O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O verdadeiro significado da Páscoa judaica e sua relação com a morte e ressurreição de Cristo
1.
2. Verdadeiro Sentido da Páscoa (Pêssach)
Páscoa é a festa que marca o início do calendário bíblico de
Israel e delimita as datas de todas as outras festas na Bíblia.
Páscoa (Pêssarr, em hebraico) significa literalmente
“passagem” (pois o Senhor “passou” sobre as casas dos
filhos de Israel, poupando-os. Ex 12:27). É uma FESTA
instituída por Deus como um memorial para que os filhos de
Israel jamais se esquecessem que foram escravos no Egito, e
que o próprio Deus os libertou com mão poderosa, trazendo
juízo sobre os deuses do Egito e sobre Faraó. (Ex 12). Páscoa
fala de memória, de identidade.
4. Segundo Ex capítulo 12, Páscoa deveria ser
celebrada com um jantar familiar, onde um Cordeiro
seria assado e comido por todos. O jantar também
deveria ter o pão asmo ou sem fermento (matzá, em
hebraico) e ervas amargas. O pão sem fermento nos
ajuda a lembrar que na noite da Páscoa no Egito,
comemos às pressas e o pão não teve tempo de
fermentar. As ervas amargas nos lembram de como
nossa vida era amarga quando éramos escravos de
Faraó. Por volta do ano 550 a.C., os judeus criaram
uma seqüência para o jantar (chamada de Hagadá),
que incluía o RELATO do Êxodo, os 4 cálices de vinho
e o Charosset (pasta doce). A intenção do
mandamento (Ex 12:26) é que TODOS os membros
da família participem das narrativas e da liturgia, e
que a festa seja uma ferramenta DIDÁTICA para se
ensinar às crianças sobre como o Senhor nos
libertou com mão forte do Egito. Yeshua, quando
celebrou seu último jantar de Páscoa com os
discípulos, seguiu exatamente a tradição judaica
vigente em sua época e até os dias de hoje. Ele
utilizou quase todos os elementos e a seqüência que
temos hoje nos lares judaicos. Não apenas isso, mas
ele utilizou parte da tradição criada no séc VI a.C.
para institucionalizar a Santa Ceia (um Kidush com
simbolismo mais rico).
6. Estes elementos que faziam parte da Páscoa judaica, cada um tinha um
significado especial.
O Cordeiro Pascal: Lembrava a proteção, o livramento dos primogênitos da casa
dos filhos de Israel, quando cada família israelita aspergiu o sangue do cordeiro
nas ombreiras e na verga da porta. Era uma lembrança e uma comemoração
deste maravilhoso livramento (ver Êx 12).
7. Os Pães Asmos: Lembravam a saída urgente de Israel da terra do Egito.
Esses pães asmos também representavam a separação entre os israelitas
redimidos e o Egito. Também chamado de «pão de aflição», que
representava os sofrimentos dos filhos de Israel (Êx 12.15,34,39, Deut
16.3)
8. Água Salgada: Lembrava as lágrimas salgadas
derramadas pelos israelitas durante os seus anos de
escravidão no Egito.
9. Ervas Amargas (hb marór): Lembravam as
amarguras da escravidão no Egito (Núm 9.11).
10. A Sopa de Frutas (hb charoshet): Lembrava a massa de
tijolos que os filhos de Israel tinham de preparar na terra do
Egito (Êx 5.6-19).
11. 1. E vos «tirarei» de debaixo da carga dos
egípcios.
2. E vos «livrarei» da sua servidão.
3. E vos «resgatarei» com braços estendidos e
grandes juízos.
4. E vos «tomarei» por meu povo.
Quatro Cálices (copos) de Vinho:
Lembravam as «quatro
promessas» de Êxodo 6.6,7.
Conforme acima mencionado, empregavam-se «quatro cálices» de vinho misturado com
água que a Bíblia nada diz. Segundo a tradição judaica, tomam-se «quatro cálices» de vinho
porque a Bíblia usa quatro verbos diferentes para descrever o drama da redenção do
cativeiro do Egito. As quatro citações à redenção podem ser encontradas no livro de Êxodo,
capítulo 6 e versículos 6 e 7.
12. A forma como desde o século VI a.C. os judeus
celebram a Festa de Páscoa é praticamente a
mesma de hoje. Na mesa temos um prato
especial chamado “Keará”. Nele dispomos os
elementos do jantar: Beitsá (um ovo cozido
que representa a oferta de Páscoa feita no
Templo – Chaguigá), o Zerôa (um osso de
cordeiro que representa o Cordeiro Pascal –
nos lares judaicos tradicionais não se come
cordeiro em luto à destruição do Templo), as
ERVAS Amargas (Karpás: batada cozida ou
cebola – que representa o duro trabalho dos
hebreus no Egito; o Marôr: gengibre; e o
Chazêret: salsão), e o Charôsset (uma pasta
doce que se assemelha a um barro –
lembrando do barro que os filhos de Israel
amassavam no Egito para fazerem tijolos).
Além dos elementos do PRATO KEARÁ, temos
também TRÊS pães ásmos e 5 cálices de vinho
– cada um com um simbolismo diferente.
13. Os Judeus (sejam eles crentes em
Yeshua ou não), celebram esta festa da
forma descrita acima pois ela é um
estatuto perpétuo (Ex 12:14). Para os
judeus crentes, esta festa é ainda mais
especial, pois Yeshua é o nosso
Cordeiro Pascal. Mas e os cristãos não-
judeus? Temos provas históricas que a
Igreja, até meados do séc IVd.C.,
celebrava a Festa de Páscoa como os
judeus (com pães asmos e no dia 14
de Nissan) – I Co 5:8 e Cl 2:16.
Algumas obras Patrísticas também
atestam a mesma coisa (Peri Pascha –
Melito de Sardes – séc II d.C.).
Como as famílias devem hoje
celebrar esta data?
14. Ovo de páscoa… pode?
A Páscoa Cristã, oficializada pelos pais da Igreja
Católica no séc IV d.C., foi instituída com o
intuito de substituir a Páscoa celebrada por
Yeshua e pela Igreja até então. Nos países de
língua anglo-saxônica a páscoa cristã é
conhecida como “Easter”, mas nos países de
língua latina a palavra “Páscoa” foi mantida
como uma transliteração da palavra “Pêssach”,
em hebraico). O nome “Easter” é proveniente
de uma festividade de primavera celebrada por
Assírios, Babilônios (e posteriormente Celtas),
em adoração a deusa Ishtar (ou Oestre no
mundo nórdico). Esta era a deusa da
fertilidade, daí ovos e coelhos eram usados
como simbolismos. Em outras palavras,
qualquer historiador ou qualquer enciclopédia
atestará que a origem do ovo é pagã. Se temos
a verdadeira Páscoa que era celebrada por
Yeshua, pelos apóstolos e pela Igreja até o séc.
VI d.C, porque deveríamos adotar costumes
pagãos em nossas casas? Será que Yeshua
endossaria a troca de ovos enfeitados e
coelhos de chocolates? Que cada discípulo de
Cristo verdadeiro saiba discernir a Fé que vive e
ensina à seus filhos.
16. Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo
beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua
nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas
futuras, mas o corpo é de Cristo.
Colossenses 2:16-17
17. Em primeiro lugar, é necessário esclarecer que a idéia dos coelhos
que botam ovos de chocolate é de origem pagã. Este costume é
uma alusão a antigos rituais pagãos relacionados à deusa da
fertilidade e do renascimento da mitologia anglo-saxã. A idéia
original no paganismo está relacionada à sorte que uma lebre
sacrificada poderia trazer em suas entranhas. Acompanhadas do
ritual de previsão do futuro, sacerdotisas pagãs ministravam a tal
benção ligada à prosperidade.
Em segundo lugar, a festa da páscoa judaica está relacionada não
diretamente a saída do povo judeu do Egito, mas sim ao livramento
da praga da morte dos primogênitos, razão esta que levou Faraó a
aceitar a saída do povo de Deus de sua servidão que já permanecia
400 anos. A palavra páscoa, original hebraico – “pesah” – significa:
pular além da marca, passar por cima ou poupar, desta maneira o
cordeiro perfeito proposto por Deus para sacrifício era uma
tipologia a respeito da promessa do Messias.
Em terceiro lugar, a festa da páscoa cristã deveria estar
relacionada à correta interpretação bíblica da tipologia do
livramento do povo judeu da praga da morte dos primogênitos e
por conseqUência sua libertação da escravidão de Faraó. Tratando-
se de uma sombra, o sacrifício do cordeiro aponta para a
mensagem reconhecedora de João Batista que apontou para Jesus
e disse: “Eis aí o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” –
João 1:29
18. Por fim, vale realçar que semelhante ao Natal, a
festa da Páscoa além de absorver idéias errôneas e
idólatras do paganismo, apagam a memória correta
da razão do nascimento e morte de nosso Salvador.
Como podemos observar as chamadas datas de
feriados religiosos em nosso país não contribuem
em nada para o exercício da fé cristã bíblica, além
de ser objeto de manipulação para o consumismo e
os interesses capitalistas. Cabe a nós, que pela graça
de Deus alcançamos a liberdade em Cristo,
anunciarmos que Ele é o nosso Cordeiro pascal e que
Ele morreu em nosso lugar, como um substituto
voluntário para que por meio Dele tenhamos a vida
eterna.