Este documento discute o papel da equoterapia na inclusão de pessoas com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). A equoterapia tem sido usada para ajudar com sintomas como falta de atenção, hiperatividade e impulsividade através de exercícios com cavalos. A pesquisa mostra que a equoterapia melhora a concentração, autoconfiança e integração social de pessoas com TDAH.
1. REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228
Volume 16 - Número 1 - 1º Semestre 2016
O PAPEL DA EQUOTERAPIA COMO FERRAMENTA DE INCLUSÃO DE
PORTADORES DE TDAH
Luiz Carlos Panisset Travassos1
; Karine Marliza Bastani2
RESUMO
Este trabalho foi desenvolvido através do interesse na influência da equoterapia na inclusão de
pessoas portadoras do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Nos últimos
tempos houve de fato o reconhecimento e, consequentemente, a incorporação da equoterapia como
método e técnica inseridos nos programas de reabilitação e inclusão no Brasil. A equoterapia busca
intervenções adequadas para mediar o processo de inclusão de pessoas com TDAH. Este trabalho
foi elaborado através de pesquisa bibliográfica, por meio de artigos, publicações e sites relacionados
ao tema em estudo, possibilitando assim maior entendimento dos métodos realizados pelos
profissionais e as inúmeras vantagens que a equoterapia proporciona a seus praticantes.
Palavras-chave: Equoterapia, TDAH, Hiperatividade.
THE ROLE OF HOW HIPPOTHERAPY TOOL ADHD HOLDERS OF INCLUSION
ABSTRACT
This work was developed through the interest on the influence of hippotherapy on the inclusion of
people with attention deficit hyperactivity disorder (TDAH). In recent times, the fact was
recognized and consequently, the incorporation of equine therapy method and technique as inserted
in rehabilitation and include Brazil programs. The hippotherapy seeking appropriate interventions to
mediate the process of inclusion of people with TDAH. This work was done through literature,
through articles, publications and websites related to the topic under study, thus enabling greater
understanding of the methods performed by professionals and the numerous advantages that
hippotherapy provides its practitioners.
Keywords: Hippotherapy, TDAH, Hyperactivity.
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2. INTRODUÇÃO
O TDAH é um transtorno
neurobiológico reconhecido pela organização
mundial da saúde (OMS) afeta de 3-5% da
população em todo o mundo e é caracterizado
por sintomas de desatenção, inquietude e
impulsividade. (ABDA,2012).
O fator genético tem grande influencia
no surgimento do TDAH, com total interação
entre fatores genéticos, ambientais e
neoroquímicos determinando o conjunto de
características que identificam uma pessoa. Em
estudos genéticos chamamos esses conjuntos de
características de “fenótipo” (MATTOS e
RHODE,2011).
O TDAH e um dos transtornos mais bem
estudados da medicina e com mais evidencias
cientificas que a maioria dos demais transtornos
mentais. Cada vez mais esta abordagem se torna
alvo de estudos de vários profissionais e pessoas
com necessidades especiais. (MATTOS e
RHODE,2011).
Quando o TDHA não e diagnosticado e
tratado de forma adequada, os portadores
apresentam um maior índice de problemas com
conseqüências serias, como mau desempenho,
evasão escolar,aumento do risco de abuso do
álcool e drogas,maior numero de divórcios ,bem
como alta rotatividade de empregos,entre tantas
outras que compõem uma enorme lista de
efeitos negativos que o TDAH pode acarretar
(ABDA,2012).
São inúmeros os problemas que o TDAH
cria para o seu portador:
• Autocontrole ineficiente;
• Falta de atenção sustentada;
• Problemas de concentração;
• Aditamento das obrigações;
• Má administração do tempo;
• Sensação interna de
desassossego;
• Impulsividade de tomar decisões;
Sendo assim a equaoterapia vem sendo
utilizada como amenizadora destes sintomas,
fazendo que seu praticante fique mais confiante
em tarefas do dia a dia se concentrando com
maior facilidade. (ESCOBAR, 2008).
A equoterapia é um método terapêutico
utilizado para trabalhar com pessoas com
deficiência ou necessidades especiais, trata-se
de uma alternativa que vem crescendo nos
últimos tempos, e vem proporcionando um
grande progresso e benefício na recuperação e
na inclusão destas pessoas. Como principal
objetivo este trabalho visa a criar um elo sobre a
importância e participação da equoterapia na
inclusão para portadores de TDAH .(ANDE
BRASIL,1999).
A equoterapia, após ter sido reconhecida em
1997 como métodos científico pelo Conselho
Federal de Medicina, é o termo usado no Brasil para
se referir às atividades que utilizam o cavalo com
fins terapêuticos. Esse método foi adotado pela
ANDE-BRASIL em 1989 e registrado em
26/07/1999 no Instituto Nacional da Propriedade
Industrial (INPI) do Ministério do Desenvolvimento,
da Indústria e do Comércio. (ANDE-BRASIL
(1999).
De acordo com a ANDE-Brasil (1999),
não é recente o uso de exercícios eqüestres com
a finalidade de reeducação psicomotora.
Segundo Medeiros e Dias (2002), com o
término da Primeira Guerra Mundial o cavalo
entrou definitivamente na área da reabilitação,
sendo empregado como instrumento terapêutico
para tratamento de soldados sequelados do pós-
guerra.
O termo praticante em equoterapia é
utilizado para designar a pessoa portadora de
necessidades especiais que participam de
atividades equoterápicas. Nessa atividade a
reabilitação, na medida em que interage com o
cavalo e quando o praticante desenvolve
atividades psicomotoras, cognitivas e afetivas, o
cavalo pode favorecer a reintegração do
praticante à sociedade, com maior
independência e confiança.
Segundo PRADO (2001), a equoterapia
é um tratamento que propicia o
desenvolvimento dos aspectos motores, como a
coordenação motora, a postura, o ritmo, a
flexibilidade, o equilíbrio, aumentando o tônus
muscular, além de desenvolver os aspectos
psicopedagógicos e emocionais de forma
descontraída, e lúdica, em contato com a
natureza diferente de ambientes como as
clínicas e consultórios.
3. INTRODUÇÃO
O TDAH é um transtorno
neurobiológico reconhecido pela organização
mundial da saúde (OMS) afeta de 3-5% da
população em todo o mundo e é caracterizado
por sintomas de desatenção, inquietude e
impulsividade. (ABDA,2012).
O fator genético tem grande influencia
no surgimento do TDAH, com total interação
entre fatores genéticos, ambientais e
neoroquímicos determinando o conjunto de
características que identificam uma pessoa. Em
estudos genéticos chamamos esses conjuntos de
características de “fenótipo” (MATTOS e
RHODE,2011).
O TDAH e um dos transtornos mais bem
estudados da medicina e com mais evidencias
cientificas que a maioria dos demais transtornos
mentais. Cada vez mais esta abordagem se torna
alvo de estudos de vários profissionais e pessoas
com necessidades especiais. (MATTOS e
RHODE,2011).
Quando o TDHA não e diagnosticado e
tratado de forma adequada, os portadores
apresentam um maior índice de problemas com
conseqüências serias, como mau desempenho,
evasão escolar,aumento do risco de abuso do
álcool e drogas,maior numero de divórcios ,bem
como alta rotatividade de empregos,entre tantas
outras que compõem uma enorme lista de
efeitos negativos que o TDAH pode acarretar
(ABDA,2012).
São inúmeros os problemas que o TDAH
cria para o seu portador:
• Autocontrole ineficiente;
• Falta de atenção sustentada;
• Problemas de concentração;
• Aditamento das obrigações;
• Má administração do tempo;
• Sensação interna de
desassossego;
• Impulsividade de tomar decisões;
Sendo assim a equaoterapia vem sendo
utilizada como amenizadora destes sintomas,
fazendo que seu praticante fique mais confiante
em tarefas do dia a dia se concentrando com
maior facilidade. (ESCOBAR, 2008).
A equoterapia é um método terapêutico
utilizado para trabalhar com pessoas com
deficiência ou necessidades especiais, trata-se
de uma alternativa que vem crescendo nos
últimos tempos, e vem proporcionando um
grande progresso e benefício na recuperação e
na inclusão destas pessoas. Como principal
objetivo este trabalho visa a criar um elo sobre a
importância e participação da equoterapia na
inclusão para portadores de TDAH .(ANDE
BRASIL,1999).
A equoterapia, após ter sido reconhecida em
1997 como métodos científico pelo Conselho
Federal de Medicina, é o termo usado no Brasil para
se referir às atividades que utilizam o cavalo com
fins terapêuticos. Esse método foi adotado pela
ANDE-BRASIL em 1989 e registrado em
26/07/1999 no Instituto Nacional da Propriedade
Industrial (INPI) do Ministério do Desenvolvimento,
da Indústria e do Comércio. (ANDE-BRASIL
(1999).
De acordo com a ANDE-Brasil (1999),
não é recente o uso de exercícios eqüestres com
a finalidade de reeducação psicomotora.
Segundo Medeiros e Dias (2002), com o
término da Primeira Guerra Mundial o cavalo
entrou definitivamente na área da reabilitação,
sendo empregado como instrumento terapêutico
para tratamento de soldados sequelados do pós-
guerra.
O termo praticante em equoterapia é
utilizado para designar a pessoa portadora de
necessidades especiais que participam de
atividades equoterápicas. Nessa atividade a
reabilitação, na medida em que interage com o
cavalo e quando o praticante desenvolve
atividades psicomotoras, cognitivas e afetivas, o
cavalo pode favorecer a reintegração do
praticante à sociedade, com maior
independência e confiança.
Segundo PRADO (2001), a equoterapia
é um tratamento que propicia o
desenvolvimento dos aspectos motores, como a
coordenação motora, a postura, o ritmo, a
flexibilidade, o equilíbrio, aumentando o tônus
muscular, além de desenvolver os aspectos
psicopedagógicos e emocionais de forma
descontraída, e lúdica, em contato com a
natureza diferente de ambientes como as
clínicas e consultórios.
4. O passo é a andadura em que o cavalo
produz e transmite ao praticante uma série de
movimentos ritmados, cadenciados,
compassados e precisos, estes movimentos
recebem o nome de Movimento Tridimensional
do Cavalo, que se traduz no eixo vertical em
movimento para cima e para baixo; no plano
frontal, em movimento para direita e para
esquerda; e segundo plano sagital do cavalo em
movimento para frente e para trás.(ANDE-
BRASIL,1999).
De acordo com (ROSA,2002) Este
movimento é completado com pequena torção
da bacia do cavaleiro que é provocada pelas
inflexões laterais do dorso do animal. Tal
movimento é transmitido ao cavaleiro pelo
contato de seu corpo com o do animal, gerando
movimentos mais complexos de rotação e
translação.
A análise biomecânica dos seus movimentos
demarca a base para a sustentação de sua escolha
para a terapia. Conhecer profundamente os efeitos
do movimento do cavalo é crucial. No entanto, o
cavalo não pode ser considerado somente um
instrumento, objeto, mas sim um ser vivo que possui
instintos, comportamentos, reflexos e necessidades
(ROSA, 2002).
O cavalo pode apresentar duas andaduras: a
natural, que é quando o cavalo espontaneamente
desenvolve o galope, o trote e o passo, e a andadura
artificial em que o cavalo só a desenvolverá após um
adequado adestramento, como por exemplo fazer o
cavalo marchar.
LIMA e COSTA (2004) afirmam
também que o movimento realizado durante a
montaria, sendo este seqüencial e contínuo, não
é um movimento frequentemente realizado pelo
corpo da criança com TDAH, e com isso
favorece momentos de concentração e
percepção de si mesmo e do seu próprio corpo.
A partir de instruções simples e claras, a
Equoterapia proporciona oportunidades de
movimentos monitorados. A instrução é dada
uma de cada vez, para evitar muitas distrações,
ter uma atitude equilibrada, com sugestões
concretas para provocar um comportamento
adequado, reconhecer os limites de cada
praticante , para que este se sinta confortável,
recompensar a persistência e o comportamento
bem sucedido, para que o portador de TDAH
não se sinta desafiado e tampouco exposto a
situações que trazem frustrações (LIMA e
COSTA, 2004).
Por fim acredita-se que o presente
trabalho mostrou um pouco da importância da
equoterapia na inclusão de portadores de TDAH
,foi possível concluir que a equoterapia, como
forma de terapia e como processo de inclusão
tem como objetivo criar um espaço que
contribua para construção e reconstrução do
indivíduo, desenvolvendo habilidades e
adquirindo conhecimentos, dentro de suas
potencialidades, levando o praticante a uma
auto-realização, através de atividades, lúdicas
desportivas que tem como meio motivador o
cavalo. Podemos concluir que a equoterapia é
uma forma de educação inclusiva, para
portadores de TDAH, podemos também
compreender melhor o trabalho de uma equipe
multidisciplinar dentro da equoterapia.
Fica a perspectiva de que surjam novas
pesquisas com amostras maiores para
complementação e engrandecimento do tema,
equoterapia como ferramenta na inclusão de
portadores de TDAH, no Brasil ainda é recente e
pouco divulgado, mas esperamos dar uma
contribuição e um incentivo ao desenvolvimento da
equoterapia como uma forma de educação inclusiva
abrangente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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DO DEFICT DE ATENÇÃO;
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2012
http://www.equoterapia.org.br/ ACESSO EM
29-04-2012
______________________________________
1- Professor do Centro Universitário Metodista
Izabela Hendrix e Coordenador do ELOS –
Centro de Equoterapia.
2- Acadêmica do Curso de Ciências Biológicas
– Licenciatura Plena do Centro Universitário
Metodista Izabela Hendrix.
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