Este documento apresenta um caso clínico de um paciente de 19 anos com Síndrome de Wolff-Parkinson-White (WPW). O paciente deu entrada no pronto-socorro após três episódios de parada cardiorrespiratória e foi diagnosticado com WPW, batimento regular com desvio do eixo e extrasístoles atriais. O plano de cuidados de enfermagem foi elaborado com base na anamnese, exames físicos, diagnósticos e prescrição médica do paciente.
Estudo de caso: Assistência de Enfermagem ao paciente com síndrome de wolff-Parkinson-White
1. PLANEJAMENTO DA ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM AO PACIENTE COM
SÍNDROME DE WOLFF-PARKINSON-
WHITE
Enfª R1 Mariana Barros
Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco Profº Luiz Tavares
Programa de Especialização em Cardiologia Modalidade
Residência
Julho, 2014
2. Objetivos
• Compreender a fisiopatologia, manifestações
clínicas e tratamento da Síndrome de WPW;
• Relatar o caso de um paciente com a Síndrome
de WPW;
• Correlacionar a evolução clínica do caso
apresentado com os achados da literatura;
• Elaborar um plano de cuidados de enfermagem.
3. Introdução
• 1930 -> Louis WOLFF, John PARKINSON e
Paul WHITE
• Incidência -> 2x mais em homens
• Idade = qualquer faixa etária
• Incidência: a cada 2 pessoas em 1000
• Pode estar associada a alguma cardiopatia
prévia em 30%dos casos (doença de Ebstein,
CIA, Tetralogia de Fallot)
11. Diagnóstico
• ECG: para análise do padrão elétrico do coração
• ECO: para descartar eventuais defeitos estruturais
cardíacos associados e pode visualizar o caminho
acessório
• Holter de 24 horas
• Teste ergométrico
• Estudo eletrofisiológico
12. Tratamento
• Medicações: amiodarona (Ancoron®), sotalol
(Sotocor®).
• Algumas medicações não podem ser utilizadas:
beta-bloqueadores (propranolol, metoprolol) ou
bloqueadores do canal de cálcio (verapamil,
diltiazem).
• Ablação: é um método de tratamento que
utiliza cateteres para cauterizar, com energia de
radiofreqüência, a via elétrica extra. É o método
de tratamento de escolha para esses pacientes.
13. Restrição
• Não podem exercer atividades físicas
competitivas (futebol, vôlei, basquete) nem
esportes radicais (mergulho, escalada, asa-
delta).
• Esses pacientes também não podem exercer
profissões de risco (piloto, motorista, operador
de máquinas pesadas).
• Após ablação não há qualquer restrição para
atividade física e qualquer profissão poderá ser
exercida.
15. Estudo de Caso
Coleta de dados: UTI Coronária I do Pronto-Socorro
Cardiológico de Pernambuco - PROCAPE .
Período da coleta: junho de 2014
Procedimentos:
Anamnese
Exame físico
Prontuário clínico
Pesquisa literária
16. Anamnese
• D.S.N, 19 anos, sexo masculino, negro, estudante,
solteiro.
• História da Doença Atual: Foi admitido no
PROCAPE dia 27/05/2014 em PCR por FV com
história de perda súbita da consciência há +/- 15
minutos antes da sua chegada ao hospital, foi
reanimado por +/- 10 minutos. Pcte evoluiu com 2
novos episódios de PCR por FV durante 5 min e 10
min respectivamente, submetido à manobra de RCP
+ cardioversão, apresentando retorno de ritmo com
BRD em escópio. E novo episódio de PCR por AESP.
17. Anamnese
• Tinha história de dor torácica e dispneia quando
jogava bola ou corria, tendo que parar durante
os jogos e escondeu essa informação dos pais.
Nasceu prematuro e genitora referiu que o
mesmo tinha muitos episódios de cansaço
quando criança, sem diagnóstico definido
18. Exame Físico
• EGG, desperta ao chamado, não contactua, acianótico,
anictérico, mucosa ocular hipocorada (+/4+), afebril (T=
36,5º), higienizado, hidratado, hipersecretivo, pouco
adaptado ao VM, AVC em VSCD viabilizando DVA + ATB,
dieta 0.
• AR: MV+ em AHT com RA (roncos).
• ACV: RCR em 2T, BNF, sem sopro, normocárdico (FC = 80 a
100 mmHg), normotenso (PA = 128 X 81 mmHg), pulsos de
boa amplitude e simétricos em MMSS.
• ABD: plano, depressível e indolor à palpação profunda,
RHA (+), não identifico VMG.
• AGU: diurese + por SVD, com coloração fisiológica.
26. Conclusão
• Estado atual do paciente
• O estudo de caso mostrou-se efetivo no
desenvolvimento do pensamento crítico e
processo de enfermagem. Assim, fornecendo
subsídio para iniciar a Sistematização da
Assistência de Enfermagem (SAE), o
diagnóstico, bem como a execução das práticas.
30. Referências
• CARPENITO, L.J. Diagnóstico de enfermagem:
Aplicação a prática clínica; trad. Ana Thorell. Ged.
Porto Alegre, Artes Médicas, 2012.
• MALCOLM, T. S. ECG Essencial:
eletrocardiograma na prática diária. 7 ed. – Porto
Alegre: Artmed, 2013.
• OLIVEIRA, M.A.D.; REIS, A.H. Síndrome de Wolff-
Parkinson-White. 2012. 41f. Dissertação de Mestrado
Integrado em Medicina – Instituto de Ciências
Biomédicas Abel Salazar. Universidade do Porto, 2012.
• SMELTZER, S. C.; BARE, B. G. Brunner & Suddarth,
tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 10º ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.