O documento discute cenários socioeconômicos para o Brasil até 2050, abordando: 1) projeções para a população e economia mundiais, como crescimento da população na Ásia e preços de commodities; 2) mudanças climáticas e seus impactos no Brasil; 3) crescimento econômico brasileiro em meio a um mundo com maior demanda por alimentos e matérias-primas.
Mechanism of Early & further action, "currency climate" and "Bretton Woods lo...
Estudos de longo prazo 2050
1. Estudos de longo prazo: 2050
Cenário Sócioeconômico
EPE - Ricardo Gorini
Empresa de Pesquisa Energética
Uma Empresa do Ministério de Minas e Energia
Ricardo Gorini
Ricardo.gorini@epe.gov.br
Brasilia, Agosto 2014
SAE – Comitê Técnico Consultivo
Projeto Brasil 2040: cenários e
alternativas para adaptação
às mudanças do clima
2. • Cenários são visões de futuro que inspiram
as decisões do presente.
• Antever possíveis desdobramentos nos
permite saber caminhos que não devem ser
trilhados.
• As escolhas do presente definem nosso
futuro.
• Planejar é preciso!
EPE - Ricardo Gorini
2
3. Cooperação
Arquipélago
EPE - Ricardo Gorini
3
Resultantes das forças: cenários
Mundo Uno
Estagnação Mobilização
Individualismo
Ilha
As dicotomias influenciam as incertezas críticas que as economias
global e brasileira deverão enfrentar no horizonte.
5. Caracterização do cenário mundial
Cenário EPE
EPE - Ricardo Gorini
Padrão de
Globalização
Conectividade
Máxima:
Multilateralismo
Conectividade Parcial:
Blocos Econômicos
Conectividade
Interrompida:
Protecionismo
Estrutura do
Poder Político e
Econômico
Equilíbrio de Forças:
Compartilhamento
do Poder
Hegemonia Ocidental:
Liderança do Bloco
EUA/UE
Hegemonia Oriental:
Liderança do Bloco
Asiático
Soluções de
Conflitos
Conflitos amenizados:
Solução Negociada
Conflitos localizados:
Solução Incompleta
Conflitos Potencializados:
Discordâncias
acentuadas
Incertezas
críticas
Evolução do
padrão da
Globalização
Solução dos
conflitos
Estrutura do
poder político
– econômico
mundial
5
6. Economia Mundial
Crescimento e distribuição da população;
Preço de petróleo e de commodities;
Mudanças climáticas e impacto sobre os
recursos naturais;
Crescimento econômico e padrão
de comércio mundial.
EPE - Ricardo Gorini 6
7. Potencializa conflitos por recursos naturais.
Pressões por maior representatividade nas
instituições mundiais.
Afeta a logística e o comércio mundial.
População mundial
6,1 6,9 7,7 8,3 8,9 9,3
EPE - Ricardo Gorini
32,1%
16,1%
51,8%
China e Índia
Outros
6 países
15,0
12,0
9,0
6,0
3,0
0,0
Fonte: ONU -World Population
Nigéria
Bangladesh
Paquistão
Indonésia
Rússia
Brasil
1,3
14,1%
8,0
85,9%
REGIÕES MAIS DESENVOLVIDAS
REGIÕES MENOS DESENVOLVIDAS
7
População Mundial (em bilhões) População em 2050 (em bilhões)
Países mais populosos em 2050
Impactos sobre a economia brasileira
Economia brasileira é favorecida pelas vantagens
comparativas em recursos naturais;
Intensifica a importância dos alimentos na pauta de
exportações;
Necessidade de reforçar as relações comerciais com os
países asiáticos, bem como buscar rotas alternativas
de comércio.
8. Evolução do preço do petróleo
EPE - Ricardo Gorini
8
Demanda
Geopolí
tica
Oferta
Preço do Petróleo
Papel do Iraque: elevação da produção e se
tornar o segundo maior exportador mundial
por volta de 2030, ultrapassando a Rússia.
Oferta de não-convencionais: com os Estados
Unidos se tornando auto suficientes,
exportadores líquidos a partir de 2030 (IEA,
2012), e maiores produtores mundiais a
partir de meado da década de 2020.
Aumento da oferta via realização da
produção de petróleo em águas profundas.
(pré-sal).
Redução da intensidade de uso do petróleo:
substituição da fonte quando possível por
outras renováveis, em especial eólica e solar.
Expectativa de inserção dos veículos híbridos
e elétricos na frota mundial.
Desenvolvimento de novas tecnologias
proporcionará maior eficiência energética.
Oferta no Longo Prazo
Demanda Riscos Geopolíticos
A necessidade dos países membros da OPEP em
manter o preço do petróleo elevado para
equilibrar suas contas e manter seus
investimentos públicos legitimando os
respectivos regimes políticos (o que se tornou
ainda mais relevante após a primavera árabe).
Disputas de poder. Ex: Síria, Ucrânia.
9. Evolução do preço do petróleo (Brent ou equivalente)
Impactos sobre a economia brasileira
Mudança de patamar na média de preço
Impacto na pauta de exportação, aumentando a
Existência de conflitos regionalizados;
OPEP mantem poder no mercado de petróleo;
Afeta a logística e o comércio mundial.
Oportunidade para Brasil formar parcerias
Doença Holandesa (?)
200
150
100
50
EPE - Ricardo Gorini
9
120
100
80
60
40
20
0
1976
1978
1980
1982
1984
1986
1988
1990
1992
1994
1996
1998
2000
2002
2004
2006
2008
2010
2012
2014
2016
2018
2020
2022
2024
2026
2028
2030
2032
2034
2036
2038
2040
2042
2044
2046
2048
2050
(US$/b - valores constantes de
maio/2013)
Histórico Projeções
histórica;
disponibilidade de recursos para investimento
na economia nacional;
estratégicas.
Fonte: IEA (2013).
Expectativas dos Agentes
EIA: Preço do petróleo em 2045 varia entre 75 no
cenário Low Oil Price, 163 no Reference e 237 no High Oil
Price, em USD2011/bbl .
Banco mundial: preço do petróleo em 65,4 USD(2005)/bbl
para 2025 (89 USD/bbl a preços de 2013).
FMI: em 2018 o petróleo custará 87,5 USD2013/bbl.
Reuters (projeções de 30 analistas do mercado de óleo e
gás): leve redução no preço do Brent até 2015.
145
128
100
0
USD2012/bbl
1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030 2035
Current
Policies 450 Scenario New Policies
10. Evolução do preço das commodities
Evolução de preços das commodities
140,0
120,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
Fonte: Elaboração própria.
Impactos sobre a economia brasileira
Preços elevados de commodities e maior demanda
EPE - Ricardo Gorini 10
Premissas
Fatores condicionantes dos preços das
commodities metálicas: Crescimento dos
países asiáticos (demanda) e maior
velocidade de crescimento de ofertantes
(oferta);
Não há expectativa de restrição física no
mercado de commodities metálicas;
Crescimento médio de 0,4% a.a. nos preços
dos metais puxado, principalmente, pelo
alumínio e níquel;
Preços das commodities agrícolas se
mantêm nos patamares atuais. Não se espera
que eles retornem aos patamares alcançados
durante o “Super ciclo” pré 2009/08;
Até 2050 espera-se um crescimento de 60%
na produção agrícola, alcançado sobretudo
com elevação da produtividade.
0,0
2012
2014
2016
2018
2020
2022
2024
2026
2028
2030
2032
2034
2036
2038
2040
2042
2044
2046
2048
2050
Número índice de commodities metálicas
Número índice commodities agrícolas
Afeta a logística e o comércio mundial,
possibilitando o surgimento de novas parcerias
comerciais.
mundial impulsionarão o setor agropecuário e minerais
básicos;
Impacto sobre balança comercial.
Necessidade de logística e máquinas e equipamentos.
11. EPE - Ricardo Gorini
Mudanças Climáticas
11
Incertezas permanecem ao longo do
horizonte;
Eventos climáticos chamarão
atenção para a necessidade de
ações;
Pressão crescente sobre as
instituições;
Busca por alternativas para a
superação da tendência ao conflito
de interesses.
Cenários de emissões - IPCC
Fonte: IPCC (2014).
12. EPE - Ricardo Gorini
Mudanças Climáticas
Aumento de conflitos pelo uso de
recursos naturais;
Impactos sobre a produtividade agrícola;
Mudanças nos padrões de consumo (Ex:
consumo energético);
Evolução da Economia verde;
Política energética: Pressão crescente
sobre os países para redução de
emissões.
Necessidades de maiores investimentos
para enfrentar os impactos ambientais.
12
Possíveis implicações para o cenário
Produtividade média da agricultura no
Brasil: Impactos acarretados pelas MC
Soja -0,7% (CO) e
+21% (S)
Milho -27% (NE) e -10%
(S)
Cana +66% (S) e +34%
(SE)
Arroz -12% (CO) e
+44% (S)
Fonte: Margulis et. al. (2010)
13. Crescimento mundial puxado pelas economias emergentes e redução das taxas de
crescimento mundiais à medida que as economias emergentes forem se tornando
mais maduras;
Aumento das restrições ambientais e as possíveis mudanças no perfil de consumo
limitarão uma expansão mais forte da economia mundial;
Aumento da população mundial e patamares elevados dos preços das commodities,
influenciarão o comércio mundial favorecendo a economia brasileira.
3,2%
EPE - Ricardo Gorini
PIB e Comércio Mundial
13
3,5% 3,8%
2,7%
2,4%
2006-2012 2013-2020 2021-2030 2031-2040 2041-2050
14. Brasil
EPE - Ricardo Gorini
EUA
China
UE
África
Índia
% PIB Mundial : 2011 2030 2050
3%
22% 25%
10%
18% 18%
5%
4%
16%
15% 15%
18%
8%
Participação no PIB Mundial
15. Indicadores – Economia mundial
Crescimento PIB mundial (2010=100)
250
225
200
175
150
125
100
75
50
25
EPE - Ricardo Gorini 15
250%
200%
150%
100%
50%
0%
43,9%
97,7%
158,3%
227,4%
2020 2030 2040 2050
0
2005-2007
2050
Consumo per capita de alimentos
mundial (kg/hab./ano)
Fonte: Elaboração Própria (Projeções) e FMI (Histórico). Fonte: FAO (2012)
Maiores oportunidades para as exportações brasileiras;
Brasil como importante fornecedor de commodities para o mundo.
16. 25,5%
27,2%
28,9%
25,4%
26,8%
28,6%
31,4%
36,8%
23,7%
22,5%
6,4%
21,3%
19,0%
10,6%
6,2%
10,1%
5,2%
6,0%
4,1%
9,9%
2,7%
10,2%
1,0%
0,4%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Consumo energético mundial (IEA)
2035
2025
2011
1990
Carvão Petróleo Gás
Nuclear Hidro Bioenergia
Outras renováveis
EPE - Ricardo Gorini 16
Evolução do consumo energético mundial
18000
16000
14000
12000
10000
8000
6000
4000
2000
8769
Fonte: IEA (2013)
Predomínio de hidrocarbonetos.
Aumento da participação das fontes
renováveis, em resposta às pressões
ambientais impostas pelas mudanças
climáticas.
Cenário de referência IEA – New policies;
Preço do petróleo (Brent) alcança
US$128/barril;
Crescimento médio do PIB mundial de 3,6%
entre 2011-2035;
Implementação gradual de novos
mecanismos para determinar preço de
carbono (preços crescentes).
Evolução do consumo energético
mundial
Premissas
0
17387
(Mtoe)
duplica
1990 2011 2020 2025 2030 2035
75%
18. EPE - Ricardo Gorini
Impactos sobre o cenário
nacional
Oportunidades de novas
parcerias comerciais;
Crescimento das exportações,
sobretudo de commodities
agrícolas e petróleo;
Aumenta o papel do setor
agropecuário e de metais
básicos.
Brasil como importante player
em renováveis e agregando
valor a produtos e serviços
através da matriz renovável.
Síntese do cenário mundial
18
População mundial atingirá cerca de 9,3
bilhões de pessoas;
China e Índia concentrarão cerca de 32%
da população mundial;
Preço médio do petróleo cerca de
US$100/b;
Manutenção dos preços de commodities
metálicas e agrícolas nos patamares atuais;
Predomínio de hidrocarbonetos e maiores
pressões ambientais em resposta às
mudanças climáticas levam a uma maior
participação das fontes renováveis;
Menor crescimento médio do PIB ao longo
das décadas, devido menor crescimento
dos países emergentes;
China com grande importância no PIB
mundial em 2050, apesar da trajetória de
desaceleração suave.
19. Metodologia - Caracterização do cenário nacional
EPE - Ricardo Gorini
19
Incertezas
Críticas
Ajuste
institucional e
educacional
Forma de
inserção na
economia
mundial
Desigualdade
sócio regional
Ajuste
macroeconômico
Incerteza Crítica Cenário EPE
Inserção na
Plena:
Economia Mundial
Multilateralismo.
Vantagens
Comparativas
potencializadas
Limitada:
Blocos Econômicos.
Vantagens
Comparativas
limitadas ao bloco
Baixa
Vantagens
Comparativas sem
efeito
Desigualdade
Sócio- Regional
Redução muito
significativa
Redução relevante Manutenção nos
níveis iniciais
Gestão Macro Eficiente Eficiente Ineficiente
Ajuste
Avanços
Avanços relativos
Institucional e
importantes
(implementação e
Educacional
maturação de
políticas)
Sem avanços
20. Economia Brasileira
EPE - Ricardo Gorini 20
Demografia
Indicadores macroeconômicos
i. Atividade
ii. Investimentos
iii. Setor externo
iv. Contas do governo
Análise setorial
21. 240
230
220
210
200
190
Perfil de consumo por faixa etária
Evolução da população brasileira (milhões)
EPE - Ricardo Gorini
1,4%
1,2%
1,0%
0,8%
0,6%
0,4%
0,2%
0,0%
-0,2%
-0,4%
180
Milhares
População Taxa de crescimento
População
250
200
150
100
2,9%
Fonte: EPE
2042 = 228,4
21
21,3 %
1,8%
40%
35%
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
15,4 %
12,5 %
1,6%
1,2%
Habitação Assistência à
saude
Alimentação Vestuário Transporte Educação
De 10 a 29 anos De 30 a 59 anos De 60 a 69 anos 70 anos ou mais
Fonte: IBGE
Acréscimo de
29,6 milhões
de pessoas
28,2 %
94,5
121,2
146,9
169,6
190,8
50
2,5%
1970 1980 1991 2000 2010
Impactos sobre a economia brasileira
Envelhecimento populacional exigirá a realização de reformas e uma gestão mais eficiente dos recursos;
Menor ingresso de pessoas no mercado de trabalho com necessidade de reformas no sistema educacional de
forma a melhorar a qualificação da mão de obra;
Impactos sobre o consumo energético e na demanda por recursos.
Necessidade de desconcentração da população, crescimento de cidades e interiorização.
22. Bônus demográfico no Brasil
Duração do 1° bônus demográfico
Fonte: EPE
0,80
0,70
0,60
0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
Até 2035: aproveitar a renda da maior PEA para equacionar os ajustes /reformas estruturais.
Após 2035: maior ônus fiscal, e necessidade de novos serviços e adequação de infraestrutura para a
EPE - Ricardo Gorini
Experiência Asiática
Notas:
(1) Leste Asiático: China, Hong Kong, Macau, Coréia do Norte, Coréia
do Sul;
(2) Sudeste Asiático: Brunei, Camboja, Timor Leste, Indonésia, Laos,
Malásia, Mianmar, Filipinas, Cingapura, Tailândia, Vietnã;
(3) Sul asiático: Bangladesh, Butão, Índia, Ilhas Maldivas, Nepal,
Paquistão, Sri Lanka.
Fonte: Mason, 2005.
22
-
2000
2003
2006
2009
2012
2015
2018
2021
2024
2027
2030
2033
2036
2039
2042
2045
2048
0-14 15-64 65+ dependentes demográficos
População por grupos de idade
4,0 4,0 5,0 7,0
58,0 60,0 65,0 68,0
38,0 35,0 30,0 26,0
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
1980 1990 2000 2010
65 anos
15-64 anos
0-14 anos
Impactos sobre a economia brasileira
Região
Taxa de crescimento (%
a.a.)
Contribuição do bônus
demográfico (% a.a )
PIB per
capita
PEA Máxima Mínima
Ásia 3,3 2,8 1,6 0,7
Leste Asiático população 6,1 mais idosa.
2,4 1,9 1,4
Sudeste Asiático 3,8 2,9 1,8 0,9
Sul Asiático 1,7 2,5 1,3 0,4
23. 120
População
Domicílios 100
3,3
80
60
40
20
EPE - Ricardo Gorini
2,6 2,5 2,6
2,1
0,8
1,0 1,0
1,3
3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
1970-1980 1980-1991 1991-2000 2000-2010
2,3
4,0
3,5
3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
0
2010
2012
2014
2016
2018
2020
2022
2024
2026
2028
2030
2032
2034
2036
2038
2040
2042
2044
2046
2048
2050
Milhões
Domicílios Hab/Dom
Domicílios
Fonte: Elaboração Própria
Fonte imagem: www.stockmusic.com
23
Acréscimo de
39 milhões de
domicílios
População e domicílios: Acréscimo anual(milhões)
Habitantes por domicílios
Evolução no Brasil
2010 3,3
2020 2,9
2030 2,6
2040 2,5
2050 2,3
Hab/Dom
União Europeia (2011): 2,3
Espanha: 2,7
Alemanha: 2,0
Estados Unidos (2010): 2,5
Canadá (2009): 2,5
Nova Zelandia (2009): 2,6
Impactos sobre a economia brasileira
Aumento da renda associado com políticas de redução do déficit habitacional propiciarão melhorias da
desigualdade social.
Impactos sobre o setor de construção civil e infraestrutura.
Consumo de eletrodomésticos.
24. Urbanização
55,9
67,6
75,6
81,2 84,4 86,5 87,8 88,5 88,9
1970 1980 1990 2000 2010 2020 2030 2040 2050
EPE - Ricardo Gorini
Síntese das projeções
24
Evolução da taxa de urbanização (%)
100,0
90,0
80,0
70,0
60,0
50,0
40,0
30,0
20,0
10,0
0,0
Diferença de posse de
equipamentos entre
domicílios urbanos e
rurais
Fonte: PNAD, 2012.
Em 2050, cerca de 30
milhões de pessoas a mais
serão consideradas
urbanas.
Aumento populacional em
cidades de médio porte.
Mudança do porte das
cidades brasileiras de
médios para grandes centro
urbanos.
Impactos sobre a economia brasileira
Processo de urbanização com crescimento das cidades de pequeno e médio porte contribuirão para redução
nas desigualdades regionais;
Mudança no padrão de consumo da população.
25. 70.000
60.000
50.000
40.000
30.000
20.000
10.000
• Embora aumente o consumo para
EPE - Ricardo Gorini
climatização, em 2050, o Brasil ainda
consumirá menos por habitante que
Portugal (União Européia).
25
PNE 2050: Evolução da economia e da energia
Uma grande classe média consumidora: eqptos
70,00
60,00
50,00
40,00
30,00
20,00
10,00
• Nas residências: triplica a posse de
equipamentos para conforto térmico.
• Cerca de 40 milhões de unidades a mais
em 2050.
0
0,00
2014 2030 2050
mil unidades
Posse de equipamentos de ar
condicionado (%)
Posse e estoque de ar condicionado
Posse de equipamentos de ar condicionado (%) mil unidades
Consumo per capita de eletricidade para
climatização
Fonte: Odysee, 2013 (dados internacionais); Elaboração EPE
(projeção Brasil).
26. Indicadores macroeconômicos
Avanços educacionais e institucionais relativos, buscando ampliar a
produtividade da economia, refletindo em crescimento econômico
sustentável;
Produtividade também será impulsionada pela solução dos gargalos
EPE - Ricardo Gorini 26
de infraestrutura;
Aumento de produtividade torna os produtos brasileiros mais
competitivos no mercado internacional, favorecendo as exportações;
Balança comercial superavitária ao longo do horizonte, mesmo com
aumento das importações que acompanharão o crescimento da
economia brasileira;
Busca de novos acordos comerciais, visando maior participação na
economia mundial;
Gestão macroeconômica mais eficiente, resultando em maior
crescimento econômico e maior credibilidade diante os investidores
estrangeiros – maior entrada de recursos;
Maior controle fiscal, com recuperação de superávit primário nos
primeiros anos, possibilitando redução da DLSP;
Investimentos disseminados contribuem para redução das
desigualdades regionais.
27. Taxas médias de crescimento do PIB nacional (% a.a.)
2031-2050
2021-2030
2013-2020
Maiores níveis de produtividade que a economia brasileira alcançará como resultado dos
Melhoria no ambiente de negócios estimula o investimento no período. Além disso, há
Aumento dos investimentos, com destaque para os de infraestrutura e aqueles relacionados
investimentos e reformas realizadas ao longo do horizonte.
maturação de investimentos realizados em anos anteriores e, com isso, solução parcial dos
gargalos e avanço na produtividade brasileira.
à EP de petróleo, somado aos impactos positivos sobre a balança de pagamentos das
exportações do petróleo nacional.
Menor crescimento da economia mundial, redução da população brasileira e estágio mais
Desaceleração das economias emergentes que se traduzirá em um menor crescimento
EPE - Ricardo Gorini
27
2013-2020 2021-2030 2031-2040 2041-2050
Taxa de crescimento
do PIB - Brasil
Superior 4,0% 4,5% 4,0% 3,5%
Inferior 3,7% 4,1% 3,5% 3,0%
Taxa de crescimento
do PIB per capita -
Brasil
Superior 3,2% 4,0% 3,9% 3,5%
Inferior 2,9% 3,6% 3,3% 3,1%
Curto período de tempo para a solução dos grandes gargalos da economia será um
avançado da economia.
econômico mundial.
empecilho para que reverter totalmente as limitações de oferta da economia nacional.
28. PIB per capita
EPE - Ricardo Gorini
5
4,5
4
3,5
3
2,5
2
1,5
1
0,5
10,8 13,5
19,2
26,5
35,9
10,8 13,9
20,5
30,0
42,3
4,1
2,9
3,6
3,3 3,1
3,5
0,1
1,3
2,6
3,2
4,0 3,9
3,5
0
1963-1972 1973-1982 1983-1992 1993-2002 2003-2012 2013-2020 2021-2030 2031-2040 2041-2050
Limite inferior Banda de Variação PIB Brasil
28
Limite Inferior US$ mil de 2012 Limite Superior
2013-2020 2021-2030 2031-2040 2041-2050
Taxa de crescimento
do PIB per capita –
Brasil
Superior 3,2% 4,0% 3,9% 3,5%
Inferior 2,9% 3,6% 3,3% 3,1%
Taxa de crescimento (% a.a.)
• A economia brasileira crescerá à taxa média entre 3,6% aa e 4,0% aa.
• O PIB per capita crescerá, em média, entre 3,3% e 3,6% nos próximos 36 anos,
aproximando-se do patamar da França e da Alemanha, da atualidade (2012).
29. 64,8 65,0 66,6 67,3 67,5 68,5 69,6
30,8 29,9 28,1 27,2 26,8 25,6 23,9
EPE - Ricardo Gorini
56,5 58,7
37,6 37,3
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
Base R$ de 2010.
Fonte: IBGE. Projeção EPE
Projeção Evolução Setorial
Crescimento do setor
agropecuário dadas as vantagens
comparativas e aumento da
população mundial.
Aumento da renda contribui para
maior participação do setor de
serviços, seguindo a tendência do
que ocorreu nas economias
desenvolvidas.
Crescimento médio 2014-2050 (%)
29
Valor Adicionado (%)
6,0 4,0 4,4 5,1 5,3 5,5 5,7 6,0 6,4
0%
1971 1980 1990 2000 2010 2014 2025 2035 2050
Agropecuária Indústria Serviços
3,6
4,0
3,2
3,6
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
0,0
30. Projeção da Evolução Setorial
12,4 12,8 13,9 14,0
21,1 21,3 21,5 22,3
55,9 53,8 53,4 53,1
10,6 12,2 11,2 10,5
EPE - Ricardo Gorini
Indústria
Projeção da composição (%)
Fonte: IBGE. Projeção EPE
* Base R$ de 2010. 30
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
2014 2025 2035 2050
Extrativa Transformação Const Civil e Infra Prod e Dist de EE água e Gas
Indústria extrativa ganha
participação devido
exploração do pré-sal e
minérios;
Produção e distribuição de
EE, água e gás acompanha o
crescimento do número de
domicílios e a evolução dos
programas de saneamento
básico;
Maior participação da
construção civil com os
investimentos em
infraestrutura e políticas de
redução do déficit
habitacional.
31. Investimentos
50,0
45,0
40,0
35,0
30,0
25,0
20,0
15,0
Comparações internacionais de taxa de
EPE - Ricardo Gorini
Premissas
São consideradas as estimativas dos
principais programas governamentais;
Redução dos gargalos que inibem
aumento de produtividade:
infraestrutura, educação, inovação,
reformas (previdenciária, trabalhista,
etc.);
Possibilidade de financiamento do
aumento do investimento via poupança
externa nos anos iniciais;
Aumento do investimento público
possibilitado pela redução da
participação das despesas do governo no
PIB;
Melhoria no ambiente de negócios;
Evolução das políticas de concessões.
31
10,0
Investimento
(% a.a.)
Brasil Chile China Coreia México
Fonte: FMI
Crescimento do PIB em 2012
Brasil 1,0% Coreia 2,1%
Chile 5,5% México 3,9%
China 7,7%
33. Contas do Governo
Déficit Nominal: média 2010-2012
(% do PIB)
2,5% 2,5%
Carga tributária em 2012 (% do PIB)
Mexico
Estados Unidos
EPE - Ricardo Gorini
Premissas
Solidez fiscal permite a trajetória
declinante da DLSP, reduzindo
necessidade de alcançar elevados
superávits primários;
A redução das despesas do
governo ocorre, principalmente,
devido à redução do pagamento
de juros e das transferências
governamentais;
Redução da carga tributária, com
melhor alocação dos recursos.
0 20 40 60
33
Inglaterra
Brasil
Argentina
França
Fonte: FMI (2012).
5,1%
9,6%
Brasil América LatinaUnião Europeia EUA
34. Contas do Governo
2006-2012 2013-2020 2021-2030 2031-2040 2041-2050
1,5%
0,8%
1,6%
EPE - Ricardo Gorini
40,6%
33,7%
26,9%
23,2%
20,6%
Comparações internacionais de DLSP
34
Superávit primário e Déficit nominal
(% do PIB)
Projeções para DLSP (% do PIB)
2,9%
2,6%
0,4%
0,2%
2,8%
1,2%
1,1%
2006-2012 2013-2020 2021-2030 2031-2040 2041-2050
Superávit Primário Déficit Nominal
(% do PIB)
35. Premissas
Setor Externo
Balança comercial superavitária ao longo
Histórico de Balança Comercial e Transações
50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
-5
Correntes (US$ bilhões e % do PIB)
EPE - Ricardo Gorini
do período.
Crescimento das importações acompanham
o melhor desempenho da economia
nacional.
As exportações são puxadas,
principalmente, pelo setor de petróleo,
sobretudo até meados da década de 2020.
Déficit em transações correntes puxado
pelo saldo negativo do balanço de serviços e
rendas.
Câmbio real em média é de R$/US$ 2,17.
3,00%
2,00%
1,00%
0,00%
-1,00%
-2,00%
-3,00%
-4,00%
-5,00%
-6,00%
-7,00%
-8,00%
35
-10
1970
1973
1976
1979
1982
1985
1988
1991
1994
1997
2000
2003
2006
2009
2012
Balança Comercial (eixo à esquerda)
Transações Correntes (eixo à direita)
Reservas internacionais brasileiras
(2013) – R$ 375,8 bilhões
37. Plano Nacional de Energia 2050
Cenário macroeconômico
População brasileira em 2050,
a revolução demográfica das próximas décadas
Evolução da economia,
o forte crescimento do PIB per capita
uma grande classe média consumidora
a liderança do campo e os desafios para a indústria nacional
EPE - Ricardo Gorini
Sumário
38. Plano Nacional de Energia 2050
Cenário demanda de energia
Demanda de energia,
veículos elétricos e híbridos: a melhor estratégia
a eletrificação crescente e o boom do consumo de gás natural
importância da eficiência energética e da geração distribuída
alcançamos o padrão de consumo de energia de países desenvolvidos
EPE - Ricardo Gorini
Sumário
41. Agropecuária – Dignóstico hoje
Área com potencial de expansão para produção
Vantagens Comparativas
O Brasil é um dos líderes mundiais na produção e
exportação de vários produtos agropecuários;
É o primeiro produtor e exportador de café,
açúcar, etanol de cana-de-açúcar e suco de
laranja;
Lidera o ranking das vendas externas do
EPE - Ricardo Gorini
agrícola
complexo soja (farelo, óleo e grão).
Fonte: MAPA (2014).
Indicadores de infraestrutura
(posição do Brasil no Ranking de 144 países)
42. Agropecuária: Premissas
2014-2050 – Crescimento médio de 4%
a.a. sustentado pelos seguintes fatores:
Perspectiva de aumento da renda e da
1.500
1.000
500
2050
2030
EPE - Ricardo Gorini
população brasileira e mundial;
Configuração estrutural que aponta para
o Brasil como o país que reúne boas
condições – climáticas, oferta de terra e
domínio de tecnologias de ponta - para
suprir a demanda interna e externa
crescente;
Além de alimentos, a produção
agropecuária deve atender ainda a
crescente demanda por biocombustíveis.
Disponibilidade de área potencial para a
expansão da produção dos setores
agrícola, florestal e pecuário –
confinamento de gado.
0
Evolução da produção agrícola (Mt)
2013 2030 2050
Cana-de-açúcar(Mt) Milho (Mt) Soja (Mt)
Evolução da cabeça de gado por hectare
1,0
1,3
2,2
0 0,5 1 1,5 2 2,5
2013
2013
2030
2050
43. Agropecuária – Premissas
EPE - Ricardo Gorini
Principais premissas
9 culturas principais (cana, soja, milho, arroz, trigo, outras culturas);
Compatibilização com projeções MAPA 2021/22.
Consumo de diesel
Maior mecanização de cana;
Maior mecanização de outras culturas ;
Considera eficiência energética de cerca de 4% no período.
Consumo de eletricidade
Ampliação de áreas irrigadas como principal variável para demanda de energia elétrica
Consumo de lenha
Redução no consumo de lenha devido a redução no extrativismo e evolução da silvicultura em
especial para atender papel e celulose e siderurgia.
46. Residencial – Diagnóstico
Evolução do número de domicílios
55,5
62,9
64
62
60
58
56
54
52
50
(milhões)
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Déficit habitacional caiu de 10% do
total de domicílios em 2007 para
8,5%em 2012 (IPEA,2013);
PIB per capita cresceu cerca de 22%
de 2005 para 2013;
Consumo de energia residencial por
EPE - Ricardo Gorini 46
região (2013)
5,7%
18,2%
52,4%
15,9%
7,8%
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
6,0% 7,6% 11,8%
31,0%
37,6%
63,0% 54,8%
55,1%
33,2%
1993 2003 2011
Classe AB
Classe C
Classe DE
Evolução classes de renda
47. Residencial
57
92
100
80
60
40
20
0
2010 2050
10,8 13,5
19,2
26,5
35,9
China
Mexico
Brasil 2012
Venezuela
Brasil 2020
Russia
Chile
Brasil 2030
Korea
Brasil 2040
Spain
Brasil 2050
France
Germany
Japan
United States
Aumento do consumo residencial é
sustentado pelas seguintes perspectivas:
EPE - Ricardo Gorini 47
Crescimento populacional
35 milhões de novos domicílios no período
Aumento do PIB per capita
Aumento da posse de equipamentos
Número de domicílios (milhões)
PIB per capita (US$ mil de 2012)
48. Residencial – Premissas
EPE - Ricardo Gorini 48
Principais premissas
Programa de banimento das lâmpadas incandescentes no período decenal
(a partir de 2013) e de incentivo a lâmpadas LED no longo prazo ganho
de eficiência das lâmpadas de 66% em 2050 (-24,6 TWh);
Entrada progressiva de aquecimento solar: consumo evitado de 8,3 TWh
em 2050.
51. Evolução de vendas de veículos
Evolução anual de vendas de veículos leves
3,6 4,0
EPE - Ricardo Gorini
Premissas
Aumento da renda per capita da
população;
Manutenção da importância desta
indústria no PIB ;
Indústria automobilística brasileira
explora nicho específico de vendas no
comércio internacional;
Crescente preocupação com mudanças
climáticas estimula busca por
alternativas de menor emissão tanto
pelo lado da demanda quanto pelo lado
da oferta:
Ambiente favorável para crescente
consolidação de um mercado
internacional de biocombustíveis;
Avanço de tecnologias de tração
elétrica;
Políticas de incentivo à alternativas
não motorizadas de mobilidade
urbana .
4,8
Fonte: Elaboração EPE
(milhões )
5,6
6,5
7,4
8,1
O resultado é redução da intensidade de uso individual da
tração motorizada, mas com inclusão de parcela mundial no
consumo de veículos (I α Ki * P).
8,7
9,4
2012 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050
52. PNE 2050: Evolução da economia e da energia
Uma grande classe média consumidora: veículos
140
120
100
80
60
40
20
0
1,0
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
Evolução da taxa de motorização brasileira
Fonte: IEA, 2013 (dados internacionais); Elaboração EPE (projeção
Brasil).
EPE - Ricardo Gorini
0,70
0,60
0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
-
Frota de veículos e veículos
por mil habitantes
2013 2030 2050
Frota de veículos leves (unidades)
veículos/mil hab
Veículos por mil habitantes
Frota de veículos leves (milhões)
0,0
França
0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 35.000 40.000 45.000
Veículo/habitante
US$-PPP 2005/habitante
Suécia
Brasil 2012
Brasil 2050
México
Argentina
Coreia
do Sul
Itália
México
EUA
Autrália
Canadá
Alemanha
Áustria
• Triplicará a frota de leves: 80 milhões de novos veículos, total de
130 milhões em 2050.
• A relação veículo/hab. alcançará patamar compatível com
Espanha e Alemanha, da atualidade, saindo de 0,2 para 0,6.
53. PNE 2050: Evolução da economia e da energia
Elétricos e híbridos flex: a melhor estratégia
• Híbridos flex ganharão destaque como tecnologia de transição para a “eletrificação” da
frota. Em 2050, 61% da frota será composta de veículos híbridos e elétricos.
• A partir da década de 2040, com a melhoria de eficiência da frota, o consumo de
combustível de leves reduz. Embora, dobre em 30 anos.
• De 40 em diante, o consumo de etanol se estabiliza, cai o de gasolina e há avanço na
80
70
60
50
40
30
20
10
EPE - Ricardo Gorini
eletrificação do transporte.
Perfil da frota de veículos leves por
combustível.
Consumo de energia pela frota de veículos leves
por combustível.
Fonte: elaboração EPE
*sem participação do diesel
0
2013 2020 2030 2040 2050
milhões de tep
Eletricidade
Gás natural
Álcool Anidro
Álcool Hidratado
Gasolina A
53
54. EPE - Ricardo Gorini
Transporte de cargas
Para o modal ferroviário, estão
considerados todos os projetos previstos
no PAC, no PIL e no PNLT, possibilitando
que a malha ferroviária ultrapasse os 45
mil quilômetros de extensão até 2030;
No modal rodoviário, as vendas de
caminhões devem crescer entre 2013 e
2025, em função dos atrasos na
implementação de algumas obras
ferroviárias e da necessidade de atender
ao aumento da movimentação de cargas. A
partir de 2025, haverá queda da
participação , pois o transporte de longa
distância será realizado crescentemente
por outros modais;
O modal aquaviário deve aumentar sua
importância, principalmente em função da
localização das novas refinarias e da
logística associada às atividades de
exploração e produção em áreas do Pré-sal;
Apesar do forte crescimento do transporte
aéreo de cargas, sua participação na matriz
de transportes deve continuar reduzida.
Participação dos modais na atividade do transporte de
cargas (%)
55. Consumo do setor transporte
A demanda total consolidada de energia no setor brasileiro de transportes crescerá, em média,
EPE - Ricardo Gorini
2% ao ano até 2050;
A demanda de eletricidade se torna mais relevante a partir da maior entrada de veículos
elétricos (automóveis e ônibus);
A demanda de gasolina C crescerá, em média, 0,6% ao ano, como resultado do maior uso do
etanol hidratado, dos ganhos de eficiência e da forte penetração de novas tecnologias, como os
veículos híbridos e elétricos.
58. Visão Geral – Soda-cloro
Setor eletro-intensivo com
produção concomitante de cloro e
soda via eletrólise.
Tecnologia de mercúrio em desuso
com compromissos ambientais
de substituição até 2025.
Crescimento apenas da tecnologia
de membrana, mais atual e menos
intensiva em energia.
Fonte: The World Chlorine Council 2012/ Abiclor 2010/Elaboração EPE.
Usos da Soda Usos do Cloro
EPE - Ricardo Gorini
58
59. Cloro é um produto estratégico sendo produzido simultaneamente com soda
através de um processo eletro intensivo, cujo consumo de eletricidade
representa aproximadamente 45% de custos de produção.
EPE - Ricardo Gorini
59
Condicionantes da produção – Soda-cloro
Atualmente, a soda apresenta
baixo custo devido ao excesso de
oferta no mercado mundial.
A importação de soda é elevada
associado aos altos custos da
energia elétrica inviabilizando a
construção de novas plantas de
soda-cloro no país.
Fonte: Abiclor/IHS Consulting (2012).
60. Soda-Cloro
7.000
6.500
6.000
5.500
5.000
4.500
4.000
3.500
3.000
2.500
2.000
1.500
1.000
500
12.000
11.000
10.000
9.000
8.000
7.000
6.000
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
EPE - Ricardo Gorini 60
Busca da substituição de soda
importada para consolidação do
parque nacional.
Grandes obras de saneamento e
habitação, forte crescimento na
construção civil e expansão de usos
do PVC aumentarão a demanda de
cloro.
Crescimento lento do segmento
limitado pela produção
concomitante de soda.
Devido a impossibilidade se
importar o cloro, há que se
desenvolver uma estratégia de
implantação de novas unidades e
substituição da soda importada
para minimizar o déficit através
dos grandes players nacionais.
CLORO
0
Expansão
Capacidade
Demanda Interna
0
Expansão
Capacidade
Demanda Interna
SODA
61. EPE - Ricardo Gorini 61
50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
Brasil 2023
0 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000
kg/habitante/ano
US$ [2005] /habitante/ano (**)
Brasil 2013
EUA
Alemanha
Japão
Índia
Brasil 2050
Brasil 2035
Canada
China
Soda-cloro
Evolução do consumo per capita: Cenário Brasil x Mundo
63. Visão Geral – Fertilizantes
Produção de ureia e amônia
Há uma grande dependência de importações de fertilizantes e de
insumos da indústria química produzidos a partir do gás natural.
Produção de fosfatados e potássicos
Potencial com grandes jazidas de fósforo já dimensionadas, além de áreas
Necessidade de políticas para investimentos públicos e privados em
potássio (áreas de pesquisa e de produção de cloreto de potássio carecem
de novos empreendedores).
EPE - Ricardo Gorini 63
em estudo.
Fonte: Elaboração EPE.
64. EPE - Ricardo Gorini
64
Condicionantes da produção – Fertilizantes
Expansões de capacidade instalada (previstas) e redução de
importação.
Disponibilidade de matérias primas como gás natural para novas
UFNs e insumos químicos para a cadeia de fosfatados e potássicos
(por exemplo, enxofre, cloreto e sulfeto de potássio atualmente
importados).
O consumo de fertilizantes é concentrado em quatro principais
culturas: soja, milho, cana-de-açúcar e café. Tais culturas representam
em média 70% do total de fertilizantes consumidos no país.
65. Fertilizantes
Produção crescente de fertilizantes devido
as altas taxas de crescimento associadas a
produção agrícola doméstica.
Desenvolvimento da indústria nacional
com grandes players deste setor e
substituição de importações de
fertilizantes.
Sem rupturas tecnológicas e manutenção
das culturas predominantes, assim como
da maior parcela do consumo de
fertilizantes nas culturas de cana, soja e
milho.
Disponibilidade de gás natural para usos
estratégicos (simulação de novas
expansões no médio e no longo prazo).
Empreendimentos para a produção de
fertilizantes e de insumos da indústria
química (produzidos a partir do gás
natural) tem caráter estratégico no que se
refere à melhoria do atendimento do
mercado consumidor do país, reduzindo
dependência externa.
10.000
9.000
8.000
7.000
6.000
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
0
Oferta
Consumo aparente
UREIA
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2025
2026
2027
2028
2029
2030
2031
2032
2033
2034
2035
2036
2037
2038
2039
2040
2041
2042
2043
2044
2045
2046
2047
2048
2049
2050
mil t
6.000
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
0
Oferta
Consumo aparente
AMÔNIA
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2025
2026
2027
2028
2029
2030
2031
2032
2033
2034
2035
2036
2037
2038
2039
2040
2041
2042
2043
2044
2045
2046
2047
2048
2049
2050
mil t
EPE - Ricardo Gorini 65
67. Visão Geral – Petroquímica
PVC
Petroquímicos básicos (Eteno, propeno, BTX, entre outros)
EPE - Ricardo Gorini 67
Fonte: Elaboração EPE.
Filmes, Sacaria,
Frascos, Potes,
Embalagens,
Eletrodomésticos,
Construção Civil e
Indústria
Automobilística
Indústria
de Refino
1ª Geração
Petroquímica
2ª Geração
Petroquímica
Indústria de
Transformação
Petróleo
Gás
Natural
Nafta
Etano
Propano
Eteno
BTX
Propeno
PE
PP
Outros Outros
Outros
Importação substancial de nafta (cerca de 50%) .
Escassez de matérias primas (nafta, gás natural e etanol, no caso específico da
alcoolquímica para produção de resinas “verdes”) .
Rotas renováveis em fase de amadurecimento.
Impossibilidades na importação direta impactam no comércio mundial de
transformados plásticos.
68. Visão geral – Petroquímica
Comprometimento da competitividade em relação aos custos produtivos versus
importação de produtos acabados (origem principalmente na China e nos EUA).
Hoje o consumo de resinas termoplásticas é de cerca de 30kg/habitantes (em
EPE - Ricardo Gorini
2012).
2ª geração (PEs, PP, PVC, PS, PET)
Origem de Importações de transformados
plásticos (%) – 2011
140
120
100
80
60
40
20
0
0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 35.000 40.000 45.000
kg/habitante/ano
US$ [2005] /habitante/ano (**)
Brasil
2013
EUA
França
Argentina
Japão
Coréia
México
Austria
China
Espanha
Alemanha
Reino Unido
68
69. Maior disponibilidade de matérias-primas
com recursos do pré-sal, gás não convencional e
melhorias na logística para o abastecimento do
etanol.
Desenvolvimento do mercado interno atrelado
ao forte crescimento das indústrias
demandantes: indústria de alimentos e bebidas
(embalagens), automobilística (substituição de
metais) e construção civil (PVC).
Consolidação e concentração da indústria
química nacional para competição
internacional.
Crescimento do parque industrial e de mão-de-
obra técnica experiente e de alta qualidade.
Necessidade de forte atuação e maior
representatividade no comércio local (América
Latina).
EPE - Ricardo Gorini
69
Condicionantes da produção – Petroquímica
69
70. Redescoberta da indústria química
americana com o shale gas e forte
atuação chinesa no segmento
EPE - Ricardo Gorini
70
Premissas – Petroquímica
Substituição da importação de nafta (refinarias futuras) .
Oportunidades potenciais para termoplásticos, resinas “verdes” e bioplásticos no
segmento de embalagens e automotivo, em substituição a outros materiais.
Perspectivas de novos desenvolvimentos em química verde pela importância crescente
da produção sustentável no plano mundial.
Resinas “verdes” e bioplásticos com participação crescente no longo prazo com
disponibilidade de etanol (deslocamento de combustíveis pela entrada dos VE).
Importação parcial de transformados de maior valor agregado.
Evolução da participação de Importações na
Demanda de resinas PE + PP (%)
petroquímico.
Seguir a tendência atual de
suprimento da demanda interna,
mantendo um nível de importação.
70
71. Curvas de produção e demanda – Petroquímica
Há perspectiva de mudança no perfil
de consumo (base nafta), com
potenciais substitutos. Crescimento
do consumo per capita no Brasil até
atingir um patamar de consumo
compatível com o atual consumo dos
países desenvolvidos.
Premissas
Oferta de nafta com base nas
2013
2015
2017
2019
2021
2023
2025
2027
2029
2031
2033
2035
2037
2039
2041
2043
2045
2047
2049
Nafta
Etanol
Fonte:IAB/WSA.Elaboração EPE.
EPE - Ricardo Gorini
71 Consumo aparente = produção + importação - exportação
refinarias futuras (substituição de
importações/expansão de consumo)
Crescente participação do “gás
natural”: entrada do COMPERJ em
2020, além de novas unidades
Etanol explorando nichos específicos
de consumo a partir de 2025.
Cargas
Gasosas
14.000
12.000
10.000
8.000
6.000
4.000
2.000
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
0
2013
2015
2017
2019
2021
2023
2025
2027
2029
2031
2033
2035
2037
2039
2041
2043
2045
2047
2049
mil t
Expansão
Produção Física
Demanda Interna
72. Petroquímica
Evolução do consumo per capita: Cenário Brasil x Mundo
Alemanha
EPE - Ricardo Gorini
140
120
100
80
60
40
20
0
0 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000
kg/habitante/ano
US$ [2005] /habitante/ano (**)
Brasil 2013
Brasil 2030
EUA
França
Argentina
Japão
Coréia
México
Brasil 2050
Brasil 2040
Austria
China
Espanha
Reino Unido
Brasil 2020
72
73. Química: Cenário para o consumo final de energia
EPE - Ricardo Gorini 73
milhões de tep
25 2013
7
9
12
17
22
20
15
10
5
0
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2025
2026
2027
2028
2029
2030
2031
2032
2033
2034
2035
2036
2037
2038
2039
2040
2041
2042
2043
2044
2045
2046
2047
2048
2049
2050
Outras fontes secundárias
de petróleo
Carvão vegetal
Eletricidade
GLP
Óleo combustível
Óleo diesel
Outras fontes primárias
Lenha
Carvão vapor
Gás natural
Δ 2013-2050
3,1% a.a.
76. Aços e derivados: Visão Geral
Construção
Civil
33%
EPE - Ricardo Gorini 76
Insumos Básicos
Fonte:IAB/WSA.Elaboração EPE.
Carvão Mineral
Importado;
Abundante no Mundo;
Maiores produtores: China (46%) e EUA (16%).
Maiores Fornecedores para o Brasil: Austrália
(33%) e EUA (30%).
Minério de Ferro
Brasil: abundante e de boa qualidade;
Maiores Produtores: China (39%) e Brasil
(17%).
Outros
20%
Bens de
Capital
21%
Automotivo
27%
Usos do Aço
Brasil 2010
• O fato da construção civil crescer no período,
em média, 3,4% a.a. potencializa a expansão da
produção de aço, dado que nos países em
desenvolvimento, em média, cerca de 50% do
aço é utilizado no setor.
• Além disso, bens de capital e produção de
automóveis também apresentam perspectivas
favoráveis no horizonte.
77. Condicionantes de produção
A indústria doméstica tem fácil acesso ao minério de ferro de alta qualidade, além de um
complexo logístico privado eficiente e avançada tecnologia de produção.
EPE - Ricardo Gorini
77
Aços e derivados: Condicionantes de Produção e
Demanda
Custos de produção - 2010
298
329 337
500
400
300
200
100
Fonte:IAB/WSA.Elaboração EPE. Produção mundial dos países associados à WSA.
382 387 396
413
370
0
Brasil Índia Coréia do Sul Japão Europa EUA China Mundo
US$/ton.
78. 140.000
120.000
100.000
80.000
60.000
40.000
20.000
Curvas de produção e Demanda de aço
EPE - Ricardo Gorini
Premissas
A demanda cresce a taxas compatíveis
com o grau de desenvolvimento
econômico que se pretende alcançar.
No final do período, com a
estabilização da infraestrutura
nacional, o consumo tende a se
estagnar.
A participação da produção doméstica
no consumo aparente deve se reduzir.
A produção nacional passa a seguir a
demanda doméstica.
Além disso, há perspectiva de um
ambiente de negócios favorável, uma
vez realizadas as reformas e os
investimento em infraestrutura.
78
Açoes e derivados: Premissas e resultados
Fonte:IAB/WSA.Projeção e Elaboração EPE.
0
Expansão
Capacidade
Demanda Interna
79. 1.200
1.000
800
600
400
200
Aços e derivados:
Evolução do consumo per capita: Cenário Brasil x Mundo
Brasil 2030
Fonte:IAB/WSA.Elaboração EPE. Produção mundial dos países associados à WSA.
Coréia do Sul
EPE - Ricardo Gorini
0
Japão
0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 35.000 40.000 45.000
kg/habitante/ano
US$ [2005] PPP/habitante/ano (*)
Brasil 2013
Brasil 2020
EUA
China
Argentina
Itália Alemanha
Índia
México Brasil 2050
Brasil 2040
83. Alumínio: Visão Geral
A cadeia envolve o beneficiamento da
bauxita para obtenção da alumina que,
junto com a energia elétrica,
representam os principais insumos para
a produção de alumínio primário.
Destaca-se nessa cadeia a produção de
alumina para exportação.
O Brasil está prestes a se tornar
importador líquido de alumínio
equivalente (exporta alumínio primário
e importa transformados).
A energia elétrica responde por,
aproximadamente, 45% dos custos de
produção de alumínio primário.
Usos do Alumínio primário -
Outros
24%
Const. Civil
11%
2012
Eletricidade
12%
Embalagens
29%
Transportes
19%
EPE - Ricardo Gorini 83
Processo
Fonte:IAB/WSA.Elaboração EPE.
O alumínio é um metal de uso disseminado
com vantagens consideráveis em relação aos
substitutos, dada a durabilidade,
maleabilidade e leveza.
As perspectivas são bastante favoráveis para
os setores demandantes.
84. Alumínio: Condicionantes de Produção e Demanda
A indústria doméstica tem fácil acesso à alumina e tecnologia avançada,
principalmente em termos de eficiência no uso da eletricidade.
Produção de Alumínio
20
15
10
5
Primário
10^6 ton
22
Mundo
46
EPE - Ricardo Gorini 84
3.000
2.500
2.000
1.500
1.000
500
Fonte:Abal /London Metal Exchange/Bacen/DNPM. Elaboração EPE.
-
China Rússia EUA UE Brasil África
1997 2012
1997 2012
-
Preço e Custo
Alumínio
Custo no Brasil Preço LME
85. Curvas de produção e Demanda de alumínio
8.000
7.500
7.000
6.500
6.000
5.500
5.000
4.500
4.000
3.500
3.000
2.500
2.000
1.500
1.000
500
EPE - Ricardo Gorini
Premissas
Outras regiões no mundo ofertarão
energia elétrica a preços mais
competitivos (disponibilidade
abundante, subsídio);
Não consideramos ruptura
tecnológica que permita produção
com menos intensidade elétrica;
Reciclagem em patamares elevados;
Primarização da cadeia de alumínio.
85
Alumínio: Premissas e resultados
Embora o preço do alumínio no cenário
internacional permaneça em patamares
elevados, a produção brasileira no longo
prazo deve expandir numa velocidade
menor que o aumento do consumo
aparente o que deve levar ao aumento
das importações no longo prazo.
Fonte:Abal /London Metal Exchange/Bacen. Elaboração EPE.
Média de crescimento (%a.a.)
3,6% 3,2%
3,7%
1,0%
2014-2050
PIB
Indústria
Alumínio
Alumina
0
Expansão
Capacidade
Demanda Interna
86. Alumínio
Evolução do consumo per capita: Cenário Brasil x Mundo
EPE - Ricardo Gorini Fonte:Abal. Elaboração EPE. 86
87. Consumo final energético – Não ferrosos e outros da metalurgia
EPE - Ricardo Gorini 87
milhões de tep
7
7
7 8 8
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
2013 2015 2017 2019 2021 2023 2025 2027 2029 2031 2033 2035 2037 2039 2041 2043 2045 2047 2049
Outras fontes secundárias
de petróleo
Carvão vegetal
Eletricidade
Coque de carvão mineral
GLP
Óleo combustível
Óleo diesel
Carvão vapor
Gás natural
Δ 2013-2050
0,2% a.a.
89. Cimento - Visão Geral
Presente em todo tipo de construção;
Construção civil puxa o crescimento da
indústria, alavancando o consumo;
Tradicionalmente, as edificações
brasileiras têm alto consumo de
cimento, ao contrário de países
desenvolvidos, onde há certa perda de
participação para o aço, além de maior
eficiência no uso;
Alta participação do consumo formiga
(mais ineficiente no uso). Em 2010,
correspondia a 41%.
EPE - Ricardo Gorini 89
Fonte: SNIC.
90. Cimento: Condicionantes da Oferta e da Demanda
Historicamente, baixa utilização da capacidade instalada e expansão rápida,
EPE - Ricardo Gorini 90
quando necessário;
Evolução da produção de cimento no País é fortemente influenciada por ciclos
econômicos;
Proximidade ao local de consumo, pois é muito onerado pelo frete;
Setor oligopolizado: elevada escala de produção, acesso restrito à matéria-prima,
elevado custo de transporte, sem substitutos diretos, sem concorrência
com importados;
Basicamente, não há comércio exterior.
91. Crescimento da economia → aumento da
Curvas de produção e Demanda de cimento
200.000
180.000
160.000
140.000
120.000
100.000
80.000
60.000
Média de Crescimento 2014-2050
EPE - Ricardo Gorini
demanda de cimento;
Correlação positiva com crescimento dos
setores de infraestrutura e habitação;
Não há exportação líquida → demanda
interna = produção nacional;
Eficiência → menor intensidade do uso de
cimento no longo prazo (pré-moldados e
avanço do uso de outros materiais, redução
da importância do consumo formiga);
Arrefecimento do consumo de cimento no
longo prazo, por menor necessidade de
implementação de infraestrutura.
91
Cimento: Premissas e resultados
Premissas
Fonte: EPE.
No caso do cimento, produção ≈ demanda interna
40.000
Produção Demanda Interna
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2025
2026
2027
2028
2029
2030
2031
2032
2033
2034
2035
2036
2037
2038
2039
2040
2041
2042
2043
2044
2045
2046
2047
2048
2049
2050
1,7%
3,6%
Cimento PIB
92. Cimento
Evolução do consumo per capita: Cenário Brasil x Mundo
Projeção: Espera-se um forte crescimento do crescimento do consumo per capita de cimento,
que atinge seu ápice em torno de 2040 (263 kg/hab). Há perspectiva de maior eficiência no
uso do cimento na construção civil.
Argentina
Grécia
EPE - Ricardo Gorini
1.600
1.400
1.200
1.000
800
600
400
200
0
Egito
Turquia
0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 35.000 40.000 45.000
kg/habitante/ano
US$ [2005] PPP/habitante/ano (*)
Brasil 2013
Brasil 2020
China
EUA
Itália
Japão
Coréia do Sul
Índia
México Rússia
Espanha
França
Canadá
África do Sul
Chile
Portugal
Alemanha
Arábia Saudita
Indonesia
Tailândia
Venezuela
Austrália
Brasil 2030
Brasil 2040 Brasil 2050
Fonte: IEA, SNIC e EPE. Elaboração EPE. 92
93. Consumo final energético – Cimento
mil tep
EPE - Ricardo Gorini
93
milhões de tep
5
7
10
12
11
14
12
10
8
6
4
2
0
2013 2015 2017 2019 2021 2023 2025 2027 2029 2031 2033 2035 2037 2039 2041 2043 2045 2047 2049
Outras fontes secundárias
de petróleo
Carvão vegetal
Eletricidade
Coque de carvão mineral
GLP
Óleo combustível
Óleo diesel
Outras fontes primárias
Lenha
Carvão vapor
Gás natural
Δ 2013-2050
2,0% a.a.
96. Papel e celulose: Visão Geral
Celulose é utilizada quase que integralmente como insumo na produção de papel.
Consumo dos principais tipos de papel:
O Brasil é o 4º produtor mundial de celulose (7,6% da produção, em 2011) e o 9º
produtor mundial de papel (2,5% da produção, em 2011);
Apenas 0,8% da área total do país é coberta por florestas plantadas e somente 0,3% da
área total é destinada à produção de celulose;
Alta produtividade na produção florestal;
Bom nível de reciclagem (≈ 46% do papel que circula no país), porém ainda há potencial
para crescer. Na Europa, a reciclagem chega em torno de 70%, enquanto a média mundial
é de, aproximadamente, 58%.
EPE - Ricardo Gorini 96
97. Produção de celulose (fibra curta de
eucalipto)
Alta produtividade do setor no país;
Brasil é o maior produtor de celulose de fibra curta,
EPE - Ricardo Gorini
devido ao clima favorável;
Baixo custo de produção;
Mercado oligopolizado - produção concentrada em
grandes empresas.
445 433 424 418 389
Participação das exportações na
produção de papel e celulose - 2012
97
Papel e celulose: Condicionantes da Produção
Produção de papel
O Brasil é autossuficiente na fabricação de papel,
porém ainda é dependente de importações de
papel imprensa;
Restrição de produção de papel imprensa devido à
falta de matéria-prima (fibra longa);
Produção pulverizada em médias empresas.
39%
61%
81%
19%
Celulose Papel
Exportações Mercado interno
500
450
400
350
300
250
200
150
100
50
Fonte: Bradesco
295
250 247
0
Custo de produção de celulose
(US$ por ton) - 2012
98. Papel e celulose: Premissas e resultados
Produção de celulose (fibra curta de eucalipto)
Alta produtividade do setor no país;
Apesar dos custos crescentes da terra e da mão de obra:
Brasil mantém-se muito competitivo no cenário internacional;
Pleno atendimento do mercado doméstico (fabricação de papel);
Exportação crescente.
EPE - Ricardo Gorini 98
Produção de papel
Primordialmente, destinada ao atendimento do mercado doméstico, porém com
pequena expansão nas exportações, sobretudo destinadas ao mercado sul
americano.
Dadas as vantagens comparativas do País, projeta-se crescimento robusto da
produção de celulose, não se visualizando restrição de terra para plantação de
floresta, no horizonte.
99. Papel e celulose: Curvas de Produção e Demanda
Celulose Papel 10³ t
60.000
50.000
40.000
30.000
20.000
10.000
EPE - Ricardo Gorini 99
55.000
50.000
45.000
40.000
35.000
30.000
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
0
Expansão
Capacidade
Demanda Interna
10³ t
Vocação: exportadora
0
Expansão
Capacidade
Demanda Interna
Vocação: atendimento do
mercado doméstico
Destino das exportações
brasileiras
Destino das exportações
brasileiras
100. Alemanha
(*) PIB per capita referenciado a US$ [2000] PPP. Os dados são relativos ao ano de 2010 para todos os países com exceção do Brasil.
Fontes: Bureau of International Recycling (para o ano de 2010) e IEA, Key World Energy Statistics 2012. Elaboração EPE.
EPE - Ricardo Gorini
300
250
200
150
100
50
0
0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 35.000 40.000 45.000
kg/habitante/ano
US$ [2000] PPP/habitante/ano (*)
Brasil 2013
Brasil 2023
Suécia
China
Reino Unido
Itália
Japão
Coréia do Sul
Índia
México
Indonésia
Rússia
Espanha França
Canadá
Finlândia
Tailândia
EUA
Áustria
Brasil 2035
Brasil 2050
Papel
Evolução do consumo per capita: Cenário Brasil x Mundo
101. Consumo final energético – Papel e celulose
mil tep
EPE - Ricardo Gorini
milhões de tep
10
14
20
24
26
30
25
20
15
10
5
0
20132015 201720192021 202320252027 202920312033 203520372039 20412043 204520472049
Eletricidade
GLP
Óleo combustível
Óleo diesel
Outras fontes
primárias
Produtos da cana
Lenha
Carvão vapor
Gás natural
Δ 2013-2050
2,6% a.a.