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Universidade Federal de Alagoas 
Faculdade de Medicina 
Saúde do Adulto e do Idoso I -Pneumologia 
Prof. Fernando Guimarães 
Grupo: 
Caroline Lima de Holanda Asmar 
Leonardo Moreira Lopes 
Luana Carmélia de Lira Fernandes 
Luciano Menezes dos Santos 
Paula Pires de Oliveira 
Priscilla Maris Pereira Alves 
Rafaela da Silva Acácio 
Raissa Jardelino Eloi 
Renata Leonel Freire Mendes 
Renata Plech de Amorim 
Sheyla de Amorim
INTRODUÇÃO 
Aspergillus sp 
 Denominação: Aspergillus sp - semelhança com o aspersório, 
instrumento com o qual se aspergia a água benta em cerimônias 
religiosas; 
 Fungos filamentosos, ubíquos - encontrados em todas as 
estações do ano, dispersos no solo, em vegetais ou qualquer 
matéria em decomposição; 
 Espécies causadoras de Aspergilose pulmonar: A. fumigatus 
(mais comum), A. flavus, A. niger e A. terreus; 
 Forma infectante: conídios veiculados pelo ar.
ASPERGILLUS SP 
Fig. 1 – Aspergillus sp : semelhança morfológica com o aspersório
PATOGÊNESE E PATOLOGIA 
Principais fatores de patogenicidade: 
 Pequeno tamanho dos conídios, facilitando a dispersão 
pelo ambiente, a aspiração pelas vias aéreas superiores e 
a inflamação dos seios paranasais e da árvore brônquica; 
 Temperatura de crescimento do fungo em torno de 37°C; 
 Capacidade de adesão ao endotélio e epitélio; 
 Invasão dos vasos sanguíneos; 
 Produção de toxinas como elastase, restrictocina, 
fumigatoxina, dentre outras.
ASPERGILOSE 
 É considerada uma infecção fúngica oportunista com 
risco de vida em pacientes imunodeprimidos (HIV, 
neutropenia prolongada, transplantados). 
Manifestações clínicas 
 São determinadas pela resposta imune do hospedeiro 
e classicamente definidas como formas alérgica, 
invasiva e saprofítica.
ASPERGILOSE 
BRONCOPULMONAR ALÉRGICA 
 Constitui uma forma de hipersensibilidade pulmonar 
associada à destruição das vias aéreas em resposta ao 
Aspergillus spp. 
 Caracteriza-se por: episódios de asma aguda 
responsiva a corticosteróide ou por asma corticóide 
dependente, com sintomas não usuais de febre e 
hemoptise. 
 Com o tratamento inadequado, o dano pulmonar 
permanente progride para fibrose.
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 
Critérios diagnósticos primários 
 Obstrução brônquica episódica; 
 Eosinofilia periférica; 
 Presença de anticorpos específicos contra antígenos de Aspergillus spp.; 
 Reação cutânea imediata a antígeno de Aspergillus spp.; 
 Elevação sérica de IgE; 
 Presença de infiltrados pulmonares que resolvem com corticóides; 
 Bronquiectasias centrais. 
Critérios diagnósticos secundários 
 Detecção de Aspergillus spp. em espécimes respiratórios; 
 Expectoração de moldes brônquicos; 
 Elevação de IgE específica contra Aspergillus spp; 
 Reação cutânea tardia.
ASPERGILOSE PULMONAR 
INVASIVA 
 ***Doença infecciosa de alta morbidade e mortalidade em imunodeprimidos; 
-> Diagnóstico: 
 Confirmação deve ser feita com cultura; 
 Hemocultura é limitada; 
 Material de LBA, biópsia transtorácica percutânea e 
biópsia por videotoracoscopia são procedimentos 
padrões para estabelecer o diagnóstico de API; 
 ***falsos-negativos podem ocorrer em caso de uso 
prévio de antifúngicos ou quando o procedimento não 
alcança a área afetada);
ASPERGILOSE PULMONAR 
INVASIVA 
→ Diagnóstico: 
 PCR; 
 TC de tórax: sinal do halo e do crescente aéreo; 
 Detecção de galactomanana ( polissacarídeo da 
parede do Aspergillus spp.) – Antigenemia; 
 β-D-glucana (inespecífico, indica infecção fúngica 
invasiva)
ASPERGILOSE PULMONAR 
INVASIVA 
Diagnóstico provável: 
fatores de risco do hospedeiro; 
+ 
manifestações clínicas e radiológicas; 
+ 
evidência microbiológica (cultura/antigenemia).
TRATAMENTO DA API 
 ***Precoce em situações altamente suspeitas; 
 Voriconazol - 1ª escolha (EV para pacientes graves) 
- Indicado para manifestações incomuns : osteomielite e 
endocardite; 
 Anfotericina B lipossomal 
- Indicado em caso de hepatopatia e contra indicação de 
Voriconazol; 
 Casos refratários: alteração da via de administração (para i.v.) 
monitoração dos níveis da medicação; 
alteração da classe do medicamento e/ou 
combinação medicamentosa.
TRATAMENTO DA API 
 Duração: em geral de 6-12 semanas; 
OBS: em imunodeprimidos, deve-se manter o medicamento até 
que ocorra melhora da imunossupressão e reabsorção das lesões; 
 Ressecção cirúrgica: 
- em casos de lesão contígua a grandes vasos e/ou ao 
pericárdio; 
- lesão única que causa hemoptise 
- invasão da parede torácica
MONITORIZAÇÃO 
TERAPÊUTICA 
 Avaliação: 
→ dos sintomas e sinais; 
→ dos aspectos radiológicos (em intervalos regulares); 
*** O aumento progressivo da antigenemia significa mau 
prognóstico; porém, a normalização da mesma não pode ser 
utilizada como critério único para cessar o tratamento.
FATORES QUE AUMENTAM O 
RISCO DE MORTE 
 Infecção após transplante (sua rejeição); 
 Neutropenia; 
 Infecção por citomegalovírus; 
 Uso prolongado de corticoides e imunossupressores; 
 API disseminada; 
 Monocitopenia; 
 Carga fúngica; 
 Derrame pleural associado; 
 Insuficiência renal; 
 Infecção bacteriana de repetição 
 Idade avançada.
API E DPOC 
Atualmente, observa-se um 
aumento do registro de API em 
pacientes sem os fatores de 
riscos conhecidos, como no caso 
dos portadores de DPOC.
FATORES DE RISCO 
 O uso crônico de corticoide oral com dose média 
acima de 20 mg/dia; 
 a exacerbação da doença; 
 a antibioticoterapia e a presença de comorbidades.
DIAGNÓSTICO 
 É feito pelo isolamento de Aspergillus spp. em 
cultura ou material citológico de secreções 
respiratórias (escarro, lavado broncoalveolar e 
aspirado traqueal), associado a um quadro clínico-radiológico 
compatível; 
 O quadro radiológico apresenta-se alterado em 78% 
dos casos. Em radiografia/TC de tórax, há presença de 
infiltrado/consolidação em 43%; lesões cavitárias em 
20%; e nódulos múltiplos ou nódulo solitário em 4%; 
 A presença do sinal do halo é mais comum em 
neutropênicos.
DIAGNÓSTICO 
MICROBIOLOGIA/SOROLOGIA/PCR 
 Cultura: indica o tratamento antifúngico 
- O achado de Aspergillus spp. em secreções do trato 
respiratório inferior deve ser avaliado cuidadosamente para 
excluir API. 
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e os resultados das imagens de TC de tórax, da sorologia e da 
broncoscopia. 
OBS: Iniciar o tratamento com antifúngico naqueles 
criticamente enfermos. 
 Em portadores de DPOC, o material de LBA positivo para 
Aspergillus spp., associado ou não à biópsia 
transbrônquica, pode ser útil para o diagnóstico e o 
tratamento em pacientes clinica e radiologicamente 
suspeitos que não respondem a antibioticoterapia 
convencional.
API E 
IMUNOSSUPRESSÃO 
 A reversão da imunossupressão é um fator 
importante para o sucesso terapêutico da API; 
 API em imunodeprimidos não-neutropênicos, em 
particular naqueles com doença granulomatosa 
crônica, a suspensão ou a redução de corticoide 
é crítica para o sucesso terapêutico da API.
TRATAMENTO ESPECÍFICO PARA 
NEUTROPÊNICOS COM SUSPEITA 
DE API 
Anfotericina 
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Em casos de neutropenia prolongada e 
febre persistente
ATENÇÃO!! 
 O tratamento empírico NÃO é 
recomendado em pacientes com 
neutropenia de curto prazo (menos de 
10 dias). Exceto na presença de 
achados indicativos de API.
PROFILAXIA DA API 
Pacientes transplantados de medula óssea com 
rejeição, com uso prolongado de altas doses de 
corticoide, portadores de LMA ou com Síndrome 
Mielodisplásica 
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Nestes casos, o posaconazol é 
recomendado. O itraconazol 
também pode ser efetivo, embora 
sua tolerabilidade limite seu uso.
ASPERGILOSE 
TRAQUEOBRÔNQUICA 
Pacientes 
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apresentação 
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ASPERGILOSE 
TRAQUEOBRÔNQUICA 
Diagnóstico 
• Broncoscopia→ mais importante; 
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Tratamento 
• O precoce previne a ruptura da anastomose brônquica e a perda do enxerto, além 
de resolver lesões ulcerativas em transplantados de pulmão; 
• Voriconazol é o tratamento de 1ª escolha; 
• O composto lipossomal é recomendado em portadores de transplante pulmonar; 
• A redução da imunossupressão é importante para melhorar a resposta terapêutica.
ASPERGILOSE PULMONAR 
NECROTIZANTE CRÔNICA 
Definição 
• Caracteriza-se pela destruição lentamente progressiva do pulmão em pacientes com 
doença pulmonar crônica e leve grau de imunossupressão, como no uso prolongado 
de corticosteroide sistêmico ou em paciente diabético. 
Tratamento 
• Há uma maior evidência para o tratamento com itraconazol oral; 
• O tratamento medicamentoso é prolongado→ preferir via oral; 
• Outros tratamentos : instilação intracavitária de anfotericina e o uso de voriconazol.
FORMAS CRÔNICAS E 
SAPROFÍTICAS 
Aspergiloma 
Aspergiloma 
Complexo 
• Usualmente, esses pacientes 
apresentam uma doença pulmonar 
subjacente, lesão cavitária tuberculosa, 
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enfisematosa ou doença pulmonar 
fibrótica. 
• Complicações com risco de morte: 
hemoptise, fibrose pulmonar e 
aspergilose invasiva.
ASPERGILOMA 
Definição 
Conglomerado de hifas de Aspergillus spp., muco, fibrina e restos 
celulares no interior de cavidades pulmonares, em cistos e 
bronquiectasias. 
Diagnóstico 
Tosse produtiva crônica, hemoptise em portador de doença 
pulmonar crônica, associada a alterações radiológicas; 
Alterações radiológicas : massa arredondada, algumas vezes 
móvel, com densidade líquida, dentro de uma cavidade, e 
separada da parede por espaço aéreo (sinal do crescente), além 
de espessamento pleural adjacente à cavidade.
ASPERGILOMA PULMONAR CAVITÁRIA 
CRÔNICA- ASPERGILOMA COMPLEXO 
Definição 
Apresenta-se com múltiplas cavidades contendo ou não 
aspergiloma, associadas a sintomas pulmonares e sistêmicos e 
ao aumento de marcadores inflamatórios. 
Sem tratamento, essas cavidades podem aumentar de tamanho 
e coalescer. 
O diagnóstico diferencial deve ser feito com APNC.
TRATAMENTO PARA ASPERGILOMA 
SIMPLES E COMPLEXO 
• Tratamento definitivo para aspergiloma simples; 
• Para casos especiais do aspergiloma complexo 
(↑morbidade e mortalidade). 
Ressecção cirúrgica 
• É recomendado Tratamento antifúngico para o aspergiloma complexo. 
prolongado com itraconazol ou 
voriconazol 
• Para pacientes com hemoptise com risco de morte; 
• Os pacientes, após a estabilização da hemoptise, 
deverão receber tratamento medicamentoso ou 
cirúrgico. 
Embolização da artéria brônquica 
• Tem sido relatada em casos isolados com algum sucesso. 
Instilação endobrônquica ou 
intracavitária de anfotericina
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 SALES, Maria da Penha. Curso de atualização – 
Micoses. J.Bras Pneumol. Capítulo 5: 
Aspergilose: do diagnóstico ao tratamento. 
2009;35(12):1238-1244 . 
 AMORIM, Daniela; MOREIRA, Nelson; AMORIM, 
Carlos; SANTOS, Sávio et al. Infecção por 
Aspergillus spp.: aspectos gerais. Rev Pulmão RJ 
v.13,n.2 ,Abr-Mai-Jun, 2004.
“Não é o diploma médico, mas a qualidade 
humana, o decisivo.” 
Carl jung

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Aspergilose

  • 1. Universidade Federal de Alagoas Faculdade de Medicina Saúde do Adulto e do Idoso I -Pneumologia Prof. Fernando Guimarães Grupo: Caroline Lima de Holanda Asmar Leonardo Moreira Lopes Luana Carmélia de Lira Fernandes Luciano Menezes dos Santos Paula Pires de Oliveira Priscilla Maris Pereira Alves Rafaela da Silva Acácio Raissa Jardelino Eloi Renata Leonel Freire Mendes Renata Plech de Amorim Sheyla de Amorim
  • 2. INTRODUÇÃO Aspergillus sp  Denominação: Aspergillus sp - semelhança com o aspersório, instrumento com o qual se aspergia a água benta em cerimônias religiosas;  Fungos filamentosos, ubíquos - encontrados em todas as estações do ano, dispersos no solo, em vegetais ou qualquer matéria em decomposição;  Espécies causadoras de Aspergilose pulmonar: A. fumigatus (mais comum), A. flavus, A. niger e A. terreus;  Forma infectante: conídios veiculados pelo ar.
  • 3. ASPERGILLUS SP Fig. 1 – Aspergillus sp : semelhança morfológica com o aspersório
  • 4. PATOGÊNESE E PATOLOGIA Principais fatores de patogenicidade:  Pequeno tamanho dos conídios, facilitando a dispersão pelo ambiente, a aspiração pelas vias aéreas superiores e a inflamação dos seios paranasais e da árvore brônquica;  Temperatura de crescimento do fungo em torno de 37°C;  Capacidade de adesão ao endotélio e epitélio;  Invasão dos vasos sanguíneos;  Produção de toxinas como elastase, restrictocina, fumigatoxina, dentre outras.
  • 5. ASPERGILOSE  É considerada uma infecção fúngica oportunista com risco de vida em pacientes imunodeprimidos (HIV, neutropenia prolongada, transplantados). Manifestações clínicas  São determinadas pela resposta imune do hospedeiro e classicamente definidas como formas alérgica, invasiva e saprofítica.
  • 6. ASPERGILOSE BRONCOPULMONAR ALÉRGICA  Constitui uma forma de hipersensibilidade pulmonar associada à destruição das vias aéreas em resposta ao Aspergillus spp.  Caracteriza-se por: episódios de asma aguda responsiva a corticosteróide ou por asma corticóide dependente, com sintomas não usuais de febre e hemoptise.  Com o tratamento inadequado, o dano pulmonar permanente progride para fibrose.
  • 7. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS Critérios diagnósticos primários  Obstrução brônquica episódica;  Eosinofilia periférica;  Presença de anticorpos específicos contra antígenos de Aspergillus spp.;  Reação cutânea imediata a antígeno de Aspergillus spp.;  Elevação sérica de IgE;  Presença de infiltrados pulmonares que resolvem com corticóides;  Bronquiectasias centrais. Critérios diagnósticos secundários  Detecção de Aspergillus spp. em espécimes respiratórios;  Expectoração de moldes brônquicos;  Elevação de IgE específica contra Aspergillus spp;  Reação cutânea tardia.
  • 8. ASPERGILOSE PULMONAR INVASIVA  ***Doença infecciosa de alta morbidade e mortalidade em imunodeprimidos; -> Diagnóstico:  Confirmação deve ser feita com cultura;  Hemocultura é limitada;  Material de LBA, biópsia transtorácica percutânea e biópsia por videotoracoscopia são procedimentos padrões para estabelecer o diagnóstico de API;  ***falsos-negativos podem ocorrer em caso de uso prévio de antifúngicos ou quando o procedimento não alcança a área afetada);
  • 9. ASPERGILOSE PULMONAR INVASIVA → Diagnóstico:  PCR;  TC de tórax: sinal do halo e do crescente aéreo;  Detecção de galactomanana ( polissacarídeo da parede do Aspergillus spp.) – Antigenemia;  β-D-glucana (inespecífico, indica infecção fúngica invasiva)
  • 10. ASPERGILOSE PULMONAR INVASIVA Diagnóstico provável: fatores de risco do hospedeiro; + manifestações clínicas e radiológicas; + evidência microbiológica (cultura/antigenemia).
  • 11. TRATAMENTO DA API  ***Precoce em situações altamente suspeitas;  Voriconazol - 1ª escolha (EV para pacientes graves) - Indicado para manifestações incomuns : osteomielite e endocardite;  Anfotericina B lipossomal - Indicado em caso de hepatopatia e contra indicação de Voriconazol;  Casos refratários: alteração da via de administração (para i.v.) monitoração dos níveis da medicação; alteração da classe do medicamento e/ou combinação medicamentosa.
  • 12. TRATAMENTO DA API  Duração: em geral de 6-12 semanas; OBS: em imunodeprimidos, deve-se manter o medicamento até que ocorra melhora da imunossupressão e reabsorção das lesões;  Ressecção cirúrgica: - em casos de lesão contígua a grandes vasos e/ou ao pericárdio; - lesão única que causa hemoptise - invasão da parede torácica
  • 13. MONITORIZAÇÃO TERAPÊUTICA  Avaliação: → dos sintomas e sinais; → dos aspectos radiológicos (em intervalos regulares); *** O aumento progressivo da antigenemia significa mau prognóstico; porém, a normalização da mesma não pode ser utilizada como critério único para cessar o tratamento.
  • 14. FATORES QUE AUMENTAM O RISCO DE MORTE  Infecção após transplante (sua rejeição);  Neutropenia;  Infecção por citomegalovírus;  Uso prolongado de corticoides e imunossupressores;  API disseminada;  Monocitopenia;  Carga fúngica;  Derrame pleural associado;  Insuficiência renal;  Infecção bacteriana de repetição  Idade avançada.
  • 15. API E DPOC Atualmente, observa-se um aumento do registro de API em pacientes sem os fatores de riscos conhecidos, como no caso dos portadores de DPOC.
  • 16. FATORES DE RISCO  O uso crônico de corticoide oral com dose média acima de 20 mg/dia;  a exacerbação da doença;  a antibioticoterapia e a presença de comorbidades.
  • 17. DIAGNÓSTICO  É feito pelo isolamento de Aspergillus spp. em cultura ou material citológico de secreções respiratórias (escarro, lavado broncoalveolar e aspirado traqueal), associado a um quadro clínico-radiológico compatível;  O quadro radiológico apresenta-se alterado em 78% dos casos. Em radiografia/TC de tórax, há presença de infiltrado/consolidação em 43%; lesões cavitárias em 20%; e nódulos múltiplos ou nódulo solitário em 4%;  A presença do sinal do halo é mais comum em neutropênicos.
  • 18. DIAGNÓSTICO MICROBIOLOGIA/SOROLOGIA/PCR  Cultura: indica o tratamento antifúngico - O achado de Aspergillus spp. em secreções do trato respiratório inferior deve ser avaliado cuidadosamente para excluir API. - Nesses casos, deve-se considerar um quadro clínico compatível e os resultados das imagens de TC de tórax, da sorologia e da broncoscopia. OBS: Iniciar o tratamento com antifúngico naqueles criticamente enfermos.  Em portadores de DPOC, o material de LBA positivo para Aspergillus spp., associado ou não à biópsia transbrônquica, pode ser útil para o diagnóstico e o tratamento em pacientes clinica e radiologicamente suspeitos que não respondem a antibioticoterapia convencional.
  • 19. API E IMUNOSSUPRESSÃO  A reversão da imunossupressão é um fator importante para o sucesso terapêutico da API;  API em imunodeprimidos não-neutropênicos, em particular naqueles com doença granulomatosa crônica, a suspensão ou a redução de corticoide é crítica para o sucesso terapêutico da API.
  • 20. TRATAMENTO ESPECÍFICO PARA NEUTROPÊNICOS COM SUSPEITA DE API Anfotericina B lipossomal Itraconazol Caspafungina Voriconazol Em casos de neutropenia prolongada e febre persistente
  • 21. ATENÇÃO!!  O tratamento empírico NÃO é recomendado em pacientes com neutropenia de curto prazo (menos de 10 dias). Exceto na presença de achados indicativos de API.
  • 22. PROFILAXIA DA API Pacientes transplantados de medula óssea com rejeição, com uso prolongado de altas doses de corticoide, portadores de LMA ou com Síndrome Mielodisplásica ALTO RISCO PARA API Nestes casos, o posaconazol é recomendado. O itraconazol também pode ser efetivo, embora sua tolerabilidade limite seu uso.
  • 23. ASPERGILOSE TRAQUEOBRÔNQUICA Pacientes de risco Portadores de HIV Neutropênicos Transplantados de pulmão Formas de apresentação Obstrutiva Pseudomembranosa Ulcerativa
  • 24. ASPERGILOSE TRAQUEOBRÔNQUICA Diagnóstico • Broncoscopia→ mais importante; • TC→ avalia falha na progressão da lesão da via aérea. Tratamento • O precoce previne a ruptura da anastomose brônquica e a perda do enxerto, além de resolver lesões ulcerativas em transplantados de pulmão; • Voriconazol é o tratamento de 1ª escolha; • O composto lipossomal é recomendado em portadores de transplante pulmonar; • A redução da imunossupressão é importante para melhorar a resposta terapêutica.
  • 25. ASPERGILOSE PULMONAR NECROTIZANTE CRÔNICA Definição • Caracteriza-se pela destruição lentamente progressiva do pulmão em pacientes com doença pulmonar crônica e leve grau de imunossupressão, como no uso prolongado de corticosteroide sistêmico ou em paciente diabético. Tratamento • Há uma maior evidência para o tratamento com itraconazol oral; • O tratamento medicamentoso é prolongado→ preferir via oral; • Outros tratamentos : instilação intracavitária de anfotericina e o uso de voriconazol.
  • 26. FORMAS CRÔNICAS E SAPROFÍTICAS Aspergiloma Aspergiloma Complexo • Usualmente, esses pacientes apresentam uma doença pulmonar subjacente, lesão cavitária tuberculosa, histoplasmose, sarcoidose, bolha enfisematosa ou doença pulmonar fibrótica. • Complicações com risco de morte: hemoptise, fibrose pulmonar e aspergilose invasiva.
  • 27. ASPERGILOMA Definição Conglomerado de hifas de Aspergillus spp., muco, fibrina e restos celulares no interior de cavidades pulmonares, em cistos e bronquiectasias. Diagnóstico Tosse produtiva crônica, hemoptise em portador de doença pulmonar crônica, associada a alterações radiológicas; Alterações radiológicas : massa arredondada, algumas vezes móvel, com densidade líquida, dentro de uma cavidade, e separada da parede por espaço aéreo (sinal do crescente), além de espessamento pleural adjacente à cavidade.
  • 28. ASPERGILOMA PULMONAR CAVITÁRIA CRÔNICA- ASPERGILOMA COMPLEXO Definição Apresenta-se com múltiplas cavidades contendo ou não aspergiloma, associadas a sintomas pulmonares e sistêmicos e ao aumento de marcadores inflamatórios. Sem tratamento, essas cavidades podem aumentar de tamanho e coalescer. O diagnóstico diferencial deve ser feito com APNC.
  • 29. TRATAMENTO PARA ASPERGILOMA SIMPLES E COMPLEXO • Tratamento definitivo para aspergiloma simples; • Para casos especiais do aspergiloma complexo (↑morbidade e mortalidade). Ressecção cirúrgica • É recomendado Tratamento antifúngico para o aspergiloma complexo. prolongado com itraconazol ou voriconazol • Para pacientes com hemoptise com risco de morte; • Os pacientes, após a estabilização da hemoptise, deverão receber tratamento medicamentoso ou cirúrgico. Embolização da artéria brônquica • Tem sido relatada em casos isolados com algum sucesso. Instilação endobrônquica ou intracavitária de anfotericina
  • 30.
  • 31. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS  SALES, Maria da Penha. Curso de atualização – Micoses. J.Bras Pneumol. Capítulo 5: Aspergilose: do diagnóstico ao tratamento. 2009;35(12):1238-1244 .  AMORIM, Daniela; MOREIRA, Nelson; AMORIM, Carlos; SANTOS, Sávio et al. Infecção por Aspergillus spp.: aspectos gerais. Rev Pulmão RJ v.13,n.2 ,Abr-Mai-Jun, 2004.
  • 32. “Não é o diploma médico, mas a qualidade humana, o decisivo.” Carl jung