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O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares:
             metodologias de operacionalização (Parte I)




                                ACTIVIDADE




Introdução


Gostaria, antes de mais, de sublinhar as enormes dificuldades que tenho
sentido na gestão do tempo para cumprir com as tarefas estipuladas. Não é
meu hábito refugiar-me em desculpas do foro pessoal para justificar qualquer
tipo de incumprimento mas, na realidade, sinto que não consigo despender do
tempo e da atenção necessários a uma correcta abordagem aos temas que
vão sendo lançados.
Relativamente ao MAABE, considero-o algo complexo e lamento não possuir
ainda o domínio de todo o seu conteúdo tal como gostaria de possuir nesta
fase do trabalho. Este modelo, instrumento de avaliação que visa um fiel
diagnóstico das nossas práticas quotidianas enquanto dinamizadores de um
recurso que se quer cada vez mais essencial às escolas, apresenta-se com
algumas dificuldades de aplicação, sendo a maior, no caso do 1º ciclo, a
realidade do professor bibliotecário que trabalha sem equipa com a finalidade
de abarcar todas as turmas sem excepção.
Os objectivos do Modelo ao nível da aferição de resultados não se apresenta
tarefa fácil. O sucesso das nossas práticas depende de inúmeras variáveis,
sendo que algumas delas não dependem directamente da nossa acção e isolá-
las na fase de avaliação não se vislumbra um processo simples. Ainda assim e
uma vez que se pretende uma avaliação predominantemente qualitativa, estou
certa de que o processo trará reflexos ao nível do melhoramento das práticas e
da sua adequabilidade à consecução dos objectivos definidos no Plano Anual
de Actividades de cada escola/ agrupamento.
Avaliar a BE, pressupõe um grande investimento ao nível do tempo e da
disponibilidade do professor bibliotecário e/ ou da equipa, nos casos em que
ela existe. Para além deste factor, há ainda a ter em conta a motivação por
parte da Direcção e dos restantes órgãos.
A respeitabilidade deste processo não será de forma alguma conquistada sem
a devida correcção do processo: saber o que avaliar, que método utilizar, que
evidências deverão ser recolhidas, são elementos essenciais, sem esquecer no
final a necessária divulgação da análise feita reflectindo o resultado obtido
numa reformulação do processo de planeamento das actividades futuras.




Domínio/ subdomínio seleccionado


Domínio A- Apoio ao desenvolvimento curricular
Subdomínio A.2- Promoção das literacias da informação


Indicador:
A.2.1. Organização de actividades de formação de utilizadores
Plano de Avaliação




                                              Calendarização
           1º período                           2º período                     3º período
. Promoção de uma reunião               . Aplicação dos inquéritos,    . Conclusão da recolha de
com            o(s)          outro(s)   grelhas     de    observação   evidências.
professore(s) bibliotecário(s)          relativos   ao   domínio   e   . Determinação do perfil de
do       agrupamento            para    subdomínio a avaliar;          desempenho;
aferição e organização do               . Organização e tratamento     . Interpretação dos resultados
processo;                               da informação recolhida.       obtidos e identificação dos
.    Diagnóstico      da    situação                                   aspectos a melhorar;
para selecção do domínio e                                             . Elaboração de um relatório
subdomínio a avaliar;                                                  final sobre o processo e
. Selecção do domínio e                                                apresentação em CP;
subdomínio a avaliar;                                                  . Divulgação dos resultados
.     Divulgação       junto      da                                   com      identificação     de
direcção e órgãos de gestão                                            melhoramentos               a
pedagógica do plano de auto-                                           implementar.
avaliação para angariação de
apoios e colaboração;
.     Início     da        produção/
adaptação dos materiais de
recolha;
. Início da recolha de dados.
Indicador A.2.1. Organização de actividades de formação de utilizadores
1. O que se pretende avaliar. Porquê?
. Actividades de formação de utilizadores: reuniões com os professores
titulares de turma para esclarecimento dos objectivos e procedimentos, antes
do início das actividades na BE.
. Produção de documentos de apoio à formação dos utilizadores: regras de
utilização, ficha de inscrição para leitura domiciliária e registos de leitura
domiciliária.
. Os objectivos das actividades foram alcançados?
. As reuniões com os professores foram pertinentes?
. Os documentos produzidos eram pertinentes?
. Os documentos produzidos eram adequados à faixa etária destinada e
cumpriam com as intenções iniciais?
2. Recolha de evidências:
. Recolha documental:
  - PAA da BE, acta da reunião com os docentes da(s) escola(s), índice de
adesão dos alunos.
  - Documentos produzidos.
   - Inquéritos ou outros meios de recolha das opiniões dos professores e
alunos.
  - Preenchimento de grelhas de observação.
  - Levantamento estatístico da utilização da BE.
3. Intervenientes:
. Professor bibliotecário (equipa quando existe)
. Professores titulares de turma
. Alunos
4. Análise das evidências recolhidas:
. Documentos preenchidos
. Questionários
. Grelhas de observação
. Estatística
5. Divulgação dos resultados:
. Conselho Pedagógico
. Conselhos de Docentes
. Inclusão dos resultados obtidos no relatório final da BE e na avaliação do
PAA.
Conclusão


Ao avaliar-se o impacto da BE nas competências dos nossos alunos, avaliamos
a forma como os seus comportamentos são, por ela, alterados. As actividades
desenvolvidas em cada domínio são, conforme a sua avaliação, potenciadoras
do sucesso educativo e esse deve ser o objectivo máximo da nossa prática.
Os resultados aferidos, permitem situar a BE num dos níveis de desempenho,
identificar os pontos fortes e fracos, as causas dos aspectos a corrigir e
propostas de melhoria. A auto-avaliação da BE não deverá representar um
processo solto no funcionamento da escola/ agrupamento mas deve integrar a
auto-avaliação final do seu todo.
O MAABE conduz-nos na direcção de uma medição qualitativa, centrada nos
outcomes- impactos. Ao partilharmos os resultados obtidos pela sua aplicação,
abrimos caminho a uma forma diferente de encarar a BE.




Bibliografia:
- Modelo de Auto-Avaliação;

- Texto da sessão.

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  • 1. O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de operacionalização (Parte I) ACTIVIDADE Introdução Gostaria, antes de mais, de sublinhar as enormes dificuldades que tenho sentido na gestão do tempo para cumprir com as tarefas estipuladas. Não é meu hábito refugiar-me em desculpas do foro pessoal para justificar qualquer tipo de incumprimento mas, na realidade, sinto que não consigo despender do tempo e da atenção necessários a uma correcta abordagem aos temas que vão sendo lançados. Relativamente ao MAABE, considero-o algo complexo e lamento não possuir ainda o domínio de todo o seu conteúdo tal como gostaria de possuir nesta fase do trabalho. Este modelo, instrumento de avaliação que visa um fiel diagnóstico das nossas práticas quotidianas enquanto dinamizadores de um recurso que se quer cada vez mais essencial às escolas, apresenta-se com algumas dificuldades de aplicação, sendo a maior, no caso do 1º ciclo, a realidade do professor bibliotecário que trabalha sem equipa com a finalidade de abarcar todas as turmas sem excepção. Os objectivos do Modelo ao nível da aferição de resultados não se apresenta tarefa fácil. O sucesso das nossas práticas depende de inúmeras variáveis, sendo que algumas delas não dependem directamente da nossa acção e isolá- las na fase de avaliação não se vislumbra um processo simples. Ainda assim e uma vez que se pretende uma avaliação predominantemente qualitativa, estou certa de que o processo trará reflexos ao nível do melhoramento das práticas e da sua adequabilidade à consecução dos objectivos definidos no Plano Anual de Actividades de cada escola/ agrupamento. Avaliar a BE, pressupõe um grande investimento ao nível do tempo e da disponibilidade do professor bibliotecário e/ ou da equipa, nos casos em que
  • 2. ela existe. Para além deste factor, há ainda a ter em conta a motivação por parte da Direcção e dos restantes órgãos. A respeitabilidade deste processo não será de forma alguma conquistada sem a devida correcção do processo: saber o que avaliar, que método utilizar, que evidências deverão ser recolhidas, são elementos essenciais, sem esquecer no final a necessária divulgação da análise feita reflectindo o resultado obtido numa reformulação do processo de planeamento das actividades futuras. Domínio/ subdomínio seleccionado Domínio A- Apoio ao desenvolvimento curricular Subdomínio A.2- Promoção das literacias da informação Indicador: A.2.1. Organização de actividades de formação de utilizadores
  • 3. Plano de Avaliação Calendarização 1º período 2º período 3º período . Promoção de uma reunião . Aplicação dos inquéritos, . Conclusão da recolha de com o(s) outro(s) grelhas de observação evidências. professore(s) bibliotecário(s) relativos ao domínio e . Determinação do perfil de do agrupamento para subdomínio a avaliar; desempenho; aferição e organização do . Organização e tratamento . Interpretação dos resultados processo; da informação recolhida. obtidos e identificação dos . Diagnóstico da situação aspectos a melhorar; para selecção do domínio e . Elaboração de um relatório subdomínio a avaliar; final sobre o processo e . Selecção do domínio e apresentação em CP; subdomínio a avaliar; . Divulgação dos resultados . Divulgação junto da com identificação de direcção e órgãos de gestão melhoramentos a pedagógica do plano de auto- implementar. avaliação para angariação de apoios e colaboração; . Início da produção/ adaptação dos materiais de recolha; . Início da recolha de dados.
  • 4. Indicador A.2.1. Organização de actividades de formação de utilizadores 1. O que se pretende avaliar. Porquê? . Actividades de formação de utilizadores: reuniões com os professores titulares de turma para esclarecimento dos objectivos e procedimentos, antes do início das actividades na BE. . Produção de documentos de apoio à formação dos utilizadores: regras de utilização, ficha de inscrição para leitura domiciliária e registos de leitura domiciliária. . Os objectivos das actividades foram alcançados? . As reuniões com os professores foram pertinentes? . Os documentos produzidos eram pertinentes? . Os documentos produzidos eram adequados à faixa etária destinada e cumpriam com as intenções iniciais? 2. Recolha de evidências: . Recolha documental: - PAA da BE, acta da reunião com os docentes da(s) escola(s), índice de adesão dos alunos. - Documentos produzidos. - Inquéritos ou outros meios de recolha das opiniões dos professores e alunos. - Preenchimento de grelhas de observação. - Levantamento estatístico da utilização da BE. 3. Intervenientes: . Professor bibliotecário (equipa quando existe) . Professores titulares de turma . Alunos 4. Análise das evidências recolhidas: . Documentos preenchidos . Questionários . Grelhas de observação . Estatística 5. Divulgação dos resultados: . Conselho Pedagógico . Conselhos de Docentes . Inclusão dos resultados obtidos no relatório final da BE e na avaliação do PAA.
  • 5. Conclusão Ao avaliar-se o impacto da BE nas competências dos nossos alunos, avaliamos a forma como os seus comportamentos são, por ela, alterados. As actividades desenvolvidas em cada domínio são, conforme a sua avaliação, potenciadoras do sucesso educativo e esse deve ser o objectivo máximo da nossa prática. Os resultados aferidos, permitem situar a BE num dos níveis de desempenho, identificar os pontos fortes e fracos, as causas dos aspectos a corrigir e propostas de melhoria. A auto-avaliação da BE não deverá representar um processo solto no funcionamento da escola/ agrupamento mas deve integrar a auto-avaliação final do seu todo. O MAABE conduz-nos na direcção de uma medição qualitativa, centrada nos outcomes- impactos. Ao partilharmos os resultados obtidos pela sua aplicação, abrimos caminho a uma forma diferente de encarar a BE. Bibliografia: - Modelo de Auto-Avaliação; - Texto da sessão.