SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 20
Downloaden Sie, um offline zu lesen
Sandra Aymone
VENDA
PROIBIDA
Agradecemos aos nossos parceiros a colaboração na distribuição destes livros: Hiperion Logística, Jamef Transportes LTDA.,
Esta obra foi impressa na Citygráfica Artes Gráficas e Editora Ltda. em papel cartão (capa) e couche fosco (miolo).
Esta é a 1ª edição, 3ª reimpressão, datada de 2013, com tiragem de 24.000 exemplares.
Sobre a Fundação Educar DPaschoal
Criada em 1989 para a promoção da educação cidadã como estratégia de transformação social, desenvolveu inicialmente a “Academia Educar”, que
promove a formação de núcleos de lideranças juvenis em escolas públicas, criando oportunidades para que o jovem descubra seu potencial, tornando-se
capaz de transformar sua realidade, a de sua escola e da comunidade.
Em 1999, criou o “Prêmio Trote da Cidadania”, que estimula o empreendedorismo universitário como forma de propagar práticas sustentáveis e a
participação cidadã no ambiente acadêmico.
Em 2000, iniciou o projeto “Leia Comigo!”, que produz e distribui gratuitamente livros infanto-juvenis que incentivam o gosto pela leitura, facilitam o
aprendizado na escola e o pleno desenvolvimento da criança e do jovem. São histórias que contribuem para a construção de cidadãos e uma visão mais
humanista.
A DPaschoal acredita que incentivar a leitura e o debate crítico é o melhor caminho em direção ao verdadeiro desenvolvimento do país e da sociedade.
AUTORA
Sandra Aymone
COORDENAÇÃO EDITORIAL
Sílnia N. Martins Prado
PREPARAÇÃO E REVISÃO
Katia Rossini
ILUSTRAÇÃO
Felipe Rostodella
REALIZAÇÃO
Fundação Educar DPaschoal
www.educardpaschoal.org.br
F: (19) 3728-8085
PROJETO GRÁFICO
Linea Creativa
COLABORAÇÃO
William Bossolani
A tiragem e a prestação de contas referentes
a esta publicação foram conferidas pela Deloitte.
Trans-Iguaçu Transportes, Transportadora Capivari LTDA.
Sandra Aymone
Aquelas férias já tinham começado bem para os quatro amigos: Serginho, Carolina,
Julinho e Luciana... E, pelo jeito, iam ficar melhores ainda!
O avô de Luciana, vô Leo, tinha acabado de se mudar para uma chácara no interior
e convidou a neta e seus amigos para passar uns dias com ele.
O lugar era uma delícia! Tinha frutas de todo tipo no pomar e até uma hortinha
de temperos. Tinha também uma trilha às margens de um lindo riacho de águas
transparentes, que corriam sem parar, fazendo barulhinhos que só os riachos
sabem fazer!
Julinho deitou-se sobre a grama, ao lado do riachinho, dizendo:
– Por mim, passo o resto das férias assim, só olhando pras nuvens e ouvindo
a água correr!
2
Luciana e Carolina acharam a ideia ótima. Sentaram-se, tiraram os tênis e mergulharam os pés na
correnteza.
– Pois eu vou ver o que é que tem no final da trilha... – disse Serginho, todo animado.
– Ah – respondeu Luciana –, você só vai encontrar uma casinha caindo aos pedaços, construída num
terreno ao lado da chácara. Acho que ela não tem dono...
Serginho seguiu pelo caminho estreito até chegar à tal casa. Curioso, percebeu que a porta estava
aberta e entrou. O lugar estava bem sujo, parecendo abandonado, mas havia móveis e objetos deixados
pela última pessoa que viveu ali.
3
Sobre uma mesa, Serginho viu dois pares de óculos velhos.
Pegou aquele que estava inteiro, para poder examinar melhor,
e não resistiu à tentação de experimentá-lo. Logo que o colocou
diante dos olhos, algo fantástico aconteceu. Percebeu que podia ver
coisas e pessoas que não estavam ali antes! Ao olhar o outro óculos
sobre a mesa, ouviu uma voz misteriosa:
4
“A palavra óculos vem do latim ‘ocularium’, que eram
buracos feitos nos capacetes dos antigos soldados
romanos, para que eles pudessem enxergar.
No primeiro século depois de Cristo, artesãos
descobriram que, cortando o cristal de rocha em camadas
finas, poderiam obter lentes de aumento. Mais de mil
anos depois, foi criado, na Alemanha, o primeiro par de
lentes com aros de ferro.
Os óculos só ficaram mais confortáveis 300 anos depois: surgiram o
“pincenê”, que se prendia no nariz por uma mola, e o “lornhão”, duas
lentes adaptadas a uma armação sem hastes.
Os óculos com hastes apoiadas nas orelhas só começaram a ser
usados depois de 1600”.
5
Incrível! Aqueles óculos deviam ser mágicos! Foi só colocá-los e Serginho assistiu, como em um filme, a um
pouco da história do objeto!
– Que coisa! – pensou. – Nunca imaginei que os óculos tivessem uma história tão bacana... Será que a mágica
funciona com outros objetos? Vou experimentar.
Dirigindo-se à cozinha, talheres que estavam sobre a pia chamaram sua atenção. Colocando novamente os
óculos, olhou fixamente para eles e, no mesmo instante, novas imagens apareceram, acompanhadas da voz:
“Usar talheres foi uma evolução para a humanidade. Até 900 anos atrás, as pessoas comiam com as mãos.
Naquela época, os mais educados eram os que conseguiam levar a comida à boca usando apenas três dedos!
As primeiras facas eram feitas de pedra e, depois, de ferro e bronze. A partir do século XVII, eram feitas de prata
e simbolizavam riqueza. Os primeiros garfos possuíam apenas dois dentes. As primeiras colheres eram pedaços de
madeira ou chifres de boi em forma de concha”.
madeira ou chifres de boi em forma de concha”.
6
Serginho guardou os óculos, com cuidado, e correu ao encontro dos amigos. Correu tão depressa que, ao chegar
lá, não conseguia falar. Segurava o objeto com uma das mãos, enquanto apontava para eles com a outra, sem que
ninguém pudesse entender nada!
7
– O que você quer com estes óculos? – perguntou Julinho. – Descobriu que tem algum problema na vista?
– Eles são mágicos! – conseguiu dizer, finalmente, o menino. – Venham comigo!
Ninguém queria se levantar dali, mas a curiosidade venceu, e seguiram o amigo até a casinha. No caminho, ele
contou o que havia acontecido. Era difícil de acreditar, mas, como Serginho não mentia nunca, decidiram que valia
a pena conferir.
– Você sabe quem morou naquela casa, Luciana? – quis saber Carolina. – Com certeza os óculos eram dele!
– Não sei, não – respondeu a menina –, mas podemos perguntar pro vovô.
Ao chegar ao local, tiraram no par ou ímpar quem iria colocar os óculos primeiro. Carolina ganhou e quis ir até o
quarto, onde havia uma velha cama. Num instante, ao olhá-la, a história deste móvel passou diante de seus olhos!
8
“Nossos ancestrais mais antigos dormiam no chão, sobre peles de animais ou montes de palha,
mas perceberam que assim não ficavam protegidos de inundações ou de ataques de bichos.
No antigo Egito, as pessoas já dormiam melhor. Vários tipos de camas foram encontrados na
tumba do faraó Tutancâmon, incluindo uma cama dobrável!
9
Os romanos faziam seus banquetes deitados
em divãs repletos de almofadas.
Na Europa, durante a Idade Média, se usava
um leito cercado por colunas de madeira e
cortinas, como proteção contra o frio.
Outras sociedades criaram formas diferentes de
repousar. Os índios preferem as redes, e os japoneses
colocam colchões sobre esteiras de palha de arroz.”
10
– Inacreditável! – exclamou a menina. – Além de
conhecer a história da cama, eu também vi as pessoas
que já dormiram nesta, aqui no quarto! Ela é muito antiga.
Seu último dono foi um senhor que tinha um jeito meio triste...
– Poxa... – admirou-se Luciana. – Olhando, a gente não diz que
estes objetos podem ter tanta história!
11
Julinho encontrou um pente no banheiro e também quis fazer
a experiência. Depois que a voz acabou de falar, ele contou aos
amigos o que tinha visto e ouvido:
“A palavra ‘pente’ vem do latim ‘pecten’, que é o nome de uma concha com formato semelhante aos dentes
deste objeto. Civilizações muito antigas já fabricavam pentes, usando ossos de animais e madeira.
Para os egípcios, os pentes eram objetos de luxo. Muitos deles eram cobertos por ouro e pedras preciosas.
Foram os romanos os responsáveis por reduzir seu tamanho, de modo que, hoje, possamos levá-los até mesmo
no bolso.”
12
As crianças ficaram encantadas! Os óculos tinham tornado o mundo das coisas um lugar mil vezes mais
interessante! De repente, Serginho teve uma ideia...
– A gente podia criar um museu! Aqui mesmo, nesta casa! Podemos procurar o dono e pedir autorização...
O museu mostraria estes objetos e muitos outros. Pode ser qualquer coisa que usamos no nosso dia a dia... coisas
às quais a gente nem dá importância! Daí, com a ajuda dos óculos, vamos escrever as histórias de cada uma delas
e colocar ao lado!
– Boa, Serginho! – aprovou Luciana. – Vai ficar sensacional!
Luciana lembrou que estava quase na hora do lanche. Precisavam voltar. Guardaram os óculos em uma gaveta
e pegaram o caminho de volta. Todos acharam melhor não contar nada ao vovô, naquele momento. É que os
adultos, às vezes, não acreditam nas coisas mágicas...
13
Durante o lanche, perguntaram sobre o antigo morador da
casinha. Vô Leo contou:
– Já faz tempo que ele morreu. Ouvi falar que era um professor
muito culto e respeitado, que vivia na capital. Seu nome era
Teodoro. Um dia, ficou muito doente. O médico o aconselhou a
morar no campo, e ele veio para cá. Passava o dia todo em casa,
lendo um livro atrás do outro e pesquisando sem parar. Por causa
da doença, nunca mais deu aulas. Antes de morrer, Teodoro doou
sua casinha para o município, pois seu sonho era transformar o
local em um centro cultural. Que pena! Até agora não se fez nada
lá... Tem gente que fala em demolir a casa.
Se Teodoro soubesse disso, iria ficar bem triste!
– Pois agora acho que ele vai ficar contente! – exclamou Carolina.
14
O avô não entendeu, mas logo Serginho disfarçou, dizendo que era maluquice da menina.
Vô Leo era sabido... Naquela hora, deixou passar. Mais tarde, porém, chamou sua neta Luciana para uma
conversa.
Já no outro dia, quando as crianças tentaram voltar à casinha do professor, encontraram o caminho fechado!
Uma cerca de bambu tinha sido colocada na trilha; dos dois lados, o mato era fechado, não dava para passar.
A frustração foi grande.
Luciana contou que tivera de falar sobre os óculos ao avô, mas não entendia o porquê daquela cerca.
– Com certeza, já começaram a demolição! Adeus, óculos mágicos! Adeus, museu! – lamentou Julinho.
Naquele dia, não viram mais o vovô.
15
Os dias foram passando...
Certa manhã, vô Leo chegou exclamando:
– Surpresa!
Pediu que as crianças o seguissem; todos pegaram a trilha que levava até a casa do professor Teodoro.
No caminho, viram que a cerca tinha sido retirada e a passagem estava novamente livre. Quando chegaram,
quase não acreditaram no que viam!
A casinha estava restaurada, parecia nova! Vovô explicou:
– Depois que Luciana me contou a história dos óculos, resolvi ir até a prefeitura saber o que ia ser feito com
a casa. Descobri que o projeto de transformá-la em centro cultural tinha ficado parado porque não tinham
conseguido decidir se ia ser um museu, uma galeria... Aí dei a ideia do “museu das coisas”, e eles adoraram!
Só que vamos precisar muito de vocês para montar a exposição, com a ajuda deste objeto maravilhoso...
Dizendo isso, vô Leo tirou do bolso os óculos mágicos e entregou-o, sorrindo, às crianças, que pulavam
de contentamento.
– Vamos convidar todas as crianças da cidade para nos ajudar! – disse Serginho.
– Ótimo! – aprovou o Vovô. – Ah, ia me esquecendo. Venham ver se gostaram do nome...
O avô retirou de trás da porta uma placa na qual se lia:
Que emoção! Com certeza o museu ia ser um sucesso! E, finalmente, o professor Teodoro
iria poder compartilhar toda a sua sabedoria!
16
“A verdadeira viagem da descoberta consiste não em buscar
novas paisagens, mas em ter olhos novos.”
Marcel Proust
Agradecemos aos parceiros que investem em nosso projeto.
ISBN 978-85-7694-226-9

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Livrinho 4ª J
Livrinho 4ª JLivrinho 4ª J
Livrinho 4ª JEMEBJuca2
 
Uma aventura na terra dos direitos
Uma aventura na terra dos direitosUma aventura na terra dos direitos
Uma aventura na terra dos direitosermelinda mestre
 
Pai posso dar um soco nele
Pai posso dar um soco nelePai posso dar um soco nele
Pai posso dar um soco neleMiriam Camargo
 
Vanessa Biffon - Ensaio Piá 2014
Vanessa Biffon - Ensaio Piá 2014Vanessa Biffon - Ensaio Piá 2014
Vanessa Biffon - Ensaio Piá 2014ljulianarosal
 
Ae plv5 teste_avancado4
Ae plv5 teste_avancado4Ae plv5 teste_avancado4
Ae plv5 teste_avancado4Ana Ferreira
 
Evangelho no lar com crianças (42)
Evangelho no lar com crianças (42)Evangelho no lar com crianças (42)
Evangelho no lar com crianças (42)Fatoze
 
A gritadeira + atividades
A gritadeira + atividades A gritadeira + atividades
A gritadeira + atividades LuciaFrana4
 
Ano 1 Volume 1
Ano 1 Volume 1Ano 1 Volume 1
Ano 1 Volume 1Ediforp1
 
Nossa Escola tem história
Nossa Escola tem históriaNossa Escola tem história
Nossa Escola tem históriaCalogs
 
Trabalhando um projeto
Trabalhando um projetoTrabalhando um projeto
Trabalhando um projetoAna Antunes
 
Mascotes da turma - 4.º A
Mascotes da turma - 4.º AMascotes da turma - 4.º A
Mascotes da turma - 4.º Aprofigor
 

Was ist angesagt? (15)

O menino que sabia desenhar
O menino que sabia desenharO menino que sabia desenhar
O menino que sabia desenhar
 
Livrinho 4ª J
Livrinho 4ª JLivrinho 4ª J
Livrinho 4ª J
 
Uma aventura na terra dos direitos
Uma aventura na terra dos direitosUma aventura na terra dos direitos
Uma aventura na terra dos direitos
 
Pai posso dar um soco nele
Pai posso dar um soco nelePai posso dar um soco nele
Pai posso dar um soco nele
 
9788543102894
97885431028949788543102894
9788543102894
 
Livro infantil "CHUTANDO PEDRINHAS" Pro Mundo
Livro infantil "CHUTANDO PEDRINHAS" Pro MundoLivro infantil "CHUTANDO PEDRINHAS" Pro Mundo
Livro infantil "CHUTANDO PEDRINHAS" Pro Mundo
 
Projeto Folclore
Projeto FolcloreProjeto Folclore
Projeto Folclore
 
Vanessa Biffon - Ensaio Piá 2014
Vanessa Biffon - Ensaio Piá 2014Vanessa Biffon - Ensaio Piá 2014
Vanessa Biffon - Ensaio Piá 2014
 
Ae plv5 teste_avancado4
Ae plv5 teste_avancado4Ae plv5 teste_avancado4
Ae plv5 teste_avancado4
 
Evangelho no lar com crianças (42)
Evangelho no lar com crianças (42)Evangelho no lar com crianças (42)
Evangelho no lar com crianças (42)
 
A gritadeira + atividades
A gritadeira + atividades A gritadeira + atividades
A gritadeira + atividades
 
Ano 1 Volume 1
Ano 1 Volume 1Ano 1 Volume 1
Ano 1 Volume 1
 
Nossa Escola tem história
Nossa Escola tem históriaNossa Escola tem história
Nossa Escola tem história
 
Trabalhando um projeto
Trabalhando um projetoTrabalhando um projeto
Trabalhando um projeto
 
Mascotes da turma - 4.º A
Mascotes da turma - 4.º AMascotes da turma - 4.º A
Mascotes da turma - 4.º A
 

Ähnlich wie A historia que_mora_nas_coisas_web

O gato que fugiu do museu
O gato que fugiu do museuO gato que fugiu do museu
O gato que fugiu do museuMarisa Seara
 
As estradas de couro - uma história sobre simplicidade
As estradas de couro - uma história sobre simplicidadeAs estradas de couro - uma história sobre simplicidade
As estradas de couro - uma história sobre simplicidadeMarisa Seara
 
Estradas de couro(1)
Estradas de couro(1)Estradas de couro(1)
Estradas de couro(1)LuciaFrana4
 
A PRAÇA É DE GRAÇA
A PRAÇA É DE GRAÇAA PRAÇA É DE GRAÇA
A PRAÇA É DE GRAÇAMarisa Seara
 
O livro que_queria_ser_brinquedo
O livro que_queria_ser_brinquedoO livro que_queria_ser_brinquedo
O livro que_queria_ser_brinquedoEdilene Dias Cabral
 
Sala de leitura professor antônio rocco
Sala de leitura professor antônio roccoSala de leitura professor antônio rocco
Sala de leitura professor antônio roccoLuciane tonete
 
Muito mais que um jardim
Muito mais que um jardimMuito mais que um jardim
Muito mais que um jardimMarisa Seara
 
Fadas e Borboletas
Fadas e BorboletasFadas e Borboletas
Fadas e BorboletasGraça Sousa
 
um-castelo-bem-assombrado (1).pdf
um-castelo-bem-assombrado (1).pdfum-castelo-bem-assombrado (1).pdf
um-castelo-bem-assombrado (1).pdfLucliaCuranPedrini1
 
Oficina de leitura atividades
Oficina de leitura   atividadesOficina de leitura   atividades
Oficina de leitura atividadesJunior Pereira
 
Oficina de leitura atividades
Oficina de leitura   atividadesOficina de leitura   atividades
Oficina de leitura atividadesMeire Lopes
 
O livro que queria ser brinquedo
O livro que queria ser brinquedoO livro que queria ser brinquedo
O livro que queria ser brinquedoMarisa Seara
 
O livro que queria ser brinquedo
O livro que queria ser brinquedoO livro que queria ser brinquedo
O livro que queria ser brinquedoMarcio Flores
 
Caçar palavras, caçar histórias...
Caçar palavras, caçar histórias...Caçar palavras, caçar histórias...
Caçar palavras, caçar histórias...ambrosinajoana
 

Ähnlich wie A historia que_mora_nas_coisas_web (20)

O gato que fugiu do museu
O gato que fugiu do museuO gato que fugiu do museu
O gato que fugiu do museu
 
As estradas de couro - uma história sobre simplicidade
As estradas de couro - uma história sobre simplicidadeAs estradas de couro - uma história sobre simplicidade
As estradas de couro - uma história sobre simplicidade
 
Estradas de couro(1)
Estradas de couro(1)Estradas de couro(1)
Estradas de couro(1)
 
Textos a pares
Textos a paresTextos a pares
Textos a pares
 
4 projetos sobre bondade
4 projetos sobre bondade4 projetos sobre bondade
4 projetos sobre bondade
 
A PRAÇA É DE GRAÇA
A PRAÇA É DE GRAÇAA PRAÇA É DE GRAÇA
A PRAÇA É DE GRAÇA
 
O livro que_queria_ser_brinquedo
O livro que_queria_ser_brinquedoO livro que_queria_ser_brinquedo
O livro que_queria_ser_brinquedo
 
Sala de leitura professor antônio rocco
Sala de leitura professor antônio roccoSala de leitura professor antônio rocco
Sala de leitura professor antônio rocco
 
Muito mais que um jardim
Muito mais que um jardimMuito mais que um jardim
Muito mais que um jardim
 
Fadas e Borboletas
Fadas e BorboletasFadas e Borboletas
Fadas e Borboletas
 
Trabalho diogo nunes nº6
Trabalho diogo nunes nº6Trabalho diogo nunes nº6
Trabalho diogo nunes nº6
 
um-castelo-bem-assombrado (1).pdf
um-castelo-bem-assombrado (1).pdfum-castelo-bem-assombrado (1).pdf
um-castelo-bem-assombrado (1).pdf
 
UM CASTELO BEM ASSOMBRADO.pdf
UM CASTELO BEM ASSOMBRADO.pdfUM CASTELO BEM ASSOMBRADO.pdf
UM CASTELO BEM ASSOMBRADO.pdf
 
Vila criança
Vila criançaVila criança
Vila criança
 
Oficina de leitura atividades
Oficina de leitura   atividadesOficina de leitura   atividades
Oficina de leitura atividades
 
Oficina de leitura atividades
Oficina de leitura   atividadesOficina de leitura   atividades
Oficina de leitura atividades
 
O livro que queria ser brinquedo
O livro que queria ser brinquedoO livro que queria ser brinquedo
O livro que queria ser brinquedo
 
O livro que queria ser brinquedo
O livro que queria ser brinquedoO livro que queria ser brinquedo
O livro que queria ser brinquedo
 
Adivinhe o que_e_folclore_web
Adivinhe o que_e_folclore_webAdivinhe o que_e_folclore_web
Adivinhe o que_e_folclore_web
 
Caçar palavras, caçar histórias...
Caçar palavras, caçar histórias...Caçar palavras, caçar histórias...
Caçar palavras, caçar histórias...
 

Mehr von Sérgio Lima

TIRANOSSAURO 3-D.pptx
TIRANOSSAURO 3-D.pptxTIRANOSSAURO 3-D.pptx
TIRANOSSAURO 3-D.pptxSérgio Lima
 
Livro TIRANOSSAURO 3-D.pptx
Livro TIRANOSSAURO 3-D.pptxLivro TIRANOSSAURO 3-D.pptx
Livro TIRANOSSAURO 3-D.pptxSérgio Lima
 
Livro TIRANOSSAURO 3-D.pdf
Livro TIRANOSSAURO 3-D.pdfLivro TIRANOSSAURO 3-D.pdf
Livro TIRANOSSAURO 3-D.pdfSérgio Lima
 
TIRANOSSAURO 3-D.pdf
TIRANOSSAURO 3-D.pdfTIRANOSSAURO 3-D.pdf
TIRANOSSAURO 3-D.pdfSérgio Lima
 
A História da Cidade do Paulista.pptx
A História da Cidade do Paulista.pptxA História da Cidade do Paulista.pptx
A História da Cidade do Paulista.pptxSérgio Lima
 
Livro A História da Cidade do Paulista .pdf
Livro A História da Cidade do Paulista .pdfLivro A História da Cidade do Paulista .pdf
Livro A História da Cidade do Paulista .pdfSérgio Lima
 
Livro A História da Cidade do Paulista .pdf
Livro A História da Cidade do Paulista .pdfLivro A História da Cidade do Paulista .pdf
Livro A História da Cidade do Paulista .pdfSérgio Lima
 
Livro A História da Cidade do Paulista.pptx
Livro A História da Cidade do Paulista.pptxLivro A História da Cidade do Paulista.pptx
Livro A História da Cidade do Paulista.pptxSérgio Lima
 
Quando me sinto zangado
Quando me sinto zangadoQuando me sinto zangado
Quando me sinto zangadoSérgio Lima
 
Quando me sinto triste
Quando me sinto tristeQuando me sinto triste
Quando me sinto tristeSérgio Lima
 
Quando me sinto feliz
Quando me sinto felizQuando me sinto feliz
Quando me sinto felizSérgio Lima
 
Quando me sinto assustado
Quando me sinto assustadoQuando me sinto assustado
Quando me sinto assustadoSérgio Lima
 
A vaca que botou um ovo
A vaca que botou um ovoA vaca que botou um ovo
A vaca que botou um ovoSérgio Lima
 
Livro a sementinha que nao queria nascer
Livro a sementinha que nao queria nascerLivro a sementinha que nao queria nascer
Livro a sementinha que nao queria nascerSérgio Lima
 
Valente, o boi bumba
Valente, o boi bumbaValente, o boi bumba
Valente, o boi bumbaSérgio Lima
 
O bezerrinho cabecudo
O bezerrinho cabecudoO bezerrinho cabecudo
O bezerrinho cabecudoSérgio Lima
 
Pato donald historietas
Pato donald   historietasPato donald   historietas
Pato donald historietasSérgio Lima
 
O pinocchio de walt disney
O pinocchio   de walt disneyO pinocchio   de walt disney
O pinocchio de walt disneySérgio Lima
 

Mehr von Sérgio Lima (20)

TIRANOSSAURO 3-D.pptx
TIRANOSSAURO 3-D.pptxTIRANOSSAURO 3-D.pptx
TIRANOSSAURO 3-D.pptx
 
Livro TIRANOSSAURO 3-D.pptx
Livro TIRANOSSAURO 3-D.pptxLivro TIRANOSSAURO 3-D.pptx
Livro TIRANOSSAURO 3-D.pptx
 
Livro TIRANOSSAURO 3-D.pdf
Livro TIRANOSSAURO 3-D.pdfLivro TIRANOSSAURO 3-D.pdf
Livro TIRANOSSAURO 3-D.pdf
 
TIRANOSSAURO 3-D.pdf
TIRANOSSAURO 3-D.pdfTIRANOSSAURO 3-D.pdf
TIRANOSSAURO 3-D.pdf
 
A História da Cidade do Paulista.pptx
A História da Cidade do Paulista.pptxA História da Cidade do Paulista.pptx
A História da Cidade do Paulista.pptx
 
Livro A História da Cidade do Paulista .pdf
Livro A História da Cidade do Paulista .pdfLivro A História da Cidade do Paulista .pdf
Livro A História da Cidade do Paulista .pdf
 
Livro A História da Cidade do Paulista .pdf
Livro A História da Cidade do Paulista .pdfLivro A História da Cidade do Paulista .pdf
Livro A História da Cidade do Paulista .pdf
 
Livro A História da Cidade do Paulista.pptx
Livro A História da Cidade do Paulista.pptxLivro A História da Cidade do Paulista.pptx
Livro A História da Cidade do Paulista.pptx
 
Quando me sinto zangado
Quando me sinto zangadoQuando me sinto zangado
Quando me sinto zangado
 
Quando me sinto triste
Quando me sinto tristeQuando me sinto triste
Quando me sinto triste
 
Quando me sinto feliz
Quando me sinto felizQuando me sinto feliz
Quando me sinto feliz
 
Quando me sinto assustado
Quando me sinto assustadoQuando me sinto assustado
Quando me sinto assustado
 
A vaca que botou um ovo
A vaca que botou um ovoA vaca que botou um ovo
A vaca que botou um ovo
 
Livro a sementinha que nao queria nascer
Livro a sementinha que nao queria nascerLivro a sementinha que nao queria nascer
Livro a sementinha que nao queria nascer
 
A bela e a fera
A bela e a feraA bela e a fera
A bela e a fera
 
Valente, o boi bumba
Valente, o boi bumbaValente, o boi bumba
Valente, o boi bumba
 
Tartaruga infeliz
Tartaruga infelizTartaruga infeliz
Tartaruga infeliz
 
O bezerrinho cabecudo
O bezerrinho cabecudoO bezerrinho cabecudo
O bezerrinho cabecudo
 
Pato donald historietas
Pato donald   historietasPato donald   historietas
Pato donald historietas
 
O pinocchio de walt disney
O pinocchio   de walt disneyO pinocchio   de walt disney
O pinocchio de walt disney
 

Kürzlich hochgeladen

Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptssuser2b53fe
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfHELENO FAVACHO
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxAntonioVieira539017
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxTailsonSantos1
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*Viviane Moreiras
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º anoRachel Facundo
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxJustinoTeixeira1
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdfjacquescardosodias
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.denisecompasso2
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticash5kpmr7w7
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...HELENO FAVACHO
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do séculoBiblioteca UCS
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLidianePaulaValezi
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaHELENO FAVACHO
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptjricardo76
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosLucianoPrado15
 
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...DirceuNascimento5
 

Kürzlich hochgeladen (20)

Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
 

A historia que_mora_nas_coisas_web

  • 2. Agradecemos aos nossos parceiros a colaboração na distribuição destes livros: Hiperion Logística, Jamef Transportes LTDA., Esta obra foi impressa na Citygráfica Artes Gráficas e Editora Ltda. em papel cartão (capa) e couche fosco (miolo). Esta é a 1ª edição, 3ª reimpressão, datada de 2013, com tiragem de 24.000 exemplares. Sobre a Fundação Educar DPaschoal Criada em 1989 para a promoção da educação cidadã como estratégia de transformação social, desenvolveu inicialmente a “Academia Educar”, que promove a formação de núcleos de lideranças juvenis em escolas públicas, criando oportunidades para que o jovem descubra seu potencial, tornando-se capaz de transformar sua realidade, a de sua escola e da comunidade. Em 1999, criou o “Prêmio Trote da Cidadania”, que estimula o empreendedorismo universitário como forma de propagar práticas sustentáveis e a participação cidadã no ambiente acadêmico. Em 2000, iniciou o projeto “Leia Comigo!”, que produz e distribui gratuitamente livros infanto-juvenis que incentivam o gosto pela leitura, facilitam o aprendizado na escola e o pleno desenvolvimento da criança e do jovem. São histórias que contribuem para a construção de cidadãos e uma visão mais humanista. A DPaschoal acredita que incentivar a leitura e o debate crítico é o melhor caminho em direção ao verdadeiro desenvolvimento do país e da sociedade. AUTORA Sandra Aymone COORDENAÇÃO EDITORIAL Sílnia N. Martins Prado PREPARAÇÃO E REVISÃO Katia Rossini ILUSTRAÇÃO Felipe Rostodella REALIZAÇÃO Fundação Educar DPaschoal www.educardpaschoal.org.br F: (19) 3728-8085 PROJETO GRÁFICO Linea Creativa COLABORAÇÃO William Bossolani A tiragem e a prestação de contas referentes a esta publicação foram conferidas pela Deloitte. Trans-Iguaçu Transportes, Transportadora Capivari LTDA.
  • 4. Aquelas férias já tinham começado bem para os quatro amigos: Serginho, Carolina, Julinho e Luciana... E, pelo jeito, iam ficar melhores ainda! O avô de Luciana, vô Leo, tinha acabado de se mudar para uma chácara no interior e convidou a neta e seus amigos para passar uns dias com ele. O lugar era uma delícia! Tinha frutas de todo tipo no pomar e até uma hortinha de temperos. Tinha também uma trilha às margens de um lindo riacho de águas transparentes, que corriam sem parar, fazendo barulhinhos que só os riachos sabem fazer! Julinho deitou-se sobre a grama, ao lado do riachinho, dizendo: – Por mim, passo o resto das férias assim, só olhando pras nuvens e ouvindo a água correr! 2
  • 5. Luciana e Carolina acharam a ideia ótima. Sentaram-se, tiraram os tênis e mergulharam os pés na correnteza. – Pois eu vou ver o que é que tem no final da trilha... – disse Serginho, todo animado. – Ah – respondeu Luciana –, você só vai encontrar uma casinha caindo aos pedaços, construída num terreno ao lado da chácara. Acho que ela não tem dono... Serginho seguiu pelo caminho estreito até chegar à tal casa. Curioso, percebeu que a porta estava aberta e entrou. O lugar estava bem sujo, parecendo abandonado, mas havia móveis e objetos deixados pela última pessoa que viveu ali. 3
  • 6. Sobre uma mesa, Serginho viu dois pares de óculos velhos. Pegou aquele que estava inteiro, para poder examinar melhor, e não resistiu à tentação de experimentá-lo. Logo que o colocou diante dos olhos, algo fantástico aconteceu. Percebeu que podia ver coisas e pessoas que não estavam ali antes! Ao olhar o outro óculos sobre a mesa, ouviu uma voz misteriosa: 4
  • 7. “A palavra óculos vem do latim ‘ocularium’, que eram buracos feitos nos capacetes dos antigos soldados romanos, para que eles pudessem enxergar. No primeiro século depois de Cristo, artesãos descobriram que, cortando o cristal de rocha em camadas finas, poderiam obter lentes de aumento. Mais de mil anos depois, foi criado, na Alemanha, o primeiro par de lentes com aros de ferro. Os óculos só ficaram mais confortáveis 300 anos depois: surgiram o “pincenê”, que se prendia no nariz por uma mola, e o “lornhão”, duas lentes adaptadas a uma armação sem hastes. Os óculos com hastes apoiadas nas orelhas só começaram a ser usados depois de 1600”. 5
  • 8. Incrível! Aqueles óculos deviam ser mágicos! Foi só colocá-los e Serginho assistiu, como em um filme, a um pouco da história do objeto! – Que coisa! – pensou. – Nunca imaginei que os óculos tivessem uma história tão bacana... Será que a mágica funciona com outros objetos? Vou experimentar. Dirigindo-se à cozinha, talheres que estavam sobre a pia chamaram sua atenção. Colocando novamente os óculos, olhou fixamente para eles e, no mesmo instante, novas imagens apareceram, acompanhadas da voz: “Usar talheres foi uma evolução para a humanidade. Até 900 anos atrás, as pessoas comiam com as mãos. Naquela época, os mais educados eram os que conseguiam levar a comida à boca usando apenas três dedos! As primeiras facas eram feitas de pedra e, depois, de ferro e bronze. A partir do século XVII, eram feitas de prata e simbolizavam riqueza. Os primeiros garfos possuíam apenas dois dentes. As primeiras colheres eram pedaços de madeira ou chifres de boi em forma de concha”. madeira ou chifres de boi em forma de concha”. 6
  • 9. Serginho guardou os óculos, com cuidado, e correu ao encontro dos amigos. Correu tão depressa que, ao chegar lá, não conseguia falar. Segurava o objeto com uma das mãos, enquanto apontava para eles com a outra, sem que ninguém pudesse entender nada! 7
  • 10. – O que você quer com estes óculos? – perguntou Julinho. – Descobriu que tem algum problema na vista? – Eles são mágicos! – conseguiu dizer, finalmente, o menino. – Venham comigo! Ninguém queria se levantar dali, mas a curiosidade venceu, e seguiram o amigo até a casinha. No caminho, ele contou o que havia acontecido. Era difícil de acreditar, mas, como Serginho não mentia nunca, decidiram que valia a pena conferir. – Você sabe quem morou naquela casa, Luciana? – quis saber Carolina. – Com certeza os óculos eram dele! – Não sei, não – respondeu a menina –, mas podemos perguntar pro vovô. Ao chegar ao local, tiraram no par ou ímpar quem iria colocar os óculos primeiro. Carolina ganhou e quis ir até o quarto, onde havia uma velha cama. Num instante, ao olhá-la, a história deste móvel passou diante de seus olhos! 8
  • 11. “Nossos ancestrais mais antigos dormiam no chão, sobre peles de animais ou montes de palha, mas perceberam que assim não ficavam protegidos de inundações ou de ataques de bichos. No antigo Egito, as pessoas já dormiam melhor. Vários tipos de camas foram encontrados na tumba do faraó Tutancâmon, incluindo uma cama dobrável! 9
  • 12. Os romanos faziam seus banquetes deitados em divãs repletos de almofadas. Na Europa, durante a Idade Média, se usava um leito cercado por colunas de madeira e cortinas, como proteção contra o frio. Outras sociedades criaram formas diferentes de repousar. Os índios preferem as redes, e os japoneses colocam colchões sobre esteiras de palha de arroz.” 10
  • 13. – Inacreditável! – exclamou a menina. – Além de conhecer a história da cama, eu também vi as pessoas que já dormiram nesta, aqui no quarto! Ela é muito antiga. Seu último dono foi um senhor que tinha um jeito meio triste... – Poxa... – admirou-se Luciana. – Olhando, a gente não diz que estes objetos podem ter tanta história! 11
  • 14. Julinho encontrou um pente no banheiro e também quis fazer a experiência. Depois que a voz acabou de falar, ele contou aos amigos o que tinha visto e ouvido: “A palavra ‘pente’ vem do latim ‘pecten’, que é o nome de uma concha com formato semelhante aos dentes deste objeto. Civilizações muito antigas já fabricavam pentes, usando ossos de animais e madeira. Para os egípcios, os pentes eram objetos de luxo. Muitos deles eram cobertos por ouro e pedras preciosas. Foram os romanos os responsáveis por reduzir seu tamanho, de modo que, hoje, possamos levá-los até mesmo no bolso.” 12
  • 15. As crianças ficaram encantadas! Os óculos tinham tornado o mundo das coisas um lugar mil vezes mais interessante! De repente, Serginho teve uma ideia... – A gente podia criar um museu! Aqui mesmo, nesta casa! Podemos procurar o dono e pedir autorização... O museu mostraria estes objetos e muitos outros. Pode ser qualquer coisa que usamos no nosso dia a dia... coisas às quais a gente nem dá importância! Daí, com a ajuda dos óculos, vamos escrever as histórias de cada uma delas e colocar ao lado! – Boa, Serginho! – aprovou Luciana. – Vai ficar sensacional! Luciana lembrou que estava quase na hora do lanche. Precisavam voltar. Guardaram os óculos em uma gaveta e pegaram o caminho de volta. Todos acharam melhor não contar nada ao vovô, naquele momento. É que os adultos, às vezes, não acreditam nas coisas mágicas... 13
  • 16. Durante o lanche, perguntaram sobre o antigo morador da casinha. Vô Leo contou: – Já faz tempo que ele morreu. Ouvi falar que era um professor muito culto e respeitado, que vivia na capital. Seu nome era Teodoro. Um dia, ficou muito doente. O médico o aconselhou a morar no campo, e ele veio para cá. Passava o dia todo em casa, lendo um livro atrás do outro e pesquisando sem parar. Por causa da doença, nunca mais deu aulas. Antes de morrer, Teodoro doou sua casinha para o município, pois seu sonho era transformar o local em um centro cultural. Que pena! Até agora não se fez nada lá... Tem gente que fala em demolir a casa. Se Teodoro soubesse disso, iria ficar bem triste! – Pois agora acho que ele vai ficar contente! – exclamou Carolina. 14
  • 17. O avô não entendeu, mas logo Serginho disfarçou, dizendo que era maluquice da menina. Vô Leo era sabido... Naquela hora, deixou passar. Mais tarde, porém, chamou sua neta Luciana para uma conversa. Já no outro dia, quando as crianças tentaram voltar à casinha do professor, encontraram o caminho fechado! Uma cerca de bambu tinha sido colocada na trilha; dos dois lados, o mato era fechado, não dava para passar. A frustração foi grande. Luciana contou que tivera de falar sobre os óculos ao avô, mas não entendia o porquê daquela cerca. – Com certeza, já começaram a demolição! Adeus, óculos mágicos! Adeus, museu! – lamentou Julinho. Naquele dia, não viram mais o vovô. 15
  • 18. Os dias foram passando... Certa manhã, vô Leo chegou exclamando: – Surpresa! Pediu que as crianças o seguissem; todos pegaram a trilha que levava até a casa do professor Teodoro. No caminho, viram que a cerca tinha sido retirada e a passagem estava novamente livre. Quando chegaram, quase não acreditaram no que viam! A casinha estava restaurada, parecia nova! Vovô explicou: – Depois que Luciana me contou a história dos óculos, resolvi ir até a prefeitura saber o que ia ser feito com a casa. Descobri que o projeto de transformá-la em centro cultural tinha ficado parado porque não tinham conseguido decidir se ia ser um museu, uma galeria... Aí dei a ideia do “museu das coisas”, e eles adoraram! Só que vamos precisar muito de vocês para montar a exposição, com a ajuda deste objeto maravilhoso... Dizendo isso, vô Leo tirou do bolso os óculos mágicos e entregou-o, sorrindo, às crianças, que pulavam de contentamento. – Vamos convidar todas as crianças da cidade para nos ajudar! – disse Serginho. – Ótimo! – aprovou o Vovô. – Ah, ia me esquecendo. Venham ver se gostaram do nome... O avô retirou de trás da porta uma placa na qual se lia: Que emoção! Com certeza o museu ia ser um sucesso! E, finalmente, o professor Teodoro iria poder compartilhar toda a sua sabedoria! 16
  • 19.
  • 20. “A verdadeira viagem da descoberta consiste não em buscar novas paisagens, mas em ter olhos novos.” Marcel Proust Agradecemos aos parceiros que investem em nosso projeto. ISBN 978-85-7694-226-9