O documento discute o saneamento no Brasil. Aponta que 10,4 milhões de domicílios brasileiros não tem esgoto adequado e que a presença de esgoto a céu aberto é o principal fator de mortalidade infantil. Também descreve projetos em andamento para melhorar a situação, como obras de saneamento na Baía de Guanabara e uso de tubos com juntas elásticas.
Minicurso_Noções básicas de revitalização de microbacias
Revista cidades do brasil
1. Revista Cidades do Brasil
Anunciantes | Expediente | Representantes | Assinatura | Fale Conosco
Página Inicial
Fala Prefeito
Palavra do
Ministro
Gestão de
Cidades
Bastidores
Cidadania
Economia
Dia a Dia Brasília
Iniciativa
Cultura
Tecnologia
Saneamento
Turismo
Documento
Construindo
Geral
Contra Ponto
Meio Ambiente
Registro
Ponto a Ponto
Lançamentos
Educação
Entrevista
Crônicas e
Curiosidades
Ponto Final
Suplemento
Saneamento
Setor se movimenta, coloca em andamento inúmeros projetos e obras, mas
não consegue alterar perfil do Censo 2000
Maio/2005
Edição 61
Tubulação utilizada no projeto de despoluição do rio Tietê, em São Paulo,
que tem mais de 28 quilômetros de extensão
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, no dia 13 deste
mês, resultado de pesquisa que investiga o meio ambiente nos 5.561 municípios
brasileiros.
Segundo o estudo, a presença de esgoto a céu aberto é a alteração ambiental que
mais afeta a população. Em razão disso, existem no país 1.159 municípios com
taxas de mortalidade infantil superior a 40 óbitos por mil nascidos vivos, conforme o
Censo 2000.
O trabalho, desenvolvido pelo IBGE, fotografa a realidade brasileira na área de
http://cidadesdobrasil.com.br/cgi-cn/news.cgi?cl=099105100097100101098114&arecod=13&newcod=915[07/03/2014 14:10:02]
2. Revista Cidades do Brasil
saneamento e serve de ponto de partida para o especial da revista Cidades do Brasil
deste mês. Após essa aproximação realista dos fatos, segue apanhado de
informações sobre algumas das ações que estão sendo tomadas no sentido da
reversão dos problemas apontados, seja em novos projetos, obras, produtos ou
medidas desencadeadas pelos gestores municipais.
Brasil tem 10,4 milhões de domicílios
sem esgotamento sanitário
A pesquisa do IBGE também constata que é baixo o número de prefeituras que
relacionam problemas ambientais às condições de vida. Esta relação é mais
freqüente onde há altas taxas de mortalidade infantil.
O Brasil tem 10,4 milhões de domicílios que ainda não têm esgotamento sanitário
adequado. Enquanto a taxa de mortalidade infantil de menores de cinco anos
residindo em domicílios adequados chega a 26,1 por mil, a taxa dos que vivem em
domicílio sem água e esgoto sobe para 44,8 por mil e, especificamente no Nordeste,
para 66,8 por mil.
O serviço de esgotamento sanitário é o que tem menos presença nos municípios e
nos domicílios brasileiros. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saneamento
Básico, de 2000, dos 5.507 municípios então existentes no Brasil, apenas 52,2%
dispunham de algum tipo de serviço de esgotamento sanitário, independentemente
da extensão da rede coletora.
Segundo o IBGE, a situação do país ante o saneamento básico não mudou muito
entre a data em que a pesquisa foi a campo e o momento atual.
Guanabara limpa em 2011
O Programa de Despoluição da Baía de Guanabara (PDBG), que já completou 10
anos, teve as obras paralisadas em 2001 por falta de recursos e retomadas em
2003, pela governadora Rosa Garotinho, com recursos e obras efetivas, graças à
contrapartida financeira do governo do Estado do Rio de Janeiro e dos órgãos
investidores. O programa é financiado pelo Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID) e Japan Bank for International Cooperation (JBIC).
Obras na Baía da Guanabara beneficiarão
7,6 milhões de pessoas
http://cidadesdobrasil.com.br/cgi-cn/news.cgi?cl=099105100097100101098114&arecod=13&newcod=915[07/03/2014 14:10:02]
3. Revista Cidades do Brasil
Com término previsto para 2011, as obras beneficiarão uma população estimada em
7,6 milhões de pessoas. Trata-se do maior conjunto de obras de saneamento básico
dos últimos 30 anos no território fluminense.
O PDBG trabalha com o objetivo de recuperar as águas da Baía da Guanabara, que
ocupa uma área habitada de 4 mil km², com um espelho d’água de 15 a 20 m de
profundidade, dentro de um perímetro de 131 km de extensão.
Nesta primeira fase, estão sendo executados quase 22 km de coletores tronco, em
jacking pipe (cachimbo) no Sistema Alegria, 17,2 km no Sistema Pavuna e 7,2 km
no Sistema Sarapuí.
Recursos para a 2ª fase do PDBG
virão do BID, Japan Bank e do estado
Os tubos mais utilizados têm diâmetros de 2.000, 1.500 e 900 mm. Segundo Aldoir
Melchíades de Souza, superintendente do PDBG, a execução por esse sistema é mais
rápida e segura. Viabiliza também obras que seriam impossíveis de realizar pelo
método tradicional. “Como exemplo, pode ser citada a travessia sob a avenida
Brasil, que, por possuir 16 faixas de rolamento e ligar as zonas norte e oeste, mais
a baixada fluminense, constitui-se numa das principais vias de acesso ao centro do
Rio. Ali, o trabalho foi realizado sem interromper o trânsito de veículos”, explica.
Além disso, a especificação por parte da Companhia Estadual de Águas e Esgotos
(Cedae) ocorreu pelo fato de tratar-se de método não destrutivo, que viabiliza a
execução de redes coletoras a grandes profundidades, sem a interferência de outras
redes (água, luz, telefone, gás etc.).
Os recursos de US$ 402 milhões previstos para a segunda fase do PDBG virão com
financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento, do Japan Bank e a
contrapartida do governo estadual. Estão previstas obras de implantação de redes de
abastecimento de água, esgotos e macro-drenagem nos municípios localizados no
entorno da baía. Na primeira etapa, os recursos investidos chegaram a US$ 1,1
bilhão.
Redução de enchentes em áreas urbanas
A Enplan Engenharia, de Curitiba, está apresentando o projeto de Reguladores de
Vazão (RV), que tem por objetivo atenuar os efeitos da macrodrenagem, ou seja,
das enchentes causadas pelos rios e canais urbanos.
http://cidadesdobrasil.com.br/cgi-cn/news.cgi?cl=099105100097100101098114&arecod=13&newcod=915[07/03/2014 14:10:02]
4. Revista Cidades do Brasil
Durante a estação das chuvas, as enchentes são uma
constante em várias cidades brasileiras
Entre as soluções apontadas no estudo, estão a criação de parques lineares de
fundos de vales, com reservatórios de retenção, a exemplo dos que foram
implantados em Curitiba desde a década de 70. Nessa época o índice de áreas
verdes era de menos de 10 m²/habitante e hoje chega a 50 m²/habitante. A solução
proposta a partir de 1966 foi viabilizada graças à existência de plano diretor,
gerenciado pelo Instituto de Pesquisas e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC).
Porém, outras cidades não tiveram a mesma sorte e os problemas foram se
agravando.
Maioria dos municípios não tem
Plano Diretor de Drenagem
O engenheiro Epaminondas Zétola, da Enplan, destaca que “na realidade, o que falta
à maioria dos municípios brasileiros é um Plano Diretor de Drenagem, que permita
desenvolvimento urbano compatível com o sistema natural de drenagem”.
A proposta dos engenheiros Nicolau I. Klüppel e Epaminondas Zétola, de reguladores
de vazão implantados junto a microdrenagem, é uma alternativa que permite, além
da redução do pico de cheia, devido às chuvas intensas (convectivas), a recarga do
lençol freático com água pluvial de melhor qualidade, devolvendo parte das
condições naturais da bacia contribuinte.
http://cidadesdobrasil.com.br/cgi-cn/news.cgi?cl=099105100097100101098114&arecod=13&newcod=915[07/03/2014 14:10:02]
5. Revista Cidades do Brasil
Água melhora atividade econômica
Sônia Germano, coordenadora geral do projeto Cooperar, desenvolvido pelo governo
da Paraíba, declarou que os investimentos em caprinocultura e agricultura começam
após ser solucionada a falta de água. “Quando as comunidades resolvem seus
problemas de infra-estrutura, a reivindicação seguinte passa a ser o projeto
produtivo.
Quando resolve os problemas de água, quando resolve o problema de eletrificação,
em seguida as solicitações são para projetos de apicultura ou caprinocultura e
também de apoio ao artesanato, que varia de acordo com a especificidade de cada
município”, disse a coordenadora.
As cisternas ajudam a transformar a vida
em muitas comunidades
O projeto Cooperar e a Secretaria do Trabalho e Ação Social estão promovendo a
construção de cisternas em todo o interior paraibano.
Após a solução dos problemas básicos, a população da zona rural procura meios de
trabalhar, melhorando o comércio, aumentando a criação de pequenas indústrias e
gerando boa produção de carne, leite, mel, couro e outros artefatos de importância
econômica para o estado. “Essas cisternas têm dado resultados e transformam a
vida de muitas comunidades rurais”, afirma Sônia.
Acessório de vital importância
Os tubos de concreto com junta elástica, cuja tecnologia de fabricação foi trazida
para o Brasil há cerca de 45 anos, vêm sendo cada vez mais requisitados nas obras
de saneamento, especificamente as de esgotamento sanitário, com diâmetros entre
300 mm a 2.500 mm.
A economia e garantia de estanqueidade são grandes em função da junta de
borracha, que aumenta a velocidade de execução das obras, elimina o rejuntamento
e a possibilidade de contaminação do meio ambiente com efluentes agressivos dos
esgotos. Agora, essa tecnologia está sendo aplicada nas obras de drenagem pluvial,
onde os tubos de concreto destinados à condução de águas pluviais também podem
vir com esse acessório (junta elástica).
http://cidadesdobrasil.com.br/cgi-cn/news.cgi?cl=099105100097100101098114&arecod=13&newcod=915[07/03/2014 14:10:02]
6. Revista Cidades do Brasil
As estações de tratamento de esgoto são imprescindíveis para
a realização do processo de saneamento nas cidades
Segundo Alírio Brasil Gimenez, diretor da Fermix, os tubos de concreto com junta
elástica, principalmente os destinados à condução de esgoto sanitário, são um
produto de alta responsabilidade. “São exigidas condições de resistência, dureza e
durabilidade da borracha e do tubo, enfim uma série de requisitos técnicos, para que
o produto possa cumprir sua função”, explica ele. A junta de borracha pode ser
incorporada durante a fabricação do tubo ou ser avulsa e colocada sob pressão no
momento em que o tubo é acoplado na obra. Assim, além da estanqueidade e
economia global da obra, outro benefício da junta elástica é o de propiciar ao tubo
certas movimentações nas juntas devido às acomodações do terreno sem causar
dano ao sistema.
Junta elástica propicia ao tubo
movimentações sem ocasionar danos
De acordo com Frederico Flávio Roese, da Concretos do Sul, outro fabricante do
produto, os tubos de concreto têm de ser produzidos com alta tecnologia e
equipamento de última geração. “Entre as principais vantagens, está a longa
durabilidade em contato com esgotos e materiais agressivos, de cerca de 50 anos”,
explica ele. Por ter características de baixa absorção, o concreto usado na fabricação
dos tubos garante sua durabilidade.
Quanto ao valor dos tubos de concreto com junta elástica, comparando com os
http://cidadesdobrasil.com.br/cgi-cn/news.cgi?cl=099105100097100101098114&arecod=13&newcod=915[07/03/2014 14:10:02]
7. Revista Cidades do Brasil
tubos comuns de junta rígida, o custo inicial chega a ser 20% mais caro. “Mas
levando em consideração a durabilidade e a facilidade de assentamento, a diferença
se inverte, tornando-se 34% mais barato que os tubos convencionais”, conclui
Roese.
Investimentos crescem
As perspectivas para o setor de saneamento aumentam, pois o Governo Federal tem
como meta investir o máximo possível no segmento. Os principais compradores do
produto são os órgãos ò públicos, tais como companhias de saneamento e órgãos
municipais do setor. Nos dois anos do governo Lula, foram investidos recursos dez
vezes superiores aos do governo anterior. São R$ 4,6 bilhões em saneamento, de
acordo com os números do Ministério das Cidades.
Para universalizar os serviços de água, esgoto e resíduos sólidos nas cidades em 20
anos, Marcos Helano Montenegro, diretor de Desenvolvimento e Cooperação Técnica
da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, estima que seriam necessários
recursos de R$ 185 bilhões.
Governo Lula investiu até agora
R$ 4,6 bilhões em saneamento
O governo tem programado investimentos de R$ 4,5 bilhões anuais, metade das
necessidades. Em 2005, Montenegro prevê que os recursos para saneamento do
FGTS e BNDES alcancem R$ 2,3 bilhões.
Para complementar, ele acredita que as operadoras e a iniciativa privada também
aportem recursos próprios.
Política nacional em andamento
O governo traçou as linhas mestras da Política Nacional de Saneamento Ambiental
(PNSA), que já foram transformadas em anteprojeto de lei. A idéia é estabelecer
regras claras para o setor que há mais de 15 anos está sem regulamentação. O
anteprojeto será enviado ao Congresso. Já foram realizados dez encontros regionais,
nas principais capitais do país, e colhidas idéias e sugestões com o objetivo de
melhorar o PNSA antes de seu envio ao Congresso Nacional.
http://cidadesdobrasil.com.br/cgi-cn/news.cgi?cl=099105100097100101098114&arecod=13&newcod=915[07/03/2014 14:10:02]
8. Revista Cidades do Brasil
Sanepar está investindo 1,75 bilhão nos sistemas de água e esgoto
foto da estação de tratamento em Morretes, Paraná)
Além da volta dos recursos, outra ação da secretaria, segundo Marcos Helano
Montenegro, foi organizar as iniciativas governamentais, espalhadas por vários
ministérios e órgãos a fim de evitar sobreposição de esforços, desarticulação de
propostas, falta de eficiência, baixo grau de racionalização e de cooperação, para
incrementar a cooperação técnica e gerencial que comprometem a qualidade das
iniciativas. “Criamos o GTI de Saneamento Ambiental para estabelecer um novo
padrão de relacionamento entre os órgãos federais que tratam da questão.
Repactuamos competências e construímos programas comuns expressos no Plano
Pulirianual 2004/2007”, complementa Marcos.
Alumar tem novo lago
O Consórcio de Alumínio do Maranhão (Alumar), sediado em São Luís e formado
pela Alcoa, Alcan, BHP Biliton e Abalco, terminou em abril a construção do quarto
reservatório de resíduo de bauxita, gerado pela fábrica de alumina, a matéria prima
do alumínio.
O reservatório ocupa área de 50 hectares, consumiu recursos de R$ 45 milhões e
terá seis anos de vida útil, entrando em operação em setembro deste ano.
A construção faz parte dos planos de desenvolvimento e modernização da planta
industrial, em São Luís, e representa a eficiência das operações e minimização dos
impactos ambientais.
Como ainda inexiste alternativa de reutilização dos resíduos de bauxita (bauxita
mais soda cáustica), a disposição em grandes lagos tem sido a única destinação
final.
http://cidadesdobrasil.com.br/cgi-cn/news.cgi?cl=099105100097100101098114&arecod=13&newcod=915[07/03/2014 14:10:02]
9. Revista Cidades do Brasil
A iniciativa privada também está
minimizando impactos ambientais
Considerado material contaminante, o resíduo tem que ser acondicionado de forma
estritamente segura para não entrar em contato com o solo e com as águas. Por
isso a construção do lago exige altos investimentos.
Salto nos índices de atendimento
O plano de obras anunciado pelo presidente da Companhia de Saneamento do
Paraná (Sanepar), Stênio Jacob, em junho de 2004, vai permitir que a empresa
mantenha em 99% o índice de atendimento com água à população, e amplie os
índices de atendimento com serviços de esgoto para 80% nas cidades com mais de
50 mil habitantes e 65% nas cidades de menor porte, de 5 a 50 mil habitantes, até
2010. Com isso, serão cerca de 754 mil famílias com acesso à rede coletora e ao
tratamento de esgoto.
Atualmente, a Sanepar coleta 45% do volume total de esgoto nas cidades onde
opera. Segundo Stênio, nenhum estado possui indicadores de cobertura tão altos
como o Paraná.
Plano de obras da Sanepar proporcionará
melhoria no atendimento
“Quando a empresa alcançar as metas previstas pelo seu Plano de Obras, nosso
estado dará um salto muito importante nos índices de atendimento, consolidando a
posição da empresa como a companhia de saneamento melhor posicionada no
ranking nacional de cobertura no setor”, afirmou Jacob.
A Sanepar está investindo R$ 1 bilhão e 755 milhões em obras para ampliação dos
sistemas de água e esgoto em todo o estado, criando 186 mil empregos diretos e
indiretos. No total, são 328 empreendimentos para ampliação do serviço de
abastecimento de água, e 232 de implantação e ampliação da coleta e tratamento do
esgoto.
Para este ano está programado o maior volume de investimentos, R$ 758,9 milhões.
“Serão mais de 700 milhões de reais colocados em circulação na economia do
Paraná, por meio da compra de materiais, aquisição de equipamentos, contratação
de serviços e geração de empregos”, explica Stênio.
http://cidadesdobrasil.com.br/cgi-cn/news.cgi?cl=099105100097100101098114&arecod=13&newcod=915[07/03/2014 14:10:02]
10. Revista Cidades do Brasil
A meta para 2006 é investir R$ 424,9 milhões. Entre as linhas de financiamento,
estão recursos do BID/Paraná Urbano, Caixa Econômica Federal, BNDES/Paranasan e
JBIC/Paranasan. A Sanepar também tem recursos do Prodetur e do Ministério das
Cidades. “Esta gestão ficará marcada na história do saneamento do estado, pois
estamos investindo uma média anual de R$ 439 milhões”, destacou Stênio. Em
2003, a empresa investiu R$ 251,3 milhões, e em 2004, R$ 320,1 milhões em todo
o estado.
Utilização do PEAD: opção por tecnologia
A Ipiranga Petroquímica está investindo em pesquisa e desenvolvimento para
oferecer alternativas para o saneamento básico do país. As redes de distribuição de
PEAD (Polietileno de Alta Densidade) tornam viável a meta de perda zero na
distribuição de água, pois como os tubos são soldados, não há necessidade de
utilizar conexões mecânicas, formando uma rede única, sem pontos de vazamento.
Abertura de vala e montagem da rede fora da vala,
com a utilização do sistema PEAD da Ipiranga Petroquímica
A Ipiranga Petroquímica produz resinas destinadas a fabricação de tubos de pressão
para distribuição de água e gás há vinte anos, com tecnologia adquirida da Hoechst.
As resinas destinadas a esta aplicação são testadas e homologadas em laboratórios
internacionais para garantir uma vida útil mínima de 50 anos.
A resina da Ipiranga Petroquímica para redes de água é o GM5010T2 (na cor preta)
e para redes de gás é o GM7040G (na cor amarela).
PEAD permite obter índice zero
http://cidadesdobrasil.com.br/cgi-cn/news.cgi?cl=099105100097100101098114&arecod=13&newcod=915[07/03/2014 14:10:02]
11. Revista Cidades do Brasil
de perdas no abastecimento de água
Em 2003, a Ipiranga desenvolveu uma nova resina destinada à fabricação de tubos
corrugados para coleta de esgoto sanitário e drenagem, na cor ocre, o GM5250OC.
O PEAD reduz as perdas físicas nas redes de distribuição de água e esgoto,
possibilitando reduzir o desperdício de um bem tão importante como a água e
melhorando a saúde pública da comunidade pela coleta eficiente do esgoto.
As recentes discussões a respeito do valor da água levam a não aceitar mais perdas
físicas na ordem de 50% conforme a média brasileira hoje. Dentro deste contexto, o
sistema de tubulação em PEAD é um forte aliado das companhias de água, já que
permite a obtenção de perda zero no sistema de abastecimento de água.
O sistema oferece diversas vantagens frente aos materiais normalmente utilizados, o
ferro, o PVC e o concreto. A instalação da rede é realizada de forma mais rápida,
reduzindo o tempo de execução da obra em até 30%.
A utilização de PEAD permite que as perdas nas redes sejam minimizadas, por
serem soldadas, reduzindo a utilização de juntas. Além disto, os tubos com diâmetro
de até 115mm podem ser fornecidos bobinados, diminuindo a necessidade de
conexões e o tempo de instalação.
Porto Alegre deixou de desperdiçar 34 bilhões
de litros de água tratada
Também possibilita que os tubos sejam emendados fora da vala, reduzindo sua
largura e evitando a ocorrência de acidentes durante a instalação.
Um caso de sucesso do uso do PEAD para distribuição de água é verificado no
Departamento Municipal de Águas e Esgotos (DMAE) de Porto Alegre. O órgão iniciou
a utilização do PEAD em 1991 e atualmente possui cerca de 30% das redes
instaladas com este material.
As substituições reduzem as perdas na rede, pois as juntas podem ser soldadas. A
experiência na capital gaúcha já diminuiu a perda de água de 50 para 32% no
período de 1991 a 2002, possibilitando reduzir o volume de água produzida, mesmo
com o aumento da população atendida.
Isso significa que 34 bilhões de litros de água tratada, antes desperdiçados em
vazamentos, agora são entregues à população.
http://cidadesdobrasil.com.br/cgi-cn/news.cgi?cl=099105100097100101098114&arecod=13&newcod=915[07/03/2014 14:10:02]
12. Revista Cidades do Brasil
Maior programa de saneamento
Quem conhece o rio Tietê apenas pelo trecho que passa pela capital paulista
dificilmente consegue imaginar o quanto ele é diferente em outros pontos. O rio
nasce na cidade de Salesópolis, localizada na Serra do Mar, a 800 metros de
altitude. Em vez de correr para o mar, como é mais comum, o Tietê se dirige para o
interior. Nem mal se forma e já encontra a região mais industrializada e populosa do
Brasil, a Grande São Paulo.
Estação de tratamento de esgoto Barueri. O rio Tietê
está localizado do lado equerdo da foto
Após passar pela capital, o Tietê continua recebendo a poluição de rios e córregos
que deságuam nele, como o Pinheiros e o Tamanduateí. Aos poucos, porém, a
natureza vai digerindo a poluição e, em Porto Feliz, o rio volta a ser limpo. Depois
de lá, ainda tem um longo caminho até chegar na fronteira entre os Estados de São
Paulo e Mato Grosso do Sul, onde irá desaguar no rio Paraná.
O trecho mais problemático é o da bacia do Alto Tietê, onde está a cidade de São
Paulo e outros municípios da Região Metropolitana. Nesta área o rio e a maioria dos
seus afluentes estão completamente poluídos. Para mudar essa situação, a
Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo (Sabesp), em 1992, colocou em
operação o maior programa de saneamento básico do país: o Projeto Tietê.
A empresa dividiu o plano em etapas. O primeiro passo seria estudar todas as obras
que seriam necessárias para impedir que o esgoto continuasse a ser lançado na
bacia do Tietê. Para convencer a população a deixar de jogar lixo nas ruas, foi
elaborado plano de educação e consciência ambiental.
http://cidadesdobrasil.com.br/cgi-cn/news.cgi?cl=099105100097100101098114&arecod=13&newcod=915[07/03/2014 14:10:02]
13. Revista Cidades do Brasil
35% da poluição na bacia do Tietê
vem do lixo jogado nas ruas
Em oito anos, o serviço de coleta de esgoto na Região Metropolitana aumentou de
70% para 80% e o tratamento de 24% para 62%. O destaque da primeira fase, que
terminou em 1998, foi a inauguração de três estações de tratamento de esgoto –
ETEs São Miguel, Parque Novo Mundo e ABC, alem do incremento da capacidade da
ETE Barueri.
Os investimentos já transformaram a principal bacia da Região Metropolitana de São
Paulo. A Sabesp conseguiu evitar que fossem despejados 550 milhões de litros de
esgoto por dia no rio Tietê e afluentes.
Nos próximos anos a Sabesp priorizará a construção das tubulações que ligam os
imóveis às Estações de Tratamento de Esgoto. O projeto estimula o uso total das
estações concluídas na primeira fase. Até o final do ano o empreendimento permitirá
que o índice de coleta de esgoto salte de 80% para 84% e o de tratamento, de 62%
para 70%.
Além disso, mais 300 milhões de litros de esgoto deixarão de ser despejados
diariamente na bacia do Alto Tietê.
Página Inicial | Fala Prefeito | Palavra do Ministro | Gestão de Cidades | Bastidores | Cidadania | Economia
Dia a Dia | Iniciativa | Cultura | Tecnologia | Turismo | Saneamento | Construindo | Documento
Geral | Contra Ponto | Meio Ambiente | Registro | Ponto a Ponto | Lançamentos | Educação
Entrevista | Crônicas e Curiosidades | Ponto Final | Suplemento
Anunciantes | Expediente | Representantes | Assinatura | Fale Conosco
Melhor visualizado na resolução de 800 x 600 pixels
Desenvolvido por Axios Tecnologia e Serviços
http://cidadesdobrasil.com.br/cgi-cn/news.cgi?cl=099105100097100101098114&arecod=13&newcod=915[07/03/2014 14:10:02]