O documento discute a implementação da Psicomotricidade Relacional nas escolas públicas de Fortaleza para apoiar a prática pedagógica e promover a alfabetização. O projeto piloto ocorre em 20 escolas com sessões semanais focadas no bem-estar emocional de alunos e professores. Os primeiros resultados são promissores, mostrando crianças mais calmas e atentas após as sessões.
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
Psicomotricidade relacional pmf fortaleza
1. PSICOMOTRICIDADE RELACIONAL:
uma ferramenta de apoio à prática
pedagógica nas escolas municipais
de Fortaleza
AUTORAS
Regina Daucia de Oliveira Braga
Rosalina Rocha Araujo Moraes
Maria Isabel Bellaguarda Batista
2014
2. INTRODUÇÃO
O referido artigo discute a implantação da
Psicomotricidade Relacional na escola pública
de Fortaleza com vistas a auxiliar a prática
pedagógica e promover a alfabetização na
idade certa.
Fundamenta-se em estudos dos campos da
Psicomotricidade Relacional, da Psicologia, da
Psicanálise e do desenvolvimento.
3. OBJETIVO
Evidenciar as contribuições que a
Psicomotricidade Relacional tem
proporcionado em relação à dimensão afetivo-emocional
da criança e do professor, de
maneira a oportunizar momentos de bem estar,
afetividade, companheirismo e disponibilidade
corporal.
4. METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa qualitativa baseada
em registros de observações realizados nas
sessões de Psicomotricidade Relacional.
Para a coleta de dados foram utilizados os
seguintes instrumentos: fotos, vídeos das
vivências, relatórios de acompanhamento e
relatos da professora regente da criança e da
coordenadora pedagógica da escola.
5. DISCUSSÃO
A educação pública vem avançando
significativamente em estrutura física e material,
recursos humanos e tecnológicos e crescimento
da oferta de vagas. Contudo, Fortaleza está em
último lugar no exame SPAECE-ALFA. Essa é
uma situação preocupante.
A violência nas escolas é outro fator
prevalecente na escola pública – necessidade
de intervenções.
6. DISCUSSÃO
Diante desses dados pensou-se na
Psicomotricidade Relacional na escola como
uma estratégia pedagógica inovadora no
ambiente escolar para cuidar da saúde
emocional de alunos e professores, pois todos
têm necessidade de uma atmosfera salutar
para reagir de modo significativo e, isto inclui a
condição de aprendizagem.
7. DISCUSSÃO
Para Lapierre e Aucouturrier (2013), a
aprendizagem e a afetividade tem uma
dependência direta da vivência corporal e
psicomotora, estando implicadas diretamente em
todo processo intelectual.
Lapierre e Lapierre (2010), afirmam que a prática
Psicomotora Relacional na escola não é uma
proposta voltada para o processo de aquisição de
conhecimentos sobre o modo de ter, mas sim para
as possibilidades sobre o modo de ser.
8. DISCUSSÃO
O Projeto configura-se como uma experiência
pioneira no Brasil. Está sendo desenvolvido em
20 escolas municipais de Fortaleza
Cada unidade escolar possui oito turmas de 1º
e 2º anos do Ensino fundamental divididas em
16 grupos de 12 a 15 alunos perfazendo um
total de 320 grupos no total.
Vislumbra atender 4.000 alunos de 06 a 09
anos e 160 professores.
9. DISCUSSÃO
Para a implantação do Projeto, enfrentou-se
algumas dificuldades de ordem logística com
relação à espaço físico e material necessário
às vivências.
Enfrentou-se também a resistência de alguns
professores e gestores que se opunham à
prática.
10. DISCUSSÃO
Em algumas escolas participantes ainda são
necessárias adaptações e adequações dos
espaços para a realização das sessões.
O Projeto está sendo financiado pela Prefeitura
Municipal de Fortaleza. E executado pelo Ciar
em parceria com a Universidade Federal do
Ceará.
11. ... O Projeto conta com salas
propícias, chamadas: setting.
30. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O projeto iniciou com algumas dificuldades
estruturais uma vez que os critérios elencados
para a escolha das escolas foram: maior índice
de violência e menor índice de aprendizagem
nas turmas dos 1º e 2º anos das escolas
contempladas. Contudo, a frequência das
crianças, é maciça, verifica-se uma vontade
crescente em participar e principalmente em não
faltar às aulas no dia em que cada turma irá
realizar as sessões.
31. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Embora se tenha iniciado há pouco tempo,
percebe-se já um retorno muito positivo em
relação ao comportamento de algumas das
crianças participantes. Professores anuentes ao
projeto relatam suas percepções em que está
ocorrendo algo diferente em seus alunos; que
estes retornam da sessão, mais acalmados,
atentos e colaborativos.
32. EXPLICANDO MELHOR:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Alguns professores e gestores se mostram
ainda resistentes, e os espaços físicos
necessitam de melhoras. Percebe-se ainda
dificuldades na compreensão do conceito de
brincar, o que vem se diluindo a partir das
vivências no setting, o que nos aponta à
conclusão de que não há ação tão eficaz para a
reorganização das emoções quanto à prática da
Psicomotricidade Relacional.
33. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Espera-se que esta experiência seja exitosa, que
promova a saúde emocional dos envolvidos e
converta todo o empenho em melhorar o
desenvolvimento do cognitivo despertando nas
crianças o aprendizado da leitura e da escrita.
35. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BATISTA, M.I.B. & VIEIRA, J.L. A importância da metacomunicação para a escuta, leitura e
decodificação do jogo simbólico em psicomotricidade relacional. In: BATISTA, M.I.B. & VIEIRA, J.L.
(orgs). Textos e Contextos em Psicomotricidade Relacional. Volume 2. Fortaleza: RDS Ed., 2013.
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Recuperado em 15 de maio de 2013 de
www.ibge.gov.br/. 2010.
LAPIERRE, A. & AUCOUTURIER, B. A simbologia do movimento: psicomotricidade e educação.
Fortaleza: RDS Ed., 2013.
VIEIRA, J.L. Rumo ao conhecimento de mãos dadas, In: BATISTA, M.I.B. & VIEIRA, J.L (orgs). Textos e
Contextos em Psicomotricidade Relacional. Volume 1. Fortaleza: RDS Ed., 2013.
VIEIRA, J.L. ; BATISTA M.I.B. ; LAPIERRE, A. Psicomotricidade relacional: a teoria de uma prática. 3a Ed.
Fortaleza: RDS Ed., 2013.
WALLON, H. (1989). As origens do pensamento na criança. São Paulo: Manole.