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Gengis Khan e o modo de ser do temido povo mongol

                         Ricardo Jorge Borges Guimarães

          Matrícula 201201853851, E-mail: ricardojorge@live.estacio.br

                      História - Universidade Estácio de Sá

Abstract. This presentation format paper has aimed to present a human perspective
of the Mongolian people during the Middle Ages - a period which were so feared for
their achievements and their mode of action, under the leadership of Genghis Khan.
Resumo. Esta apresentação no formato paper, tem intuito de apresentar uma
perspectiva humana do povo mongol, durante a Idade Média - em um período, que
foram tão temidos por suas conquistas e seu modo de agir, sob a liderança do
Genghis Khan.
Palavras-chave: Paper. Império Mongol. Mongóis. Genghis Khan. Idade Média.

                                 Rio de Janeiro – RJ

                                        2012

1. Introdução

Na leitura da obra, intitulada A História das Guerras, de Demétrio Magnoli (Org.), o
capítulo Gêngis Khan e as conquistas mongóis, de Elaine Senise Barbosa, trechos
da narrativa da autora, me despertaram características deste povo. E me levaram a
pesquisar outras fontes para realizar esse trabalho.

Foi interessante conhecer esse povo das estepes asiáticas, que ficou com a fama de
muito bárbaro, influenciou e deixou legados para a humanidade.

2. A organização social

Era um povo rude, nômade e caçador, dividido em várias tribos, as quais eram
organizados em clãs, compostos por membros de um mesmo núcleo familiar, seus
servos (vassalagem) e escravos (povos conquistados). Em cada tribo havia um líder,
o Khan.

Costumava haver conflitos entre as tribos, inclusive por causa de roubo, quebra de
compromisso e rapto de mulheres.

3. Hábitos desse povo
A forma de habitação, desse grupo étnico, que habitava as estepes da Ásia Central
eram as tendas - yurt, o que facilitava as constantes mudanças desse povo.

Eram um povo de hábitos pouco higiênicos. Faziam pouco uso de banho,
costumavam se limpar nas próprias vestes, pois geralmente comiam usando as
próprias mãos; e usavam a gordura de seus alimentos para esfregar em partes do
corpo para se protegerem do frio intenso na região, durante o inverno.

Sua média de vida era superior em 5 anos em relação a da Europa, da Idade Média,
onde a perspectiva de vida era em torno de 45 anos. Possivelmente, um dos motivos
seria o modo de vida mais ao natural que o das cidades da Europa, onde também a
falta de higiene existente, beneficiava a propagação de doenças por causa do
aglomerado urbano das cidades. (Mongóis: um povo bárbaro - Magnífico)

Os mongóis usavam túnicas, sendo que as mulheres de acordo com seu estado
civil: as solteiras, usavam túnicas curtas e coloridas; e as casadas vestiam longas
túnicas, cobrindo todo o corpo e precisavam usar chapéu para aparecer em público,
sob pena de serem apedrejadas. O chapéu, trazia as insígnias do marido.

Seus hábitos, alimentares era a base de carnes de ovelhas, bovinas e de equinos,
das criações cultivavam nas estepes, assim como os cavalos, que na verdade um
“pônei duplo” (A História das Guerras, 2003, p. 142), que se transformaram em uma
terrível arma de guerra a favor do mongóis.

Ainda sobre seus hábitos alimentares, tinham gosto pelo tutano do boi, de beber
leite e especiarias feitas a base de carne e leite, como queijos, coalhadas. Outras
formas de alimentação como, por exemplo: peixes, estava condicionada a regiões
onde por hora estabeleciam seus acampamentos.

Seus hábitos carnívoros inclusive, serviu muitas vezes para a prática do
canibalismo, em determinados momentos, principalmente de guerras.

Havia uma orientação de justiça e moral entre o povo mongol, Yassak, que incluía a
pena de morte para homens de desvirginassem mulheres antes do casamento; e
para o adultério, cometido tanto por homens quanto as mulheres. Para quem
defecasse ou urinasse em alguma tenda que não fosse a sua, recebia punição
severa, as vezes penalizado com a morte.
Eram tolerantes quanto a religiosidade, mas havia práticas religiosas nas tendas
mongóis, baseadas no Xamanismo (prática espiritual, médica e filosófica da
humanidade). E o líder espiritual é o Xamã.

Por ser um povo nômade suas habilidades artísticas eram para utensílios menores,
fáceis de transportar.

3.1. Suas táticas de guerra

Usando habilmente a montaria de seus pôneis, os mongóis também foram
excelentes arqueiros, além de empregar o uso de cães nas batalhas.

Seus exércitos eram compostos pelos nativos e incorporados por povos dominados,
dentre de outras tribos. A participação dos escravos nas batalhas só eram permitidas
nas mais difíceis contendas, ainda assim só lhes era fornecido armamento básico, e
ficavam posicionados a frente de todas as divisões das tropas mongóis.

A organização tática de combate, costumava ser mortal a favor dos mongóis, com
sua cavalaria, de arqueiros, sendo empregada no final da batalha de modo muito
eficaz. Posteriormente, outras técnicas, foram absorvidas de povos conquistados e
passaram a integrar o repertório de táticas de guerra dos mongóis.

4. Genghis Khan

Em meio a um crescimento populacional, o que acarretou aumento do número de
tribos, e por consequência problemas derivados dessa situação a serem
administrados pelos mongóis, nasce Temudjin, por volta dos anos 1150 e 1167. A
cerca dos 9 anos de idade, Temudjin ficou órfão de pai. Posteriormente, sua mãe se
casou com Toghril, o Khan da tribos dos Keraites, adotando Temudjin e seus irmãos.

Temudjin, se afeiçou a Toghril e foi então, que ainda jovem adquiriu gosto pelos
assuntos políticos de sua tribo. Aos 16 anos, Temudjin se casa com uma noiva
arranjada em outra tribo, ainda por seu pai. Depois de se casar, Temudjin foi formar
seu próprio clã, conforme o costume mongol.

O clã de Temudjin, se tornou numeroso e poderoso, pois ele possuía muitos bens e
porque se casou com várias mulheres, das quais teve vários filhos. Mas era sua
devotada, primeira esposa Boerte, que Temudjin sempre ouvia com atenção
(História das Guerras, 2003, p. 144).
Temudjin, foi se tornando um grande chefe político, fazendo acordos com outras
tribos e um grande guerreiro, devido a várias batalhas que participou, uma das por
conta do sequestro de sua esposa Boerte, com a ajuda da tribo de Togrill, líder de
uma ampla federação de tribos, recuperou a esposa e matou seus inimigos. Boerte,
retornou grávida, mas seu filho bastardo, foi acolhido e criado como os demais filhos
de Temudjin, só não tendo o direito mais tarde a sucessão do pai.

Com seus laços políticos aumentando, também por causa da vassalagem, que
possuía com seus inúmeros filhos e das alianças políticas, crescia o prestígio e
poder de Temudjin, contando ele com um exército numeroso.

Por volta dos seus 40 anos, por volta de 1197, Temudjin controlava boa parte das
tribos mongóis, e entre 1204 e 1206, derrotou todas das estepes, tornando o Khan
de todas essas tribos.

Em 1206, Temudjin reuniu todos os Khans derrotados numa assembleia,
denominada Quriltai, que o elegeu Khagan da Mongólia, ou seja, Grande Khan, algo
equivalente a Imperador, assim nasci o Genghis Kahn.

Não muito diferente, do que se via na Europa medieval, Genghis Kahn, buscou
legitimação de poder também perante aos religiosos, além da estrutura mongol para
legitimar seus Khan. O grande Xamã, o proclamou, que: "Mongka Koko Tengri (o
Eterno Céu Azul, principal Deus do panteão Mongol) acaba de nomear Gengis Khan
como seu representante na Terra" (Mongóis: um povo bárbaro - Magnífico). O clã de
Genghis Khan, se tornou sagrado, sua família foi declarada sagrada, Altan Uruk, e
todos os demais clãs estavam submetidos a ele.

Isso funcionou como uma unificação das tribos das mongóis em torno de um poder
central. Num tempo, em que a crescimento populacional, favorecia disputas de
territórios; desse modo um poder central causava um impacto numa estabilidade
entre as tribos.

Logo após, Genghis Khan inicia batalhas para sujeitar as últimas tribos mongóis e
tártaras (turcos, que viviam sob o modo de vida mongol) a seu poder.

4.1. A campanha chinesa

Por volta dos 55 anos, em 1209, Genghis Khan, dá início a construção de um quartel
general dos mongóis, onde seria um local para reunião dos exércitos,
armazenamento de armas e mantimentos: Caracórum, região próxima ao atual
Paquistão, Índia e China.

Enquanto, se construía a 'capital' do Império Mongol, em Caracórum, Genghis Khan,
voltou sua atenção para as riquezas da China. Logo partiu para a conquista desse
povo mais desenvolvido que o mongol. Não logrou êxito em dominar a China, só fato
consumado depois de sua morte, por seu filho: Ogedei.

A campanha na China, trouxe algumas mudanças para os mongóis, como o uso de
armas chinesas em batalhas, defesa de cidadelas, a ideia de sedentarismo em
cidades. Nesse sentido, se destaca a figura de um jovem chinês, capturado pelo
mongóis e que ganhou simpatia de Genghis Khan: Yehlu Chu-tsai, que mostrava ao
Imperador Mongol, um pouco de civilidade como poderiam desfrutar de recursos e
tributos dos povos conquistados, ao invés de destrui-los. Efetivamente, o chinês só
obteve mais resultados no tempo de Ogedei.

4.1. O legado do período de Genghis Khan

Como o povo mongol, não tinha escrita, Genghis Khan, decidiu pela escolha de
alfabeto naimanos, para organizar seu conjunto de leis Yassak. Escribas foram
recolhidos entre os escravos, para atualizarem novas leis, que tratavam de questões
hierárquicas, de propriedade, de liberdades, direitos dos clãs, definia os tabus, os
crimes comuns e suas penas. Sofreu acréscimos até 1219, quando foi concluído e
aprovado.

O expansionismo do povo mongol, iniciado por Genghis Khan, trouxe o que se
afirma ser uma pax mongolica a região. Assim saques e roubos na região
dominadas pelos mongóis foi controlada pelo Império, recém iniciado, no séc. XII. As
rotas comercias com a Europa se beneficiaram.

A descendência de Genghis Khan, pode ser vista por uma vasta região, asiática
central, da Rússia asiática e até próximo do Oriente Médio. A dinastia chinesa Yuan
(1279-1368), por exemplo, passa pelo seu Kublai Khan; também, para a dinastia
Ilkhanid, no Irã (1256-1353). A influência mongol no cultura islâmica iraniana, foi
muito grande na arte.
Genghis Khan, manteve um distanciamento da religião e a tradição tolerante de seu
povo com religiões dos povos dominados, o que além do mongóis absorverem
novas religiões.

Segundo Danilo José Figueiredo, em Mongóis um povo Bárbaro - Magnífico, esse
legado de distanciamento do Imperador mongol da uma religião específica, impediu
que o cristianismo avançasse na região, como também teria sido o causador da
futura desintegração do Império mongol.

5. Considerações finais

Por se formar e viver numa área, sujeita a muitas intemperes, os mongóis
desenvolveram métodos de sobrevivência a realidade local e de um tempo. Assim é
possível, compreender um pouco mais seu modo de vida, que principalmente, pela
cultura ocidentalizada e civilizada foi considerada tão bárbara, até mesmo, no
período que se aborda nesse paper.

Hoje existe esforços para resgatar, memórias do começo dessa civilização, e assim
compreender tal civilização com seus costumes, cultura organização e legados,
esses com influência até os dias de hoje em diversas partes do mundo.

Referências

MAGNOLI, Demétrio (Org.). História das Guerras. 3. ed. São Paulo: Contexto,
2006. p. 137-170.
FIGUEIREDO, Danilo José. Mongóis: um povo bárbaro (magnífico). Aluno do 3º
Ano - História/USP. Disponível em:
<http://www.klepsidra.net/klepsidra9/mongois.html>. Acesso em: 9 de fevereiro de
2013.
THE METROPOLITAN MUSEUM OF ART. Heilbrunm Timeline of Art History. The
Legacy of Genghis Khan. Disponível em:
<http://www.metmuseum.org/toah/hd/khan1/hd_khan1.htm>. Acesso em: 9 de
fevereiro de 2013.

 ARTESE, Leo. O que é Xamanismo?. Disponível em:
<http://www.universomistico.org/s/o-que-e-xamanismo.html>. Acesso em: 11 de
fevereiro de 2013.
WIKIPÉDIA. Caracórum. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Carac
%C3%B3rum>. Acesso em: 11 de fevereiro de 2013.
______. Mongóis. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Mong%C3%B3is>.
Acesso: 12 de fevereiro de 2013.

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Gengis Khan e o modo de ser do temido povo mongol

  • 1. Gengis Khan e o modo de ser do temido povo mongol Ricardo Jorge Borges Guimarães Matrícula 201201853851, E-mail: ricardojorge@live.estacio.br História - Universidade Estácio de Sá Abstract. This presentation format paper has aimed to present a human perspective of the Mongolian people during the Middle Ages - a period which were so feared for their achievements and their mode of action, under the leadership of Genghis Khan. Resumo. Esta apresentação no formato paper, tem intuito de apresentar uma perspectiva humana do povo mongol, durante a Idade Média - em um período, que foram tão temidos por suas conquistas e seu modo de agir, sob a liderança do Genghis Khan. Palavras-chave: Paper. Império Mongol. Mongóis. Genghis Khan. Idade Média. Rio de Janeiro – RJ 2012 1. Introdução Na leitura da obra, intitulada A História das Guerras, de Demétrio Magnoli (Org.), o capítulo Gêngis Khan e as conquistas mongóis, de Elaine Senise Barbosa, trechos da narrativa da autora, me despertaram características deste povo. E me levaram a pesquisar outras fontes para realizar esse trabalho. Foi interessante conhecer esse povo das estepes asiáticas, que ficou com a fama de muito bárbaro, influenciou e deixou legados para a humanidade. 2. A organização social Era um povo rude, nômade e caçador, dividido em várias tribos, as quais eram organizados em clãs, compostos por membros de um mesmo núcleo familiar, seus servos (vassalagem) e escravos (povos conquistados). Em cada tribo havia um líder, o Khan. Costumava haver conflitos entre as tribos, inclusive por causa de roubo, quebra de compromisso e rapto de mulheres. 3. Hábitos desse povo
  • 2. A forma de habitação, desse grupo étnico, que habitava as estepes da Ásia Central eram as tendas - yurt, o que facilitava as constantes mudanças desse povo. Eram um povo de hábitos pouco higiênicos. Faziam pouco uso de banho, costumavam se limpar nas próprias vestes, pois geralmente comiam usando as próprias mãos; e usavam a gordura de seus alimentos para esfregar em partes do corpo para se protegerem do frio intenso na região, durante o inverno. Sua média de vida era superior em 5 anos em relação a da Europa, da Idade Média, onde a perspectiva de vida era em torno de 45 anos. Possivelmente, um dos motivos seria o modo de vida mais ao natural que o das cidades da Europa, onde também a falta de higiene existente, beneficiava a propagação de doenças por causa do aglomerado urbano das cidades. (Mongóis: um povo bárbaro - Magnífico) Os mongóis usavam túnicas, sendo que as mulheres de acordo com seu estado civil: as solteiras, usavam túnicas curtas e coloridas; e as casadas vestiam longas túnicas, cobrindo todo o corpo e precisavam usar chapéu para aparecer em público, sob pena de serem apedrejadas. O chapéu, trazia as insígnias do marido. Seus hábitos, alimentares era a base de carnes de ovelhas, bovinas e de equinos, das criações cultivavam nas estepes, assim como os cavalos, que na verdade um “pônei duplo” (A História das Guerras, 2003, p. 142), que se transformaram em uma terrível arma de guerra a favor do mongóis. Ainda sobre seus hábitos alimentares, tinham gosto pelo tutano do boi, de beber leite e especiarias feitas a base de carne e leite, como queijos, coalhadas. Outras formas de alimentação como, por exemplo: peixes, estava condicionada a regiões onde por hora estabeleciam seus acampamentos. Seus hábitos carnívoros inclusive, serviu muitas vezes para a prática do canibalismo, em determinados momentos, principalmente de guerras. Havia uma orientação de justiça e moral entre o povo mongol, Yassak, que incluía a pena de morte para homens de desvirginassem mulheres antes do casamento; e para o adultério, cometido tanto por homens quanto as mulheres. Para quem defecasse ou urinasse em alguma tenda que não fosse a sua, recebia punição severa, as vezes penalizado com a morte.
  • 3. Eram tolerantes quanto a religiosidade, mas havia práticas religiosas nas tendas mongóis, baseadas no Xamanismo (prática espiritual, médica e filosófica da humanidade). E o líder espiritual é o Xamã. Por ser um povo nômade suas habilidades artísticas eram para utensílios menores, fáceis de transportar. 3.1. Suas táticas de guerra Usando habilmente a montaria de seus pôneis, os mongóis também foram excelentes arqueiros, além de empregar o uso de cães nas batalhas. Seus exércitos eram compostos pelos nativos e incorporados por povos dominados, dentre de outras tribos. A participação dos escravos nas batalhas só eram permitidas nas mais difíceis contendas, ainda assim só lhes era fornecido armamento básico, e ficavam posicionados a frente de todas as divisões das tropas mongóis. A organização tática de combate, costumava ser mortal a favor dos mongóis, com sua cavalaria, de arqueiros, sendo empregada no final da batalha de modo muito eficaz. Posteriormente, outras técnicas, foram absorvidas de povos conquistados e passaram a integrar o repertório de táticas de guerra dos mongóis. 4. Genghis Khan Em meio a um crescimento populacional, o que acarretou aumento do número de tribos, e por consequência problemas derivados dessa situação a serem administrados pelos mongóis, nasce Temudjin, por volta dos anos 1150 e 1167. A cerca dos 9 anos de idade, Temudjin ficou órfão de pai. Posteriormente, sua mãe se casou com Toghril, o Khan da tribos dos Keraites, adotando Temudjin e seus irmãos. Temudjin, se afeiçou a Toghril e foi então, que ainda jovem adquiriu gosto pelos assuntos políticos de sua tribo. Aos 16 anos, Temudjin se casa com uma noiva arranjada em outra tribo, ainda por seu pai. Depois de se casar, Temudjin foi formar seu próprio clã, conforme o costume mongol. O clã de Temudjin, se tornou numeroso e poderoso, pois ele possuía muitos bens e porque se casou com várias mulheres, das quais teve vários filhos. Mas era sua devotada, primeira esposa Boerte, que Temudjin sempre ouvia com atenção (História das Guerras, 2003, p. 144).
  • 4. Temudjin, foi se tornando um grande chefe político, fazendo acordos com outras tribos e um grande guerreiro, devido a várias batalhas que participou, uma das por conta do sequestro de sua esposa Boerte, com a ajuda da tribo de Togrill, líder de uma ampla federação de tribos, recuperou a esposa e matou seus inimigos. Boerte, retornou grávida, mas seu filho bastardo, foi acolhido e criado como os demais filhos de Temudjin, só não tendo o direito mais tarde a sucessão do pai. Com seus laços políticos aumentando, também por causa da vassalagem, que possuía com seus inúmeros filhos e das alianças políticas, crescia o prestígio e poder de Temudjin, contando ele com um exército numeroso. Por volta dos seus 40 anos, por volta de 1197, Temudjin controlava boa parte das tribos mongóis, e entre 1204 e 1206, derrotou todas das estepes, tornando o Khan de todas essas tribos. Em 1206, Temudjin reuniu todos os Khans derrotados numa assembleia, denominada Quriltai, que o elegeu Khagan da Mongólia, ou seja, Grande Khan, algo equivalente a Imperador, assim nasci o Genghis Kahn. Não muito diferente, do que se via na Europa medieval, Genghis Kahn, buscou legitimação de poder também perante aos religiosos, além da estrutura mongol para legitimar seus Khan. O grande Xamã, o proclamou, que: "Mongka Koko Tengri (o Eterno Céu Azul, principal Deus do panteão Mongol) acaba de nomear Gengis Khan como seu representante na Terra" (Mongóis: um povo bárbaro - Magnífico). O clã de Genghis Khan, se tornou sagrado, sua família foi declarada sagrada, Altan Uruk, e todos os demais clãs estavam submetidos a ele. Isso funcionou como uma unificação das tribos das mongóis em torno de um poder central. Num tempo, em que a crescimento populacional, favorecia disputas de territórios; desse modo um poder central causava um impacto numa estabilidade entre as tribos. Logo após, Genghis Khan inicia batalhas para sujeitar as últimas tribos mongóis e tártaras (turcos, que viviam sob o modo de vida mongol) a seu poder. 4.1. A campanha chinesa Por volta dos 55 anos, em 1209, Genghis Khan, dá início a construção de um quartel general dos mongóis, onde seria um local para reunião dos exércitos,
  • 5. armazenamento de armas e mantimentos: Caracórum, região próxima ao atual Paquistão, Índia e China. Enquanto, se construía a 'capital' do Império Mongol, em Caracórum, Genghis Khan, voltou sua atenção para as riquezas da China. Logo partiu para a conquista desse povo mais desenvolvido que o mongol. Não logrou êxito em dominar a China, só fato consumado depois de sua morte, por seu filho: Ogedei. A campanha na China, trouxe algumas mudanças para os mongóis, como o uso de armas chinesas em batalhas, defesa de cidadelas, a ideia de sedentarismo em cidades. Nesse sentido, se destaca a figura de um jovem chinês, capturado pelo mongóis e que ganhou simpatia de Genghis Khan: Yehlu Chu-tsai, que mostrava ao Imperador Mongol, um pouco de civilidade como poderiam desfrutar de recursos e tributos dos povos conquistados, ao invés de destrui-los. Efetivamente, o chinês só obteve mais resultados no tempo de Ogedei. 4.1. O legado do período de Genghis Khan Como o povo mongol, não tinha escrita, Genghis Khan, decidiu pela escolha de alfabeto naimanos, para organizar seu conjunto de leis Yassak. Escribas foram recolhidos entre os escravos, para atualizarem novas leis, que tratavam de questões hierárquicas, de propriedade, de liberdades, direitos dos clãs, definia os tabus, os crimes comuns e suas penas. Sofreu acréscimos até 1219, quando foi concluído e aprovado. O expansionismo do povo mongol, iniciado por Genghis Khan, trouxe o que se afirma ser uma pax mongolica a região. Assim saques e roubos na região dominadas pelos mongóis foi controlada pelo Império, recém iniciado, no séc. XII. As rotas comercias com a Europa se beneficiaram. A descendência de Genghis Khan, pode ser vista por uma vasta região, asiática central, da Rússia asiática e até próximo do Oriente Médio. A dinastia chinesa Yuan (1279-1368), por exemplo, passa pelo seu Kublai Khan; também, para a dinastia Ilkhanid, no Irã (1256-1353). A influência mongol no cultura islâmica iraniana, foi muito grande na arte.
  • 6. Genghis Khan, manteve um distanciamento da religião e a tradição tolerante de seu povo com religiões dos povos dominados, o que além do mongóis absorverem novas religiões. Segundo Danilo José Figueiredo, em Mongóis um povo Bárbaro - Magnífico, esse legado de distanciamento do Imperador mongol da uma religião específica, impediu que o cristianismo avançasse na região, como também teria sido o causador da futura desintegração do Império mongol. 5. Considerações finais Por se formar e viver numa área, sujeita a muitas intemperes, os mongóis desenvolveram métodos de sobrevivência a realidade local e de um tempo. Assim é possível, compreender um pouco mais seu modo de vida, que principalmente, pela cultura ocidentalizada e civilizada foi considerada tão bárbara, até mesmo, no período que se aborda nesse paper. Hoje existe esforços para resgatar, memórias do começo dessa civilização, e assim compreender tal civilização com seus costumes, cultura organização e legados, esses com influência até os dias de hoje em diversas partes do mundo. Referências MAGNOLI, Demétrio (Org.). História das Guerras. 3. ed. São Paulo: Contexto, 2006. p. 137-170. FIGUEIREDO, Danilo José. Mongóis: um povo bárbaro (magnífico). Aluno do 3º Ano - História/USP. Disponível em: <http://www.klepsidra.net/klepsidra9/mongois.html>. Acesso em: 9 de fevereiro de 2013. THE METROPOLITAN MUSEUM OF ART. Heilbrunm Timeline of Art History. The Legacy of Genghis Khan. Disponível em: <http://www.metmuseum.org/toah/hd/khan1/hd_khan1.htm>. Acesso em: 9 de fevereiro de 2013. ARTESE, Leo. O que é Xamanismo?. Disponível em: <http://www.universomistico.org/s/o-que-e-xamanismo.html>. Acesso em: 11 de fevereiro de 2013. WIKIPÉDIA. Caracórum. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Carac %C3%B3rum>. Acesso em: 11 de fevereiro de 2013.
  • 7. ______. Mongóis. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Mong%C3%B3is>. Acesso: 12 de fevereiro de 2013.