material é alto  O projeto pode ser completado com sucesso com os equipamentos, a verba e a mão de obra disponível  A verba disponível também já foi pensada com relação à preservação digital  A instituição possui propriedade sobre os direitos autorais de digitalização ou recebeu autorização de seu detentor  O projeto de digitalização promove sustentabilidade, por exemplo substituindo a necessidade de distribuição de exemplares impressos em papel pela versão eletrônica, ainda por cima acessível por todos de forma remota. Exemplos: Revistas antigas da USP e o Portal de Revistas ; Teses antigas da USP e o Portal de Teses ; Obras de autores USP e a BDPI  O projeto foi planejado, praticável, há um norteador e os objetivos a serem alcançados são razoáveis  O projeto causará economia de dinheiro: eliminar a necessidade de adquirir exemplares repetidos, remover os custos com restauro e encadernação de obras  O material é importante para a instituição, não há cópia e está deteriorando André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
  • 31. ESTRATÉGIAS DE DIGITALIZAÇÃO  Erros comuns a serem evitados ao se planejar uma digitalização  “Vamos digitalizar todo o acervo”  Custos: tempo, mão de obra, storage, processamento  Utilizar esses recursos para digitalizar obras não relevantes/que poderiam ser doadas ou descartadas  “Vamos digitalizar para eliminar o exemplar físico. Assim economizamos espaço e mão de obra”  Perda do digital (acidental ou criminosa)  Nem sempre o digital é considerado substituto perfeito do físico  Problemas na digitalização percebidos apenas após o descarte  Dificuldades de recuperação do digital (má indexação)  Preferência pessoal/profissional pelo exemplar físico  “Vamos comprar o equipamento “modelo X” para digitalizar todo acervo”  Cada equipamento é mais adequado a um tipo/formato de obra.  Não há equipamento ideal que solucione todas as dificuldades  Por vezes o acervo é constituído em sua grande maioria de obras de simples digitalização e se adquire um equipamento muito caro e complexo introduzindo complexidade em um processo que poderia ser simples  Outras vezes, na tentativa de economizar, se adquire um equipamento mais barato porque as especificações são similares ao mais caro, mas ou o acervo exige equipamentos que se adaptem a variações de formato ou mesmo a qualidade do equipamento mais barato acaba deixando a desejar (ou mesmo até danificando a obra)  “Vamos digitalizar. Depois organizamos”  A indexação e organização deve ser pensada de forma simultânea à digitalização. É uma ilusão pensar que será possível localizar um arquivo específico dentro de milhões de arquivos para então indexá-lo André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
  • 32. ESTRATÉGIAS DE DIGITALIZAÇÃO  Escolha do equipamento: deve se dar conforme as características das obras e a finalidade da digitalização  Obras  Que não podem ser desencadernadas  De grande formato  De formato diminuto  Encadernadas com grampo/espiral  Com pouca abertura  Com pouca margem  Com costura frágil  Impressão opaca/apagada  Tinta sensível a calor/luz  Anotações importantes em grafite  Com manchas  Com ondulações  Extremamente raras (X confiabilidade do equipamento)  Finalidade  Capturar apenas o conteúdo textual impresso  Capturar anotações feitas em grafite fraco ou mesmo apagadas (relevo)  Capturar ilustrações para ampliação  Captura o mais fiel possível ao original André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
  • 33. ESTRATÉGIAS DE DIGITALIZAÇÃO  Planejar como lidar com irregularidades na digitalização  Página faltando ou duplicada  Página com ondulações e/ou manchas  Foldouts no meio da obra  Numeração irregular  Impressões em apenas um lado (descartar ou manter o lado branco?)  Páginas grudadas  Pela impressão  Por grampo  Por cola  Por fita  Páginas rasgadas previamente  Acidentes com a obra durante a digitalização  Digitalização duplicada (como evitar?)  Digitalização de edições (eg., se apenas a 1a edição é rara)  Digitalização de exemplares (eg., se apenas um exemplar específico é raro) André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016 Veja mais sobre planejamento de digitalização em: https://www.loc.gov/preservation/care/scan.html
  • 34. 1. DIGITALIZAÇÃO  Contextualização / motivação  Imagem e documento digital – conceitos fundamentais  Equipamentos  Estratégias de digitalização  Gerenciamento de um serviço de digitalização  Formação de um arquivo digital  preservação digital André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
  • 35. GERENCIAMENTO DE UM SERVIÇO DE DIGITALIZAÇÃO  Controle de fluxo e registro de pessoas  Segurança tanto física quanto do servidor de arquivos e do sistema de captura e processamento  Identificação/Seleção, conferência do estado físico antes de digitalizar  Recebimento/guarda temporária  [Conservação/restauro]  Digitalização em si  Guarda temporária na digitalização  Controle de qualidade  Devolução do exemplar físico, conferência do estado físico na entrega  Processamento do digital: crop, rotação, brilho contraste e cor,…  Controle de qualidade 2  Disponibilização de versão online / indexação  Arquivamento / indexação 2  Manutenção/preservação do digital André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
  • 36. 1. DIGITALIZAÇÃO  Contextualização / motivação  Imagem e documento digital – conceitos fundamentais  Equipamentos  Estratégias de digitalização  Gerenciamento de um serviço de digitalização  Formação de um arquivo digital  preservação digital  “Digitalizei, logo estou preservando” : verdadeiro ou falso? André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
  • 37. André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016 “DIGITALIZEI, LOGO ESTOU PRESERVANDO” : VERDADEIRO OU FALSO?  Toda informação (seja ela uma pintura na parede de uma caverna até uma mensagem trivial enviada pelo smartphone, passando por um vídeo gravado em VHS ou um rótulo de lata de molho) tem um valor para que aquilo seja considerado necessário preservar.  Alguns tipos de informação, como o tíquete de trem, tem caráter temporário, enquanto que outras informações, como a declaração do imposto de renda, precisam ser armazenados por um período maior de tempo. Esse valor varia com o tempo: um tíquete de trem utilizado por Getúlio Vargas em sua infância tinha pouco valor, porém hoje em dia se comprovado o uso por GV este tíquete teria alto valor. Essa é uma das funções importantes das bibliotecas e arquivos: cuidar da guarda de obras de valor, além de adicionar informações que conferem autenticidade, valor e peso histórico às obras.  Em outros termos, já é uma medida de preservação.  A digitalização visa também conservar a informação criando uma representação digital da informação contida em suporte físico. À primeira vista, a digitalização é uma medida de preservação. Mas esta medida não é absolutamente certeira se não for planejada a partir de conhecimentos sólidos...
  • 38. “DIGITALIZEI, LOGO ESTOU PRESERVANDO” : VERDADEIRO OU FALSO?
  • 39. 2. PRESERVAÇÃO DIGITAL  Desafios – obsolescência – analogia com o caso da Pedra de Rosetta  Conceito(s) de preservação  O que digitalizar  Como digitalizar  Gerenciamento digital  Armazenagem / arquivamento André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
  • 40. DESAFIOS – ANALOGIA COM A PEDRA DE ROSETTA André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016 Fonte do texto e imagem: Wikipedia (https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedra_de_Roseta ) A Pedra de Roseta é um fragmento de uma estela de granodiorito do Egito Antigo, cujo texto foi crucial para a compreensão moderna dos hieróglifos egípcios. Primeiro texto bilíngue a ser recuperado na história moderna, está em exibição ao público no Museu Britânico desde 1802, onde é o objeto mais visitado. Sua inscrição registra um decreto em três parágrafos com o mesmo texto: o superior está na forma hieroglífica do egípcio antigo, o trecho do meio em demótico (variante do egípcio tardio), e o inferior em grego antigo. Levantava-se a hipótese de que os três textos fossem o mesmo, embora apenas o em grego pudesse ser entendido. O conhecimento sobre a escrita em hieróglifos encontrava-se perdido desde o século IV, e do demótico desde pouco depois. Desse modo, dois problemas confrontavam os acadêmicos que trabalhavam com as inscrições: saber se os hieróglifos representavam uma simbologia fonética ou apenas símbolos pictóricos, e determinar o significado das palavras individuais. O médico britânico Thomas Young obteve um substancial progresso em 20 anos de estudo. Mas o mérito final da completa realização da tradução, em 1822, pertence ao estudioso francês Jean-François Champollion, que desta forma iniciou a ciência do estudo de assuntos referentes ao Egito, a egiptologia. Preservação do suporte Preservação do código Possibilidade de conversão entre códigos X Perda de informação
  • 41. 2. PRESERVAÇÃO DIGITAL  Desafios – obsolescência – analogia com o caso da Pedra de Rosetta  Conceito(s) de preservação  O que digitalizar  Como digitalizar  Gerenciamento e Armazenagem / arquivamento André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016 http://www.arqsp.org.br/cpba/
  • 42. André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016 CONCEITO(S) DE PRESERVAÇÃO  Arquivo digital – uma analogia  Informação capturada por um processo de digitalização (eg., uma revista digitalizada) ou informação nativamente digital (eg., uma revista eletrônica)  Esta informação é armazenada em um formato, ie. um código capaz de representar a informação física na forma binária (lembre-se da Cifra de Bacon e o padrão ASCII). Isto constitui um arquivo. Estes formatos estão em constante evolução e obsolescência  Este arquivo precisa ser gravado em um suporte, uma mídia. As mídias, assim como os formatos, também variam consideravelmente e estão em constante evolução e obsolescência  Estas mídias, por sua vez, exigem condições específicas de armazenamento/preservação digital, e necessitam de equipamentos específicos e baseados em tecnologia moderna para sua leitura Impressão Suporte Idioma Preservação
  • 43. André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016 CONCEITO(S) DE PRESERVAÇÃO  Arquivo digital – uma analogia (continuação)  O formato em que a informação é armazenada muitas vezes precisa ser convertido para um formato mais novo para que possa continuar sendo entendido  O suporte em que a informação está armazenada muitas vezes precisa ser atualizado, copiando o arquivo para uma para armazenar em uma tecnologia mais atual  De qualquer forma, este arquivo precisa ser armazenado de uma forma que possa ser encontrado facilmente depois. Precisa ser indexado Tradução/ versão Cópia Mas então, no que difere a preservação física da preservação digital? Indexação
  • 44. André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016 CONCEITO(S) DE PRESERVAÇÃO  Confusão: termos múltiplos e polissêmicos, usados de forma solta, casual ou mesmo com apelo de marketing: “digitalizar para preservar”, “preservação digital”, “digitalização para promover acesso”...  Preservação (física)  Conservação  Restauro  Inclui manutenção, tratamento, prevenção de danos e reparo de danos  Como consequência, consegue promover o acesso à obra durante maior período de tempo  Preservação digital  Não significa aplicar medidas de conservação e restauro ao exemplar físico. Mas a digitalização demanda que o exemplar físico esteja em condições suficientes para suportar o processo de digitalização (poder-se-ia afirmar: exige a preservação física)  Se assemelha à preservação física na medida em que se preocupa também em promover o acesso à obra por maior tempo  Mas a preservação digital não se resume à digitalização... Vejamos
  • 45. André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016 CONCEITO(S) DE PRESERVAÇÃO  A digitalização muitas vezes é vista como uma atualização de suporte - uma microfilmagem de preservação com mais tecnologia. A digitalização não tem como consequência necessária a preservação, mas se relaciona com ela em vários pontos.  A digitalização de uma obra pode diminuir a consulta ao exemplar físico. Menor manuseio significa menor desgaste da obra, portanto uma medida de preservação  A digitalização da obra permite distribuir com facilidade em nível mundial cópias da obra, o que significa promoção do acesso à obra por mais tempo, portanto também uma medida de preservação  A digitalização, no entanto, não substitui a microfilmagem em todos os quesitos. Possui vantagens e desvantagens.  Preservação digital não significa simplesmente “digitalizar para preservar”, apesar de se relacionar com esse processo.  A preservação digital na verdade está preocupada na conservação da informação a partir do momento em que ela se torna digital. Implica no esforço com medidas formais para se garantir que a informação digital continue acessível e usável. A preservação digital então está relacionada com a medida de “digitalizar para preservar” a partir do momento em que os arquivos digitais são gerados e se deve decidir o que fazer com eles “Digital preservation is the method of keeping digital material alive so that they remain usable as technological advances render original hardware and software specification obsolete.” -- Prytherch, Ray [compilador]. Harrod's librarian glossay and reference book.10th ed. Ashgate, 2005.
  • 46. André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016 CONCEITO(S) DE PRESERVAÇÃO  O microfilme  É utilizado há mais tempo com fins de preservação (uso comercial a partir de 1920), e estudos avaliam que sua durabilidade pode atingir séculos se corretamente manuseado e guardado.  Analógico: para sua leitura (acessar a informação), é necessário apenas luz e uma lente de aumento, sem necessidade de eletricidade ou quaisquer outros equipamentos modernos (acomoda-se bem à visão apocalíptica de tempo)  Para sua guarda correta, basta controlar parâmetros ambientais luz, umidade relativa, calor). Durabilidade garantida pelas normas ISO de aproximadamente 500 anos  Tem amparo legal para documentos oficiais na “Lei n° 5.433, de 8 de maio de 1968” e no “Decreto n° 1.799, de 30 de janeiro de 1996”, que permite a eliminação do documento em papel.  Já o arquivo digital  É de utilização recente (os primeiros esforços para pensar a preservação digital datam de 1996 com a publicação do relatório “Preserving digital information: Report of the task force on archiving of digital information”, e a tomada de medidas realmente efetivas datam dos anos 2000)  Estudos variam quanto à durabilidade da informação digital – problema da obsolecência em vários pontos do processo  A armazenagem da informação se dá em suportes e formatos bastante variáveis – desafio para o futuro  Suporte variável: quem hoje em dia conseguiria ler um disquete 8 pol. ou mesmo um JazzDrive?  Formato variável: Mesmo se conseguisse ler, conseguiria abrir um arquivo ( interpretar o código)?  Estes suportes e codificações estão constantemente evoluindo sem muita atenção à retrocompatibilidade!  Outro fator pouco considerado é a durabilidade (pensando em séculos, e não apenas décadas) das mídias  As medidas de guarda correta dos diversos tipos de mídias são variáveis  A autenticidade do digital ainda não tem total anteparo legal. Necessário confiar na idoneidade da instituição que realizou a digitalização  Mas:  O acesso e leitura são mais fáceis e amplas na era da computação e da globalização - acessibilidade  Não há perdas de informação quando se realiza uma cópia do digital, ao contrário de quando se realiza uma cópia da cópia analógica
  • 47. CONCEITO(S) DE PRESERVAÇÃO  Pelo que foi exposto até aqui, podemos perceber que a preservação do documento digital deve se dividir na preservação da informação e do suporte desta informação (por isso, a comparação entre arquivo digital e microfilme pode não ser justa: no microfilme estamos falando basicamente de um suporte, enquanto que no arquivo digital discutimos suporte e informação)  No documento digital:  Suporte depende de hardware que lê a mídia e envia o código para interpretação  Informação depende de software que interpreta código e transforma em informação legível por humano Em outras palavras: no documento físico convencional, suporte e informação são inseparáveis. A mudança de suporte implica necessariamente em perda de informação. Já no documento eletrônico, é possível migrar a informação de maneira intacta entre suportes diferentes. A informação, no entanto, ao ser atualizada (convertida) para uma nova forma de codificação, está sujeita a possíveis perdas. Para aprofundamento, veja a partir da p.115 em MARCONDES, KURAMOTO, TOUTAIN, SAYAO. Bibliotecas digitais: saberes e práticas/organizadores. Salvador : EDUFBA, 2005 http://livroaberto.ibict.br/bitstream/1/1013/1/Bibliotecas%20Digitais.pdf
  • 48. CONCEITO(S) DE PRESERVAÇÃO  Aspectos a serem observados na preservação de documento digital (modificado a partir de SAYAO e também BARATA):  Preservar a cadeia de bits – preservar o dado em si, fisicamente, a lógica binária  Preservar o conteúdo - capacidade de ler o conteúdo em baixo nível, o código  Preservar a autenticidade - o documento não sofreu adulteração, mudanças não autorizadas, ou não corrompeu devido a falhas no suporte  Preservar a proveniência - origem e cadeia de custódia que confirmam a autenticidade e a integridade  No caso de conteúdo nativamente digital: Preservar a apresentação - forma, layout, fontes, tamanho, margens, colunas, cores, paginação... É possível preservar isso em um PDF/A?  No caso de conteúdo nativamente digital: Pensar os limites do objeto – o que é o objeto a ser preservado? O PDF? O conjunto de arquivos que formam a matriz? Seus metadados? Sua indexação? Seus links? Animações flash encapsuladas? O que deve ser preservado?  No caso de conteúdo nativamente digital: Preservar as funcionalidades - componentes multimídia, conteúdo dinâmico, interoperabilidade, busca (eg. um livro em Flash)  Preservar a versão/edição: Ser capaz de distingui-lo de outras versões, cópias e edições  Preservar o contexto - as dependências de hardware, software, modo de distribuição e links com outros objetos - possível? Para aprofundamento, veja a partir da p.115 em MARCONDES, KURAMOTO, TOUTAIN, SAYAO. Bibliotecas digitais: saberes e práticas/organizadores. Salvador : EDUFBA, 2005 http://livroaberto.ibict.br/bitstream/1/1013/1/Bibliotecas%20Digitais.pdf Para introdução ao PDF/A, veja: http://www.pdfa.org/publication/pdfa-in-a-nutshell-2-0/
  • 49. 2. PRESERVAÇÃO DIGITAL  Desafios – obsolescência – analogia com o caso da Pedra de Rosetta  Conceito(s) de preservação  O que digitalizar  Como digitalizar  Gerenciamento e armazenagem / arquivamento André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
  • 50. André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016 O QUE DIGITALIZAR  Vimos anteriormente características físicas da obra que deveriam ser levados em consideração para escolha do que digitalizar.  Cientes agora das demandas de preservação que a guarda de um arquivo digital gera, a escolha do material a ser digitalizado também precisa ser pensado em termos de preservação digital  Qual o tamanho de armazenamento necessário para armazenar os arquivos digitais?  Qual o custo para aquisição do armazenamento necessário?  Qual o custo anual de manutenção desse armazenamento?  Há mão de obra qualificada e disponível para cuidar deste armazenamento?  Há mão de obra qualificada e disponível para contornar a obsolescência tecnológica?
  • 51. 2. PRESERVAÇÃO DIGITAL  Desafios – obsolescência – analogia com o caso da Pedra de Rosetta  Conceito(s) de preservação  O que digitalizar  Como digitalizar  Gerenciamento e armazenagem / arquivamento André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
  • 52. André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016 COMO DIGITALIZAR  Vimos anteriormente características das obras e dos equipamentos que nos indicavam como digitalizar do ponto de vista físico e de especificações técnicas.  Mas do ponto de vista da preservação digital, precisamos também considerar pelo menos mais dois aspectos para pensar como digitalizar:  O formato gerado nativamente pelo equipamento de digitalização  Possui compactação/perdas?  A economia em espaço compensa a possível perda de informação?  Como lidar com a atualização ou o fim do formato? A conversão com mais perdas será aceitável?  É de um formato universalmente aceito para preservação digital? Caso negativo, qual o custo (tempo, dinheiro, mão de obra) para conversão? Vale o risco de o equipamento se tornar obsoleto quanto este formato não puder mais ser lido?  A digitalização foi planejada junto à indexação, para que o arquivo possa ser recuperado corretamente? Como nomear os arquivos e qual a estrutura de pastas?
  • 53. 2. PRESERVAÇÃO DIGITAL  Desafios – obsolescência – analogia com o caso da Pedra de Rosetta  Conceito(s) de preservação  O que digitalizar  Como digitalizar  Gerenciamento e Armazenagem / arquivamento André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
  • 54. André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016 GERENCIAMENTO, ARMAZENAGEM / ARQUIVAMENTO  Medidas para garantia do arquivamento efetivo e eficiente  Indexação correta e atenta  Backup  Cópias em suportes diferentes  Três cópias em locais diferentes e distantes  Medidas específicas para conservação de cada tipo de mídia  Campo magnético, umidade, poluição, vibração, calor, intensidade de uso  Repositórios distribuídos / armazenamento em nuvem (?)  Sistemas de redundância de discos (RAID 1, 5, 10...)  Controle de acesso/segurança ao sistema e ao equipamento físico  Validação periódica da consistência por meio de HASH Critérios recebem nota de 1 a 3 Fonte: The National Archives, UK https://www.nationalarchives.gov.uk/documents/selecting-storage-media.pdf
  • 55. André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016 Fonte: Van BOGART, John W. C. Studie zur Haltbarkeit von Archivmedien. [National Medial Lab], 1996 Disponível em: http://www.apt.drg.de/media/document/1488/Studie- Archivmedien.pdf GERENCIAMENTO, ARMAZENAGEM / ARQUIVAMENTO
  • 56.  Ver também: The Library of Congress: Meeting the Challenge of Digital Preservation http://www.digitalpreservation.gov/series/challenge/ Conservação preventiva de Bibliotecas e Arquivos (ARQ-SP) http://www.arqsp.org.br/cpba/ Link “Publicações”  Cadernos Técnicos do Projeto de Conservação Preventiva de Bibliotecas e Arquivos  Números 44 a 47, 49, 50 e 51  Estude os casos de projetos:  Compare a qualidade e a facilidade de recuperação entre estes dois projetos:  Jornal Folha de São Paulo http://acervo.estadao.com.br/  Jornal O Estado de São Paulo http://acervo.estadao.com.br/  Nosso caso na USP: a Biblioteca Digital de Obras Raras e Especiais (BORE) http://obrasraras.usp.br/  Em Portugal: Arquivo Nacional Torre do Tombo http://digitarq.dgarq.gov.pt/  Na França: Gallica http://gallica.bnf.fr/ André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016
  • 57. OBRIGADO! André Nito Assada DGPJ / DT / SIBi USP andre.assada@usp.br André Nito Assada - DGPJ/DT/SIBi USP - 13 de janeiro de 2016