2. Nasceu em 1847 e faleceu em 1971 de tuberculose aos
24 anos de idade;
Oriundo da pequena burguesia emergente, junto com
crescimento cultural urbano brasileiro;
Filho de médico, cursou a faculdade de Direito;
Aos 17 anos fez as primeiras poesias;
3.
4. Era um belo rapaz, de porte esbelto, tez pálida,
grandes olhos vivos, negra e basta cabeleira, voz
possante, dons e maneiras que impressionavam a
multidão, impondo-se à admiração dos homens e
arrebatando paixões às mulheres;
Teve apenas um livro publicado em vida, Espumas
Flutuantes (1870);
5. Eugênia Câmara foi sua amante;
Patrono da 7ª cadeira da Academia Brasileira de Letras;
6. Foi o maior enfant terrible (crítica a sociedade) dentro
da terceira geração do Romantismo;
É o mais libertário dos românticos;
Se engajou nas causas abolicionistas;
Participava de ideais democráticos;
Tratou com clareza e desenvoltura o desejo carnal e os
encantos da mulher amada;
7. Foi um poeta de transição entre o Romantismo e o
Parnasianismo;
8. Poesia
Espumas Flutuantes, 1870
A Cachoeira de Paulo Afonso, 1876
Os Escravos, 1883
Hinos do Equador, em edição de suas Obras
Completas (1921)
Tragédia no Mar
O Navio Negreiro
Teatro
Gonzaga ou a Revolução de Minas, 1875
9. Stamos em pleno mar... Doudo no espaço Veleiro brigue corre à flor dos mares,
Brinca o luar — dourada borboleta; Como roçam na vaga as andorinhas...
E as vagas após ele correm... cansam
Como turba de infantes inquieta. Donde vem? onde vai? Das naus errantes
Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?
'Stamos em pleno mar... Do firmamento Neste saara os corcéis o pó levantam,
Os astros saltam como espumas de ouro... Galopam, voam, mas não deixam traço.
O mar em troca acende as ardentias,
— Constelações do líquido tesouro... Bem feliz quem ali pode nest'hora
Sentir deste painel a majestade!
'Stamos em pleno mar... Dois infinitos Embaixo — o mar em cima — o firmamento...
Ali se estreitam num abraço insano, E no mar e no céu — a imensidade!
Azuis, dourados, plácidos, sublimes...
Qual dos dous é o céu? qual o oceano?... Oh! que doce harmonia traz-me a brisa!
Que música suave ao longe soa!
'Stamos em pleno mar. . . Abrindo as velas Meu Deus! como é sublime um canto ardente
Ao quente arfar das virações marinhas, Pelas vagas sem fim boiando à toa!
10. Branco cisne que vagavas E o homem que olha o deserto,
Das harmonias no mar, Diz consigo: 'Deus 'stá perto
Pomba errante de outros climas. Que a grandeza é o Criador".
Vieste aos cerros pousar. E, sob as paternas vistas,
Inda bem. Sob os palmares Larga rédeas às conquistas
Na voz do condor, dos mares, Pede as asas ao condor.
Das serranias, dos céus...
Sente o homem — que é poeta.
Sente o vate — que é profeta
Sente o profeta — que é Deus.
Há alguma cousa de grande
Deste mundo na amplidão,
Como que a face do Eterno
Palpita na criação...