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As Estratégias de competitividade Global da JBS e AMBEV
1. Highlights de por quê JBS e AMBEV se tornaram as maiores
Dentre as várias empresas brasileiras que se tornaram
globais nos últimos tempos, tomarei como exemplos
para esse artigo a maior distribuidora de proteína
animal e maior cervejaria do mundo, ambas
brasileiras e bem consolidadas internacionalmente,
respectivamente, JBS e AMBEV. Essa escolha se deve
por serem essas empresas brasucas, líderes em seus
segmentos de atuação, motivo de grande orgulho
para os brasileiros e, sobretudo, para os profissionais
de negócios do Brasil, pois são esses talentos que
fizeram essas gigantes assustarem seus concorrentes
nos mercados em que penetraram.
A JBS, distribuidora de proteína animal, está presente
em 23 países e fatura US$ 30 bilhões por ano, estando
atrás, em faturamento, apenas da Vale e da Petrobrás,
exportando para 110 países, de carnes e derivados,
laticínios e derivado à aves, couros e suínos. A
empresa cresceu 17 vezes nos últimos cinco anos
graças à sua estratégia agressiva centrada em três
pontos: adquirir todos os concorrentes possíveis lá
fora, agressiva gestão de custos e de processos e
tornar a sua característica global um diferencial para
atingimento de mercados e poder de barganha.
A JBS, desde sua fundação na década de 50 e o inicio
de sua expansão internacional, nos anos 90,
especializou-se adquirir frigoríficos com dificuldades
financeiras e, com sua experiência de gestão e
conhecimento profundo do negócio, revigorar essas
aquisições e torna-las competitivas e lucrativas outra
vez. Sua estratégia também abrange o corte de custos
de produção e distribuição, redução da estrutura
administrativa, parcerias e foco na formação de
líderes locais (quando compra empresas noutros
países), mantendo parte da cultura do negócio
adquirido – os principais executivos são da região.
O fato de a JBS ser uma big multinacional possibilitou
a criação de uma agressiva estratégia de aquisição e
distribuição de produtos que permite comparar o
custo da matéria-prima , adicionados a logística ao
valor de mercado nos diversos mercados em que atua.
Isso significa, por exemplo, que a JBS poderá ganhar
mais dinheiro se a moeda brasileira estiver
desvalorizada ao exportar para a Rússia e Oriente
Médio, carnes oriundas do Brasil. Mas, se houver
aumento no preço do produto internamente por
conta de escassez de oferta ou aumento do câmbio, o
produto é adquirido os EUA ou na Austrália. Isso
permite diversas manobras no preço do produto
aumentando a competitividade da empresa.
Eficiência na gestão, processo e custos implicam em
altas margens de lucro, sobretudo em mercados como
o norte-americano, onde os produtores locais são
“protegidos pelo governo” e o preço é teoricamente
definido. A margem de lucro aumenta e a
competitividade se dá ao se oferecer produtos com
nível de qualidade maior aos da média desse
mercado.
Assim como a JBS, a AMBEV se tornou líder de
mercado por meio de sucessivas e aquisições, aliadas
às suas fábricas, cujo padrão de operação serve de
benchmarking nesse segmento. Hoje, além de maior é
também a cervejaria mais eficiente do mundo. Isso se
dá por sua gestão empresarial eficiente, Inovação e
mudança, estimulo a criatividade, eficiência nos
custos e liderança pelo exemplo pessoal. A Ambev
assim definiu sua estratégia há anos, mas
primeiramente, assumiu o mercado brasileiro antes
que algum estrangeiro o fizesse para poder iniciar o
seu processo de internacionalização.
Fonte: Revista ÉPOCA NEGÓCIOS, abril de 2008 e Outubro de 2009.
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