1) O documento relata um teste aplicado com 21 crianças do 4o ano para verificar seu nível de escrita de acordo com a psicogênese da língua escrita proposta por Emilia Ferreiro.
2) A maioria das crianças (13) estava no nível alfabético inicial, compreendendo o sistema de escrita mas ainda precisando dominar convenções ortográficas.
3) Sete crianças estavam no nível alfabético, dominando o sistema de escrita e convenções ortográficas, enquanto uma estava no
1. RELATO DE EXPERIÊNCIA
Mapa de hipóteses dos alunos sobre
o sistema de escrita
Izabel Reinaldo de Sousa
Graduanda em Pedagogia
Bolsista Pibid/Capes
2. ABORDAGEM TEÓRICA
Emilia Ferreiro e Ana Teberosky em seu estudo
sobre como se dá o processo de aquisição da
linguagem, focaram-se em torno do eixo de “como
se aprende” invés de prender-se em “como se
ensina”. Dessa forma, através dos resultados obtidos
durante a pesquisa foram definidos quatro níveis de
desenvolvimento da escrita a partir dos primeiros
contatos da criança. Os níveis de desenvolvimento
conforme a psicogênese da língua escrita são: Pré-
silábico, silábico, silábico-alfabético e alfabético.
3. DESCRIÇÃO DAATIVIDADE
O teste para verificação do nível de escrita foi feito com crianças do 4º
ano do ensino fundamental, estudantes da escola Antenor Naspolini,
localizada na periferia do município de Sobral, Ceará. Esse teste foi
utilizado pela autora Emilia Ferreiro durante as suas pesquisas. O
objetivo é verificar em qual dos níveis a criança se encontra, bem como
identificar as hipóteses elaboradas por elas correspondentes a cada
nível.
Foi aplicado individualmente com 21 crianças participantes do
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID. O
teste consiste em solicitar que a criança escreva quatro palavras, de
mesmo campo semântico, que sejam uma polissílaba, uma trissílaba,
uma dissílaba e por último uma monossílaba. Em seguida é solicitado
que ela escreva uma frase contendo pelo menos duas das palavras
ditadas inicialmente. As palavras ditas foram: Computador, cadeira,
mesa e giz. Em seguida foi sugerido que a criança escrevesse a frase O
giz está sobre a mesa.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Após aplicação do teste foi verificado a escrita de
cada uma das crianças e feita as análises de acordo
com cada nível, conforme proposto por Emilia
Ferreiro. Os resultados obtidos foram organizados
em uma tabela em que consta o nome da criança e o
nível em que ela se encontra. Conforme a tabela
abaixo:
5. MAPA DAS HIPÓTESES DOS ALUNOS SOBRE O SISTEMA DE ESCRITA
Alunos Pré-
silábico
Silábico Silábico-
alfabético
Alfabético
6. Os resultados obtidos foram distribuídos da
seguinte maneira: das vinte e uma crianças, uma
encontra-se no nível silábico-alfabético e vinte
no nível alfabético, sendo que treze estão no
alfabético inicial e sete no alfabético, conforme
exposto no gráfico abaixo.
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após análise dos dados obtidos verificou-se que a maioria das
crianças encontra-se no nível alfabético inicial, pois já compreendem
o sistema de escrita, entendendo que cada um dos caracteres da
palavra corresponde a um valor sonoro menor do que a sílaba, no
entanto, ainda precisam dominar as convenções ortográficas.
Parte dos alunos encontram-se no nível alfabético, pois além
de compreender o sistema de escrita e entender que cada um dos
caracteres da palavra corresponde a um valor sonoro menor, a criança
também já domina as convenções ortográficas.
A menor parte dos alunos encontra-se no nível silábico-
alfabético, pois está em um nível de transição da hipótese silábica
para a hipótese alfabética.
Dessa forma, verifica-se que numa mesma turma as crianças
podem elaborar diferentes hipóteses sobre o sistema de escrita.