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Aquário
marinho Lei mais dura leva jornal a
quebrado pagar indenização milionária
Crime e castigo

Conheça o perfil dos principais vândalos presos

• Ilimar Frito:

Jornalista conhecido por
defender que só “psicopatas e desocupados
escrevem para jornal”, também conhecido como
Celeuma, é figura fácil em todos os atos de
terrorismo. Mandou queimarem todas as cartas dos
leitores que denunciaram as mentiras veiculadas
por seu jornal. Como censura é crime inafiançável,
Salema pode pegar de 8 a 30 anos de prisão.

Preso por terrorismo, censura e
difamação, editor-chefe do maior jornal
da cidade é encarcerado em Bangu

• William Bonnito:

De aparência
duvidosa, âncora do telejornal com maior
audiência no Brasil lidera a reprodução televisiva,
sempre espetacular, das deformações da
realidade maquinadas por seus chefes. Defende
inequivocamente todas as posições do Aquário
Marinho e do seu chefe, célebre filhote da ditadura.

• Pedro Dourado: O mais jovem dos
membros do famigerado Aquário. Depois de uma
ascensão meteórica, conquistada com base em um
talento inato para produzir e difundir de forma
mascarada conteúdos antissociais, foi um dos mais
vaiados pelos manifestantes. Envergonhado, saiu da
redação com a cabeça coberta por seu terno Armani.

Vote:
LEI MAIS DURA LEVA
70 PARA O PRESIDIO
Outras três versões da mesma frase
( ) 70 JOVENS ACAMPADOS EM FRENTE À
CÂMARA DOS VEREADORES HÁ 2 MESES PERDEM
SEU DIREITO DE EXPRESSÃO E SÃO PRESOS PELA
POLÍCIA.
( ) PREFEITO E GOVERNADOR USAM DA FORÇA
POLICIAL PARA OPRIMIR AS VOZES DA RUA E
COLOCAM EM XEQUE A DEMOCRACIA.
( ) A POLÍCIA PRENDEU DE FORMA ARBITRÁRIA
OS JOVENS QUE RESISTIAM EM FRENTE À
CÂMARA POR UMA CIDADE MAIS JUSTA E COM
MAIS DIREITOS.

Vote:
LIBERDADE DE EXPRESSÃO É:
( ) UM JORNAL SÓ PUBLICAR O QUE É
CONVENIENTE AOS INTERESSES DE SEUS DONOS;
( ) UM JORNAL ACUSAR SEM PROVAS PESSOAS
INOCENTES;
( ) MILHARES DE PESSOAS SE MANIFESTAREM
CONTRA A VIOLÊNCIA DO ESTADO (NOS
TRANSPORTES, NA SAÚDE, NA EDUCAÇÃO).

o lodo.indd 1

Rir para não chorar

Como agir diante da capa criminosa
do Jornal O Globo do dia 17/10?
Atropelando todos os princípios éticos do jornalista, a cobertura desse Jornal
condenou sem provas e sem o direito de o fazer (porque é um jornal e não uma vara
de justiça) os manifestantes presos em protesto do Dia dos Professores, em 15/10.
Na condenação designa os mesmos manifestantes de vândalos perigosos, expondo
alguns de seus rostos e criando para eles pseudônimos de extremo mau-gosto.
Na matéria, em nenhum momento nenhum manifestante foi ouvido, nem nenhuma
posição contrária às prisões levadas em consideração. Como pode O Globo se
pretender um jornal sério, quando apresenta apenas uma versão dos fatos? É triste
perceber que o jornal mais uma vez esquece da sua função de informar, e atropela
para isso, inclusive, a decisão judicial que concedeu a liberdade aos manifestantes.
Mais uma vez O Globo transforma a sua visão ideológica em verdade de informação.
São muitas as opiniões e declarações relevantes que condenam o procedimento da
polícia militar na manifestação do dia 15/10. As acusações contra os manifestantes
foram classificadas pelo presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da
OAB, Wadih Damous, como “aberrações”. Damous disse que a forma como estavam
ocorrendo as prisões “eram comuns na ditadura militar e são inaceitáveis numa
democracia”." Esse ponto de vista, entretanto, foi silenciado na reportagem.
O Globo, em nenhum momento, considerou em sua cobertura que as prisões dos
manifestante poderiam não ter se dado de forma democrática. Ao invés disso,
transformou a versão oficial da Polícia Militar na verdade dos fatos.

Cerco à redação teve o maior
efetivo de manifestantes
desde o início dos protestos
Setenta dos 190 jornalistas presos na violenta
redação do maior jornal da cidade, na Avenida
Brasil, foram enquadrados na nova lei de
imprensa, que protege a população contra o
monopólio da informação e o poder de umas
poucas famílias de distorcerem a realidade
segundo interesses antissociais. Nenhum
dos presos quis dar entrevista. Seu voto de
silêncio foi interpretado pelo MP como uma
grave violação da liberdade de expressão.
Os acusados foram levados para presídios
em Bangu e São Gonçalo, já que o crime é
inafiançável. Os auto-intitulados jornalistas
deixaram um rastro de destruição,
apesar da mobilização de mais de
um milhão de homens no cerco
à maior organização criminosa
do Brasil. Em mais um ato
de vandalismo explícito,
conseguiram publicar, na
edição de 17 de outubro de
2013, uma série de factóides
difamatórios dos legítimos
movimentos populares no
Brasil, tentando gerar um clima de
terror na população com vistas a coibir
qualquer futura manifestação democrática.
A operação foi exitosa, conseguindo prender,
inclusive, os líderes da organização,
conhecidos como membros do Aquário
Marinho. O grupo recebeu esse nome por
se reunir em uma sala da redação para
ditar a linha ideológica do jornal e censurar
possíveis desvios. Trata-se de homens de alta
periculosidade capazes de depredar qualquer
código de ética ou incendiar qualquer
vínculo com a liberdade de expressão em
nome dos interesses do Aquário Marinho.

E por que? Não é de hoje que o Jornal atenta contra a nossa democracia. O que
esperar de uma empresa de telecomunicações fundada com o aval e o apoio da
Ditadura Militar? A ditadura acabou oficialmente em 85 e O Globo teve que se
adaptar às novas leis democráticas, mas nunca colaborou com a construção de um
país democrático. Muito pelo contrário, sempre que pôde agiu para enfraquecer a
nossa democracia.
Não há uma ocasião em que o jornal não criminalize os movimentos sociais criando
formas de contar a notícia que transformem manifestantes em vândalos, moradores
sem-teto e sem-terra em invasores, moradores de comunidade em bandidos.
Estamos nos acostumando a ouvir essa versão dos fatos, achando normal que
a polícia militar mate e prenda cidadãos sem nenhuma prova. Mas é importante
não esquecer que a polícia militar, assim como o Jornal O Globo, também é uma
instituição que remete ao período tenebroso da ditadura militar. Tenebroso porque
perseguia, matava e torturava qualquer pessoa que não aceitasse a versão oficial
dos fatos.
Sabemos que essas práticas ainda não foram abolidas. No entanto, parece que quem
oferece a versão oficial, e que determina como a população deve pensar, agir e sentir
não é mais o Departamento de Informação do Governo, mas a Empresa Globo de
Telecomunicações. Quem se opuser a essa versão única sofrerá não só a perseguição
da polícia, como a vexação pública do nosso “veículo oficial de informação”.
Um país democrático é um país com liberdade de pensamento, com direito à
contestação da ordem vigente. Isso só pode acontecer sem o monopólio dos meios
de telecomunicação e com uma polícia desmilitarizada.
É para combater, com as ferramentas de que dispomos, esse monopólio, que demos
aqui a nossa versão dos fatos. Pela desmilitarização da mídia no Brasil, Já!!

10/25/13 10:00 PM

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Depois de uma ascensão meteórica, conquistada com base em um talento inato para produzir e difundir de forma mascarada conteúdos antissociais, foi um dos mais vaiados pelos manifestantes. Envergonhado, saiu da redação com a cabeça coberta por seu terno Armani. Vote: LEI MAIS DURA LEVA 70 PARA O PRESIDIO Outras três versões da mesma frase ( ) 70 JOVENS ACAMPADOS EM FRENTE À CÂMARA DOS VEREADORES HÁ 2 MESES PERDEM SEU DIREITO DE EXPRESSÃO E SÃO PRESOS PELA POLÍCIA. ( ) PREFEITO E GOVERNADOR USAM DA FORÇA POLICIAL PARA OPRIMIR AS VOZES DA RUA E COLOCAM EM XEQUE A DEMOCRACIA. ( ) A POLÍCIA PRENDEU DE FORMA ARBITRÁRIA OS JOVENS QUE RESISTIAM EM FRENTE À CÂMARA POR UMA CIDADE MAIS JUSTA E COM MAIS DIREITOS. 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É triste perceber que o jornal mais uma vez esquece da sua função de informar, e atropela para isso, inclusive, a decisão judicial que concedeu a liberdade aos manifestantes. Mais uma vez O Globo transforma a sua visão ideológica em verdade de informação. São muitas as opiniões e declarações relevantes que condenam o procedimento da polícia militar na manifestação do dia 15/10. As acusações contra os manifestantes foram classificadas pelo presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB, Wadih Damous, como “aberrações”. Damous disse que a forma como estavam ocorrendo as prisões “eram comuns na ditadura militar e são inaceitáveis numa democracia”." Esse ponto de vista, entretanto, foi silenciado na reportagem. O Globo, em nenhum momento, considerou em sua cobertura que as prisões dos manifestante poderiam não ter se dado de forma democrática. Ao invés disso, transformou a versão oficial da Polícia Militar na verdade dos fatos. 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