SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 7
Downloaden Sie, um offline zu lesen
3
Todos os direitos de editoração gráfica reservados a concursos PSI Empreendimentos Editoriais LTDA. Proibida a reprodução não autorizada nos termos da lei 9.610, de 19/02/98.
www.concursospsi.com
SUMÁRIO
1. POLÍTICA DE SAÚDE: Histórico das Políticas de Saúde do Brasil – 4
2. CONSTITUIÇÃO FEDERAL: Da Saúde: Art. 196 a 200 – 9
3. SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS): Princípios e Diretrizes – 15
3.1. Lei no 8.080/1990 – Lei Orgânica do SUS (Brasil, Presidência da República, 1990a) – 15
3.1.1. Campos de atuação do SUS – 15
3.1.2. Níveis de Gestão do SUS (Brasil, Ministério da Saúde, 2003) – 21
3.1.3. Comissões Intergestores Bipartite (CIB) e Tripartite (CIT) – 28
3.1.4. O sistema Descentralizado e Hierarquizado – 30
3.1.5. Subsistemas de atenção à saúde – 30
3.1.6. Assistência Terapêutica – 32
3.1.7. Serviços Privados de Assistência à Saúde – 34
3.1.8. Recursos Humanos na área de saúde – 34
3.1.9. Financiamento da Saúde (Brasil, Ministério da Saúde, 2003) – 35
3.1.10. Controle Social – 36
3.2. Lei no 8.142/1990 – Sobre a participação popular e o financiamento das ações do SUS – 36
3.2.1. Participação popular no SUS – 36
3.2.2. Financiamento das ações do SUS – 37
QUESTÕES GABARITADAS – 40
BIBLIOGRAFIA – 67
4
Todos os direitos de editoração gráfica reservados a concursos PSI Empreendimentos Editoriais LTDA. Proibida a reprodução não autorizada nos termos da lei 9.610, de 19/02/98.
www.concursospsi.com
1. POLÍTICA DE SAÚDE:
Histórico das Políticas de
Saúde do Brasil
O SUS é o produto de um longo processo de construção política coletiva conhecida como Reforma Sanitária,
direcionada para a modificação das condições de saúde da população brasileira. Nascida na luta contra a
ditaduramilitar,comotemaSaúdeeDemocracia,aReformaSanitárianoBrasilestruturou-senasuniversidades,
no movimento sindical e com base em experiências regionais de organização de serviços de saúde.
Antes da criação do SUS, a assistência à saúde no Brasil tinha uma estreita conexão com as atividades
previdenciárias, e o sistema de caráter contributivo gerava uma divisão da população brasileira em dois
grandes grupos: previdenciários e não previdenciários. A realidade social era a exclusão da maior parte
dos cidadãos do direito à saúde.
Nesse período, a assistência médica era restrita aos empregados com carteira assinada – que
contribuíam com a previdência social – sob responsabilidade do Instituto Nacional de Assistência Médica
da Previdência Social (INAMPS). Havia uma pequena parcela da população que possuía condições
financeiras de custear os serviços de saúde por conta própria. As demais pessoas eram atendidas apenas
em serviços filantrópicos.
A atuação do Ministério da Saúde era adstrita às atividades de promoção de saúde e prevenção de doenças
com destaque para as campanhas de vacinação e controle de endemias, realizadas em caráter universal,
e sua prestação de assistência à saúde era bastante limitada, restringindo-se às ações desenvolvidas por
alguns poucos hospitais próprios.
Segundo Polignano (2001), os recursos destinados pelo governo federal para os programas do Ministério
da Saúde eram poucos, impossibilitando o desenvolvimento de ações de promoção de saúde. Tal situação
demonstrava uma clara tendência governista em privilegiar a prática da medicina curativa – ainda que
mais cara – em detrimento das ações preventivas, uma vez que esta vertente possuía recursos advindos
das contribuições previdenciárias.
Emmeadosdadécadade70adveioumacrisedofinanciamentodaprevidênciasocial,comrepercussõesno
INAMPS. A situação ocorreu como resultado de um colapso econômico e social, tendo em vista que neste
período a maior parte da população recebia baixos salários ou encontrava-se desempregada, aumentando
a marginalidade, o número de favelas e a mortalidade infantil. O sistema de saúde previdenciário
demonstrou ser incapaz de resolver os problemas de saúde coletiva e com o descrédito social e a escassez
de recursos o modelo entrou em falência (Polignano, 2001).
Neste contexto sócio-histórico emergiu o movimento da Reforma Sanitária, propondo transformações de
valores na sociedade e tendo na promoção de saúde o eixo para a mudança democrática com a redução
das desigualdades sociais. Esse movimento social concretizou-se na 8a Conferência Nacional de Saúde, em
1986, com a presença histórica de mais de cinco mil representantes de diversos grupos da sociedade civil.
7
Todos os direitos de editoração gráfica reservados a concursos PSI Empreendimentos Editoriais LTDA. Proibida a reprodução não autorizada nos termos da lei 9.610, de 19/02/98.
www.concursospsi.com
Aula 1 CURSO ONLINE PREFEITURA DE SÃO PAULO
MÓDULO GERAL
Conforme vimos, mesmo antes da reforma sanitária, diversas ações governamentais vinham sendo
implantadas em busca da prestação de serviços de seguridade social (previdência, assistência social e
saúde pública) para a população.
A seguir apresentamos uma linha do tempo que possibilita uma visão esquemática do processo histórico
de elaboração das políticas de saúde no Brasil (Reis, Araújo e Cecílio, 2012; Neves, 2012):
1923
Criação das
Caixas de Aposentadorias
e Pensões (CAP)
1932
Criação dos
Institutos de Aposentadoria
e Pensões (IAPs)
1965
Criação do
Instituto Nacional de
Previdência Social (INPS)
1977
Criação do
SINPAS e do INAMPS
Criadas pela lei Eloy Chaves, as CAPs visavam garantir pensão
em caso de acidente ou afastamento do trabalho por doença, e
umafuturaaposentadoria.AcriaçãodasCAPSatendiaapoucas
categorias profissionais, mas deu início às discussões sobre a
necessidade de atender as demandas dos trabalhadores.
Em resposta às crescentes reivindicações dos trabalhadores,
o Ministério do Trabalho instituiu os IAPs como modelos de
pensões vinculadas às diversas categorias profissionais em
todo o território nacional, substituindo as CAPs.
O INPS surgiu da reformulação do sistema previdenciário,
que culminou com a fusão de todos os IAPs. A criação do
INPS consolidou o componente assistencial, com marcada
opção de compra de serviços assistenciais do setor privado,
concretizando o modelo assistencial hospitalocêntrico,
curativista e médico-centrado.
O Sistema Nacional de Assistência e Previdência Social
(SINPAS) consistiu na reformulação administrativa das
entidades de atribuições de caráter previdenciário e de
assistência social, que passaram a funcionar em forma de
sistema. O Instituto Nacional de Assistência Médica da
Previdência Social (INAMPS) passou a ser o órgão responsável
pela prestação de assistência médica.
1982
Criação do
Programa de Ações
Integradas de Saúde (PAIS)
O PAIS visava a integração das instituições públicas da saúde
mantidas pelas diferentes esferas de governo, em rede
regionalizada e hierarquizada. Este programa enfatizava
a atenção primária em saúde, sendo a rede ambulatorial
pensada como a “porta de entrada” do sistema, propondo
a criação de sistemas de referência e contrarreferência e a
atribuição de prioridade para a rede pública de serviços de
saúde, com complementação pela rede privada.
8
Todos os direitos de editoração gráfica reservados a concursos PSI Empreendimentos Editoriais LTDA. Proibida a reprodução não autorizada nos termos da lei 9.610, de 19/02/98.
www.concursospsi.com
Aula 1 CURSO ONLINE PREFEITURA DE SÃO PAULO
MÓDULO GERAL
1986
VIII Conferência
Nacional de Saúde
1988
Aprovação da
Constituição Cidadã
1990
Criação do
Sistema Único de Saúde
(SUS)
1993
Publicação da
Norma Operacional Básica
do Sistema Único de Saúde
(NOB-SUS 93)
A 8ª Conferência Nacional de Saúde ocorreu no contexto do
movimento da Reforma Sanitária e contou com a presença
de mais de cinco mil representantes de diversos grupos
da sociedade civil. As propostas formuladas nesse evento
tornaram possível a elaboração de uma emenda popular que
assegurou a inclusão no texto constitucional da garantia da
saúde como um direito do cidadão e um dever do Estado.
A Carta Magna de 1988 inscreve-se como um marco na
história dos Direitos Sociais, sobretudo no campo da saúde
pública brasileira, incluindo a saúde como um dos três pilares
da Seguridade Social. O conceito de saúde foi ampliado e
associado às políticas sociais e econômicas.
A Lei 8.080/1990, conhecida também como a Lei Orgânica do
SUS, foi publicada no intuito de normatizar as condições para
a promoção, proteção e recuperação da saúde, bem como
a organização e o funcionamento dos respectivos serviços.
Em seguida foi publicada a lei 8.142//90 dispondo sobre a
participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as
transferências intergovernamentais de recursos financeiros.
A NOB-SUS 93 estabeleceu o princípio da municipalização,
definindo critérios e categorias de gestão para habilitação dos
municípios. Instituiu níveis progressivos de gestão local do SUS
e estabeleceu um conjunto de estratégias, que consagram a
descentralização político-administrativa na saúde.
1996
Publicação da
Norma Operacional Básica
do SUS (NOB 96)
A NOB 96 teve como objetivo promover a descentralização
dos recursos federais em direção aos estados e municípios,
incentivando as mudanças na lógica assistencial por meio
do fortalecimento da implantação de programas dirigidos às
populações mais carentes (PSF, PACS).
9
Todos os direitos de editoração gráfica reservados a concursos PSI Empreendimentos Editoriais LTDA. Proibida a reprodução não autorizada nos termos da lei 9.610, de 19/02/98.
www.concursospsi.com
2. CONSTITUIÇÃO FEDERAL Da Saúde: Art. 196 a 200
Conforme vimos, o movimento da Reforma Sanitária emergiu no Brasil como uma força reacionária ao
regime militar, ocorrendo simultaneamente ao processo de lutas pela abertura política e redemocratização
do país, tendo atingido seu êxito ao influenciar o processo de elaboração e o conteúdo da CF/1988
instituída após a queda da ditadura.
No entanto, para compreender o atual texto constitucional, nos debruçaremos brevemente sobre o
sistema legal que antecedeu o atual para que possamos visualizar as mudanças ocorridas nos âmbitos
social e da saúde a partir do advento da atual Carta Magna.
Durante a década de 1960, sob pressão dos militares, foi elaborada a Constituição de 1967, sendo imposta
como uma forma de legalizar e institucionalizar o regime militar instituído a partir do golpe de 1964.
Apesar da formulação de um novo texto constitucional, era frequente a prática governista de publicar
decretos e Atos Institucionais que permitiam que os direitos e garantias individuais e sociais fossem
restringidos ou ignorados a fim de manter a ditadura.
Em 1969 foi publicada a Emenda Constitucional nº 1 que intensificou a concentração do poder no
Executivo, dominado pelo Exército, e permitiu a substituição do presidente por uma Junta Militar, apesar
da existência do vice-presidente.
Neste contexto de intensas restrições aos direitos sociais e individuais e com a crescente crise nos sistemas
econômico e político, o movimento de luta pela abertura política se fortaleceu entre as décadas de 1970 e
1980, culminado com o fim da ditadura militar e a redemocratização do Brasil a partir de 1985.
O maior expoente deste processo e a conquista definitiva de uma nova ordem social e política foi a
elaboração em 1988 de uma nova Constituição Federal (CF/1988) que assegurou diversas garantias dos
direitos fundamentais.
De acordo com o Emérito professor Paulo Bonavides (2000), a CF/1988 avançou significativamente ao
assegurar os direitos fundamentais e a proteção jurídica da sociedade, combinando a defesa social e a
tutela dos direitos subjetivos.
Após esta breve contextualização, iniciaremos nosso estudo do texto constitucional destacando o Título
VIII – Da Ordem Social, que traz em seus artigos 194 a 204 a base legal da seguridade social no Brasil.
Inicialmente, devemos compreender o sentido de seguridade social almejado pelo constituinte. Para
tanto, analisaremos os termos utilizados no texto constitucional (Brasil, Presidência da República, 1988):
Art. 194 - A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de
iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos
relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Parágrafo único. Compete
10
Todos os direitos de editoração gráfica reservados a concursos PSI Empreendimentos Editoriais LTDA. Proibida a reprodução não autorizada nos termos da lei 9.610, de 19/02/98.
www.concursospsi.com
Aula 1 CURSO ONLINE PREFEITURA DE SÃO PAULO
MÓDULO GERAL
ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos
seguintes objetivos:
I – universalidade da cobertura e do atendimento;
II – uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
III – seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV – irredutibilidade do valor dos benefícios;
Deste artigo podemos extrair diversos tópicos para análise. A primeira concepção presente é a de que a
seguridade social deve compreender um conjunto integrado de ações. Assim, o texto traz o cerne do que
atualmente conhecemos como articulação intersetorial, devendo as políticas desenvolvidas neste campo
promover diversas ações integradas a fim de assegurar os direitos à saúde, previdência e assistência social.
O segundo aspecto presente é que o caput do artigo 194 estabelece que a se-guridade social seja composta
por três pilares:
Previdência social
Assistência social
Saúde pública
Compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa
dos poderes públicos e da sociedade, destinados a assegurar
os direitos de proteção social e subsistência proporcionados
mediante contribuição. Por seu caráter contributivo, tem
aplicabilidade apenas para as pessoas que contribuem com
seu regime.
Política social de proteção gratuita aos necessitados. Tem
caráter seletivo, pois utiliza critérios para definir quais as
pessoas a serem assistidas.
Espécie da seguridade social (por efeito da Constituição)
destinada a promover a redução do risco a doenças e o acesso
aos serviços básicos de saúde e saneamento. Tem caráter
inclusivo, pois é dirigida a todos os cidadãos.
Outro ponto em destaque é a iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade. Com esta declaração o
constituinte vincula o compromisso do Estado e da sociedade no desenvolvimento das ações de promoção
da seguridade social.
O parágrafo único do art. 194 deixa claro o papel do Poder Público de organizar a seguridade social,
nos termos da lei, com base em um rol taxativo de objetivos claramente elencados. Isto significa que o
constituinte estabeleceu a normas para que seja assegurada aos cidadãos a garantia de sua seguridade
social, prestando a observância obrigatória aos seguintes objetivos:
11
Todos os direitos de editoração gráfica reservados a concursos PSI Empreendimentos Editoriais LTDA. Proibida a reprodução não autorizada nos termos da lei 9.610, de 19/02/98.
www.concursospsi.com
Aula 1 CURSO ONLINE PREFEITURA DE SÃO PAULO
MÓDULO GERAL
• Universalidade da cobertura e do atendimento;
• Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
• Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
• Irredutibilidade do valor dos benefícios
A partir da leitura atenta de cada um destes incisos, grifamos os termos para facilitar seu entendimento
dos pressupostos presentes no texto constitucional. No inciso I, o uso do termo “universalidade” explicita
que todo cidadão tem direito ao atendimento e que devem ser empreendidos os meios para assegurar
esta co-bertura.
O inciso II estabelece que os serviços devam ser prestados a todos, de maneira uniforme, buscando a
equivalência quando diante de condições diferenciadas, tal qual ocorre entre os meios urbano e rural.
O inciso III visa assegurar a justiça social, determinando que os benefícios e serviços sejam distribuídos de
acordo com a prioridade de cada grupo populacional. Por fim, no inciso IV fica garantido que os benefícios
não poderão ser reduzidos, condição necessária para que os beneficiários tenham suas condições de
subsistência asseguradas.
No art. 195 a CF/1988 determinou que a seguridade social deva ser financiada por toda a sociedade, de
forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das contribuições sociais (Moraes, 2003). Vejamos a seguir
os termos presentes na íntegra do texto constitucional, observe nossos grifos:
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e
indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,
incidentes sobre:
a)afolhadesaláriosedemaisrendimentosdotrabalhopagosoucreditados,aqualquer
título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro.
II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo
contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de
previdência social de que trata o art. 201.
III – sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV – do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

A democratização e a saúde (1945 1964)
A democratização e a saúde (1945 1964)A democratização e a saúde (1945 1964)
A democratização e a saúde (1945 1964)Marilia Cristiny
 
Síntese Politica de Saúde Pública
Síntese Politica de Saúde PúblicaSíntese Politica de Saúde Pública
Síntese Politica de Saúde PúblicaSebástian Freire
 
Sus conhecimentos básicos de saúde pública
Sus conhecimentos básicos de saúde públicaSus conhecimentos básicos de saúde pública
Sus conhecimentos básicos de saúde públicaRosane Domingues
 
Lei 8080 esquematizada
Lei 8080 esquematizadaLei 8080 esquematizada
Lei 8080 esquematizadaEstrategiaConc
 
2. sistema único de saúde (SUS)
2. sistema único de saúde (SUS)2. sistema único de saúde (SUS)
2. sistema único de saúde (SUS)Leonardo Savassi
 
Evolução histórica das políticas de saúde no brasil
Evolução histórica das políticas de saúde no brasilEvolução histórica das políticas de saúde no brasil
Evolução histórica das políticas de saúde no brasilFisioterapeuta
 
Evolução histórica da organização do sistema de saúde no brasil e a construçã...
Evolução histórica da organização do sistema de saúde no brasil e a construçã...Evolução histórica da organização do sistema de saúde no brasil e a construçã...
Evolução histórica da organização do sistema de saúde no brasil e a construçã...John Paul John Paul
 
Evolução histórica do sus
Evolução histórica do susEvolução histórica do sus
Evolução histórica do susAna Quaresma
 
A Reforma Sanitária Brasileira após 20 anos do SUS - Reflexões
A Reforma Sanitária Brasileira após 20 anos do SUS - ReflexõesA Reforma Sanitária Brasileira após 20 anos do SUS - Reflexões
A Reforma Sanitária Brasileira após 20 anos do SUS - ReflexõesHelenice Alexandrino
 
Política de saúde no Brasil
Política de saúde no Brasil Política de saúde no Brasil
Política de saúde no Brasil Ismael Costa
 
Versaogratis apostilasusparaconcursos-151006134117-lva1-app6892
Versaogratis apostilasusparaconcursos-151006134117-lva1-app6892Versaogratis apostilasusparaconcursos-151006134117-lva1-app6892
Versaogratis apostilasusparaconcursos-151006134117-lva1-app6892Vinicius Magalhaes
 
Saúde - Manifestações 2013
Saúde - Manifestações 2013Saúde - Manifestações 2013
Saúde - Manifestações 2013Eni Bertolini
 

Was ist angesagt? (20)

HISTORIA DO SUS.pdf
HISTORIA DO SUS.pdfHISTORIA DO SUS.pdf
HISTORIA DO SUS.pdf
 
Trabalho sus
Trabalho susTrabalho sus
Trabalho sus
 
A democratização e a saúde (1945 1964)
A democratização e a saúde (1945 1964)A democratização e a saúde (1945 1964)
A democratização e a saúde (1945 1964)
 
Saúde pública
Saúde públicaSaúde pública
Saúde pública
 
Síntese Politica de Saúde Pública
Síntese Politica de Saúde PúblicaSíntese Politica de Saúde Pública
Síntese Politica de Saúde Pública
 
História da saúde pública no brasill
História da saúde pública no brasillHistória da saúde pública no brasill
História da saúde pública no brasill
 
Sus conhecimentos básicos de saúde pública
Sus conhecimentos básicos de saúde públicaSus conhecimentos básicos de saúde pública
Sus conhecimentos básicos de saúde pública
 
Lei 8080 esquematizada
Lei 8080 esquematizadaLei 8080 esquematizada
Lei 8080 esquematizada
 
Sobre o sus
Sobre o susSobre o sus
Sobre o sus
 
2. sistema único de saúde (SUS)
2. sistema único de saúde (SUS)2. sistema único de saúde (SUS)
2. sistema único de saúde (SUS)
 
Saúde pública!
Saúde pública!Saúde pública!
Saúde pública!
 
Evolução histórica das políticas de saúde no brasil
Evolução histórica das políticas de saúde no brasilEvolução histórica das políticas de saúde no brasil
Evolução histórica das políticas de saúde no brasil
 
Evolução histórica da organização do sistema de saúde no brasil e a construçã...
Evolução histórica da organização do sistema de saúde no brasil e a construçã...Evolução histórica da organização do sistema de saúde no brasil e a construçã...
Evolução histórica da organização do sistema de saúde no brasil e a construçã...
 
Evolução histórica do sus
Evolução histórica do susEvolução histórica do sus
Evolução histórica do sus
 
A Reforma Sanitária Brasileira após 20 anos do SUS - Reflexões
A Reforma Sanitária Brasileira após 20 anos do SUS - ReflexõesA Reforma Sanitária Brasileira após 20 anos do SUS - Reflexões
A Reforma Sanitária Brasileira após 20 anos do SUS - Reflexões
 
Apostila50 s pdiversos
Apostila50 s pdiversosApostila50 s pdiversos
Apostila50 s pdiversos
 
Política de saúde no Brasil
Política de saúde no Brasil Política de saúde no Brasil
Política de saúde no Brasil
 
A construção do sus
A construção do susA construção do sus
A construção do sus
 
Versaogratis apostilasusparaconcursos-151006134117-lva1-app6892
Versaogratis apostilasusparaconcursos-151006134117-lva1-app6892Versaogratis apostilasusparaconcursos-151006134117-lva1-app6892
Versaogratis apostilasusparaconcursos-151006134117-lva1-app6892
 
Saúde - Manifestações 2013
Saúde - Manifestações 2013Saúde - Manifestações 2013
Saúde - Manifestações 2013
 

Andere mochten auch

O Paciente é... um Artista Plástico
O  Paciente é... um Artista PlásticoO  Paciente é... um Artista Plástico
O Paciente é... um Artista PlásticoSergio Cabral
 
Carreiras em Psicologia Jurídica
Carreiras em Psicologia JurídicaCarreiras em Psicologia Jurídica
Carreiras em Psicologia JurídicaSergio Cabral
 
Psicologia do trabalho
Psicologia do trabalhoPsicologia do trabalho
Psicologia do trabalhoHugo Cordeiro
 
Série Questões Comentadas de Psicologia
Série Questões Comentadas de PsicologiaSérie Questões Comentadas de Psicologia
Série Questões Comentadas de PsicologiaSergio Cabral
 
Livro - Noções Básicas de Psicanálise
Livro - Noções Básicas de PsicanáliseLivro - Noções Básicas de Psicanálise
Livro - Noções Básicas de PsicanáliseEdleusa Silva
 
Apostila digital Psicologia org.
Apostila digital Psicologia org.Apostila digital Psicologia org.
Apostila digital Psicologia org.Sergio Cabral
 
Mapas Mentais: Educação Infantil e Desenvolvimento - IAVM
Mapas Mentais: Educação Infantil e Desenvolvimento - IAVMMapas Mentais: Educação Infantil e Desenvolvimento - IAVM
Mapas Mentais: Educação Infantil e Desenvolvimento - IAVMInstituto A Vez do Mestre
 
Resumos de Psicologia
Resumos de PsicologiaResumos de Psicologia
Resumos de PsicologiaSergio Cabral
 
Itinerário catecumenal
Itinerário catecumenalItinerário catecumenal
Itinerário catecumenalSergio Cabral
 
Breve Histórico da Psicologia Organizacional e do Trabalho
Breve Histórico da Psicologia Organizacional e do TrabalhoBreve Histórico da Psicologia Organizacional e do Trabalho
Breve Histórico da Psicologia Organizacional e do TrabalhoMichelli Godoi
 
Apostila psicologia organizacional
Apostila psicologia organizacionalApostila psicologia organizacional
Apostila psicologia organizacionalGilvane Pereira
 
01 livros do grupo livros acadêmicos para download
01 livros do grupo livros acadêmicos para download01 livros do grupo livros acadêmicos para download
01 livros do grupo livros acadêmicos para downloadLivros Acadêmicos
 
Identificando e mudando as crenças intermediárias - TCC
Identificando e mudando as crenças intermediárias - TCCIdentificando e mudando as crenças intermediárias - TCC
Identificando e mudando as crenças intermediárias - TCCSarah Karenina
 

Andere mochten auch (20)

O Paciente é... um Artista Plástico
O  Paciente é... um Artista PlásticoO  Paciente é... um Artista Plástico
O Paciente é... um Artista Plástico
 
Winnicott e melanie klein
Winnicott e melanie kleinWinnicott e melanie klein
Winnicott e melanie klein
 
Carreiras em Psicologia Jurídica
Carreiras em Psicologia JurídicaCarreiras em Psicologia Jurídica
Carreiras em Psicologia Jurídica
 
Psicologia do trabalho
Psicologia do trabalhoPsicologia do trabalho
Psicologia do trabalho
 
Série Questões Comentadas de Psicologia
Série Questões Comentadas de PsicologiaSérie Questões Comentadas de Psicologia
Série Questões Comentadas de Psicologia
 
Livro - Noções Básicas de Psicanálise
Livro - Noções Básicas de PsicanáliseLivro - Noções Básicas de Psicanálise
Livro - Noções Básicas de Psicanálise
 
Apostila digital Psicologia org.
Apostila digital Psicologia org.Apostila digital Psicologia org.
Apostila digital Psicologia org.
 
Mapas Mentais: Educação Infantil e Desenvolvimento - IAVM
Mapas Mentais: Educação Infantil e Desenvolvimento - IAVMMapas Mentais: Educação Infantil e Desenvolvimento - IAVM
Mapas Mentais: Educação Infantil e Desenvolvimento - IAVM
 
Um pouco de Bion: psicanálise de grupo
Um pouco de Bion: psicanálise de grupoUm pouco de Bion: psicanálise de grupo
Um pouco de Bion: psicanálise de grupo
 
Resumos de Psicologia
Resumos de PsicologiaResumos de Psicologia
Resumos de Psicologia
 
Itinerário catecumenal
Itinerário catecumenalItinerário catecumenal
Itinerário catecumenal
 
Breve Histórico da Psicologia Organizacional e do Trabalho
Breve Histórico da Psicologia Organizacional e do TrabalhoBreve Histórico da Psicologia Organizacional e do Trabalho
Breve Histórico da Psicologia Organizacional e do Trabalho
 
Apostila psicologia organizacional
Apostila psicologia organizacionalApostila psicologia organizacional
Apostila psicologia organizacional
 
Mapa mental
Mapa mentalMapa mental
Mapa mental
 
01 livros do grupo livros acadêmicos para download
01 livros do grupo livros acadêmicos para download01 livros do grupo livros acadêmicos para download
01 livros do grupo livros acadêmicos para download
 
Principais técnicas cognitivo
Principais técnicas cognitivoPrincipais técnicas cognitivo
Principais técnicas cognitivo
 
Fontes de Preconceito
Fontes de PreconceitoFontes de Preconceito
Fontes de Preconceito
 
Ficha de trabalho
Ficha de trabalho Ficha de trabalho
Ficha de trabalho
 
Piaget Desenvolvimento
Piaget DesenvolvimentoPiaget Desenvolvimento
Piaget Desenvolvimento
 
Identificando e mudando as crenças intermediárias - TCC
Identificando e mudando as crenças intermediárias - TCCIdentificando e mudando as crenças intermediárias - TCC
Identificando e mudando as crenças intermediárias - TCC
 

Ähnlich wie O SUS e a Constituição: direitos à saúde e sistema único

Especialização em Saúde da Família UNA - SUS
Especialização em Saúde da Família UNA - SUSEspecialização em Saúde da Família UNA - SUS
Especialização em Saúde da Família UNA - SUSSebástian Freire
 
trajetória das políticas de saúde no Brasil desde a década de 1920.pptx
trajetória das políticas de saúde no Brasil desde a década de 1920.pptxtrajetória das políticas de saúde no Brasil desde a década de 1920.pptx
trajetória das políticas de saúde no Brasil desde a década de 1920.pptxEnaireSousa
 
Aapostila de saúde publica no Brasil: breve restrospectiva
Aapostila de saúde publica no Brasil: breve restrospectivaAapostila de saúde publica no Brasil: breve restrospectiva
Aapostila de saúde publica no Brasil: breve restrospectivaKarinaMartins88
 
Conselhos e Conferências de Saúde
Conselhos e Conferências de SaúdeConselhos e Conferências de Saúde
Conselhos e Conferências de SaúdeEvilene Bolos
 
Artigo sobre o sus debate (1)
Artigo sobre o sus   debate (1)Artigo sobre o sus   debate (1)
Artigo sobre o sus debate (1)Laura Lopez
 
POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE DO SUS (1).pdf
POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE DO SUS (1).pdfPOLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE DO SUS (1).pdf
POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE DO SUS (1).pdfclodoveujose7
 
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdfAula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdfGiza Carla Nitz
 
Evolução histórica do sus
Evolução histórica do susEvolução histórica do sus
Evolução histórica do susAna Quaresma
 
AULA 2 - POLÍTICAS PUBLICAS.pptx
AULA 2 - POLÍTICAS PUBLICAS.pptxAULA 2 - POLÍTICAS PUBLICAS.pptx
AULA 2 - POLÍTICAS PUBLICAS.pptxCarlaAlves362153
 
Power Point Aula 4 - Histórico e Princípios do SUS.ppt
Power Point Aula 4 - Histórico e Princípios do SUS.pptPower Point Aula 4 - Histórico e Princípios do SUS.ppt
Power Point Aula 4 - Histórico e Princípios do SUS.pptWilberthLincoln1
 
Evolução das políticas de saúde no brasil
Evolução das políticas de saúde no brasilEvolução das políticas de saúde no brasil
Evolução das políticas de saúde no brasilBianca Florencio
 
Aula-1-História-da-Saúde-Pública-no-Brasil.pdf
Aula-1-História-da-Saúde-Pública-no-Brasil.pdfAula-1-História-da-Saúde-Pública-no-Brasil.pdf
Aula-1-História-da-Saúde-Pública-no-Brasil.pdfUNEMAT
 
A dimensão socioeducativa do trabalho do assistente social na área da saúde
A dimensão socioeducativa do trabalho do assistente social na área da saúdeA dimensão socioeducativa do trabalho do assistente social na área da saúde
A dimensão socioeducativa do trabalho do assistente social na área da saúdeRosane Domingues
 
Saude bucal coletiva
Saude bucal coletivaSaude bucal coletiva
Saude bucal coletivaibiraci1
 
A evolução das políticas e do sistema de saúde no brasil
A evolução das políticas e do sistema de saúde no brasilA evolução das políticas e do sistema de saúde no brasil
A evolução das políticas e do sistema de saúde no brasilmonicarochag
 

Ähnlich wie O SUS e a Constituição: direitos à saúde e sistema único (20)

BRASIL X CANADÁ - SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
BRASIL X CANADÁ - SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE BRASIL X CANADÁ - SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
BRASIL X CANADÁ - SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
 
Especialização em Saúde da Família UNA - SUS
Especialização em Saúde da Família UNA - SUSEspecialização em Saúde da Família UNA - SUS
Especialização em Saúde da Família UNA - SUS
 
trajetória das políticas de saúde no Brasil desde a década de 1920.pptx
trajetória das políticas de saúde no Brasil desde a década de 1920.pptxtrajetória das políticas de saúde no Brasil desde a década de 1920.pptx
trajetória das políticas de saúde no Brasil desde a década de 1920.pptx
 
Aapostila de saúde publica no Brasil: breve restrospectiva
Aapostila de saúde publica no Brasil: breve restrospectivaAapostila de saúde publica no Brasil: breve restrospectiva
Aapostila de saúde publica no Brasil: breve restrospectiva
 
Conselhos e Conferências de Saúde
Conselhos e Conferências de SaúdeConselhos e Conferências de Saúde
Conselhos e Conferências de Saúde
 
Artigo sobre o sus debate (1)
Artigo sobre o sus   debate (1)Artigo sobre o sus   debate (1)
Artigo sobre o sus debate (1)
 
Artigo sobre o sus debate
Artigo sobre o sus   debateArtigo sobre o sus   debate
Artigo sobre o sus debate
 
POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE DO SUS (1).pdf
POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE DO SUS (1).pdfPOLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE DO SUS (1).pdf
POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE DO SUS (1).pdf
 
Informação em Saúde
Informação em SaúdeInformação em Saúde
Informação em Saúde
 
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdfAula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
 
Evolução histórica do sus
Evolução histórica do susEvolução histórica do sus
Evolução histórica do sus
 
AULA 2 - POLÍTICAS PUBLICAS.pptx
AULA 2 - POLÍTICAS PUBLICAS.pptxAULA 2 - POLÍTICAS PUBLICAS.pptx
AULA 2 - POLÍTICAS PUBLICAS.pptx
 
35409992 apostila-para-organizacao-da-saude-publica-2010-2
35409992 apostila-para-organizacao-da-saude-publica-2010-235409992 apostila-para-organizacao-da-saude-publica-2010-2
35409992 apostila-para-organizacao-da-saude-publica-2010-2
 
Power Point Aula 4 - Histórico e Princípios do SUS.ppt
Power Point Aula 4 - Histórico e Princípios do SUS.pptPower Point Aula 4 - Histórico e Princípios do SUS.ppt
Power Point Aula 4 - Histórico e Princípios do SUS.ppt
 
Apres. carlão
Apres. carlãoApres. carlão
Apres. carlão
 
Evolução das políticas de saúde no brasil
Evolução das políticas de saúde no brasilEvolução das políticas de saúde no brasil
Evolução das políticas de saúde no brasil
 
Aula-1-História-da-Saúde-Pública-no-Brasil.pdf
Aula-1-História-da-Saúde-Pública-no-Brasil.pdfAula-1-História-da-Saúde-Pública-no-Brasil.pdf
Aula-1-História-da-Saúde-Pública-no-Brasil.pdf
 
A dimensão socioeducativa do trabalho do assistente social na área da saúde
A dimensão socioeducativa do trabalho do assistente social na área da saúdeA dimensão socioeducativa do trabalho do assistente social na área da saúde
A dimensão socioeducativa do trabalho do assistente social na área da saúde
 
Saude bucal coletiva
Saude bucal coletivaSaude bucal coletiva
Saude bucal coletiva
 
A evolução das políticas e do sistema de saúde no brasil
A evolução das políticas e do sistema de saúde no brasilA evolução das políticas e do sistema de saúde no brasil
A evolução das políticas e do sistema de saúde no brasil
 

Mehr von Sergio Cabral

Introducao ao Coaching amostra
Introducao ao Coaching amostraIntroducao ao Coaching amostra
Introducao ao Coaching amostraSergio Cabral
 
Catequese e Liturgia na Iniciação Cristã
Catequese e Liturgia na Iniciação CristãCatequese e Liturgia na Iniciação Cristã
Catequese e Liturgia na Iniciação CristãSergio Cabral
 
Apostilado cejuris amostra
Apostilado cejuris amostraApostilado cejuris amostra
Apostilado cejuris amostraSergio Cabral
 
Catálogo access 2015
Catálogo access 2015Catálogo access 2015
Catálogo access 2015Sergio Cabral
 
Questões comentadas
Questões comentadasQuestões comentadas
Questões comentadasSergio Cabral
 
Alta books catálogo
Alta books catálogoAlta books catálogo
Alta books catálogoSergio Cabral
 
Território Livre da Democracia
Território Livre da DemocraciaTerritório Livre da Democracia
Território Livre da DemocraciaSergio Cabral
 
Irineu Evangelista de Sousa Amostra
Irineu Evangelista de Sousa AmostraIrineu Evangelista de Sousa Amostra
Irineu Evangelista de Sousa AmostraSergio Cabral
 

Mehr von Sergio Cabral (17)

Introducao ao Coaching amostra
Introducao ao Coaching amostraIntroducao ao Coaching amostra
Introducao ao Coaching amostra
 
Quem é Esse Jesus
Quem é Esse JesusQuem é Esse Jesus
Quem é Esse Jesus
 
Catequese e Liturgia na Iniciação Cristã
Catequese e Liturgia na Iniciação CristãCatequese e Liturgia na Iniciação Cristã
Catequese e Liturgia na Iniciação Cristã
 
Simulado EMBASA
Simulado EMBASASimulado EMBASA
Simulado EMBASA
 
Rica amostra
Rica amostraRica amostra
Rica amostra
 
Apostilado cejuris amostra
Apostilado cejuris amostraApostilado cejuris amostra
Apostilado cejuris amostra
 
MPERJ Esquematizado
MPERJ EsquematizadoMPERJ Esquematizado
MPERJ Esquematizado
 
Catálogo access 2015
Catálogo access 2015Catálogo access 2015
Catálogo access 2015
 
Questões comentadas
Questões comentadasQuestões comentadas
Questões comentadas
 
Carilha do sono
Carilha do sonoCarilha do sono
Carilha do sono
 
Alta books catálogo
Alta books catálogoAlta books catálogo
Alta books catálogo
 
Leigos catálogo
Leigos catálogoLeigos catálogo
Leigos catálogo
 
Território Livre da Democracia
Território Livre da DemocraciaTerritório Livre da Democracia
Território Livre da Democracia
 
Micronovelas
MicronovelasMicronovelas
Micronovelas
 
Irineu Evangelista de Sousa Amostra
Irineu Evangelista de Sousa AmostraIrineu Evangelista de Sousa Amostra
Irineu Evangelista de Sousa Amostra
 
Código Limpo
Código LimpoCódigo Limpo
Código Limpo
 
Teste de Software
Teste de SoftwareTeste de Software
Teste de Software
 

Kürzlich hochgeladen

Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfWagnerCamposCEA
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOAulasgravadas3
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFtimaMoreira35
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESEduardaReis50
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 

Kürzlich hochgeladen (20)

Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 

O SUS e a Constituição: direitos à saúde e sistema único

  • 1. 3 Todos os direitos de editoração gráfica reservados a concursos PSI Empreendimentos Editoriais LTDA. Proibida a reprodução não autorizada nos termos da lei 9.610, de 19/02/98. www.concursospsi.com SUMÁRIO 1. POLÍTICA DE SAÚDE: Histórico das Políticas de Saúde do Brasil – 4 2. CONSTITUIÇÃO FEDERAL: Da Saúde: Art. 196 a 200 – 9 3. SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS): Princípios e Diretrizes – 15 3.1. Lei no 8.080/1990 – Lei Orgânica do SUS (Brasil, Presidência da República, 1990a) – 15 3.1.1. Campos de atuação do SUS – 15 3.1.2. Níveis de Gestão do SUS (Brasil, Ministério da Saúde, 2003) – 21 3.1.3. Comissões Intergestores Bipartite (CIB) e Tripartite (CIT) – 28 3.1.4. O sistema Descentralizado e Hierarquizado – 30 3.1.5. Subsistemas de atenção à saúde – 30 3.1.6. Assistência Terapêutica – 32 3.1.7. Serviços Privados de Assistência à Saúde – 34 3.1.8. Recursos Humanos na área de saúde – 34 3.1.9. Financiamento da Saúde (Brasil, Ministério da Saúde, 2003) – 35 3.1.10. Controle Social – 36 3.2. Lei no 8.142/1990 – Sobre a participação popular e o financiamento das ações do SUS – 36 3.2.1. Participação popular no SUS – 36 3.2.2. Financiamento das ações do SUS – 37 QUESTÕES GABARITADAS – 40 BIBLIOGRAFIA – 67
  • 2. 4 Todos os direitos de editoração gráfica reservados a concursos PSI Empreendimentos Editoriais LTDA. Proibida a reprodução não autorizada nos termos da lei 9.610, de 19/02/98. www.concursospsi.com 1. POLÍTICA DE SAÚDE: Histórico das Políticas de Saúde do Brasil O SUS é o produto de um longo processo de construção política coletiva conhecida como Reforma Sanitária, direcionada para a modificação das condições de saúde da população brasileira. Nascida na luta contra a ditaduramilitar,comotemaSaúdeeDemocracia,aReformaSanitárianoBrasilestruturou-senasuniversidades, no movimento sindical e com base em experiências regionais de organização de serviços de saúde. Antes da criação do SUS, a assistência à saúde no Brasil tinha uma estreita conexão com as atividades previdenciárias, e o sistema de caráter contributivo gerava uma divisão da população brasileira em dois grandes grupos: previdenciários e não previdenciários. A realidade social era a exclusão da maior parte dos cidadãos do direito à saúde. Nesse período, a assistência médica era restrita aos empregados com carteira assinada – que contribuíam com a previdência social – sob responsabilidade do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS). Havia uma pequena parcela da população que possuía condições financeiras de custear os serviços de saúde por conta própria. As demais pessoas eram atendidas apenas em serviços filantrópicos. A atuação do Ministério da Saúde era adstrita às atividades de promoção de saúde e prevenção de doenças com destaque para as campanhas de vacinação e controle de endemias, realizadas em caráter universal, e sua prestação de assistência à saúde era bastante limitada, restringindo-se às ações desenvolvidas por alguns poucos hospitais próprios. Segundo Polignano (2001), os recursos destinados pelo governo federal para os programas do Ministério da Saúde eram poucos, impossibilitando o desenvolvimento de ações de promoção de saúde. Tal situação demonstrava uma clara tendência governista em privilegiar a prática da medicina curativa – ainda que mais cara – em detrimento das ações preventivas, uma vez que esta vertente possuía recursos advindos das contribuições previdenciárias. Emmeadosdadécadade70adveioumacrisedofinanciamentodaprevidênciasocial,comrepercussõesno INAMPS. A situação ocorreu como resultado de um colapso econômico e social, tendo em vista que neste período a maior parte da população recebia baixos salários ou encontrava-se desempregada, aumentando a marginalidade, o número de favelas e a mortalidade infantil. O sistema de saúde previdenciário demonstrou ser incapaz de resolver os problemas de saúde coletiva e com o descrédito social e a escassez de recursos o modelo entrou em falência (Polignano, 2001). Neste contexto sócio-histórico emergiu o movimento da Reforma Sanitária, propondo transformações de valores na sociedade e tendo na promoção de saúde o eixo para a mudança democrática com a redução das desigualdades sociais. Esse movimento social concretizou-se na 8a Conferência Nacional de Saúde, em 1986, com a presença histórica de mais de cinco mil representantes de diversos grupos da sociedade civil.
  • 3. 7 Todos os direitos de editoração gráfica reservados a concursos PSI Empreendimentos Editoriais LTDA. Proibida a reprodução não autorizada nos termos da lei 9.610, de 19/02/98. www.concursospsi.com Aula 1 CURSO ONLINE PREFEITURA DE SÃO PAULO MÓDULO GERAL Conforme vimos, mesmo antes da reforma sanitária, diversas ações governamentais vinham sendo implantadas em busca da prestação de serviços de seguridade social (previdência, assistência social e saúde pública) para a população. A seguir apresentamos uma linha do tempo que possibilita uma visão esquemática do processo histórico de elaboração das políticas de saúde no Brasil (Reis, Araújo e Cecílio, 2012; Neves, 2012): 1923 Criação das Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAP) 1932 Criação dos Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs) 1965 Criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) 1977 Criação do SINPAS e do INAMPS Criadas pela lei Eloy Chaves, as CAPs visavam garantir pensão em caso de acidente ou afastamento do trabalho por doença, e umafuturaaposentadoria.AcriaçãodasCAPSatendiaapoucas categorias profissionais, mas deu início às discussões sobre a necessidade de atender as demandas dos trabalhadores. Em resposta às crescentes reivindicações dos trabalhadores, o Ministério do Trabalho instituiu os IAPs como modelos de pensões vinculadas às diversas categorias profissionais em todo o território nacional, substituindo as CAPs. O INPS surgiu da reformulação do sistema previdenciário, que culminou com a fusão de todos os IAPs. A criação do INPS consolidou o componente assistencial, com marcada opção de compra de serviços assistenciais do setor privado, concretizando o modelo assistencial hospitalocêntrico, curativista e médico-centrado. O Sistema Nacional de Assistência e Previdência Social (SINPAS) consistiu na reformulação administrativa das entidades de atribuições de caráter previdenciário e de assistência social, que passaram a funcionar em forma de sistema. O Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS) passou a ser o órgão responsável pela prestação de assistência médica. 1982 Criação do Programa de Ações Integradas de Saúde (PAIS) O PAIS visava a integração das instituições públicas da saúde mantidas pelas diferentes esferas de governo, em rede regionalizada e hierarquizada. Este programa enfatizava a atenção primária em saúde, sendo a rede ambulatorial pensada como a “porta de entrada” do sistema, propondo a criação de sistemas de referência e contrarreferência e a atribuição de prioridade para a rede pública de serviços de saúde, com complementação pela rede privada.
  • 4. 8 Todos os direitos de editoração gráfica reservados a concursos PSI Empreendimentos Editoriais LTDA. Proibida a reprodução não autorizada nos termos da lei 9.610, de 19/02/98. www.concursospsi.com Aula 1 CURSO ONLINE PREFEITURA DE SÃO PAULO MÓDULO GERAL 1986 VIII Conferência Nacional de Saúde 1988 Aprovação da Constituição Cidadã 1990 Criação do Sistema Único de Saúde (SUS) 1993 Publicação da Norma Operacional Básica do Sistema Único de Saúde (NOB-SUS 93) A 8ª Conferência Nacional de Saúde ocorreu no contexto do movimento da Reforma Sanitária e contou com a presença de mais de cinco mil representantes de diversos grupos da sociedade civil. As propostas formuladas nesse evento tornaram possível a elaboração de uma emenda popular que assegurou a inclusão no texto constitucional da garantia da saúde como um direito do cidadão e um dever do Estado. A Carta Magna de 1988 inscreve-se como um marco na história dos Direitos Sociais, sobretudo no campo da saúde pública brasileira, incluindo a saúde como um dos três pilares da Seguridade Social. O conceito de saúde foi ampliado e associado às políticas sociais e econômicas. A Lei 8.080/1990, conhecida também como a Lei Orgânica do SUS, foi publicada no intuito de normatizar as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, bem como a organização e o funcionamento dos respectivos serviços. Em seguida foi publicada a lei 8.142//90 dispondo sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros. A NOB-SUS 93 estabeleceu o princípio da municipalização, definindo critérios e categorias de gestão para habilitação dos municípios. Instituiu níveis progressivos de gestão local do SUS e estabeleceu um conjunto de estratégias, que consagram a descentralização político-administrativa na saúde. 1996 Publicação da Norma Operacional Básica do SUS (NOB 96) A NOB 96 teve como objetivo promover a descentralização dos recursos federais em direção aos estados e municípios, incentivando as mudanças na lógica assistencial por meio do fortalecimento da implantação de programas dirigidos às populações mais carentes (PSF, PACS).
  • 5. 9 Todos os direitos de editoração gráfica reservados a concursos PSI Empreendimentos Editoriais LTDA. Proibida a reprodução não autorizada nos termos da lei 9.610, de 19/02/98. www.concursospsi.com 2. CONSTITUIÇÃO FEDERAL Da Saúde: Art. 196 a 200 Conforme vimos, o movimento da Reforma Sanitária emergiu no Brasil como uma força reacionária ao regime militar, ocorrendo simultaneamente ao processo de lutas pela abertura política e redemocratização do país, tendo atingido seu êxito ao influenciar o processo de elaboração e o conteúdo da CF/1988 instituída após a queda da ditadura. No entanto, para compreender o atual texto constitucional, nos debruçaremos brevemente sobre o sistema legal que antecedeu o atual para que possamos visualizar as mudanças ocorridas nos âmbitos social e da saúde a partir do advento da atual Carta Magna. Durante a década de 1960, sob pressão dos militares, foi elaborada a Constituição de 1967, sendo imposta como uma forma de legalizar e institucionalizar o regime militar instituído a partir do golpe de 1964. Apesar da formulação de um novo texto constitucional, era frequente a prática governista de publicar decretos e Atos Institucionais que permitiam que os direitos e garantias individuais e sociais fossem restringidos ou ignorados a fim de manter a ditadura. Em 1969 foi publicada a Emenda Constitucional nº 1 que intensificou a concentração do poder no Executivo, dominado pelo Exército, e permitiu a substituição do presidente por uma Junta Militar, apesar da existência do vice-presidente. Neste contexto de intensas restrições aos direitos sociais e individuais e com a crescente crise nos sistemas econômico e político, o movimento de luta pela abertura política se fortaleceu entre as décadas de 1970 e 1980, culminado com o fim da ditadura militar e a redemocratização do Brasil a partir de 1985. O maior expoente deste processo e a conquista definitiva de uma nova ordem social e política foi a elaboração em 1988 de uma nova Constituição Federal (CF/1988) que assegurou diversas garantias dos direitos fundamentais. De acordo com o Emérito professor Paulo Bonavides (2000), a CF/1988 avançou significativamente ao assegurar os direitos fundamentais e a proteção jurídica da sociedade, combinando a defesa social e a tutela dos direitos subjetivos. Após esta breve contextualização, iniciaremos nosso estudo do texto constitucional destacando o Título VIII – Da Ordem Social, que traz em seus artigos 194 a 204 a base legal da seguridade social no Brasil. Inicialmente, devemos compreender o sentido de seguridade social almejado pelo constituinte. Para tanto, analisaremos os termos utilizados no texto constitucional (Brasil, Presidência da República, 1988): Art. 194 - A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Parágrafo único. Compete
  • 6. 10 Todos os direitos de editoração gráfica reservados a concursos PSI Empreendimentos Editoriais LTDA. Proibida a reprodução não autorizada nos termos da lei 9.610, de 19/02/98. www.concursospsi.com Aula 1 CURSO ONLINE PREFEITURA DE SÃO PAULO MÓDULO GERAL ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos: I – universalidade da cobertura e do atendimento; II – uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; III – seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; IV – irredutibilidade do valor dos benefícios; Deste artigo podemos extrair diversos tópicos para análise. A primeira concepção presente é a de que a seguridade social deve compreender um conjunto integrado de ações. Assim, o texto traz o cerne do que atualmente conhecemos como articulação intersetorial, devendo as políticas desenvolvidas neste campo promover diversas ações integradas a fim de assegurar os direitos à saúde, previdência e assistência social. O segundo aspecto presente é que o caput do artigo 194 estabelece que a se-guridade social seja composta por três pilares: Previdência social Assistência social Saúde pública Compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinados a assegurar os direitos de proteção social e subsistência proporcionados mediante contribuição. Por seu caráter contributivo, tem aplicabilidade apenas para as pessoas que contribuem com seu regime. Política social de proteção gratuita aos necessitados. Tem caráter seletivo, pois utiliza critérios para definir quais as pessoas a serem assistidas. Espécie da seguridade social (por efeito da Constituição) destinada a promover a redução do risco a doenças e o acesso aos serviços básicos de saúde e saneamento. Tem caráter inclusivo, pois é dirigida a todos os cidadãos. Outro ponto em destaque é a iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade. Com esta declaração o constituinte vincula o compromisso do Estado e da sociedade no desenvolvimento das ações de promoção da seguridade social. O parágrafo único do art. 194 deixa claro o papel do Poder Público de organizar a seguridade social, nos termos da lei, com base em um rol taxativo de objetivos claramente elencados. Isto significa que o constituinte estabeleceu a normas para que seja assegurada aos cidadãos a garantia de sua seguridade social, prestando a observância obrigatória aos seguintes objetivos:
  • 7. 11 Todos os direitos de editoração gráfica reservados a concursos PSI Empreendimentos Editoriais LTDA. Proibida a reprodução não autorizada nos termos da lei 9.610, de 19/02/98. www.concursospsi.com Aula 1 CURSO ONLINE PREFEITURA DE SÃO PAULO MÓDULO GERAL • Universalidade da cobertura e do atendimento; • Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; • Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; • Irredutibilidade do valor dos benefícios A partir da leitura atenta de cada um destes incisos, grifamos os termos para facilitar seu entendimento dos pressupostos presentes no texto constitucional. No inciso I, o uso do termo “universalidade” explicita que todo cidadão tem direito ao atendimento e que devem ser empreendidos os meios para assegurar esta co-bertura. O inciso II estabelece que os serviços devam ser prestados a todos, de maneira uniforme, buscando a equivalência quando diante de condições diferenciadas, tal qual ocorre entre os meios urbano e rural. O inciso III visa assegurar a justiça social, determinando que os benefícios e serviços sejam distribuídos de acordo com a prioridade de cada grupo populacional. Por fim, no inciso IV fica garantido que os benefícios não poderão ser reduzidos, condição necessária para que os beneficiários tenham suas condições de subsistência asseguradas. No art. 195 a CF/1988 determinou que a seguridade social deva ser financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das contribuições sociais (Moraes, 2003). Vejamos a seguir os termos presentes na íntegra do texto constitucional, observe nossos grifos: Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a)afolhadesaláriosedemaisrendimentosdotrabalhopagosoucreditados,aqualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a receita ou o faturamento; c) o lucro. II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201. III – sobre a receita de concursos de prognósticos. IV – do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.