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FLEXIBILIZAÇÕES
 CURRICULARES

          SMED
           2011
    Eloisa Barcellos de Lima
FLEXIBILIZAÇÕES
        CURRICULARES

•   ADAPTAÇÕES NÃO SIGNIFICATIVAS
           DO CURRÍCULO

                 E

    • ADAPTAÇÕES CURRICULARES
           SIGNIFICATIVAS
ADAPTAÇÕES NÃO SIGNIFICATIVAS DO
                 CURRÍCULO

As adaptações não significativas do currículo de acordo
      com os Parâmetros Curriculares Nacionais –
  Adaptações Curriculares (1999, p.35-37), dividem-se
                          em:

           • Adaptações Organizativas.
 • Adaptações Relativas aos Objetivos e Conteúdos.
        • Adaptações nos procedimentos.
             • Metodologia e didática.
         • Adaptações na temporalidade.
            • Adaptações avaliativas.
ADAPTAÇÕES ORGANIZATIVAS


             Estão direcionadas ao tipo de:

   • agrupamento de alunos/as para a realização das
           atividades de ensino/aprendizagem; e
• à organização didática da aula e dos períodos definidos
     para o desenvolvimento das atividades previstas.
ADAPTAÇÕES RELATIVAS AOS OBJETIVOS E
               CONTEÚDOS

– Priorização de áreas ou unidades de conteúdos que
      garantam funcionalidade para aprendizagens
                      posteriores.
– Priorização de objetivos que enfatizem capacidades
 básicas de atenção, participação e adaptabilidade do/a
                        aluno/a.
  – Sequenciação pormenorizada de conteúdos que
   requeiram processos gradativos da menor à maior
               complexidade das tarefas.
    – Reforço da aprendizagem e a retomada de
               determinados conteúdos.
   – Eliminação de conteúdos menos relevantes,
     secundários para dar enfoque mais intensivo a
   conteúdos considerados básicos para o currículo.
ADAPTAÇÕES AVALIATIVAS



   Tratam da seleção das técnicas e instrumentos
     utilizados para avaliar o/a aluno/a, propondo
modificações sensíveis na forma de apresentação das
      técnicas e dos instrumentos de avaliação.
ADAPTAÇÕES NOS PROCEDIMENTOS

    Adaptações nos procedimentos didáticos e nas atividades:

– Alteração nos métodos definidos para o ensino dos conteúdos
                            curriculares.
  – Seleção de um método mais acessível para o/a aluno/a.
  – Introdução de atividades complementares que requeiram
       habilidades diferentes ou a fixação e consolidação de
                  conhecimentos já ministrados.
 – Introdução de atividades prévias, que preparam o/a aluno/a
                   para novas aprendizagens.
  – Introdução de atividades alternativas além das planejadas
    para a turma, enquanto os demais colegas realizam outras
                             atividades.
– Alteração do nível de abstração de uma atividade oferecendo
                         recursos de apoio.
ADAPTAÇÕES NA TEMPORALIDADE




    Abordam a alteração no tempo previsto para a
realização das atividades ou conteúdos, e no período
        para alcançar determinados objetivos.”
Procedimentos



- Alteração do nível de complexidade das atividades,
 eliminando partes de seus componentes, explicitando a
  tarefa, facilitando planos de ação, ou seja, oferecendo
 apoio, especificando passo a passo a sua realização.
   - Alteração na seleção e adaptação de materiais.
ADAPTAÇÃO SIGNIFICATIVA DOS OBJETIVOS



As adaptações curriculares significativas de acordo com os
    Parâmetros Curriculares Nacionais – Adaptações
    Curriculares (1999, p.38-40), sugere decisões que
 modificam significativamente o planejamento quanto aos
  objetivos definidos, havendo a eliminação de objetivos
       básicos, introdução de objetivos específicos,
            complementares e/ou alternativos.
Adaptação Significativa dos
                      Conteúdos



Incide sobre conteúdos básicos e essenciais do currículo e
    requer uma avaliação criteriosa para ser adotada, pois
      diz respeito a introdução de conteúdos específicos,
      complementares ou alternativos, e a eliminação de
    conteúdos que, embora essenciais no currículo, sejam
        inviáveis de aquisição por parte do/da aluno/a.
Metodologia e Didática


  Adaptação significativa da metodologia e organização
 didática é considerada significativa quando implica em
    uma modificação expressiva no planejamento e na
  atuação do/da docente, pois se refere a introdução de
        métodos muito específicos para atender às
necessidades particulares do/da aluno/a que geralmente
 é orientado/a por professor/a especializado/a. Também
  diz respeito a alterações nos procedimentos didáticos
usualmente adotados pelo/a professor/a e a organização
   significativamente diferenciada da sala de aula para
   atender às necessidades específicas do/da aluno/a.
Adaptação Significativa na Avaliação


Está vinculada às alterações nos objetivos ou conteúdos
      que foram acrescidos ou eliminados, havendo
     introdução de critérios específicos de avaliação,
 eliminação de critérios gerais de avaliação, adaptações
  de critérios regulares de avaliação e modificação dos
     critérios de promoção, evitando “cobranças” de
conteúdos e habilidades que possam estar além de suas
  atuais possibilidades de aprendizagem e aquisição.
Adaptação Significativa na Temporalidade

Refere-se ao ajuste temporal possível para que o/a aluno/a
   adquira conhecimentos e habilidades que estão ao seu
    alcance, mas que dependem do ritmo próprio ou do
     desenvolvimento de um repertório anterior que seja
         indispensável para novas aprendizagens.
   Pode haver o prolongamento de um ano ou mais de
     permanência do/a aluno/a na mesma série ou ciclo
      (retenção), não caracterizando reprovação, mas
        parcelamento e sequenciação de objetivos e
                        conteúdos.”
É preciso entender que as transformações que irão
surgir a partir das Adaptações Curriculares, não serão
 sentidas apenas pelo/a professor/a e pelo/a aluno/a,
 mas precisará do envolvimento de toda a instituição
                          escolar.
  Para tanto foram adotadas algumas medidas que
              facilitarão essa participação.
ADAPTAÇÕES CURRICULARES E O

   PROCESSO DE INCLUSÃO
As Adaptações Curriculares poderão apoiar e atender
os/as alunos/as com necessidades educacionais especiais,
 realizando interferências e/ou modificações nas práticas
  pedagógicas, contribuindo para o desenvolvimento das
           potencialidades dos/das educandos/as.
 São divididas em Adaptações de Pequeno Porte ou Não
Significativas, nas quais o/a professor/a é responsável por
      sua implementação nas atividades diárias; e em
    Adaptações de Grande Porte ou Significativas, que
    envolvem decisões de responsabilidade dos órgãos
    político-administrativo-superiores, como também o
  desenvolvimento de intervenções metodológicas mais
          amplas que irão garantir a inclusão do/da
   aluno/a com necessidades educacionais especiais no
                       espaço escolar.
Adaptações Curriculares de Pequeno Porte ou Não
                   Significativas


   Envolvem pequenas modificações e/ou ações que
serão planejadas e organizadas pelo/a professor/a para
serem executadas na sala de aula. São referentes aos
seguintes pontos, de acordo com o PCN (1999, p.35):

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me000449.
                           pdf
Adaptações Curriculares de Grande Porte ou
                    Significativas


      Implicam ações de ordem política, financeira e
             administrativa, cujos atos são de
   competência dos gestores superiores da educação
 pública, que vão além do espaço de ação peculiar do/a
 professor/a. Segundo o PCN (1999, p.38), também são
 direcionadas aos: Objetivos; Conteúdos; Metodologia e
   Organização Didática; Avaliação e Temporalidade.
  Para acessar ao documento em sua integra, vá para:

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me000448.pdf
Vejamos a seguir um exemplo de adaptação de pequeno
                     porte realizada
  inicialmente por um professor e que fez com que os
  demais professores e estudantes de uma instituição
      escolar também participassem para atender a
                necessidade de um aluno:
Flexibilização de Pequeno Porte


João é um aluno de 21 anos de idade, com Síndrome de
   Down e que cursa o 9º ano do ensino fundamental da
      rede municipal, no turno vespertino. Seu maior
  comprometimento reside na área da linguagem escrita.
     Possui uma ótima linguagem receptiva, ou seja,
   compreende tudo que lhe é solicitado pelo professor,
    como também em outras situações do cotidiano. É
   comunicativo, brincalhão, torce e conversa com seus
                 colegas sobre seu time.
Porém, mediante atividades escritas, principalmente
 avaliativas, apresenta dificuldade em expressar seus
    conhecimentos, pois escreve com dificuldade, de
maneira lenta, omitindo letras e muitas vezes sua grafia
é incompreensível. Assim, o seu tempo de resolução ou
    respostas às atividades solicitadas é imprevisto.
Após diversas observações do professor de Língua
 Portuguesa, juntamente com a equipe pedagógica, as
   avaliações de João passaram também a ser feitas
 oralmente, sem desestimulá-lo às respostas escritas.
      Houve então empenho dos demais professores
  para colaborar nessa tarefa, de modo que cada um
dentro de sua disciplina também começou a incentivá-lo
              a realizar atividades orais.
Começaram, a seu modo, a buscar alternativas viáveis
de atendimento às necessidades de João. Seus colegas
   de sala também foram convocados e o ajudavam,
   realizando um trabalho colaborativo, deixando-o à
vontade para a apresentação oral dos trabalhos. Dessa
 forma, João conseguiu, dentro de suas possibilidades,
        realizar as tarefas e participar das aulas.
É imprescindível no processo inclusivo a interação de
   todos os que fazem parte da comunidade escolar.
  Vejam que mesmo os professores que não sentiam
 necessidade de adaptação em suas aulas o fizeram.
 Os/As alunos/as também colaboraram do seu jeito.
A partir do respeito aos limites do/da aluno/a e das
 possibilidades que poderão surgir, a transformação do
   contexto escolar ocorre de forma global e ampla, de
  forma que a busca por soluções é compartilhada. As
   informações e a construção do conhecimento serão
relevantes para o desenvolvimento de todos que fazem
    parte da instituição escolar, tanto do corpo docente
     como do corpo discente, exercitando através de
pequenas atividades a estruturação de uma sociedade
     com mais respeito ao próximo, justa e solidária.

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Adaptações curriculares para inclusão

  • 1. FLEXIBILIZAÇÕES CURRICULARES SMED 2011 Eloisa Barcellos de Lima
  • 2. FLEXIBILIZAÇÕES CURRICULARES • ADAPTAÇÕES NÃO SIGNIFICATIVAS DO CURRÍCULO E • ADAPTAÇÕES CURRICULARES SIGNIFICATIVAS
  • 3. ADAPTAÇÕES NÃO SIGNIFICATIVAS DO CURRÍCULO As adaptações não significativas do currículo de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais – Adaptações Curriculares (1999, p.35-37), dividem-se em: • Adaptações Organizativas. • Adaptações Relativas aos Objetivos e Conteúdos. • Adaptações nos procedimentos. • Metodologia e didática. • Adaptações na temporalidade. • Adaptações avaliativas.
  • 4. ADAPTAÇÕES ORGANIZATIVAS Estão direcionadas ao tipo de: • agrupamento de alunos/as para a realização das atividades de ensino/aprendizagem; e • à organização didática da aula e dos períodos definidos para o desenvolvimento das atividades previstas.
  • 5. ADAPTAÇÕES RELATIVAS AOS OBJETIVOS E CONTEÚDOS – Priorização de áreas ou unidades de conteúdos que garantam funcionalidade para aprendizagens posteriores. – Priorização de objetivos que enfatizem capacidades básicas de atenção, participação e adaptabilidade do/a aluno/a. – Sequenciação pormenorizada de conteúdos que requeiram processos gradativos da menor à maior complexidade das tarefas. – Reforço da aprendizagem e a retomada de determinados conteúdos. – Eliminação de conteúdos menos relevantes, secundários para dar enfoque mais intensivo a conteúdos considerados básicos para o currículo.
  • 6. ADAPTAÇÕES AVALIATIVAS Tratam da seleção das técnicas e instrumentos utilizados para avaliar o/a aluno/a, propondo modificações sensíveis na forma de apresentação das técnicas e dos instrumentos de avaliação.
  • 7. ADAPTAÇÕES NOS PROCEDIMENTOS Adaptações nos procedimentos didáticos e nas atividades: – Alteração nos métodos definidos para o ensino dos conteúdos curriculares. – Seleção de um método mais acessível para o/a aluno/a. – Introdução de atividades complementares que requeiram habilidades diferentes ou a fixação e consolidação de conhecimentos já ministrados. – Introdução de atividades prévias, que preparam o/a aluno/a para novas aprendizagens. – Introdução de atividades alternativas além das planejadas para a turma, enquanto os demais colegas realizam outras atividades. – Alteração do nível de abstração de uma atividade oferecendo recursos de apoio.
  • 8. ADAPTAÇÕES NA TEMPORALIDADE Abordam a alteração no tempo previsto para a realização das atividades ou conteúdos, e no período para alcançar determinados objetivos.”
  • 9. Procedimentos - Alteração do nível de complexidade das atividades, eliminando partes de seus componentes, explicitando a tarefa, facilitando planos de ação, ou seja, oferecendo apoio, especificando passo a passo a sua realização. - Alteração na seleção e adaptação de materiais.
  • 10. ADAPTAÇÃO SIGNIFICATIVA DOS OBJETIVOS As adaptações curriculares significativas de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais – Adaptações Curriculares (1999, p.38-40), sugere decisões que modificam significativamente o planejamento quanto aos objetivos definidos, havendo a eliminação de objetivos básicos, introdução de objetivos específicos, complementares e/ou alternativos.
  • 11. Adaptação Significativa dos Conteúdos Incide sobre conteúdos básicos e essenciais do currículo e requer uma avaliação criteriosa para ser adotada, pois diz respeito a introdução de conteúdos específicos, complementares ou alternativos, e a eliminação de conteúdos que, embora essenciais no currículo, sejam inviáveis de aquisição por parte do/da aluno/a.
  • 12. Metodologia e Didática Adaptação significativa da metodologia e organização didática é considerada significativa quando implica em uma modificação expressiva no planejamento e na atuação do/da docente, pois se refere a introdução de métodos muito específicos para atender às necessidades particulares do/da aluno/a que geralmente é orientado/a por professor/a especializado/a. Também diz respeito a alterações nos procedimentos didáticos usualmente adotados pelo/a professor/a e a organização significativamente diferenciada da sala de aula para atender às necessidades específicas do/da aluno/a.
  • 13. Adaptação Significativa na Avaliação Está vinculada às alterações nos objetivos ou conteúdos que foram acrescidos ou eliminados, havendo introdução de critérios específicos de avaliação, eliminação de critérios gerais de avaliação, adaptações de critérios regulares de avaliação e modificação dos critérios de promoção, evitando “cobranças” de conteúdos e habilidades que possam estar além de suas atuais possibilidades de aprendizagem e aquisição.
  • 14. Adaptação Significativa na Temporalidade Refere-se ao ajuste temporal possível para que o/a aluno/a adquira conhecimentos e habilidades que estão ao seu alcance, mas que dependem do ritmo próprio ou do desenvolvimento de um repertório anterior que seja indispensável para novas aprendizagens. Pode haver o prolongamento de um ano ou mais de permanência do/a aluno/a na mesma série ou ciclo (retenção), não caracterizando reprovação, mas parcelamento e sequenciação de objetivos e conteúdos.”
  • 15. É preciso entender que as transformações que irão surgir a partir das Adaptações Curriculares, não serão sentidas apenas pelo/a professor/a e pelo/a aluno/a, mas precisará do envolvimento de toda a instituição escolar. Para tanto foram adotadas algumas medidas que facilitarão essa participação.
  • 16. ADAPTAÇÕES CURRICULARES E O PROCESSO DE INCLUSÃO
  • 17. As Adaptações Curriculares poderão apoiar e atender os/as alunos/as com necessidades educacionais especiais, realizando interferências e/ou modificações nas práticas pedagógicas, contribuindo para o desenvolvimento das potencialidades dos/das educandos/as. São divididas em Adaptações de Pequeno Porte ou Não Significativas, nas quais o/a professor/a é responsável por sua implementação nas atividades diárias; e em Adaptações de Grande Porte ou Significativas, que envolvem decisões de responsabilidade dos órgãos político-administrativo-superiores, como também o desenvolvimento de intervenções metodológicas mais amplas que irão garantir a inclusão do/da aluno/a com necessidades educacionais especiais no espaço escolar.
  • 18. Adaptações Curriculares de Pequeno Porte ou Não Significativas Envolvem pequenas modificações e/ou ações que serão planejadas e organizadas pelo/a professor/a para serem executadas na sala de aula. São referentes aos seguintes pontos, de acordo com o PCN (1999, p.35): http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me000449. pdf
  • 19. Adaptações Curriculares de Grande Porte ou Significativas Implicam ações de ordem política, financeira e administrativa, cujos atos são de competência dos gestores superiores da educação pública, que vão além do espaço de ação peculiar do/a professor/a. Segundo o PCN (1999, p.38), também são direcionadas aos: Objetivos; Conteúdos; Metodologia e Organização Didática; Avaliação e Temporalidade. Para acessar ao documento em sua integra, vá para: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me000448.pdf
  • 20. Vejamos a seguir um exemplo de adaptação de pequeno porte realizada inicialmente por um professor e que fez com que os demais professores e estudantes de uma instituição escolar também participassem para atender a necessidade de um aluno:
  • 21. Flexibilização de Pequeno Porte João é um aluno de 21 anos de idade, com Síndrome de Down e que cursa o 9º ano do ensino fundamental da rede municipal, no turno vespertino. Seu maior comprometimento reside na área da linguagem escrita. Possui uma ótima linguagem receptiva, ou seja, compreende tudo que lhe é solicitado pelo professor, como também em outras situações do cotidiano. É comunicativo, brincalhão, torce e conversa com seus colegas sobre seu time.
  • 22. Porém, mediante atividades escritas, principalmente avaliativas, apresenta dificuldade em expressar seus conhecimentos, pois escreve com dificuldade, de maneira lenta, omitindo letras e muitas vezes sua grafia é incompreensível. Assim, o seu tempo de resolução ou respostas às atividades solicitadas é imprevisto.
  • 23. Após diversas observações do professor de Língua Portuguesa, juntamente com a equipe pedagógica, as avaliações de João passaram também a ser feitas oralmente, sem desestimulá-lo às respostas escritas. Houve então empenho dos demais professores para colaborar nessa tarefa, de modo que cada um dentro de sua disciplina também começou a incentivá-lo a realizar atividades orais.
  • 24. Começaram, a seu modo, a buscar alternativas viáveis de atendimento às necessidades de João. Seus colegas de sala também foram convocados e o ajudavam, realizando um trabalho colaborativo, deixando-o à vontade para a apresentação oral dos trabalhos. Dessa forma, João conseguiu, dentro de suas possibilidades, realizar as tarefas e participar das aulas.
  • 25. É imprescindível no processo inclusivo a interação de todos os que fazem parte da comunidade escolar. Vejam que mesmo os professores que não sentiam necessidade de adaptação em suas aulas o fizeram. Os/As alunos/as também colaboraram do seu jeito.
  • 26. A partir do respeito aos limites do/da aluno/a e das possibilidades que poderão surgir, a transformação do contexto escolar ocorre de forma global e ampla, de forma que a busca por soluções é compartilhada. As informações e a construção do conhecimento serão relevantes para o desenvolvimento de todos que fazem parte da instituição escolar, tanto do corpo docente como do corpo discente, exercitando através de pequenas atividades a estruturação de uma sociedade com mais respeito ao próximo, justa e solidária.

Hinweis der Redaktion

  1. Adaptações nos procedimentos