2. Linguagem
Linguagem é qualquer e todo sistema de signos que
serve de meio de comunicação de idéias ou
sentimentos através de signos
convencionados, sonoros, gráficos, gestuais
etc., podendo ser percebida pelos diversos órgãos dos
sentidos, o que leva a distinguirem-se várias espécies
ou tipos: linguagem
visual, corporal, gestual, etc., ou, ainda, outras mais
complexas, constituídas, ao mesmo tempo, de
elementos diversos.[ Os elementos constitutivos da
linguagem são, pois, gestos, sinais, sons, símbolos ou
palavras, usados para representar conceitos de
comunicação, ideias, significados e pensamentos.
Embora os animais também se comuniquem, a
3. Cinema
Cinema é espetáculo. Ou seja, tudo o que
chama a atenção, atrai e prende o olhar. Se
não, não é cinema, na sua mais pura acepção.
O cinema criou os grandes planos e as
panorâmicas e, da mesma
forma, espetacularizou o ínfimo, o
detalhe, com tal nitidez e de uma forma
tal, que nenhuma outra linguagem é capaz de
criar.
4. homem
Em uma bela afirmação o teórico dos media
Herbert Marshall McLuhan pareceu sintetizar
a relação homem/ técnica. “Os homens criam
as ferramentas, as ferramentas recriam os
homens”.
5. McLuhan e Deleuze
Para ambos as ferramentas do audiovisual
ajudam a pensar, ajudam a criar. A mudança
na esfera da cultura que a dimensão técnica
traz parece-nos pautar os estudos sobre a
linguagem no contemporâneo.
Um filme é um recorte do imaginário que, para
ambos os autores, abre as portas da
imaginação e produz situações da realidade.
6. Cinema e linguagem
São as imagens e os sons que primeiro se
apresentam, mas a linguagem
audiovisual, movimento, cor, é composta de
muitos elementos e muitas
nuanças, sintetizados em uma narrativa.
Linguagem audiovisual atua em uma esfera
que conjuga espaço e tempo, locação e
deslocamento, o passado, presente e futuro
em permanente transformação.
7. Cinema e linguagem
Toda arte é, antes de tudo, uma maneira de
percepção. Quando expressa essa percepção por
meio da visão e da audição, traduz um conceito
artificial, um artifício, um artefato.
No caso do cinema, o artefato é uma película
sensibilizada pela luz, revelada e novamente
impressionada pela luz, no momento da projeção.
Das nostálgicas lanternas mágicas às modernas
técnicas de projeções digitais, cinema é, na
tela, luz e sombra. E é também a confluência de
muitos mistérios.
8. Cinema é arte
Cinema é arte contemporânea, síntese poética,
alegoria e realidade. Tempo e espaço. Portanto,
compreender cinema é também compreender o
tempo no seu transcorrer, na sua duração que,
muitas vezes, se desvincula do tempo físico da
projeção.
Talvez, por isso, o estranhamento que muitos
filmes causem a seus espectadores. Cada filme,
com o estilo cinematográfico que adota, cria um
tempo que lhe é peculiar, além do tempo que a
história pretende relatar.
9. O tempo na narrativa
O tempo na narrativa cinematográfica está na
ação que imprime o ritmo, assim como está no
verbo nas linguagens escritas. O tempo, no
filme, vai além das palavras ditas pelas
personagens, não se restringe ao descrito
pela ação da câmera. Está no que é falado
pelos personagens, mas está também na
paisagem, na arquitetura, nas roupas, nos
gestos, nos enfeites de corpo e de ambientes.
10. Ver e analisar
Ver filmes, analisá-los, é a vontade de
entender a nossa sociedade massificada,
praticamente analfabeta e que não tem uma
memória da escrita. Uma sociedade que se
educa por imagens e sons, principalmente da
televisão, quase uma população inteira [...]
que não tem contato com a escrita, a reflexão
com a escrita. E também a vontade de
entender o mundo pela produção artística do
cinema (Almeida, 1994, p. 12).
11. Análise
Hollywood comercializa produtos que
influenciam o desenvolvimento do
conhecimento, pois o que se nos mostra do
mundo e suas realidades influenciam
inevitavelmente nossa compreensão e nosso
nível de consciência. O cinema, como outros
media, age sobre nosso modo de pensar
(Guback, 1976, p. 4).
12. Análise
[...] o controle total da realidade criada pelas
imagens – tudo composto, cronometrado e
previsto. Ao mesmo tempo, tudo aponta para a
invisibilidade dos meios de produção desta
realidade. Em todos os níveis, a palavra de
ordem é “parecer verdadeiro”, montar um
sistema de representação que procura anular
a sua presença como trabalho de
representação (Xavier, 1984, p. 31).