O documento discute a informática na educação ao longo da história, abordando: 1) as perspectivas históricas desde os anos 1970, influenciadas por países como EUA e França; 2) os principais projetos no Brasil como o EDUCOM na década de 1980; 3) as teorias educacionais que influenciaram as tecnologias desenvolvidas, como instrução, construcionismo e sociointeracionismo.
2. Introdução;
Perspectiva histórica da informática na educação;
Aprendizagem colaborativa;
Aprendizagem colaborativa suportada por computador (CSCL);
Groupware síncrono de aprendizagem;
Fenômenos na aprendizagem colaborativa;
Tecnologias atuais;
O professor na aprendizagem colaborativa;
O Aluno na aprendizagem colaborativa;
Considerações finais;
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5. Informática na Educação
Não significa aprender sobre computadores.
Significa aprender com o apoio do computador.
Saber explorar as potencialidades do computador e saber
criar ambientes que enfatizem a aprendizagem.
6. Informática na
Educação
Tecnologias
Proposta
metodológica
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7. O surgimento da informática na educação no Brasil,
teve início nos anos 70 a partir de experiências em
universidades como UFRJ, UFRGS E UNICAMP;
O Brasil sofreu influências de países como os Estados
Unidos e a França;
No Brasil o enfoque foi a melhoria do sistema de
ensino;
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8. Projeto EDUCOM - primeiro projeto oficial de
Informática na Educação (1984)
Tinha como objetivo a criação de centros de pesquisa
em tecnologias educacionais e informatização de
escolas públicas;
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9. I Simpósio Brasileiro de Informática na Educação (I
SBIE) - novembro de 1990, no Rio de Janeiro,
organizado pela UFRJ e pelo Departamento de
Educação da PUC-Rio, tendo o apoio da IBM Brasil.
II SBIE - novembro de 1991, organizado pelo Instituto
de Informática da UFRGS, com o apoio da IBM Brasil,
CNPq e FAPERGS.
III SBIE, realizado dentro do XII Congresso da
Sociedade Brasileira de Computação (SBC), no Instituto
Militar de Engenharia, no Rio de Janeiro.
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10. Diversas artefatos tecnológicos vem sendo
desenvolvidos ao longo da história da informática
na educação;
Influenciados por diferentes teorias educacionais;
Influenciados por modos de produção da época;
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11. Paradigma Instrucionista;
Máquina de ensinar de Skinner:
Instrução programada;
Estimulo e reforço;
Feedback imediato;
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12. Instrução assistida por computador - CAI;
Softwares que auxiliava a instrução;
Mostravam a instrução de forma linear;
O aluno seguia uma sequência finita e pré-determinada de
passos;
Atualmente exemplos são: tutoriais, exercício de múltipla
escolha automatizado.
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13. Instrução assistida por computador Inteligente - ICAI;
Posteriormente chamados de tutores inteligentes;
Permitem identificar o conhecimento prévio para dirigir e
adaptar o ensino;
O conhecimento do domínio está restrito e claramente
articulado;
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14. Paradigma Construcionista;
Filosofia LOGO de Papert:
Construção e não instrução;
Raízes no construtivismo de Piaget;
Permite a depuração do erro;
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15. Classificação de uso do computador:
Utilização do
computador na
educação
Permite o aluno
Máquina que
construir seu
ensina o aluno
conhecimento
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16. Paradigma Sociointeracionista (Vygotsky);
Foco nas interações sociais;
O computador como meio;
A informação distribuída;
Surgimento de uma nova cultura;
Aprendizes distribuídos
geograficamente;
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17. Atualmente o conceito de aprendizagem como
atividade social é bastante aceito;
A ideia que o aluno aprende somente com o
professor e o livro no ambiente escolar está distante
da realidade;
Inúmeros outros agentes
participam da construção do
conhecimento;
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18. Estudos preliminares da aprendizagem em grupo
tratavam a aprendizagem fundamentalmente como
um processo individual;
O fato de indivíduos trabalharem em grupo era
tratado apenas como uma variável contextual que
influenciava a aprendizagem individual;
Aprendizagem colaborativa envolve aprendizado
individual, mas não se limita a isto;
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19. Surge uma nova área de pesquisa multidisciplinar
intitulada CSCL;
Tem como foco o entendimento de fenômenos
colaborativos na aprendizagem colaborativa suportada
por computador;
A CSCL teve sua ascensão nos anos 1990, como reação
aos softwares que obrigavam os alunos a aprender de
forma individual e isolada;
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20. CSCL enquadra-se como subárea de Computer
Supported Cooperative Work (CSCW), a qual por sua
vez é considerada uma subárea de IHC;
Pesquisadores de diversas áreas:
Psicologia cognitiva;
Computação
Educação;
Sociologia;
...
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21. Aprendizagem colaborativa suportada por computador
(CSCL)
Segundo Campos et al. (2003), a principal diferença entre CSCW e CSCL é
que CSCW foca em técnicas de comunicação empregadas para apoiar
pequenos grupos e organizações, visando aumentar a produtividade e o
potencial dos mesmos, enquanto CSCL foca naquilo que está sendo
comunicado, enfatizando a importância da interação social como
elemento essencial para a aprendizagem efetiva.
CSCW CSCL
Foco no Produto Foco no
no interações Processo de interações
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22. Classificações
Johansen (1992) classifica a colaboração apoiada por computador com
base em duas dimensões: tempo e espaço.
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23. São sistemas baseados em computador que
suportam grupos de pessoas engajadas em uma
tarefa comum e que provêm interface para um
ambiente compartilhado;
Pode ser qualquer sistema computacional que
ofereça algum suporte para o trabalho em grupo;
Pode ser tanto síncrono como assíncrono.
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24. Diversos fenômenos fazem parte da aprendizagem
colaborativa suportada por computador:
Cooperação;
Comunicação;
Percepção;
Engajamento;
...
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25. Desde a década de 90, o suporte à percepção (ou
awareness) em sistemas colaborativos vem
recebendo uma considerável atenção por parte de
pesquisadores de diferentes áreas da computação;
É o conhecimento de elementos como papéis e
responsabilidades das pessoas, suas posições
dentro de uma situação e seus status no processo
do grupo (Souza, 2001).
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26. Podemos afirmar então que a percepção não pode
ser criada por sistemas;
Percepção é uma característica intrínseca do ser humano;
Os sistemas podem apenas propiciar aos usuários
informações úteis que estimulem e favoreçam a sua
percepção;
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27. Tipos de percepção em groupware:
Percepção social;
Percepção das tarefas;
Percepção do espaço de trabalho;
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28. Percepção social
Percepção que os alunos devem ter sobre o próprio grupo
de aprendizagem e sobre as conexões sociais existentes
dentro deste grupo;
Conhecimento sobre quem é o grupo, qual o seu objetivo,
qual a sua estrutura, quem do grupo está presente, qual o
papel de cada participante, responsabilidades, entre
outras informações.
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30. Percepção de tarefas
Percepção sobre as tarefas a serem realizadas pelo grupo
de aprendizagem em uma sessão de trabalho;
Envolve saber informações tais como qual o objetivo da
tarefa, sua descrição, estrutura, regras, passos necessários
para completá-la, entre outras informações;
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32. Percepção do espaço de trabalho compartilhado
Percepção do espaço de trabalho é o conhecimento que o aluno (ou usuário)
de um sistema detém sobre as interações dos demais alunos com o espaço
de trabalho compartilhado (Gutwin et al. 1995);
Quais alunos estão participando da atividade;
O que estão fazendo;
Com quais objetos estão interagindo;
Quem é o responsável por uma ação;
Entre outras informações.
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33. O engajamento é uma estratégia de motivação
importante no contexto de aprendizagem
colaborativa;
Quando os alunos estão simultaneamente engajados
na mesma tarefa e têm que atingir um objetivo
comum, há uma necessidade para se comunicar,
compartilhar, coordenar e negociar o significado.
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34. Estudos mostram que o efeito de aprendizagem
colaborativa depende de várias condições, como a
composição do grupo (tamanho, idade, sexo e outros),
bem como as características da tarefa e os meios de
comunicação (Dillenbourg et al., 1995);
Estes fatores afetam diretamente o engajamento do
grupo.
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35. Diversas tecnologias vem sendo desenvolvidas para
dar suporte a colaboração;
Estas ferramentas nem sempre são desenvolvidas
com o objetivo educacional;
Uma boa metodologia educacional pode fazer
apropriação destas tecnologias no meio educacional;
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40. O professor, nesta perspectiva,
precisa não só preparar
conteúdos e torná-los
disponíveis no computador,
ele também precisa motivar e
guiar cada aluno, através de
interação contínua e da
sensação de presença;
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41. O professor deve ter uma postura de facilitador e
condutor do acesso a informação distribuída;
Propor atividades para ajudar os alunos a
pensarem sobre os passos necessários para resolver
problemas;
Estimulador de reflexões.
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44. Nascido e criado na era da…
Meios digitais
Também chamados de geração Y
e/ou nativos digitais
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45. Nativo digital é ….
É aquele que nasceu e cresceu com as tecnologias
digitais presentes em sua vivência. Tecnologias
como videogames, Internet, telefone celular, MP3,
iPod, etc. Caracterizam-se principalmente por não
necessitar do uso de papel nas tarefas com o
computador
(Fonte: Mattar).
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46. O que a sociedade tem exigido dos jovens
desta geração…?
O mercado também passa exigir novas habilidades
dos profissionais… e não é apenas habilidades
técnicas….
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47. Algumas dessas habilidades são:
Espírito de jogador;
Proatividade;
Multitarefa;
Cognição distribuída;
Inteligência coletiva
Senso crítico
Networking
Negociação….
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49. É importante lembrar que as diferentes
modalidades de uso do computador na educação
vão continuar coexistindo;
O paradigma deve mudar de “Centrado no ensino”
para “Centrado na aprendizagem”.
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50. É importante antes de adotar ou construir
ferramentas tecnológicas pra educação, entender
os seguintes pontos:
O entendimento social e cultural do grupo ao qual irá
utilizar a tecnologia é de extrema importância;
Fundamentar esse uso em abordagens pedagógicas
diversas;
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51. ALCÂNTARA, Paulo et al. Aprendizagem colaborativa com tecnologias
interativas: Projeto PACTO. Projeto de pesquisa, Curitiba, 2005.
Alves, S. V. L. (2006). “Suporte à Percepção em Groupware Síncronos de Aprendizagem”.
Dissertação de Mestrado (ciência da computação) – Centro de Informática. Universidade
Federal de Pernambuco, Recife-PE. Disponível em:
HTTP://www.cin.ufpe.br/~ccte/publicacoes/orientacoes.html.
MORAES, M. Comunidades interativas de aprendizagem. Palhoça: UnisulVirtual, 2004.
SCHAFF, A. A sociedade informática. Tradução de Carlos Eduardo João Machado e Luiz
Arturo. 4ª Ed. São Paulo: Universidade Paulista: Brasiliense, 2001
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52. Livros Indicados
Mariano Pimentel
Pierre Lévy
Hugo Fuks
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