O documento descreve a história do estado de Mato Grosso desde sua descoberta no século XVIII até o período colonial, abordando: 1) A descoberta de ouro na região e o estabelecimento dos primeiros povoados; 2) A fundação da Vila Real de Cuiabá e da Capitania de Mato Grosso no século XVIII; 3) As novas atividades econômicas e o povoamento do estado entre os séculos XIX-XX, como a erva-mate, a poaia e a borracha.
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Mato grosso
1. Mato Grosso
Durante a Expansão Marítima e Comercial da Europa
(iniciada no século XV), Portugal alcançou o pioneirismo
nas navegações, destacando-se bem mais que os outros
países. Mas em 1492, financiado pelos recursos da Coroa
Espanhola, Cristóvão Colombo realizou uma das maiores
descobertas daquela época: as terras a oeste. Isso deixou a
disputa ainda mais acirrada, portanto, foi necessário que os
governos desses dois países pedissem ao papa que fizesse
uma divisão das terras descobertas e das terras que ainda
estavam por descobrir. Essa divisão ficou conhecida como
Bula Inter Coetera: as terras situadas até 100 léguas a partir
das ilhas de Cabo Verde seriam de Portugal e as que
ficassem além dessa linha, seriam da Espanha.
Porém, Portugal ainda estava insatisfeito e pediu a revisão
desse primeiro acordo. Em 1494, em junho, a Espanha
assinou a revisão dos acordos, agora chamados de Tratado
de Tordesilhas. Neste novo tratado, ficou definido que: os
limites de 100 léguas agora seriam de 370 léguas. Assim, os
portugueses possuíam boa parte do território do Brasil,
mesmo que estas terras fossem descobertas pelos
espanhóis (hoje sabemos que a porção que o Tratado de
Tordesilhas delimitou para Portugal ia de Belém, no Pará, à
cidade de Laguna, em Santa Catarina).
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2. Entradas, Bandeiras e Monções:
• Entradas tinham a finalidade de expandir o território, eram financiadas pelos cofres
públicos e com o apoio do governo colonial em nome da Coroa de Portugal, ou seja, eram
expedições organizadas pelo governo de Portugal, não ultrapassando os limites de
Tordesilhas.
• Bandeiras foram iniciativas de particulares, que, com recursos próprios, buscavam a
obtenção de lucro. Seus membros ficaram conhecidos como bandeirantes.
• Monções eram expedições fluviais paulistas que partiam de Porto Feliz, às margens do Rio
Tietê, com destino às áreas de mineração na região do atual estado do Mato Grosso, com a
finalidade de abastecê-las . As canoas levavam mantimentos, ferramentas, armas,
munições, tecidos, instrumentos agrícolas e escravos negros, entre outras mercadorias para
serem comercializados nos povoados, arraiais e vilas do interior. Na volta, traziam
principalmente ouro e peles. Há que considerar ainda o aspecto particular desse fenômeno
na região amazônica, em busca não apenas do extrativismo das chamadas drogas do
sertão, especiarias apreciadas na Europa como, por exemplo, o urucum e o guaraná, mas
também em busca do apresamento do próprio indígena.
• Além das monções, abasteciam a região das minas, a pecuária praticada na região do
chamado Rio Abaixo (atual Santo Antônio de Leverger) e a agricultura na região da Serra
Acima (Chapada dos Guimarães). Essas atividades foram possibilitadas pelo sistema de
distribuição de terras chamado de sesmarias.
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3. Para se ter uma ideia das monções, a viagem que
trouxe Rodrigo Cesar de Menezes para Cuiabá era
composta de 308 embarcações e 3000 homens.
Demorou aproximadamente cinco meses,
desembarcando em Cuiabá em novembro de 1726.
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Estudo da Partida da Monção, 1897. Pintura
de Almeida Júnior
4. Origem de Mato Grosso
Em 1717 e 1718, o paulista Antônio Pires de Campos, e Pascoal Moreia Cabral chegaram ás margens do Rio
Coxipó, para aprisionar índios (Índios coxiponés).
Em 1719, ao atingir o rio Coxipó-Mirim, afluente do rio Cuiabá, Pascoal Moreira Cabral encontrou ouro de
aluvião no leito e as margens do rio, fundou ali o Arraial de São Gonçalo Velho ou Aldeia Velha.
Rapidamente exauridas essas minas, descobriram uma nova mina na confluência do Coxipó com o Córrego
Mutuca. Essa mina da origem a um novo arraial: o Arraial da Forquilha
FUNDAÇÃO DE CUIABÁ - SÃO GONÇALO VELHO. POR MOACIR FREITAS O ARRAIAL DA FORQUILHA. POR MOACIR FREITAS
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5. Em outubro de 1722, Miguel Sutil mandou dois índios escravos à procura de mel. Foi aí
que encontraram ouro em abundância nas margens do córrego da Prainha, ao pé de
um pequeno morro. A notícia do achado se espalhou e chegou ao Arraial da Forquilha.
As novas minas foram denominadas Lavras do Sutil e prosperaram com a chegada de
enorme fluxo de mineradores. Foi o início efetivo da Cuiabá com as feições de hoje.
Encontro das avenidas Prainha,
Coronel Escolástico e CPA (Rubens de
Mendonça), onde pode ser vista a
Igreja de Nossa Senhora do Rosário e
São Benedito (a primeira do estado) e
o Morro da Luz. Neste local foi
encontrado ouro, dando origem as
lavras do Sutil (Cuiabá).
Bandeirante típico
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6. AS LAVRAS DO SUTIL, POR MOACIR FREITAS
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Em 1727, o então Governador da Província de São Paulo, elevou Cuiabá a categoria de vila, a
Vila Real do Senhor Bom Jesus de Cuiabá.
7. Origem do nome Mato Grosso
• Em 1o. de janeiro de 1727, o arraial foi elevado à categoria de
vila por ato do Capitão General de São Paulo, Dom Rodrigo
César de Menezes. A presença do governante paulista nas
Minas do Cuiabá ensejou uma verdadeira extorsão fiscal
sobre os mineiros, numa obsessão institucional pela
arrecadação dos quintos de ouro. Esse fato somado à gradual
diminuição da produção das lavras auríferas, fizeram com que
os bandeirantes pioneiros fossem buscar o seu ouro cada vez
mais longe das autoridades cuiabanas.
• Em 1734, estando já quase despovoada a Vila Real do Senhor
Bom Jesus do Cuiabá, os irmãos Fernando e Artur Paes de
Barros, á caça de índios Parecis, descobriram um veio aurífero,
o qual denominaram de Minas do Mato Grosso, situadas nas
margens do rio Galera, no vale do Guaporé Em Vila Bela da
Santíssima Trindade.
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8. Fundação da Capitania de Mato
Grosso
• No ano de 1748 D. João, cria a Capitania de Mato
Grosso citando as minas de Cuiabá e Mato
Grosso. EM 25 de Setembro de 1748, A Rainha D.
Mariana de Áustria, nomeia Dom Antonio Rolim
de Moura como Governador e Capitão General da
Capitania de Mato Grosso.
• Em 1752, Antonio Rolim de Moura funda Vila
Bela da Santíssima Trindade com o objetivo de
ser a capital da capitania e garantir as posses
daquelas terras.
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DESCOBERTA DAS MINAS DO MATO GROSSO – Por Moacir Freitas
10. Porque os Espanhóis não se Interessaram Pelas
Terras Dessa Região?
• Grande quantidade de prata encontrada no extremo
ocidente da América do Sul (Peru e Chile);
• Grande quantidade de indígenas dos quais, alguns eram
bravos guerreiros;
FUNDAÇÃO DE PUERTO DE LOS REYES
EM 1543, POR MOACIR FREITAS
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11. Os tratados
Findado o Tratado de Tordesilhas, em 1750,
Portugal e Espanha assinam um novo acordo. O
Tratado de Madri. Tinha como base o princípio
do “Uti Possidetis”. Esse tratado foi anulado
em 1761 pelo Tratado de El Pardo, mas deu as
bases para a ocupação portuguesa a oeste de
Tordesilhas e possibilitou a elaboração de um
novo acordo costurado por D. Maria I, rainha de
Portugal. O Tratado de Santo Ildefonso em
1777.
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12. A Sociedade Mato-grossense no Período
Colonial
As elites eram compostas pelos:
• Fazendeiros;
• Grandes comerciantes;
• Burocratas;
A classe média era formada pelos:
• Profissionais liberais, baixo clero, funcionários públicos,
militares de médio posto e pequenos comerciantes.
Os chamados homens livres pobres eram compostos de:
• Militares de baixa patente;
• Mineiros;
• Pequenos agricultores;
Escravos.
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13. Novas atividades econômicas e povoamento;
• Erva – Mate: Em 1878, Tomas Laranjeira requereu licença para explorar a erva-
mate, planta nativa entre os rios Amambai e Iguatemi na região sul do atual estado
de Mato Grosso do Sul, fundando ali, a Companhia Mate Laranjeira. Tomás
Laranjeira, expandiu as terras arrendadas e as propriedades, construiu trechos
interligados por trilhos, etc. Essa atividade foi responsável pelo povoamento do Sul
do estado.
• A poaia (final do século XIX): Cephaeles ipecacuanha, ipeca ou poaia. É uma raiz de
um pequeno arbusto, rica em emetina, substancia que serve para o tratamento de
doenças como bronquite. A extração da poaia foi responsável pelo surgimento da
cidade de Barra do Bugres.
• A extração do Látex (1870 – 1913): As mangabeiras e seringueiras nativas
floresceram nas bacias dos rios Tapajós e Paraguai, com ótima qualidade e teor de
coagulação, essa atividade deu nascimento a cidades como Poxoréo, Guiratinga,
Pedra Preta, Torixoréu e outras.
• As usinas de açúcar: Instaladas, sobretudo na região do Rio Abaixo (Santo Antônio
de Leverger e Barão de Melgaço) e Cáceres, o domínio dos coronéis usineiros teve
origem no final do século XIX, estendendo-se até a década de 1930. Os coronéis
como Antonio Pais de Barros (Totó Paes) rivalizavam em poder com a Companhia
Mate Laranjeira e os pecuaristas do Sul, formando duas grandes oligarquias.
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Usina de Itaici – Santo Antonio de Leverger
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Ruinas da Usina de Itaici – Santo
Antonio de Leverger
16. A Expedição Rondon e as Linhas telegráficas
• Com o sonho de interligar o território brasileiro atraves do telegrafo, foi
designado pra estabelecer as ligaçoes telegráficas no Estado de Mato
Grosso, Candido Mariano da Silva Rondon. Entre 1900 e 1906, ergueu 17
estaçoes telegráficas. Sua expedição contou com botâncios, médicos,
engenheiros, desenhistas, sanitaristas, fotógrafos e topógrafos deixando um
grande legado a comuniade científica nacional. Rondon tambem pensou em
criar um organismo que protegesse as comunidades sertanejas e indígenas:
o SPILTN – Serviço de Proteção aos Indios e Localização de Trabalhadores
Nacionais. Aceita pelo Governo Federal, essa proposta foi transformada em
SPI (Serviço de Proteçao ao Indio) em 1930 e, em 1967, na FUNAI.
A Marcha para Oeste e A Expedição Roncador - Xingu
• Lançada oficialmente em 1938, Getúlio Vargas inaugurou a Marcha para
Oeste na tentativa de deslocar contingentes humanos do litoral para as
áreas de interior dos estados de Paraná, Goiás (que na época incorporava
Tocantins) e Mato Grosso (que na época era também Mato Grosso do Sul).
Seu objetivo era fazer avançar a fronteira civilizatória e incorporar esses
territórios à unidade nacional. assim nasceu a Fundação Brasil Central, e
imediatamente, foi anunciada a criação da Expedição Roncador-Xingu.
Iniciada em 1943, desbravou o sul da Amazônia e travou contato com
diversas etnias indígenas ainda desconhecidas. Foi liderada pelos três
irmãos Villas-Boas: Leonardo, Cláudio e Orlando.
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17. O Plano de Integração Nacional
• O Programa de Integração Nacional (PIN) foi criado pelo Governo Militar de Emilio G. Médice
em 1960, sob o lema “integrar para não entregar”. Outro lema cunhado nesse período foi o
de “terras sem homens para homens sem terras”. Entre as ações governamentais estavam a
construção de rodovias, criação da Sudam e do BASA, e os projetos de assentamento O
INCRA fez parceria com cooperativas privadas de colonização na instalação de alguns
projetos desempenhando papel importante no processo de colonização, e responsável por
diversos projetos onde se fixaram migrantes que aqui chegaram. Segue abaixo alguns
projetos de colonização cuja responsabilidade pela implantação é do INCRA:
• - PAC – Projeto de Ação Conjunta entre o INCRA e a Cooperativa Tritícula de Erechim Ltda.,
localizado em Guarantã do Norte, ao longo da rodovia Cuiabá-Santarém.
• - PA – Projeto de Assentamento Braço Sul no extremo Norte de MT, nas margens da rodovia
Cuiabá-Santarém.
• - PAC – Projeto de Assentamento Conjunto Ranchão, localizado no município de Nobres.
• - PAC Carlinda – projeto em conjunto com a Cooperativa Cotia (RS) no sul de Alta Floresta.
• - PEA – Projeto Especial de Assentamento, localizado em Lucas do Rio Verde, ao longo da
Cuiabá-Santarém.
• - PAR.Canãa – município de Nova Canãa.
• - PAR. Telles Pires – no município de Colider.
• - PAR. Cerro Azul – no município de Pontes e Lacerda.
• - PAR. Sete de Setembro – em Aripuanã. (Piaia, 2003:30)
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19. A maioria dos migrantes se fixou em Mato Grosso em projetos de colonização implantados por empresas
particulares; os mais conhecidos são:
- Nova Mutum – colonizado pela Mutum Agropecuária S.A., localizado no eixo da Cuiabá- Santarém, nos
municípios de Diamantino e Nobres.
- Sorriso – da Colonizadora Sorriso, localizado no município de Sorriso, desmenbrado de Nobres, também no
eixo Cuiabá-Santarém.
- Sinop e Vera – da Colonizadora Sinop, localizados nos municípios de Sinop e Vera (entre os mais antigos
projetos do Estado), sendo Sinop hoje uma das principais cidades do norte do Mato Grosso.
- Matupá – da Colonizadora Agropecuária Cachimbó em Guarnatã do Norte, em terras dos Kreen-Akaroré
- Alta Floresta, Paranaíta e Apiacás – da Colonizadora Indeco, do Sr. Ariosto da Riva, localizadas nos
municípios de Alta Floresta (Alta Floresta e Apiacás) e de Paranaíta, em terras dos índios Apiaká, hoje na
reserva próxima ao rio dos Peixes- Colíder – colonizado pela Colider S.A., uma empresa que grilou as terras
loteadas, tendo o INCRA assumido posteriormente a regularização dos títulos (...).
- Terra Nova – colonizado pela COPERCANA, empresa de colonização criada pela Cooperativa de Canarana,
que sucedeu à Cooperativa 31 de Março. - Copercol – este projeto foi destinado a assentar colonos gaúchos
expulsos das Reservas Indígenas de Nonoai, no Rio grande do Sul. Está localizado no município de Terra Nova
do Norte, desmembrado de Colider e, como no projeto de Lucas do Rio Verde, a grande maioria dos colonos
que aí se instalaram voltaram para o sul.
- Juara e Novo Horizonte do Norte – colonizados pelo Sr. Zé Paraná, em terras Kayabi, que hoje vivem em
reserva próxima ao rio dos Peixes. - Tapurah e Eldorado – no município de Diamantino, colonizados pelas
empresas Tapurah.
- Juruena e Cotriguaçu – localizados no município de Aripuanã, o primeiro de propriedade do Sr. João Carlos
Meirelles e o segundo da Cooperativa Paranaense. Estão em terra reinvindicada pelos índios Ribeaktsa.
(Piaia, 2003:31-32)
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20. A divisão do Estado
• Ocorrida durante o Governo de José Garcia Neto em 1977 e do
Presidente Ernesto Geisel.
• Foi a concretizaçao de lutas históricas pela divisão, impetradas
por lideranças políticas residentes no Sul.
• A insatisfação do sul com a administração do estado de Mato
Grosso e seu isolamento com relação à Cuiabá motivaram
movimentos separatistas desde o final do século XIX. Neste
momento, com o aumento da população e o maior crescimento
econômico da região que hoje corresponde ao estado de Mato
Grosso do Sul, a luta pela divisão ganhou força.
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21. MT - Hidrografia
Os rios de Mato grosso convergem para três grandes bacias hidrográficas:
• Bacia Amazônica ao Norte e Oeste: Teles Pires/Juruena (Tapajós), Xingu e Guaporé;
• Bacia do Tocantins – Araguaia a Leste: Araguaia e Rio das Mortes;
• Bacia Platina (Paraguai) ao Sul: Rio Paraguai, Cuiabá e São Lourenço;
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22. MT - Solos
Podzólicos: São solos, em geral, fortemente ácidos e de baixa fertilidade natural.
Latossolo: São solos minerais, profundos (normalmente superiores a 2 m), de
horizontes B muito espesso, as cores variam de vermelhas muito escuras a
amareladas.
Plintossolos é um material contendo argila, quartzo, baixo teor de matéria orgânica e
alto teor de ferro e alumínio.
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23. MT Relevo
O relevo do estado apresenta altitudes modestas e um relevo bastante desgastado
pelo processo erosivo. O ponto culminante se localiza na serra de Santa Barbara no
sudoeste do Estado. Mato Grosso possui as três principais formas de relevo presente
no território brasileiro segundo Jurandir Ross, planaltos, planícies e depressões.
Destaque para o Planalto e Chapada dos Parecis na porção Central do Estado e a
Planície do Pantanal na região Sul.Geografia do Estado de Mato Grosso
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26. O estado de Mato Grosso apresenta três grandes biomas:
A Amazônia na região Norte e Sudoeste do Estado. Com 53,6 % do território
do Estado, apresenta um exuberante estrato arbóreo. A Amazônia mato-
grossense apresenta espécies como a castanheira, o mogno e o cedro. Muito
utilizada pela indústria madeireira, esse bioma foi intensamente devastado
pelo uso da madeira e posteriormente dando lugar a pastagens. Hoje a
Amazônia Mato-grossense faz parte da nova fronteira agrícola brasileira.
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27. O Cerrado ocupa a faixa central e leste do Estado. Apresenta estrato
herbáceo, arbustivo e arbóreo. Suas árvores possuem troncos e galhos
retorcidos, alturas modestas com exceção das margens dos córregos e
rios onde desenvolve-se as chamadas matas ciliares. Os troncos
apresentam cascas grossas como forma de se proteger das constantes
queimadas, típicas da região em razão do clima tropical sub-úmido que
apresenta uma estação de estiagem bastante prolongadas. O cerrado é
uma savana.
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28. O Pantanal Mato-grossense ocupa
6,8% do território estadual. Trata-se
de uma imensa planície inundável.
Sua vegetação é considerada de
transição entre os diversos biomas,
possuindo espécies amazônicas, do
cerrado, da mata atlântica e até da
caatinga.
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29. Geografia do Estado de Mato Grosso
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Mato Grosso - Climas
Segundo a classificação de Straller, o estado de Mato Grosso possui o clima Tropical típico
como o tipo climático predominante. Suas características são o inverno seco e o verão úmido.
Esse tipo de clima apresenta os fenômenos denominados de “friagens” devido a influencia de
massas de ar provenientes da região polar. O clima Equatorial predomina no Norte do Estado.
Esse clima apresenta médias pluviométricas maiores que o clima Tropical.