3. SINTOMAS E SINAIS DE
DOENÇA NEUROLÓGICA
•Cefaléia
•Convulsões
•Tremores
•Vertigem
•Alterações da
consciência
4. 1- CEFALÉIA
• Dor de cabeça: sintoma
neurológico mais comum;
• Mecanismos básicos de
produção de cefaléia:
•Distensão, tração e dilatação de artérias intra e
extracranianas;
•Espasmo muscular (cabeça, nuca);
•Compressão de nervos cranianos ou nervos
periféricos (C1, C2, C3);
•Alteração na pressão do líquor;
•Aumento da pressão venosa intracraniana;
•Dor referida (reflexa): sinusal, ocular, dentária.
5.
6. TIPOS DE CEFALÉIA
•Primária: não se
demonstra
nenhum tipo de
fator orgânico
determinante;
•Secundária:
sintomáticas de
uma causa de
base.
15. CEFALÉIAS
Sinusite: Cefaléia Cefaléia Migrânea:
dor frontal histamínica: tensional: unilateral,
e malar, unilateral em faixa, vômitos e
alterações
bilateral periorbitária aperto visuais
16.
17. CARACTERIZAÇÃO DA CEFALÉIA
•Início: súbito ou gradual;
•Localização: bilateral ou unilateral; se
unilateral, alternante ou não; parte
afetada da cabeça);
• Frequência: intermitente ou em salva;
• Duração: segundos, minutos, horas ou
dias;
• Intensidade: leve, moderada, intensa,
incapacitante;
• Caráter: em peso, pulsátil, em pressão, em
pontada, explosiva;
• Presença de aura: distúrbios visuais,
parestésicos, da fala, do equilíbrio;
18. CARACTERIZAÇÃO DA CEFALÉIA
•Sintomas associados: náuseas, vômitos,
anorexia, fotofonofobia, lacrimejamento,
congestão nasal; rinorréia, sudorese facial ou
cefálica;
•Relação com mudança de postura e
atividade física;
• Fatores associados com o
desencadeamento da crise: esforço,
estresse, tosse, ciclo menstrual alimentos
específicos, etanol;
• Antecedentes familiares de cefaléia.
19. FATORES SUGESTIVOS DE CEFALÉIA
SECUNDÁRIA
•História prévia de cefaléia;
•Idade de início;
•Intensidade, forma de instalação e
padrão da dor;
•Febre e outros sintomas e sinais de
doença sistêmica;
•Sinais e sintomas de disfunção
neurológica;
•Relação com esforço físico, mudança
de posição da cabeça e trauma
craniano.
20. O QUE PERGUNTAR AO PACIENTE
COM CEFALEIA?
- Durante quanto tempo tem sofrido de
dor de cabeça?
- Qual a parte da cabeça que dói? Fronte,
ao redor dos olhos, parte posterior da
cabeça, atrás do globo ocular? Ou afeta
toda a cabeça?
- Qual a intensidade da dor?
- A dor afeta só um lado da cabeça?
- Há algum “aviso”?
- “Descreva a dor de cabeça” Qual o tipo
da dor? Pulsátil, latejante, peso, sensação
de pressão?
21. O QUE PERGUNTAR AO PACIENTE
COM CEFALÉIA?
- A dor de cabeça o desperta durante o
sono? Piora durante o dia e melhora à
noite?
- Ocorreram outros sintomas pouco depois
do início da dor?
- A dor é repetitiva?
- A dor alcança a intensidade máxima em
quanto tempo depois do início da crise?
- O que piora a dor? A dor de cabeça
agrava-se ao se deitar ou se reclinar?
-Tem relação com o período menstrual?
- Tem relação com estresse emocional?
22. O QUE PERGUNTAR AO PACIENTE
COM CEFALÉIA?
- Quanto dura cada episódio de dor?
- Quando ocorre?
- É um tipo novo de dor de cabeça?
- Houve alguma alteração na intensidade
ou no padrão da dor?
- Que tratamentos tem utilizado? Até que
ponto foram efetivos?
Início súbito, intenso e recente
sugere maior gravidade que a
cefaléia crônica recorrente
23. 2- CONVULSÕES
•Manifestação clínica de uma
sincronização anormal e excessiva de um
grupo de neurônios corticais;
•Movimentos musculares incoordenados e
bruscos;
•Tônicos, clônicos ou tônico-clônicos;
•Convulsões generalizadas e convulsões
parciais.
24. NOVA TERMINOLOGIA
“CONVULSÃO” / “CRISE EPILÉPTICA
Revisão Terminológica e Conceitual da Liga
Internacional contra a Epilepsia (International
League Against Epilepsy, ILAE)
Proposta do Grupo de discussão para
Classificação e Terminologia da ILAE (2005-2009)
foi publicado em 2011: J Epilepsy Clin Neurophysiol
2011;17(3):100-105
Resultados definitivos da revisão
terminológica só serão publicados no ano de
2013.
25. CONVULSÕES
• Convulsão
generalizada:
lesão irritativa
cerebral com
descarga nas
estruturas
subcorticais
(conexões corticais
bilaterais)
26. 1- Fase tônica
2- Fase
clônica
Convulsão tônico-
clônico generalizada
(tipo grande mal) 3- Fase pós-
convulsiva
34. 3- Distúrbios do
movimento: TREMORES
•Movimentos involuntários, oscilantes e
rítmicos, que comprometem uma ou mais
partes do corpo (membros, cabeça),
produzidos pelas contrações alternantes e
irregulares de grupos musculares
antagonistas;
• Finos ou grosseiros;
•
De repouso ou cinético (de intenção);
•Semiologia: ritmo; distribuição; efeito do
movimento, do repouso ou da manutenção de
uma postura particular; frequência.
35. TREMORES
•Fisiológicos: frio intenso
•Patológicos: Doença de Parkinson,
coréias (coréias de Sydenhan; coréia de
Huntington), tremor essencial, distonia,
induzidos por medicamentos (cafeína,
anfetaminas, agonistas beta-adrenérgicos,
ISRS), tiques, hipertireoidismo, síndrome
de abstinência, insuficiência hepática,
psicogênico (ansiedade extrema,
somatização)
36. 4- Tontura
•Termo genérico que representa
todas as manifestações de
desequilíbrio;
• Vertigem: percepção ilusória de
movimento do corpo ou do
ambiente, quase sempre descrita
como sensação giratória;
• Vertigem central (lesão cerebelar
ou do tronco cerebral) ou periférica
(ouvido interno).
• Causa mais comum de
vertigem: vertigem postural
benigna
37. Tontura: termo inespecífico
•Hipotensão postural: efeito adverso
de medicamentos
•Sensação inespecífica: ansiedade?
•Percepção de sensação rotatória:
vertigem - hemisférica, tronco,
cerebelo, medula, VIII nervo, sistema
nervoso periférico
•
Falta de equilíbrio: cerebelar;
colunas posteriores, sistema nervoso
periférico
38. Tontura de natureza
psicogênica
•Hipocondria e conversões;
•Ansiedade e síndrome do pânico;
•Depressão;
•Vertigem postural fóbica:
elevadores, pontes, veículos, direção;
evolui para agorafobia;
•Síndrome de hiperventilação.
39. Tontura, vertigem e síncope
•Tontura •Síncope
oVertigem
o Pré-síncope (lipotímia) Desmaio. Afastar
o Sensação de causas
desfalecimento; cardiovasculares.
sensação de desmaio
iminente.
•Vertigem
o Tipo particular de tontura: sensação de rotação
o O paciente sente-se girando no ambiente ou
o ambiente gira a sua volta.
40. Causas Neurológicas
de Vertigem
•Origem vascular
•Artéria cerebelar ântero-inferior e póstero-
inferior, infarto lateral do bulbo
•Doença de Binswanger, embolias e infartos
cerebrais, síndrome de roubo da subclávia
•Síndrome lacunar de hemiparesia – ataxia
•Trombose de seio transverso
•Aterosclerose de sistema vertebrobasilar e
insuficiência vertebrobasilar
41. Caracterização da Vertigem
•Perguntar se o início do quadro
foi insidioso ou abrupto, se é a
primeira crise ou se são crises
recorrentes; intensidade do
sintoma, se é constante ou
intermitente, duração,
frequência, fatores
desencadeantes, agravantes
(ansiedade, esforço) ou de alívio
(alguma posição específica),
presença de náuseas e vômitos,
hipoacusia ou zumbido.
43. “Os homens pensam que a
epilepsia é divina meramente
porque não a compreendem. Se
•
eles denominassem divina
qualquer coisa que não
compreendem, não haveria fim
para as coisas divinas.”
(Hipócrates)