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 Os Romanos, habitantes da
  Península Itálica, chegaram no
  séc. III a.C. à Península Ibérica ou
  Hispânia, como então se chamava
  a estas terras, através do
  Mediterrâneo.

 Rapidamente, ocuparam quase
  sem resistência a região sul, onde
  já anteriormente fenícios, gregos e
  cartagineses tinham estabelecido
  no litoral alguns portos
  comerciais.
 À ocupação romana da
  península opuseram-se,
  sobretudo, algumas tribos
  que habitavam as regiões
  mais montanhosas, de mais
  fácil defesa e de mais difícil
  acesso e ocupação:

 a norte, os Galaicos de
  origem celta e na região
  centro, os Lusitanos, tribo
  de Celtiberos que teve em
  Viriato o seu mais célebre
  líder.
 Estas tribos aproveitavam as
  montanhas, o conhecimento que
  tinham dos desfiladeiros e
  ravinas para montarem
  armadilhas e emboscadas às
  legiões romanas.

 Outras vezes surgiam, saltando
  das árvores, e de surpresa,
  atacavam rapidamente, fugindo
  de seguida.

 Desta forma impediram durante
  200 anos o domínio completo da
  Península pelos Romanos.
 Se procuramos uma primordial
  identidade territorial e cultural ,ela
  encontra-se mais na Lusitânia romana
  e na sua civilização do que na
  Lusitânia celtibera.

 Geograficamente compreendida entre
  o douro e sudoeste peninsular, a
  Lusitânia romana confundia-se em
  grande parte com o actual território
  português apesar de invadir também
  algumas regiões hoje espanholas.
 E apesar de todo o fervor
  nacionalista, em torno dos
  Lusitanos e da figura de Viriato,
  de que se alimentaram os regimes
  autoritários em Portugal e
  Espanha na época de todos os
  fascismos, somos muito mais
  devedores da herança romana e
  muçulmana que da herança celta.

    Não só porque estes se
  estabeleceram no nosso actual
  território durante mais tempo
  mas sobretudo pela superioridade
  da sua cultura e pela influencia
  que sobre nós exerceram e
  continuam a exercer.
Somos, para concluir, o resultado do cruzamento de diferentes povos e
civilizações. Iberos, Celtas, Romanos , Judeus e Árabes .que em diferentes alturas
 se estabeleceram na Península Ibérica e influenciaram , ao longo do tempo , o
nosso modo de vida . Os Celtas estiveram cá mas somos sem dúvida mais
Mediterrânicos .
   E finalmente corre-nos ainda no sangue um pouco da Africa da Ásia e da
América que colonizamos .
   Falar de uma raça Lusitana ou Portuguesa é pois historicamente um disparate.




Estatueta Celta          Ruínas de Conímbriga             Astrolábio Árabe
 Com o assassinato de Viriato, morto
  pelos seus próprios homens a soldo
  de Roma, de acordo com o mito,
  anunciava-se o domínio completo da
  Península Ibérica pelos Romanos
  ainda antes do séc. I d.C.
 Novas teses, defendidas por
  historiadores espanhóis, dão-nos, no
  entanto, de Viriato e da sua morte um
  retrato bem diferente.
 Viriato teria, nesta nova versão da
  História, sido morto não por
  traidores, mas por resistentes
  lusitanos que teriam descoberto que
  este se tinha vendido a Roma, em
  troca de terras no litoral já
  romanizado, prometendo sabotar ou
  afrouxar a resistência dos Lusitanos…
 Curiosamente, será Sertório, um
  general romano dissidente que
  procurava na Península a ajuda das”
  tribos bárbaras” para combater Roma,
  que assegurará nos próximos tempos o
  comando da resistência Lusitana.


 Encurralada nas montanhas, cercada
  cada vez mais de perto pelas regiões e
  populações romanizadas e, lentamente
  esgotada ou seduzida pelos novos
  costumes, a resistência vai - se
  esbatendo em toda a Península até
  desaparecer sem grande barulho.
 Recorrendo a um forte e
  disciplinado exército,
  espalhando pelas regiões
  ocupadas uma civilização que a
  todos prometia maiores
  confortos e vantagens, em
  pouco tempo, os Romanos
  dominavam grande parte dos
  territórios que se estendiam à
  volta do Mediterrâneo.
 E por isso o chamaram de Mare
  Nostrum,( O nosso mar).
 Este vasto império com
 capital em Roma e cuja
 figura máxima era o
 imperador, assegurava aos
 Romanos o domínio de todo
 o comércio mediterrânico, o
 acesso à mão-de-obra
 escrava e às matérias-
 primas de que
 necessitavam.
 Mesmo antes de pacificada a
  Península, os Romanos
  transportavam para os territórios
  ocupados não apenas as suas
  legiões e equipamentos, mas
  também a sua mentalidade e modo
  de vida
 A este processo chamamos
  Romanização e foi, na maior parte
  dos casos, pacificamente aceite.
 Viver “à romano” era para os
  habitantes locais uma aspiração, e
  não algo a recear.
 As estradas, pontes, construções
  variadas, o latim, o sistema numérico,
  as leis, a religião, os divertimentos e a
  cultura, em geral, aproximavam
  cidades e populações de origem e
  costumes muito diferentes.

 Os Romanos eram politeístas.
  Adoravam vários deuses, protectores
  dos vários aspectos da vida
  quotidiana e da natureza.

 No entanto, eram tolerantes. Desde
  que os impostos fossem pagos e as
  leis romanas cumpridas, as
  populações ocupadas podiam praticar
  livremente os seus cultos em privado.
 A edificação das cidades
  romanas obedecia a um
  plano. Um plano divino.
 Confiadas à protecção dos
  deuses, só se construíam
  depois de sacralizadas pelos
  augures (adivinhos) através
  da “leitura” das vísceras de
  um animal.
  Assim se consagrava o sítio
  escolhido, que desta forma,
  passava a estar sobre a
  protecção dos Deuses.

                                 CERIMÓNIA DE AUGURES
A sua área era delimitada por dois
eixos que se cruzavam: O Cardus e
o Decomanus. que determinavam a
forma rectangular, sempre repetida
das cidades romanas.
                                        FÓRUM ROMANO
Depois erguiam-se os edifícios do
costume:
 As Basílicas, os Templos, os
Pórticos que circundavam o centro
- o Fórum - o lugar onde tudo
acontecia…

                                     PLANTA DA ROMA IMPERIAL
 No “Fórum “ , a Praça pública, os
  cidadãos sabiam das novidades,
  ouviam os discursos de místicos,
  políticos e filósofos, faziam compras
  nas lojas que os pórticos abrigavam,
  frequentavam os templos, ou
  simplesmente conviviam.

 Nos teatros de forma semi - circular,
  representavam-se cenas da sua
  Mitologia e Religião. Todos os actores
  usavam máscaras que representavam
  os personagens que interpretavam:
  Deuses, Heróis, Demónios e outras
  personagens lendárias.
As  termas ou balneários públicos, e a prática do desporto
garantiam a higiene e saúde da população livre. No meio de
tanto divertimento, o trabalho era, principalmente,
assegurado por servos e escravos que não gozavam destes
privilégios.
Nos limites das maiores cidades , em área não
 sacralizada, situavam-se os Coliseus e
 Hipódromos, edifícios destinados às práticas e
 diversões mais violentas que implicavam o
 derramamento de sangue.
 As cidades feitas à imagem de
  Roma competiam entre si na
  grandiosidade dos edifícios
  públicos. Os coliseus, os templos,
  as estátuas, as fontes e as termas
  sobressaíam das ruas ladeadas de
  casas de vários andares (as
  insulae) onde residia a população
  mais pobre.

 Estas construções monumentais
  ladeavam o fórum ou praça
  pública, e a sua grandeza era a
  medida da importância da cidade.
 No entanto, a arte romana com toda a
  sua monumentalidade, dominada
  pela busca matemática da harmonia e
  da perfeição das formas, era também
  estruturalmente muito repetitiva,
  rígida e, sobretudo, sem qualquer
  originalidade.
 De facto, a arte, a religião e a cultura
  romana, em geral, reproduziam quase
  fielmente, os princípios e os modelos
  sociais e culturais, em torno dos quais,
  séculos atrás, os Gregos construíram a
  mais pujante e avançada civilização
  do seu tempo: a Civilização Helénica.
 Estas semelhanças uniram
  culturalmente, estas duas civilizações
  numa mesma designação: Civilização
  Greco-Romana.
 No campo, dividiram a propriedade
    em villas rústicas .
    Fizeram trabalhar a terra por
    escravos, introduziram novos
    produtos agrícolas (vinho, azeite e
    trigo), novos materiais de construção
    (a telha) e exploraram novas minas.
   Desenvolveram ainda algumas
    indústrias como a salga do peixe, a
    olaria e a tecelagem.
   Também a construção naval e a pesca
    beneficiaram dos seus contributos.
   Os grandes proprietários erguiam nas
    suas terras as suas villae com várias
    divisões, pátios, fontes, jardins,
    pórticos…à imagem da paisagem e
    dos edifícios romanos.
Em Portugal, para além
 das pontes, aquedutos,
 estradas, templos e
 ruínas várias, a língua, a
 numeração, a
 arquitectura, as leis, a
 administração e a
 cultura em geral são
 ainda devedoras da
 presença romana.
 Antes da ocupação da Península
  Ibérica, os Romanos já
  dominavam vastas regiões do
  Próximo Oriente. Uma delas era
  a Palestina com capital em
  Jerusalém, terra onde se erguia o
  sagrado templo do rei Salomão.
 Aí, Cristo nasceu, pregou e foi
  crucificado deixando uma marca
  profunda em todos os que o
  conheceram.
 Tido pelos seus seguidores como
  o Messias, ensinava o amor, a
  liberdade e proclamava a
  existência de um único Deus,
  criador de todas as coisas.
 Com a morte de Cristo emerge uma
  nova religião monoteísta – o
  Cristianismo. Ou melhor uma nova
  seita religiosa como muitas outras
  que pululavam a região.
 Uma seita que não sendo sequer a
  mais popular era sem dúvida a mais
  perigosa para o Poder.
 Nos próximos 300 anos, os seus
  seguidores serão perseguidos e
  mortos pelos Romanos nos Coliseus e
  Arenas como divertimento popular.
 O seu principal “crime” era não
  reconhecerem qualquer autoridade
  divina ou espiritual ao Imperador
  Romano.
 Depois do martírio, os Cristãos verão,
  finalmente, a sua religião reconhecida
  no início do séc. IV, com a conversão
  do imperador Constantino. De
  pequena seita, o Cristianismo
  tornava-se de um dia para o outro,
  por vontade de um homem que
  afirmou ter tido uma visão, na
  religião oficial do Estado
 A “ visão de uma cruz”, que lhe terá
  permitido obter, quando tudo parecia
  correr mal, uma improvável vitória
  militar sobre Maxêncio, o outro
  candidato ao título de Imperador, na
  batalha de Ponte Mívia. Uma visão
  que vinha mesmo a calhar.
 Numa altura em que o império se
  dividia e afundava lentamente,
  nada melhor que uma nova
  religião que a todos prometia
  arrependimento e conforto, para
  unir e reanimar o povo.
 Muitos dizem no entanto que
  Constantino permaneceu
  secretamente Pagão até à morte.
 O Cristianismo iria no entanto,
  por sua única vontade ,tornar-se
  na religião oficial de todo o
  Império Romano.



                                     O “ Baptismo “ de Constantino
 Para tal, Constantino
  reuniu-se com os mais
  importantes líderes Cristãos
  e, no Concílio de Niceia, em
  325 d.C.. analisaram um
  conjunto de textos Cristãos,
  escolhendo uns e excluindo
  outros.
 Aos textos seleccionados,
  anónimos, mas aos quais
  foram dados os nomes dos
  12 discípulos de Cristo,
  chamamos o Novo
  Testamento.
 Ao tornar o Cristianismo a religião do
  Império, abandonando
  definitivamente o politeísmo,
  Constantino pretendia pacificar,
  unindo em torno de uma só religião,
  toda a população do Império
  devastado por um longo período de
  conflitos internos (revoltas,
  assassinatos) e externos.

 De facto, era cada vez maior a pressão
  das tribos bárbaras que cercavam o “
  Limes “, a fronteira do Império.

 À unidade, disciplina, organização e
  ordem que afirmaram durante
  séculos, sucediam agora a divisão, as
  revoltas e a a corrupção.
 Esta situação é aproveitada
  pelas tribos bárbaras que
  arrasam as legiões romanas,
  destruindo e pilhando tudo o
  que encontram.

 Em 410, Alarico, o Godo,
  conquista, arrasa e, pouco
  tempo depois ,a troco de um
  resgate, abandona Roma. De
  pé, ficaram apenas as ruínas
  que ,em parte, ainda hoje
  perduram.
 Também a Península Ibérica será,
  como aliás todas as áreas
  romanizadas do ocidente, vítima da
  mesma devastação por parte das
  tribos bárbaras.

 Primeiro pelos Suevos e, depois pelos
  Visigodos, que vencendo aqueles
  acabarão por dominar toda a
  Península até ao ano de 711.

 No entanto, ao pouparem os
  monges, as igrejas e conventos,
  pouparam também parte da cultura
  mais avançada dos povos vencidos,
  acabando por assimilar alguns dos
  seus costumes, incluindo a religião
  dominante na Península - o
  Cristianismo.
 Os novos ocupantes - os
 Visigodos - introduzirão na
 Península uma nova forma
 de poder - a Monarquia
 Hereditária - e uma nova
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2 osromanosnapeninsulaibérica

  • 1.
  • 2.  Os Romanos, habitantes da Península Itálica, chegaram no séc. III a.C. à Península Ibérica ou Hispânia, como então se chamava a estas terras, através do Mediterrâneo.  Rapidamente, ocuparam quase sem resistência a região sul, onde já anteriormente fenícios, gregos e cartagineses tinham estabelecido no litoral alguns portos comerciais.
  • 3.  À ocupação romana da península opuseram-se, sobretudo, algumas tribos que habitavam as regiões mais montanhosas, de mais fácil defesa e de mais difícil acesso e ocupação:  a norte, os Galaicos de origem celta e na região centro, os Lusitanos, tribo de Celtiberos que teve em Viriato o seu mais célebre líder.
  • 4.  Estas tribos aproveitavam as montanhas, o conhecimento que tinham dos desfiladeiros e ravinas para montarem armadilhas e emboscadas às legiões romanas.  Outras vezes surgiam, saltando das árvores, e de surpresa, atacavam rapidamente, fugindo de seguida.  Desta forma impediram durante 200 anos o domínio completo da Península pelos Romanos.
  • 5.
  • 6.  Se procuramos uma primordial identidade territorial e cultural ,ela encontra-se mais na Lusitânia romana e na sua civilização do que na Lusitânia celtibera.  Geograficamente compreendida entre o douro e sudoeste peninsular, a Lusitânia romana confundia-se em grande parte com o actual território português apesar de invadir também algumas regiões hoje espanholas.
  • 7.  E apesar de todo o fervor nacionalista, em torno dos Lusitanos e da figura de Viriato, de que se alimentaram os regimes autoritários em Portugal e Espanha na época de todos os fascismos, somos muito mais devedores da herança romana e muçulmana que da herança celta. Não só porque estes se estabeleceram no nosso actual território durante mais tempo mas sobretudo pela superioridade da sua cultura e pela influencia que sobre nós exerceram e continuam a exercer.
  • 8. Somos, para concluir, o resultado do cruzamento de diferentes povos e civilizações. Iberos, Celtas, Romanos , Judeus e Árabes .que em diferentes alturas se estabeleceram na Península Ibérica e influenciaram , ao longo do tempo , o nosso modo de vida . Os Celtas estiveram cá mas somos sem dúvida mais Mediterrânicos . E finalmente corre-nos ainda no sangue um pouco da Africa da Ásia e da América que colonizamos . Falar de uma raça Lusitana ou Portuguesa é pois historicamente um disparate. Estatueta Celta Ruínas de Conímbriga Astrolábio Árabe
  • 9.  Com o assassinato de Viriato, morto pelos seus próprios homens a soldo de Roma, de acordo com o mito, anunciava-se o domínio completo da Península Ibérica pelos Romanos ainda antes do séc. I d.C.  Novas teses, defendidas por historiadores espanhóis, dão-nos, no entanto, de Viriato e da sua morte um retrato bem diferente.  Viriato teria, nesta nova versão da História, sido morto não por traidores, mas por resistentes lusitanos que teriam descoberto que este se tinha vendido a Roma, em troca de terras no litoral já romanizado, prometendo sabotar ou afrouxar a resistência dos Lusitanos…
  • 10.  Curiosamente, será Sertório, um general romano dissidente que procurava na Península a ajuda das” tribos bárbaras” para combater Roma, que assegurará nos próximos tempos o comando da resistência Lusitana.  Encurralada nas montanhas, cercada cada vez mais de perto pelas regiões e populações romanizadas e, lentamente esgotada ou seduzida pelos novos costumes, a resistência vai - se esbatendo em toda a Península até desaparecer sem grande barulho.
  • 11.  Recorrendo a um forte e disciplinado exército, espalhando pelas regiões ocupadas uma civilização que a todos prometia maiores confortos e vantagens, em pouco tempo, os Romanos dominavam grande parte dos territórios que se estendiam à volta do Mediterrâneo.  E por isso o chamaram de Mare Nostrum,( O nosso mar).
  • 12.  Este vasto império com capital em Roma e cuja figura máxima era o imperador, assegurava aos Romanos o domínio de todo o comércio mediterrânico, o acesso à mão-de-obra escrava e às matérias- primas de que necessitavam.
  • 13.  Mesmo antes de pacificada a Península, os Romanos transportavam para os territórios ocupados não apenas as suas legiões e equipamentos, mas também a sua mentalidade e modo de vida  A este processo chamamos Romanização e foi, na maior parte dos casos, pacificamente aceite.  Viver “à romano” era para os habitantes locais uma aspiração, e não algo a recear.
  • 14.
  • 15.  As estradas, pontes, construções variadas, o latim, o sistema numérico, as leis, a religião, os divertimentos e a cultura, em geral, aproximavam cidades e populações de origem e costumes muito diferentes.  Os Romanos eram politeístas. Adoravam vários deuses, protectores dos vários aspectos da vida quotidiana e da natureza.  No entanto, eram tolerantes. Desde que os impostos fossem pagos e as leis romanas cumpridas, as populações ocupadas podiam praticar livremente os seus cultos em privado.
  • 16.  A edificação das cidades romanas obedecia a um plano. Um plano divino.  Confiadas à protecção dos deuses, só se construíam depois de sacralizadas pelos augures (adivinhos) através da “leitura” das vísceras de um animal. Assim se consagrava o sítio escolhido, que desta forma, passava a estar sobre a protecção dos Deuses. CERIMÓNIA DE AUGURES
  • 17. A sua área era delimitada por dois eixos que se cruzavam: O Cardus e o Decomanus. que determinavam a forma rectangular, sempre repetida das cidades romanas. FÓRUM ROMANO Depois erguiam-se os edifícios do costume: As Basílicas, os Templos, os Pórticos que circundavam o centro - o Fórum - o lugar onde tudo acontecia… PLANTA DA ROMA IMPERIAL
  • 18.  No “Fórum “ , a Praça pública, os cidadãos sabiam das novidades, ouviam os discursos de místicos, políticos e filósofos, faziam compras nas lojas que os pórticos abrigavam, frequentavam os templos, ou simplesmente conviviam.  Nos teatros de forma semi - circular, representavam-se cenas da sua Mitologia e Religião. Todos os actores usavam máscaras que representavam os personagens que interpretavam: Deuses, Heróis, Demónios e outras personagens lendárias.
  • 19. As termas ou balneários públicos, e a prática do desporto garantiam a higiene e saúde da população livre. No meio de tanto divertimento, o trabalho era, principalmente, assegurado por servos e escravos que não gozavam destes privilégios.
  • 20. Nos limites das maiores cidades , em área não sacralizada, situavam-se os Coliseus e Hipódromos, edifícios destinados às práticas e diversões mais violentas que implicavam o derramamento de sangue.
  • 21.  As cidades feitas à imagem de Roma competiam entre si na grandiosidade dos edifícios públicos. Os coliseus, os templos, as estátuas, as fontes e as termas sobressaíam das ruas ladeadas de casas de vários andares (as insulae) onde residia a população mais pobre.  Estas construções monumentais ladeavam o fórum ou praça pública, e a sua grandeza era a medida da importância da cidade.
  • 22.  No entanto, a arte romana com toda a sua monumentalidade, dominada pela busca matemática da harmonia e da perfeição das formas, era também estruturalmente muito repetitiva, rígida e, sobretudo, sem qualquer originalidade.  De facto, a arte, a religião e a cultura romana, em geral, reproduziam quase fielmente, os princípios e os modelos sociais e culturais, em torno dos quais, séculos atrás, os Gregos construíram a mais pujante e avançada civilização do seu tempo: a Civilização Helénica.  Estas semelhanças uniram culturalmente, estas duas civilizações numa mesma designação: Civilização Greco-Romana.
  • 23.  No campo, dividiram a propriedade em villas rústicas .  Fizeram trabalhar a terra por escravos, introduziram novos produtos agrícolas (vinho, azeite e trigo), novos materiais de construção (a telha) e exploraram novas minas.  Desenvolveram ainda algumas indústrias como a salga do peixe, a olaria e a tecelagem.  Também a construção naval e a pesca beneficiaram dos seus contributos.  Os grandes proprietários erguiam nas suas terras as suas villae com várias divisões, pátios, fontes, jardins, pórticos…à imagem da paisagem e dos edifícios romanos.
  • 24. Em Portugal, para além das pontes, aquedutos, estradas, templos e ruínas várias, a língua, a numeração, a arquitectura, as leis, a administração e a cultura em geral são ainda devedoras da presença romana.
  • 25.
  • 26.
  • 27.  Antes da ocupação da Península Ibérica, os Romanos já dominavam vastas regiões do Próximo Oriente. Uma delas era a Palestina com capital em Jerusalém, terra onde se erguia o sagrado templo do rei Salomão.  Aí, Cristo nasceu, pregou e foi crucificado deixando uma marca profunda em todos os que o conheceram.  Tido pelos seus seguidores como o Messias, ensinava o amor, a liberdade e proclamava a existência de um único Deus, criador de todas as coisas.
  • 28.  Com a morte de Cristo emerge uma nova religião monoteísta – o Cristianismo. Ou melhor uma nova seita religiosa como muitas outras que pululavam a região.  Uma seita que não sendo sequer a mais popular era sem dúvida a mais perigosa para o Poder.  Nos próximos 300 anos, os seus seguidores serão perseguidos e mortos pelos Romanos nos Coliseus e Arenas como divertimento popular.  O seu principal “crime” era não reconhecerem qualquer autoridade divina ou espiritual ao Imperador Romano.
  • 29.  Depois do martírio, os Cristãos verão, finalmente, a sua religião reconhecida no início do séc. IV, com a conversão do imperador Constantino. De pequena seita, o Cristianismo tornava-se de um dia para o outro, por vontade de um homem que afirmou ter tido uma visão, na religião oficial do Estado  A “ visão de uma cruz”, que lhe terá permitido obter, quando tudo parecia correr mal, uma improvável vitória militar sobre Maxêncio, o outro candidato ao título de Imperador, na batalha de Ponte Mívia. Uma visão que vinha mesmo a calhar.
  • 30.  Numa altura em que o império se dividia e afundava lentamente, nada melhor que uma nova religião que a todos prometia arrependimento e conforto, para unir e reanimar o povo.  Muitos dizem no entanto que Constantino permaneceu secretamente Pagão até à morte.  O Cristianismo iria no entanto, por sua única vontade ,tornar-se na religião oficial de todo o Império Romano. O “ Baptismo “ de Constantino
  • 31.  Para tal, Constantino reuniu-se com os mais importantes líderes Cristãos e, no Concílio de Niceia, em 325 d.C.. analisaram um conjunto de textos Cristãos, escolhendo uns e excluindo outros.  Aos textos seleccionados, anónimos, mas aos quais foram dados os nomes dos 12 discípulos de Cristo, chamamos o Novo Testamento.
  • 32.  Ao tornar o Cristianismo a religião do Império, abandonando definitivamente o politeísmo, Constantino pretendia pacificar, unindo em torno de uma só religião, toda a população do Império devastado por um longo período de conflitos internos (revoltas, assassinatos) e externos.  De facto, era cada vez maior a pressão das tribos bárbaras que cercavam o “ Limes “, a fronteira do Império.  À unidade, disciplina, organização e ordem que afirmaram durante séculos, sucediam agora a divisão, as revoltas e a a corrupção.
  • 33.
  • 34.  Esta situação é aproveitada pelas tribos bárbaras que arrasam as legiões romanas, destruindo e pilhando tudo o que encontram.  Em 410, Alarico, o Godo, conquista, arrasa e, pouco tempo depois ,a troco de um resgate, abandona Roma. De pé, ficaram apenas as ruínas que ,em parte, ainda hoje perduram.
  • 35.
  • 36.  Também a Península Ibérica será, como aliás todas as áreas romanizadas do ocidente, vítima da mesma devastação por parte das tribos bárbaras.  Primeiro pelos Suevos e, depois pelos Visigodos, que vencendo aqueles acabarão por dominar toda a Península até ao ano de 711.  No entanto, ao pouparem os monges, as igrejas e conventos, pouparam também parte da cultura mais avançada dos povos vencidos, acabando por assimilar alguns dos seus costumes, incluindo a religião dominante na Península - o Cristianismo.
  • 37.  Os novos ocupantes - os Visigodos - introduzirão na Península uma nova forma de poder - a Monarquia Hereditária - e uma nova forma de organização social e económica - o Feudalismo que perdurará por séculos, aqui e em toda a Europa.