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         Bens Simbólicos
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    Camilla
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                              Rodrigo
                              mail@rodrigomotta.com
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O Texto
1970, Centro de Sociologia Européia.

Formação do Campo Erudito;
Formação do Campo da Industria Cultural;
Relações entre estes Campos;
Arte e Sociedade;




 O Mercado de
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Pierre Bourdieu
Sociólogo, 1930 - 2002.
Inicio: Educação, cultura, literatura e a arte.
Fim: Meios de comunicação e política.
 Poder Simbólico;
 Campo;
 Habitus;
Obra maior: La Distinction (1979), Sociologia da Cultura, Arte,
Condições Sociais.
Desejo de liberdade, mestre da descon ança, ironia implacável,
denuncia as negações e decepções com que seus ideais se
confrontam.

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Processo de Autonomização
A vida muda de acordo com a transformação da função do
sistema de produção de bens simbólicos e da estrutura destes
bens.

A autonomização progressiva do sistema de relações de
produção, circulação e consumo de bens simbólicos.

O campo se constitui (com seu corpo de agentes
correspondente) de nindo-se em oposição ao campo
econômico, político e religioso.


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Processo de Autonomização
A arte na idade média era legitimada pela aristocracia e a igreja.
Libertou-se progressivamente (Florença, XV), tanto econômica,
quanto socialmente:
  Público de consumidores virtuais cada vez mais extenso.
  Legitimação paralela.
  Corpo crescente de produtores e empresários de nindo normas da
  pro ssão.
  A multiplicação das instâncias que legitimam a arte: salões,
  academias, etc.

Tradição e Predecessores (aconteceu no direito e na religião).

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Processo de Autonomização
Revolução Industrial: aceleração do movimento de autonomia.
A industria cultural nasce da relação da imprensa com a
literatura.
  Produção em série de obras semi-industriais como o folhetim;
  Extensão do público devido ao ensino elementar (mulheres),
  acesso aos romances;
  O jornalismo (intelectuais marginais encontram espaço).
Diferenciação a partir da diversi cação dos públicos.
Mercadorias (valor mercantil) x Signi cações (valor cultural).

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Processo de Autonomização
A Industria Cultural (categoria de produtos voltados para o
mercado) propicia condições favoráveis a uma teoria pura da
arte enquanto tal.
Apreciação desinteressada e irredutível a mera posse material.
Características do romantismo: A representação da cultura como
realidade superior e irredutível a necessidade vulgar da
economia, criação livre, espontaneidade, o gênio.




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Estrutura do Campo Erudito
De nição: Sistema de relações entre instâncias, pela função que
cumprem na divisão do trabalho de produção, reprodução e
difusão de bens simbólicos.
  O campo de produção erudita produz para produtores de bens
  culturais (a industria).
  A industria cultural produz para não-produtores de bens culturais (o
  grande público).
Campo Erudito: produz ele mesmo suas normas de produção e
critérios de avaliação.
Industria Cultural: obedece a lei da concorrência para conquista
de maior mercado. É bom porque vende?

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Estrutura do Campo Erudito
O Campo Erudito rompe com o público de não-produtores.
A crítica (recrutada no corpo de produtores) atribui a si próprio a
tarefa de fornecer uma interpretação “criativa” da arte erudita.
Sociedades de admiração mútua a serviço do artista.


   Há qualidades que nos chegam
   unicamente pelo juízo dos outros.
                             Sartre
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Estrutura do Campo Erudito
 Manifestar ruptura com as demandas externas;
 A forma sobre a função;
 O modo de representar sobre o objeto da representação;
 A maneira de dizer sobre a coisa dita;
 Sacri car o assunto;
 Forçar a linguagem para forçar a atenção a linguagem;
 A rmar o caráter insubstituível do produto e do produtor.

  Todos os temas tornam-se bons
  pelo mérito do autor.
                        Delacroix
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Reprodução e Consagração
Obras do campo erudito são:

Puras - Princípios de produção e estética;
Abstratas - Exigem enfoques especí cos;
Esotéricas - Estrutura complexa que exige referências.

 Função de distinção social;
 Exigem o código necessário;
 Disposições para adquirir tal código.

Museus - Conservar o passado;
Sistema de Ensino - Reprodução, Legitimação “póstuma”.

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Reprodução e Consagração
Níveis de Consagração:

Produtores para produtores;
Produtores e instâncias especí cas: academias, museus, revistas;
Posição hierárquica: dominante ou dominada.

 Relação de oposição e complementaridade entre os campos;
 Os sistemas e consagração impõem à sociedade os valores;




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Relações entre os Campos
A relação entre o campo erudito e a industria cultural está nas
respectivas instâncias de consagração.

Industria Cultural - Obedece a concorrência pela conquista do
mercado. A estrutura do seu produto decorre de condições
econômicas e sociais de sua produção. Efeitos estéticos, exclusão
de temas controversos, busca pela rentabilidade e extensão de
público. Transações e compromissos entre as diferentes
categorias de agentes.

Arte Erudita - Exprimir os vaores e a visão do mundo de uma
categoria particular de clientes.

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Relações entre os Campos
Os dois campos coexistem no mesmo sistema.

A Arte pela Arte e a Arte Média - ambas produzidas por artistas e
intelectuais pro ssionalizados - valorizam a técnica, na Arte pela
a Arte no sentido da busca pelo efeito produzido sobre o público
e na Arte Média no sentido ao culto da forma pela forma.

A cultura média é de nida pelo fato de estar condenada a
de nir-se em relação a cultura legítima. A arte média só renova
suas técnicas tomando empréstimo a cultura erudita de uma ou
duas gerações passadas. A Arte Média não tem autonomia pelo
fato do seu encanto resultar das referências a cultura erudita.

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Relações entre os Campos
Devoção a Arte Erudita;
Não devoção a Arte Média;

Arte Erudita: Um campo de produção que fornece a si mesmo
seu próprio mercado e depende de um sistema de ensino que
legitima novas obras.

Arte Média: Um campo que se organiza em relação a uma
demanda exterior, culturalmente inferior.




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Posições e Tomada de Posição
As relações dependem da posição:

Que ocupam no sistema de produção;
Que ocupam na hierarquia da consagração;

Na industria cultural são emitidos muitos juízos divergentes,
pois não tem garantia institucional.

Na Industria Cultural se quer conquistar legitimidade cultural
manifestando-se contra as instituições e sistema de ensino, mas
sem força su ciente.


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Posições e Tomada de Posição
Alguns Eruditos tem o fascínio pelo “sucesso”;
Mas podem ser encarados como trá co de in uência;

 A lógica do funcionamento do Campo Erudito, mais que
 proibições, protege a integridade do campo.

 Aqueles mais conformados com as normas é que se
 aventuram, pois não sofrem in uência.

Até matemáticos, físicos, acostumados com experimentos,
compõem alguma obra losó ca como fecho de uma carreira
especializada, para atingir um mercado mais amplo.

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Pensamento Final


Se a legitimidade cultural é a “norma fundamental” da
produção Erudita, seria estranho esperar nela uma “teoria
pura”. Pois esta construção formal é o produto da
abstração das relações que unem o campo Erudito. O
fundamento da legitimidade cultural reside onde reinam
outros poderes.



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           Vamos ao debate. :-)

     Camilla
     camicami@gmail.com
                               Rodrigo
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Pierre Bourdieu: Mercado de Bens Simbólicos

  • 1. UFPE dDesign Mestrado em Design Arte contra a Arte O Mercado de Bens Simbólicos Pierre Bourdieu Camilla camicami@gmail.com Rodrigo mail@rodrigomotta.com Sebba sebba.cavalcante@gmail.com
  • 2. UFPE dDesign Mestrado em Design Arte contra a Arte O Texto 1970, Centro de Sociologia Européia. Formação do Campo Erudito; Formação do Campo da Industria Cultural; Relações entre estes Campos; Arte e Sociedade; O Mercado de Bens Simbólicos Camilla Rodrigo Sebba Pierre Bourdieu camicami@gmail.com mail@rodrigomotta.com sebba.cavalcante@gmail.com
  • 3. UFPE dDesign Mestrado em Design Arte contra a Arte Pierre Bourdieu Sociólogo, 1930 - 2002. Inicio: Educação, cultura, literatura e a arte. Fim: Meios de comunicação e política. Poder Simbólico; Campo; Habitus; Obra maior: La Distinction (1979), Sociologia da Cultura, Arte, Condições Sociais. Desejo de liberdade, mestre da descon ança, ironia implacável, denuncia as negações e decepções com que seus ideais se confrontam. O Mercado de Bens Simbólicos Camilla Rodrigo Sebba Pierre Bourdieu camicami@gmail.com mail@rodrigomotta.com sebba.cavalcante@gmail.com
  • 4. UFPE dDesign Mestrado em Design Arte contra a Arte Processo de Autonomização A vida muda de acordo com a transformação da função do sistema de produção de bens simbólicos e da estrutura destes bens. A autonomização progressiva do sistema de relações de produção, circulação e consumo de bens simbólicos. O campo se constitui (com seu corpo de agentes correspondente) de nindo-se em oposição ao campo econômico, político e religioso. O Mercado de Bens Simbólicos Camilla Rodrigo Sebba Pierre Bourdieu camicami@gmail.com mail@rodrigomotta.com sebba.cavalcante@gmail.com
  • 5. UFPE dDesign Mestrado em Design Arte contra a Arte Processo de Autonomização A arte na idade média era legitimada pela aristocracia e a igreja. Libertou-se progressivamente (Florença, XV), tanto econômica, quanto socialmente: Público de consumidores virtuais cada vez mais extenso. Legitimação paralela. Corpo crescente de produtores e empresários de nindo normas da pro ssão. A multiplicação das instâncias que legitimam a arte: salões, academias, etc. Tradição e Predecessores (aconteceu no direito e na religião). O Mercado de Bens Simbólicos Camilla Rodrigo Sebba Pierre Bourdieu camicami@gmail.com mail@rodrigomotta.com sebba.cavalcante@gmail.com
  • 6. UFPE dDesign Mestrado em Design Arte contra a Arte Processo de Autonomização Revolução Industrial: aceleração do movimento de autonomia. A industria cultural nasce da relação da imprensa com a literatura. Produção em série de obras semi-industriais como o folhetim; Extensão do público devido ao ensino elementar (mulheres), acesso aos romances; O jornalismo (intelectuais marginais encontram espaço). Diferenciação a partir da diversi cação dos públicos. Mercadorias (valor mercantil) x Signi cações (valor cultural). O Mercado de Bens Simbólicos Camilla Rodrigo Sebba Pierre Bourdieu camicami@gmail.com mail@rodrigomotta.com sebba.cavalcante@gmail.com
  • 7. UFPE dDesign Mestrado em Design Arte contra a Arte Processo de Autonomização A Industria Cultural (categoria de produtos voltados para o mercado) propicia condições favoráveis a uma teoria pura da arte enquanto tal. Apreciação desinteressada e irredutível a mera posse material. Características do romantismo: A representação da cultura como realidade superior e irredutível a necessidade vulgar da economia, criação livre, espontaneidade, o gênio. O Mercado de Bens Simbólicos Camilla Rodrigo Sebba Pierre Bourdieu camicami@gmail.com mail@rodrigomotta.com sebba.cavalcante@gmail.com
  • 8. UFPE dDesign Mestrado em Design Arte contra a Arte Estrutura do Campo Erudito De nição: Sistema de relações entre instâncias, pela função que cumprem na divisão do trabalho de produção, reprodução e difusão de bens simbólicos. O campo de produção erudita produz para produtores de bens culturais (a industria). A industria cultural produz para não-produtores de bens culturais (o grande público). Campo Erudito: produz ele mesmo suas normas de produção e critérios de avaliação. Industria Cultural: obedece a lei da concorrência para conquista de maior mercado. É bom porque vende? O Mercado de Bens Simbólicos Camilla Rodrigo Sebba Pierre Bourdieu camicami@gmail.com mail@rodrigomotta.com sebba.cavalcante@gmail.com
  • 9. UFPE dDesign Mestrado em Design Arte contra a Arte Estrutura do Campo Erudito O Campo Erudito rompe com o público de não-produtores. A crítica (recrutada no corpo de produtores) atribui a si próprio a tarefa de fornecer uma interpretação “criativa” da arte erudita. Sociedades de admiração mútua a serviço do artista. Há qualidades que nos chegam unicamente pelo juízo dos outros. Sartre O Mercado de Bens Simbólicos Camilla Rodrigo Sebba Pierre Bourdieu camicami@gmail.com mail@rodrigomotta.com sebba.cavalcante@gmail.com
  • 10. UFPE dDesign Mestrado em Design Arte contra a Arte Estrutura do Campo Erudito Manifestar ruptura com as demandas externas; A forma sobre a função; O modo de representar sobre o objeto da representação; A maneira de dizer sobre a coisa dita; Sacri car o assunto; Forçar a linguagem para forçar a atenção a linguagem; A rmar o caráter insubstituível do produto e do produtor. Todos os temas tornam-se bons pelo mérito do autor. Delacroix O Mercado de Bens Simbólicos Camilla Rodrigo Sebba Pierre Bourdieu camicami@gmail.com mail@rodrigomotta.com sebba.cavalcante@gmail.com
  • 11. UFPE dDesign Mestrado em Design Arte contra a Arte Reprodução e Consagração Obras do campo erudito são: Puras - Princípios de produção e estética; Abstratas - Exigem enfoques especí cos; Esotéricas - Estrutura complexa que exige referências. Função de distinção social; Exigem o código necessário; Disposições para adquirir tal código. Museus - Conservar o passado; Sistema de Ensino - Reprodução, Legitimação “póstuma”. O Mercado de Bens Simbólicos Camilla Rodrigo Sebba Pierre Bourdieu camicami@gmail.com mail@rodrigomotta.com sebba.cavalcante@gmail.com
  • 12. UFPE dDesign Mestrado em Design Arte contra a Arte Reprodução e Consagração Níveis de Consagração: Produtores para produtores; Produtores e instâncias especí cas: academias, museus, revistas; Posição hierárquica: dominante ou dominada. Relação de oposição e complementaridade entre os campos; Os sistemas e consagração impõem à sociedade os valores; O Mercado de Bens Simbólicos Camilla Rodrigo Sebba Pierre Bourdieu camicami@gmail.com mail@rodrigomotta.com sebba.cavalcante@gmail.com
  • 13. UFPE dDesign Mestrado em Design Arte contra a Arte Relações entre os Campos A relação entre o campo erudito e a industria cultural está nas respectivas instâncias de consagração. Industria Cultural - Obedece a concorrência pela conquista do mercado. A estrutura do seu produto decorre de condições econômicas e sociais de sua produção. Efeitos estéticos, exclusão de temas controversos, busca pela rentabilidade e extensão de público. Transações e compromissos entre as diferentes categorias de agentes. Arte Erudita - Exprimir os vaores e a visão do mundo de uma categoria particular de clientes. O Mercado de Bens Simbólicos Camilla Rodrigo Sebba Pierre Bourdieu camicami@gmail.com mail@rodrigomotta.com sebba.cavalcante@gmail.com
  • 14. UFPE dDesign Mestrado em Design Arte contra a Arte Relações entre os Campos Os dois campos coexistem no mesmo sistema. A Arte pela Arte e a Arte Média - ambas produzidas por artistas e intelectuais pro ssionalizados - valorizam a técnica, na Arte pela a Arte no sentido da busca pelo efeito produzido sobre o público e na Arte Média no sentido ao culto da forma pela forma. A cultura média é de nida pelo fato de estar condenada a de nir-se em relação a cultura legítima. A arte média só renova suas técnicas tomando empréstimo a cultura erudita de uma ou duas gerações passadas. A Arte Média não tem autonomia pelo fato do seu encanto resultar das referências a cultura erudita. O Mercado de Bens Simbólicos Camilla Rodrigo Sebba Pierre Bourdieu camicami@gmail.com mail@rodrigomotta.com sebba.cavalcante@gmail.com
  • 15. UFPE dDesign Mestrado em Design Arte contra a Arte Relações entre os Campos Devoção a Arte Erudita; Não devoção a Arte Média; Arte Erudita: Um campo de produção que fornece a si mesmo seu próprio mercado e depende de um sistema de ensino que legitima novas obras. Arte Média: Um campo que se organiza em relação a uma demanda exterior, culturalmente inferior. O Mercado de Bens Simbólicos Camilla Rodrigo Sebba Pierre Bourdieu camicami@gmail.com mail@rodrigomotta.com sebba.cavalcante@gmail.com
  • 16. UFPE dDesign Mestrado em Design Arte contra a Arte Posições e Tomada de Posição As relações dependem da posição: Que ocupam no sistema de produção; Que ocupam na hierarquia da consagração; Na industria cultural são emitidos muitos juízos divergentes, pois não tem garantia institucional. Na Industria Cultural se quer conquistar legitimidade cultural manifestando-se contra as instituições e sistema de ensino, mas sem força su ciente. O Mercado de Bens Simbólicos Camilla Rodrigo Sebba Pierre Bourdieu camicami@gmail.com mail@rodrigomotta.com sebba.cavalcante@gmail.com
  • 17. UFPE dDesign Mestrado em Design Arte contra a Arte Posições e Tomada de Posição Alguns Eruditos tem o fascínio pelo “sucesso”; Mas podem ser encarados como trá co de in uência; A lógica do funcionamento do Campo Erudito, mais que proibições, protege a integridade do campo. Aqueles mais conformados com as normas é que se aventuram, pois não sofrem in uência. Até matemáticos, físicos, acostumados com experimentos, compõem alguma obra losó ca como fecho de uma carreira especializada, para atingir um mercado mais amplo. O Mercado de Bens Simbólicos Camilla Rodrigo Sebba Pierre Bourdieu camicami@gmail.com mail@rodrigomotta.com sebba.cavalcante@gmail.com
  • 18. UFPE dDesign Mestrado em Design Arte contra a Arte Pensamento Final Se a legitimidade cultural é a “norma fundamental” da produção Erudita, seria estranho esperar nela uma “teoria pura”. Pois esta construção formal é o produto da abstração das relações que unem o campo Erudito. O fundamento da legitimidade cultural reside onde reinam outros poderes. O Mercado de Bens Simbólicos Camilla Rodrigo Sebba Pierre Bourdieu camicami@gmail.com mail@rodrigomotta.com sebba.cavalcante@gmail.com
  • 19. UFPE dDesign Mestrado em Design Arte contra a Arte O Mercado de Bens Simbólicos Pierre Bourdieu Vamos ao debate. :-) Camilla camicami@gmail.com Rodrigo mail@rodrigomotta.com Sebba sebba.cavalcante@gmail.com