Apresentação em evento organizado pela UFSC/EGC e CELESC em que foram tratadas as possibilidades e desafios da Gestão e de Engenharia do Conhecimento para o setor de energia elétrica. Essa apresentação discute casos de aplicações e perspectivas para o setor.
Gestão e Engenharia do Conhecimento: Perspectivas e Resultados Empresariais
1. Gestão e Engenharia do Conhecimento:
Perspectivas e Resultados Empresariais
Roberto C. S. Pacheco
pacheco@egc.ufsc.br
Seminário
Gestão do Conhecimento na Comercialização de Energia.
09/10/2014. Auditório da Sede da CELESC. Florianópolis SC.
3. EGC/UFSC
Programa de PG em Engenharia e
Gestão do Conhecimento
Criado em 2004
35 Doutores de diversas
áreas
(Psicologia, Administração,
Engenharias, Computação,
Semiótica, Educação)
700 candidatos para 60
ingressantes por ano
(30 mestrado e 30 doutorado)
Conceito 5 na CAPES
4. Instituto Stela
TRANSFORMAMOS DADOS EM CONHECIMENTO
Instituto de pesquisa sem fins econômicos (OSCIP)
P&D em TIC e em Engenharia do conhecimento
Referência no País em governo eletrônico (+ 6 milhões de usuários)
2012
2008
2007
1995-2002: Grupo Stela/UFSC
2002-hoje: Instituto Stela
5. Como e para quem
TRANSFORMAMOS DADOS EM CONHECIMENTO?
Projetos
Produtos
6. Agenda
• O que é GC
• O que é EC
• Resultados
Casos em que a EC leva a uma melhor GC
• Perspectivas
• Considerações finais
7. O que é Gestão do Conhecimento
(para a Engenharia do Conhecimento)
8. O que é GC para nós?
Combinamos as visões de processos e conteúdos
GC é uma disciplina que estabelece meios para a organização gerir seus
ativos intangíveis, percebidos tanto como resultados de suas atividades
(Conteúdo) como nas atividades exercidas por seus indivíduos (Processos).
Fonte: Pacheco, 2013
9. Múltiplas abordagens para a GC
Práticas e tecnologias GC
Fonte: Terra (2008)
Alinhamento de estratégias
Fonte:APO KM Facilitator’s guide
(2009)
Por que há diversos modelos e frameworks para implementar a GC?
(i) Perspectiva com que concebe os intangíveis (Conteúdo e Processos)
(ii) Diversidade de práticas e técnicas para exercê-la
(iii) Diversidade de dimensões organizacionais onde se aplica (ex. inovação, competências, liderança,
memória, aprendizagem, etc.)
(iv) Diversidade de processos de conhecimento (ex. auditoria, criação, retenção/memória)
(v) Propósito/estágio da GC (avaliação, difusão, etc.)
(vi) Setor (domínio) da organização (ex. engenharia, finanças)
(vii) Natureza da organização (público, privado)
Adoção incremental da GC
Fonte:APQC roadmap do KM (2003)
Método OKA - Avaliação de GC
Fonte:Fresneda (2009)
Modelo de Choo (1998)
Fonte:Dalkir (2005)
10. conhecimento organizacional e sua
relação com os conhecimentos individuais e
coletivos, observados tanto nas dimensões
de processo como de conteúdo
GC se relaciona com a estratégia da
organização e prevê meios e práticas
de colocar o conhecimento como fator
de produção organizacional
GC focaliza processos e as atividades desempenhadas
por indivíduos para buscar meios de melhorar a
performance organizacional
GC se relaciona com gestão da informação, quando
focaliza a dimensão conteúdo e quando prevê as TIC
como instrumentos de apoio às suas práticas
12. Evolução das TICs nas organizações
TICs evoluíram dos dados ao conhecimento organizacional
As TICs evoluíram em forma bottom up
nas organizações.
Primeiro automatizaram processos
operacionais. Depois apoiaram atividades
gerenciais, passando a dar suporte estratégico
e apoio a soluções de conhecimento mais
recentemente.
Esta evolução centra os projetos de TI
em uma seqüência de ciclo
dado-> informação-> conhecimento
Profissionais com formação tecnológica
em engenharia de software (demandas
da GC semi-compreendidas).
FONTE: Pacheco 2004
13. É fundamental diferenciar TIC de EC
TIC sozinha não oferece as soluções de conhecimento que a GC necessita
GC costuma atribuir a parte
tecnológica às TICs ou, na melhor
das hipóteses utiliza sistemas de
conhecimento embutidos às TICS
A GC normalmente desconhece a
existência da Engenharia do
Conhecimento.
14. Maturidade da GC organizacional.
Qual é o futuro da GC?
Fatores estratégicos em projetos de GC
Carla O’Dell Cindy Hubert
http://www.slideshare.net/SIKM/trends-in-knowledge-management-16604522
ENGENHARIA DO
CONHECIMENTO
2011
Ubiquidade
16. Disciplina que se dedica à modelagem de conhecimento e à
criação e inserção de sistemas de conhecimento nas
organizações.
Como ramo da Inteligência Artificial, EC
era uma subdisciplina dedicada à criação
de sistemas especialistas
Fonte: KNUBLAUCH (2002)
Fonte: PACHECO (2013)
Em uma visão mais contemporânea, a EC se tornou
uma disciplina, que tem na IA uma de suas
disciplinas de contribuição e na GC e em outras
áreas organizacionais fontes de demanda por
sistemas de conhecimento.
17. Como a EC se posiciona em projetos GC
(Instituto Stela)
19. Caso 1: SGC organizacionais integrados
Instrumentalizando processos do cotidiano da organização (ubiquidade)
Fonte: Instituto Stela e SENAI-CE, 204
25. Caso 2: Integridade e valores
Mapeamento de eventos associados à integridade e aos valores dos
colaboradores
Que sistemas de conhecimento podem ajudar uma organização na
gestão da integridade dos valores exercidos por seus funcionários?
Gestão estratégica de ética e valores
1. Que valores a organização preconiza?
2. Que condutas espera de seus funcionários?
3. Que mecanismos utiliza para acompanhar o
cumprimento desses valores?
4. Que fluxo de informações adota nesta gestão?
5. Como avaliar o grau de integridade e
de alinhamento em nossa organização?
6. Estamos praticando os nossos valores?
7. Como levar as normas, diretrizes e políticas ao
cotidiano nas diversas agências e unidades da
organização?
26. Caso 2: Setor Financeiro
Gestão de integridade e valores
O que é? Plataforma de gestão estratégica de informação sobre integridade e valores sobre
os colaboradores da organização. Considera dados encaminhados de forma
desestruturada, utiliza ontologia organizacional para descobrir conhecimentos relevantes e
apresenta mapa estratégico de indicadores para acompanhamento da organização.
27. Caso 2: Setor Financeiro
Gestão de integridade e valores
O que faz?
Permite que a organização
gerencie ativos intangíveis
(normas e regulamentos) e
conecte-os às ações diárias
de seus funcionários
(mesmo diante de dados
desestruturados).
Revela fatos e
conhecimentos estratégicos
que influenciam as políticas
organizacionais de
educação corporativa e de
avaliação de colaboradores.
28. Caso 2: Setor Financeiro
Busca semântica
Resultado de uma busca por “assédio” em todas as bases de
dados e documentos geridos pelas diversas equipes que
registram as manifestações e as medidas disciplinares
O que faz?
Depois de indexar as
informações sobre
denúncias
encaminhadas ao
ombudsman, o
sistema utiliza busca
semântica para
relacioná-las com o
código de ética e
condutas da
organização.
29. A empresa desenvolveu um conjunto de SGCs,
mas não dispunha de visão integrada de seus
serviços.
Caso 3: Embraer
Busca semântica para integrar SGC desenvolvidos independentemente
Como utilizar busca semântica para integrar sistemas de gestão do
conhecimento desenvolvidos de forma independente em uma
organização?
Integração de sistemas
de conhecimento
1. Quantos SGC
desenvolvemos?
2. O que eles têm em comum?
3. Como definir um projeto de
busca semântica para
integrar os SGCs?
4. Quais são os benefícios
organizacionais?
5. Como o projeto pode ser
incremental e tratar cada
SGC da organização?
30. Caso 3: Embraer
Busca semântica para integrar informações internas e externas
Technical
Standards
EC
(Busca
semântica
)
Technical
Reports
Artigos
Manuais
CoPs –
Comunidade
s de Prática
Normas &
Regulação
SITUAÇÃO ATUAL
• Demora na localização
da informação.
• Busca de informação a
partir dos colegas.
• Reinvenção da roda.
PRINCÍPIOS DA BUSCA
SEMÂNTICA
Variações morfológicas
Ex., avião => aviões
Sinônimos
Ex. carro => automóvel, veículo motor
Generalizações
Ex., doença => câncer, gripe, aids
Descoberta de conceitos
Ex., iPhone => telefone celular
31. Caso 3: Embraer
Busca semântica para integrar informações internas e externas
BUSCA INTEGRADA
NAVEGAÇÃO VISUAL
Sobre as diferentes bases de conhecimento da empresa
DETALHAMENTO
Acesso aos conteúdos das diferentes bases de
conhecimento
32. Caso 4: Setor Elétrico
Como conectar conhecimentos e competências com nossos processos?
Questões estratégicas sobre o conhecimento organizacional
33. Caso 4: Setor Elétrico
Identificar e mitigar o risco de perda de conhecimento (análise p/ pro
Risco organizacional estratificado por processo.
34. Caso 4: Setor Elétrico
Processos e conhecimentos, capital humano e relacional e impacto organizacional
Para cada processo:
Conhecimentos
associados
Análise de ilhas
Análise de fluxo de
conhecimento
Previsão de impacto
nos indicadores de
resultado da perda
eminente de pessoas
(ex. previsão para
aposentadorias
associadas às tarefas
selecionadas).
35. Caso 4: Setor Elétrico
Modelagem de processos intensivos em conhecimento, sistemas e indicadores.
A estratégia de modelagem
compreende a identificação
dos intangíveis a partir dos
processos organizacionais e
da contextualização dos
conhecimentos críticos para a
consecução da estratégia
organizacional
Processos organizacionais Competências essenciais, sistemas e indicadores
36. Caso 5: Gestão estratégica de P&D
Como incluir sistemas de conhecimento e tornar P&D alinhada à inovação empresarial?
Modelo Lógico Input-Output
Kellogg Foundation. (2001)
Recursos/
Entradas
Atividades Saídas Resultados Impactos
Planejamento do trabalho
Kellogg Foundation. (2001)
Resultados almejados
Kellogg Foundation. (2001)
Recursos
humanos,
financeiros,
organizacionais
e comunitários
do programa
Processos,
ferramentas,
eventos,
tecnologias,
ações para
implementar
o programa
Produtos
diretos das
atividades
dos
programas
(tipos, níveis
e metas dos
serviços do
programa)
Mudança nos
participantes do
programa:
comportamento,
conhecimentos,
habilidades,
status e nível de
funcionamento
(1 a 7 anos)
Mudança
fundamental
intencional ou
não que ocorre
na organização,
comunidades,
sistemas como
resultados do
programa
(7 a 10 anos)
37. Caso 5: Gestão estratégica de P&D
Como incluir sistemas de conhecimento e tornar P&D alinhada à inovação empresarial?
38. Caso 5: Gestão estratégica de P&D
Gestão estratégica de seu processo de contratação de P&D
1. Programatização
2. Seleção de avaliadores
3. Seleção de Propostas
4. Acompanhamento de
projetos
5. Análise executiva
6. Memória e
Aprendizagem
40. EC e GC no Setor Elétrico
Contribuições
da EC
Sistêmica
Modelagem de conhecimento
Posicionamento estratégico da TIC
Tecnológica
Acompanhamento e retenção de
conhecimento
Análise de impactos sobre a
estratégia organizacional
Monitoramento de consumo e
recomendação
Análise instantânea de Big Data
(Smartgrid para o setor elétrico)
Oportunidades
estratégicas
Capital Intelectual
Retenção de conhecimentos
Capital relacional (fornecedores)
Processos estratégicos
Regulação e governança no setor
Inovação e P&D
Educação Corporativa
Comercialização
Customização (consumo)
41. Considerações Finais
• Tendência: Projetos contemporâneos de GC não
podem prescindir da EC (e da MC).
• Oportunidades: no setor elétrico, pode-se
combinar EC e GC tanto em produtos como em
P&D e inovação de impacto estratégico.
• Cenário nacional: GC+EC é uma das
possibilidades de “plataformas do conhecimento”
que o MCTI acaba de definir como visão
estratégica para o sistema brasileiro de inovação
42. Gestão e Engenharia do Conhecimento:
Perspectivas e Resultados Empresariais
Roberto C. S. Pacheco
pacheco@egc.ufsc.br
Seminário
Gestão do Conhecimento na Comercialização de Energia.
09/10/2014. Auditório da Sede da CELESC