SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 4
Downloaden Sie, um offline zu lesen
Anais do IX Seminário de Iniciação Científica, VI Jornada de Pesquisa e Pós-Graduação
e Semana Nacional de Ciência e Tecnologia
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
19 a 21 de outubro de 2011
1
VIABILIDADE DO CULTIVO HIDROPÔNICO DE TOMATE COM SUBSTRATO
Thiago Henrique de Oliveira1
(ueg)
Eugênio Souza Viana1
(ueg)
Rafael Batista Ferreira2
(ueg)
Ananda Helena Nunes Cunha2
(ueg)
Rubia de Pina Luchetti Camargo3
(UniEvangélica)
tthiagua@hotmail.com
1 INTRODUÇÃO
Segundo Jaigobind et. al., (2007) a palavra hidroponia, provém dos radicais gregos
hidro (água) e ponos (trabalho), e consiste no cultivo de plantas sem o uso da terra, nutrindo-
se a planta apenas com água enriquecida pelos nutrientes necessários ao seu desenvolvimento.
Entretanto, para se obter sucesso com este sistema, é preciso observar alguns fatores
fundamentais, entre eles, a escolha das espécies de plantas mais adequadas, uso de recipientes
próprios para este sistema e aplicação correta de fertilizantes e materiais básicos.
No Brasil, o cultivo comercial de hortaliças e plantas ornamentais, usando técnicas
de hidroponia é de introdução recente, e vem-se expandindo rapidamente nas proximidades
dos grandes centros urbanos, onde as terras agricultáveis são escassas e caras e há grande
demanda por produtos hortículas. Em tais regiões, as hortaliças são produzidas, em sua maior
parte, sob cultivo protegido, situação em que, o sistema hidropônico apresenta-se como
alternativa vantajosa (MARTINEZ e SILVA, 2006).
Para o cultivo hidropônico, tem-se como um dos fatores principais a formulação da
solução nutritiva. O tomateiro, que é uma das hortaliças mais cultivadas em hidroponia, não
se tem uma formulação ideal, usando-se, muitas vezes, formulações desenvolvidas para
plantas em geral, como a de Hoagland e Arnon (1938).
O tomate é uma das hortaliças de maior importância no mundo (FAO 1998), pois se
trata de uma cultura que utiliza bem a área de produção e há otimização na colheita. Para que
o retorno financeiro seja satisfatório o produtor deve levar em consideração o tipo de
substrato utilizado, o custo com energia elétrica bem como a quantidade de frutos produzidos
e vendidos.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a viabilidade do cultivo hidropônico de tomate
com substrato.
2 SISTEMA HIDROPÔNICO
2.1 VANTAGENS
Partindo-se do princípio de que não há necessidade do solo para a produção agrícola,
pode-se pensar em produzir em qualquer local e em qualquer época do ano. Isto se aplica
tanto para áreas desérticas e áridas, quanto para áreas urbanas. Outra característica da
Agricultura Hidropônica é produzir no interior de estufas fechadas. O fato da planta não ter
contato direto com o solo e ficar dentro de uma estufa, reduz bastante a contaminação e
modifica as condições meteorológicas. Isto resulta em plantas mais sadias, podendo ser
produzidas, praticamente, durante todo o ano (SANTOS, 2000).
Anais do IX Seminário de Iniciação Científica, VI Jornada de Pesquisa e Pós-Graduação
e Semana Nacional de Ciência e Tecnologia
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
19 a 21 de outubro de 2011
2
A hidroponia oferece inúmeras vantagens, quando comparada ao cultivo tradicional
no solo. A eficácia dos nutrientes, fornecidos de forma balanceada e o cultivo protegido,
ocasionam maior produtividade principalmente por reduzir o ciclo de produção e a
contaminação por pragas e doenças. Como consequência têm-se produtos mais saudáveis,
menor contaminação do meio ambiente e das pessoas que nela trabalham. Quando são
comparados com o cultivo no solo.
Para a produção de alface, obtêm-se os seguintes resultados: 52 toneladas por ano
por hectare, para a produção no solo e 313 toneladas por ano por hectare, para a produção pela
hidroponia, ou seja, mais de seis vezes. (SANTOS, 2000). Quando se utiliza a produção em 3
níveis, por exemplo, consegue-se um resultado cerca de dez vezes maior. O consumo de água
é cerca de cinco vezes menor e a necessidade de defensivos (agrotóxicos) é cerca de dez vezes
menor.
2.2 TIPOS DE HIDROPONIA
São seis os principais tipos de hidroponia: sistema de pavio, de leito flutuante, de
sub-irrigação, NFT (Nutrient Film Technique System), de gotejamento e aeropônico citados
por Jaigobind et. al., (2007), a seguir:
2.2.1 Sistema de pavio
O sistema de pavio é mais indicado para a cultura de plantas pequenas, pois plantas
grandes que precisam absorver muita água em pouco tempo, podem vir a necessitar de uma
capacidade de nutrição maior do que a que os pavios oferecem. Mas mesmo indicado a
plantas pequenas, se os pavios forem corretamente dimensionados em função da planta a ser
cultivada, pode-se usar o sistema para plantas maiores sem restrições.
2.2.2 Sistema de leito flutuante
No sistema de leito flutuante, as plantas podem ficar totalmente ou parcialmente
imersas na água, sendo ancoradas numa plataforma flutuante, colocada diretamente na
superfície da solução de nutrientes contida num depósito.
2.2.3 Sistema de subirrigação
Neste sistema, utiliza-se um tanque-canteiro com um recipiente em sua base, sobre o
qual fica submerso em alguns centímetros de água. A operação é feita por uma bomba que
retira a solução nutritiva de um depósito por bombeamento e a leva à bancada de cultura onde
nutre as plantas, após este processo, a solução retorna ao depósito, geralmente escoando
através da própria bomba.
2.2.4 NFT (Nutrient Film Technique System)
Seu funcionamento dá-se por um fluxo constante de solução, que é bombeada de um
depósito para o canal de cultura, fluindo constantemente em forma de um filme bastante fino,
que nutre a parte da planta que fica submersa, ficando a outra parte em contato com ar úmido
absorvendo oxigênio e, depois de feito o processo, a solução retorna ao depósito.
Anais do IX Seminário de Iniciação Científica, VI Jornada de Pesquisa e Pós-Graduação
e Semana Nacional de Ciência e Tecnologia
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
19 a 21 de outubro de 2011
3
2.2.5 Sistema de gotejamento
No sistema de gotejamento, utiliza-se um tanque de cimento ou plástico levemente
inclinado para permitir a drenagem, o qual é preenchido pelo substrato. A solução nutritiva é
retirada do depósito por uma bomba, de funcionamento comandado por um controlador de
tempo, e conduzida através de tubos e micro-tubos a cada planta, gota a gota, por meio de
pequenos dispositivos chamados de gotejadores.
2.2.6 Sistema aeropônico
É uma técnica de cultivo sem solo que consiste em cultivar plantas suspensas. Nesse
sistema não é utilizado nenhum tipo de substrato, sendo que as plantas podem receber a
solução nutritiva de forma intermitente ou gota a gota e há casos de aeroponia nos quais a
solução nutritiva é nebulizada ou pulverizada sobre as raízes. A aspersão da solução é
acionada por uma bomba e controlada por um controlador de tempo, que faz com que se
tenham intervalos de apenas alguns minutos entre as aspersões.
3 CULTIVO DE TOMATE
Em se tratando de cultivo hidropônico com substrato, deve-se observar o teor de sais
dissolvidos na água, uma vez que o mesmo indisponibiliza a quantidade de água para a planta.
Alguns fatores devem ser monitorados para melhor eficiência da cultura, como irrigação,
quantidade de água aplicada, pH e condutividade elétrica.
Somente no Estado de São Paulo e no Estado de Goiás um único produtor cultiva
120 milhões de mudas de tomate em substrato. O tomate é a hortaliça de maior valor
econômico, ocupando uma área 16 mil hectares plantados, com uma produção de cerca de 800
mil toneladas de frutos, que representou um movimento de negócios da ordem de 122 milhões
de dólares em 1995 (FURLANI et. al., 1999).
O aumento na produtividade do tomateiro produzido por meio de cultivo hidropônico
tem sido de 20%-25% sobre o obtido pelo cultivo em solo, em virtude de diversos fatores, em
alguns casos devido ao solo extremamente pobre ou devido à presença de insetos e doenças.
As maiores vantagens do cultivo hidropônico frente ao cultivo tradicional são: maior
eficiência na regulação da nutrição, possibilidade de emprego em diversas regiões do mundo
com carência de terras cultiváveis, utilização mais eficiente da água e dos fertilizantes e maior
densidade de plantio, resultando num incremento na produtividade (MARTINEZ et. al.,
1997).
4 SUBSTRATOS UTILIZADOS EM SISTEMA HIDROPÔNICOS
No processo de propagação por estaquia, diversas são as opções de tipos de
substratos. Segundo Kämpf (2000), os mais comuns observados nos viveiros de produção de
mudas são areia, casca de arroz carbonizada, vermiculita, solo e a mistura destes.
A utilização de areia como substrato é vantajosa, pois possui baixo custo, é de fácil
disponibilidade e apresenta características positivas quanto à drenagem, sendo seu uso
adequado para enraizamento de estacas herbáceas e semi-lenhosas (FACHINELLO et al.,
1994).
Oliveira et al. (2001) recomenda evitar o excesso de umidade nos substratos que
pode favorecer o aparecimento de doenças fúngicas, afetando o enraizamento das estacas.
Anais do IX Seminário de Iniciação Científica, VI Jornada de Pesquisa e Pós-Graduação
e Semana Nacional de Ciência e Tecnologia
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
19 a 21 de outubro de 2011
4
Desta forma, pode-se inferir que e a maior estabilidade das estacas dispostas na areia e a
característica de alta drenagem desse substrato são fatores que proporcionaram melhores
condições para o enraizamento de mini-ixora, nas condições experimentais estudadas.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do exposto há viabilidade do cultivo hidropônico de tomate com substrato,
uma vez que a produção dessa hortaliça para atender o mercado, cresce a cada ano.
A produção de tomate hidropônico deve ser monitorada, uma vez que o produto
possui grande valor econômico e destaque na produção em hidroponia em relação à produção
convencional.
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FACHINELLO, J. C.; HOFFMANN, A.; NACHTIGAL, J. C.; KERSTEN, E.; FORTES, G.
R. L. Propagação de plantas frutíferas de clima temperado. Pelotas: UFPel, 1994. 179 p.
FAO. Production Year Book, 50. Washington: USDA – Economic Research Service, 1998.
FURLANI, A. M. C. FURLANI; P. R.; ABREU, M. F.; ABREU, C. A. Caracterização
química de substratos e o desenvolvimento de mudas de tomateiro. 1º Encontro Nacional
sobre substratos para plantas (ENSub), Porto Alegre, 22-24 de julho de 1999. Anais... 265-
270.
HOAGLAND, D.R. & ARNON, D.I. The water-culture method for growing plants
without soil. Berkeley: Circ. Calif. Agric. Exp. Stat. 1938. 247 p.
JAIGOBIND, A. G.; AMARAL, L. do; JAISINGH, S. Hidroponia – dossiê técnico. Instituto
de tecnologia do Paraná. 73p. Abril de 2007. Disponível em: www.hidroponia.com.br. Acesso:
20-mai-2010.
KÄMPF, A. N. Produção comercial de plantas ornamentais. Guaíba: Agropecuária, 2000.
254 p.
MARTINEZ, H. E. P.; BRACCINI, M. C. L., BRACCINI, A. L. Cultivo Hidropônico do
Tomateiro (Lycopersicon esculentum Mill.) Rev. Unimar 19 (3): 721-740 1997.
MARTINEZ, H. E. P.; SILVA FILHO, J. B. Introdução ao cultivo hidropônico de plantas. 3
ed. rev. Viçosa: Ed. UFV, 2006. 111p.
OLIVEIRA, M. C. de; RIBEIRO, J. F.; RIOS, M. N. da; RESENDE, M. E. Enraizamento de
estacas para produção de mudas de espécies nativas de matas de galeria. Brasília, DF:
Embrapa, 2001. 4 p. (Recomendação técnica, 41).
SANTOS, Osmar Souza dos. Hidroponia da alface. Centro de Ciências Rurais da
Universidade de Santa Maria, Santa Maria, RGS, 2000.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Cultivo hidropônico da alface empregando substratos
Cultivo hidropônico da alface empregando substratosCultivo hidropônico da alface empregando substratos
Cultivo hidropônico da alface empregando substratos
Ricardo Freitas
 
Calagem e adubação da alface, almeirão, agrião d’água, chicória, coentro, esp...
Calagem e adubação da alface, almeirão, agrião d’água, chicória, coentro, esp...Calagem e adubação da alface, almeirão, agrião d’água, chicória, coentro, esp...
Calagem e adubação da alface, almeirão, agrião d’água, chicória, coentro, esp...
Rural Pecuária
 
Boletim técnico do IAC: Calagem e adubação do tomate de mesa
Boletim técnico do IAC: Calagem e adubação do tomate de mesa Boletim técnico do IAC: Calagem e adubação do tomate de mesa
Boletim técnico do IAC: Calagem e adubação do tomate de mesa
Rural Pecuária
 
Calagem e Adubação da Cebola
Calagem e Adubação da CebolaCalagem e Adubação da Cebola
Calagem e Adubação da Cebola
Rural Pecuária
 

Was ist angesagt? (20)

Referenciais tecnológicos cebola orgânica
Referenciais tecnológicos cebola orgânica Referenciais tecnológicos cebola orgânica
Referenciais tecnológicos cebola orgânica
 
Yuri e joão 4 e
Yuri e joão 4 eYuri e joão 4 e
Yuri e joão 4 e
 
1 3 i
1 3 i1 3 i
1 3 i
 
1 2
1 21 2
1 2
 
Sdc219 fertirrigacao josè maria pinto
Sdc219 fertirrigacao  josè maria pintoSdc219 fertirrigacao  josè maria pinto
Sdc219 fertirrigacao josè maria pinto
 
1 3 ii
1 3 ii1 3 ii
1 3 ii
 
Fertirrigação
FertirrigaçãoFertirrigação
Fertirrigação
 
Cultivo hidropônico da alface empregando substratos
Cultivo hidropônico da alface empregando substratosCultivo hidropônico da alface empregando substratos
Cultivo hidropônico da alface empregando substratos
 
1 9
1 91 9
1 9
 
Resumo de métodos de produção
Resumo de métodos de produçãoResumo de métodos de produção
Resumo de métodos de produção
 
Adubação Verde
Adubação VerdeAdubação Verde
Adubação Verde
 
Thais e wagner 4ºe
Thais e wagner 4ºeThais e wagner 4ºe
Thais e wagner 4ºe
 
Calagem e adubação da alface, almeirão, agrião d’água, chicória, coentro, esp...
Calagem e adubação da alface, almeirão, agrião d’água, chicória, coentro, esp...Calagem e adubação da alface, almeirão, agrião d’água, chicória, coentro, esp...
Calagem e adubação da alface, almeirão, agrião d’água, chicória, coentro, esp...
 
Manejo de plantas de cobertura e adubação para abacaxizeiro orgânico
Manejo de plantas de cobertura e adubação para abacaxizeiro orgânicoManejo de plantas de cobertura e adubação para abacaxizeiro orgânico
Manejo de plantas de cobertura e adubação para abacaxizeiro orgânico
 
Hidroponia(1)
Hidroponia(1)Hidroponia(1)
Hidroponia(1)
 
Boletim técnico do IAC: Calagem e adubação do tomate de mesa
Boletim técnico do IAC: Calagem e adubação do tomate de mesa Boletim técnico do IAC: Calagem e adubação do tomate de mesa
Boletim técnico do IAC: Calagem e adubação do tomate de mesa
 
Tecnicas
TecnicasTecnicas
Tecnicas
 
01 defensivos alternativos
01 defensivos alternativos01 defensivos alternativos
01 defensivos alternativos
 
Agricultura Orgânica e Certificação - Canal com o Produtor
Agricultura Orgânica e Certificação - Canal com o ProdutorAgricultura Orgânica e Certificação - Canal com o Produtor
Agricultura Orgânica e Certificação - Canal com o Produtor
 
Calagem e Adubação da Cebola
Calagem e Adubação da CebolaCalagem e Adubação da Cebola
Calagem e Adubação da Cebola
 

Ähnlich wie Viabilidade do cultivo de tomate

915-Texto do artigo-5296-1-10-20200619.pdf
915-Texto do artigo-5296-1-10-20200619.pdf915-Texto do artigo-5296-1-10-20200619.pdf
915-Texto do artigo-5296-1-10-20200619.pdf
Matheus Sena
 
F E R T I R R I G AÇÃ O Irrigação 3º A
F E R T I R R I G AÇÃ O  Irrigação 3º AF E R T I R R I G AÇÃ O  Irrigação 3º A
F E R T I R R I G AÇÃ O Irrigação 3º A
IF Baiano - Campus Catu
 
Apostila fruticultura irrigada
Apostila fruticultura irrigadaApostila fruticultura irrigada
Apostila fruticultura irrigada
Gabriel Pinto
 
Drenagem agrícola
Drenagem agrícolaDrenagem agrícola
Drenagem agrícola
lipemodesto
 
ProtecçãO E ConservaçãO Do Solo
ProtecçãO E ConservaçãO Do SoloProtecçãO E ConservaçãO Do Solo
ProtecçãO E ConservaçãO Do Solo
Roberto Santos
 
Cultivo protegido em morango1
Cultivo protegido em morango1Cultivo protegido em morango1
Cultivo protegido em morango1
Robson de Aguiar
 
Elsa projecto de pesquisa
Elsa projecto de pesquisaElsa projecto de pesquisa
Elsa projecto de pesquisa
Egas Armando
 

Ähnlich wie Viabilidade do cultivo de tomate (20)

915-Texto do artigo-5296-1-10-20200619.pdf
915-Texto do artigo-5296-1-10-20200619.pdf915-Texto do artigo-5296-1-10-20200619.pdf
915-Texto do artigo-5296-1-10-20200619.pdf
 
Hidro(1)
Hidro(1)Hidro(1)
Hidro(1)
 
Hidroponia
HidroponiaHidroponia
Hidroponia
 
Agroecologia por uma agricultura sustentável e lucrativa
Agroecologia por uma agricultura sustentável e lucrativaAgroecologia por uma agricultura sustentável e lucrativa
Agroecologia por uma agricultura sustentável e lucrativa
 
152-Texto do Artigo-600-1-10-20130916.pdf
152-Texto do Artigo-600-1-10-20130916.pdf152-Texto do Artigo-600-1-10-20130916.pdf
152-Texto do Artigo-600-1-10-20130916.pdf
 
36 tomate orgânico
36 tomate orgânico36 tomate orgânico
36 tomate orgânico
 
Novos Negócios: Cultivo de Agrião em Sistema de Hidroponia
Novos Negócios: Cultivo de Agrião em Sistema de Hidroponia Novos Negócios: Cultivo de Agrião em Sistema de Hidroponia
Novos Negócios: Cultivo de Agrião em Sistema de Hidroponia
 
SISTEMAS AQUAPÔNICOS – SUBSTRATOS E SUAS FUNÇÕES
SISTEMAS AQUAPÔNICOS – SUBSTRATOS E SUAS FUNÇÕESSISTEMAS AQUAPÔNICOS – SUBSTRATOS E SUAS FUNÇÕES
SISTEMAS AQUAPÔNICOS – SUBSTRATOS E SUAS FUNÇÕES
 
F E R T I R R I G AÇÃ O Irrigação 3º A
F E R T I R R I G AÇÃ O  Irrigação 3º AF E R T I R R I G AÇÃ O  Irrigação 3º A
F E R T I R R I G AÇÃ O Irrigação 3º A
 
FertirrigaçãO IrrigaçãO 3ºA
FertirrigaçãO IrrigaçãO 3ºAFertirrigaçãO IrrigaçãO 3ºA
FertirrigaçãO IrrigaçãO 3ºA
 
Apostila fruticultura irrigada
Apostila fruticultura irrigadaApostila fruticultura irrigada
Apostila fruticultura irrigada
 
Calagem e adubação do feijão-vagem, feijão-fava (ou fava-italiana), feijão-de...
Calagem e adubação do feijão-vagem, feijão-fava (ou fava-italiana), feijão-de...Calagem e adubação do feijão-vagem, feijão-fava (ou fava-italiana), feijão-de...
Calagem e adubação do feijão-vagem, feijão-fava (ou fava-italiana), feijão-de...
 
Pimentão apresentação
Pimentão   apresentaçãoPimentão   apresentação
Pimentão apresentação
 
Drenagem agrícola
Drenagem agrícolaDrenagem agrícola
Drenagem agrícola
 
ProtecçãO E ConservaçãO Do Solo
ProtecçãO E ConservaçãO Do SoloProtecçãO E ConservaçãO Do Solo
ProtecçãO E ConservaçãO Do Solo
 
Bruno e noemi 4ºe
Bruno e noemi 4ºeBruno e noemi 4ºe
Bruno e noemi 4ºe
 
Cultivo protegido em morango1
Cultivo protegido em morango1Cultivo protegido em morango1
Cultivo protegido em morango1
 
Elsa projecto de pesquisa
Elsa projecto de pesquisaElsa projecto de pesquisa
Elsa projecto de pesquisa
 
Calagem e Adubação do Pepino
Calagem e Adubação do PepinoCalagem e Adubação do Pepino
Calagem e Adubação do Pepino
 
Aquaponia Exploração de uma hipótese
Aquaponia Exploração de uma hipóteseAquaponia Exploração de uma hipótese
Aquaponia Exploração de uma hipótese
 

Kürzlich hochgeladen

PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
HELENO FAVACHO
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
LeloIurk1
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
CleidianeCarvalhoPer
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
AntonioVieira539017
 
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
edelon1
 

Kürzlich hochgeladen (20)

Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 

Viabilidade do cultivo de tomate

  • 1. Anais do IX Seminário de Iniciação Científica, VI Jornada de Pesquisa e Pós-Graduação e Semana Nacional de Ciência e Tecnologia UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS 19 a 21 de outubro de 2011 1 VIABILIDADE DO CULTIVO HIDROPÔNICO DE TOMATE COM SUBSTRATO Thiago Henrique de Oliveira1 (ueg) Eugênio Souza Viana1 (ueg) Rafael Batista Ferreira2 (ueg) Ananda Helena Nunes Cunha2 (ueg) Rubia de Pina Luchetti Camargo3 (UniEvangélica) tthiagua@hotmail.com 1 INTRODUÇÃO Segundo Jaigobind et. al., (2007) a palavra hidroponia, provém dos radicais gregos hidro (água) e ponos (trabalho), e consiste no cultivo de plantas sem o uso da terra, nutrindo- se a planta apenas com água enriquecida pelos nutrientes necessários ao seu desenvolvimento. Entretanto, para se obter sucesso com este sistema, é preciso observar alguns fatores fundamentais, entre eles, a escolha das espécies de plantas mais adequadas, uso de recipientes próprios para este sistema e aplicação correta de fertilizantes e materiais básicos. No Brasil, o cultivo comercial de hortaliças e plantas ornamentais, usando técnicas de hidroponia é de introdução recente, e vem-se expandindo rapidamente nas proximidades dos grandes centros urbanos, onde as terras agricultáveis são escassas e caras e há grande demanda por produtos hortículas. Em tais regiões, as hortaliças são produzidas, em sua maior parte, sob cultivo protegido, situação em que, o sistema hidropônico apresenta-se como alternativa vantajosa (MARTINEZ e SILVA, 2006). Para o cultivo hidropônico, tem-se como um dos fatores principais a formulação da solução nutritiva. O tomateiro, que é uma das hortaliças mais cultivadas em hidroponia, não se tem uma formulação ideal, usando-se, muitas vezes, formulações desenvolvidas para plantas em geral, como a de Hoagland e Arnon (1938). O tomate é uma das hortaliças de maior importância no mundo (FAO 1998), pois se trata de uma cultura que utiliza bem a área de produção e há otimização na colheita. Para que o retorno financeiro seja satisfatório o produtor deve levar em consideração o tipo de substrato utilizado, o custo com energia elétrica bem como a quantidade de frutos produzidos e vendidos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a viabilidade do cultivo hidropônico de tomate com substrato. 2 SISTEMA HIDROPÔNICO 2.1 VANTAGENS Partindo-se do princípio de que não há necessidade do solo para a produção agrícola, pode-se pensar em produzir em qualquer local e em qualquer época do ano. Isto se aplica tanto para áreas desérticas e áridas, quanto para áreas urbanas. Outra característica da Agricultura Hidropônica é produzir no interior de estufas fechadas. O fato da planta não ter contato direto com o solo e ficar dentro de uma estufa, reduz bastante a contaminação e modifica as condições meteorológicas. Isto resulta em plantas mais sadias, podendo ser produzidas, praticamente, durante todo o ano (SANTOS, 2000).
  • 2. Anais do IX Seminário de Iniciação Científica, VI Jornada de Pesquisa e Pós-Graduação e Semana Nacional de Ciência e Tecnologia UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS 19 a 21 de outubro de 2011 2 A hidroponia oferece inúmeras vantagens, quando comparada ao cultivo tradicional no solo. A eficácia dos nutrientes, fornecidos de forma balanceada e o cultivo protegido, ocasionam maior produtividade principalmente por reduzir o ciclo de produção e a contaminação por pragas e doenças. Como consequência têm-se produtos mais saudáveis, menor contaminação do meio ambiente e das pessoas que nela trabalham. Quando são comparados com o cultivo no solo. Para a produção de alface, obtêm-se os seguintes resultados: 52 toneladas por ano por hectare, para a produção no solo e 313 toneladas por ano por hectare, para a produção pela hidroponia, ou seja, mais de seis vezes. (SANTOS, 2000). Quando se utiliza a produção em 3 níveis, por exemplo, consegue-se um resultado cerca de dez vezes maior. O consumo de água é cerca de cinco vezes menor e a necessidade de defensivos (agrotóxicos) é cerca de dez vezes menor. 2.2 TIPOS DE HIDROPONIA São seis os principais tipos de hidroponia: sistema de pavio, de leito flutuante, de sub-irrigação, NFT (Nutrient Film Technique System), de gotejamento e aeropônico citados por Jaigobind et. al., (2007), a seguir: 2.2.1 Sistema de pavio O sistema de pavio é mais indicado para a cultura de plantas pequenas, pois plantas grandes que precisam absorver muita água em pouco tempo, podem vir a necessitar de uma capacidade de nutrição maior do que a que os pavios oferecem. Mas mesmo indicado a plantas pequenas, se os pavios forem corretamente dimensionados em função da planta a ser cultivada, pode-se usar o sistema para plantas maiores sem restrições. 2.2.2 Sistema de leito flutuante No sistema de leito flutuante, as plantas podem ficar totalmente ou parcialmente imersas na água, sendo ancoradas numa plataforma flutuante, colocada diretamente na superfície da solução de nutrientes contida num depósito. 2.2.3 Sistema de subirrigação Neste sistema, utiliza-se um tanque-canteiro com um recipiente em sua base, sobre o qual fica submerso em alguns centímetros de água. A operação é feita por uma bomba que retira a solução nutritiva de um depósito por bombeamento e a leva à bancada de cultura onde nutre as plantas, após este processo, a solução retorna ao depósito, geralmente escoando através da própria bomba. 2.2.4 NFT (Nutrient Film Technique System) Seu funcionamento dá-se por um fluxo constante de solução, que é bombeada de um depósito para o canal de cultura, fluindo constantemente em forma de um filme bastante fino, que nutre a parte da planta que fica submersa, ficando a outra parte em contato com ar úmido absorvendo oxigênio e, depois de feito o processo, a solução retorna ao depósito.
  • 3. Anais do IX Seminário de Iniciação Científica, VI Jornada de Pesquisa e Pós-Graduação e Semana Nacional de Ciência e Tecnologia UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS 19 a 21 de outubro de 2011 3 2.2.5 Sistema de gotejamento No sistema de gotejamento, utiliza-se um tanque de cimento ou plástico levemente inclinado para permitir a drenagem, o qual é preenchido pelo substrato. A solução nutritiva é retirada do depósito por uma bomba, de funcionamento comandado por um controlador de tempo, e conduzida através de tubos e micro-tubos a cada planta, gota a gota, por meio de pequenos dispositivos chamados de gotejadores. 2.2.6 Sistema aeropônico É uma técnica de cultivo sem solo que consiste em cultivar plantas suspensas. Nesse sistema não é utilizado nenhum tipo de substrato, sendo que as plantas podem receber a solução nutritiva de forma intermitente ou gota a gota e há casos de aeroponia nos quais a solução nutritiva é nebulizada ou pulverizada sobre as raízes. A aspersão da solução é acionada por uma bomba e controlada por um controlador de tempo, que faz com que se tenham intervalos de apenas alguns minutos entre as aspersões. 3 CULTIVO DE TOMATE Em se tratando de cultivo hidropônico com substrato, deve-se observar o teor de sais dissolvidos na água, uma vez que o mesmo indisponibiliza a quantidade de água para a planta. Alguns fatores devem ser monitorados para melhor eficiência da cultura, como irrigação, quantidade de água aplicada, pH e condutividade elétrica. Somente no Estado de São Paulo e no Estado de Goiás um único produtor cultiva 120 milhões de mudas de tomate em substrato. O tomate é a hortaliça de maior valor econômico, ocupando uma área 16 mil hectares plantados, com uma produção de cerca de 800 mil toneladas de frutos, que representou um movimento de negócios da ordem de 122 milhões de dólares em 1995 (FURLANI et. al., 1999). O aumento na produtividade do tomateiro produzido por meio de cultivo hidropônico tem sido de 20%-25% sobre o obtido pelo cultivo em solo, em virtude de diversos fatores, em alguns casos devido ao solo extremamente pobre ou devido à presença de insetos e doenças. As maiores vantagens do cultivo hidropônico frente ao cultivo tradicional são: maior eficiência na regulação da nutrição, possibilidade de emprego em diversas regiões do mundo com carência de terras cultiváveis, utilização mais eficiente da água e dos fertilizantes e maior densidade de plantio, resultando num incremento na produtividade (MARTINEZ et. al., 1997). 4 SUBSTRATOS UTILIZADOS EM SISTEMA HIDROPÔNICOS No processo de propagação por estaquia, diversas são as opções de tipos de substratos. Segundo Kämpf (2000), os mais comuns observados nos viveiros de produção de mudas são areia, casca de arroz carbonizada, vermiculita, solo e a mistura destes. A utilização de areia como substrato é vantajosa, pois possui baixo custo, é de fácil disponibilidade e apresenta características positivas quanto à drenagem, sendo seu uso adequado para enraizamento de estacas herbáceas e semi-lenhosas (FACHINELLO et al., 1994). Oliveira et al. (2001) recomenda evitar o excesso de umidade nos substratos que pode favorecer o aparecimento de doenças fúngicas, afetando o enraizamento das estacas.
  • 4. Anais do IX Seminário de Iniciação Científica, VI Jornada de Pesquisa e Pós-Graduação e Semana Nacional de Ciência e Tecnologia UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS 19 a 21 de outubro de 2011 4 Desta forma, pode-se inferir que e a maior estabilidade das estacas dispostas na areia e a característica de alta drenagem desse substrato são fatores que proporcionaram melhores condições para o enraizamento de mini-ixora, nas condições experimentais estudadas. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante do exposto há viabilidade do cultivo hidropônico de tomate com substrato, uma vez que a produção dessa hortaliça para atender o mercado, cresce a cada ano. A produção de tomate hidropônico deve ser monitorada, uma vez que o produto possui grande valor econômico e destaque na produção em hidroponia em relação à produção convencional. 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FACHINELLO, J. C.; HOFFMANN, A.; NACHTIGAL, J. C.; KERSTEN, E.; FORTES, G. R. L. Propagação de plantas frutíferas de clima temperado. Pelotas: UFPel, 1994. 179 p. FAO. Production Year Book, 50. Washington: USDA – Economic Research Service, 1998. FURLANI, A. M. C. FURLANI; P. R.; ABREU, M. F.; ABREU, C. A. Caracterização química de substratos e o desenvolvimento de mudas de tomateiro. 1º Encontro Nacional sobre substratos para plantas (ENSub), Porto Alegre, 22-24 de julho de 1999. Anais... 265- 270. HOAGLAND, D.R. & ARNON, D.I. The water-culture method for growing plants without soil. Berkeley: Circ. Calif. Agric. Exp. Stat. 1938. 247 p. JAIGOBIND, A. G.; AMARAL, L. do; JAISINGH, S. Hidroponia – dossiê técnico. Instituto de tecnologia do Paraná. 73p. Abril de 2007. Disponível em: www.hidroponia.com.br. Acesso: 20-mai-2010. KÄMPF, A. N. Produção comercial de plantas ornamentais. Guaíba: Agropecuária, 2000. 254 p. MARTINEZ, H. E. P.; BRACCINI, M. C. L., BRACCINI, A. L. Cultivo Hidropônico do Tomateiro (Lycopersicon esculentum Mill.) Rev. Unimar 19 (3): 721-740 1997. MARTINEZ, H. E. P.; SILVA FILHO, J. B. Introdução ao cultivo hidropônico de plantas. 3 ed. rev. Viçosa: Ed. UFV, 2006. 111p. OLIVEIRA, M. C. de; RIBEIRO, J. F.; RIOS, M. N. da; RESENDE, M. E. Enraizamento de estacas para produção de mudas de espécies nativas de matas de galeria. Brasília, DF: Embrapa, 2001. 4 p. (Recomendação técnica, 41). SANTOS, Osmar Souza dos. Hidroponia da alface. Centro de Ciências Rurais da Universidade de Santa Maria, Santa Maria, RGS, 2000.