O documento discute vários dispositivos médicos usados para pacientes com requisitos especiais, incluindo: 1) balão intra-aórtico usado para aumentar o fluxo sanguíneo para o coração; 2) marcapasso transcutâneo não invasivo que usa eletrodos externos; 3) marcapasso endocárdico transvenoso que usa eletrodos implantados via veias; 4) cardioversor-desfibrilador implantável que monitora e trata arritmias cardíacas.
1. Pacientes com requisitos especiais –
avaliação do enfermeiro
Enfermeira residente: Tallita Veríssimo
Abril - 2013
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
PRONTO SOCORRO CARDIOLÓGICO DE PERNAMBUCO
PROFº LUIZ TAVARES
PROGRAMA DE ESPECIALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA MODALIDADE
RESIDÊNCIA
2. Objetivos
• Identificar os tipos de pacientes que necessitam de
requisitos especiais de avaliação.
• Compreender os principais cuidados na assistência de
enfermagem aos pacientes com requisitos especiais de
avaliação.
• Conhecer as principais características do balão intra-
aórtico, marcapasso transcutâneo não invasivo, marca-
passo endocárdico transvenoso e do cardioversor-
desfibrilador implantável.
4. • É um dispositivo utilizado para
aumentar o fluxo de
sangue que chega até
as artérias do coração (artérias
coronárias), e aumento do
débito cardíaco.
• O balão intra-aórtico funciona
por contrapulsação, ou seja,
ele insufla apenas quando o
coração relaxa e desinsufla
quando o coração contrai .
Fonte:googleimagens.
Balão intra – aórtico (BIA)
Fig. 1. Em 1 um balão posicionado na aorta
descendente e insuflado durante a diástole do
ventrículo esquerdo. Em 2 está representado o
balão durante a sístole ventricular.
5. Balão intra – aórtico (BIA)
• Descrição:
▫ Cateter contendo um balão
cilíndrico em sua
extremidade.
▫ Console – visa insuflar e
desinsuflar o cateter de
acordo com a programação:
Monitor fisiológico
Seção pneumática
Unidade controladora
Tanque de gás
Baterias
Fonte:googleimagens
6. Balão intra – aórtico (BIA)
• Permanência do paciente na
unidade de terapia intensiva
• O tempo de uso do balão:
▫ 24 até 72 horas.
• O balão será retirado, fazendo-
se compressão no local da
punção.
• A via de introdução do BIA:
▫ A artéria femoral direita
(mais comum).
▫ Avançada até a altura da
artéria subclávia esquerda
7. Bomba por balão intra – aórtico (BBIA)
• Contra – indicações:
▫ Insuficiência da válvula aórtica.
▫ Doença vascular periférica grave
8. • Avaliar:
▫ Formato da onda para regulação temporal apropriada
Fig 3- Clicagem através do eletrocardiograma. Fonte: Quilici, Ana Paula et al.Enfermagem em
cardiologia – São Paulo: Editora Atheneu, 2009.
9. Balão intra – aórtico (BIA)
• Avaliar:
▫ Sinais vitais
▫ Pressão arterial média
▫ Débito cardíaco
10. Bomba por balão intra – aórtico (BBIA)
• Avaliar:
▫ Qualidade dos pulsos periféricos
▫ Monitorar migração do cateter por meio da
avaliação dos pulsos no braço esquerdo.
▫ Local de inserção do cateter
Sangramento
Hematoma
Sinais de infecção
11. Marcapasso transcutâneo não - invasivo
• Consiste na aplicação de
estímulos elétricos diretamente
na parede torácica,
propagando-se por condução
muscular as células
miocárdicas.
• Vantagem: técnica não invasiva
e instalação imediata.
• Desvantagem: necessidade de
uso de alta energia.
Fig. 4 - Desfibrilador externo manual com
dispositivo para estimulação temporária
transcutânea. Fonte: Melo, Celso Salgado. Temas de
marcapasso – São Paulo: Lemos editorial, 2001.
12. Marcapasso transcutâneo não - invasivo
• Um par de eletrodos adesivos de grande superfície são colocados na
parede torácica:
▫ Ântero-posterior
▫ Esterno-ápice ou látero-lateral
Fig. 5 - Diferentes maneiras de posicionar os eletrodos. Fonte: Melo, Celso Salgado.
Temas de marcapasso – São Paulo: Lemos editorial, 2001.
13. Marcapasso transcutâneo não - invasivo
• Características:
▫ Utilizada para fins profiláticos.
▫ NÃO exige que o médico o inicie.
▫ Eficácia pode ser diminuída nos pacientes com:
Músculos torácicos grandes
Derrame pericárdico
Enfisema pulmonar.
14. Marcapasso transcutâneo não - invasivo
• Avaliar:
▫ Fita de eletrocardiograma (ECG) para o pico de
marcapasso para a captura miocárdica.
Fonte: google imagens
15. Marcapasso transcutâneo não - invasivo
• Avaliar:
▫ Observar miliamperagem necessária para conseguir a
captura.
Seleção de corrente: 0-200mA
▫ A frequência do marcapasso
Ajuste de frequência: 30-180 pulsos por minuto
▫ A modalidade do marcapasso.
Modo de demanda
Modo fixo
Fonte:googleimagens
16. Marcapasso transcutâneo não - invasivo
• Avaliar:
▫ O ECG aparecerá como um ritmo de marcapasso
ventricular em compartimento único.
▫ Avaliar contratura do músculo esquelético e/ou
dor
Fonte: Melo, Celso Salgado. Temas de marcapasso – São Paulo: Lemos editorial, 2001.
17. Marcapasso transcutâneo não - invasivo
• Avaliar:
▫ Sinais vitais
▫ Parâmetros hemodinâmicos
▫ Verificar o pulso no braço direito (marcapasso
pode produzir pulso artificial no braço esquerdo).
18. Marcapasso transcutâneo não - invasivo
• Cuidados de enfermagem:
▫ Tricotomia
▫ Limpeza da pele torácica com álcool.
▫ Se necessário, utilize gel condutor.
▫ Posicionamento dos eletrodos:
Anterior: a esquerda do esterno
Posterior: nas costas
▫ Fornecer analgesia
▫ Iniciar a Fc em 80 ppm.
19. Marcapasso endocárdico transvenoso
• Estimulação temporária
através do uso de eletrodos
bipolares transvenosos, ligados
a um gerados de pulsos
externo.
• Vantagem: absolutamente
indolor
• Os eletrodos são inseridos
através de introdutores
venosos, cujo posicionamento
adequado é feito com
orientação radioscópica.
Fig. 9 – Marcapasso transvenoso. Fonte:
Melo, Celso Salgado. Temas de marcapasso
– São Paulo: Lemos editorial, 2001.
21. Fig. 10- Cabo eletrodo para
estimulação temporária
transvenosa.
Fig. 11 - Modelos de geradores de
pulsos externos para estimulação
temporária transvenosa.
Fig.12 Aspecto radiológico do cabo –
eletrodo temporário implantado por punção
transcutânea da veia subclávia e
posicionado na ponta do ventrículo direito
Fig. 13 - Ecocardiógrafo
Fonte: Quilici, Ana Paula et al.Enfermagem em cardiologia – São Paulo:
Editora Atheneu, 2009.
22. Marcapasso endocárdico transvenoso
• Avaliar:
▫ Fita de eletrocardiograma (ECG) para o pico de
marcapasso.
Marcapasso de câmera dupla pode haver presença
de um pico de marcapasso atrial e ventricular.
Fonte: google imagens.
26. Marcapasso endocárdico transvenoso
• Cuidados de enfermagem:
▫ Antes de se iniciar a passagem, cheque se a bateria do
equipamento está funcionando adequadamente e
certifique-se de que hajam pilhas reservas.
▫ Oriente o paciente sobre o procedimento.
▫ Manter o paciente em monitorização cardíaca.
▫ Adapte o cabo do marcapasso aos terminais do eletrodo no
gerador de pulso.
▫ Fixe o gerador de preferência no tórax do paciente para
evitar que o eletrodo se desloque.
27. Marcapasso endocárdico transvenoso
• Cuidados de enfermagem:
▫ Prevenção do deslocamento do cabo-eletrodo e controle
de infecção
Repouso relativo.
Fixação adequada do sistema de estimulação – gerador de
pulsos
Manusear de forma asséptica
Não permitir contato com líquidos ou materiais condutores
Realizar curativo diariamente.
28. Marcapasso endocárdico transvenoso
• Cuidados de enfermagem:
▫ Garantir o funcionamento adequado:
Minimizar o uso de adaptadores e cabos de extensão.
Manter monitorização cardíaca do paciente.
Se o paciente necessitar de desfibrilação externa – desligar o
marcapasso.
Nunca desligar o marcapasso abruptamente.
Garantir manutenção periódica.
29. Cardioversores-desfibriladores implantáveis (CDI)
• É um aparelho semelhante a um marcapasso cardíaco com
recursos para a detecção e interrupção automática de
taquiarritmias ventriculares.
Fonte: Melo, Celso Salgado. Temas de
marcapasso – São Paulo: Lemos editorial, 2001.
Fonte: google imagens
33. Cardioversores-desfibriladores implantáveis (CDI)
• Cuidados de enfermagem:
▫ Período pré-operatório.
Preparar psicologicamente
Motivos do implante do dispositivo
Retorno as atividades habituais será de maneira
gradativa.
34. Cardioversores-desfibriladores implantáveis (CDI)
• Cuidados de enfermagem:
▫ Período pós-operatório.
Cuidados com a ferida operatória.
Observar desposicionamento do cabo-eletrodo
Repouso no primeiro mês após o implante.
36. Referências
• Quilici, Ana Paula et al.Enfermagem em cardiologia – São Paulo:
Editora Atheneu, 2009.
• Talbot, Laura. Cuidados críticos - Rio de Janeiro: Reichman &
Affonso Ed.,2001.
• Melo, Celso Salgado. Temas de marcapasso – São Paulo: Lemos
editorial, 2001.