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LAVE, J. The Practice of Learning. In: CHAIKLIN, S.; LAVE, J. (Ed.).
  Understanding practice: perspectives on activity and context.
    Cambridge: Cambridge University Press, 2006. p. 3-32.




     Apresentação desenvolvida por Mônica Brum , Natália Tosatti e Ronaldo Gomes
O Problema com o
                 “ Contexto”

• Chaiklin e Lave (2006) organizaram a coletânea intitulada
  Understanding practice: perspectives on activity and context.
  Reuniram um conjunto de textos nos quais são relatadas
  pesquisas voltadas para o processo de pensamento,
  comunicação e conhecimento em situações concretas de trabalho
  coletivo. Lave (ibidem) introduz essa coletânea, apresentando-a
  como resultado do trabalho em uma conferência na qual os
  participantes se reuniram para refletir o que inicialmente
  denominaram “o problema de contexto”. Todas as pesquisas
  relatadas envolveram a atividade socialmente situada.
  Especialmente, busca-se explorar questões sobre “o mundo
  socialmente constituído” - o contexto da atividade socialmente
  situada- que no trabalho a autora apresenta a preocupação dos
  pesquisadores com a limitação nas várias abordagens para o
  estudo da atividade.
• Chaiklin e Lave (2006, p. 4) conceberam o
  problema numa perspectiva diferente de outros
  pesquisadores, pois preferiram investigar
  questões antigas, porém ainda enigmáticas.
  Nesse livro as pesquisas se baseiam na teoria
  da atividade, psicologia crítica, a psicologia
  psicológica de Baker, antropologia cognitiva e
  perspectivas      etnometodologicas.       Os
  colaboradores são psicólogos, sociólogos e
  antropólogos da Suécia, Dinamarca, Finlândia,
  França, Suíça e Estados Unidos.
• O argumento proposto inicialmente foi: Teorias de
  práticas situadas no cotidiano consiste em pessoas
  atuando no mundo social cuja prática é um aspecto
  inseparável. Isso criou um dilema: as pesquisas nas
  práticas cotidianas tipicamente focam em atividades de
  pessoas atuando no mundo social, entretanto, existe um
  princípio que tal fenômeno não pode ser analisado
  isoladamente do mundo social daquela atividade. Outro
  ponto importante refere-se à pouca atenção que tem
  sido dada à difícil tarefa de conceituar relações entre
  pessoas que atuam no mundo social. Nem mesmo
  suficiente atenção para repensar “a prática do mundo
  social” em termos relacionais. Juntos, constituem o
  problema do contexto. (LAVE, 2006, p.5)
Aprendizagem


• A atividade situada sempre envolve
  mudanças no conhecimento e na ação
  (Keller & Keller discutem nesse volume)
  e “ mudanças no conhecimento e ação”
  são centrais para o que chamamos de “
  aprendizagem”.
Aprendizagem artesanal
            e produção social

• Tradicionalmente, pesquisadores têm investigado a
  aprendizagem como se fosse um processo contido na
  mente do aprendiz e o mundo social é ignorado. Essa
  desconjunção, que ratifica a dicotomia da mente e do
  corpo, desvia ou descarrila a questão de como construir
  uma teoria que abranja a mente e o mundo que
  vivemos. Algumas teorias cognitivas podem ser ligadas
  à teoria da “ situação”, para isso surgem questões
  cruciais sobre a compatibilidade das teorias. (LAVE,
  2006, p.5)
Premissas relacionadas a
    conhecimento e à aprendizagem na
                 prática
•     Segundo Lave (2006, p.8), os participantes da conferência
      concordaram, no geral, com quatro premissas relacionadas a
      conhecimento e à aprendizagem na prática.

•     Conhecimento sempre      se   submete   à   construção   e   à
      transformação no uso.

•     Aprendizagem é um aspecto integral da atividade com e no
      mundo. Essa ocorrência da aprendizagem não é problemática.

•     O que é aprendido é sempre complexamente problemático.

•     Aquisição do conhecimento não é uma simples questão sobre
      conhecimento; mas coisas assumidas como categorias naturais
      como “corpos de conheciemento”, “ aprendizes” e “ transmissão
      cultural” requerem reconceitualização dos produtos culturais e
      sociais.
“Aprendizagem Artesanal” inclui estudos em
 cenário fora das instituições educacionais
       convencionais. (2006, p.8-9)

 • Estudo de Hutchins sobre a carreira e práticas de
   trabalho dos navegadores de transporte de
   helicópteros na marinha dos Estados Unidos.
 • Engeström apresenta a mudança na prática médica
   nas clínicas públicas na Finlândia.
 • Dreier discute sobre a relação cliente/terapeuta.
 • Suchman e Trigg discutem as práticas da inteligência
   artificial vista como uma prática artesanal
 • Keller & Keller estudam sobre o ofício de ferreiro e os
   perigos de uma atividade não familiar para iniciantes.
A Parte III do livro “Aprendizagem como
      produção social” inclui estudos:


• Kvale, Mehan, e McDemott discutem os
  sistemas de Exames Nacionais para crianças de
  educação especial. Denominados rituais de
  legitimação ou degradação e exclusão.
• Levine foca na organização social e crianças
  com problemas cognitivos.
• Levine, Säljö e Wyndhamm e Minick traçam a
  mudança de significado de tarefas igualmente
  para aprendizes e professores.
A Parte III do livro “Aprendizagem como
             produção social”
  • Esses capítulos evidenciam a produção
    sociocultural e o fracasso em aprender;
    como as pessoas aprendem identidades
    e identificam o significado situado do que
    será aprendido e a construção da
    identidade     das       pessoas     como
    aprendizes.
Relações com o passado teórico: Alguns
paradoxos e silêncios da teoria cognitiva.


• A autora comenta sobre questões que não
  foram debatidas e temas para os quais
  resoluções teóricas não foram possíveis. Ela
  lista quatro questões principais:

1. Uma suposta divisão entre aprendizagem e outras formas de
   atividade. De acordo com a autora, dentro das teorias
   cognitivas, há uma suposição de que aprendizagem e
   desenvolvimento são processos distintos, não sendo
   confundidos com a categoria mais geral de atividade humana.
2. A (re)invenção do conhecimento é um problema difícil para a
Teoria Cognitiva se a aprendizagem for vista como uma questão
de aquisição de conhecimento existente. Essa questão refere-se
a foco estreito das teorias de aprendizagem na transmissão de
conhecimento existente, embora mantenham-se em silêncio em
relação à invenção de novos conhecimentos na prática.

3. A Teoria Cognitiva supõe processos universais de
aprendizagem e um caráter homogêneo do conhecimento e dos
aprendizes. Essa suposta homegeneidade dos atores, objetivos,
motivos, e da atividade em si é desafiada em muitos momentos
e substituída por suposições diferentes que enfatizam a
heterogeneidade.
4. A reconceitualização do significado de entendimentos
errôneos ou equivocados em um mundo heterogêneo. Essa
questão refere-se ao “fracasso de aprender”. Na teorização
dominante sobre aprendizagem isso é comumente visto como
resultante da inabilidade ou recusa da parte do indivíduo de se
engajar em algo denominado “aprendizagem”. A visão
alternativa diz que as identidade de “não aprendizagem” e
“fracasso” são processos sociais ativos e normais.
Sendo assim...

“(...) Knowledgeability is routinely in a state of changed
rather than stasis, in the medium of socially, culturally, and
historically ongoing systems of activity, involving people
who are related in multiple and heterogeneous ways,
whose social locations, interests, reasons, and subjective
possibilities are different, and who improvise struggles in
situated ways with each other over the value of particular
definitions of the situation, in both immediate and
comprehensive terms, and for whom the production of
failure is as much a part of routine collective activity as the
production of average, ordinary knowledgeability.”
Contexto como uma atividade
          situada
• 2 pontos de vista:
• O primeiro argumenta que o contexto é construído
  historicamente entre pessoas engajadas em atividades
  socioculturalmente construídas e o mundo com o qual são
  engajados. A Teoria da Atividade é representativa dessa
  tradição teórica.
• O segundo foca na construção do mundo em interações
  sociais, o que leva à visão de que o contexto é sua própria
  atividade. A relação teórica central aqui é a relação
  intersubjetiva entre coparticipantes em interações sociais –
  tradição da teoria social fenomenológica.
Teoria da Atividade
• Enfatiza o caráter não determinante dos efeitos das
  estruturas sociais objetivas;

• Diferenças de poder, interesses e possibilidades para ação
  são ubíquas. Qualquer ação particular é socialmente
  constituída;

• O sentido não é criado por meio de intenções individuais,
  mas mutualmente constituído na relação entre sistemas de
  atividade e ação dos indivíduos e tem um caráter relacional;
• Contexto pode ser visto como relações concretas
  historicamente constituídas dentro e entre situações;

• “Contextos são sistemas de atividade. Um sistema de
  atividade integra o sujeito, o objeto, e os instrumentos
  (ferramentas materiais, bem como signos e símbolos)
  em um todo unificado ... (que inclui relações de)
  produção e comunicação, distribuição, troca, consumo.”
  (ENGESTRÖM).
Perspectiva fenomenológica
• A concepção de contexto na perspectiva
  fenomenológica, em contraste com a visão dos
  teóricos da atividade, começa com a premissa
  de que situações são construídas na medida em
  que as pessoas se organizam para atribuir e dar
  sentido a questões contra a superfície das
  interações sociais contínuas;
• Silêncios, rasuras, a construção de fronteiras e
  colisões são constitutivos aqui;
• A metáfora da superfície destaca a relação
  chave do contexto e sentido – ambos são
  determinações e determinados pela relação;

• “Contexto não é somente algo em que alguém é
  colocado, mas uma ordem de comportamento
  da qual fazemos parte” (MCDERMOTT).
• “Eu gosto de ver como uma corda. As fibras que
  compõem uma corda são descontínuas; quando você as
   torce juntas, você não as torna contínuas, você torna o
  fio contínuo... O fio não tem fibras, mas se você quebrá-
  lo, você poderá encontrar as fibras novamente. Então,
  mesmo que possa parecer que as partículas estão
  presentes em toda a corda, não é esse o caso”.
Descontextualização como
      prática local
• Nesta seção, a autora apresenta visões críticas
  sobre as limitações da “decontextualization” em
  situações diversas de práticas sociais.

• Lave afirma que o aprendizado contextualizado
  não costuma ser discutido sozinho, mas em
  dupla    com    a   ideia  de    aprendizado
  descontextualizado.
Práticas sociais
       descontextualizadas?
•     Lave afirma, com base nas discussões
    propostas pelos autores, que não há prática
    social descontextualizada.

• “Such a claim commits us to explaining was has
  often been taken to be ‘decontextualizad
  knowledge’ or ‘decontextualizad learning’ as
  contextualizad learning”. (LAVE, 1996, p. 22)
O que é convencionalmente
  chamado de contexto?
• “For there has as yet been no discussion of its
  most common dualistic conception, as a static,
  residual, surrounding container for social
  interaction. Given the formalist character of this
  view it should not be surprising that the head is
  often also conceived to be a container, in this
  case, for knowledge, while more general
  knowledge is the container of more particular
  knowledge, and language is an inert container
  for the transmission of meaning.” (idem)
Para ilustrar
Visão formalista
• Para ilustrar essa visão formalista, Lave
  cita o exemplo dado por McDermott ( em
  artigo publicado na coletânea), no qual a
  ideia de texto e contexto é comparada da
  seguinte forma: o texto seria como uma
  sopa e o contexto seria a tigela.
• Nessa visão, texto e contexto poderiam
  ser analiticamente separados.
Críticas a essa visão
A autora destaca que essa visão
não se limita ao contexto de sala
             de aula:
“ Representational speech is not, of course,
limited to the classsroom. Mehan focuses
on this and other mechanisms for turning
myth into reality practices. ‘When technical
language is used and embedded in the
unstitutional trappings of the formal
proceedings of a meeting, the ground of
negotiation meaning are removed from
under the conversation’”. (Lave, 1996, p.26)
• Lave finaliza a seção afirmando que:
• “Decontextualization is key process in the
  production of the cultural of ministic
  realism, the historically located societal
  formation in which there is consensus
  around psychological, technological, and
  institutional means for objectifying persons
  and legitimizing ‘generalization’”. (Lave,
  1996, p. 27)
Conclusões
• Lave finaliza o capítulo chamando atenção para
  o fato de que nesta obra estão reunidas várias e
  diferentes perspectivas que foram aplicadas
  para analisar o contexto social.
• Como exemplo: o trabalho na Ole Dreier relação
  terapêutica; o trabalho de Hugh Mehan em
  aprendizagem de alunos com deficiência; o
  trabalho de Charles e Janet Keller na Ferraria,
  sempre enfocando o olhar no aprendizado
  situado.
• Lave enumera três pontos principais que
  foram apresentados em seu capítulo e
  que serão retratados nos capítulos da
  coletânea.
Primeiro ponto

• “ The authors have produced fascinating
  analyses of learning as situated practice.
  They have opened out the scope os
  studies of learning, erasing old barriers
  beteween learning and participation in
  ongoing social practice.” (Lave, 1996, p.
  28)
Segundo ponto

• Juntos, os artigos mostram que:
“Learning and not learning, contextualization
  and decontextualization, are socially
  situated and socially produced.” (Idem)
Terceiro ponto

• “We have been trying to explore new
  approaches without miring ourselves in
  the burdens of defending the value of
  doing so, and we have tried to go beyond
  mere critique of dominant theories. “(Idem)
• Neste artigo, a autora deixa claro que os
  estudos      apresentados       examinam
  processos socioculturais de participação,
  produção,     mitos,    inculcações     e
  (de)legitimações, em processos situados
  que são centrais às práticas Euro-
  Americanas e visões de mundo.
Para saber
  mais...
Assista ao vídeo da palestra ministrada
                 por Jean Lave

• Lecture 03/2012: Everyday Life and Learning
• Disponível em
  http://www.youtube.com/watch?v=FAYs46icCFs

• Social anthropologist Jean Lave argues that all
  theoretical problematic across the social sciences
  include assumptions about learning, whether explicitly or
  not. She says that learning is integral to conceptions of
  knowledge, inquiry, revolution, and changing practice, to
  name a few. Accordingly, social scientists have
  substantive stakes in the issue -- historical, cultural,
  spatial, political, and social. Series: "UC Berkeley
Assista a vídeos sobre a
        teoria da Atividade




Engeström fala sobre Teoria da          Uma introdução sobre teoria da
Atividade:                              atividade:
http://www.youtube.com/watch?v=GAMlJU4HW3Q
                                        http://www.youtube.com/watch?v=4oG0Zv
• Uma introdução sobre teoria da atividade:
http://www.youtube.com/watch?v=4oG0ZvkhzCY
Assista a vídeos sobre a
   perspectiva fenomenológica




Vídeos do canal da Open University:
http://www.youtube.com/watch?v=U_tdFfiIj7c

http://www.youtube.com/watch?v=Vhm21qEnzds
Para refletir...
1) Lave (2006, p.6) afirma que “conventional
   theories      of   learning     appeal   to    the
   decontextualized character of some knowledge
   and forms of knowledge transmission, whereas
   in a theory of situated activity ‘decontextualized
   activity’ is a contradiction in terms”.


    Por que haveria essa contradição?
2) Se a aprendizagem é ubíqua, o que
fazer com as instituições educacionais,
métodos    formais     de   ensino    e
aprendizagem?
3) Como os autores ajudam a reformular o
significado de aprendizagem através do
conceito “Aprendizagem Artesanal”?
4) A autora discute sobre quatro silêncios
da Teoria Cognitiva. Como eles podem ser
vistos sobre o ponto de vista da
aprendizagem situada?
5) O contexto é um conceito-chave para a
aprendizagem situada. A autora apresenta
duas visões do contexto como uma
atividade situada. Comente sobre seu
processo de aprendizagem, destacando
em especial a importância do contexto,
associando-o às visões apresentadas.
6) Quais as limitações de se ensinar de
forma descontextualizada? Isso é
possível?

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  • 1. LAVE, J. The Practice of Learning. In: CHAIKLIN, S.; LAVE, J. (Ed.). Understanding practice: perspectives on activity and context. Cambridge: Cambridge University Press, 2006. p. 3-32. Apresentação desenvolvida por Mônica Brum , Natália Tosatti e Ronaldo Gomes
  • 2. O Problema com o “ Contexto” • Chaiklin e Lave (2006) organizaram a coletânea intitulada Understanding practice: perspectives on activity and context. Reuniram um conjunto de textos nos quais são relatadas pesquisas voltadas para o processo de pensamento, comunicação e conhecimento em situações concretas de trabalho coletivo. Lave (ibidem) introduz essa coletânea, apresentando-a como resultado do trabalho em uma conferência na qual os participantes se reuniram para refletir o que inicialmente denominaram “o problema de contexto”. Todas as pesquisas relatadas envolveram a atividade socialmente situada. Especialmente, busca-se explorar questões sobre “o mundo socialmente constituído” - o contexto da atividade socialmente situada- que no trabalho a autora apresenta a preocupação dos pesquisadores com a limitação nas várias abordagens para o estudo da atividade.
  • 3. • Chaiklin e Lave (2006, p. 4) conceberam o problema numa perspectiva diferente de outros pesquisadores, pois preferiram investigar questões antigas, porém ainda enigmáticas. Nesse livro as pesquisas se baseiam na teoria da atividade, psicologia crítica, a psicologia psicológica de Baker, antropologia cognitiva e perspectivas etnometodologicas. Os colaboradores são psicólogos, sociólogos e antropólogos da Suécia, Dinamarca, Finlândia, França, Suíça e Estados Unidos.
  • 4. • O argumento proposto inicialmente foi: Teorias de práticas situadas no cotidiano consiste em pessoas atuando no mundo social cuja prática é um aspecto inseparável. Isso criou um dilema: as pesquisas nas práticas cotidianas tipicamente focam em atividades de pessoas atuando no mundo social, entretanto, existe um princípio que tal fenômeno não pode ser analisado isoladamente do mundo social daquela atividade. Outro ponto importante refere-se à pouca atenção que tem sido dada à difícil tarefa de conceituar relações entre pessoas que atuam no mundo social. Nem mesmo suficiente atenção para repensar “a prática do mundo social” em termos relacionais. Juntos, constituem o problema do contexto. (LAVE, 2006, p.5)
  • 5. Aprendizagem • A atividade situada sempre envolve mudanças no conhecimento e na ação (Keller & Keller discutem nesse volume) e “ mudanças no conhecimento e ação” são centrais para o que chamamos de “ aprendizagem”.
  • 6. Aprendizagem artesanal e produção social • Tradicionalmente, pesquisadores têm investigado a aprendizagem como se fosse um processo contido na mente do aprendiz e o mundo social é ignorado. Essa desconjunção, que ratifica a dicotomia da mente e do corpo, desvia ou descarrila a questão de como construir uma teoria que abranja a mente e o mundo que vivemos. Algumas teorias cognitivas podem ser ligadas à teoria da “ situação”, para isso surgem questões cruciais sobre a compatibilidade das teorias. (LAVE, 2006, p.5)
  • 7. Premissas relacionadas a conhecimento e à aprendizagem na prática • Segundo Lave (2006, p.8), os participantes da conferência concordaram, no geral, com quatro premissas relacionadas a conhecimento e à aprendizagem na prática. • Conhecimento sempre se submete à construção e à transformação no uso. • Aprendizagem é um aspecto integral da atividade com e no mundo. Essa ocorrência da aprendizagem não é problemática. • O que é aprendido é sempre complexamente problemático. • Aquisição do conhecimento não é uma simples questão sobre conhecimento; mas coisas assumidas como categorias naturais como “corpos de conheciemento”, “ aprendizes” e “ transmissão cultural” requerem reconceitualização dos produtos culturais e sociais.
  • 8. “Aprendizagem Artesanal” inclui estudos em cenário fora das instituições educacionais convencionais. (2006, p.8-9) • Estudo de Hutchins sobre a carreira e práticas de trabalho dos navegadores de transporte de helicópteros na marinha dos Estados Unidos. • Engeström apresenta a mudança na prática médica nas clínicas públicas na Finlândia. • Dreier discute sobre a relação cliente/terapeuta. • Suchman e Trigg discutem as práticas da inteligência artificial vista como uma prática artesanal • Keller & Keller estudam sobre o ofício de ferreiro e os perigos de uma atividade não familiar para iniciantes.
  • 9. A Parte III do livro “Aprendizagem como produção social” inclui estudos: • Kvale, Mehan, e McDemott discutem os sistemas de Exames Nacionais para crianças de educação especial. Denominados rituais de legitimação ou degradação e exclusão. • Levine foca na organização social e crianças com problemas cognitivos. • Levine, Säljö e Wyndhamm e Minick traçam a mudança de significado de tarefas igualmente para aprendizes e professores.
  • 10. A Parte III do livro “Aprendizagem como produção social” • Esses capítulos evidenciam a produção sociocultural e o fracasso em aprender; como as pessoas aprendem identidades e identificam o significado situado do que será aprendido e a construção da identidade das pessoas como aprendizes.
  • 11. Relações com o passado teórico: Alguns paradoxos e silêncios da teoria cognitiva. • A autora comenta sobre questões que não foram debatidas e temas para os quais resoluções teóricas não foram possíveis. Ela lista quatro questões principais: 1. Uma suposta divisão entre aprendizagem e outras formas de atividade. De acordo com a autora, dentro das teorias cognitivas, há uma suposição de que aprendizagem e desenvolvimento são processos distintos, não sendo confundidos com a categoria mais geral de atividade humana.
  • 12. 2. A (re)invenção do conhecimento é um problema difícil para a Teoria Cognitiva se a aprendizagem for vista como uma questão de aquisição de conhecimento existente. Essa questão refere-se a foco estreito das teorias de aprendizagem na transmissão de conhecimento existente, embora mantenham-se em silêncio em relação à invenção de novos conhecimentos na prática. 3. A Teoria Cognitiva supõe processos universais de aprendizagem e um caráter homogêneo do conhecimento e dos aprendizes. Essa suposta homegeneidade dos atores, objetivos, motivos, e da atividade em si é desafiada em muitos momentos e substituída por suposições diferentes que enfatizam a heterogeneidade.
  • 13. 4. A reconceitualização do significado de entendimentos errôneos ou equivocados em um mundo heterogêneo. Essa questão refere-se ao “fracasso de aprender”. Na teorização dominante sobre aprendizagem isso é comumente visto como resultante da inabilidade ou recusa da parte do indivíduo de se engajar em algo denominado “aprendizagem”. A visão alternativa diz que as identidade de “não aprendizagem” e “fracasso” são processos sociais ativos e normais.
  • 14. Sendo assim... “(...) Knowledgeability is routinely in a state of changed rather than stasis, in the medium of socially, culturally, and historically ongoing systems of activity, involving people who are related in multiple and heterogeneous ways, whose social locations, interests, reasons, and subjective possibilities are different, and who improvise struggles in situated ways with each other over the value of particular definitions of the situation, in both immediate and comprehensive terms, and for whom the production of failure is as much a part of routine collective activity as the production of average, ordinary knowledgeability.”
  • 15. Contexto como uma atividade situada • 2 pontos de vista: • O primeiro argumenta que o contexto é construído historicamente entre pessoas engajadas em atividades socioculturalmente construídas e o mundo com o qual são engajados. A Teoria da Atividade é representativa dessa tradição teórica. • O segundo foca na construção do mundo em interações sociais, o que leva à visão de que o contexto é sua própria atividade. A relação teórica central aqui é a relação intersubjetiva entre coparticipantes em interações sociais – tradição da teoria social fenomenológica.
  • 16. Teoria da Atividade • Enfatiza o caráter não determinante dos efeitos das estruturas sociais objetivas; • Diferenças de poder, interesses e possibilidades para ação são ubíquas. Qualquer ação particular é socialmente constituída; • O sentido não é criado por meio de intenções individuais, mas mutualmente constituído na relação entre sistemas de atividade e ação dos indivíduos e tem um caráter relacional;
  • 17. • Contexto pode ser visto como relações concretas historicamente constituídas dentro e entre situações; • “Contextos são sistemas de atividade. Um sistema de atividade integra o sujeito, o objeto, e os instrumentos (ferramentas materiais, bem como signos e símbolos) em um todo unificado ... (que inclui relações de) produção e comunicação, distribuição, troca, consumo.” (ENGESTRÖM).
  • 18. Perspectiva fenomenológica • A concepção de contexto na perspectiva fenomenológica, em contraste com a visão dos teóricos da atividade, começa com a premissa de que situações são construídas na medida em que as pessoas se organizam para atribuir e dar sentido a questões contra a superfície das interações sociais contínuas; • Silêncios, rasuras, a construção de fronteiras e colisões são constitutivos aqui;
  • 19. • A metáfora da superfície destaca a relação chave do contexto e sentido – ambos são determinações e determinados pela relação; • “Contexto não é somente algo em que alguém é colocado, mas uma ordem de comportamento da qual fazemos parte” (MCDERMOTT).
  • 20. • “Eu gosto de ver como uma corda. As fibras que compõem uma corda são descontínuas; quando você as torce juntas, você não as torna contínuas, você torna o fio contínuo... O fio não tem fibras, mas se você quebrá- lo, você poderá encontrar as fibras novamente. Então, mesmo que possa parecer que as partículas estão presentes em toda a corda, não é esse o caso”.
  • 21. Descontextualização como prática local • Nesta seção, a autora apresenta visões críticas sobre as limitações da “decontextualization” em situações diversas de práticas sociais. • Lave afirma que o aprendizado contextualizado não costuma ser discutido sozinho, mas em dupla com a ideia de aprendizado descontextualizado.
  • 22. Práticas sociais descontextualizadas? • Lave afirma, com base nas discussões propostas pelos autores, que não há prática social descontextualizada. • “Such a claim commits us to explaining was has often been taken to be ‘decontextualizad knowledge’ or ‘decontextualizad learning’ as contextualizad learning”. (LAVE, 1996, p. 22)
  • 23. O que é convencionalmente chamado de contexto? • “For there has as yet been no discussion of its most common dualistic conception, as a static, residual, surrounding container for social interaction. Given the formalist character of this view it should not be surprising that the head is often also conceived to be a container, in this case, for knowledge, while more general knowledge is the container of more particular knowledge, and language is an inert container for the transmission of meaning.” (idem)
  • 25. Visão formalista • Para ilustrar essa visão formalista, Lave cita o exemplo dado por McDermott ( em artigo publicado na coletânea), no qual a ideia de texto e contexto é comparada da seguinte forma: o texto seria como uma sopa e o contexto seria a tigela. • Nessa visão, texto e contexto poderiam ser analiticamente separados.
  • 27. A autora destaca que essa visão não se limita ao contexto de sala de aula: “ Representational speech is not, of course, limited to the classsroom. Mehan focuses on this and other mechanisms for turning myth into reality practices. ‘When technical language is used and embedded in the unstitutional trappings of the formal proceedings of a meeting, the ground of negotiation meaning are removed from under the conversation’”. (Lave, 1996, p.26)
  • 28. • Lave finaliza a seção afirmando que: • “Decontextualization is key process in the production of the cultural of ministic realism, the historically located societal formation in which there is consensus around psychological, technological, and institutional means for objectifying persons and legitimizing ‘generalization’”. (Lave, 1996, p. 27)
  • 29. Conclusões • Lave finaliza o capítulo chamando atenção para o fato de que nesta obra estão reunidas várias e diferentes perspectivas que foram aplicadas para analisar o contexto social. • Como exemplo: o trabalho na Ole Dreier relação terapêutica; o trabalho de Hugh Mehan em aprendizagem de alunos com deficiência; o trabalho de Charles e Janet Keller na Ferraria, sempre enfocando o olhar no aprendizado situado.
  • 30. • Lave enumera três pontos principais que foram apresentados em seu capítulo e que serão retratados nos capítulos da coletânea.
  • 31. Primeiro ponto • “ The authors have produced fascinating analyses of learning as situated practice. They have opened out the scope os studies of learning, erasing old barriers beteween learning and participation in ongoing social practice.” (Lave, 1996, p. 28)
  • 32. Segundo ponto • Juntos, os artigos mostram que: “Learning and not learning, contextualization and decontextualization, are socially situated and socially produced.” (Idem)
  • 33. Terceiro ponto • “We have been trying to explore new approaches without miring ourselves in the burdens of defending the value of doing so, and we have tried to go beyond mere critique of dominant theories. “(Idem)
  • 34. • Neste artigo, a autora deixa claro que os estudos apresentados examinam processos socioculturais de participação, produção, mitos, inculcações e (de)legitimações, em processos situados que são centrais às práticas Euro- Americanas e visões de mundo.
  • 35. Para saber mais...
  • 36. Assista ao vídeo da palestra ministrada por Jean Lave • Lecture 03/2012: Everyday Life and Learning • Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=FAYs46icCFs • Social anthropologist Jean Lave argues that all theoretical problematic across the social sciences include assumptions about learning, whether explicitly or not. She says that learning is integral to conceptions of knowledge, inquiry, revolution, and changing practice, to name a few. Accordingly, social scientists have substantive stakes in the issue -- historical, cultural, spatial, political, and social. Series: "UC Berkeley
  • 37. Assista a vídeos sobre a teoria da Atividade Engeström fala sobre Teoria da Uma introdução sobre teoria da Atividade: atividade: http://www.youtube.com/watch?v=GAMlJU4HW3Q http://www.youtube.com/watch?v=4oG0Zv
  • 38. • Uma introdução sobre teoria da atividade: http://www.youtube.com/watch?v=4oG0ZvkhzCY
  • 39. Assista a vídeos sobre a perspectiva fenomenológica Vídeos do canal da Open University: http://www.youtube.com/watch?v=U_tdFfiIj7c http://www.youtube.com/watch?v=Vhm21qEnzds
  • 41. 1) Lave (2006, p.6) afirma que “conventional theories of learning appeal to the decontextualized character of some knowledge and forms of knowledge transmission, whereas in a theory of situated activity ‘decontextualized activity’ is a contradiction in terms”. Por que haveria essa contradição?
  • 42. 2) Se a aprendizagem é ubíqua, o que fazer com as instituições educacionais, métodos formais de ensino e aprendizagem?
  • 43. 3) Como os autores ajudam a reformular o significado de aprendizagem através do conceito “Aprendizagem Artesanal”?
  • 44. 4) A autora discute sobre quatro silêncios da Teoria Cognitiva. Como eles podem ser vistos sobre o ponto de vista da aprendizagem situada?
  • 45. 5) O contexto é um conceito-chave para a aprendizagem situada. A autora apresenta duas visões do contexto como uma atividade situada. Comente sobre seu processo de aprendizagem, destacando em especial a importância do contexto, associando-o às visões apresentadas.
  • 46. 6) Quais as limitações de se ensinar de forma descontextualizada? Isso é possível?