3. A ORIGEM DE NOSSAS PESQUISAS
Criado em 1996 o grupo GENTE – Grupo de Estudos e Pesquisas
em Tecnologias Educacionais foi rebatizado em 2009 para
GEPATI - Grupo de Estudos e Pesquisas em Aplicações das
Tecnologias da Informação e atua junto aos cursos de
graduação e pós-graduação oferecidos no Câmpus da UFMT em
Rondonópolis.
O GEPATI possui duas linhas de pesquisa bem delineadas:
Tecnologia Educacional
Gestão da Tecnologia da Informação (TI).
Pretendo apresentar coisas que o grupo produziu,
pesquisou e/ou estudou dentro da linha Tecnologia
Educacional de 2009 até 2011.
http://dgp.cnpq.br/diretorioc/fontes/detalhegrupo.jsp?grupo=0332708O5HQY71
4. Estudos e pesquisas relacionados à teoria e metodologia do
processo ensino-aprendizagem quando realizado com a
mediação da tecnologia digital
Investigando
Bem como E em novas
Em temas relação entre
na metodologias e
da Tecnologia e
técnicas de
Educação na sala formação
realidade de aula e no
ensino voltadas
tecnológica para o emprego
local e triângulo do de tecnologias
regional professor-aluno- professor digitais
conteúdo
5. O QUE SE TEM ESTUDADO NO
GEPATI?
Na linha de pesquisa
Gestão de TI apresentou
• Gestão de TI em Hospitais ($$$$$).
seus resultados em dois
eventos internacionais
• Qualificação tecnológica dos professores;
Na linha de pesquisa • Seleção de softwares educativos
Tecnologia Educacional (especialmente do Linux Educacional);
foram realizadas oito • Análise comparativa e seleção de leitores de
telas para deficientes visuais;
apresentações
• Aprendizagem colaborativa em rede;
nacionais e uma
• Uso de tecnologias digitais em sala de aula
internacional . Os (lousa digital, projetor multimídia, portáteis,
estudos se dividem etc.);
nos seguintes tópicos: • Planejamento e criação de material didático
em meio digital.
6. QUALIFICAÇÃO TECNOLÓGICA Como Com quais
diagnosticar o categorias de
estado atual? análise?
DOS PROFESSORES
Formação
O Modelo do Inicial
ISTE: NETST
Formação
Continuada
O instrumento
EDIE
Formadores
de Professores
Tópicos relacionados:
Currículo; PROINFO; etc.
7. Escala de Desempenho em
Informática Educacional – EDIE
Trazida para o Brasil por Maria Cristina Rodrigues Azevedo Joly, da
Universidade São Francisco – Itatiba-SP, se baseia nos critérios e indicadores
de padrões de desempenho docente ao utilizar a informática como recurso
educacional, chamados de National Educational Technology Standards for
Teachers - NETST (Padrão Nacional de Tecnologia Educacional para
Professores), desenvolvido pelo ISTE – International Society for Technology
in Education dos Estados Unidos da América do Norte (EUA).
O NETST é um dos padrões, utilizado pela United Nation
Educational, Scientific and Cultural Organization – UNESCO para
medir a qualificação docente em informática educacional.
ISTE. Technology Standards and Performance Indicators for Teachers. NETS Project. 2000.
Disponível em: http://cnets.iste.org/teachstandintro.html. Acesso em 11 Mar. 2010.
8. Níveis de desempenho em
Informática Educacional (EDIE-ISTE)
Nível Padrão de Desempenho
Básico Uso pessoal e acadêmico limitado da tecnologia.
Seleção e uso dos recursos tecnológicos,
envolvendo o uso produtivo de ferramentas de
Intermediário
processamento de palavras e administração de
dados.
Avaliação da aprendizagem utilizando recursos
tecnológicos, avaliação da própria tecnologia
Avançado
educacional e utilização legal e ética das
tecnologias educacionais.
9. Perfil do professor (EDIE-ISTE)
Fator Indica
O uso da informática educativa à sua
Desempenho
própria prática docente
A atuação como gestor de recursos e das
Gestão aplicações educativas, longe da ação
pedagógica propriamente dita
11. Os dados analisados apontam o aluno da Licenciatura em Informática como
aquele que possui melhor fator de desempenho. Enquanto, o de pior
desempenho é o estudante oriundo do curso de Geografia.
PEDAGOGIA
BIOLOGIA
LETRAS
HISTÓRIA
GEOGRAFIA
LETRAS INGLÊS
INFORMÁTICA
0 20 40 60 80 100
Fator de Gestão Fator de Desempenho
12. Níveis das Licenciaturas Nível Avançado
Nível Intermediario
Nível Básico
PEDAGOGIA
BIOLOGIA
LETRAS
HISTÓRIA
GEOGRAFIA
LETRAS INGLÊS
INFORMÁTICA
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
13. A FORMAÇÃO INICIAL NO CUR
Repensar o currículo de formação de professores.
Em termos de fator de desempenho os licenciandos são
gestores dos recursos e aplicações quando deveriam
estar desempenhando a função de professor que aplica
a informática educativa em sua prática docente.
Para mudar tal quadro é preciso expor os estudantes à
tecnologia educativa e a formadores de professores que
utilizem tais tecnologias em suas práticas docentes,
durante todo o tempo de curso.
GOMES, Luzane Francisca. A Formação Tecnológica do Professor: O caso das Licenciaturas do
CUR/UFMT. Monografia de graduação. Rondonópolis: UFMT, 2010.
15. A FORMAÇÃO TECNOLÓGICA
CONTINUADA NA REGIÃO
A qualificação tecnológica do professor não tem como
consequência direta a melhoria da aprendizagem do aluno.
As ações de formação são desarticuladas entre si e com as necessidades da
escola e do professor, pecando pela falta de interdisciplinaridade, repetitivas
e voltadas para o “formador” disponível nos órgão de formação.
A dificuldade do professor em elaborar por si próprio o material
didático fundamentado teoricamente, como marca de teor
emancipatório e de autonomia profissional.
16.
17. A FORMAÇÃO TECNOLÓGICA
CONTINUADA NA REGIÃO
Isso indica que são
Enquadram-se no nível necessárias ações de
básico de qualificação formação para o
tecnológica que se desenvolvimento das
caracteriza pelo uso habilidades requeridas no
pessoal limitado da uso das tecnologias
educacionais na prática
tecnologia. didática.
18.
19. A FORMAÇÃO TECNOLÓGICA
CONTINUADA NA REGIÃO
SUDRÉ, Núria Catiuxe Santos. A formação tecnológica continuada do professor: O caso da rede
pública estadual de Rondonópolis-MT. Monografia de graduação. Rondonópolis: UFMT, 2010.
20. A FORMAÇÃO TECNOLÓGICA EM
JUSCIMEIRA
• A maioria dos professores da rede pública estadual de Juscimeira-MT não
estão preparados para utilizar recursos tecnológicos na prática docente.
• Os professores do gênero masculino mostraram que conhecem os recursos
tecnológicos, se enquadrando no Nível Intermediário de qualificação
tecnológica, entretanto, limitam-se apenas às ações gestoras .
• Dentre os poucos professores que possuem especialização 75%
enquadra-se no Nível Intermediário de qualificação tecnológica e 58%
enquadrados no perfil educacional de desempenho.
• A maioria dos professores mais jovens (faixa etária 20 a 30 anos) se
enquadraram no Nível Básico com perfil de Gestão.
• Os professores da faixa etária (31 a 40 anos) se enquadraram nos níveis
Intermediário e Avançado.
QUEIROZ , Gesane Zanata. O Nível de Desempenho em Informática Educativa dos Professores da Rede
Pública de Ensino de Juscimeira-MT. Monografia de Graduação. Rondonópolis: UFMT, 2010.
22. RAIO X DO PROINFO NA REDE
ESTADUAL EM 2010
Padrão
Descrição do Padrão
Referencial
PR-1 Infraestrutura física, tecnológica e de recursos humanos
PR-2 Direção e gestão administrativa e pedagógica
PR-3 Apropriação da informática e da cultura educativa
PR-4 Aperfeiçoamento e expansão do programa
PR-5 Inovação e desenvolvimento social
BRANDÃO, Maria de Fátima Ramos; TRÓCCOLI, Bartholomeu T.; GUEDEA, Miriam Teresa Domínguez. Um Modelo de
Avaliação do Programa Nacional de Informática na Educação. In: WORKSHOP DE INFORMÁTICA NA ESCOLA-WIE, 11.
Anais do XXIII Congresso da SBC. 2003, pp. 456-465.
23. P
R
1
A gestão administrativa é inadequada, pois não se aplica os
recursos necessários para o pleno desenvolvimento do
potencial tecnológico, agravado pela pouca disponibilidade do
docente para participar dos cursos de formação e pela P
barreira tecnológica em relação ao professor que carregam
consigo certo conservadorismo. Na visão dos alunos a aula é R
pouco interessante devido ao pouco conhecimento do 2
professor sobre tecnologia digital.
24. PR - 3
Toda comunidade escolar é favorável ao uso da Informática na
Educação. O desenvolvimento de metodologia própria pelos
professores tem ocorrido de maneira lenta. Poucos se aventuram
em buscar atualizações na área tecnológica, devido ao comodismo e
a insegurança do professor em saber menos sobre esse assunto que
o aluno. As aulas em laboratório são para realizar buscas e
pesquisas. Todos os segmentos investigados empregam a tecnologia
no ambiente familiar. Também foi observado que professores não
utilizam outras ferramentas tecnológicas disponíveis e pagam a
terceiros para realizarem tarefas que envolvam o seu uso.
PR - 4
A comunidade escolar classifica o PROINFO como bom, porém ainda
não esta atendendo completamente a demanda. Pois estão
investindo em recursos tecnológicos e se esquecendo da
qualificação dos gestores e professores.
25. Esse é um dos fatores que mais tem peso no modelo
avaliativo, quando se trata do uso das tecnologias e P
resultados da capacitação do professor, ele diz respeito
a produção de material digital. Nenhuma das escolas
R
pesquisadas apresentou material produzido por seus 5
integrantes.
Conclusão ...
[...] sabendo que só fornecer os recursos tecnológicos não
basta, assim como oferecer uma capacitação ultrapassada
tecnologicamente para qualificar os professores e gestores
não vai dar certo. Pois eles estão receosos de sempre ouvir a
mesma coisa em seus cursos de capacitação. A maioria
desiste também por causa dos cursos serem ofertados para
grandes turmas e obrigados a trabalhar em duplas.
SANTOS, José Junio Moura dos. O PROINFO na rede escolar estadual: Um diagnóstico em
Rondonópolis-MT. Monografia de graduação. Rondonópolis: UFMT, 2010.
26. Pesquisa TIC Educação
Pesquisa sobre o Uso das TIC nas Escolas Brasileiras
CGI.br – Comitê Gestor da Internet no Brasil
São Paulo, 09 de Agosto de 2011
• O número de computadores na sala é a principal barreira
para o uso das TIC na escola.
• 81% das escolas pesquisadas possuem laboratórios de
informática.
• 52% dessas escolas contam com um monitor no laboratório
de informática.
27. • 64% dos professores das escolas pesquisadas apontam que
o aluno tem mais conhecimento sobre o uso das TIC
• O aspecto geracional se reflete no desenvolvimento das
habilidades para o uso do computador e Internet.
• 48% dos professores participaram de algum curso. 27% dos
professores não participaram de nenhum curso de formação
continuada entre 2009-2011.
• 75% dos professores tiveram como principal tipo de apoio
o CONTATO INFORMAL para o desenvolvimento de seus
conhecimentos.
• 82% dos professores não usam o computador em sala de
aula e 7% dos que usam mencionam o laboratório como o
local mais frequente.
28. • Ao mesmo tempo em que o professor iniciava sua carreira,
iniciava a disseminação do uso da Internet no Brasil.
• 1/3 dos professores trabalha mais de 40h por semana.
• 42% dos professores ganham menos que R$ 1.530,00 e
menos que 2% recebem mais que R$ 5.100,01 de salário
mensal.
• 40% dos professores possuem graduação, 56% cursaram
uma especialização e 4% são mestres.
• 74% dos professores adquiriram seu computador portátil
através de recursos próprios. 90% deles tem computador em
casa e desses 81% tem acesso a Internet.
• Qual o cotidiano escolar: 74% faz exercícios para prática e
fixação do conteúdo e 55% usa a aula expositiva. Ensinar os
alunos a usar computador e internet somente 2% faz isso.
• 44% usa em pesquisa de informações.
29. • 76% não usa o computador em aula expositiva.
• 77% não usam o computador em exercícios para prática e
fixação do conteúdo, interpretação de textos e para o apoio
de atividades em grupo e trabalho colaborativo.
• 78% não usam o computador para realização de debates e
apresentações feitas pelos alunos.
• 80% não usam o computador para mediar a comunicação
entre estudantes e orientadores externos.
• 82% não usam o computador para o apoio individualizado
a alguns estudantes para que possam alcançar o resto do
grupo.
• 92% não usam o computador para conversas com pais
sobre como eles podem apoiar / monitorar a aprendizagem
dos filhos e oferecer aconselhamento.
31. SOFTWARES
GODOY, Helton Carlos Lima. Sistema Linux Educacional 3.0: ampliando uma
visão sobre metodologia de análise de software. Monografia de Graduação.
Rondonópolis: UFMT, 2009.
BAIA, Telma de Oliveira. Análise e classificação de software educacional de
Matemática para as séries iniciais do ensino fundamental. Monografia de
Graduação. Rondonópolis: UFMT, 2010.
MENDES, Simone de Oliveira. Avaliação de softwares leitores de tela para
apoio a inclusão digital: a opinião dos portadores de necessidades visuais de
um centro de reabilitação em Rondonópolis. Monografia de Graduação.
Rondonópolis: UFMT, 2010.
SILVEIRA, Laís Ribeiro. Aprendizagem Colaborativa em Lista de Discussão
Composta por Profissionais de TI: o caso GESITI. Monografia de Graduação.
Rondonópolis: UFMT, 2010.
SOUZA, Jefferson Oliveira de. How-to para Segurança Digital em Escolas
Públicas de Ensino Médio e Fundamental – Estudo de caso Escola Arão Gomes
Bezerra. Monografia de Graduação. Rondonópolis: UFMT, 2010.
33. NOSSAS PROPOSTAS (1)
Empregar o modelo de formação continuada denominado de Modelo de Formação
Centrado na Análise e Transformação das Práticas, desenvolvido por José Alberto
Correia e que permite uma ruptura do círculo vicioso instalado pelos governos,
qualificando o professor naquilo que ele julgar necessário para o emprego das TIC em
sua prática pedagógica.
Expor os estudantes durante todo o tempo de curso (de qualquer nível), à
tecnologia educativa e a formadores de professores que utilizem tais
tecnologias em suas práticas docentes.
É imprescindível e urgente desenvolver programa de qualificação tecnológica
voltados para os formadores de professores em todas as licenciaturas.
34. NOSSAS PROPOSTAS (2)
Debater e alterar o Currículo das licenciaturas do CUR/UFMT dando-lhes a
possibilidade de qualificar tecnologicamente seus egressos em nível avançado
em relação ao padrão de desempenho em informática educacional.
Envolver a Universidade na formação continuada de professores, oferecendo
cursos de pós-graduação lato sensu em Informática Educativa e afins, de
maneira sistemática.
Criar redes virtuais envolvendo pesquisadores, professores, formadores de
professores e estudantes das licenciaturas visando criar laços fortes entre
profissionais da Educação.