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DEUTERONÔMIODEUTERONÔMIO
SÉRGIO ZILOCHI
Devido à sua posição no cânon, Deuteronômio conclui o
Pentateuco ao interpretar na prática Êxodo, Levítico e
Números; contudo também oferece um arcabouço
interpretativo para os Profetas Anteriores e Posteriores (Josué
— Malaquias). Suas ênfases teológicas estabelecem o modo
como Israel deve viver na terra que herdará do Deus que o
escolheu. Seu estilo de exortação e instrução oferece um
modelo retórico para historiadores, profetas, salmistas e sábios
do AT. Fora do cânon hebraico, Deuteronômio está, junto com
Gênesis, Salmos e Isaías, entre os quatro livros
veterotestamentários mais citados no NT. O próprio Jesus, em
Mateus 4.1-11, emprega passagens de Deuteronômio para
resistir às tentações de Satanás. Sem sombra de dúvida, este
livro, o ponto alto do Pentateuco, merece análise teológica
cuidadosa.
Detalhes canônicos significativos emergem de
Deuteronômio:
O primeiro é que a revisão do passado de Israel por Moisés
dá início ao processo reflexão dos livros bíblicos sobre
material já existente. Tal reflexão vai além de catalogar
acontecimentos passados.Avalia, interpreta e organiza dados
anteriores de uma maneira calculada a exortar, corrigir ou
instruir aqueles a quem se destina o novo texto. Também
pressupõe que os leitores acumularam pouco a pouco um
conhecimento dos acontecimentos, o que lhes permite tirar
plenos benefícios do efeito combinado de absorver os dados
e então vê-los usados e reusados. Agora os leitores devem
examinar um texto, observando como passagens anteriores
causam impacto naquele texto e como aquele texto
interpreta passagens anteriores.
Deus ordena que a lealdade exclusiva continue
existindo em momentos de guerra assim como
aconteceu em tempos de paz (7.1-26) e adverte o
povo a jamais esquecer-se do Deus que, quando
lembrado, sempre traz vida nova por meio de perdão
(8.1—10.11). Finalmente, Moisés lembra Israel de que o
Deus que seguem merece temor, respeito, amor e
obediência (10.12—11.32). Esse Senhor é capaz de dar-
lhes a terra.
Quando Israel entrar em Canaã, deve destruir todas
as pessoas que encontrar. Não deve haver
casamentos mistos, tratados, aceitação de outros
deuses, pois Israel é a nação santa de Deus (7.1-6).
Esses princípios de guerra santa, isto é, conflito
ordenado por Deus, devem ser postos em prática
por duas razões básicas. A primeira é que o cânon
afirma claramente que Deus usará Israel para castigar
os pecados de Canaã. Em Gênesis 15.16-21 Deus
revela a Abraão que seus descendentes poderão
possuir a Terra Prometida só quando o pecado de
Canaã tornar-se insuportável. Êxodo 34.11-16
apresenta a primeira ordem de destruição total dos
inimigos de Israel, deixando implícito que a idolatria
cananéia é o motivo para essa ordem.
Levítico 18.1-28 afirma sem rodeios que a perversão
sexual, sacrifícios humanos e bestialidade são algumas das
razões pelas quais a terra “vomitará” os cananeus.
Deuteronômio 18.9-13 acrescenta a feitiçaria a essa lista
de horrores. A conquista é guerra santa pois erradica o
pecado de um ponto geográfico específico.
Posteriormente nas Escrituras, as próprias transgressões
de Israel levarão o povo a sofrer o castigo de uma
invasão militar iniciada por Deus (v. 2Rs 17).
Deixar a idolatria existir será uma tentação para o
povo, especialmente no contexto politeísta da
antigüidade (7.4). O episódio de Baal-Peor, em
Números 25, comprova essa afirmação. Canaã estava
cheia de ídolos, todos com adeptos e cosmovisões
favoráveis.35 Aceitar quaisquer alternativas a, ou
substitutos de, Yahweh comprometerá o caráter
distintivo da aliança de Israel.36 Assim, a guerra santa
também protege o futuro de Israel na terra (7.4).
Referências a guerra santa, em Deuteronômio 7,
preparam o palco para comentários sobre como Israel
combateu durante a conquista de Canaã. Josué destrói o
povo de Jericó (Js 6.20-27), Ai (Js 8.20-27) e outras
cidades, de conformidade com a ordem de Moisés em
Deuteronômio 7.1-26 e Deuteronômio 20.1-20. Mas o
fracasso em levar Moisés a sério tem por consequência a
existência de nações que testam a dedicação de Israel a
Yahweh na era dos juízes (Jz 2.20-23). Por fim Israel, de
acordo com 1 e 2Reis e Oséias, escolhe deuses cananeus,
o que por sua vez conduz a catástrofe (v. 2Rs 17). Israel
deixou de entender por que devia engajar-se numa guerra
santa, deixou de ver por que guerras culturais eram
necessárias, mas então aprendeu a curvar-se diante de
deuses estrangeiros no exílio. Ao deixar de obedecer
Deuteronômio 7.1-26, o povo aceitou as consequências
esboçadas em Deuteronômio 11.16-21.
DEUTERONÔMIO 18.18 – 18.22
Os direitos e responsabilidades dos sacerdotes já foram
apresentados detalhadamente em Levítico 1—10. Aqui Moisés
simplesmente lembra Israel acerca daqueles itens, mas fá-lo de
uma forma que vincula os sacerdotes a essa passagem que trata
de outros funcionários. Uma vez que não possuem terras como
herança, os sacerdotes podem viver de oferendas (18.1,2),
sacrifícios (18.3-5) e rendas ministeriais coletivas (18.6-8). A
semelhança de juizes e reis, os sacerdotes agradam a Yahweh
pelo serviço, não por tomar o que não é seu nem por
reivindicar uma posição social elevada. Os sacerdotes possuem
autoridade e prestígio.54 Contudo, essa posição é resultado de
Deus tê-los escolhido, não de qualquer mérito inerente ou
herdado.
Finalmente, Moisés faz distinção entre profetas verdadeiros,
enviados por Deus, e profetas que devem ser ignorados. Mais
uma vez o objetivo é fazer o povo da aliança separar-se das
nações ao redor e de suas cosmovisões religiosas. Os cananeus
consultam médiuns e espiritas para determinar o futuro, mas
Israel não deve fazê-lo (18.9-13). Pois Deus chamará, equipará e
instruirá pessoa(s) como Moisés para guiar o povo (18.14-20).
Profetas que se aventuram a falar quando não foram chamados
ou que falam em nome de outros deuses, devem ser mortos
(18.20; v. 13.1-5). As predições dos profetas de Yahweh
cumprem-se sempre, não falham (18.21,22). Qualquer outro
padrão não procede de Deus. Os profetas possuem, portanto,
duas regras básicas: devem pregar a aliança (18.17-20) e ser
bem precisos no que dizem (18.21,22). Moisés está afirmando
implicitamente que ele próprio possui esses atributos. Por isso,
a coerência, a fidelidade e a exatidão dos profetas espelham a
fidedignidade que Deus manifesta, assim como a honestidade
dos juizes, a humildade dos reis e a prestatividade dos
sacerdotes correspondem à de Deus.
Misericórdia, justiça, justeza e fidelidade devem continuar sendo
tendências constantes mesmo em tempos de guerra. Nenhum
aspecto da vida está fora do alcance da esfera tanto de
autoridade quanto de interesse de Yahweh. Cada guerra que
Israel lutar deve ser lutada somente mediante ordem de Deus,
com a presença de Deus e sua capacitação e com a ajuda de
Deus (20.1-4). Devido ao papel de Yahweh, é desnecessário
alistar soldados relutantes (20.5-9). Também é possível
demonstrar misericórdia com cidades contra as quais o
exército de Israel lutar depois da conquista (20.10-15) e
proteger a terra invadida (20.19,20). Ao mesmo tempo, a
fidelidade à palavra do Senhor significa destruir os cananeus, a
quem Deus decidiu castigar (20.16-18). Todas as guerras,
especialmente a guerra santa necessária para conquistar Canaã,
ocorrem quando e como Deus ordena. Israel não é uma nação
criminosa com licença divina para matar onde quer e quem
quer que queira.Até mesmo a maneira de Israel lutar na guerra
deve distingui-la de outras nações.
Deus ordena que Israel observe a lei de todo o
coração e alma (26.16), conforme o povo
verbalmente declarou fazê-lo (26.17). Com base
nesse compromisso verbal Israel é o “tesouro
pessoal” de Yahweh (26.18), destinado a receber a
fama e a glória dadas pelo criador de todas as nações,
o qual chamou Israel a ser uma nação santa (26.19).

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Deuteronômio

  • 2. Devido à sua posição no cânon, Deuteronômio conclui o Pentateuco ao interpretar na prática Êxodo, Levítico e Números; contudo também oferece um arcabouço interpretativo para os Profetas Anteriores e Posteriores (Josué — Malaquias). Suas ênfases teológicas estabelecem o modo como Israel deve viver na terra que herdará do Deus que o escolheu. Seu estilo de exortação e instrução oferece um modelo retórico para historiadores, profetas, salmistas e sábios do AT. Fora do cânon hebraico, Deuteronômio está, junto com Gênesis, Salmos e Isaías, entre os quatro livros veterotestamentários mais citados no NT. O próprio Jesus, em Mateus 4.1-11, emprega passagens de Deuteronômio para resistir às tentações de Satanás. Sem sombra de dúvida, este livro, o ponto alto do Pentateuco, merece análise teológica cuidadosa.
  • 3. Detalhes canônicos significativos emergem de Deuteronômio: O primeiro é que a revisão do passado de Israel por Moisés dá início ao processo reflexão dos livros bíblicos sobre material já existente. Tal reflexão vai além de catalogar acontecimentos passados.Avalia, interpreta e organiza dados anteriores de uma maneira calculada a exortar, corrigir ou instruir aqueles a quem se destina o novo texto. Também pressupõe que os leitores acumularam pouco a pouco um conhecimento dos acontecimentos, o que lhes permite tirar plenos benefícios do efeito combinado de absorver os dados e então vê-los usados e reusados. Agora os leitores devem examinar um texto, observando como passagens anteriores causam impacto naquele texto e como aquele texto interpreta passagens anteriores.
  • 4. Deus ordena que a lealdade exclusiva continue existindo em momentos de guerra assim como aconteceu em tempos de paz (7.1-26) e adverte o povo a jamais esquecer-se do Deus que, quando lembrado, sempre traz vida nova por meio de perdão (8.1—10.11). Finalmente, Moisés lembra Israel de que o Deus que seguem merece temor, respeito, amor e obediência (10.12—11.32). Esse Senhor é capaz de dar- lhes a terra.
  • 5. Quando Israel entrar em Canaã, deve destruir todas as pessoas que encontrar. Não deve haver casamentos mistos, tratados, aceitação de outros deuses, pois Israel é a nação santa de Deus (7.1-6). Esses princípios de guerra santa, isto é, conflito ordenado por Deus, devem ser postos em prática por duas razões básicas. A primeira é que o cânon afirma claramente que Deus usará Israel para castigar os pecados de Canaã. Em Gênesis 15.16-21 Deus revela a Abraão que seus descendentes poderão possuir a Terra Prometida só quando o pecado de Canaã tornar-se insuportável. Êxodo 34.11-16 apresenta a primeira ordem de destruição total dos inimigos de Israel, deixando implícito que a idolatria cananéia é o motivo para essa ordem.
  • 6. Levítico 18.1-28 afirma sem rodeios que a perversão sexual, sacrifícios humanos e bestialidade são algumas das razões pelas quais a terra “vomitará” os cananeus. Deuteronômio 18.9-13 acrescenta a feitiçaria a essa lista de horrores. A conquista é guerra santa pois erradica o pecado de um ponto geográfico específico. Posteriormente nas Escrituras, as próprias transgressões de Israel levarão o povo a sofrer o castigo de uma invasão militar iniciada por Deus (v. 2Rs 17).
  • 7. Deixar a idolatria existir será uma tentação para o povo, especialmente no contexto politeísta da antigüidade (7.4). O episódio de Baal-Peor, em Números 25, comprova essa afirmação. Canaã estava cheia de ídolos, todos com adeptos e cosmovisões favoráveis.35 Aceitar quaisquer alternativas a, ou substitutos de, Yahweh comprometerá o caráter distintivo da aliança de Israel.36 Assim, a guerra santa também protege o futuro de Israel na terra (7.4).
  • 8. Referências a guerra santa, em Deuteronômio 7, preparam o palco para comentários sobre como Israel combateu durante a conquista de Canaã. Josué destrói o povo de Jericó (Js 6.20-27), Ai (Js 8.20-27) e outras cidades, de conformidade com a ordem de Moisés em Deuteronômio 7.1-26 e Deuteronômio 20.1-20. Mas o fracasso em levar Moisés a sério tem por consequência a existência de nações que testam a dedicação de Israel a Yahweh na era dos juízes (Jz 2.20-23). Por fim Israel, de acordo com 1 e 2Reis e Oséias, escolhe deuses cananeus, o que por sua vez conduz a catástrofe (v. 2Rs 17). Israel deixou de entender por que devia engajar-se numa guerra santa, deixou de ver por que guerras culturais eram necessárias, mas então aprendeu a curvar-se diante de deuses estrangeiros no exílio. Ao deixar de obedecer Deuteronômio 7.1-26, o povo aceitou as consequências esboçadas em Deuteronômio 11.16-21.
  • 9. DEUTERONÔMIO 18.18 – 18.22 Os direitos e responsabilidades dos sacerdotes já foram apresentados detalhadamente em Levítico 1—10. Aqui Moisés simplesmente lembra Israel acerca daqueles itens, mas fá-lo de uma forma que vincula os sacerdotes a essa passagem que trata de outros funcionários. Uma vez que não possuem terras como herança, os sacerdotes podem viver de oferendas (18.1,2), sacrifícios (18.3-5) e rendas ministeriais coletivas (18.6-8). A semelhança de juizes e reis, os sacerdotes agradam a Yahweh pelo serviço, não por tomar o que não é seu nem por reivindicar uma posição social elevada. Os sacerdotes possuem autoridade e prestígio.54 Contudo, essa posição é resultado de Deus tê-los escolhido, não de qualquer mérito inerente ou herdado.
  • 10. Finalmente, Moisés faz distinção entre profetas verdadeiros, enviados por Deus, e profetas que devem ser ignorados. Mais uma vez o objetivo é fazer o povo da aliança separar-se das nações ao redor e de suas cosmovisões religiosas. Os cananeus consultam médiuns e espiritas para determinar o futuro, mas Israel não deve fazê-lo (18.9-13). Pois Deus chamará, equipará e instruirá pessoa(s) como Moisés para guiar o povo (18.14-20). Profetas que se aventuram a falar quando não foram chamados ou que falam em nome de outros deuses, devem ser mortos (18.20; v. 13.1-5). As predições dos profetas de Yahweh cumprem-se sempre, não falham (18.21,22). Qualquer outro padrão não procede de Deus. Os profetas possuem, portanto, duas regras básicas: devem pregar a aliança (18.17-20) e ser bem precisos no que dizem (18.21,22). Moisés está afirmando implicitamente que ele próprio possui esses atributos. Por isso, a coerência, a fidelidade e a exatidão dos profetas espelham a fidedignidade que Deus manifesta, assim como a honestidade dos juizes, a humildade dos reis e a prestatividade dos sacerdotes correspondem à de Deus.
  • 11. Misericórdia, justiça, justeza e fidelidade devem continuar sendo tendências constantes mesmo em tempos de guerra. Nenhum aspecto da vida está fora do alcance da esfera tanto de autoridade quanto de interesse de Yahweh. Cada guerra que Israel lutar deve ser lutada somente mediante ordem de Deus, com a presença de Deus e sua capacitação e com a ajuda de Deus (20.1-4). Devido ao papel de Yahweh, é desnecessário alistar soldados relutantes (20.5-9). Também é possível demonstrar misericórdia com cidades contra as quais o exército de Israel lutar depois da conquista (20.10-15) e proteger a terra invadida (20.19,20). Ao mesmo tempo, a fidelidade à palavra do Senhor significa destruir os cananeus, a quem Deus decidiu castigar (20.16-18). Todas as guerras, especialmente a guerra santa necessária para conquistar Canaã, ocorrem quando e como Deus ordena. Israel não é uma nação criminosa com licença divina para matar onde quer e quem quer que queira.Até mesmo a maneira de Israel lutar na guerra deve distingui-la de outras nações.
  • 12. Deus ordena que Israel observe a lei de todo o coração e alma (26.16), conforme o povo verbalmente declarou fazê-lo (26.17). Com base nesse compromisso verbal Israel é o “tesouro pessoal” de Yahweh (26.18), destinado a receber a fama e a glória dadas pelo criador de todas as nações, o qual chamou Israel a ser uma nação santa (26.19).