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UFMT
                   Universidade Federal do Mato Grosso
                   Departamento de Matem´tica-CUR
                                        a




       ´
       Algebra de Clifford: Uma Estrutura Coerente


   Apliaca¸˜o: Generaliza¸˜o da Part´
          ca             ca         ıcula Relativ´
                                                 ıstica




Professor: Rosevaldo de Oliveira


                                   1
Conte´ do
     u
1 Um pouco de Hist´ria
                  o                                                      4

2 Estruturas Alg´bricas B´sicas
                e        a                                              6
   2.1   Anel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .    6
   2.2   Espa¸os vetoriais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
              c
   2.3   ´
         Algebras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
                ´
         2.3.1 Algebra de Lie . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

  ´
3 Algebras Geom´tricas do espa¸o euclidiano R3
               e              c                                         12

4 Formalismo Lagrangiano da Part´   ıcula Relativ´ ıstica com
  Spin                                                        20
       ´
  4.1 Algebra de Clifford no espa¸o Vn . . . . . . . . . . . . 20
                                c


                                    2
4.2   ´
        Algebra Geom´trica do Espa¸o de Minkowski R1,3 . . 25
                    e             c
  4.3   Sistema Dinˆmico Cl´ssico com Spin numa Variedade
                    a         a
        C4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
  4.4   Part´
            ıcula Livre Relativ´
                               ıstica sem Spin . . . . . . . . . 32

5 Coment´rios Finais e Pretens˜es Futuras
        a                     o                                     36
  5.1   Pesquisas em Andamento - (2010-2011) . . . . . . . . 39

Bibliografia                                                         39




                                  3
1    Um pouco de Hist´ria
                     o
1. 1843 Hamilton e a tentativa de generalizar os n´meros
                                                   u
   complexos: quat´rnions. A ´lgebra se desvinculou da
                   e         a
   Aritm´tica dos n´meros reais.
        e          u
2. 1844 Hermann Grassmann: generaliza os quat´rnions de
                                                   e
   Hamilton, pois ele trata de uma ´lgebra n˜o comutativa em N
                                   a        a
   dimens˜es; tamb´m conhecida como ´lgebra de extens˜o.
         o         e                   a               a
3. 1878 Clifford A verdadeira s´  ıntese dos trabalhos de Hamilton
                              ´
   e Grassmann foi obtida, a Algebra Geom´trica que
                                               e
                                       ´
   atualmente tamb´m ´ donominada Algebra de Clifford.
                   e e
      ´                                                 ´
   A Algebra de Clifford n˜o possui as incoerˆncias da Algebra de
                           a                  e
                                    ´
   Gibbs. Mais do isso, as corrige. E uma estrutura fechada, onde
    o produto da ´lgebra ´ unico, e n˜o dois produtos como no caso
                 a       e´          a
                                                        ´
    de Gibbs. E os spinores aparecem naturalmente na Algebra de


                                4
Clifford, portanto pode-se dar uma interpreta¸˜o geom´trica
                                              ca      e
  para os spinores.
4. 1886 Gibbs: tentou unificar os quat´rnions com a ´lgebra de
                                      e            a
   Grassmann, e encontrou o que hoje conhecemos como ´lgebra
                                                      a
   vetorial.
5. Anos 60, Hestenes: Hestenes generalizou o c´lculo, criando o
                                                           a
   c´lculo multivetorial, onde ele mostra que o c´lculo de Gibbs ´
    a                                                    a       e
   apenas um caso particular de uma estrutura maior. Tamb´m   e
   reformulou o formalismo Hamiltoniano para usando
   multivetores, [?], [?],[?], [?], [?], [?], [?], [?] e [?].
6. 2005 Pavsic: definiu a a¸˜o da part´
                            ca          ıcula livre no espa¸o de
                                                           c
   Clifford C4 , e mostrou que esta a¸˜o ´ equilavente ` teoria de
                                    ca e               a
   Stueckelberg.
  Pavsic [?], [?] e [?] definiu a a¸˜o da part´
                                  ca         ıcula livre no espa¸o
                                                                c
  de Clifford C4 , e mostrou que esta a¸˜o ´ equilavente ` teoria
                                        ca e               a


                                5
de Stueckelberg.


2      Estruturas Alg´bricas B´sicas
                     e        a

2.1     Anel
Um anel ´ uma estrutura alg´brica (A, +, ·) satisfazendo
        e                  e
 • (A, +) ´ um grupo abeliano, para a, b, c ∈ A tem-se que:
          e
      1. (a + b) + c = a + (b + c) associativa
      2. a + b = b + a comutativa
      3. 0 + b = b e b + 0 = b elemento neutro
      4. a + (−a) = (−a) + a = 0 elemento oposto
 • A opera¸˜o (·) ´ associativa, (a.b).c = a.(b.c)
          ca      e
 • A opera¸˜o (·) ´ distributiva a.(b + c) = a.b + a.c
          ca      e


                                    6
2.2   Espa¸os vetoriais
          c
Defini¸˜o Um espa¸o vetorial V sobre um corpo K ´ um conjunto
       ca           c                             e
de elementos chamados vetores dotados de uma opera¸˜o “ + ”:
                                                    ca
V × V → V denominada soma vetorial e tamb´m de um produto
                                           e
por escalares K × V → V com as seguintes propriedades
 1. A cada par u, v ∈ V de vetores ´ associado um elemento
                                   e
    u + v ∈ V denominado soma de u e v
  (a) A soma ´ comutativa: u + v = v + u
             e
  (b) A soma ´ associativa: u + (v + w) = (u + v) + w
             e
   (c) A soma possui um elemento neutro: u + 0 = u, e 0 + u = u
  (d) A soma possui elemento inverso: u + (−u) = 0
 2. A cada par α ∈ K, e u ∈ V existe um vetor denotado por
    αu ∈ V
  (a) αu = uα


                                7
(b) α(βu) = (αβ)u
  (c) 1u = u
  (d) α(u + v) = αu + βv
  (e) (α + β)u = αu + βu
Exemplos
1. Seja (K, +, ·) um corpo, o produto cartesiano
   K n = {(k1 , . . . , kn ), kj ∈ K; j = 1, ..., n} ´ um espa¸o vetorial
                                                                e          c
   sobre K. Com opera¸˜o soma definida por
                                   ca
   (k1 , . . . , kn ) + (l1 , . . . , ln ) = (k1 + l1 , . . . , kn + ln ) e um produto
   por escalares dado por α(k1 , . . . , kn ) = (αk1 , . . . , αkn ).
2. Exemplos s˜o: Rn , Cn e K = (Zp )n s˜o espa¸os vetoriais.
             a                         a      c




                                          8
2.3     ´
        Algebras
Defini¸˜o: Uma ´lgebra ´ um espa¸o vetorial V sobre um corpo
       ca        a        e        c
K dotado de uma opera¸˜o bin´ria “ · ” dita produto da ´lgebra, de
                       ca     a                          a
modo que as seguintes propriedades s˜o satisfeitas para a, b, c ∈ V e
                                    a
α, β ∈ K
 1. O produto da ´lgebra ´ distributivo em rela¸˜o a soma vetorial
                 a       e                     ca
                         a.(b + c) = a.b + a.c                    (1)
                         (a + b).c = a.c + b.c                    (2)

 2. O produto por escalares comuta com o produto da ´lgebra e ´
                                                    a         e
    distributivo


                      α(a.b) = (αa).b = a.(αb)                    (3)

      Uma ´lgebra ´ dita ser comutativa ou ´lgebra abeliana se
          a       e                        a

                                   9
a.b = b.a. Uma ´lgebra ´ associativa se a.(b.c) = (a.b).c.
                  a       e


2.3.1   ´
        Algebra de Lie

Uma ´lgebra L sobre um corpo K ´ dita ser uma ´lgebra de Liea se
     a                           e               a
seu produto al´m das propriedades b´sicas satisfaz
              e                    a
 • Para todo a ∈ L vale [a, a] = 0.
 • Para todo a, b, c ∈ L a identidade de Jacobi ´ v´lida
                                                e a


                    [a, [b, c]] + [c, [a, b]] + [b, [c, a]] = 0   (4)

Propriedades importantes desta ´lgebra. Para todo a, b ∈ L devido
                                   a
o fato que [a, a] = 0, ent˜o [a + b, a + b] = 0 e devido as
                          a
propriedades b´sicas de uma ´lgebra
                a               a
  a Marius   Sophus Lie (1842-1899)



                                        10
[a + b, a + b] =   0                 (5)
                               = [a, b] + [b, a]      (6)

E assim obtemos a importante propriedade da ´lgebra
                                            a
[a, b] = −[b, a].




                              11
3    ´
     Algebras Geom´tricas do espa¸o
                   e             c
     euclidiano R3
Escolhemos um vetor v ∈ R3 . Se {e1 , e2 , e3 } ´ uma base de
                                                e

                       v = v1 e1 + v2 e2 + v3 e3

.
Queremos que o teorema de Pit´goras seja v´lido
                             a            a



                      |v|2 = v1 + v2 + v3
                              2    2    2
                                                                (7)

O produto de um vetor por ele mesmo ´ dado por
                                    e



                                  12
P (v, v) = |v|2   =      2
                                      v1 e2 + v2 e2 + v3 e2
                                          1
                                               2
                                                  2
                                                       2
                                                          3      (8)
                                +     v1 v2 [e1 e2 + e2 e1 ]
                                +     v1 v3 [e1 e3 + e3 e1 ]
                                +     v2 v3 [e2 e3 + e3 e2 ]

Para que seja v´lido o teorema de Pit´goras o produto deve ser
               a                     a
definido por


                   e2 = 1
                    i           com i = 1, 2, 3                  (9)
                  ei ej + ej ei = 0         i=j

Esta ´ a Escolha de Clifford.
     e
Os ei definimos como sendo vetores, mas ei ej o que ´? vetor?
                                                   e
escalar? Sabemos que um escalar α e um vetor u, ´ v´lido a
                                                 e a


                                    13
seguinte rela¸˜o
             ca
                              αu = uα
Vamos verificar esta propriedades dos escalares para (e1 e2 )


                   (e1 e2 )e1 = −e1 e1 e2 = −e2                (10)
                                e1 (e1 e2 ) = e2               (11)

Portanto a quantidade e1 e2 n˜o pode ser considerada um escalar.
                             a
Vamos verificar se esta quantidade ´ um vetor. Sabemos que o
                                  e
quadrado de um vetor ´ maior ou igual a zero |v|2 = v 2 0, ent˜o
                      e                                       a


            (e1 e2 )2 = e1 e2 e1 e2 = −e2 e2 = −1 < 0
                                        1 2                    (12)

Desta forma e1 e2 tamb´m n˜o ´ um vetor! Ent˜o o que ´?
                      e   a e               a        e
Por enquanto vamos limitar a defini¸˜o de que ei ej ´ um 2-vetor ou
                                  ca               e

                                  14
bi-vetor e est´ associado a um fragmento de plano.
              a
Da mesma forma o elemento e1 e2 e3 tamb´m n˜o ´ nem escalar nem
                                       e   a e
vetor, ´ um 3-vetor ou tri-vetor.
       e
Podemos provar que os 2-vetores formam um espa¸o vetorial
                                                 c
denotado por ∧2 (R3 ). E os 3-vetores tamb´m formam um espa¸o
                                          e                c
vetorial dado por ∧3 (R3 ).
Vamos classificar os espa¸os vetorial gerado pelo produto
                        c
geom´trico:
    e


           dimens˜o
                 a     Espa¸o vetorial
                           c             elementos
               1           ∧0 (R3 )      escalares
               3           ∧1 (R3 )       vetores          (13)
               3           ∧2 (R3 )      2-vetores
               1           ∧3 (R3 )      tri-vetor

                                15
Seja A ∈ Cl3 um multivetor

                     A = A0 + A1 + A2 + A3 ,

onde Ak ∈ ∧k (R3 ) ´ um k-vetor.
                   e
          ¸˜
 1. PROJECAO: Definamos a rela¸˜o de proje¸˜o da seguinte
                             ca          ca
    forma


                      <>k : ∧(R3 ) → ∧k (R3 )
                               < A >k = Ak               (14)

          ¸˜
 2. INVOLUCAO: esta opera¸˜o ´ definida por
                         ca e
                          ˆ
                          Ak = (−1)k Ak                  (15)

    a gradua¸˜o de Ak ´ par se (−1)k = +1 e ´ ´
            ca        e                     e ımpar se
    (−1)k = −1.


                                   16
˜
3. REVERSAO: que ´ denotada por A
                       e                ˜k = (−1) k(k−1) Ak ,
                                                     2


   portanto o multivetor A altera-se para


                     ˜
                     A = A0 + A1 − A2 − A3                      (16)

                                 ¯   ˜
                                     ˆ
          ¸˜        ¸˜        ˜
4. CONJUGACAO=INVOLUCAO+REVERSAO A = A
5. NORMA A norma de um multivetor ´ dada por
                                  e
                                   ˜
                           |A|2 =< AA >0 .

6. DUALIDADE Dado um k-vetor Ak definamos o seu dual por


                                 ˜
                           ∗Ak = Ak I                           (17)
                            I = e1 e2 e3

   A opera¸˜o dualidade transforma um k − vetor em um
          ca


                                17
3 − k − vetor, devido ao fato de existir um isomorfismo entre
  ∧k (R3 ) ∼ ∧3−k (R3 ).
  Alguns exemplos desta opera¸˜o:
                             ca


                       ∗1 = I = e1 e2 e3
                            ∗e1 = e2 e3
                            ∗e2 = e3 e1
                            ∗e3 = e1 e2
                          ∗(e1 e2 ) = e3
                          ∗(e3 e1 ) = e2
                          ∗(e2 e3 ) = e1
                                   ∗I = 1                   (18)

7. PRODUTO VETORIAL Na ´lgebra de Clifford definimos o
                       a


                              18
produto vetorial entre dois vetores da seguinte forma


        v × u = ∗(v ∧ u) = −(v ∧ u)I = −I(v ∧ u)        (19)




                            19
4     Formalismo Lagrangiano da Part´
                                    ıcula
      Relativ´
             ıstica com Spin

4.1    ´
       Algebra de Clifford no espa¸o Vn
                                 c
Considere um espa¸o Vn de dimens˜o arbitr´ria n. Para cada ponto
                         c              a       a
do espa¸o Vn podemos associar n parˆmetros xµ , onde
        c                                  a
µ = 1, 2, 3, . . . , n, que s˜o conhecidas como sendo as coordenadas
                             a
deste ponto. Podemos entender os pontos como sendo as casas em
uma cidade e as coordenadas s˜o os n´meros das casas, elas podem
                                    a      u
ser escolhidas de forma arbitr´ria, mas uma vez definidas n˜o
                                   a                           a
devem ser alteradas.
O quadrado da distˆncia entre os pontos deste espa¸o ´ definida
                  a                               c e
como
                       ds2 = gµν dxµ dxν                       (20)


                                 20
gµν ´ o tensor m´trico do espa¸o Vn . O elemento ds2 ´ invariante
    e           e              c                     e
por uma transforma¸˜o geral de coordenadas xµ → x µ = f (xµ ).
                    ca
Lidar com a express˜o quadr´tica leva a algumas complica¸˜es n˜o
                    a        a                            co    a
lineares quando tentamos tirar a raiz. Portanto definimos o
seguinte objeto

                           dx = dxµ eµ                              (21)

que satisfaz o seguinte desenvolvimento
                               1
   dx2   =   eµ eν dxµ dxν =     (eµ eν + eν eµ )dxµ dxν = gµν dxµ dxν
                                                                     (22)
                               2
             1
   gµν   ≡     (eµ eν + eν eµ )                                     (23)
             2
Os objetos eµ s˜o vetores bases de uma ´lgebra de Clifford, e
                a                      a
portanto o objeto dx = dxµ eµ ´ um vetor contido na estrutura
                              e
alg´brica citada. Enquanto que a m´trica ´ um elemento da ´lgebra
   e                               e     e                 a
constitu´ de bivetores.
        ıdo

                                   21
Podemos definir a seguinte diferencia¸˜o
                                    ca
                       dx     dxµ
                           =      eµ                          (24)
                       dτ      dτ
onde τ ´ um parˆmetro arbitr´rio invariante por transforma¸˜o
        e       a           a                             ca
geral de coordenadas.
                                        dx    µ     dxµ
Fa¸amos as seguintes denota¸˜es a =
  c                        co           dτ   ea =    dτ ,   com isto a
equa¸˜o acima torna-se
    ca
                           a = a µ eµ                                    (25)

No caso de dois objetos semelhantes teremos o seguinte
                  (a + b)2 = a2 + ab + ba + b2                           (26)
e
             1            1
       a.b = (ab + ba) = (eµ eν + eν eµ )aµ aν = gµν aµ aν               (27)
             2            2
este ´ o produto interno da ´lgebra de Clifford.
     e                      a

                                 22
O produto externo ´ definido por
                  e
                 1           1
          a ∧ b = (ab − ba) = (eµ eν − eν eµ )aµ aν          (28)
                 2           2
´
E importante notar que a = aµ eµ ´ um vetor, aµ s˜o suas
                                 e                a
componentes e eµ s˜o suas bases. As componentes aµ e as bases eµ
                   a
s˜o alteradas devido uma transforma¸˜o geral de coordenadas,
 a                                  ca
enquanto que a ou dx n˜o se altera (s˜o invariantes).
                       a             a
Importante:
 • A raiz quadrada da distˆncia ´ um vetor
                          a     e
 • Os vetores s˜o elementos da ´lgebra de Clifford
               a               a
 • Os vetores s˜o objetos que s˜o invariantes sob transforma¸˜o
               a               a                            ca
   geral de coordenadas.
Consideremos agora o elemento mais geral poss´ desta ´lgebra de
                                             ıvel    a
Clifford

                               23
1             1
A = α + αµ eµ + αµν eµ ∧ eν + αµνρ eµ ∧ eν ∧ eρ ∧ eσ + . . . (29)
               2             3!
                                  1
                                + αµνρ... eµ ∧ eν ∧ eρ . . .
                                 n!
as componentes deste Polivetor s˜o escalares, vetores, bivetores,
                                  a
trivetores, quadrivetores, etc...




                                 24
4.2   ´
      Algebra Geom´trica do Espa¸o de
                    e           c
      Minkowski R1,3

O espa¸o vetorial de Minkowsky (espa¸o-tempo) possui 4 vetores
       c                              c
bases linearmente independentes eµ , µ = 0, 1, 2, 3. Vamos
considerar neste momento que o espa¸o-tempo seja plano, neste
                                     c
caso as bases γµ obedecem a seguinte rela¸˜o
                                         ca

                         γµ · γν = ηµν                        (30)

onde ηµν ´ um tensor m´trico diagonal com assinatura (+, −, −, −).
         e            e
Um elemento geral deste espa¸o, isto ´, um polivetor ´ dado por
                            c        e               e
                     1 µν      1           1
   D = d + dµ γν +      d γµν + dµνρ γµνρ + dµνρσ γµνρσ       (31)
                     2!        3!          4!



                                 25
onde os coeficientes (d, dµ , dµν , dµνρ e dµνρσ ) s˜o escalares, e
                                                   a

              γµ                                vetor
              γµν = γµ ∧ γν                     bivetor
                                                                     (32)
              γµνρ = γµ ∧ γν ∧ γρ               trivetor
              γµνρσ = γµ ∧ γν ∧ γρ ∧ γσ         quadrivetor

O elemento de volume do espa¸o de Minkowski plano ´ um
                            c                     e
pseudoescalar dado por
                                                            2
       γ5 = γ0 ∧ γ1 ∧ γ2 ∧ γ3 = γ0 γ1 γ2 γ3                γ5 = −1   (33)

Usando as rela¸˜es
              co
                         γµνρσ = γ5      µνρσ                        (34)
                          γµνρ = γµνρσ γ σ                           (35)
onde   µνρσ   ´ um tensor totalmente antisim´trico, introduzindo os
              e                             e


                                    26
novos coeficientes
                                                   1 µν
                    S = d,   V µ = dµ ,   T µν =     d    (36)
                                                   2
              1 µνρ                   1 µνρσ
          Cσ = d        µνρσ ,     P = d           µνρσ   (37)
              3!                      4!

Usando as rela¸˜es acima podemos escrever D como uma soma de
                co
escalar, vetor, pseudovetor e pseudoescalar

          D = S + V µ γµ + T µν γµν + C µ γ5 γµ + P γ5    (38)




                                  27
4.3    Sistema Dinˆmico Cl´ssico com Spin numa
                  a       a
       Variedade C4

Pavsic [?], [?] e [?] definiu a a¸˜o da part´
                                ca         ıcula livre no espa¸o de
                                                              c
Clifford C4 , e mostrou que esta a¸˜o ´ equilavente ` teoria de
                                   ca e               a
Stueckelberg [?].
O que Pavsic propˆs foi escrever a a¸˜o numa variedade de Clifford
                 o                  ca
ou em C4 (“C-space”) ao inv´s do espa¸o-tempo. O espa¸o-tempo ´
                             e         c               c        e
um sub-espa¸o da variedade de Clifford C4 .
           c
O conceito de velocidade e momento da part´
                                          ıcula s˜o generalizados.
                                                 a
O momento e a velocidade s˜o definidos como polivetores, isto ´
                            a                                 e



           P    =   µ + pµ eµ + S µν eµ eν + π µ e5 eµ + me5     (39)
           ˙
           X    =   ˙   ˙       ˙            ˙
                    σ + xµ eµ + αµν eµ eν + ξ µ e5 eµ + se5
                                                         ˙       (40)


                                  28
onde os termos S µν = −S νµ e αµν = −ανµ . E a seguinte rela¸˜o ´
                                                            ca e
v´lida
 a

                           eµ · eν = ηµν                        (41)

onde ηµν ´ um tensor m´trico diagonal com assinatura (+, −, −, −).
         e            e
A a¸˜o ´ definida por
   ca e


                       1        ˙   ˙
        I[X, P, λ] =       dτ P X + XP − λ(P 2 − K 2 )          (42)
                       2
onde a “massa”generalizada ´ dada por
                           e



         K 2 = η 2 + k µ eµ + K µν eµ eν + K µ e5 eµ + k 2 e5   (43)

onde η 2 pode ser positivo, negativo ou zero.


                                    29
Escreveremos as componentes da Lagrangiana de forma expl´
                                                        ıcita
                                                   4
         1   ˙   ˙
      L=   P X + XP − λ(P 2 − K 2 ) =                   < L >k     (44)
         2
                                                  k=0


Agora fa¸amos a varia¸˜o em fun¸˜o do multiplicador de Lagrange
        c            ca        ca
∂ < L >0
           =0         µ2 + pµ pµ + π µ πµ − m2 − 2S µν Sµν − η 2 (45)
                                                                 =0
   ∂λ
∂ < L >1                        µν    ρ      1
           =0         µπσ − S        π µνρσ − kσ = 0               (46)
   ∂λ                                        2
∂ < L >2
           =0         (π µ π ν + mS µν )   µνρσ   + 2µSρσ − Kρσ = 0(47)
   ∂λ
∂ < L >3                        µν ρ         1
           =0         µπσ + S        p µνρσ + ησ = 0               (48)
   ∂λ                                        2
∂ < L >4
           =0         2µm + S µν S ρσ      µνρσ   − k2 = 0         (49)
   ∂λ


                                 30
Das equa¸˜es (??) e (??) obtemos as seguintes rela¸˜es
        co                                        co
                           ησ    1
                      πσ −    = − S µν pρ      µνρσ                           (50)
                           2µ    µ
                           kσ    1 µν ρ
                      pσ −    =− S π           µνρσ                           (51)
                           2µ    µ
                          ησ
o pseudovetor πσ −        2µ   comporta-se como o pseudovetor
Pauli-Lubanski.
Das rela¸oes acima podemos mostrar que
        c˜
           µ                       ησ           µ                        kσ
S µν =            µνρσ
                         pρ πσ −        =−              µνρσ
                                                               πρ pσ −         (52)
         2pα pα                    2µ        2π α πα                     2µ
para obter a axpress˜o acima assumimos as seguintes rela¸˜es
                    a                                   co
                         S µν pν = 0    S µν πν = 0                           (53)
                                                    2
                  σ                            ησ
Para positivo p pσ > 0, obtemos πσ −       < 0 (s˜o componentes
                                               2µa
de um vetor tipo espa¸o. Da mesma forma, π σ πσ < 0 isto resulta
                     c

                                        31
2
        kσ
 pσ −   2µ       > 0, ent˜o estas s˜o as componentes de um vetor tipo
                         a         a
tempo. Inserindo (??) na (??) e levando em conta a (??) obtemos

                             2mµ − k 2 = 0                        (54)


4.4     Part´
            ıcula Livre Relativ´
                               ıstica sem Spin

Assumiremos que K 2 = 0 e a condi¸˜o (??) seja mantida, das
                                   ca
equa¸˜es dos v´
    co        ınculos (??)-(??) nos fornece que

                     S µν = 0   , πµ = 0   e µ=0                  (55)

o unico v´
  ´      ınculo que permanece ´
                              e

                            pµ pµ − m2 = 0                        (56)



                                     32
A a¸˜o (??) torna-se
   ca

                      µ                              λ
I[X, P, λ] = I[s, m, x , pµ , λ] =    dτ −ms + pµ x − (pµ pµ − m2 ) (57)
                                           ˙      ˙      µ
                                                     2
onde a massa m ´ uma vari´vel dinˆmica associada ao momento s.
               e         a       a
Temos que

              P = pµ eµ + me5         ˙
                                      X = xµ eµ + se5
                                          ˙       ˙            (58)

As equa¸˜es de movimento s˜o dadas por
       co                 a

                   δm :                   −s + λm = 0
                                           ˙                   (59)
                    δs :                  m=0
                                          ˙                    (60)
                   δpµ :                  xµ − λpµ = 0
                                          ˙                    (61)
                   δxµ :                  pµ = 0
                                          ˙                    (62)
                    δλ :                  pµ pµ − m2 = 0       (63)


                                     33
Podemos mostrar que
                                         xµ
                                         ˙      dxµ
                                    pµ =    =m             (64)
                                         λ       ds
           s 2 = λ2 m 2 = x 2 ,
           ˙              ˙       i.e. ds2 = dxµ dxµ       (65)

usando a rela¸˜o (??) encontramos que
             ca
                  λ 2    ms˙    1 d
             −ms + m = −
               ˙             =−      (ms)                  (66)
                  2      2      2 dτ
Se escolhermos fixar λ = Λ(τ ) obteremos a seguinte a¸˜o
                                                    ca
                                        Λ(τ ) µ
                I=       dτ (pµ xµ −
                                ˙            p pµ )        (67)
                                         2
esta ´ justamente a a¸˜o de Stueckelberg. As equa¸˜es de
     e               ca                          co
movimento derivada da a¸˜o (??) s˜o dadas por
                         ca       a

                          xµ − Λpµ = 0
                          ˙                                (68)
                                  pµ = 0
                                  ˙                        (69)


                                   34
a equa¸ao (??) nos informa que o momento ´ uma constante de
      c˜                                 e
movimento, denotaremos que pµ pµ = m2 . Da equa¸˜o (??) obtemos
                                               ca

                   µ    xµ
                        ˙       dxµ
                  p = m√ ν   =m                            (70)
                        x xν
                        ˙ ˙      ds




                              35
5    Coment´rios Finais e Pretens˜es
             a                   o
     Futuras
O que foi feito na se¸˜o anterior foi muito diferente do que tem sido
                      ca
                      e              ´
feito na literatura at´ o momento. E usual assumirmos que a f´  ısica
acontece no espa¸o tempo e por isto o princ´
                  c                          ıpio variacional ´
                                                              e
empregado sobre o espa¸o-tempo. O que a ´lgebra de Clifford nos
                         c                   a
sugere ´ que podemos encontrar a relatividade n˜o no
        e                                         a
espa¸o-tempo, mas em uma variedade de Clifford Cn , cujos pontos
     c
s˜o as coordenadas dos polivetores
 a
                    n
             1
          X=            X µ1 ...µr γµ1 ∧ ... ∧ γµr ≡ X A EA         (71)
             r!   r=0

onde X A s˜o as coordenadas e EA = (1, γµ , γµ ∧ γν , ...) s˜o os
           a                                                a
vetores bases do espa¸o Cn .
                     c


                                    36
A a¸˜o invariante por reparametriza¸˜o da a part´
    ca                             ca           ıcula livre ´ dada
                                                            e
por

                      A
                  I[X ] = κ         ˙ A XA ) 1
                                dτ (X ˙ 2                         (72)

Se assumirmos que a dimens˜o do espa¸o-tempo ´ n = 4, ent˜o
                          a         c        e           a
obteremos que
    ˙   ˙        ˙
    X ≡ X A EA = X     =                           ˙
                           σ + xµ eµ + αµν eµ eν + ξ µ e5 eµ + se5 (73)
                           ˙   ˙       ˙                       ˙

Em um caso particular das condi¸˜es iniciais teremos
                               co
                                                 1
                 I[X A ] = κ   dτ (xµ xµ − s) 2
                                   ˙ ˙     ˙                      (74)

Uma escolha natural do gauge ´ s = τ , a a¸˜o reduzida ´ dada por
                             e            ca           e
                                                 1
                 I[X A ] = κ   ds(xµ xµ − 1) 2
                                  ˙ ˙                             (75)


                                 37
e as equa¸˜es de movimento s˜o
         co                 a
         dpµ                µ           κxµ
                                         ˙
             = 0,       p =                         1   = constante   (76)
          ds                        (xν xν
                                     ˙ ˙     − 1)   2


Definindo que a constante de movimento seja
 µ       2     κ2 xµ xµ
                  ˙ ˙
p pµ = M = ν            1 obteremos o seguinte resultado
              (x xν −1) 2
               ˙ ˙

                     M xµ
                       ˙                        κ(xµ xµ )1/2
                                                  ˙ ˙
            pµ =                ,      M=                             (77)
                     ˙ νx )1
                    (x ˙ ν 2                   (xν xν
                                                ˙ ˙       − 1)
                                                                 1
                                                                 2



A diferen¸a neste formalismo ´ que a massa n˜o uma contante
         c                   e              a
fixada na a¸˜o, mas uma constante de movimento.
           ca




                                        38
5.1   Pesquisas em Andamento - (2010-2011)
1. Encontrar a estrutura Hamiltoniana desta teoria e quantiza¸˜o
                                                             ca
   via integra¸˜o funcional.
              ca
2. Encontrar as transforma¸˜es passivas e ativas da relatividade
                            co
   especial. (Projeto de Inicia¸˜o cient´
                               ca       ıfica PIBIC em andamento)
                ´
3. Relacionar a Algebra de Clifford com as Teorias de Quebra
   Espontˆnea da Simetria de Lorentz.
          a
4. Estudar a estrutura espinorial de forma geom´trica.
                                               e
5. Outros projetos.


Referˆncias
     e
 [1] D. Hestenes, SpaceTime Algebra, Gordon and Breach, New
     York, (1966).

                               39
[2] Hestenes D., Multivector Calculus, J. Math. Anal. Appl., 24
    (1968), 313-325.
[3] D. Hestenes and G. Sobczyk (1984), Clifford Algebra to
    Geometric Calculus, D. Reidel Publ. Co., Dordrecht/Boston.
[4] D. Hestenes (1986), A Unified Language for Mathematics and
    Physics. In: J. S. R. Chisholm and A. K. Common (eds.),
    Clifford Algebras and their Applications in Mathematical
    Physics, D. Reidel Publ. Co., Dordrecht/Boston, pp. 1-23.
[5] D. Hestenes (1986), New Foundations for Classical
    Mechanics, D. Reidel Publ. Co., Dordrecht/Boston.
[6] D. Hestenes (1987), Curvature Calculations with SpaceTime
    Algebra, Int. J. Theo. Phys. 25, 581-588; Spinor Approach to
    Gravitational Motion and Precession, IJTP 25, 589-598.
[7] D. Hestenes (1988), Universal Geometric Algebra, Simon
    Stevin 62, 253-274.

                              40
[8] Hestenes D., Mathematical viruses, in Clifford Algebras and
     their Applications in Mathematical Physics, A. Micali et al
     (eds.), Kluwer, Dordrecht, (1992), 3-16.
 [9] Hestenes D., Differential Forms in Geometric Calculus, in
     Clifford Algebras and their Applications in Mathematical
     Physics, F. Brackx et al (eds.), Kluwer, Dordrecht, (1993),
     269-285.
[10] Stueckelberg, E.C.G. (1941) Un Nouveau mod`le de l’´lectron
                                                    e        e
     ponctuel en th´orie classique, Helvetica Physica Acta 14,
                   e
     51-55; Stueckelberg, E.C.G. (1941) Remarque ` propos de la
                                                     a
     cr´ation de paires de particules en th´orie de de relativit´,
       e                                   e                    e
     Helvetica Physica Acta 14, 588 (1941); Stueckelberg, E.C.G.
     (1942) Helvetica Physica Acta 15, 23-37.
[11] Pavsic, M. Clifford algebra as a useful language for geometry
     and physics, in H.Gauster, H. Grosse and L. Pittner (eds.),


                                41
Geometry and Physics, Springer, Berlin, pp. 395-395 (2000)
[12] Pavsic, M. Clifford-algebra based polydimensional relativity
     and relativistic dynamics, Foundations of Physics 31,
     1185-1209 (2001).
[13] Pavsic, M. The Landscape of Theoretical Physics : A Global
     View, Kluwer Academic Publishers, Dordrecht (2001).




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  • 1. UFMT Universidade Federal do Mato Grosso Departamento de Matem´tica-CUR a ´ Algebra de Clifford: Uma Estrutura Coerente Apliaca¸˜o: Generaliza¸˜o da Part´ ca ca ıcula Relativ´ ıstica Professor: Rosevaldo de Oliveira 1
  • 2. Conte´ do u 1 Um pouco de Hist´ria o 4 2 Estruturas Alg´bricas B´sicas e a 6 2.1 Anel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 2.2 Espa¸os vetoriais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 c 2.3 ´ Algebras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 ´ 2.3.1 Algebra de Lie . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 ´ 3 Algebras Geom´tricas do espa¸o euclidiano R3 e c 12 4 Formalismo Lagrangiano da Part´ ıcula Relativ´ ıstica com Spin 20 ´ 4.1 Algebra de Clifford no espa¸o Vn . . . . . . . . . . . . 20 c 2
  • 3. 4.2 ´ Algebra Geom´trica do Espa¸o de Minkowski R1,3 . . 25 e c 4.3 Sistema Dinˆmico Cl´ssico com Spin numa Variedade a a C4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 4.4 Part´ ıcula Livre Relativ´ ıstica sem Spin . . . . . . . . . 32 5 Coment´rios Finais e Pretens˜es Futuras a o 36 5.1 Pesquisas em Andamento - (2010-2011) . . . . . . . . 39 Bibliografia 39 3
  • 4. 1 Um pouco de Hist´ria o 1. 1843 Hamilton e a tentativa de generalizar os n´meros u complexos: quat´rnions. A ´lgebra se desvinculou da e a Aritm´tica dos n´meros reais. e u 2. 1844 Hermann Grassmann: generaliza os quat´rnions de e Hamilton, pois ele trata de uma ´lgebra n˜o comutativa em N a a dimens˜es; tamb´m conhecida como ´lgebra de extens˜o. o e a a 3. 1878 Clifford A verdadeira s´ ıntese dos trabalhos de Hamilton ´ e Grassmann foi obtida, a Algebra Geom´trica que e ´ atualmente tamb´m ´ donominada Algebra de Clifford. e e ´ ´ A Algebra de Clifford n˜o possui as incoerˆncias da Algebra de a e ´ Gibbs. Mais do isso, as corrige. E uma estrutura fechada, onde o produto da ´lgebra ´ unico, e n˜o dois produtos como no caso a e´ a ´ de Gibbs. E os spinores aparecem naturalmente na Algebra de 4
  • 5. Clifford, portanto pode-se dar uma interpreta¸˜o geom´trica ca e para os spinores. 4. 1886 Gibbs: tentou unificar os quat´rnions com a ´lgebra de e a Grassmann, e encontrou o que hoje conhecemos como ´lgebra a vetorial. 5. Anos 60, Hestenes: Hestenes generalizou o c´lculo, criando o a c´lculo multivetorial, onde ele mostra que o c´lculo de Gibbs ´ a a e apenas um caso particular de uma estrutura maior. Tamb´m e reformulou o formalismo Hamiltoniano para usando multivetores, [?], [?],[?], [?], [?], [?], [?], [?] e [?]. 6. 2005 Pavsic: definiu a a¸˜o da part´ ca ıcula livre no espa¸o de c Clifford C4 , e mostrou que esta a¸˜o ´ equilavente ` teoria de ca e a Stueckelberg. Pavsic [?], [?] e [?] definiu a a¸˜o da part´ ca ıcula livre no espa¸o c de Clifford C4 , e mostrou que esta a¸˜o ´ equilavente ` teoria ca e a 5
  • 6. de Stueckelberg. 2 Estruturas Alg´bricas B´sicas e a 2.1 Anel Um anel ´ uma estrutura alg´brica (A, +, ·) satisfazendo e e • (A, +) ´ um grupo abeliano, para a, b, c ∈ A tem-se que: e 1. (a + b) + c = a + (b + c) associativa 2. a + b = b + a comutativa 3. 0 + b = b e b + 0 = b elemento neutro 4. a + (−a) = (−a) + a = 0 elemento oposto • A opera¸˜o (·) ´ associativa, (a.b).c = a.(b.c) ca e • A opera¸˜o (·) ´ distributiva a.(b + c) = a.b + a.c ca e 6
  • 7. 2.2 Espa¸os vetoriais c Defini¸˜o Um espa¸o vetorial V sobre um corpo K ´ um conjunto ca c e de elementos chamados vetores dotados de uma opera¸˜o “ + ”: ca V × V → V denominada soma vetorial e tamb´m de um produto e por escalares K × V → V com as seguintes propriedades 1. A cada par u, v ∈ V de vetores ´ associado um elemento e u + v ∈ V denominado soma de u e v (a) A soma ´ comutativa: u + v = v + u e (b) A soma ´ associativa: u + (v + w) = (u + v) + w e (c) A soma possui um elemento neutro: u + 0 = u, e 0 + u = u (d) A soma possui elemento inverso: u + (−u) = 0 2. A cada par α ∈ K, e u ∈ V existe um vetor denotado por αu ∈ V (a) αu = uα 7
  • 8. (b) α(βu) = (αβ)u (c) 1u = u (d) α(u + v) = αu + βv (e) (α + β)u = αu + βu Exemplos 1. Seja (K, +, ·) um corpo, o produto cartesiano K n = {(k1 , . . . , kn ), kj ∈ K; j = 1, ..., n} ´ um espa¸o vetorial e c sobre K. Com opera¸˜o soma definida por ca (k1 , . . . , kn ) + (l1 , . . . , ln ) = (k1 + l1 , . . . , kn + ln ) e um produto por escalares dado por α(k1 , . . . , kn ) = (αk1 , . . . , αkn ). 2. Exemplos s˜o: Rn , Cn e K = (Zp )n s˜o espa¸os vetoriais. a a c 8
  • 9. 2.3 ´ Algebras Defini¸˜o: Uma ´lgebra ´ um espa¸o vetorial V sobre um corpo ca a e c K dotado de uma opera¸˜o bin´ria “ · ” dita produto da ´lgebra, de ca a a modo que as seguintes propriedades s˜o satisfeitas para a, b, c ∈ V e a α, β ∈ K 1. O produto da ´lgebra ´ distributivo em rela¸˜o a soma vetorial a e ca a.(b + c) = a.b + a.c (1) (a + b).c = a.c + b.c (2) 2. O produto por escalares comuta com o produto da ´lgebra e ´ a e distributivo α(a.b) = (αa).b = a.(αb) (3) Uma ´lgebra ´ dita ser comutativa ou ´lgebra abeliana se a e a 9
  • 10. a.b = b.a. Uma ´lgebra ´ associativa se a.(b.c) = (a.b).c. a e 2.3.1 ´ Algebra de Lie Uma ´lgebra L sobre um corpo K ´ dita ser uma ´lgebra de Liea se a e a seu produto al´m das propriedades b´sicas satisfaz e a • Para todo a ∈ L vale [a, a] = 0. • Para todo a, b, c ∈ L a identidade de Jacobi ´ v´lida e a [a, [b, c]] + [c, [a, b]] + [b, [c, a]] = 0 (4) Propriedades importantes desta ´lgebra. Para todo a, b ∈ L devido a o fato que [a, a] = 0, ent˜o [a + b, a + b] = 0 e devido as a propriedades b´sicas de uma ´lgebra a a a Marius Sophus Lie (1842-1899) 10
  • 11. [a + b, a + b] = 0 (5) = [a, b] + [b, a] (6) E assim obtemos a importante propriedade da ´lgebra a [a, b] = −[b, a]. 11
  • 12. 3 ´ Algebras Geom´tricas do espa¸o e c euclidiano R3 Escolhemos um vetor v ∈ R3 . Se {e1 , e2 , e3 } ´ uma base de e v = v1 e1 + v2 e2 + v3 e3 . Queremos que o teorema de Pit´goras seja v´lido a a |v|2 = v1 + v2 + v3 2 2 2 (7) O produto de um vetor por ele mesmo ´ dado por e 12
  • 13. P (v, v) = |v|2 = 2 v1 e2 + v2 e2 + v3 e2 1 2 2 2 3 (8) + v1 v2 [e1 e2 + e2 e1 ] + v1 v3 [e1 e3 + e3 e1 ] + v2 v3 [e2 e3 + e3 e2 ] Para que seja v´lido o teorema de Pit´goras o produto deve ser a a definido por e2 = 1 i com i = 1, 2, 3 (9) ei ej + ej ei = 0 i=j Esta ´ a Escolha de Clifford. e Os ei definimos como sendo vetores, mas ei ej o que ´? vetor? e escalar? Sabemos que um escalar α e um vetor u, ´ v´lido a e a 13
  • 14. seguinte rela¸˜o ca αu = uα Vamos verificar esta propriedades dos escalares para (e1 e2 ) (e1 e2 )e1 = −e1 e1 e2 = −e2 (10) e1 (e1 e2 ) = e2 (11) Portanto a quantidade e1 e2 n˜o pode ser considerada um escalar. a Vamos verificar se esta quantidade ´ um vetor. Sabemos que o e quadrado de um vetor ´ maior ou igual a zero |v|2 = v 2 0, ent˜o e a (e1 e2 )2 = e1 e2 e1 e2 = −e2 e2 = −1 < 0 1 2 (12) Desta forma e1 e2 tamb´m n˜o ´ um vetor! Ent˜o o que ´? e a e a e Por enquanto vamos limitar a defini¸˜o de que ei ej ´ um 2-vetor ou ca e 14
  • 15. bi-vetor e est´ associado a um fragmento de plano. a Da mesma forma o elemento e1 e2 e3 tamb´m n˜o ´ nem escalar nem e a e vetor, ´ um 3-vetor ou tri-vetor. e Podemos provar que os 2-vetores formam um espa¸o vetorial c denotado por ∧2 (R3 ). E os 3-vetores tamb´m formam um espa¸o e c vetorial dado por ∧3 (R3 ). Vamos classificar os espa¸os vetorial gerado pelo produto c geom´trico: e dimens˜o a Espa¸o vetorial c elementos 1 ∧0 (R3 ) escalares 3 ∧1 (R3 ) vetores (13) 3 ∧2 (R3 ) 2-vetores 1 ∧3 (R3 ) tri-vetor 15
  • 16. Seja A ∈ Cl3 um multivetor A = A0 + A1 + A2 + A3 , onde Ak ∈ ∧k (R3 ) ´ um k-vetor. e ¸˜ 1. PROJECAO: Definamos a rela¸˜o de proje¸˜o da seguinte ca ca forma <>k : ∧(R3 ) → ∧k (R3 ) < A >k = Ak (14) ¸˜ 2. INVOLUCAO: esta opera¸˜o ´ definida por ca e ˆ Ak = (−1)k Ak (15) a gradua¸˜o de Ak ´ par se (−1)k = +1 e ´ ´ ca e e ımpar se (−1)k = −1. 16
  • 17. ˜ 3. REVERSAO: que ´ denotada por A e ˜k = (−1) k(k−1) Ak , 2 portanto o multivetor A altera-se para ˜ A = A0 + A1 − A2 − A3 (16) ¯ ˜ ˆ ¸˜ ¸˜ ˜ 4. CONJUGACAO=INVOLUCAO+REVERSAO A = A 5. NORMA A norma de um multivetor ´ dada por e ˜ |A|2 =< AA >0 . 6. DUALIDADE Dado um k-vetor Ak definamos o seu dual por ˜ ∗Ak = Ak I (17) I = e1 e2 e3 A opera¸˜o dualidade transforma um k − vetor em um ca 17
  • 18. 3 − k − vetor, devido ao fato de existir um isomorfismo entre ∧k (R3 ) ∼ ∧3−k (R3 ). Alguns exemplos desta opera¸˜o: ca ∗1 = I = e1 e2 e3 ∗e1 = e2 e3 ∗e2 = e3 e1 ∗e3 = e1 e2 ∗(e1 e2 ) = e3 ∗(e3 e1 ) = e2 ∗(e2 e3 ) = e1 ∗I = 1 (18) 7. PRODUTO VETORIAL Na ´lgebra de Clifford definimos o a 18
  • 19. produto vetorial entre dois vetores da seguinte forma v × u = ∗(v ∧ u) = −(v ∧ u)I = −I(v ∧ u) (19) 19
  • 20. 4 Formalismo Lagrangiano da Part´ ıcula Relativ´ ıstica com Spin 4.1 ´ Algebra de Clifford no espa¸o Vn c Considere um espa¸o Vn de dimens˜o arbitr´ria n. Para cada ponto c a a do espa¸o Vn podemos associar n parˆmetros xµ , onde c a µ = 1, 2, 3, . . . , n, que s˜o conhecidas como sendo as coordenadas a deste ponto. Podemos entender os pontos como sendo as casas em uma cidade e as coordenadas s˜o os n´meros das casas, elas podem a u ser escolhidas de forma arbitr´ria, mas uma vez definidas n˜o a a devem ser alteradas. O quadrado da distˆncia entre os pontos deste espa¸o ´ definida a c e como ds2 = gµν dxµ dxν (20) 20
  • 21. gµν ´ o tensor m´trico do espa¸o Vn . O elemento ds2 ´ invariante e e c e por uma transforma¸˜o geral de coordenadas xµ → x µ = f (xµ ). ca Lidar com a express˜o quadr´tica leva a algumas complica¸˜es n˜o a a co a lineares quando tentamos tirar a raiz. Portanto definimos o seguinte objeto dx = dxµ eµ (21) que satisfaz o seguinte desenvolvimento 1 dx2 = eµ eν dxµ dxν = (eµ eν + eν eµ )dxµ dxν = gµν dxµ dxν (22) 2 1 gµν ≡ (eµ eν + eν eµ ) (23) 2 Os objetos eµ s˜o vetores bases de uma ´lgebra de Clifford, e a a portanto o objeto dx = dxµ eµ ´ um vetor contido na estrutura e alg´brica citada. Enquanto que a m´trica ´ um elemento da ´lgebra e e e a constitu´ de bivetores. ıdo 21
  • 22. Podemos definir a seguinte diferencia¸˜o ca dx dxµ = eµ (24) dτ dτ onde τ ´ um parˆmetro arbitr´rio invariante por transforma¸˜o e a a ca geral de coordenadas. dx µ dxµ Fa¸amos as seguintes denota¸˜es a = c co dτ ea = dτ , com isto a equa¸˜o acima torna-se ca a = a µ eµ (25) No caso de dois objetos semelhantes teremos o seguinte (a + b)2 = a2 + ab + ba + b2 (26) e 1 1 a.b = (ab + ba) = (eµ eν + eν eµ )aµ aν = gµν aµ aν (27) 2 2 este ´ o produto interno da ´lgebra de Clifford. e a 22
  • 23. O produto externo ´ definido por e 1 1 a ∧ b = (ab − ba) = (eµ eν − eν eµ )aµ aν (28) 2 2 ´ E importante notar que a = aµ eµ ´ um vetor, aµ s˜o suas e a componentes e eµ s˜o suas bases. As componentes aµ e as bases eµ a s˜o alteradas devido uma transforma¸˜o geral de coordenadas, a ca enquanto que a ou dx n˜o se altera (s˜o invariantes). a a Importante: • A raiz quadrada da distˆncia ´ um vetor a e • Os vetores s˜o elementos da ´lgebra de Clifford a a • Os vetores s˜o objetos que s˜o invariantes sob transforma¸˜o a a ca geral de coordenadas. Consideremos agora o elemento mais geral poss´ desta ´lgebra de ıvel a Clifford 23
  • 24. 1 1 A = α + αµ eµ + αµν eµ ∧ eν + αµνρ eµ ∧ eν ∧ eρ ∧ eσ + . . . (29) 2 3! 1 + αµνρ... eµ ∧ eν ∧ eρ . . . n! as componentes deste Polivetor s˜o escalares, vetores, bivetores, a trivetores, quadrivetores, etc... 24
  • 25. 4.2 ´ Algebra Geom´trica do Espa¸o de e c Minkowski R1,3 O espa¸o vetorial de Minkowsky (espa¸o-tempo) possui 4 vetores c c bases linearmente independentes eµ , µ = 0, 1, 2, 3. Vamos considerar neste momento que o espa¸o-tempo seja plano, neste c caso as bases γµ obedecem a seguinte rela¸˜o ca γµ · γν = ηµν (30) onde ηµν ´ um tensor m´trico diagonal com assinatura (+, −, −, −). e e Um elemento geral deste espa¸o, isto ´, um polivetor ´ dado por c e e 1 µν 1 1 D = d + dµ γν + d γµν + dµνρ γµνρ + dµνρσ γµνρσ (31) 2! 3! 4! 25
  • 26. onde os coeficientes (d, dµ , dµν , dµνρ e dµνρσ ) s˜o escalares, e a γµ vetor γµν = γµ ∧ γν bivetor (32) γµνρ = γµ ∧ γν ∧ γρ trivetor γµνρσ = γµ ∧ γν ∧ γρ ∧ γσ quadrivetor O elemento de volume do espa¸o de Minkowski plano ´ um c e pseudoescalar dado por 2 γ5 = γ0 ∧ γ1 ∧ γ2 ∧ γ3 = γ0 γ1 γ2 γ3 γ5 = −1 (33) Usando as rela¸˜es co γµνρσ = γ5 µνρσ (34) γµνρ = γµνρσ γ σ (35) onde µνρσ ´ um tensor totalmente antisim´trico, introduzindo os e e 26
  • 27. novos coeficientes 1 µν S = d, V µ = dµ , T µν = d (36) 2 1 µνρ 1 µνρσ Cσ = d µνρσ , P = d µνρσ (37) 3! 4! Usando as rela¸˜es acima podemos escrever D como uma soma de co escalar, vetor, pseudovetor e pseudoescalar D = S + V µ γµ + T µν γµν + C µ γ5 γµ + P γ5 (38) 27
  • 28. 4.3 Sistema Dinˆmico Cl´ssico com Spin numa a a Variedade C4 Pavsic [?], [?] e [?] definiu a a¸˜o da part´ ca ıcula livre no espa¸o de c Clifford C4 , e mostrou que esta a¸˜o ´ equilavente ` teoria de ca e a Stueckelberg [?]. O que Pavsic propˆs foi escrever a a¸˜o numa variedade de Clifford o ca ou em C4 (“C-space”) ao inv´s do espa¸o-tempo. O espa¸o-tempo ´ e c c e um sub-espa¸o da variedade de Clifford C4 . c O conceito de velocidade e momento da part´ ıcula s˜o generalizados. a O momento e a velocidade s˜o definidos como polivetores, isto ´ a e P = µ + pµ eµ + S µν eµ eν + π µ e5 eµ + me5 (39) ˙ X = ˙ ˙ ˙ ˙ σ + xµ eµ + αµν eµ eν + ξ µ e5 eµ + se5 ˙ (40) 28
  • 29. onde os termos S µν = −S νµ e αµν = −ανµ . E a seguinte rela¸˜o ´ ca e v´lida a eµ · eν = ηµν (41) onde ηµν ´ um tensor m´trico diagonal com assinatura (+, −, −, −). e e A a¸˜o ´ definida por ca e 1 ˙ ˙ I[X, P, λ] = dτ P X + XP − λ(P 2 − K 2 ) (42) 2 onde a “massa”generalizada ´ dada por e K 2 = η 2 + k µ eµ + K µν eµ eν + K µ e5 eµ + k 2 e5 (43) onde η 2 pode ser positivo, negativo ou zero. 29
  • 30. Escreveremos as componentes da Lagrangiana de forma expl´ ıcita 4 1 ˙ ˙ L= P X + XP − λ(P 2 − K 2 ) = < L >k (44) 2 k=0 Agora fa¸amos a varia¸˜o em fun¸˜o do multiplicador de Lagrange c ca ca ∂ < L >0 =0 µ2 + pµ pµ + π µ πµ − m2 − 2S µν Sµν − η 2 (45) =0 ∂λ ∂ < L >1 µν ρ 1 =0 µπσ − S π µνρσ − kσ = 0 (46) ∂λ 2 ∂ < L >2 =0 (π µ π ν + mS µν ) µνρσ + 2µSρσ − Kρσ = 0(47) ∂λ ∂ < L >3 µν ρ 1 =0 µπσ + S p µνρσ + ησ = 0 (48) ∂λ 2 ∂ < L >4 =0 2µm + S µν S ρσ µνρσ − k2 = 0 (49) ∂λ 30
  • 31. Das equa¸˜es (??) e (??) obtemos as seguintes rela¸˜es co co ησ 1 πσ − = − S µν pρ µνρσ (50) 2µ µ kσ 1 µν ρ pσ − =− S π µνρσ (51) 2µ µ ησ o pseudovetor πσ − 2µ comporta-se como o pseudovetor Pauli-Lubanski. Das rela¸oes acima podemos mostrar que c˜ µ ησ µ kσ S µν = µνρσ pρ πσ − =− µνρσ πρ pσ − (52) 2pα pα 2µ 2π α πα 2µ para obter a axpress˜o acima assumimos as seguintes rela¸˜es a co S µν pν = 0 S µν πν = 0 (53) 2 σ ησ Para positivo p pσ > 0, obtemos πσ − < 0 (s˜o componentes 2µa de um vetor tipo espa¸o. Da mesma forma, π σ πσ < 0 isto resulta c 31
  • 32. 2 kσ pσ − 2µ > 0, ent˜o estas s˜o as componentes de um vetor tipo a a tempo. Inserindo (??) na (??) e levando em conta a (??) obtemos 2mµ − k 2 = 0 (54) 4.4 Part´ ıcula Livre Relativ´ ıstica sem Spin Assumiremos que K 2 = 0 e a condi¸˜o (??) seja mantida, das ca equa¸˜es dos v´ co ınculos (??)-(??) nos fornece que S µν = 0 , πµ = 0 e µ=0 (55) o unico v´ ´ ınculo que permanece ´ e pµ pµ − m2 = 0 (56) 32
  • 33. A a¸˜o (??) torna-se ca µ λ I[X, P, λ] = I[s, m, x , pµ , λ] = dτ −ms + pµ x − (pµ pµ − m2 ) (57) ˙ ˙ µ 2 onde a massa m ´ uma vari´vel dinˆmica associada ao momento s. e a a Temos que P = pµ eµ + me5 ˙ X = xµ eµ + se5 ˙ ˙ (58) As equa¸˜es de movimento s˜o dadas por co a δm : −s + λm = 0 ˙ (59) δs : m=0 ˙ (60) δpµ : xµ − λpµ = 0 ˙ (61) δxµ : pµ = 0 ˙ (62) δλ : pµ pµ − m2 = 0 (63) 33
  • 34. Podemos mostrar que xµ ˙ dxµ pµ = =m (64) λ ds s 2 = λ2 m 2 = x 2 , ˙ ˙ i.e. ds2 = dxµ dxµ (65) usando a rela¸˜o (??) encontramos que ca λ 2 ms˙ 1 d −ms + m = − ˙ =− (ms) (66) 2 2 2 dτ Se escolhermos fixar λ = Λ(τ ) obteremos a seguinte a¸˜o ca Λ(τ ) µ I= dτ (pµ xµ − ˙ p pµ ) (67) 2 esta ´ justamente a a¸˜o de Stueckelberg. As equa¸˜es de e ca co movimento derivada da a¸˜o (??) s˜o dadas por ca a xµ − Λpµ = 0 ˙ (68) pµ = 0 ˙ (69) 34
  • 35. a equa¸ao (??) nos informa que o momento ´ uma constante de c˜ e movimento, denotaremos que pµ pµ = m2 . Da equa¸˜o (??) obtemos ca µ xµ ˙ dxµ p = m√ ν =m (70) x xν ˙ ˙ ds 35
  • 36. 5 Coment´rios Finais e Pretens˜es a o Futuras O que foi feito na se¸˜o anterior foi muito diferente do que tem sido ca e ´ feito na literatura at´ o momento. E usual assumirmos que a f´ ısica acontece no espa¸o tempo e por isto o princ´ c ıpio variacional ´ e empregado sobre o espa¸o-tempo. O que a ´lgebra de Clifford nos c a sugere ´ que podemos encontrar a relatividade n˜o no e a espa¸o-tempo, mas em uma variedade de Clifford Cn , cujos pontos c s˜o as coordenadas dos polivetores a n 1 X= X µ1 ...µr γµ1 ∧ ... ∧ γµr ≡ X A EA (71) r! r=0 onde X A s˜o as coordenadas e EA = (1, γµ , γµ ∧ γν , ...) s˜o os a a vetores bases do espa¸o Cn . c 36
  • 37. A a¸˜o invariante por reparametriza¸˜o da a part´ ca ca ıcula livre ´ dada e por A I[X ] = κ ˙ A XA ) 1 dτ (X ˙ 2 (72) Se assumirmos que a dimens˜o do espa¸o-tempo ´ n = 4, ent˜o a c e a obteremos que ˙ ˙ ˙ X ≡ X A EA = X = ˙ σ + xµ eµ + αµν eµ eν + ξ µ e5 eµ + se5 (73) ˙ ˙ ˙ ˙ Em um caso particular das condi¸˜es iniciais teremos co 1 I[X A ] = κ dτ (xµ xµ − s) 2 ˙ ˙ ˙ (74) Uma escolha natural do gauge ´ s = τ , a a¸˜o reduzida ´ dada por e ca e 1 I[X A ] = κ ds(xµ xµ − 1) 2 ˙ ˙ (75) 37
  • 38. e as equa¸˜es de movimento s˜o co a dpµ µ κxµ ˙ = 0, p = 1 = constante (76) ds (xν xν ˙ ˙ − 1) 2 Definindo que a constante de movimento seja µ 2 κ2 xµ xµ ˙ ˙ p pµ = M = ν 1 obteremos o seguinte resultado (x xν −1) 2 ˙ ˙ M xµ ˙ κ(xµ xµ )1/2 ˙ ˙ pµ = , M= (77) ˙ νx )1 (x ˙ ν 2 (xν xν ˙ ˙ − 1) 1 2 A diferen¸a neste formalismo ´ que a massa n˜o uma contante c e a fixada na a¸˜o, mas uma constante de movimento. ca 38
  • 39. 5.1 Pesquisas em Andamento - (2010-2011) 1. Encontrar a estrutura Hamiltoniana desta teoria e quantiza¸˜o ca via integra¸˜o funcional. ca 2. Encontrar as transforma¸˜es passivas e ativas da relatividade co especial. (Projeto de Inicia¸˜o cient´ ca ıfica PIBIC em andamento) ´ 3. Relacionar a Algebra de Clifford com as Teorias de Quebra Espontˆnea da Simetria de Lorentz. a 4. Estudar a estrutura espinorial de forma geom´trica. e 5. Outros projetos. Referˆncias e [1] D. Hestenes, SpaceTime Algebra, Gordon and Breach, New York, (1966). 39
  • 40. [2] Hestenes D., Multivector Calculus, J. Math. Anal. Appl., 24 (1968), 313-325. [3] D. Hestenes and G. Sobczyk (1984), Clifford Algebra to Geometric Calculus, D. Reidel Publ. Co., Dordrecht/Boston. [4] D. Hestenes (1986), A Unified Language for Mathematics and Physics. In: J. S. R. Chisholm and A. K. Common (eds.), Clifford Algebras and their Applications in Mathematical Physics, D. Reidel Publ. Co., Dordrecht/Boston, pp. 1-23. [5] D. Hestenes (1986), New Foundations for Classical Mechanics, D. Reidel Publ. Co., Dordrecht/Boston. [6] D. Hestenes (1987), Curvature Calculations with SpaceTime Algebra, Int. J. Theo. Phys. 25, 581-588; Spinor Approach to Gravitational Motion and Precession, IJTP 25, 589-598. [7] D. Hestenes (1988), Universal Geometric Algebra, Simon Stevin 62, 253-274. 40
  • 41. [8] Hestenes D., Mathematical viruses, in Clifford Algebras and their Applications in Mathematical Physics, A. Micali et al (eds.), Kluwer, Dordrecht, (1992), 3-16. [9] Hestenes D., Differential Forms in Geometric Calculus, in Clifford Algebras and their Applications in Mathematical Physics, F. Brackx et al (eds.), Kluwer, Dordrecht, (1993), 269-285. [10] Stueckelberg, E.C.G. (1941) Un Nouveau mod`le de l’´lectron e e ponctuel en th´orie classique, Helvetica Physica Acta 14, e 51-55; Stueckelberg, E.C.G. (1941) Remarque ` propos de la a cr´ation de paires de particules en th´orie de de relativit´, e e e Helvetica Physica Acta 14, 588 (1941); Stueckelberg, E.C.G. (1942) Helvetica Physica Acta 15, 23-37. [11] Pavsic, M. Clifford algebra as a useful language for geometry and physics, in H.Gauster, H. Grosse and L. Pittner (eds.), 41
  • 42. Geometry and Physics, Springer, Berlin, pp. 395-395 (2000) [12] Pavsic, M. Clifford-algebra based polydimensional relativity and relativistic dynamics, Foundations of Physics 31, 1185-1209 (2001). [13] Pavsic, M. The Landscape of Theoretical Physics : A Global View, Kluwer Academic Publishers, Dordrecht (2001). 42