O documento resume uma entrevista com um senador sobre como o Senado funciona. Ele explica que a Mesa do Senado dirige a casa e é composta por um presidente, dois vice-presidentes e quatro secretários. As comissões e o plenário discutem e votam projetos de lei e exercem a função fiscalizadora. O senador também discute a importância igual de criação de leis e fiscalização.
4. “O Senado Federal é dirigido pelo que chamamos de Mesa do Senado. A Mesa é composta pelo presidente, dois vice-presidentes e quatro secretários. Compete, portanto, à Mesa, exercer e coordenar todas as atividades administrativas do Senado, além de representá-lo externamente. Para a realização da sua atividade fim, qual seja, de discutir e aprovar lei e exercer a função fiscalizadora, temos as Comissões e o Plenário da Casa, onde se reúnem os senadores para as discussões e votações.”
5. 2. Como senador, o que acredita ser o mais importante em seu ofício, de fiscalização e criação de leis?
6. “As duas funções são igualmente importantes. O Senado, como representante dos Estados (a Câmara dos Deputados representa o cidadão) atua como Casa revisora dos projetos de lei iniciados na Câmara dos Deputados. Pode também iniciar projetos de lei, e nesse caso, a Câmara faz o papel de revisora. São, portanto, funções igualmente importantes a fiscalização e o processo legislativo.”
7. 3. Qual sua posição diante o Código Florestal a ser aprovado em especial a respeito da Reserva Legal?
8. “O projeto do novo Código Florestal tem recebido muitas críticas. É verdade que existem nele muitos avanços e outros retrocessos. Com a chegada dele ao Senado, me debruçarei, juntamente com minha equipe de assessores, para estudar com afinco e apresentar as sugestões com vistas a aprimorar o texto. Tenho muitas críticas, que serão apresentadas no momento oportuno.”
9. Uma outra visão de política! Entrevistado : Professor Dr. em Geografia Marcelo Mendonça UFG/CAC
10. 1. Qual sua opinião sobre a instituição política brasileira? O que o senhor acredita ser necessário melhorar e se desenvolver para que melhor represente e atenda a população brasileira?
11. “A política é essencial a uma sociedade de direitos/deveres, a um Estado democrático. O Brasil vivenciou golpes, ditaduras e a participação popular é muito recente. Estamos construindo a política no dia-a-dia e há muito o que fazer. Um critério fundamental é separar os interesses privados dos públicos. Parcela dos políticos confundem propositadamente e usufruem de Estado para interesses pessoais. Isso só irá melhorar com maior participação popular, responsabilidade políticas do eleitorado, financiamento público de campanhas etc.”
12. 2.Anteriormente em sala, minha classe e o nosso professor de História discutimos sobre os três poderes e sua divisão. Qual sua opinião sobre essa divisão e acredita ser eficaz na política brasileira?
13. “Ela é fundamental para o processo democrático, porém são representações das classes hegemônicas, principalmente o Judiciário. No Legislativo há uma maior presença de representantes das classes trabalhadoras, mas em sua maioria impotentes diante da força do Executivo. Nessa estrutura o Executivo tem o poder sempre maior e, quase sempre, subjuga o Legislativo.... Em todas as esferas só haverá mudanças a partir do controle social e a efetiva participação popular...”
15. “O Brasil apresenta o sistema bicameral. Outros países possuem outras formas de organização/representação. No Brasil temos o Congresso Nacional composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado. É a tentativa de mais acertos e menos erros, porém se constituiu numa "casta de privilegiados" e poucos honram a nação brasileira, cumprindo adequadamente suas funções. Daí termos a capacidade de politizar o debate e propor mudanças a partir do voto popular.”
16. 4. Alguns dias atrás surgiu o novo Código Florestal, uma preocupação e dúvida, é o futuro do Cerrado. Qual sua opinião e o que os governantes deveriam fazer para diminuir sua destruição?
17. “Crê-se que será aprovada com algumas modificações. A questão central são os usos múltiplos das APPs e a certeza de que não serão recuperadas, pois em boa parte estão destruídas. Outro aspecto é a anistia aos desmatadores, ou seja, é uma premiação para aqueles que destruíram as APPs, principalmente os grandes... o agronegócio. O discurso da expansão das áreas para produzir alimentos é uma falácia. Primeiro que temos produção em grande quantidade, em sua maioria, destinadas a exportação, enquanto milhares de brasileiros sofrem com a fome. Segundo, não é necessário ampliar as terras aráveis, basta otimizar a produção em milhares de áreas com baixa produtividade e recuperar áreas degradadas. Esses são desafios que necessitam ser discutidos pela população brasileira.”