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Dimensões da ação
humana e dos valores
10º ano Turma: H
• Sara Cacais nº 25
• Daniela nº 30
• José Silva nº 31
• Gisela Monteiro nº 16
• Diana Borges nº 10
• Susi nº
Professor: César Augusto Ferreira
Disciplina: Filosofia
Ano Letivo: 2014/2015
Índice
 A necessidade de fundamentação da moral– analise
comparativa de duas perspetivas filosóficas
• A filosofia moral Kantiana
• A filosofia moral utilitarista de Stuart Mill
• Analise comparativa e critica das perspetivas morais
de Kant e Stuart Mill
 Cronograma
 Bibliografia
A necessidade de fundamentação da moral– analise
comparativa de duas perspetivas filosóficas
Fundamentação da moral
• Podemos formulá-lo desta forma: O que
é que faz com que uma ação seja boa ? Ela
é boa porque, uma vez realizada, promove
o bem de alguém? Ou será que é boa em
si mesma, independentemente do bem
que possa promover?
A filosofia moral kantiana dá prioridade á
conformidade da ação ao dever em detrimento
daquilo que se possa vir a alcançar (consequências)
ao realizá-la. O dever corresponde á necessidade de
agir por respeito á lei moral que a razão dá a si
mesma. Alguns autores criticam o rigor formal e o
carácter absoluto da ética kantiana.
Imperativo hipotético
Ordena que se cumpra determinada
ação em concreto para atingir
determinado fim desejado. Por
exemplo , << se queres ser
reconhecido, pratica o bem >>.
A filosofia moral Kantiana
Um imperativo é um princípio ou
mandamento que ordena determinada
ação.
Mas para Kant o imperativo moral não é
do tipo condicional.
O imperativo categórico é um
mandamento que nos aponta
universalmente a forma como proceder,
como devemos agir, sem impor condições.
Ordena que se cumpra
determinada acção em
concreto para atingir
determinado fim desejado.
Por exemplo, «se
quiseres ser
reconhencido, pratica o
bem»
Indica universalmente a
forma como devemos
agir, sem impor
condições.
Não indica quais os
meios a utilizar (o modo
da ação), não diz respeito
ás consequencias ou fins
da ação(ao que dela
pode resultar), mas á
forma e ao principio de
que ela própria deriva ( a
lei moral)
O imperativo categórico não nos diz o que fazer em situações
concretas- «faz isto se quiseres aquilo» -indica-nos apenas,
ainda que de modo absoluto e incondicionado, a forma a que
devem obedecer todas as nossas ações. «faça o que fizeres,
que seja sempre porque reconheces interiormente que é esse
o teu dever».
E oque exige a lei
moral?
1ª Formulação do imperativo categórico:
 Age unicamente de acordo com a
máxima que te faça simultaneamente
desejar a sua transformação em lei
universal.
Ou então:
Age como se a máxima da tua ação devesse
ser instituida pela tua vontade como
LEI UNIVERSAL DA NATUREZA.
Estará um assassínio de acordo com o imperativo
categórico?
Poderá o princípio que orienta o ato de assassinar
alguém converter-se numa lei universal?
A partir da primeira fórmula do imperativo, define-se a primeira exigência da
lei moral.
Quem quiser saber se está a agir bem ou a tomar a decisão acertada deve, em
primeiro lugar, perguntar-se a si próprio se a máxima ou princípio converte-se
em lei universal, ou seja, se esse princípio seria universalmente desejável.
Os dois exemplos apresentados por Kant permitem compreender o alcance do
imperativo categórico, por exigência da lei moral, da impossibilidade de tornar
universalmente o princípio que orienta a sua ação.
Se considerássemos como princípio de atuação «devo acabar com a minha
vida sempre que as adversidades forem insuportáveis».
Estaríamos a pôr em causa a sobrevivência
da própria humanidade. Se todos
tomássemos como princípio «em caso de
desespero, devo mentir para alcançar o que
quero», provavelmente ninguém acreditaria
em ninguém.
Ora, para Kant a pessoa humana é um fim
em si mesma, com valor absoluto, e cuja
dignidade não pode ser posta em causa, e
para melhor com prendermos o alcance do
imperativo categórico.
Vídeo
A filosofia moral utilitarista de Stuart Mill
O utilitarismo é a corrente filosófica que avalia a moralidade das ações pela
utilidade que elas revelam.
Deve entender-se a utilidade enquanto a possibilidade de o indíviduo alcançar o
seu bem-estar ou felicidade.
Na linha do utilitarismo clássico, Stuart Mill defende o prncípio hedonista,
segundo o qual a finalidade última de todas as nossas ações - o supremo bem - é
a felicidade.
Uma das principais características do utilitarismo é o consequencialismo, isto é, a
defesa da ideia que a moralidade das ações depende das vantagens ou
desvantagens que os seus efeitos comportam.
Neste sentido, o que permite destinguir uma ação boa de uma ação má são as
suas consequências.
Segundo Stuart Mill, a felicidade indentifica-se
com o estado de prazer e de ausência de dor ou
sofrimento.
Nenhuma das ações que dão origem ao
sofrimento é util ao ser humano, porque o impede
de alcançar a felicidade.
Simultaneamente, essas mesmas ações são
consideradas como não podendo ser boas, isto é,
moralmente válidas. Desta forma, o utilitarismo
apresenta como critério de avaliação moral das
ações a sua utilidade.
A filosofia moral utilitarista de Stuart Mill
John Stuart Mill (1806-1873)
Para Jeremy Bentham, é possível comparar o grau
de felicidade entre diferentes ações, isto é, aferir
que ações são mais ou menos úteis ao ser humano.
O mesmo afirmava poder fazer-se estes cálculos
tendo em conta a intensidade e a duração dos
prazeres associados à ação.
No entanto, Stuart Mill afasta-se desta prespetiva
ao establecer uma distinção fundamental entre
prazeres inferiores e prazeres superiores.
Os primeiros seriam ligados ao corpo e os
segundos ligados ao espírito.
A filosofia moral utilitarista de Stuart Mill
Jeremy Bentham
(1748-1832)
A filosofia moral utilitarista de Stuart Mill
Prazeres inferiores Prazeres superiores
Prazeres ligados ao corpo, provenientes
das sensações.
Por serem inferiores, não permitem a
realização plena da natureza humana.
Prazeres ligados ao espírito,
potenciadores de bons sentimentos
morais (como a generosidade, a
honradez, o bom carácter, a nobreza de
espírito).
Permitem a realização do ser humano.
A filosofia moral utilitarista de Stuart Mill
De acordo com a proposta utilitarista de Stuar Mill, a felicidade de cada um é
entendida como igualmente importante.
Aquele que tiver bom carácter será mais feliz do que aquele que tiver mau carácter
pois, proporciona, com as suas atitudes e ações nobres, a felicidade aos outros.
Com efeito, aquele que usufrui dos mais altos prazeres espirituais não poderá senão
desejar o bem-estar comum, onde se inclui a felicidade do outro. Isto permite a Stuart
Mill distanciar-se de um hedonismo egoísta e de um egoísmo ético.
O mesmo, defende um hedonismo muito particular, próximo do altruísmo, onde se
impõe uma questão: O que faz com que não sejamos egoístas?
Segundo Stuart Mill existe em todo o ser humano um sentido social, isto é, um
sentimento natural que o leva a cooperar com os outros.
A filosofia moral utilitarista de Stuart Mill
O sentimento moral de humanidade
ou de simpatia social que une os seres
humanos não é imposto pela educação
ou pela lei e, ainda que não nasça
conosco, adquire-se naturalmente
pois, é um sentimento espôntaneo e
autónomo.
Esta convicção confirma o princípio da
moral utilitarista. O indivíduo
reconhece que seria prejudicial a ele
próprio não ter em conta os outros,
isto é, o bem estar geral.
René Magritte, O Princípio do
Prazer (retrato de Edward
James), 1937
Vídeo
Analise comparativa e critica das perspetivas morais de
Kant e Stuart Mill
Kant- é uma ética deontológica que assenta na
ideia de dever. Ao contrário das éticas
consequencialista, que atribuem um peso
determinante às consequências das acções na
avaliação moral das mesmas, a ética deontológica
de Kant pensa que o cumprimento das regras e
normas sociais, segundo o que julgamos ser do
nosso dever, é o ponto-chave para a justificação
da moralidade.
O seu princípio básico,conhecido como o Princípio da Utilidade ou da Maior
Felicidade, é o seguinte: a ação moralmente certa é aquela que maximiza a
felicidade para o maior número.
E deve fazê-lo de uma forma imparcial: a tua felicidade não conta maisdo que a
felicidade de qualquer outra pessoa.
Saber por quem se distribui afelicidade é indiferente. O que realmente conta e
não é indiferente é saber seuma determinada acção maximiza a felicidade. Saber
se a avaliação moral deuma acção a partir do Princípio da Maior Felicidade
depende dasconsequências que de facto tem ou das consequências esperadas é
um aspectoda ética de Mill que permanece em aberto.
Analise comparativa e critica das perspetivas morais de
Kant e Stuart Mill
Saber por quem se distribui a felicidade é indiferente. O que realmente conta
e não é indiferente é saber se uma determinada ação maximiza a felicidade.
Saber se a avaliação moral de uma ação a partir do Princípio da Maior
Felicidade depende das consequências que de facto tem ou das
consequências esperadas é um especto ética de Mill que permanece em
aberto.
Analise comparativa e critica das perspetivas morais de
Kant e Stuart Mill
Analise comparativa e critica das perspetivas morais de
Kant e Stuart Mill
Immanuel Kant fundamenta a ética deontológica,
enquanto John Stuart Mill fundamenta a ética
consequenciazita. A ética deontológica é uma teoria
moral segundo a qual as acções devem ser realizadas,
independentemente das consequências que resultem
da sua realização.
É uma ética centrada na noção do dever. Já a ética
consequenciazita é designada por uma teoria moral
segundo a qual as acções são avaliadas como
correctas ou incorrectas em virtude das suas
consequências. O utilitarismo é a forma mais
conhecida de consequencialíssimo. Kant defendia que
uma acção era correcta ou incorrecta, consoante a
máxima que lhe deu origem. Mill é um
consequenciazita, enquanto que Kant é um não
consequenciazita.
Organograma
Teoria deontológica: Kant Teoria Consequencial: Stuart Mill
O valor das ações depende do
respeito pelos princípios, não
das consequências.
O valor das ações depende das
consequências.
Fundamento da
moralidade:
A lei moral e o dever pelo dever. A utilidade da maior felicidade.
Critério de
avaliação da
moralidade:
Cumprimento do dever como
regra da ação.
Ação boa é a que traz mais felicidade
global.
Fim da
moralidade:
Liberdade: transformação da
vontade numa vontade boa.
A felicidade global.
Lei moral: Compre o teu dever porque
unicamente é o teu dever.
É relativa, não exige fidelidade a um
conjunto de regras inflexíveis.
Vantagens: Valoriza os princípios morais
não faz defender a moralidade
de casos particulares.
Defende a imparcialidade, o altruísmo
e a felicidade global como ideal moral
e político.
Desvantagens: Estabeleces o respeito absoluto
pela norma, pode legitimar
consequências funestas para o
individuo.
Sujeita a moralidade ao critério da
utilidade ,pode pôr em causa os
direitos individuais e legitimar a
instrumentalização dos indivíduos.
Textos retirados do livro :
• Novos Contextos Filosofia 10.º ano , Porto
Editora
Imagens:
• retiradas da internet / sites
Bibliografia
FIM !

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  • 1. Dimensões da ação humana e dos valores 10º ano Turma: H • Sara Cacais nº 25 • Daniela nº 30 • José Silva nº 31 • Gisela Monteiro nº 16 • Diana Borges nº 10 • Susi nº Professor: César Augusto Ferreira Disciplina: Filosofia Ano Letivo: 2014/2015
  • 2. Índice  A necessidade de fundamentação da moral– analise comparativa de duas perspetivas filosóficas • A filosofia moral Kantiana • A filosofia moral utilitarista de Stuart Mill • Analise comparativa e critica das perspetivas morais de Kant e Stuart Mill  Cronograma  Bibliografia
  • 3. A necessidade de fundamentação da moral– analise comparativa de duas perspetivas filosóficas Fundamentação da moral • Podemos formulá-lo desta forma: O que é que faz com que uma ação seja boa ? Ela é boa porque, uma vez realizada, promove o bem de alguém? Ou será que é boa em si mesma, independentemente do bem que possa promover?
  • 4. A filosofia moral kantiana dá prioridade á conformidade da ação ao dever em detrimento daquilo que se possa vir a alcançar (consequências) ao realizá-la. O dever corresponde á necessidade de agir por respeito á lei moral que a razão dá a si mesma. Alguns autores criticam o rigor formal e o carácter absoluto da ética kantiana. Imperativo hipotético Ordena que se cumpra determinada ação em concreto para atingir determinado fim desejado. Por exemplo , << se queres ser reconhecido, pratica o bem >>.
  • 5. A filosofia moral Kantiana Um imperativo é um princípio ou mandamento que ordena determinada ação. Mas para Kant o imperativo moral não é do tipo condicional. O imperativo categórico é um mandamento que nos aponta universalmente a forma como proceder, como devemos agir, sem impor condições.
  • 6. Ordena que se cumpra determinada acção em concreto para atingir determinado fim desejado. Por exemplo, «se quiseres ser reconhencido, pratica o bem» Indica universalmente a forma como devemos agir, sem impor condições. Não indica quais os meios a utilizar (o modo da ação), não diz respeito ás consequencias ou fins da ação(ao que dela pode resultar), mas á forma e ao principio de que ela própria deriva ( a lei moral)
  • 7. O imperativo categórico não nos diz o que fazer em situações concretas- «faz isto se quiseres aquilo» -indica-nos apenas, ainda que de modo absoluto e incondicionado, a forma a que devem obedecer todas as nossas ações. «faça o que fizeres, que seja sempre porque reconheces interiormente que é esse o teu dever». E oque exige a lei moral?
  • 8. 1ª Formulação do imperativo categórico:  Age unicamente de acordo com a máxima que te faça simultaneamente desejar a sua transformação em lei universal. Ou então: Age como se a máxima da tua ação devesse ser instituida pela tua vontade como LEI UNIVERSAL DA NATUREZA. Estará um assassínio de acordo com o imperativo categórico? Poderá o princípio que orienta o ato de assassinar alguém converter-se numa lei universal?
  • 9. A partir da primeira fórmula do imperativo, define-se a primeira exigência da lei moral. Quem quiser saber se está a agir bem ou a tomar a decisão acertada deve, em primeiro lugar, perguntar-se a si próprio se a máxima ou princípio converte-se em lei universal, ou seja, se esse princípio seria universalmente desejável. Os dois exemplos apresentados por Kant permitem compreender o alcance do imperativo categórico, por exigência da lei moral, da impossibilidade de tornar universalmente o princípio que orienta a sua ação. Se considerássemos como princípio de atuação «devo acabar com a minha vida sempre que as adversidades forem insuportáveis».
  • 10. Estaríamos a pôr em causa a sobrevivência da própria humanidade. Se todos tomássemos como princípio «em caso de desespero, devo mentir para alcançar o que quero», provavelmente ninguém acreditaria em ninguém. Ora, para Kant a pessoa humana é um fim em si mesma, com valor absoluto, e cuja dignidade não pode ser posta em causa, e para melhor com prendermos o alcance do imperativo categórico.
  • 12. A filosofia moral utilitarista de Stuart Mill O utilitarismo é a corrente filosófica que avalia a moralidade das ações pela utilidade que elas revelam. Deve entender-se a utilidade enquanto a possibilidade de o indíviduo alcançar o seu bem-estar ou felicidade. Na linha do utilitarismo clássico, Stuart Mill defende o prncípio hedonista, segundo o qual a finalidade última de todas as nossas ações - o supremo bem - é a felicidade. Uma das principais características do utilitarismo é o consequencialismo, isto é, a defesa da ideia que a moralidade das ações depende das vantagens ou desvantagens que os seus efeitos comportam. Neste sentido, o que permite destinguir uma ação boa de uma ação má são as suas consequências.
  • 13. Segundo Stuart Mill, a felicidade indentifica-se com o estado de prazer e de ausência de dor ou sofrimento. Nenhuma das ações que dão origem ao sofrimento é util ao ser humano, porque o impede de alcançar a felicidade. Simultaneamente, essas mesmas ações são consideradas como não podendo ser boas, isto é, moralmente válidas. Desta forma, o utilitarismo apresenta como critério de avaliação moral das ações a sua utilidade. A filosofia moral utilitarista de Stuart Mill John Stuart Mill (1806-1873)
  • 14. Para Jeremy Bentham, é possível comparar o grau de felicidade entre diferentes ações, isto é, aferir que ações são mais ou menos úteis ao ser humano. O mesmo afirmava poder fazer-se estes cálculos tendo em conta a intensidade e a duração dos prazeres associados à ação. No entanto, Stuart Mill afasta-se desta prespetiva ao establecer uma distinção fundamental entre prazeres inferiores e prazeres superiores. Os primeiros seriam ligados ao corpo e os segundos ligados ao espírito. A filosofia moral utilitarista de Stuart Mill Jeremy Bentham (1748-1832)
  • 15. A filosofia moral utilitarista de Stuart Mill Prazeres inferiores Prazeres superiores Prazeres ligados ao corpo, provenientes das sensações. Por serem inferiores, não permitem a realização plena da natureza humana. Prazeres ligados ao espírito, potenciadores de bons sentimentos morais (como a generosidade, a honradez, o bom carácter, a nobreza de espírito). Permitem a realização do ser humano.
  • 16. A filosofia moral utilitarista de Stuart Mill De acordo com a proposta utilitarista de Stuar Mill, a felicidade de cada um é entendida como igualmente importante. Aquele que tiver bom carácter será mais feliz do que aquele que tiver mau carácter pois, proporciona, com as suas atitudes e ações nobres, a felicidade aos outros. Com efeito, aquele que usufrui dos mais altos prazeres espirituais não poderá senão desejar o bem-estar comum, onde se inclui a felicidade do outro. Isto permite a Stuart Mill distanciar-se de um hedonismo egoísta e de um egoísmo ético. O mesmo, defende um hedonismo muito particular, próximo do altruísmo, onde se impõe uma questão: O que faz com que não sejamos egoístas? Segundo Stuart Mill existe em todo o ser humano um sentido social, isto é, um sentimento natural que o leva a cooperar com os outros.
  • 17. A filosofia moral utilitarista de Stuart Mill O sentimento moral de humanidade ou de simpatia social que une os seres humanos não é imposto pela educação ou pela lei e, ainda que não nasça conosco, adquire-se naturalmente pois, é um sentimento espôntaneo e autónomo. Esta convicção confirma o princípio da moral utilitarista. O indivíduo reconhece que seria prejudicial a ele próprio não ter em conta os outros, isto é, o bem estar geral. René Magritte, O Princípio do Prazer (retrato de Edward James), 1937
  • 19. Analise comparativa e critica das perspetivas morais de Kant e Stuart Mill Kant- é uma ética deontológica que assenta na ideia de dever. Ao contrário das éticas consequencialista, que atribuem um peso determinante às consequências das acções na avaliação moral das mesmas, a ética deontológica de Kant pensa que o cumprimento das regras e normas sociais, segundo o que julgamos ser do nosso dever, é o ponto-chave para a justificação da moralidade.
  • 20. O seu princípio básico,conhecido como o Princípio da Utilidade ou da Maior Felicidade, é o seguinte: a ação moralmente certa é aquela que maximiza a felicidade para o maior número. E deve fazê-lo de uma forma imparcial: a tua felicidade não conta maisdo que a felicidade de qualquer outra pessoa. Saber por quem se distribui afelicidade é indiferente. O que realmente conta e não é indiferente é saber seuma determinada acção maximiza a felicidade. Saber se a avaliação moral deuma acção a partir do Princípio da Maior Felicidade depende dasconsequências que de facto tem ou das consequências esperadas é um aspectoda ética de Mill que permanece em aberto. Analise comparativa e critica das perspetivas morais de Kant e Stuart Mill
  • 21. Saber por quem se distribui a felicidade é indiferente. O que realmente conta e não é indiferente é saber se uma determinada ação maximiza a felicidade. Saber se a avaliação moral de uma ação a partir do Princípio da Maior Felicidade depende das consequências que de facto tem ou das consequências esperadas é um especto ética de Mill que permanece em aberto. Analise comparativa e critica das perspetivas morais de Kant e Stuart Mill
  • 22. Analise comparativa e critica das perspetivas morais de Kant e Stuart Mill Immanuel Kant fundamenta a ética deontológica, enquanto John Stuart Mill fundamenta a ética consequenciazita. A ética deontológica é uma teoria moral segundo a qual as acções devem ser realizadas, independentemente das consequências que resultem da sua realização. É uma ética centrada na noção do dever. Já a ética consequenciazita é designada por uma teoria moral segundo a qual as acções são avaliadas como correctas ou incorrectas em virtude das suas consequências. O utilitarismo é a forma mais conhecida de consequencialíssimo. Kant defendia que uma acção era correcta ou incorrecta, consoante a máxima que lhe deu origem. Mill é um consequenciazita, enquanto que Kant é um não consequenciazita.
  • 23. Organograma Teoria deontológica: Kant Teoria Consequencial: Stuart Mill O valor das ações depende do respeito pelos princípios, não das consequências. O valor das ações depende das consequências. Fundamento da moralidade: A lei moral e o dever pelo dever. A utilidade da maior felicidade. Critério de avaliação da moralidade: Cumprimento do dever como regra da ação. Ação boa é a que traz mais felicidade global. Fim da moralidade: Liberdade: transformação da vontade numa vontade boa. A felicidade global. Lei moral: Compre o teu dever porque unicamente é o teu dever. É relativa, não exige fidelidade a um conjunto de regras inflexíveis. Vantagens: Valoriza os princípios morais não faz defender a moralidade de casos particulares. Defende a imparcialidade, o altruísmo e a felicidade global como ideal moral e político. Desvantagens: Estabeleces o respeito absoluto pela norma, pode legitimar consequências funestas para o individuo. Sujeita a moralidade ao critério da utilidade ,pode pôr em causa os direitos individuais e legitimar a instrumentalização dos indivíduos.
  • 24. Textos retirados do livro : • Novos Contextos Filosofia 10.º ano , Porto Editora Imagens: • retiradas da internet / sites Bibliografia
  • 25. FIM !