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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E APLICADAS 
 
 
 
 
 
 
 
FÍSICA II 
RELATÓRIO II 
CIRCUITO RC 
 
 
 
 
ANNA CAROLINA SANTOS 
HUGO FONSECA 
IZABELLA MIRANDA MORELLO 
JONAS CURSAGE 
SABRINA FERMANO 
TAIS GOMIDES 
 
 
 
 
JOÃO MONLEVADE, 23 DE FEVEREIRO DE 2016. 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO 
2. OBJETIVOS 
3. METODOLOGIA 
3.1 MATERIAIS 
3.2 PROCEDIMENTOS 
3.2.1. MEDIDA DA RESISTÊNCIA E CAPACITÂNCIA 
3.2.2. CARGA DO CAPACITOR 
4. ANÁLISE DOS RESULTADOS 
5. CONCLUSÃO 
6. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
1. INTRODUÇÃO 
Denominamos circuito RC como um circuito com associação em série de um resistor e                           
um capacitor onde a corrente varia com o tempo. Para compreender o funcionamento do                           
mesmo é necessário entender o significado e o funcionamento de todos os elementos                         
envolvidos. 
O resistor é um condutor cuja função em um circuito é introduzir uma certa resistência                             
elétrica que dependerá de fatores, como a natureza do material, e pode ser medida entre dois                               
pontos de um condutor aplicando uma diferença de potencial V entre esses pontos e medindo                             
a corrente i resultante.  
O capacitor é um dispositivo de circuito elétrico que tem como função armazenar                         
cargas elétricas. Ele é constituído de duas peças condutoras que são chamadas de armaduras e                             
entre elas existe um material que é chamado de dielétrico.  
A capacitância (C) é a grandeza elétrica de um capacitor, ou seja, é a capacidade que o                                 
capacitor tem de armazenar energia elétrica.  
Considere o seguinte circuito RC em série, inicialmente descarregado: 
 
No momento em que a chave S para posição a, o circuito se torna completo, com uma                                 
fonte ideal de força eletromotriz, um capacitor e uma resistência. A partir daí surge uma                             
corrente no circuito, através da movimentação das cargas e fazendo com que o capacitor seja                             
carregado. 
Segundo HALLIDAY (2008, p. 183) “um capacitor que está sendo carregado se                       
comporta inicialmente como um fio comum. Após um longo período de tempo o capacitor se                             
comporta como um fio interrompido”. Surge então uma diferença de potencial entre as placas                           
do capacitor e quando ela é igual a diferença de potencial entre os terminais da fonte, a                                 
corrente para de circular. A diferença de potencial durante o carregamento é dada por: 
, (t) (1   )V c = V 0 − e −t/RC
 
2 
 
onde   é a ddp nos terminais fonte (ξ).  V 0  
O produto RC tem dimensão de tempo e é chamado de constante de tempo capacitivo 
(τ). Essa constante representa o tempo necessário para que a carga ou a tensão atinja um valor 
igual a 63% do seu valor máximo. 
   
2. OBJETIVOS 
O objetivo deste experimento consiste na obtenção da constante de tempo capacitiva                       
em um circuito RC, através da medida da D.D.P na resistência interna com um voltímetro e                               
da capacitância de um circuito. 
 
3. METODOLOGIA 
3.1 MATERIAIS 
● 01 Quadro Eletroeletrônico CC e AC vertical com painel isolante transparente;   
● 01 Fonte de Tensão 10 V;   
● 01 Resistor de 150 K​Ω​;   
● 01 Capacitor Eletrolítico de 1000 ​µ​F;   
● 01 Chave Liga ­ Desliga;   
● 01 Multímetro;   
● 01 Capacímetro;   
● Fios de Ligação;  
3.2 PROCEDIMENTOS 
3.2.1. MEDIDA DA RESISTÊNCIA E CAPACITÂNCIA 
Montou­se o circuito RC proposto para o experimento no roteiro, afim de medir e                           
anotar os valores nominais dos componentes R e C. Para colher os valores da resistência do                               
resistor e o valor real da capacitância, utilizou ­ se o multímetro e o capacímetro,                             
respectivamente.  
3.2.2. CARGA DO CAPACITOR 
Embasado no formato do circuito RC, percebeu­se que dependendo da posição da                       
chave, pode­se carregar ou descarregar o capacitor. Para essa parte do experimento,                       
3 
 
montou­se o circuito requerido e verificou­se que o terminal negativo do capacitor necessita                         
estar conectado ao negativo da fonte. 
  Conectaram­se os multímetros de maneira a medir a d.d.p (diferença de potencial) nos                         
terminais do capacitor e do resistor (o capacitor fora descarregado antes do início do                           
experimento, colocando ­ o em curto com um conector tipo ponte). O grupo regulou a fonte                               
para 10 VCC, enquanto a chave liga ­ desliga se encontrava na posição off. Ligou ­ se a chave                                     
com o objetivo de dar carga ao capacitor. Anotamos os valores obtidos à medida que o tempo                                 
passava e utilizamos as equações dadas para completar as tabelas propostas. 
 
4. ANÁLISE DOS RESULTADOS 
No processo de medida da capacitância e da resistência dos componentes utilizados no                         
circuito RC montado foram medidos uma capacitância de 978µF e uma resistência de                         
146,4KΩ. Com esses valores é possível calcular a constante de tempo capacitiva (τ) exata. 
Cτexato = Rmedido medido  
46, 78 Fτexato = 1 4 × 103
∙ 9 × 10−6
 
43, 792sτexato = 1 1  
Mediante o procedimento de carregamento de um circuito RC foi medida a tensão em                           
um capacitor e um resistor, afim de analisarmos o comportamento de ambos no decorrer do                             
tempo. Os dados obtidos encontram­se na tabela abaixo. 
Tempo (s)  10  20  40  60  80  100  150  240 
Capacitância (µF)  0,65  1,22  2,29  3,19  3,92  4,55  5,77  7,10 
Resistência (KΩ)  9.40  8,78  7,72  6,79  6,00  5,29  3,87  2,25 
  Tabela 1: medidas da ddp do capacitor e do resistor ao longo do tempo 
Através dos valores da tabela 1 plotamos o gráfico da diferença de potencial (ddp) do                             
capacitor e do resistor.  
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
      Gráfico 1: ddp de um capacitor e ddp de um resistor em função do tempo 
Analisando o gráfico 1 observou­ se, que assim como na teoria, ao longo do tempo a                               
tensão no capacitor aumenta exponencialmente. Pode ­ se notar também que a tensão no                           
resistor diminui de forma exponencial. Isso ocorre devido ao fato de estarmos trabalhando                         
com um circuito em série que de certa forma pode ser considerado como um divisor de                               
tensão. Então mediante o aumento da tensão no capacitor a tensão no resistor cai                           
proporcionalmente. 
Ajustando o gráfico 1 para uma escala logarítmica e fazendo a regressão da curva de                             
ddp no resistor podemos calcular a constante de tempo capacitiva (τ) de forma experimental. 
 Gráfico 2: linha de tendência da ddp de uma resistência em função do tempo 
5 
 
Após os ajustes realizado no gráfico 1 encontrou­se a função da linha de tendência da                             
curva da ddp da resistência em questão. 
(t)  9, 038eV c =   9 −0,006t      
Como 
 (t) (1   )V c = V 0 − e
−t/RC
 
Temos que 
, 061
R Caproximado aproximado
= 0 0  
Então 
C 66, 667sτaproximado = Raproximado aproximado = 1 6  
Para fins de comparação calculou ­ se o erro relativo ( ) percentual entre a constante                      Er          
de tempo capacitiva (τ) exata e a aproximada. 
00%Er =
|
|
| τaproximado
τ −τexato aproximado|
|
|
× 1  
00%Er = |
| 166,6667
143,1792−166,6667|
| × 1  
r 4, 924 %E = 1 0  
5. CONCLUSÃO 
Após a realização do experimento, pode ­ se observar através dos dados coletados,                         
transferidos para o gráfico 1, que a ddp em um Resistor cai exponencialmente em função do                               
tempo, já a ddp em um capacitor aumenta exponencialmente com o tempo, ambos em um                             
circuito RC. 
Feita esta análise, foram tomados os dados referentes à ddp no Resistor, e realizada a                             
regressão exponencial, que tornou possível observar a constante de tempo capacitiva (τ)                       
através da função representada no gráfico 2, sendo obtido o valor 166,6667 como apresentado                           
nos resultados. 
Comparado o valor aproximado para (τ) com o valor (τ) exato medido nos                         
componentes, encontrou­se um erro relativo de 14,0924%. Erros em experimentos pode                     
6 
 
ocorrer por vário motivos como, por exemplo, falha humana ou desgaste dos componentes                         
utilizados. 
Concluí ­ se também que há uma discrepância, entre os valores ideais dos                         
componentes, fornecidos pelos fabricantes, e os valores medidos. Mas que essa diferença não                         
possui uma grande influencia no resultado final, já que na combinação dos componentes,                         
como no nosso caso para a montagem de um circuito RC, esse erro tende a zero. 
Pode­se aferir também, que o comportamento do gráfico, com os valores coletados,                       
eram o esperado, para ambos os componentes medidos em função do tempo. Tendo um                           
crescimento exponencial para o capacitor, um decrescimento exponencial para a resistência.                     
Podendo assim ser aferido a divisão de tensão do circuito RC em função do tempo. Com a                                 
regressão em escala logarítmica dos dados colhidos em função do tempo e da resistência, foi                             
possível também de forma esperada, ter uma aproximação linear da constante de tempo da                           
resistência. Constante essa usada para calcular a constante de tempo do circuito RC feito no                             
experimento. Tendo em vista tais dados e resultados, pode ­ se afirmar que o experimento                             
ocorreu conforme o esperado pela teoria. 
 
6. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO 
HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. ​Fundamentos de física 3 ­                     
Eletromagnetismo.​ 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. 
Prática de Laboratório – Circuito­RC.​ Ano 2016. 
7 

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  • 3.   1. INTRODUÇÃO  Denominamos circuito RC como um circuito com associação em série de um resistor e                            um capacitor onde a corrente varia com o tempo. Para compreender o funcionamento do                            mesmo é necessário entender o significado e o funcionamento de todos os elementos                          envolvidos.  O resistor é um condutor cuja função em um circuito é introduzir uma certa resistência                              elétrica que dependerá de fatores, como a natureza do material, e pode ser medida entre dois                                pontos de um condutor aplicando uma diferença de potencial V entre esses pontos e medindo                              a corrente i resultante.   O capacitor é um dispositivo de circuito elétrico que tem como função armazenar                          cargas elétricas. Ele é constituído de duas peças condutoras que são chamadas de armaduras e                              entre elas existe um material que é chamado de dielétrico.   A capacitância (C) é a grandeza elétrica de um capacitor, ou seja, é a capacidade que o                                  capacitor tem de armazenar energia elétrica.   Considere o seguinte circuito RC em série, inicialmente descarregado:    No momento em que a chave S para posição a, o circuito se torna completo, com uma                                  fonte ideal de força eletromotriz, um capacitor e uma resistência. A partir daí surge uma                              corrente no circuito, através da movimentação das cargas e fazendo com que o capacitor seja                              carregado.  Segundo HALLIDAY (2008, p. 183) “um capacitor que está sendo carregado se                        comporta inicialmente como um fio comum. Após um longo período de tempo o capacitor se                              comporta como um fio interrompido”. Surge então uma diferença de potencial entre as placas                            do capacitor e quando ela é igual a diferença de potencial entre os terminais da fonte, a                                  corrente para de circular. A diferença de potencial durante o carregamento é dada por:  , (t) (1   )V c = V 0 − e −t/RC   2 
  • 4.   onde   é a ddp nos terminais fonte (ξ).  V 0   O produto RC tem dimensão de tempo e é chamado de constante de tempo capacitivo  (τ). Essa constante representa o tempo necessário para que a carga ou a tensão atinja um valor  igual a 63% do seu valor máximo.      2. OBJETIVOS  O objetivo deste experimento consiste na obtenção da constante de tempo capacitiva                        em um circuito RC, através da medida da D.D.P na resistência interna com um voltímetro e                                da capacitância de um circuito.    3. METODOLOGIA  3.1 MATERIAIS  ● 01 Quadro Eletroeletrônico CC e AC vertical com painel isolante transparente;    ● 01 Fonte de Tensão 10 V;    ● 01 Resistor de 150 K​Ω​;    ● 01 Capacitor Eletrolítico de 1000 ​µ​F;    ● 01 Chave Liga ­ Desliga;    ● 01 Multímetro;    ● 01 Capacímetro;    ● Fios de Ligação;   3.2 PROCEDIMENTOS  3.2.1. MEDIDA DA RESISTÊNCIA E CAPACITÂNCIA  Montou­se o circuito RC proposto para o experimento no roteiro, afim de medir e                            anotar os valores nominais dos componentes R e C. Para colher os valores da resistência do                                resistor e o valor real da capacitância, utilizou ­ se o multímetro e o capacímetro,                              respectivamente.   3.2.2. CARGA DO CAPACITOR  Embasado no formato do circuito RC, percebeu­se que dependendo da posição da                        chave, pode­se carregar ou descarregar o capacitor. Para essa parte do experimento,                        3 
  • 5.   montou­se o circuito requerido e verificou­se que o terminal negativo do capacitor necessita                          estar conectado ao negativo da fonte.    Conectaram­se os multímetros de maneira a medir a d.d.p (diferença de potencial) nos                          terminais do capacitor e do resistor (o capacitor fora descarregado antes do início do                            experimento, colocando ­ o em curto com um conector tipo ponte). O grupo regulou a fonte                                para 10 VCC, enquanto a chave liga ­ desliga se encontrava na posição off. Ligou ­ se a chave                                      com o objetivo de dar carga ao capacitor. Anotamos os valores obtidos à medida que o tempo                                  passava e utilizamos as equações dadas para completar as tabelas propostas.    4. ANÁLISE DOS RESULTADOS  No processo de medida da capacitância e da resistência dos componentes utilizados no                          circuito RC montado foram medidos uma capacitância de 978µF e uma resistência de                          146,4KΩ. Com esses valores é possível calcular a constante de tempo capacitiva (τ) exata.  Cτexato = Rmedido medido   46, 78 Fτexato = 1 4 × 103 ∙ 9 × 10−6   43, 792sτexato = 1 1   Mediante o procedimento de carregamento de um circuito RC foi medida a tensão em                            um capacitor e um resistor, afim de analisarmos o comportamento de ambos no decorrer do                              tempo. Os dados obtidos encontram­se na tabela abaixo.  Tempo (s)  10  20  40  60  80  100  150  240  Capacitância (µF)  0,65  1,22  2,29  3,19  3,92  4,55  5,77  7,10  Resistência (KΩ)  9.40  8,78  7,72  6,79  6,00  5,29  3,87  2,25    Tabela 1: medidas da ddp do capacitor e do resistor ao longo do tempo  Através dos valores da tabela 1 plotamos o gráfico da diferença de potencial (ddp) do                              capacitor e do resistor.                 4 
  • 6.         Gráfico 1: ddp de um capacitor e ddp de um resistor em função do tempo  Analisando o gráfico 1 observou­ se, que assim como na teoria, ao longo do tempo a                                tensão no capacitor aumenta exponencialmente. Pode ­ se notar também que a tensão no                            resistor diminui de forma exponencial. Isso ocorre devido ao fato de estarmos trabalhando                          com um circuito em série que de certa forma pode ser considerado como um divisor de                                tensão. Então mediante o aumento da tensão no capacitor a tensão no resistor cai                            proporcionalmente.  Ajustando o gráfico 1 para uma escala logarítmica e fazendo a regressão da curva de                              ddp no resistor podemos calcular a constante de tempo capacitiva (τ) de forma experimental.   Gráfico 2: linha de tendência da ddp de uma resistência em função do tempo  5 
  • 7.   Após os ajustes realizado no gráfico 1 encontrou­se a função da linha de tendência da                              curva da ddp da resistência em questão.  (t)  9, 038eV c =   9 −0,006t       Como   (t) (1   )V c = V 0 − e −t/RC   Temos que  , 061 R Caproximado aproximado = 0 0   Então  C 66, 667sτaproximado = Raproximado aproximado = 1 6   Para fins de comparação calculou ­ se o erro relativo ( ) percentual entre a constante                      Er           de tempo capacitiva (τ) exata e a aproximada.  00%Er = | | | τaproximado τ −τexato aproximado| | | × 1   00%Er = | | 166,6667 143,1792−166,6667| | × 1   r 4, 924 %E = 1 0   5. CONCLUSÃO  Após a realização do experimento, pode ­ se observar através dos dados coletados,                          transferidos para o gráfico 1, que a ddp em um Resistor cai exponencialmente em função do                                tempo, já a ddp em um capacitor aumenta exponencialmente com o tempo, ambos em um                              circuito RC.  Feita esta análise, foram tomados os dados referentes à ddp no Resistor, e realizada a                              regressão exponencial, que tornou possível observar a constante de tempo capacitiva (τ)                        através da função representada no gráfico 2, sendo obtido o valor 166,6667 como apresentado                            nos resultados.  Comparado o valor aproximado para (τ) com o valor (τ) exato medido nos                          componentes, encontrou­se um erro relativo de 14,0924%. Erros em experimentos pode                      6 
  • 8.   ocorrer por vário motivos como, por exemplo, falha humana ou desgaste dos componentes                          utilizados.  Concluí ­ se também que há uma discrepância, entre os valores ideais dos                          componentes, fornecidos pelos fabricantes, e os valores medidos. Mas que essa diferença não                          possui uma grande influencia no resultado final, já que na combinação dos componentes,                          como no nosso caso para a montagem de um circuito RC, esse erro tende a zero.  Pode­se aferir também, que o comportamento do gráfico, com os valores coletados,                        eram o esperado, para ambos os componentes medidos em função do tempo. Tendo um                            crescimento exponencial para o capacitor, um decrescimento exponencial para a resistência.                      Podendo assim ser aferido a divisão de tensão do circuito RC em função do tempo. Com a                                  regressão em escala logarítmica dos dados colhidos em função do tempo e da resistência, foi                              possível também de forma esperada, ter uma aproximação linear da constante de tempo da                            resistência. Constante essa usada para calcular a constante de tempo do circuito RC feito no                              experimento. Tendo em vista tais dados e resultados, pode ­ se afirmar que o experimento                              ocorreu conforme o esperado pela teoria.    6. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO  HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. ​Fundamentos de física 3 ­                      Eletromagnetismo.​ 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009.  Prática de Laboratório – Circuito­RC.​ Ano 2016.  7