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Rita Brito | rita.brito@iseclisboa.pt
Escola de Educação, ISEC Lisboa
CRC-W Universidade Católica Portuguesa
Perceções de
famílias
portuguesas, com
filhos até 8 anos,
sobre segurança
digital
Patrícia Dias | pdias@ucp.pt
CECC e CRC-W, Universidade
Católica Portuguesa
8, 9, 10 maio 2019
Crianças e famílias: contacto com cada vez
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Qual o estilo de mediação parental relativo ao uso de
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Inês (F62m31): Estou sempre atenta para ver o que ele faz, não pode instalar nenhum
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Catarina (F51m40): Há uma app do tablet que é específica para as crianças, (...) nós
conseguimos pôr tempo para ela estar ali a brincar e depois aquilo é um crocodilo
que vai dormir quando acaba o tempo e por isso é bastante controlado, porque só
joga as aplicações que nós pomos lá e por tempo que nós decidimos.
O estilo parental de 81 famílias portuguesas
Menos incidência Co-utilização regular
Conversa sobre segurança infantil escassa
Maior incidência a partir dos 6 anos
A segurança digital como prioridade para os
pais na utilização digital dos filhos
O que os pais mais valorizam nas apps usadas pelos filhos?
Conteúdos positivos – POSCON (Questionário pais com filhos
até 8 anos: 1968 respostas
Segurança dos filhos;
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Marca enquanto garantia de qualidade;
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Conhecer rotinas de 15 famílias com tecnologias digitais
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“Crianças que não sabem ler e escrever estão mais seguras online”
Já falaram com os filhos sobre segurança digital?
O pai João (F10f32) diz que ainda
não se justifica esta conversa porque
o filho “não usa ‘Facebooks’, não usa
Internet, acaba só́ por jogar”.
Tiveram de aplicar regras
severas ao filho devido ao
excesso de utilização dos
meios digitais.
A mãe Antónia (F6m24) também refere que o filho Tiago (F6b3) “não usa a Internet, só́
para ver as músicas no YouTube”, mas na PlayStation joga “GTA” com os primos e
em casa faz pesquisas no YouTube onde visualiza nudez explicita, conforme foi
possível presenciar aquando da entrevista.
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Para os pais, os filhos estão protegidos de perigos online porque...
“Crianças que não sabem ler e escrever estão mais seguras online”
São jovens e o seu uso é ainda limitado a um número de
atividades consideradas pelos pais como seguras (jogos e
visualização de vídeos no YouTube);
Os filhos ainda não chegaram a uma idade em que são
atraídos e capazes de desenvolver comportamentos de risco
(redes sociais e contactos com estranhos);
Os filhos estão apenas a “brincar”, sendo que o perigo
“espreita” a partir dos 6 anos, quando começarem a
aprender a ler e a crescer.
“A partir do momento em que começam a escrever, acho que é a fase mais perigosa”
2017
Pouca disponibilidade
Fernando (F8f32): É difícil chegar às famílias porque as pessoas vêm cansadas e a
disponibilidade já́ é pouca, a adesão ia ser pouca. As pessoas não têm paciência...
Qual o papel da escola na formação de pais e crianças?
Formação
(minoria de pais,
filhos ainda
muito jovens)
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Segurança digital (para pais e filhos);
Antecipar situações (visualização de
conteúdos impróprios, linguagem
inapropriada ou excesso de publicidade.
Poucos assumem ter escassos conhecimentos a nível de segurança digital ou de u
tilização segura de redes sociais.
Conclusões
Mais co-utilização digital
regular, especialmente com
crianças mais jovens
Se sabem usar TD,
compreendem os perigos
Conversar com as crianças
sobre segurança digital,
independentemente da sua
idade e de saberem ou não
ler e escrever.
A escola como meio
promotor da segurança
digital
Os pais confiam na escola e
nos docents. Estes podem ter
um papel relevante na
consciencialização do uso
seguro de TD (pais e filhos).
Apostar na formação
inicial/contínua.
Referências bibliográficas
Brito, R. (2017). FAMÍLIA.COM: Crianças (0-6) e Tecnologias Digitais [E-book]. Covilhã: Labcom, Universidade da Beira Interior. [Disponível em http://www.labcom-ifp.ubi
.pt/livro/295].
Brito, R., & Dias, P. (2017). Young children and digital media in the home: parents as role models, gatekeepers, and companions. In Silton, N. (ed.), Family dynamics and
romantic relationships in a changing society (pp. 266-284). ISBN13: 9781522524045, DOI: 10.4018/978-1-5225-2404-5. [Disponível em https://goo.gl/rBoeav.]
Connell, S. L., Lauricella, A. R., & Wartella, E. (2015) Parental Co-Use of Media Technology with their Young Children in the USA, Journal of Children and Media, 9(1), 5-2
1, DOI: 10.1080/17482798.2015.997440
Dias, P. & Brito, R. (2016). Crianças (0-8) e tecnologias digitais. Lisboa: Centro de Estudos em Comunicação e Cultura, Universidade Católica Portuguesa. Disponível em
http://cecc.fch.lisboa.ucp.pt/images/site/BOOK_Criancas_e_Tecnologias_Digitais.pdf
Dias, P. & Brito, R. (2017). Crianças (0 aos 8 anos) e Tecnologias Digitais: que mudanças num ano? Lisboa: Centro de Estudos em Comunicação e Cultura, Universidade
Católica Portuguesa. Disponível em https://repositorio.ucp.pt/handle/10400.14/22498
Dias, P., & Brito, R. (2018a). Aplicações seguras e benéficas para crianças felizes. Perspetivas dos pais. Lisboa: Centro de Estudos em Comunicação e Cultura, Universida-
de Católica Portuguesa. [Disponível em https://goo.gl/PKdWU5]
Dias, P., & Brito, R. (2018b). Aplicações seguras e benéficas para crianças felizes. Perspetivas de famílias. Lisboa: Centro de Estudos em Comunicação e Cultura, Universi-
dade Católica Portuguesa. [Disponível em https://goo.gl/8LfR4T]
Dias, P., Brito, R., Ribbens, W., Daniela, L., Rubene, Z., Dreier, M., Gemo, M., Di Gioia, R., Chaudron. S. (2016). The role of parents in the engagement of young children
with digital technologies: Exploring tensions between rights of access and protection, from ‘Gatekeepers’ to ‘Scaffolders’. Global Studies of Childhood, 6(4), 414-427.
Dworkin, J., Connell, J. H., & Doty, J. L. (2013). A literature review of parents’ online behaviors. Cyberpsychology: Journal of Psychosocial Research on Cyberspace, 7(2),
article 2. doi: 10.5817/CP2013-2-2
Kucirkova, N. (2011). Digitalised early years – Where next? New Voices, 24(12), 938-940.
Livingstone, S., Ólafsson, L., Helsper, E., Lupiáñez-Villanueva, F., Veltri, G., & Folkvord, F. (2017). Maximizing opportunities and minimizing risks for children online: the
role of digital skills in emerging strategies of parental mediation. Journal of Communication, 67(2), 82-105. Doi: 10.1111/jcom.12277
Marsh, J., Brooks, G., Hughes, J., Ritchie, L. and Roberts, S. (2005) Digital Beginnings: Young Children’s Use of Popular Culture, Media and New Technologies. Sheffield:
University of Sheffield. Disponível em http://www.digitalbeginings.shef.ac.uk/
Palaiologou, I., (2014) Children Under Five and Digital Technologies: Implication for Early Years Pedagogy. The European Early Childhood Research Journal, 24(1) doi:10.1
080/1350293X.2014.929876.
Plowman, L. (2014). Researching Young Children’s Everyday Uses of Technology in the Family Home. Interacting with Computers, 27(1), 36-46. doi: 10.1093/iwc/iwu031
Plowman, L., Stevenson, O., Stephen, C., & McPake, J. (2012). Preschool children’s learning with technology at home. Computers & Education, 59, 30-37.
POSCON (2014). POSCON, Positive Online Content and Services for Children in Europe. European Union. Retrieved from www.positivecontent.eu/app/down-load/5794080
994/POSCON_FINAL_Report.pdf
Sanders, W., Parent, J., Forehand, R., Sullivan, A., Jones, D. (2016). Parental perceptions of technology and technology-focused parenting: associations with youth screen
time. Journal of Applied Developmental Psychology, 44, 28-38.
Valcke, M., Bonte, S., De Wever, B., & Rots, I. (2010). Internet parenting styles and the impact on internet use in primary school children. Computers & Education, 55,
454-464.
Obrigada!
rita.brito@iseclisboa.pt

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Perceções de famílias portuguesas, com filhos até 8 anos, sobre segurança digital

  • 1. FREE PPT TEMPLATES INSTERT THE TITLE OF YOUR PRESENTATION HERE Rita Brito | rita.brito@iseclisboa.pt Escola de Educação, ISEC Lisboa CRC-W Universidade Católica Portuguesa Perceções de famílias portuguesas, com filhos até 8 anos, sobre segurança digital Patrícia Dias | pdias@ucp.pt CECC e CRC-W, Universidade Católica Portuguesa 8, 9, 10 maio 2019
  • 2. Crianças e famílias: contacto com cada vez mais tecnologias e cada vez mais cedo
  • 4. O estilo parental de 81 famílias portuguesas 4 estilos de mediação parental (Valcke, Bonte, De Wever e Rots, 2010): Autorizado Permissivo Autoritário Laissez-faire 2018 Qual o estilo de mediação parental relativo ao uso de dispositivos digitais? (entrevistas a 81 famílias com filhos até 8 anos)
  • 5. O estilo parental de 81 famílias portuguesas Diana (F17m43): Tento supervisionar com alguma frequência o que ela está a fazer e muitas vezes quando ela está e quando surgem dúvidas ela vem ter comigo ou com o pai, portanto de certa forma é sempre supervisionada. Estilo mais destacado: autorizado (mais de metade das famílias): co-utilização, embora esporádica.
  • 6. O estilo parental de 81 famílias portuguesas Estilo autoritário: Inês (F62m31): Estou sempre atenta para ver o que ele faz, não pode instalar nenhum jogo nem aplicação sem pedir autorização. E tento sempre ver o que ele está a jogar. Crianças só usam apps escolhidas pelos pais; Pais têm receio que instalem aplicações violentas ou que vejam imagens inapropriadas. Controlo de tempo (crianças mais jovens) Catarina (F51m40): Há uma app do tablet que é específica para as crianças, (...) nós conseguimos pôr tempo para ela estar ali a brincar e depois aquilo é um crocodilo que vai dormir quando acaba o tempo e por isso é bastante controlado, porque só joga as aplicações que nós pomos lá e por tempo que nós decidimos.
  • 7. O estilo parental de 81 famílias portuguesas Menos incidência Co-utilização regular Conversa sobre segurança infantil escassa Maior incidência a partir dos 6 anos
  • 8. A segurança digital como prioridade para os pais na utilização digital dos filhos O que os pais mais valorizam nas apps usadas pelos filhos? Conteúdos positivos – POSCON (Questionário pais com filhos até 8 anos: 1968 respostas Segurança dos filhos; Adequabilidade dos conteúdos à idade das crianças; Marca enquanto garantia de qualidade; Aspetos mais técnicos como o interface, a user experience ou o design; Cidadania e identidade; Diversão, exploração, descobertas. 2018
  • 9. Conhecer rotinas de 15 famílias com tecnologias digitais (entrevistas a 15 famílias com filhos até 6 anos de idade) “Crianças que não sabem ler e escrever estão mais seguras online” Já falaram com os filhos sobre segurança digital? O pai João (F10f32) diz que ainda não se justifica esta conversa porque o filho “não usa ‘Facebooks’, não usa Internet, acaba só́ por jogar”. Tiveram de aplicar regras severas ao filho devido ao excesso de utilização dos meios digitais. A mãe Antónia (F6m24) também refere que o filho Tiago (F6b3) “não usa a Internet, só́ para ver as músicas no YouTube”, mas na PlayStation joga “GTA” com os primos e em casa faz pesquisas no YouTube onde visualiza nudez explicita, conforme foi possível presenciar aquando da entrevista. 2017
  • 10. Para os pais, os filhos estão protegidos de perigos online porque... “Crianças que não sabem ler e escrever estão mais seguras online” São jovens e o seu uso é ainda limitado a um número de atividades consideradas pelos pais como seguras (jogos e visualização de vídeos no YouTube); Os filhos ainda não chegaram a uma idade em que são atraídos e capazes de desenvolver comportamentos de risco (redes sociais e contactos com estranhos); Os filhos estão apenas a “brincar”, sendo que o perigo “espreita” a partir dos 6 anos, quando começarem a aprender a ler e a crescer. “A partir do momento em que começam a escrever, acho que é a fase mais perigosa” 2017
  • 11. Pouca disponibilidade Fernando (F8f32): É difícil chegar às famílias porque as pessoas vêm cansadas e a disponibilidade já́ é pouca, a adesão ia ser pouca. As pessoas não têm paciência... Qual o papel da escola na formação de pais e crianças? Formação (minoria de pais, filhos ainda muito jovens) Formação prática; Troca de ideias entre pais; Segurança digital (para pais e filhos); Antecipar situações (visualização de conteúdos impróprios, linguagem inapropriada ou excesso de publicidade. Poucos assumem ter escassos conhecimentos a nível de segurança digital ou de u tilização segura de redes sociais.
  • 12. Conclusões Mais co-utilização digital regular, especialmente com crianças mais jovens Se sabem usar TD, compreendem os perigos Conversar com as crianças sobre segurança digital, independentemente da sua idade e de saberem ou não ler e escrever. A escola como meio promotor da segurança digital Os pais confiam na escola e nos docents. Estes podem ter um papel relevante na consciencialização do uso seguro de TD (pais e filhos). Apostar na formação inicial/contínua.
  • 13. Referências bibliográficas Brito, R. (2017). FAMÍLIA.COM: Crianças (0-6) e Tecnologias Digitais [E-book]. Covilhã: Labcom, Universidade da Beira Interior. [Disponível em http://www.labcom-ifp.ubi .pt/livro/295]. Brito, R., & Dias, P. (2017). Young children and digital media in the home: parents as role models, gatekeepers, and companions. In Silton, N. (ed.), Family dynamics and romantic relationships in a changing society (pp. 266-284). ISBN13: 9781522524045, DOI: 10.4018/978-1-5225-2404-5. [Disponível em https://goo.gl/rBoeav.] Connell, S. L., Lauricella, A. R., & Wartella, E. (2015) Parental Co-Use of Media Technology with their Young Children in the USA, Journal of Children and Media, 9(1), 5-2 1, DOI: 10.1080/17482798.2015.997440 Dias, P. & Brito, R. (2016). Crianças (0-8) e tecnologias digitais. Lisboa: Centro de Estudos em Comunicação e Cultura, Universidade Católica Portuguesa. Disponível em http://cecc.fch.lisboa.ucp.pt/images/site/BOOK_Criancas_e_Tecnologias_Digitais.pdf Dias, P. & Brito, R. (2017). Crianças (0 aos 8 anos) e Tecnologias Digitais: que mudanças num ano? Lisboa: Centro de Estudos em Comunicação e Cultura, Universidade Católica Portuguesa. Disponível em https://repositorio.ucp.pt/handle/10400.14/22498 Dias, P., & Brito, R. (2018a). Aplicações seguras e benéficas para crianças felizes. Perspetivas dos pais. Lisboa: Centro de Estudos em Comunicação e Cultura, Universida- de Católica Portuguesa. [Disponível em https://goo.gl/PKdWU5] Dias, P., & Brito, R. (2018b). Aplicações seguras e benéficas para crianças felizes. Perspetivas de famílias. Lisboa: Centro de Estudos em Comunicação e Cultura, Universi- dade Católica Portuguesa. [Disponível em https://goo.gl/8LfR4T] Dias, P., Brito, R., Ribbens, W., Daniela, L., Rubene, Z., Dreier, M., Gemo, M., Di Gioia, R., Chaudron. S. (2016). The role of parents in the engagement of young children with digital technologies: Exploring tensions between rights of access and protection, from ‘Gatekeepers’ to ‘Scaffolders’. Global Studies of Childhood, 6(4), 414-427. Dworkin, J., Connell, J. H., & Doty, J. L. (2013). A literature review of parents’ online behaviors. Cyberpsychology: Journal of Psychosocial Research on Cyberspace, 7(2), article 2. doi: 10.5817/CP2013-2-2 Kucirkova, N. (2011). Digitalised early years – Where next? New Voices, 24(12), 938-940. Livingstone, S., Ólafsson, L., Helsper, E., Lupiáñez-Villanueva, F., Veltri, G., & Folkvord, F. (2017). Maximizing opportunities and minimizing risks for children online: the role of digital skills in emerging strategies of parental mediation. Journal of Communication, 67(2), 82-105. Doi: 10.1111/jcom.12277 Marsh, J., Brooks, G., Hughes, J., Ritchie, L. and Roberts, S. (2005) Digital Beginnings: Young Children’s Use of Popular Culture, Media and New Technologies. Sheffield: University of Sheffield. Disponível em http://www.digitalbeginings.shef.ac.uk/ Palaiologou, I., (2014) Children Under Five and Digital Technologies: Implication for Early Years Pedagogy. The European Early Childhood Research Journal, 24(1) doi:10.1 080/1350293X.2014.929876. Plowman, L. (2014). Researching Young Children’s Everyday Uses of Technology in the Family Home. Interacting with Computers, 27(1), 36-46. doi: 10.1093/iwc/iwu031 Plowman, L., Stevenson, O., Stephen, C., & McPake, J. (2012). Preschool children’s learning with technology at home. Computers & Education, 59, 30-37. POSCON (2014). POSCON, Positive Online Content and Services for Children in Europe. European Union. Retrieved from www.positivecontent.eu/app/down-load/5794080 994/POSCON_FINAL_Report.pdf Sanders, W., Parent, J., Forehand, R., Sullivan, A., Jones, D. (2016). Parental perceptions of technology and technology-focused parenting: associations with youth screen time. Journal of Applied Developmental Psychology, 44, 28-38. Valcke, M., Bonte, S., De Wever, B., & Rots, I. (2010). Internet parenting styles and the impact on internet use in primary school children. Computers & Education, 55, 454-464.

Hinweis der Redaktion

  1. A sociedade em que vivemos está profundamente marcada pela integração das tecnologias digitais (TD) no nosso quotidiano. Devido ao rápido desenvolvimento tecnológico das últimas décadas, as crianças nascem em lares onde proliferam o computador, os smartphones e os tablets, e têm contacto com estes dispositivos cada vez mais jovens, utilizando-os nas suas rotinas diárias. A maioria das crianças, em países desenvolvidos, vivem num ambiente “digitalmente fluente” desde muito jovens, nas suas casas e nas casas de familiares mais próximos. Inclusivamente, crianças com menos de 1 ano estão expostas a ecrãs, tendo acesso a tablets, smartphones, consolas e outros dispositivos com ligação à Internet, usando-os a partir de uma idade cada vez mais jovem. Os pais são, também eles, ávidos utilizadores de tecnologias.
  2. Nos últimos anos temos vindo a desenvolver investigação na área da utilização de tecnologias digitais por famílias, onde temos conhecido as atividades e rotinas digitais de pais, de mães e filhos até 8 anos e as suas perceções sobre esta utilização. Neste artigo iremos ter em conta os resultados dessa investigação, focando-nos na segurança digital.
  3. Num estudo onde entrevistámos 81 famílias, com filhos até 8 anos, quisemos conhecer o estilo de mediação parental das famílias relativamente à utilização de dispositivos digitais. Para caracterizarmos o estilo de cada família, tivemos em conta os quatro estilos de mediação apresentados por Valcke, Bonte, De Wever e Rots: o autoritário, onde os pais estabelecem regras sem as explicar e exigem obediência, não estão abertos ao diálogo e impõem no lar as suas próprias perceções e atitudes relativamente aos media digitais, nem se envolvem nas práticas digitais das crianças; o autorizado, onde os pais estabelecem regras claras e explicam-nas, de modo a estimular nas crianças comportamentos responsáveis e auto-regulação, envolvendo-se nas práticas digitais com as crianças, apoiando e ensinando quando necessário; o permissivo, quando os pais não estabelecem regras ou limites explícitos, mas supervisionam ocasionalmente as práticas digitais das crianças, estão abertos a negociar com as crianças e normalmente não têm a iniciativa de participar nas suas práticas digitais, mas acompanham e ensinam se estas o solicitam; e o laissez-faire, onde os pais não controlam o envolvimento das crianças com TD, não estabelecem regras nem se envolvem nas práticas.
  4. O estilo que mais se destacou foi o autorizado, referido por mais de metade das famílias, em que dizem optar por uma co-utilização, embora esporádica, dos dispositivos. Quando os filhos fazem download de apps, os pais estão por perto e ensinam-nos a jogar, fazendo a atividade em conjunto. Supervisionam ocasionalmente as suas atividades digitais e estimulam os filhos a utilizarem os dispositivos em locais onde os pais possam facilmente ver o que estão a fazer. Diana (F17m43): Tento supervisionar com alguma frequência o que ela está a fazer e muitas vezes quando ela está e quando surgem dúvidas ela vem ter comigo ou com o pai, portanto de certa forma é sempre supervisionada.
  5. O estilo autoritário é o segundo estilo de mediação parental mais praticado. Algumas das famílias entrevistadas referem que as crianças só utilizam apps escolhidas pelos pais, pois têm receio que instalem aplicações violentas ou que vejam imagens inapropriadas. O controlo do tempo também é uma das medidas utilizadas, principalmente com crianças mais jovens: os pais estabelecem horários para as crianças usarem os dispositivos ou instalam apps que controlam o tempo de utilização, pois para estes pais uma utilização prolongada não é benéfica.
  6. Já com bastante menos incidência está a co-utilização regular de tecnologias. Os pais estão sempre por perto e os próprios filhos pedem a sua presença, pois revelam gostar de estarem mais acompanhados. Bruna (F74m39): Eles não usam as tecnologias sozinhos. Ou seja, há sempre um adulto a ver. Porque às vezes o YouTube derrapa um bocadinho para fora, apesar de os conteúdos estarem bloqueados... Muito poucas são as famílias que conversam com os filhos sobre segurança digital e optam por fazê-lo com crianças a partir de 6 anos. Quando o fazem, tentam sempre cruzar situações do quotidiano, para as quais as crianças já tenham sido alertadas, como por exemplo não falar com estranhos. Roberto (F70f42): Nós cá em casa, também, por norma, de vez em quando chamamos à atenção e damos alguns exemplos práticos de coisas que aconteceram na realidade, para eles terem um bocadinho a noção dessas partes menos boas, e desses riscos.
  7. Num outro estudo, onde recolhemos 1968 respostas a um questionário respondido por pais com filhos até 8 anos (Dias & Brito, 2018a), uma das questões apresentava a checklist desenvolvida pela rede POSCON (2014), onde constam requisitos de conteúdos positivos propostos por esta rede para aplicações digitais usadas por crianças de 4-12 anos, pedindo-se aos pais para escolherem os que consideram mais relevantes, tendo em conta aplicações positivas. Observando as escolhas dos pais, verificamos que os aspetos que mais valorizam estão relacionados com a segurança das crianças, (LER) nomeadamente que a app não invada ou exponha a sua privacidade, que a app requeira autorização dos pais para algumas ações tais como compras in-app ou entrada em chat in-app, que as crianças não sejam expostas a publicidade, que não sejam direcionadas para fora da app e que não sejam expostas à possibilidade de comunicar com outras pessoas. Os pais valorizam também bastante a adequabilidade dos conteúdos à idade das crianças. Outros aspetos, como a marca enquanto garantia de qualidade, aspetos mais técnicos como o interface, a user experience ou o design, e aspetos relacionados com a cidadania e com a identidade são menos valorizados pelos pais. Observamos que o facto de a criança se divertir, poder explorar e fazer descobertas é menos valorizado pelos pais do que os aspetos relacionados com a segurança.
  8. Crianças até 6 anos e utilização digital: não saber ler e escrever equivale a proteção Num outro estudo, onde foram entrevistadas 15 famílias com filhos até 6 anos de idade, os pais foram questionados se tinham já conversado com as crianças sobre segurança digital. O pai João (F10f32) diz que ainda não se justifica esta conversa porque o filho “não usa ‘Facebooks’, não usa Internet, acaba só por jogar”. No entanto, já tiveram de aplicar regras severas ao filho devido ao excesso de utilização dos meios digitais. A mãe Antónia (F6m24) também refere que o filho Tiago (F6b3) “não usa a Internet, só para ver as músicas (...) no YouTube”, mas na PlayStation joga “GTA” com os primos e em casa faz pesquisas no YouTube onde visualiza nudez explícita, conforme foi possível presenciar aquando da entrevista. A mãe Anabela (F8m31), apesar de ter dito que estava preparada para falar com o filho Filipe (F8b5), refere que “não vale a pena falar ainda e faz muita confusão (...), depois eu também não sei como abordar para esta faixa etária”. O facto de as crianças terem acesso a conteúdos menos próprios não pareceu estar relacionado com o nível socioeconómico das famílias, pois tanto as crianças de nível socioeconómico baixo como elevado, que foram entrevistadas, tinham acesso a estes e os pais tinham conhecimento, embora não concordassem. Aliás, apesar dos filhos realmente visualizarem conteúdos impróprios e dos pais terem conhecimento, continuam a preferir falar com eles de segurança digital quando tiverem mais idade. São da opinião que estes aspetos devem ser discutidos com os filhos quando eles forem mais crescidos, principalmente no 1º Ciclo, ou seja, a partir dos 6/7 anos, quando começarem a aprender a ler e a escrever, pois acreditam que, ao momento, os filhos apenas jogam jogos inofensivos. Antónia (F6m24): Se calhar quando ele começar a perceber um bocadinho melhor e quando começar a escrever e assim, aí é que o vamos alertar mais. Agora é só mesmo na base dos jogos. (...) Neste momento, como ele ainda não sabe escrever nem nada, a questão dos encontros e isso... quanto a ele [Tiago, F6b3] não me assusta. Mas assusta-me com os meus sobrinhos porque escrevem e já podem combinar esse tipo de coisas, na idade deles, sim. Na idade do meu filho isso ainda não porque ele ainda não escreve, lá está. O tipo de conversa que tiveram com os filhos limita-se à segurança na rua, nomeadamente não falar nem aceitar nada de estranhos e referem que a conversa que terão com os filhos sobre segurança digital vai partir deste assunto. Antónia (F6m24): Vai ser fácil fazer a ponte para a Internet: se não conheces, não falas, não sabes quem é. A grande maioria dos pais entrevistados disse estar preparado para conversar com os filhos sobre segurança digital, não tendo dúvidas sobre esta utilização, inclusivamente pais que dizem utilizar pouco as tecnologias ou pais que optam por nem sequer utilizar o tablet, deixando-os para os filhos. Das 15 famílias entrevistadas, foram apenas três os pais que mencionaram não se sentirem preparados para acompanhar os filhos em questões de segurança digital. Investigadora: Acha que tem conhecimentos suficientes [para conversar com os filhos sobre segurança digital]? Joana (F12m37): Não tenho, tenho de ir à procura. (...) Não sei como é que vou abordar a situação, não sei como é que quando o meu filho chegar ao pé de mim e disser “quero o Facebook” e que quer meter fotografias e ou isto ou aquilo... Das 16 crianças entrevistadas neste estudo, nenhuma pareceu ter perceção de algum tipo de risco na utilização destes dispositivos, como o contacto com estranhos, a possibilidade de visualizar imagens ou linguagem imprópria ou os dispositivos poderem ficar infetados com malware ou vírus informático, confirmando possivelmente o facto dos pais ainda não terem conversado com elas acerca deste tema.
  9. Crianças até 6 anos e utilização digital: não saber ler e escrever equivale a proteção Num outro estudo, onde foram entrevistadas 15 famílias com filhos até 6 anos de idade, os pais foram questionados se tinham já conversado com as crianças sobre segurança digital. Os pais acreditam que os filhos estão protegidos de riscos online porque estes são jovens e o seu uso é ainda limitado a um número de atividades consideradas pelos pais como seguras, como jogos e visualização de vídeos no YouTube. Consideram que os filhos ainda não chegaram a uma idade em que são atraídos e capazes de desenvolver comportamentos de risco, associados a redes sociais e contactos com estranhos, que estão apenas a “brincar”, sendo que o perigo “espreita” a partir dos 6 anos, quando começarem a aprender a ler e a crescer. Por estes motivos, ainda não falaram com eles relativamente a questões de segurança digital, mas sim apenas com os filhos mais velhos (a partir de 6 anos). Apesar dos filhos realmente visualizarem conteúdos impróprios e dos pais terem conhecimento, continuam a preferir falar com eles de segurança digital quando tiverem mais idade. São da opinião que estes aspetos devem ser discutidos com os filhos quando eles forem mais crescidos, principalmente no 1º Ciclo, ou seja, a partir dos 6/7 anos, quando começarem a aprender a ler e a escrever, pois acreditam que, ao momento, os filhos apenas jogam jogos inofensivos. Antónia (F6m24): Se calhar quando ele começar a perceber um bocadinho melhor e quando começar a escrever e assim, aí é que o vamos alertar mais. Agora é só mesmo na base dos jogos. (...) Neste momento, como ele ainda não sabe escrever nem nada, a questão dos encontros e isso... quanto a ele [Tiago, F6b3] não me assusta. Mas assusta-me com os meus sobrinhos porque escrevem e já podem combinar esse tipo de coisas, na idade deles, sim. Na idade do meu filho isso ainda não porque ele ainda não escreve, lá está. O tipo de conversa que tiveram com os filhos limita-se à segurança na rua, nomeadamente não falar nem aceitar nada de estranhos e referem que a conversa que terão com os filhos sobre segurança digital vai partir deste assunto. Antónia (F6m24): Vai ser fácil fazer a ponte para a Internet: se não conheces, não falas, não sabes quem é. A grande maioria dos pais entrevistados disse estar preparado para conversar com os filhos sobre segurança digital, não tendo dúvidas sobre esta utilização, inclusivamente pais que dizem utilizar pouco as tecnologias ou pais que optam por nem sequer utilizar o tablet, deixando-os para os filhos. Das 15 famílias entrevistadas, foram apenas três os pais que mencionaram não se sentirem preparados para acompanhar os filhos em questões de segurança digital. Investigadora: Acha que tem conhecimentos suficientes [para conversar com os filhos sobre segurança digital]? Joana (F12m37): Não tenho, tenho de ir à procura. (...) Não sei como é que vou abordar a situação, não sei como é que quando o meu filho chegar ao pé de mim e disser “quero o Facebook” e que quer meter fotografias e ou isto ou aquilo... Das 16 crianças entrevistadas neste estudo, nenhuma pareceu ter perceção de algum tipo de risco na utilização destes dispositivos, como o contacto com estranhos, a possibilidade de visualizar imagens ou linguagem imprópria ou os dispositivos poderem ficar infetados com malware ou vírus informático, confirmando possivelmente o facto dos pais ainda não terem conversado com elas acerca deste tema.
  10. Na opinião dos pais, a escola poderia contribuir com formação, valorizando aspetos de segurança digital, tanto para pais como para crianças. Seria relevante tentar antecipar situações, como a visualização de conteúdos impróprios, linguagem inapropriada ou excesso de publicidade. Poucos são os pais que assumem ter escassos conhecimentos a nível de segurança digital ou de utilização segura de redes sociais. Soraia (F9m36): Acho que a formação seria muito útil, se fizer pode-me telefonar! (...) Eu pesquiso coisas que sei que às vezes podem vir cookies atrás e sei que se calhar me vão causar vírus no computador, mas não sei como fazer para os eliminar, não sei se calhar o que é que não devo, que site não devo visitar, mesmo parecendo sites básicos que são de coisas até de educação, (...) se calhar vão-me instalar viroses no computador e que eu não tenho a mínima noção. Eu ando sempre a pesquisar, mas em termos disso nunca tive formação nenhuma, percebo zero de segurança. Alguns afirmam inclusivamente que têm colegas/amigos que têm poucas competências a nível de segurança digital e que, por exemplo, publicam fotografias nas redes sociais dos seus filhos. Marta (F5m34): [Formação] mais para os pais, que continuam a colocar fotos dos filhos no “Facebook”. Percebe-se perfeitamente o estilo de vida e se uma pessoa quiser fazer mal é muito fácil. Não quer dizer que (...) sem aquilo não faça, mas que tem a vida facilitada, para mim tem, e qualquer pessoa consegue ter acesso depois às fotografias que a pessoa tirou. Consegue-se copiar do Facebook qualquer fotografia. Investigadora: Acha que há muitos pais que fazem isso e são inconscientes? Marta (F5m34): Para mim são. A única explicação para alguém fazer isso é que não saiba o que é que se pode fazer com aquilo, acho eu. Segundo os pais, a formação deve ser prática, baseada em exemplos de situações reais, “um debate para as pessoas falarem” (Fernando, F8f32). Joana (F12m37): Possivelmente, estar frente a frente e conversar com as pessoas acho que era melhor. Um vídeo no YouTube não nos ia ajudar absolutamente em nada. Isso é como estar a dizer 1000 maravilhas mas depois como é que chegamos a essas 1000 maravilhas? Outra coisa se calhar possivelmente um debate na escola e tentar demonstrar estratégias. Apesar de tudo, alguns também afirmam que há informação sobre este assunto online e que podem pesquisar de modo autónomo para se informarem. Quando questionados se seria relevante haver também formação desta natureza para crianças até 6 anos, apenas três pais referiram que sim, pois “se a família opta por fornecer à criança, desde os três anos, a utilização em momentos se calhar vigiados e outros não, com a Internet ligada, acho que sim, devíamos começar então no pré-escolar” (Joana F12m37). O pai Fernando (F8f32) realçou também a importância da continuidade das aprendizagens de casa na escola e vice-versa. De facto, durante a estadia na casa destas famílias enquanto eram entrevistadas, verificou-se, inclusivamente, crianças de 2 anos e até menos, a utilizar dispositivos móveis com acesso à Internet, de um modo solitário. A maioria dos pais desvaloriza qualquer tipo de abordagem deste assunto na escola por os filhos ainda serem muito jovens. Os pais consideram que “a partir do momento em que começam a escrever, acho que é a fase mais perigosa”, ou seja, a partir do 1o Ciclo, refere a mãe Antónia (F6m24). Apesar disso, a mãe diz que se o filho estiver na página da mãe do “Facebook” consegue fazer uma videochamada, porque reconhece o ícone do microfone e da câmara, ou se estiver a jogar ele sabe onde tem de carregar para iniciar o jogo ou para iniciar um vídeo online, sem a ajuda de um adulto, pois reconhece o símbolo do triângulo como indicador de início de vídeo. Para além disso, os pais referem que será difícil participarem em formação na escola, pois durante a semana é necessário cumprir as rotinas, para além do facto de chegarem cansados a casa. Fernando (F8f32): É difícil chegar às famílias (...) porque as pessoas vêm cansadas e a disponibilidade já é pouca (...), a adesão ia ser pouca. As pessoas não têm paciência (...).