Estudo panorâmico do Antigo Testamento, livro do profeta Naum.
Igreja Bíblica Luz do Mundo, Passo Fundo - RS.
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2. Introdução
Alguns dizem que Naum é o livro que o profeta Jonas queria
escrever (Jn 3.4; 4.2) acerca do juízo de Deus contra os ninivitas.
Assim como Jonas constata que o Senhor é tardio a irar-se, Naum
também ressalta isso, mas destaca a justiça e o poder de Deus
para executar Seus juízos (Na 1.3). O livro de Naum é a profecia
da destruição de Nínive, entretanto sua mensagem não é de terror,
e sim, como o próprio nome do profeta indica (Naum = “Consolo”),
de consolação.
3. Informações Básicas
● Data: Entre 663 e 612 a.C.
● Autor: Naum
● Local: Nínive (Assíria)
● Alvo: Ninivitas
● Versículo-chave: Na 1.7-8
● Palavra-chave: Consolo
4. Informações Básicas
● Conteúdo: uma profecia do juízo de Deus contra Nínive
(Assíria) por sua opressão, crueldade e idolatria,
concluindo com o anúncio da destruição da cidade.
● Ênfases: a soberania de Deus sobre todas as nações; a
justiça levada a cabo, por Deus, contra a crueldade; Deus
triunfa sobre os arrogantes, que pensam ser eternos.
5. Informações Básicas
● Propósito: Naum não escreveu este livro como uma advertência
ou uma "chamada ao arrependimento" para o povo de Nínive.
Deus já tinha enviado o profeta Jonas um século antes com Sua
promessa do que aconteceria se continuassem em seus maus
caminhos. As pessoas daquela época haviam se arrependido, mas
agora viviam tão mal (se não pior) do que antes. Os assírios
tinham se tornado absolutamente brutais em suas conquistas.
Agora Naum estava dizendo ao povo de Judá para não se
desesperarem porque Deus havia pronunciado julgamento e os
assírios em breve estariam recebendo o que mereciam.
6. Esboço
● A Pessoa de Deus
Na 1.1-8 – Descrição do caráter de Deus
● O Juízo de Deus
Na 1.9-3.19 – Descrição do juízo de Deus
● Naum em uma sentença: O profeta anuncia o caráter de Deus e
declara o julgamento inevitável de Nínive.
7. Personagens Principais
● O povo de Nínive
– Assírios que se voltaram novamente para o mal,
destinados à destruição (2.1-3.19).
8. O Terror do Império Assírio
● Os reis assírios eram governantes absolutos,
era o principal representante do deus Asur,
além de ser comandante do exército.
Habitaram a terra dos antigos sumérios e
acádios, e seguiam o código de leis desses
ancestrais. Nínive era a capital do império. Era
um povo muito cruel com seus prisioneiros.
9. O Terror do Império Assírio
● Diferente dos tempos de Jonas, em que o governante de
Nínive se voltou para o Senhor e o arrependimento
alcançou a cidade toda (Jn 3.5-9), no contexto de Naum, de
Nínive surgiram líderes que se voltaram contra o Senhor
(Na 1.11). Sob o comando de poderosos líderes que se
ergueram a partir da segunda metade do século 8 a.C., a
Assíria tornou-se poderosa e se expandiu, dominando toda
a região conhecida como o Crescente Fértil no mundo
antigo, inclusive Israel 722 a.C.
10. O Terror do Império Assírio
● A prática de expansão dos assírios era a
conquista militar, a destruição do território
dominado, a separação e a divisão dos
habitantes por diversas regiões do império, a
fim de desestruturar toda a forma de
resistência pelos povos dominados.
11. A Ira do Senhor dos Exércitos
● Naum anuncia a destruição desse império cruel
representado por Nínive. Entretanto, levando em
conta a data adotada nesta lição, Israel teve que
esperar cerca de 100 anos para ver Nínive
destruída pelas mãos dos babilônicos, em 612
a.C. Nesse evento histórico se comprova a
soberania de Deus sobre as nações, pela ação
de Deus anunciada por Naum em seu livro.
12. Doutrinas
O principal ensinamento do livro de Naum
só é obtido quando o lemos pela ótica dos
judeus. Para Israel, o império assírio era
seu opressor. Por todo o livro, a ira de
Deus contra Nínive é acompanhada pelo
cuidado ao Seu povo.
13. Doutrinas
Referência Israel Nínive
1.2 Deus é zeloso, tem ciúmes de Seu
povo.
Deus é vingador e cheio de ira
contra Seus inimigos.
1.7-8 Deus é fortaleza para os que se
refrugiam Nele.
Deus é destruidor e perseguidor
dos Seus inimigos.
1.13-14 Deus liberta o povo. Deus extermina o povo inimigo.
1.15 O povo de Deus celebra a paz. O inimigo vil foi exterminado.
2.1-2 Deus reataura a glória do povo. Deus avança contra os inimigos.
3.19 Celebram a libertação da maldade
opressora.
Sofre de seu mal incurável e sua
condenação definitiva.
14. O Caráter de Deus em Miqueias
● Deus é bom: 1.7
● Deus é ciumento: 1.2
● Deus é poderoso: 1.3
● Deus é providente: 1.4
● Deus é soberano: 1.2-5
● Deus se ira: 1.2-3,6
15. Naum e o Novo Testamento
A forma como Naum apresenta Deus, como Aquele que
combate os inimigos do povo e o liberta (Na 1.2-8), se
assemelha à figura guerreira de Jesus Cristo no Novo
Testamento, que vence a batalha contra o inimigo, a
morte, sujeitando todas as coisas e libertando os crentes
(1Co 15.25-28; Cl 2.14-15). A guerra de Deus contra Seus
inimigos antecipa a consumação desse tema na guerra de
Cristo contra Satanás em Ap 19.11-21.
16. Naum e o Novo Testamento
Assim como a imagem do Deus guerreiro e
libertador em Naum é anúncio de consolo e
boas-novas ao povo (Na 1.15), o Cristo
vitorioso que subjuga todos os inimigos sob
Seus pés é parte do evangelho da salvação e
esperança para todo aquele que crê.
17. Aplicação Prática
Deus é paciente e tardio para se irar. Ele dá a cada
país o tempo para anunciá-lo como seu Senhor.
Entretanto, Ele não se deixa escarnecer. Toda vez que
um país se afasta dEle para servir aos seus próprios
motivos, Ele avança com julgamento. Nosso país e
nossos governantes se dirigem diariamente na direção
oposta dos princípios encontrados na Bíblia. Como
cristãos, é nosso dever defender os princípios bíblicos
e a verdade bíblica pois a Verdade é a única esperança
para o nosso e qualquer outra nação.
18. Conclusão
Naum nos lembra do caráter essencial do Deus
cuja história é contada na Bíblia, um Deus de
bondade e salvação, bem como de justiça e
juízo, qualidade que existem lado a lado Nele,
da mesma maneira em que são finalmente
exibidas, juntas, na morte de Jesus Cristo em
uma cruz.
19. Perguntas?
● Na 1.2
– Deus é cheio de ira?
– Problema: Naum declara que Deus é “vingador e cheio de
ira”. Com efeito, Des frequentemente é apresentado na
Bíblia como quem fica irado (Is 26.20, Jr 4.8). Ao mesmo
tempo, a Bíblia recomenda aos cristãos que não fiquem
irados, por ser isso pecado (Gl 5.20). Mas, se é pecado,
como Deus pode irar-se então?
20. Perguntas?
● Solução:
A Boa Ira A Ira Má
Diante do pecado Diante de sofrer um pecado
Contra o pecado Contra os pecadores
Expressa com justiça Expressa injustamente
Sendo tardio no irar-se Sendo rápido no irar-se
Feita em justiça Feita em retaliação
Hinweis der Redaktion
Jn 3.4 Começou Jonas a percorrer a cidade caminho de um dia, e pregaca, e dizia: Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida.
Jn 4.2 E orou ao Senhor e disse: Ah! Senhor! Não foi isso o que eu disse, estando ainda na minha terra? Por isso, me adiantei, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus clemente, e misericordioso, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e que te arrependes do mal.
Naum = “conforto” ou “consolo”. Forma abreviada do nome Neemias = “conforto de Javé”
Entre outras atrocidades, eles penduravam os corpos de suas vítimas em postes e colocavam a sua pele nas paredes das suas tendas
O que torna Miqueias um livro único está na sua organização (não necessariamente cronológica), que alterna entre profecias de juízo e profecias de esperança para o futuro.
Mq 1-2; 3-5; 6-7, nitidamente blocos diferentes distinquidos pela ordem “ouvi [vós] em 1.2; 3.1;6.1.
Um terço do livro trata do pecado do povo, outro terço trata do castigo que estava por vir e a outra terça parte promete esperança aos fiéis depois do castigo.
Assur era representado por um sol alado que protegia e guiava o rei, o seu principal servo. Era também simbolizado por uma árvore, representando a fertilidade. No entanto, ele era, antes de mais, o deus da guerra e a guerra tornou-se parte integrante da religião dos assírios. Cada campanha militar era pensada para ser levada a cabo em resposta às ordens diretas de Assur. Assim, a participação na guerra era um ato de adoração. Esta associação de Assur com as campanhas militares dos assírios explica o fato de o culto a Assur ter desaparecido com a destruição do Império Assírio, contrastando com os cultos dos deuses das outras nações que sobreviveram à destruição do seu povo.
Os assírios eram um povo militar e comercial, simples em costumes porém cruéis e ferozes com seus prisioneiros queimando-os vivos os seus conquistados após uma sessão de mutilação.
Cortavam-lhe as mãos, pés, orelhas, faziam pirâmides de caveiras (crânios).
Um certo rei Assírio, em uma de suas batalhas, levou a cativo 14 mil homens como prisioneiros de guerra, por medida de precaução, para que não houvesse revoltas, deu ordem ao seu exército que vazassem os olhos de todos os presos.
Existe o relato de um rei que quando estava cercado pelos exércitos assírios, resolveu fazer um acordo com o monarca assírio tentando preservar a vida de seus súditos, o trato consistia de que ele se renderia desde não houvesse derramamento de sangue, ok! O acordo foi cumprido por ambas as partes. Os assíros conquistaram o território do inimigo.E o inimigo... foi enterrado vivo!
Nas palavras de Naum, Nínive terminaria “com uma enchente devastadora” (1.8). A profecia se cumpriu quando o Rio Tigre transbordou e abriu nas muralhas uma brecha grande o suficiente para os babilônicos passarem.
Naum também predisse que a cidade seria escondida (3.11). Depois da destruição, em 612 a.C., Nínive só foi redescoberta em 1842 d.C.
Segue um quadro comparativo da postura concomitante de Deus diante de Israel e Nínive:
Assim, a mensagem de Naum concilia a justiça e o amor de Deus como forma de consolo a um povo oprimido. Deus liberta, assim como outrora castigou Israel.
Zeloso: em hebraico, qanno. Esse termo está relacionado a uma raiz que pode significar “ter zelo” ou até “ser ciumento”.
Tendemos a associar o ciúme com um sentimento egocêntrico que, em geral, é pecaminoso. O ciúme do Senhor,porém, vem de sua santidade porque Ele é o único Senhor e não tolera rivais.
O zelo de Deus não é por causa de algo que não lhe pertença; pelo contrário, o seu zelo é para a proteção do que de fato lhe pertence, a saber, a sua total supremacia. Não é pecado Deus reivindicar lealdade de suas criaturas, porque ele é o Criador e sabe que é melhor para elas.
Gálatas lista a ira como obras da carne.
A ira em si não é pecado. Depende do propósito, da natureza e/ou do objeto da ira. Até mesmo Jesus, o nosso perfeito exemplo em conduta moral, ficou irado diante do pecado (Mt 23.15-36). Paulo exortou-nos: “Irai-vos e não pequeis” (Ef 4.26).
Em resumo, devemos irar-nos diante do pecado, mas não devemos pecar em nossa ira. O problema com a ira humana, mesmo no bom sentido da ira diante do pecado, é que é fácil devá-la longe demais, de modo a pecar. Diferentemente de Deus, que é “tardiu em irar-se” (Ne 9.17), com frequêncianos apressamos em nossa ira.