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Disciplina de Redes e Comunicação de dados




                    Comunicação de Dados e
                    Redes de Computadores




                              Fernando Cerutti




                              Florianópolis, outubro de 200 – Versão 1.1




                                                                       1
Disciplina de Redes e Comunicação de dados
Palavras do professor
Palavras do professor
Bem-vindo a disciplina de redes e comunicação de dados. Você, como aluno do curso de
Gestão de TI, está convidado a iniciar uma viagem através de um mundo invisível,
imaginário, mas super importante nos dias atuais. Essa viagem é recheada de novidades
intrigantes: O que acontece no percurso da informação desde o seu computador, no
momento que você requisita uma página Web através de um clique do mouse (ou envia um
e-mail), até o computador de destino, responsável pelo recebimento dessa requisição? O
trajeto através desse universo será percorrido por nós e nosso agente de entregas “Proto-
Boy”, um sujeito muito esperto, pragmático, que enfrenta os mais variados problemas no
intuito de fazer chegar ao destino o centro do negócio na gestão da tecnologia: A
Informação.
Você sairá da sua confortável sala climatizada para percorrer as tubulações e as portas de
entrada e saída das tecnologias nas mais variadas constituições: Cabos de par trançado,
fibras ópticas, Servidores e clientes de rede, placas ethernet, comutadores, pontes, modems,
roteadores, filtros de pacotes.
Você verá que cada tecnologia apresenta suas vantagens e seus problemas, e podemos
escolher as tecnologias para transportar nossa informação de forma semelhante a que
escolhemos a nossa empresa aérea, o ônibus, o condutor e a estrada pela qual iremos
trafegar.
Durante nosso estudo, podemos imaginar que a informação, nossa estrela principal, foi
encomendada por um cliente distante, como uma pizza pode ser encomendada pelo
telefone. A pizza vai deixar o 3º. andar do prédio da pizzaria Net-pizza, e em cada andar
receberá ingredientes e preparos até chegar nas mãos do Proto-Boy, nosso eficiente
entregador. Essa divisão em andares e funções é necessária para o entendimento desse
universo amplo, onde as peças separadas podem ser compreendidas mais facilmente.
O que acontece com a encomenda e o nosso herói digital você ficará sabendo ao longo da
disciplina, um conteúdo fundamental na sua jornada rumo a Gestão da tecnologia da
informação.
Aperte o cinto, a viagem vai começar e a nossa rede é rápida.




                                                                                          2
Disciplina de Redes e Comunicação de dados
 Unidade 1
 Unidade 1
 Introdução a Comunicação de Dados e Redes de
 Computadores

 Objetivos de aprendizagem
 Esta unidade tem como propósito trazer um conhecimento básico na área de comunicação
 de dados, fundamental para que você compreenda o restante do conteúdo. Ao final da
 unidade você estará apto a:

   •    Identificar os principais órgãos envolvidos na padronização das redes
   •    Conceituar rede e comunicação de dados e protocolos
   •    Identificar os componentes de uma rede de computadores.

 Plano de estudo
 A seguir estão descritas as seções desta unidade. Para manter a “jornada” bem organizada e
 registrada, ao final de cada “estação”, assinale o quadro marcando os “trajetos” já
 percorridos.

               Seção 1 – A Comunicação de dados
               Seção 2 – O que é uma rede de computadores?
               Seção 3 – Histórico das redes
               Seção 4 – Os componentes de uma rede
               Seção 5 - Os protocolos

 Para início de estudo
Estudar redes e comunicação de dados pode ser algo muito chato, pois a quantidade de
informação disponível é imensa (e as siglas, um terror, são milhares). Quase todos têm uma
opinião a respeito dos problemas. “A Internet está fora, deve ser uma falha no provedor...”.
Esta situação é comum nas empresas, e um dos nossos objetivos nessa disciplina é tentar
entender um pouco mais a respeito das tecnologias, os mecanismos que funcionam (ou
tentam funcionar) para que tenhamos uma rede operacional.
Nessa unidade, você verá os conceitos mais fundamentais a respeito das redes, e conhecerá
os organismos responsáveis pela manutenção das regras do jogo na área da comunicação
entre os computadores. Não são poucas as regras, nem o jogo é tão simples, mas com
paciência e a ajuda do nosso Proto-boy, chegaremos ao nosso destino.
O cenário inicial do percurso entre a origem do pedido de uma pizza (casa do cliente) e a
entrega dessa requisição vai necessariamente envolver os fundamentos estudados nesta
unidade.


Premissas para o funcionamento da pizzaria:

                                                                                          3
Disciplina de Redes e Comunicação de dados
 Unidade 1

Imagine que a nossa Pizzaria possui 3 andares, cada qual com dois departamentos bem
distintos: um departamento é o responsável por receber (qualquer coisa que chegue ao
andar), e outro responsável por emitir (qualquer coisa que saia do andar). Os andares estão
bem organizados, e possuem contato uns com os outros somente através de aberturas no
assoalho e no teto. Essas aberturas são denominadas Pontos de acesso ao Serviço. È pelo
PAS que o pessoal de um andar se comunica com os caras acima e abaixo deles. Não é
possivel ao pessoal do 3º. Andar se comunicar com o primeiro, somente com o segundo.

Descrição da pizzaria NET-Pizza




 Figura -1 - Estrutura da Net-Pizza - as camadas
No 1º. andar (térreo) funciona a expedição das mercadorias. Tanto as que chegam quanto as
que saem, são roteadas (encaminhadas) pelo pessoal do térreo. O térreo é uma
supergaragem, com saídas para várias ruas, o que melhora muito o fluxo no momento da
expedição das encomendas, bem como das mercadorias que estão chegando.
No 2º. andar funciona o departamento de controle de qualidade. Esses caras verificam tudo
que está chegando ou saindo da pizzaria, a velocidade, os estoques, a procedencia, tudo.
No ultimo andar estão os caras da produção. Eles recebem os engredientes, montam e assam
a pizza. O departamento de saída corta e encaminha para o andar de baixo.
Na saída, pelo térreo, o Proto-boy entra em ação. Dentro do furgão, de locomotivas, ou
qualquer outro meio de transporte, ele recebe as mercadorias e as notas fiscais e sai pelas
ruas procurando os destinatáros famintos das fumegantes pizzas (bom, pelo menos no inicio
do percurso elas estão fumegantes).




                                                                                              4
Disciplina de Redes e Comunicação de dados
 Unidade 1




 Figura --2 - Furgao do proto-boy - Frame de camada 2


     Seção 1 – A Comunicação de dados

A comunicação de dados trata da transmissão de sinais através de um meio físico, de uma
forma confiável e eficiente. Os tópicos mais importantes são a transmissão de sinais, os
meios de transmissão, codificação dos sinais, multiplexação. Os meios físicos são as ruas
por onde trafega nosso proto-boy. Perceba que na nossa analogia com a pizzaria, os meios
físicos podem variar como as estradas e ruas: as fibras ópticas podem ser representadas pelas
grandes rodovias, com muitas pistas. Os meios mais limitados (fios de cobre) podem ser
representados pelas ruas estreitas.

Porque um sistema de comunicação de dados?
As pessoas precisam de um sistema de comunicação por dois motivos básicos:
                             Aumentar o poder computacional
                   Na maioria dos casos, aumentar o tamanho do computador disponível
                   não é possível, ou mesmo não resolveria o problema de capacidade
                   computacional.

                               Compartilhar recursos
                     Todos precisam trocar informações, arquivos, bancos de dados estando
                     em locais geograficamente dispersos.

Objetivo da comunicação:
O principal objetivo de um sistema de comunicação é trocar informação (dados) entre
dois sistemas remotos. Podemos entender como remotos dois sistemas computacionais que
não possuem compartilhamento de memória RAM. (Randomic Access Memory). Os
sistemas com mais de uma CPU e a mesma memória RAM não precisam enviar informações
um ao outro, uma vez que todas as CPUs tem acesso aos mesmos endereços da memória.

Componentes de um sistema de comunicação

Um sistema de comunicação de dados deve ter os seguintes componentes básicos:




                                                                                           5
Disciplina de Redes e Comunicação de dados
 Unidade 1




                                Figura 3 - Modelo de comunicação
Fonte:Stallings, Data and computer communications, 7ª ed, Pearson Education. (2004)


        •                        Fonte
               —      Gera os dados que serão transmitidos (ex, computador)

        •      Transmissor
               —      Converte os dados em sinais possiveis de se transmitir (ex.: placa de
               rede ou modem)



        •                               Sistema de transmissão
               —      Transporta os dados (ex.: Sistema telefonico)


        •      Receptor
               —     Converte os sinais recebidos em dados (ex.: modem ou placa de rede)


        •                       Destino
               —      Recebe os dados convertidos

 Todos esses componentes possuem complexidades adicionais. Por exemplo, os sistemas de
 transmissão podem ser divididos em outros componentes:

        •      Sinal (analógico/digital),
        •      meio físico (fio de cobre, fibra óptica, ar),

                                                                                              6
Disciplina de Redes e Comunicação de dados
 Unidade 1
        •       protocolos (PPP, ADSL)
        •       e dispositivos de rede (comutadores, roteadores)

    Seção 2 – O que é uma rede de computadores?
A todo instante você se depara com algum computador ou terminal de rede. Nos caixas
automáticos dos bancos, nos terminais das lojas, na sua casa, nos órgãos públicos, nas
academias, nos clubes, bares... Parece que as redes de computadores estão em todas as
partes. Isso é verdade, talvez a Internet venha a ser a 3ª.maior rede do mundo, em termos de
capilaridade, perdendo apenas para as redes elétrica e de telefonia. Apesar de menor, a
Internet cresce mais rapidamente.
                           Bola Fora:
 O presidente da Digital, em 1977 (nessa época a Digital era a
 2ª. maior fabricante de computadores do planeta, ficando atrás
 apenas da IBM), decretou: “Não existe nenhum motivo para
 que um indivíduo possua um computador em sua casa.”



Agora que você já conhece a idéia fundamental por trás da comunicação de dados, fica mais
fácil definir rede de computadores:

                                                  Uma rede é um conjunto de dispositivos
                                               computacionais conectados através de uma
                                               estrutura de comunicação de dados, com a
                                                     finalidade de compartilhar recursos.

Depois disso, podem restar algumas perguntas:

Que dispositivos?
Tais dispositivos incluem interfaces de redes, servidores, estações de trabalho, impressoras
(além dos dispositivos de comunicação como hubs, transceivers, repetidores, comutadores,
pontes e roteadores). Você conhecerá um pouco mais disso tudo na seção 4, e mais tarde,
com mais detalhes, na unidade 5.

O que é dispositivo conectado?
Dois dispositivos computacionais são ditos conectados quando podem trocar algum tipo de
informação entre eles, utilizando para isso um protocolo.
Um protocolo de rede faz parte da estrutura de comunicação de dados, e pode ser visto como
uma norma de comunicação, que deve ser utilizada pelos participantes, como as regras
gramaticais de um idioma (você verá mais sobre os protocolos na seção 5).

Quais recursos?
 Uma rede trata basicamente da tecnologia e da arquitetura utilizada para conectar os
 dispositivos de comunicação. Os recursos que desejamos compartilhar são vários. Talvez os
 mais comuns sejam: Mensagens, arquivos, disco rígidos, impressoras, fax. Podemos desejar
 interatividade nessa comunicação, como nas salas de bate-papo, telefonia e
 videoconferência.
                                                                                          7
Disciplina de Redes e Comunicação de dados
Unidade 1
Diversidade
Uma rede pode ser composta por vários sistemas operacionais, e por dispositivos de
diferentes fabricantes. Pode ter vários tamanhos e abrangências, bem como formatos físicos
direntes. (Veja mais adiante, na Unidade 4, uma classificação mais completa).
Internet
Outro conceito importante é a Internet. A Internet não é considerada por muitos autores
como uma rede, mas uma conexão entre redes diversas. Tais autores consideram que uma
rede deve possuir uma tecnologia única, o que evientemente exclui a Internet, uma
verdadeira panacéia de tipos de redes.




                                                            Dispositivos


                            Rede
                                                            Protocolos


                                                            Enlaces



                                 Figura 4 - Componentes de uma rede

Modelos de comunicação:

Cliente / servidor
Nesse tipo de comunicação, uma máquina solicita um serviço (cliente, como um browser) e
a máquina que presta o serviço (um web server, por exemplo) envia uma resposta, que pode
ser uma página html.




Figura -5 - cliente/servidor (tanembaum, 4ª. ed – 2004)



                                                                                        8
Disciplina de Redes e Comunicação de dados
Unidade 1
Peer-to-peer
Nesse modelo, não existe cliente ou servidor. Qualquer máquina pode ser cliente e
simultaneamente servir às requisições de outras máquinas. Nesse modelo se encontram os
principais grupos de compartilhamento de arquivos, como o Kazaa, e-mule, edonkey,
imash.




Figura -6 -Modelo de comunicação peer-to-peer (P2P).




                                                                                         9
Disciplina de Redes e Comunicação de dados
 Unidade 1
 Seção 3 – Padrões e Histórico das redes

Histórico

Durante o século 20, a tecnologia chave foi Informação. Geração, processamento e
distribuição da Informação foram cruciais para a humanidade. Entre os anos de 1900 e 2000
desemvolveram-se os sistemas telefônicos, foram inventados o rádio e a TV, os
computadores e os satélites de comunicação. Como conseqüência, essas áreas convergiram e
as diferenças entre a coleta, transporte, armazenamento e processamento das informações
foram rapidamente desaparecendo.

Do                                      you                                       Know?




                               A primeira conexão entre dois
                               computadores foi realizada em
                               1940. George Stibitz utilizou as
                               linhas de telégrafo para enviar
                               arquivos entre Dartmouth
                               College (New Hampshire,
                               USA, para os laboratórios Bell,
                               em New York.




Mas a história das redes de dados e da Internet se confundem com o Deparamento de Defesa
dos EUA (DoD), através da ARPA - Advanced Research Projects Agency (www.arpa.mil ),
em conjunto com o MIT - Massachusetts Institute of Technology (http://www.mit.edu ).
Esses dois organismos mantiveram os principais pesquisadores na área das ciências
computacionais no início da década de 60. A rede ARPANET não parou de crescer (
 . (a) December 1969. (b) July 1970. (c)
 March 1971. (d) April 1972. (e) September 1972.




                                                                                      10
Disciplina de Redes e Comunicação de dados
Unidade 1




Figura 7 -Crescimento da ARPANet – (Tanembaum, 2004 – 4ª ed.)

O site do Internet Software Consortium mantém um levantamento anual do número de
hosts na Internet (Figura 8)




                        Figura 8 - Crescimento do número de hosts




                                                                                   11
Disciplina de Redes e Comunicação de dados
 Unidade 1
Muitas pessoas participaram dos projetos iniciais da Internet. Quase todos os maiores
pioneiros podem ser vistos em http://www.ibiblio.org/pioneers/index.html. Vint Cerf é
considerado o “Pai da Internet”. Bob Metcalfe inventou a tecnologia Ethernet, que domina
as interfaces de rede até hoje.

 Outros pesquisadores foram muito importantes, principalmente no desenvolvimento do
TCP/IP, que impulsionou a rede. John Postel é um desses caras. A página de Postel,
http://www.postel.org, é um tributo a dedicação e criações do pesquisador. Postel participou
da criação, entre outros protocolos, do IP, do TCP, do SMTP (serviço de e-mail) e da
resolução de nomes (DNS). Foi editor das RFCs por 30 anos.

Você pode acessar mais sobre a história da Internet em                         Português:
http://simonevb.com/hobbestimeline/ . Outro site interessante sobre a história das
comunicações, inclusive a Internet é http://www.mediahistory.umn.edu (em Inglês)



          Evolução da Internet?
          Esse cara é considerado o menor servidor Web do
          planeta.
          Veja detalhes em:
          http://www-ccs.cs.umass.edu/~shri/iPic.html




Padrões
Atualmente, vários organismos internacionais estão voltados para a padronização das
normas de funcianamento dos dispositivos usados na troca de informações. Protocolos,
componentes de rede, interfaces, todas as tecnologias utilizadas precisam de padrões para
que consigam operar entre elas. A seguir, você entrará em contato com os principais
organismos da área de redes e comunicação de dados.




                                                                                         12
Disciplina de Redes e Comunicação de dados
 Unidade 1
        •       ISO - International Organization for Standardization –




    http://www.iso.org, através da norma 35.100.01 padroniza o modelo geral para o OSI -
    Open systems interconnection.         Esse instituto não disponibiliza os padrões
    gratuitamente, mas possui uma loja on-line para compra dos padrões. O modelo de
    protocolos especificado pelo OSI é a referência para todos os protocolos de redes atuais.
    Você verá mais sobre o modelo, que deu origem inclusive ao prédio da nossa NetPizza,
    com as camadas do protocolo sendo representadas pelos andares do prédio.


        •      ITU - International Communications Union. –




     http://www.itu.int – Esse organismo, como o nome está indicando, é responsável pela
     padronização do setor de telecomunicações. Aqui os padrões também são pagos. Entre
     outras coisas, o ITU é responsável pelo protocolo de comunicação de voz sobre IP
     H.323 e pelas normas de comunicação do protocolo ATM entre as operadoras de
     Telecomunicações
fim da aula 2 Rt1i43




                                                                                          13
Disciplina de Redes e Comunicação de dados
Unidade 1


      •      ANSI – American National Standards Institute.




   http://www.ansi.org/
   Responsável por alguns padrões importantes na área de redes e comunicação de dados
   (por exemplo, as redes FDDI, que funcionam a 100 Mbps em anéis de fibra óptica). O
   ANSI é uma instituição privada norte-americana, destinada a promover os padrões
   daquele país em nível internacional. Fiber channel




                                                                                    14
Disciplina de Redes e Comunicação de dados
Unidade 1


       •      IEEE - Institute of Electrical and Electronics Engineers,
       Inc.


    http://www.ieee.org . É uma associação profissional, que trabalha para pesquisa e
    padronização nas áreas de engenharia e computação, com muitas publicações e
    conferências renomadas nessa área. Existem várias áreas de trabalho e uma delas nos
    interessa particularmente: O grupo 802, que regulamenta as redes locais e
    metropolitanas, entre elas as tecnologias ethernet (IEEE 802.3) e token ring (IEEE
    802.5), as duas líderes em redes locais.


       •      ISOC – Internet Society



http://www.isoc.org Mantém vários grupos responsáveis por funções centrais no
funcionamento e evolução da Internet. Entre elas, se destacam o IETF, IANA, W3C.

       •      IETF – The Internet Engineering Task Force




    http://www.ietf.org O IETF é uma organização que reúne fabricantes, pesquisadores,
    projetistas, operadores de redes. Essa comunidade está envolvida com a operação e a
    evolução da arquitetura da Internet. Sem dúvida, a organização mais destacada em
    termos de normas e padrões para os protocolos e procedimentos relacionados com a
    Internet, notadamente a arquitetura TCP/IP. O IETF mantém grupos de trabalho
    divididos por área, como roteamento, segurança, e outros. Possui uma metodologia de
    padronização baseada em RFCs (Request for Comments), documentos que normatizam
    o funcionamento da Internet.


       •      TIA/EIA




Normalmente associados aos cabeamentos, os padrões da Electronic Industries Alliance
(EIA) participam da elaboração de tecnologias de comunicação, bem como produtos e


                                                                                       15
Disciplina de Redes e Comunicação de dados
 Unidade 1
 serviços. Á aliança é responsável por vários grupos de padronização, inclusive a
 Telecommunications Industry Association (TIA).

 http://www.tiaonline.org/


Algumas tecnologias possuem fórums de discussão, que tentam agilizar o
estabelecimentodos padrões, antecipando-se aos organismos oficiais. Tais fórums são
compostos por fabricantes e pesquisadores interessados na tecnologia em questão. Por
exemplo, um fórum muito atuante é o da tecnologia ATM. Veja em
http://www.atmforum.com . Outra organização de fabricantes é a Aliança gigabit ethernet.
http://www.10gea.org
                                                  “Seja liberal naquilo que
                                                  você aceita,e conservador
                                                  naquilo que você propaga”. J.
                                                  Postel.




    Seção 4 – Os componentes de uma rede
Uma rede de comunicação de dados possui vários componentes, o que pode fazer dela um
sistema computacional bastante complexo.
Os componentes podem ser divididos em 2 grupos básicos:
4.1 - Componentes de hardware: Incluem todos os dispositivos físicos que fazem parte da
comunicação Você verá mais sobre os componentes na unidade 5.

   Componente        Camada de atuação                Foto
       a)      E     Abaixo da física (lembre-se
       nlaces        que as camadas constituem-se
       (seçãoxx      de software)
       xx)




                                                                                      16
Disciplina de Redes e Comunicação de dados
Unidade 1
         b)      H Atua na camada 1,
         ub         propagando o sinal
                    elétrico/óptico em todas as
                    portas




         c)      R Faz o mesmo papel do hub,
         epeater   regenerando o sinal e
                   propagando para outra porta.
                   Pode ser considerado um hub
                   de uma porta.


         d)       P   Faz a ligação do host com o
         laca de      enlace. Converte as
         rede /       informações em bits, e os bits
         interface    em informações

         e)      B Faz a conexão entre duas
         ridge     redes através da camada de
                   enlace. Pode conectar redes de
                   tecnologias diferentes, como
                   Ethernet e Token Ring. A
                   bridge deu origem aos
                   switches

         f)      S Um switch reune um conjunto
         witch     grande de funções. Podem ser
                   considerados Bridges com
                   várias portas. Armazenam os
                   pacotes, repassam para os
                   destinatários na porta de
                   destino. Evitam colisões.



         g)      R Comutador de pacotes de
         outer     camada 3 (datagramas).
                   Possui outras denominações:

                             •      Sistemas
                             intermediarios,
                             Intermediate system
                             ou IS (usado pela ISO)
                             •      Gateway

                                                       17
Disciplina de Redes e Comunicação de dados
Unidade 1
                          (Muito usado pela
                          comunidade
                          IP/Internet)
                          •       Switch de
                          camada 3


        h)      M Modulador/Demodulador.
        odem      Equipamento de codificação.
                  Converte sinais analógicos e
                  digitais

        i)      H     Máquina o usuário. Possui
        ost           outras denominações:

                          •       Host
                          (Comunidade
                          IP/Internet)
                          •       Data terminal
                          equipment, ou DTE
                          (usado pelo padrão
                          X.25)
                          •       End system, ou
                          ES (usado pela ISO)
                          •       Estação

                 Máquina que comuta
        j)     G datagramas (camada 3). Nome
        ateway   dado aos roteadores pela
                 comunidade IP/Internet



      4.2 – Componentes de Software:

      a) Os sistemas operacionais: Responsáveis pelo controle do uso da CPU,
      memorias, discos e periféricos, como a interface de rede. Alguns controlam ainda
      as tabelas de endereços e de caminhos, como um sujeito que determinasse qual
      veículo deixaria a Net-Pizza por uma das portas de entrada-saída. Tais sistemas
      residem nos switches e routers.

                              •   Unix (HP-UX, Solaris)
                              •   Linux (Red-Hat, Debian),
                              •   Mac-OS,
                              •   Netware,
                              •   Windows


                                                                                   18
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Unidade 1
                             •       Sistemas especializados em comutação e roteamento
                             (ex.: IOS).
       b)os protocolos
                             •       HTTP (páginas de hipertexto)
                             •       SMTP (transporte de correio eletrônico)
                             •       FTP (transferência de arquivos)
                c) as aplicações (clientes, que solicitam o serviço – browser, por exemplo-
                e servidoras, que prestam os serviços – servidor web, por exemplo).

   Seção 5 - Os protocolos de rede
                                   Um protocolo de rede é uma norma de comunicação,
                                   implementada através de software. Define a forma e a
                                   ordem das mensagens, e as ações realizadas para a
                                   comunicação entre duas entidades.

 Para reduzir a complexidade do projeto dos protocolos, eles são divididos em camadas ou
níveis, uma camada sobre a outra, como os andares da Net-Pizza. O número de camadas, o
nome, o conteúdo de cada uma e a função delas pode variar de modelo para modelo. Em todos
os modelos, porém, as camadas inferiores prestam serviços para as camadas superiores, e as
superiores solicitam os serviços das inferiores. Os protocolos acessam os serviços da camada
inferior através dos SAP – Services Access Points ou Pontos de Acesso aos Serviços


              Na Net-pizza, é como se o pessoal do 2º. Andar enviasse todos os engredientes
              montados, juntamente com o pedido, para os assadores do ultimo andar.
              Quando a pizza fica pronta, os assadores solicitam a camada de baixo o
              processamento inicial da encomenda: Cortar em fatias, embalar,etc. Note que
              cada andar possui funções especializadas, e não interfere nas funções dos
              andares acima e abaixo.

Os modelos de protocolos de redes mais utilizados são 3:
      •       OSI
              o      O modelo OSI serviu de base para a elaboração dos demais modelos de
              protocolos. È um modelo sofisticado, complexo e que acabou sendo utilizado
              somente como referência (Reference Model OSI, ou RM-OSI). São 7 camadas,
              conforme demonstrado na Figura -1.
      •       TCP/IP
              o      A arquitetura TCP/IP foi aquela que impulsionou a Internet, numa
              evolução da ARPA-Net. O TCP/IP foi escrito de forma a simplificar a
              comunicação e possibilitar a interoperação de dispositivos e tecnologias
              totalmente diferentes.

       •      Modelo híbrido
              o       O modelo híbrido surgiu da necessidade didática de comunicação entre
              os instutores e os alunos. Analisando a Figura 9, você pode perceber como
              ficaria confuso referenciar um protocolo como sendo de “camada 4” quando
              tinhamos o OSI (7 camadas) e o TCP/IP (4 camadas). A camada 4 para o OSI é

                                                                                         19
Disciplina de Redes e Comunicação de dados
Unidade 1
               a de transporte, e para o TCP/IP é a de aplicação. O modelo híbrido passou a ser
               usado pelos principais autores da área de redes (Comer, Kurose, Tanembaum,
               Peterson). No nosso estudo, adotaremos o modelo híbrido como referência para
               as camadas, excecto quando for explicitamente indicada outra pilha de
               protocolos.




Figura 9 - Modelos de camadas

                                Pelo modelo híbrido, nossa NET-Pizza fica assim representada:
                        5           Aplicação         Assadores/montadores
                                                      (2º. Andar)
                        4           Transporte        Pessoal do 1o. andar,
                                                      que corta a pizza e
                                                      manda os ingredientes
                                                      e o pedido
                        3           Rede              Expedição - Pessoal do
                                                      terreo, que escolhe a
                                                      via e o veículo.
                        2           Enlace            Os veículos (Moto,
                                                      furgão, carro, trem)
                        1           Física            As vias de tráfego
                                                      (ruas, rodovias,
                                                      ferrovias).

Um conjunto de protocolos e camadas é denominado de Arquitetura de Rede. A especificação
de uma arquitetura deve ter todas as informações para alguém implementar um programa ou
construir um dispositivo de hardware para uma ou mais camadas, obedecendo as normas do
protocolo.




                                                                                            20
Disciplina de Redes e Comunicação de dados




Figura 10 - Modelo genérico para 5 camadas

Comunicações horizontais e verticais
Dentro de uma mesma camada para hosts diferentes (comunicação horizontal),
e camadas diferentes no mesmo host (comunicação vertical).




                                                                             21
Disciplina de Redes e Comunicação de dados
Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal
Unidade 2

Camada física - Sinais, multiplexação e banda
em um canal
Nesta unidade, serão estudados os componentes da camada física. Os tipos de sinalização,
os meios de transmissão. Como você viu, as arquiteturas dos protocolos apresentam
divisões em camadas. Nesse curso, adotamos o modelo híbrido de arquitetura, que associa
os modelos OSI e TCP/IP. A camada física, apesar de não especificada no modelo TCP/IP,
está presente nos modelos OSI e híbrido (Figura 11). Ela é a camada mais inferior da pilha,
sendo responsável pela interface com os meios de transmissão. Tais interfaces comunicam
o host com a rede, determinando os parâmetros mecanicos, eletricos e temporais.
 Physical Layer                Transmission Protocol          Physical Layer




        Physical Medium
                     Figura 11 Posição da camada física e do cabeamento

A camada física determina como os bits serão representados (sinalização), detecta o início e
o final das transmissões, e as direções dos fluxos. Você vai observar que é dificil transpor
algumas barreiras físicas e que existe uma imposição da natureza sobre as possibilidades e
limites de utilização de um canal para transmitir sinais.

                        Na net-pizza, a camada física corresponde às vias de escoamento
                        do tráfego. Nelas, existem alguns controles básicos que
                        encontramos também nos protocolos: O tipo do veículo que pode
                        trafegar em cada pista (o veículo corresponde ao frame ou quadro
                        da camad dois, voce deve estar lembrado). Os sinais de transito,
                        permitindo ou bloqueando a passagem. As colisões, quando
                        ocorrem. Os engarrafamentos, os estreitamentos de pista, as
                        larguras e velocidades máximas. Os diferentes meios de transporte
                        podem ser comparados aos meios de transmissão: voce pode
                        imaginar uma estrada não pavimentada como sendo uma linha de
                        transmissão analógica, de grandes retardos, e taxas de erros como
                        um modem assincrono de 56 Kbps. Uma estrada pavimentada
                        poderia ser então nossos pares trançados (esses azuis que conectam
                        o micro a tomada de rede). Uma fibra óptica poderia ser o ar por
                        onde trafegam os aviões, de qualquer velocidade. Os satélites
                        poderiam ser comparados aos navios, uma vez que podem
                        transportar muita informação, mas são relativamente lentos.

Ao final da unidade,voce estará apto para:
  • Identificar os tipos de sinais
  • Definir multiplexação de um canal

                                                                                         22
Disciplina de Redes e Comunicação de dados
Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal
  • Entender o conceito de Largura de banda
  • Diferenciar os meios físicos de transmissão
  • Entender os principais problemas dos sinais

                  Sessão 1 – Tipos de sinal
                  Sessão 2 - Largura de banda
                  Sessão 3 – Multiplexação
                  Sessão 4 – Codificação
                  Sessão 5 – Os meios de transmissão e os problemas dos sinais nos meios
        físicos


    Sessão 1 – Tipos de sinal
Sinais e transmissão de dados

O que é um sinal? Um sinal é um fenômeno físico, que representa um fluxo de
informações. Portanto, um sinal pode transportar os dados em um meio físico (fios de
cobre, fibras ópticas, ar)
Tipos de sinais:
Basicamente, temos dois tipos de sinais de dados:
                              Analógicos
                    Nesse tipo, existe uma variação contínua da intensidade em relação ao
                    tempo. Não existe descontinuidade.




Figura 12 - Sinal analógico




                                                                                            23
Disciplina de Redes e Comunicação de dados
Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal

        Digitais

Nos sinais digitais a intensidade se mantém em um nível constante e então muda para outro
nível de intensidade (Figura 13)




Figura 14 - Sinal Digital

Um sinal digital é uma sequência de pulsos discretos, descontínuos.

Os sinais digitais têm uma amplitude fixa, mas a largura do pulso e a freqüência podem ser
alteradas. Os sinais digitais de fontes modernas podem ser aproximados a uma onda
quadrada, que, aparentemente, tem transições instantâneas de estados de baixa para alta
voltagem, sem ondulação.

Cada pulso é um elemento do sinal. Nos casos mais simples, existe uma correspondência 1
para um entre os bits transportados e os elementos dos sinais.
Exemplo de codificações onde existe correspondencia 1-1 (NRZI) e 2-1 (Manchester)




Figura 15 - Número de elementos na sinalização de 1 bit

                                                                                       24
Disciplina de Redes e Comunicação de dados
Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal




                                                            25
Disciplina de Redes e Comunicação de dados
Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal
Bauds

                Um baud é o número de símbolos (elementos) do sinal usados para
                representar um bit.

                No caso da figura 7, um 1 bit é representado por 1 baud na codificação
                NRZI e 2 bauds na Manchester. Durante um baud, um símbolo é enviado
                no canal. Quando um canal digital é amostrado, o número de amostras por
                segundo é medido em bauds

                Exemplo: Se voce tem um modem com taxa de 2400 bauds significa que
                seu modem pode amostrar 2400 simbolos por segundo. Embora isso possa
                parecer pouco, cada símbolo pode representar mais de um bit, dependendo
                da modulação. Se o seu modem usa uma técnica chamada QPSK
                (Quadrature Phase Shift Keying), dois bits são representados a cada
                alteração de fase.


Tarefas de um sistema de comunicação

Podemos listar as seguintes tarefas como sendo responsabilidade do sistema de
comunicação:

       •      Interfaces humano/maquina/maquina/humano
       •      Geração do sinal
       •      Sincronização
       •      Detecção e correção de erros
       •      Controle de fluxos
       •      Endereçamento
       •      Roteamento
       •      Recuperação
       •      Formatação das mensagens
       •      Segurança
       •      Gerência da rede



   Sessão 2 - Largura de banda e atrasos

   Largura de Banda
   A largura de banda (bandwidth) e o atraso (tempo necessário para que uma unidade de
   informação percorra a rede desde a origem até o destino) são dois conceitos
   fundamentais para analisarmos o desempenho de uma rede.

   A largura de banda de um enlace pode ser definida de duas formas: fisicamente, pode-
   se dizer que:


                                                                                     26
Disciplina de Redes e Comunicação de dados
Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal
    “é a faixa de frequências que pode passar pelo enlace com perdas mínimas”.

   Por exemplo, para transmitir um sinal de voz na linha telefônica precisamos de uma
   banda de 3000 Hz, pois a voz humana usa frequências de 300 a 3300 Hz.

   Outro enfoque, mais prático, pode determinar a largura de banda como:

   “a quantidade de sinal, em bits, que uma interface pode inserir em um enlace em um
   segundo” (taxa de transmissão da interface).

   Sob essa óptica, uma interface fast ethernet (padrão IEEE 802.3u) teria uma banda de
   100 Mbps. Essa quantidade normalmente não é alcançada na prática, devido aos
   problemas de implementação das tecnologias. A palavra “throughput” ou vazão,
   normalmente é usada para definir o desempenho que um enlace fornece entre duas
   interfaces. Por exemplo, um enlace de 10 Mbps poderia fornecer uma vazão de,
   digamos, 4 Mbps, devido às deficiências de implementação.

   Atraso
   Atraso é o tempo necessário para que uma unidade de informação deixe a origem e
   chegue ao destino.

   O atraso pode ser decomposto em vários tipos, dependendo da localização do trajeto
   que está sendo analisado. Basicamente, existem 4 tipos de atraso nas redes de dados:
   Propagação, Transmissão, Enfileiramento e Processamento. Eles serão analisados
   separadamente na próxima unidade. Quando somamos todos esses atrasos, obtemos o
   Atraso Total fim a fim, que é o tempo dispendido pela informação entre dois nós da
   rede.

   Quando analisamos o atraso total fim-a-fim podemos imaginar a informação
   percorrendo uma tubulação como a da Figura 16.

                               A tubulação pode ser vista como um túnel por onde nosso
                               proto-boy trafega com seu furgão. O furgão transporta a
                               unidade de dados (pizza). O atraso nodal total seria o tempo
                               necessário para que o furgão deixasse a pizzaria e chegasse a
                               casa do cliente.

                                                         Delay


Bandwidth

Figura 16 - O enlace como uma tubulação

                                                                                         27
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Podemos imaginar a largura do tunel como a banda disponível para a passagem da
informação. Quanto mais banda, mais furgões podem passar simultaneamente pelo túnel.
Note que aumentar a largura do túnel (mais banda) não significa tornar os furgões mais
rápidos. Significa apenas que mais furgões podem trafegar simultaneamente.

Existe uma abstração importante para imaginarmos o desempenho de um enlace. Se
multiplacarmos a banda pelo atraso, podemos ter a quantidade de bits que estão no canal de
comunicação em determinado instante.

O produto BANDAxATRASO indica quantos bits estão em um canal, antes de serem
recebidos na interface de destino.

                        Isso significa que, se a interface de destino detectar algum erro e
                        solicitar um cancelamento da transmissão, esses bits já estarão no
                        percurso entre as duas interfaces, o que pode gerar problemas em
                        redes de desempenho muito elevado.

Isso porque quanto maior o desempenho, mais bits estarão nesse trajeto.

Exemplo: em um canal de 50 Mbps com um atraso de 40 ms teremos:

50 X 106 bits/segundo X 40 X 10-3 segundos= 2.000.000 bits




   Sessão 3 – Multiplexação
Multiplexar é transmitir sinais de várias sessões de comunicação em um meio físico
compartilhado. A técnica é muito útil para reduzir o numero de enlaces, que normalmente
possuem custos elevados.




                                                                                        28
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Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal




Figura 17 - Sessões em enlaces individuais

Quando poucas sessões forem necessárias, o número de enlaces individuais não chega a ser
um problema. Mas muitas sessões significam muitos enlaces. Enlaces=s(s-1)/2




                                                       ■■■




Figura 18 - Multiplexação - Sessões compartilhando enlace único

Os canais de comunicação podem ser multiplexados segundo 3 técnicas básicas:

                         •       Tempo (TDM ou Time Division Multiplexing)
Nessa técnica, o canal de comunicação é divido em vários “slots” ou períodos de tempo.
Cada estação pode transmitir em um período, usando toda a frequencia (banda) disponível.
Ou seja, limita-se o tempo de transmissão, libera-se a frequencia plena do canal.



                                                                                      29
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                               Figura 19 - Time division multiplexing

                        •    Frequência            (FDM        ou       Frequency   Division
                        Multiplexing)
Nessa técnica ocorre o inverso da anterior: Limita-se uma faixa de frequencia para cada
estação, que pode então transmitir por periodos de tempo indefinidos . Um exemplo é a
transmissão de rádios em AM. Vários canais são alocados nas frequencias entre 500 e 1500
kHz. Cada estação de rádio usa uma faixa de frequencias, sem limites de tempo.




Figura 20 - Frequency Division Multiplexing




                                                                                          30
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                     •    Comprimento de onda (WDM ou Wavelength
                     Divison Multiplexing)
Nessa técnica, cada estação irá transmitir em comprimentos de onda específicos, que são
filtrados ao passar pelo comutador.




                        Figura 21 – Wavelenght Division Multiplexing




                                                                                    31
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                                                            32
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                     •      Sessão 4 – Codificação
Os sinais se propagam através de um meio físico (enlaces, ou links). Os dados binários que
o nó de origem quer transmitir precisam então ser codificados em sinais, de modo que os
bits possam percorrer a distância até o destino. No destino, os sinais precisam ser
decodificados novamente em dados binários.

Os sinais, na prática, correspondem a duas voltagens diferentes nos fios de cobre ou
potências com níveis diferentes quando o meio é a fibra óptica.

A responsabilidade de codificar o sinal que irá trafegar o meio físico é das interfaces de
rede. Cada interface tem uma tecnologia, e pode envolver uma série de protocolos. Existem
vários tipos de codificação. Por exemplo, para a tecnologia ethernet, uma subcamada
responsável pela codificação irá gerar um código do tipo Manchester nas taxas de 10Mbps
em fios de cobre. A codificação irá mudar para NRZI em taxas de 100Mbps nas Fibras
ópticas. Você vai ver agora alguns detalhes a respeito de 4 das principais técnicas de
codificação:

NRZ, NRZI, Manchester, 4B5B e MLT3

               Stallings pag 135 – Peterson pag 57

               Codificação NRZ

O nome é obscuro “Sem retorno ao zero”, ou “Non return to zero”. É a forma mais simples
de codificar sinais e por isso a mais utilizada. O mapeamento é feito representando um bit
um para os sinais de nível mais alto e um bit zero para os sinais de nível mais baixo (Figura
22) .

  Bits     0 0 1 0 1 1 1 1 0 1 0 0 0 0 1 0


NRZ
Figura 22 - Codificação NRZ

                              O problema com a NRZ é quando ocorre uma sequência
                              longa de bits zero ou um. O sinal permanece alto ou baixo no
                              enlace por um período muito longo

         Codificação NRZI

Essa codificação é denominada “sem retorno ao zero inversão no um” (non-return-to-zero,
invert-on-one) Funciona assim:



                                                                                          33
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       •       Os sinais 1 são alternadamente representados por um sinal alto ou baixo
       (Voce deve lembrar que nas fibras ópticas o que muda é a intensidade do sinal para
       representar zeros e uns).
       •       Nenhuma alteração é feita no sinal para representar um zero.




Figura -23 - Codificação NRZI
Com essa técnica, o problema de vários 1s seguidos fica eliminado, mas ainda existe com
uma sequencia de zeros.

   Manchester
Essa codificação é usada normalmente para transmitir em fios de cobre a taxas de 10
Mbps. Para cada 0 e 1 transmitido através do meio físico acontecem os seguintes passos:

       •      A representação do bit tem uma transição de voltagem no meio da
       codificação.
       •      Para um bit 0, a primeira metade é alta, e a segunda é baixa.
       •      Para um bit 1, a primeira metade é baixa e a segunda é alta.

Exemplo: Transmissão de um byte 101111001




Figura 24 - Codificação Manchester
A codificação manchester sempre provoca uma alteração na voltagem, evitando a perda de
sincronismo mesmo em longas sequencias de zeros ou 1s.


                                                                                       34
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     4B5B
     Usada nas tecnologias Fast Ethernet, FDDI, Token Ring. Para cada conjunto de 4 bits, é
     inserido um 5º. Bit que evita longas sequencias sem alteração do sinal

          (i)4B/5B Code-Groups for FDDI, CDDI, and 100BASE-X

As opções de codificação foram feitas de forma que nenhum codigo de 5-bits possui mais
de 2 zeros consecutivos.


                                1) Table A.2. 4B/5B Data Mappings

    Hex            Binary "Nibble" (4B)                 Five Bit Code-Group (5B)
                      Dupla binaria
0           0000                                11110
1           0001                                01001
2           0010                                10100
3           0011                                10101

          MLT-3 Signals for 100BASE-TX and CDDI

Multi-Level 3 encoding (MLT-3) é uma tecnica de sinalização eficiente que foi introduzido
pelo CDDI e adotado pelo 100BASE-TX (IEEE 802.3u em par trançado UTP). Requer
menos banda que a sinalização NRZI usada pelo FDDI e 100BASE-FX. Isso ajuda
bastante, porqueo UTP cat % realmente tem menos banda que a fibra óptica

Como a NRZI, a tecnica MLT-3 faz uma transição para cada bit 1 e permanence a mesma
para os bits 0. Entretanto, as transições são feitas em 3 níveis de sinais. O sinal muda um
nível por vez, como segue:

     1.   Low to middle
     2.   Middle to high
     3.   High to middle
     4.   Middle to low

O resultado é que o numero de transições entre os níveis alto e baixo de voltagem fica
reduzido. Isso se traduz em frequencias menores, tornando possível colocar 100Mbps em
cabos de categoria 5 .

A Figura 25 mostra a codificação de um string binario 11010001 pela MLT-3. Os níveis
medio, alto e baixo podm ser representados por [-, 0, +] ou [-1, 0, and 1]



                                                                                          35
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Figura 25 - Codificação MLT3



A MLT-3 apresenta o mesmo problema da NRZI para longas repetições de 0, o que pode
gerar uma perda do tempo de bit no lado do receptor. A solução encontrada foi a mesma: A
cada 4-bit nibble é convertido em 5-bit code-group usando a tradução 4B/5B. A
combinação da 4B/5B e dos sinais MLT-3 possibilita transmitir a 100 Mbps em enlaces
com 31.25MHz de banda.



   Modulação
Os sinais digitais devem ser modulados para transporte nos meios analógicos. A situação
mais comum aqui é usar a linha de telefonia para enviar dados através de um Modem
(Modulador/Demodulador). A modulação é a alteração do sinal para marcar a troca do bit.
O número de amostras do canal digital é medido em bauds. Cada baud contém um símbolo




                                                                                      36
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As técnicas mais freqentes são




Figura 26):

              • Modulação de amplitude
              • Modulação de frequencia
              • Modulação de fase




                                                            37
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Figura 26 - Técnicas de modulação

   a-Amplitude: Em ondas, é a maior das distâncias que uma onda
   atinge de sua posição média. Quanto maior a energia da onda, maior
   a sua amplitude

Conceitos importantes:
Vários conceitos importantes na trasmissão dos dados ficam confusos, devido a grande
quantidade de informações necessárias ao entendimento da coisa. Voce deve lembrar de
alguns:

       •       Largura de banda: (Bandwidth):
               o      Faixa de frequencia possível de transmitir em um enlace. É uma
               propriedade física do meio, medida em Hz.
       •       Baud
               o      Quantidade de amostras por segundo. Cada amostra envia um
               símbolo.
       •       Símbolo
               o      Como um bit pode ser representado (depende da modulação). A
               modulação determina o numero de bits por símbolo.
       •       Taxa de bits
               o      Quantidade de bits possíveis de inserir em um enlace, por unidade de
               tempo. Numero de simbolos por segundo vezes numero de bits/simbolo.


                                                                                        38
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 Sessão 5 – Os meios físicos e problemas dos sinais

 Nesta seção você verá quais os principais meios usados para transmitir os sinais, e ambém
 os problemas que os pobres bits enfrentam para percorrer as distâncias entre a fonte e o
 destino.

                              Na nossa analogia da NetPizza, os meios físicos são
                              correspondentes as vias de transporte, por onde trafegam
                              nossos veículos transportadores de pizzas.

 Os meios físicos servem de substrato para a propagação dos bits, convertidos em sinais
 eletromagnéticos ou pulsos ópticos. Os bits se propagam entre uma interface de origem e
 uma de destino. Numa interconexão de redes, como é a Internet, podemos ter vários pares
 transmissor/receptor entre o ponto inicial (fonte) e o final (destino). Entre cada par
 transmissor/receptor, os meios físicos podem assumir diferentes formas.


Os meios físicos podem ser dividos em 2 grupos: Guiados e não guiados

                       •      Guiados
                              a)     Fios de cobre
                                      1.     UTP – Unshilded Twited Pair ou Par trançado
                                      não blindado.
 Os fios são trançados em pares. Cada par consiste de um fio usado par os sinais positivos e
 outro para os negativos. Qualquer ruído que ocorra em um dos fios do par irá aparecer no
 outro também. Como eles estão com polaridades contrárias, possuem 180 graus de
 deslocamento de fase, o que cancela o ruído na extremidade receptora.




                                        Figura 27 – UTP

                                      2.    STP – Shilded Twisted Pair - Par trançado
                                      blindado.

                                   O grau de redução da interferência é determinado pelo
                                   número de trançagens por unidade de comprimento. Para
                                   melhorar a rejeição aos ruídos, uma malha recobre os
                                   pares de fios que estão trançados.




                                                                                         39
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                           Figura 28 - STP - Par Trançado Blindado

                                  O revestimento pode ser em pares individuais e em torno
                                  de todos os pares, ou somente em torno de todos os pares
                                            em conjunto (Screened Twisted Pair)




                       Figura 29 – ScTP – Screened Twisted Pair
Mais informações sobre cabeamento de par trançado:
http://www.siemon.com/us/standards/default.asp#OUTLET

                                    3.      Cabos Coaxiais
Consistem em um condutor cilíndrico externo oco que circunda um conjunto interno feito
de dois elementos condutores. Um condutor de cobre, no centro. Circundando-o, há uma
camada de isolamento flexível (insulator) - Figura 30. Sobre esse material de isolamento,
há uma malha de cobre ou uma folha metálica (shield) que funciona como o segundo fio no
circuito e como uma blindagem para o condutor interno.
Essa segunda camada, ou blindagem, pode ajudar a reduzir a quantidade de interferência
externa. Cobrindo essa blindagem, está o revestimento do cabo (jacket).




                                  Figura 30 – Cabo Coaxial

                             b)     Cabos de Fibras ópticas
As fibras ópticas consistem de fibras de vidro ou polímeros de carbono (mais atuais) que
transportam sinais a altas frequencias em volta do espectro de luz visível. O tubo de vidro
central é denominado de Núcleo, tipicamente com 62,5 microns (1 micron = 10-6 metros).
Em volta do núcleo, um envoltório (cladding) também de vidro, em camadas concêntricas,
para evitar a perda dos feixes luminosos. Esse envoltório possui 125 microns de diametro.
Uma fibra com essas medidas nucleo/casca é dita 62,5/125. Em volta da casca existe um

                                                                                        40
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protetor de plastico. Nas fibras, a frequencia das ondas como medida de banda dá lugar ao
comprimento de onda, medido em naômetros ou bilionésimos de metros.




                               Figura 31 -Cabo de Fibra óptica
Tipos de fibra--------------------------------iniciar aula do dia 12

Dois tipos básicos de fibra: Multimode (MMF) e Singlemode (SMF)

Características das fibras Multimdo: (Muitos feixes luminosos)

       •      Fonte luminosa: LED (Light Emitting Diode)
       •      Atenuação 3.5 dB/Km (perde 3.5 dB de potencia no sinal por quilometro)
       •      Comprimento de onda da fonte luminosa: 850 nM
       •      Dimensões diâmetros nucleo/casca: 62.5/125

Características das fibras Singlemode: (Um feixe luminoso)

       •      Fonte luminosa: Laser
       •      Atenuação 1 dB/Km
       •      Comprimento de onda da fonte luminosa 1170 nM
       •      Dimensões diâmetros nucleo/casca: 9/50

Comparação entre as fones de luz para os cabos de fibra:




   Vantagens dos cabos de fibra:

                                                                                       41
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Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal
                      •      Imunidade a interferências
                              a)    RFI - Radio Frequency Interference
                              b)    EMI -Electromagnetic Interference
                      •      Grande capacidades de banda
                      •      Imune a corrosão
                      •      Atenuação bem menor que o cobre
                      •      Ocupa menos espaço
                      •      Suporta taxas de transmissão maiores



   Desvantagens dos cabos de fibra:

       •      Curvas limitadas (pode quebrar facilmente)
       •      Preço (compesador em altas taxas)
       •      Dificuldade de emendar

                                    1.      MMF




                                    2.      SMF




                                 Figura 32 - Tipos de fibra




                               Figura 33 - Conectores tipo ST

                                                                         42
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                          Figura 34 - Conectores tipo SC e Duplex




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Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal

                     •        Meios físicos Não guiados
                 Essas formas de transportar sinais não necessitam conexão direta entre
                 uma estação e outra. Os canais de comunicação são criados usando-se as
                 frequencias do espectro eletromagnético (Tabela 1).

                                       1.     Radio frequencia
                                              •      Ondas terrestres – Propagam-se
                                              limitadas pela altura da atmosfera, e seguem a
                                              curvatura do globo (Figura 35). Ondas de
                                              rádio, frequencias menores (VLF, LF, MF na
                                              Tabela 1). São omnidirecionais, ou seja,
                                              propagam-se em todas as direções a partir da
                                              estação de transmissão.




                         Figura 35 - Ondas terestres - Baixas frequencias



                                               •       Reflexão na Ionosfera
                                                        o     Possuem alcance maior, as
                                                        frequencias são elevadas (HF, VHF,
                                                        UHF...)




                   Figura 36 - Reflexão na Ionosfera - Frequencias elevadas


Name                            Frequency (Hertz)                 Examples

                                                                                         44
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Gamma Rays                       1019+
X-Rays                           1017
Ultra-Violet Light               7.5 x 1015
Visible Light                    4.3 x 1014
Infrared Light                   3 x 1011
EHF - Extremely High             30 GHz (Giga = 109)        Radar
Frequencies
SHF - Super High                 3 GHz                      Satellite & Microwaves
Frequencies
UHF - Ultra High                 300 MHz (Mega = 106)       UHF TV (Ch. 14-83)
Frequencies
VHF - Very High                  30 MHz                     FM & TV (Ch2 - 13)
Frequencies
HF - High Frequencies            3 MHz2                     Short Wave Radio
                                                     3
MF - Medium Frequencies          300 kHz (kilo = 10 )       AM Radio
LF - Low Frequencies             30 kHz                     Navigation
VLF - Very Low Frequencies 3 kHz                            Submarine Communications
VF - Voice Frequencies           300 Hz                     Audio
ELF - Extremely Low              30 Hz                      Power Transmission
Frequencies
Tabela 1 - Frequencias do espectro eletromagnetico




             Radio Frequencias – As
             frequencias maiores (Very,
             Ultra, Super, Extremely)
             receberam esses nomes
             porque ninguém esperava
             que fossem descobertas
             frequencias maiores que
             10Mhz (HF).




                                                                                     45
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                                         2.     Micro-ondas
                                     A transmissão por micro-ondas (Microwave transmission)
                                     comporta-se de forma diferente da radiofrequencia
                                     normal. A transmissão é direcional, e precisa de uma
                                     linha de visada (as estações devem ser visíveis de uma
                                     para outra)- Figura 37.




Figura 37 -     Propagação na linha de visada (maximo 50 kilômetros, devido a curvatura do globo)

                                     Em casos onde não existe linha de visada, devem-se
                                     inserir repetidores (Figura 38).




Figura 38 - Estações sem linha de visada usando repetidores

As micro-ondas operam em frequencies muito altas, entre 3 a 10 GHz. Isso permite que
transportem grandes quantidades de dados, pois a largura de banda é alta.



Vantagens:

        a.      Muita largura de banda.
        b.      Torres pequenas, ocupam pouca area na terra
        c.      Frequencia alta e baixo comprimento de onda, requerem antenas pequenas



Desvantagens:


                                                                                                46
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       a.      Atenuação por objetos sólidos: Chuva, pássaros, neve, fumaça
       b.      Refletida em superficies planas (agua, metais)Reflected from flat surfaces
       like water and metal.
       c.      Difração em volta de objetos sólidos.
       d.      Refração na atmosfera, causando projeção do sinal além do recptor.
       e.      Regulamentadas, é necessário adquirir licença de uso.



                                    Existem acordos internacionais e nacionais
                                    para prevenir o uso caótico do espectro.
                                    Como todos querem mais banda, as
                                    frequencias são cobiçadas. Esses acordos
                                    determinam as faixas de frequencia das
                                    rádios (AM, FM), TVs e celulares. São
                                    regulados também os usos das companias
                                    telefônicas, polícias, navegações, militares. O
                                    ITU-R é o responsável pelas
                                    regulamentações internacionais, embora
                                    alguns países possuam regras conflitantes.
                                    Equipamentos que operam em um país
                                    podem ser barrados em outros.




                                      3.     Laser
O uso de laser para transportar dados está bem difundido pois possui grande banda , é
uniderecional e não está na faixa regulamentada. O laser não se propaga corretamente com
chuva, neve, névoa ou fumaça. Uma grande aplicação do laser é na conexão de redes locais
entre dois prédios. Relativamente barato e fácil de instalar, apesar de ser difícil de focar o
fotoreceptor se as distâncias forem grandes.

                                      4.     Infra vermelho
A faixa do infra-vermelho é largamente usada para transmissão de dados em curta
distância. Os conrole-remotos dos equipamentos domésticos (TV, DVD, Players de toda
espécie) utilizam ondas na frequencia do infravermelho. É um método barato e
relativamente unidirecional. Não ultrapassa paredes sólidas, o que é uma vantagem. A
vizinha não pode trocar seu canal de futebol, ou baixar o volume do seu MP3 player.




                                                                                            47
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Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal



               Em geral, quando os comprimentos de
               onda ficam menores, o comportamento
               das ondas se aproxima mais da luz e se
               afasta do comportamento das ondas de
               rádio.




                                     5.     Satélite
Na sua concepção mais rudimentar, poderíamos ver um satelite artificial como um repetidor de
micro-ondas no céu. Vários transponders ficam ouvindo uma faixa própria do espectro,
amplificam o sinal que está chegando (uplink) e retransmite em outra frequencia, para evitar
interferência no sinal que está chegando.




O sinal de descida (downlink) pode ser amplo, cobrindo uma superficie ampla do planeta, ou
estreito, cobrindo uma area de apenas centenas de quilometros de diametro.

                                  A altiude do satélite determina uma série de fatores que
                                  influenciam no desempenho da tecnologia. Existem três
                                  grande grupos em função dessa altitude: Os GEO, os
                                  MEO e os LEO .




                                                                                             48
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Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal




Figura 39 - Altitudes, atrasos e número de satélites necessários conforme o tipo (2º. Tanembaum)

Geo- São os satélites colocados em órbita sobre a linha do equador, em uma altitude de
35.800 km, a qual corresponde a uma volta em torno da superfície do planeta a cada 24
horas, permitindo que o satélite pareça estacionário quando observado da Terra. Como cada
equipamento precisa de 2 graus de distância do outro para evitar interferências, temos
apenas 3600/2=180 vagas no espaço.




                           Figura 40- Satelite geoestacionário/geossincrono
Os sistemas GPS usam os MEO – a 17000 Km, com 24 satelites.

2.5.2 MEO: Mediam Earth Orbit, são os satélites de órbita média, situam-se entre 6.000 e
15.000 kilometros de altitude. È nessa classe que estão os satélites dos sistemas GPS, que
identificam o posicionamento de uma estação móvel na superfície do planeta com uma



                                                                                                   49
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Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal
precisão muito grande. Têm uma latência (atraso) de 35 a 85 ms e são necessários 10
satélites para fazer a cobertura plena do globo.
2.5.3 LEO: Low Earth Orbit (Baixa órbita terrestre) Como movem-se muito rapidamente,
são necessários muitos deles (50 ou mais) para uma cobertura ampla. Por outro lado, como
estão próximos da superfície (até 5000 Km) o retardo é baixo ( 1 a 7 ms).


Problemas dos bits nos meios físicos
São vários os problemas qe os miseráveis sinais irão encontrar nos meios físicos, que impõe
barreiras ao funcionamento da rede. Os principais são os atrasos, os ruidos, a atenuação e a
dispersão.




                                                                                         50
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Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal


                     •      Atrasos

Nas redes de dados (comutação por pacotes, veja seção xxxx), podem existir muitos fatores
de atraso na chegada dos sinais. Kurose e Ross destacam 4 tipos princiapis de atrasos:
Propagação, Transmissão, Fila e Processamento (Figura 53). Embora os atrasos sejam
prejudiciais na maioria das situações, as variações dos atrasos entre um pacote e outro
podem ser bem mais problemáticos. Tais variações dos atrasos são denominadas “Jitter”.

                     •      Atenuacao




(By Tanembaum4a. ed)




                     •      Erro
Erros são introduzidos pelos demais problemas na transmissão do sinal, como ruídos e
dispersões. Normalmente são usadas técnicas de detecção, mas não de correção. Como os
dados para detectar um erro são enviados em conjunto com as informações, não se pode ter
certeza que tais dados estejam totalmente corretos no momento do recebimento. Por
exemplo, o transmissor envia uma sequencia Dados-verificação, representados por DV. O
receptor vai receber uma sequência D’V’. Perceba que o parâmetro de verificação V’ pode
ser diferente do V original.

                      •     Ruído
É uma adição não desejada aos sinais eletromagnéticos, ópticos e de voltagem. Nenhum
sinal elétrico é sem ruído. O importante é manter a razão sinal-ruído (S/R) o mais alta
possível.


                                                                                      51
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                                              sinal




                                            ruído


                                                                        Pode ser
                                                                        interpretado
                                                                        como 1




                          Figura 41 - Ruido e a conjunção com o sinal



                      •      Dispersão
 A dispersão acontece quando o sinal se espalha com o tempo. É causada pelos tipos de
 meios envolvidos. Se acontecer com alguma intensidade, um bit pode interferir no próximo
 bit e confundí-lo com os bits anteriores e posteriores.




                                Figura 42 - Dispersão do sinal




                      •      Distorção
A distorção ocorre pelas influencias diferenciadas do meio em cada frequência do sinal
sendo transmitido (
                                                                                       52
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http://www.siemon.com/br/whitepapers/10G-
Assurance.asp




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http://members.tripod.com/%7eVBKumar/networking.html
Para saber mais
        Cabos:

        http://www.siemon.com/br/

Alocação de frequencias do spectro:
http://www.ntia.doc.gov/osmhome/allochrt.html


Multiplexação
http://en.wikipedia.org/wiki/Category:Multiplexing


Satélites:
http://www.ee.surrey.ac.uk/Personal/L.Wood/constellations/
http://www.sia.org/
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Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal




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Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal
Chegou o momento de testar os conhecimentos. Vamos lá, procure não chutar.


Atividades de Auto-Avaliação – Unidade 2
Marque V para as afirmações verdadeiras e F para as falsas

1)Quanto aos sinais, podemos afirmar que:
    [ v ] Um sinal é um fenômeno físico, e na transmissão de dados representa os bits
    [ f ] Os sinais analógicos são descontínuos, discretos
    [ f ] Nos sinais digitais a intensidade é constante e não se altera
    [ v ] Na codificação NRZI um sinal corresponde a um bit
    [ v ] Geração do sinal, detecção de erros e sincronização são tarefas do sistema de
    comunicação

     2) Quanto a largura de banda, podemos afirmar que:
     [ v ] Largura de banda pode ser definida com quantidade de sinal possível em um
     meio físico
     [ f ] O atraso é uma medida da quantidade de bits no canal de comunicação
     [ v ] Quando multiplicamos a banda pelo atraso, obtemos a quantidade de bits no
     canal de comunicação
     [ v ] As vazões em um canal nem sempre correspondem a banda disponível
     [ f ] A taxa de transmissão de um interface (por exemplo, fast ethernet com 100
     Mbps) não pode ser considerada largura de banda

     3) Quanto a multiplexação dos canais, podemos afirmar que:
     [ f ] Multiplexar é aumentar a banda
     [ f ] Uma divisão do canal em ferequencias diferentes limita o tempo de transmissão
     das estações
     [ f ] A técnica TDM consome mais tempo que a FDM
     [ v ] As fibras ópticas podem ter vários canais virtuais se usamos técnicas WDM
     [ v ] A técnica TDM limita o tempo de cada estação

     4) Quanto as técnicas de codificação dos sinais podemos afirmar que:
     [ v ] A técnica NRZ apresenta problemas com longas sequencias de sinais repetidos
     [ f ] A técnica NRZI evita os problemas com muitos zeros repetidos
     [ v ] A técnica Manchester sempre inverte o sinal, mesmo dentro do mesmo bit
     [ f ] Nas fibras ópticas a variação do tempo determina a codificação
     [ v ] Nas interfaces ethernet, os códigos são NRZI a taxas de 100 Mbps e Manchester
     nas taxas de 10 Mbps

     5) Quantos aos meios físicos e problemas dos sinais, podemos afirmar que:
     [ f ] As fibras são mais rápidas que os fios de cobre
     [ v ] As fibras possuem mais banda que os fios de cobre
     [ v ] os fios de cobre atenuam mais que as fibras ópticas
     [ v ] Os satélites possuem retardos elevados, mas grandes coberturas
     [ f ] O infravermelho passa paredes de alvenaria, e as microondas não passam
     [ v ] A dispersão é um problema que pode sobrepor os sinais representando bits
     diferentes
                                                                                          56
Disciplina de Redes e Comunicação de dados
 Unidade 3


 Unidade 3
 Redes de comutação de circuitos e de
 comutação de pacotes

 Objetivos de aprendizagem
 Esta unidade tem como propósito trazer um entendimento das diferenças básicas entre as
 técnicas de comutação: por circuitos (usado classicamente em telefonia) e por pacotes
 (redes de dados).

 Ao final da unidade, você será capaz de:
        •       Descrever as características fundamentais de um serviço de rede orientado a
        conexão e de um sem conexão.
        •       Diferenciar as redes comutadas por circuitos das redes comutadas por
        pacotes
        •       Entender as diferenças entre os atrasos nas redes, e os fatores que
        influenciam cada tipo
        •       Entender os conceitos de unidades de dados e dos cabeçalhos

 Plano de estudo
 A seguir estão descritas as seções desta unidade. Para manter a “jornada” bem organizada e
 registrada, ao final de cada “estação”, assinale o quadro marcando os “trajetos” já
 percorridos.

               Seção 1 – Serviços orientados a conexão e sem conexão
               Seção 2 – Chaveamento ou comutação
               Seção 3 – Atrasos nas redes comutadas

                   •   Propagação
                   •   Transmissao
                   •   Enfleiramento
                   •   Processamento

               Seção 4 - Os cabeçalhos das PDUs




               Seção 1 – Serviços orientados a conexão e sem conexão

Voce sempre poderá associar um serviço sem conexão ao serviço postal tradicional (pode
não ser do seu tempo, mas antigamente o sistema postal entregava cartas, através de
agentes, denominados carteiros).

                                                                                          57
Disciplina de Redes e Comunicação de dados

Nessa analogia, voce deve lembrar do sistema telefônico como sendo um serviço com
conexão.

Tá legal, mas quais as principais diferenças?
                      Basicamente, conexão implica em estabelecer um caminho
prévio, um aceite do destinatário e somente depois iniciar a transmissão dos dados.

O sistema postal – serviços sem conexão ou connectionless
         Nesse sistema, a origem da mensagem nunca terá plena certeza de que o processo
vai funcionar. Quando você enviava uma carta (veja bem, isso foi antigamente), precisava
ter muita esperança que:
    a) O endereço de destino estivesse correto
    b) A carta iria realmente chegar até lá
    c) O destinatário existisse, e estivesse apto a receber a mensagem (no destino,
    disponível e com vontade de ler).
    d) Se o cara estivesse a fim de responder ou só confirmar o recebimento, ele teria que
    passar pela mesma espectativa, cruzar os dedos e esperar.

Vantagens:
Esse tipo de sistema apresenta algumas vantagens. Você pode enviar quantas mensagens
quiser sem esperar pelo aceite do destino. Mesmo que o destinatário não se encontre no
endereço, basta que você consiga entregar ao primeiro ponto de contato (o posto dos
correios), e ele se encarrega de remeter até o próximo ponto. Pela simplicidade, o serviço
apresenta uma eficiência razoável a um custo muito baixo.

Desvantagens:
O serviço não é confiável. Você não tem garantias de entrega. Mesmo que a mensagem seja
entregue, você não pode ter certeza que o destino foi correto (tanto o endereço como o
destinatário podem não ser os desejados).

O sistema telefônico – Serviços orientados a conexão
         Nesse sistema, a origem da mensagem (você) digita o endereço no terminal
telefônico (celular, fixo, IP-Phone), que poderia ser o da Net-Pizza, por exemplo, e um
sistema de comutadores encontra o caminho até o destino. Uma vez que o destino é
encontrado, um alarme qualquer avisa o destinatário que alguém quer estabelecer uma
conexão (se o terminal telefônico de destino não estiver ocupado). O destinatário pode
aceitar ou não a conexão.
 Existe, portanto, uma troca de sinais iniciais (conexão) antes de se remeter a mensagem
 (dados dos usuários).

 Vantagens:
 O sitema apresenta um nível de confiabilidade alto. Você só começa a transmitir se a
 conexão foi efetuada.
 Desvantagens: Existe um custo de rede mais elevado, uma vez que é necessário trocar
 algumas informações antes de transmitir. Existe ainda um retardo inicial no
 estabelecimento da conexão.
 Mais tarde, voce vai estudar os dois protocolos da pilha TCP/IP que stão relacionados com
 os serviços orientados a conexão (TCP) e sem conexão (UDP).
                                                                                       58
Disciplina de Redes e Comunicação de dados


              Seção 2 – Chaveamento ou comutação

          Os comutadores (switches) são dispositivos especializados usados para conectar
          duas ou mais linhas de transmissão. Quando os dados chegam a uma linha de
          entrada, o elemento de comutação deve escolher uma linha de saída para
          encaminhá-las. Pode-se dizer que um switch é um dispositivo usado para
          conectar enlaces para formar uma rede maior.

Um circuito pode ser definido como um caminho entre os pontos finais de uma
comunicação. Existem duas formas básicas (Figura 43) para troca de informações em uma
rede constituida por enlaces diferentes.

a) Comutação de circuitos
b) Comutação de pacotes
      A comutação de pacotes, por sua vez, pode se dar de duas formas:
                                  Datagamas
                                  Circuitos virtuais




                                Comutação




             Circuitos                              Pacotes




                                 Datagramas                     Circuitos
                                                                Virtuais



                               Figura 43 - tipos de comutação

2.1 – Redes comutadas por circuitos – Circuit Switching

Em uma rede comutada por circuito, um circuito físico dedicado é estabelecido entre os
nós de origem e de destino antes de ocorrer a transmissão de dados. Portanto, o serviço é
orentado a conexão, como visto na seção anterior. O circuito permanece pela duração da
transmissão. O sistema de telefonia pública é um exemplo de rede comutada (chaveada) por
circuito. Os comutadores das operadoras estabelecem um caminho físico entre as
                                                                                      59
Disciplina de Redes e Comunicação de dados

extremidades (sistemas finais) que querem se comunicar. Isso é necessário porque voce não
tem uma conexão direta com cada telefone que você quiera chamar.

Uma vez estabelecido, o circuito é dedicado exclusivamente à transmissão atual.
Completando a transmissão, esse circuito dedicado é liberado e disponibilizado para outra
transmissão. Assim, a comutação por circuito promove o compartilharnento de recursos,
pois os mesmos circuitos podem ser usados para diferentes transmissões, embora não
simultaneamente (pelo menos é isso que a operadora de telefonia espera: Os usuários de
uma mesma central não devem usar ao mesmo tempo seus equipamentos...)

                                                  Y



                                          1
                     2



                                    3




                              W
                             Figura 44 - Comutação de Circuitos

Na Figura 44, você pode ver um circuito sendo estabelecido entre as estações finais Y e W
(que poderiam ser terminais telefônicos), passando pelos comutadores (switches) 1, 2 e 3.
Outro exemplo de rede comutada por circuitos são as Redes Digitais de Serviços Integrados
(RDSI, ou ISDN – Integrated Services Digital Networks).

2.2 Redes comutadas por pacotes – Packet switched networks

As redes comutadas por pacotes também são tecnologias de longa distância (WAN, ou
Wide Area Network, como voce viu na unidade anterior, que tratou da classificação das
redes), como a comutação de circuitos. Um switch de pacotes é um dispositivo com várias
entradas e saídas, levando e trazendo os pacotes aos hosts que o switch interconecta.




                                                                                      60
Disciplina de Redes e Comunicação de dados




Figura 45 - Dados inseridos em pacotes




Figura 46 - As redes de comutação de pacotes podem ser comparadas ao serviço postal

Os dados do usuário são divididos em pequenas porções denominadas pacotes, aos quais
são anexados cabeçalhos com informações de controle (origem, destino, protocolo) - Figura
45.




                                                                                      61
Disciplina de Redes e Comunicação de dados




                                Figura 47 - Comutação por pacotes

Nesse caso, a banda disponível é usada ao máximo, em um compartilhamento dos recursos
da rede. Em cada fluxo de dados de uma ponta a outra, a comunicação é dividida em
pacotes. Cada pacote usa a banda máxima do enlace. Dessa forma, os recursos são usados
conforme são necessários, sob demanda. Essa técnica é denominada “multiplexação
estatística” dos recursos.

Store-and-forward

A chegar em um comutador (switch), o pacote vai esperar sua vez de ser transmitido.
Existem filas na entrada e na saida das interfaces. Esse cara só vai deixar a interface do
switch quando toda a informação que o compõe já chegou na interface de entrada. Essa
técnica também tem um nome: “Store-and-Forward” ou “armazena e retransmite”.




Figura 48 - Uso compartilhado de recursos
Ao contrário da comutação de circuitos, a comutação de pacotes não aloca os recursos de
forma dedicada para um fluxo de comunicação. Isso possibilita que mais usuários usem o
mesmo recurso (Figura 48).

Comutação e perfil de tráfego

                                                                                          62
Disciplina de Redes e Comunicação de dados


A comutação de pacotes permite que mais usuários utilizem a rede, devido as
características dos tráfegos de dados. As transmissões de dados tendem a ser mais variáveis
que as de voz, com momentos de pico e momentos de inatividade. Esse perfil é
denominado de “Taxa de bits variável”, ou VBR. Por essa razão, não seria vantajoso deixar
uma parte da banda alocada para uma única comunicação, como na comutaçao de circuitos.
Por outro lado, a comunicação de voz exige uma alocação constante do canal, em um perfil
de tráego denominado CBR, ou “taxa constante de bits”. Esse perfil é mais adequado a
alocação de recursos propiciada pela comutação de circuitos.

Tá legal, mas o que são esses pacotes?
   Um pacote é uma unidade de transferência de dados (PDU – Protocol Data Unit). Voce
   pode imaginar uma unidade dessas como sendo um “envelope digital”, onde os dados
   são transportados.

                                   Na net-pizza, os pacotes são as próprias pizzas,
                                   transportadas pelo proto-boy, que representa os frames
                                   de camada 2.




                             Figura 49 - Envelope Digital – PDU

Cada camada do modelo de referência possui uma PDU com um nome genérico. Os
pacotes são denominações genéricas para as PDUs de camada 3. Alguns autores chamam
de pacotes as PDUs de nível 2 e 3, indistintamente. No nosso curso, vamos adotar a
seguinte nomenclatura:


                        Camada           Nome da PDU
                        5- Aplicação     Mensagem
                        4 –Transporte    Segmento
                        3 – Rede         Datagrama
                        2 – Enlace       Frame

                                                                                        63
Disciplina de Redes e Comunicação de dados

                       1 – Física       bit
                           Tabela -2 - PDUs e camadas

As diferentes tecnologias de cada camada possuem diferentes formatos de “envelopes”
digitais para armazenar os dados. Exemplo: IpX e IP na camada 3, TCP e UDP na camada
4, ethernet, token ring e FDDI na camada 2 (Figura 50).




                     Figura 50 -Tipos de frames mais comuns em LANs




                   Figura 51 - As alterações nos frames através dos enlaces

                                                                                   64
Disciplina de Redes e Comunicação de dados

Conforme os dados trafegam nos diferentes tipos de enlaces, a tecnologia de camada 2
daquele enlace “encapsula” os dados das camadas superiores, que permanecem dentro dos
“envelopes digitais” sem alteração, como pode ser observado na Figura 51.

    2.2.1 – Circuitos virtuais
Outra forma de comutação de pacotes é através da criação de circuitos virtuais. Nesse caso
também não existem recursos dedicados a uma transmissão, e os pacotes individuais de
uma comunicação são misturados com outros, de outras fontes.
A diferença dessa técnica para a comutação de pacotes pura é que alguns pacotes iniciam
um estabelecimento de chamada, chegando ao destinatario e retornando antes de se iniciar a
transmissão dos dados. Existe portanto uma conexão. Mas para os usuários finais, é como
se existisse um canal permanente, pois uma vez que o caminho esteja estabelecido, todos os
pacotes seguem pelo mesmo trajeto.




Figura 52 - Circuitos virtuais nas redes comutadas por pacotes

        •       Seção 3 – Atrasos nas redes comutadas




                Figura 53 - Atrasos em redes de comunicção de dados (Kurose & Ross)

                 -Atraso de Propagação
É o tempo necessário para que um bit deixe a interface do transmissor e chegue a interface
do receptor.
Segundo Einstein, “nada pode viajar mais rápido que a velocidade da luz no vácuo (3,0 x
108 metros/segundo)". Os sinais de rede sem fio trafegam a uma velocidade um pouco
                                                                                       65
Disciplina de Redes e Comunicação de dados

menor do que a velocidade da luz no vácuo. Os sinais de rede em meios de cobre trafegam
a uma velocidade no intervalo de 1,9 x 108 m/s a 2,4 x 108 m/s. Os sinais de rede em fibra
óptica trafegam a aproximadamente 2,0 x 108 m/s. Genericamente, podemos dizer que os
sinais percorrem os meios com uma velocidade entre 2 e 3 x 108 m/s, independente do tipo
de sinal e do meio.


                  Atraso de Transmissão
É o tempo que uma interface demora para inserir um quadro no meio físico (todos os bits
da unidade de informação). Lembre-se que um quadro é também denominado frame, a
PDU de camada 2 – ( Figura 9).
Tipicamente, o atraso de transmissão pode ser representado por:

                  A=C/T

                  onde:
                  A=atraso de transmissão (seg)
                  C=Comprimento do frame (bits)
                  T=Taxa de transmissão da interface (bps)

Exemplo: o atraso de transmissão em uma interface IEEE 802.3u (100 Mbps), para um
frame típico de 1518 bytes pode ser calculado como:

                  1518 bytes*8= 12144 bits

                  A=12144/100.000.000 bits/seg= 0,0012144 segundos

                  ou 1,21 ms

                  Exercicio: a)Calcule o atraso de transmissão para uma interface ATM de
                  622 Mbps, sabendo que a célula ATM (frame) possui um tamanho de 53
                  bytes.
                  b) Se o cabeçalho deo ATM é de 5 bytes e do Ethernet é de 18 bytes,
                  calcule o atraso que existiria sem os cabeçalhos. Qual das duas
                  tecnologias tem maior overhead? (Overhead é a sobrecarga do
                  cabeçalho, uma vez que a informação que ele contém não interessa a
                  aplicação ou ao usuário. Ela é usada somente para municiar os
                  protocolos de rede).
                  Considere para o ATM uma taxa de 622 Mbps e para o ethernet 10
                  Mbps.

                   -Atraso de Enfileiramento
O atraso de fila é um dos mais complexos e por isso o mais estudado. Ao contrário dos
outros três, o atraso de fila pode variar de um frame para outro. Por exemplo, se uma
quantidade de frames chega em uma interface inicialmente livre, o primeiro frame não sofre
atraso de fila, pois o primeiro a chegar normalmente é o primeiro a ser processado e
repassado. Na verdade existem varios tipos de tratamento para as filas ( Figura 54). O tipo

                                                                                        66
Disciplina de Redes e Comunicação de dados

referido denomina-se FIFO (First In, First Out). Os demais frames somente serão
processados após o processamento dos antecessores. O tamanho da fila irá depender da taxa
de chegada dos frames λ, do tamanho de cada frame (no caso do ethernet, 1518 bytes) e da
capacidade do processamento.




                             Figura 54 - Atraso de enfileiramento

Quando a taxa de chegada dos frames for maior que a capacidade de processamento, o
tempo de espera tende a crescer indefinidadamente. Como os recusos para armazenar as
filas dos pacotes são finitos, os pacotes que excedem os recursos são descartados. Do ponto
de vista dos sistemas finais, é como se o pacote tivesse entrado na rede de um lado e não
emergisse no outro.

                             Na net-pizza, os veículos devem enfrentar as filas também.
                             Imagine que o veículo de entrega chega ao prédio de destino
                             e precisa estacionar para receber uma senha e ser atendido. O
                             estacionamento tem um limite, que corresponde ao limite da
                             fila. Quando excedem a capacidade do estacionamento, são
                             descartados, sem comunicação. O cliente que não recebeu a
                             pizza é quem se responsabiliza pelo aviso.

                   -Processamento
É o tempo necessário para a análise do cabeçalho do pacote e encaminhamento para a fila
de saída. São veificados também possíveis erros nos bits. O procedimento mais comum na
presença de erros é descartar o pacote.

                             Na net-pizza, podemos imaginar que é o tempo necessário
                             para o pessoal da expedição analisar o pedido, verificar os
                             erros possiveis e decidir qual a porta que o veículo vai sair
                             para chegar mais rapidamente ao destino.

              Seção 4 - Os cabeçalhos das PDUs


                                                                                        67
Disciplina de Redes e Comunicação de dados
Os cabeçalhos constituem uma porção das unidades de dados, responsáveis pelas
informações necessárias ao funcionamento da camada de protocolo. Pode-se dizer que
constituem a parte de sinalização da rede, servindo como orientação aos dispositivos que
recebe
Os cabeçalhos constituem uma porção das unidades de dados, responsáveis pelas
informações necessárias ao funcionamento da camada de protocolo. Pode-se dizer que
constituem a parte de sinalização da rede, servindo como orientação aos dispositivos que
recebem os pacotes. Você pode imaginar o cabeçalho como o endereçamento de um
envelope.

                                     Na net-pizza, você pode imaginar o cabeçalho das
                                     unidades de dados como as instruções passadas em
                                     cada andar da pizzaria. O andar da
                                     expedição/recebimento deve endereçar as pizzas que
                                     estã saindo. E conferir as encomendas feitas aos
                                     fornecedores, encaminhando ao destinatário correto
                                     dentro do prédio. Se for material para as coberturas
                                     das pizzas, encaminha aos pizzaiolos. Se for madeira
                                     para os fornos, manda para o assador. Todas essas
                                     instruções estão contidas nos documentos que
                                     acompanham as encomendas. Tal documentação
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  • 1. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Comunicação de Dados e Redes de Computadores Fernando Cerutti Florianópolis, outubro de 200 – Versão 1.1 1
  • 2. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Palavras do professor Palavras do professor Bem-vindo a disciplina de redes e comunicação de dados. Você, como aluno do curso de Gestão de TI, está convidado a iniciar uma viagem através de um mundo invisível, imaginário, mas super importante nos dias atuais. Essa viagem é recheada de novidades intrigantes: O que acontece no percurso da informação desde o seu computador, no momento que você requisita uma página Web através de um clique do mouse (ou envia um e-mail), até o computador de destino, responsável pelo recebimento dessa requisição? O trajeto através desse universo será percorrido por nós e nosso agente de entregas “Proto- Boy”, um sujeito muito esperto, pragmático, que enfrenta os mais variados problemas no intuito de fazer chegar ao destino o centro do negócio na gestão da tecnologia: A Informação. Você sairá da sua confortável sala climatizada para percorrer as tubulações e as portas de entrada e saída das tecnologias nas mais variadas constituições: Cabos de par trançado, fibras ópticas, Servidores e clientes de rede, placas ethernet, comutadores, pontes, modems, roteadores, filtros de pacotes. Você verá que cada tecnologia apresenta suas vantagens e seus problemas, e podemos escolher as tecnologias para transportar nossa informação de forma semelhante a que escolhemos a nossa empresa aérea, o ônibus, o condutor e a estrada pela qual iremos trafegar. Durante nosso estudo, podemos imaginar que a informação, nossa estrela principal, foi encomendada por um cliente distante, como uma pizza pode ser encomendada pelo telefone. A pizza vai deixar o 3º. andar do prédio da pizzaria Net-pizza, e em cada andar receberá ingredientes e preparos até chegar nas mãos do Proto-Boy, nosso eficiente entregador. Essa divisão em andares e funções é necessária para o entendimento desse universo amplo, onde as peças separadas podem ser compreendidas mais facilmente. O que acontece com a encomenda e o nosso herói digital você ficará sabendo ao longo da disciplina, um conteúdo fundamental na sua jornada rumo a Gestão da tecnologia da informação. Aperte o cinto, a viagem vai começar e a nossa rede é rápida. 2
  • 3. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Unidade 1 Unidade 1 Introdução a Comunicação de Dados e Redes de Computadores Objetivos de aprendizagem Esta unidade tem como propósito trazer um conhecimento básico na área de comunicação de dados, fundamental para que você compreenda o restante do conteúdo. Ao final da unidade você estará apto a: • Identificar os principais órgãos envolvidos na padronização das redes • Conceituar rede e comunicação de dados e protocolos • Identificar os componentes de uma rede de computadores. Plano de estudo A seguir estão descritas as seções desta unidade. Para manter a “jornada” bem organizada e registrada, ao final de cada “estação”, assinale o quadro marcando os “trajetos” já percorridos. Seção 1 – A Comunicação de dados Seção 2 – O que é uma rede de computadores? Seção 3 – Histórico das redes Seção 4 – Os componentes de uma rede Seção 5 - Os protocolos Para início de estudo Estudar redes e comunicação de dados pode ser algo muito chato, pois a quantidade de informação disponível é imensa (e as siglas, um terror, são milhares). Quase todos têm uma opinião a respeito dos problemas. “A Internet está fora, deve ser uma falha no provedor...”. Esta situação é comum nas empresas, e um dos nossos objetivos nessa disciplina é tentar entender um pouco mais a respeito das tecnologias, os mecanismos que funcionam (ou tentam funcionar) para que tenhamos uma rede operacional. Nessa unidade, você verá os conceitos mais fundamentais a respeito das redes, e conhecerá os organismos responsáveis pela manutenção das regras do jogo na área da comunicação entre os computadores. Não são poucas as regras, nem o jogo é tão simples, mas com paciência e a ajuda do nosso Proto-boy, chegaremos ao nosso destino. O cenário inicial do percurso entre a origem do pedido de uma pizza (casa do cliente) e a entrega dessa requisição vai necessariamente envolver os fundamentos estudados nesta unidade. Premissas para o funcionamento da pizzaria: 3
  • 4. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Unidade 1 Imagine que a nossa Pizzaria possui 3 andares, cada qual com dois departamentos bem distintos: um departamento é o responsável por receber (qualquer coisa que chegue ao andar), e outro responsável por emitir (qualquer coisa que saia do andar). Os andares estão bem organizados, e possuem contato uns com os outros somente através de aberturas no assoalho e no teto. Essas aberturas são denominadas Pontos de acesso ao Serviço. È pelo PAS que o pessoal de um andar se comunica com os caras acima e abaixo deles. Não é possivel ao pessoal do 3º. Andar se comunicar com o primeiro, somente com o segundo. Descrição da pizzaria NET-Pizza Figura -1 - Estrutura da Net-Pizza - as camadas No 1º. andar (térreo) funciona a expedição das mercadorias. Tanto as que chegam quanto as que saem, são roteadas (encaminhadas) pelo pessoal do térreo. O térreo é uma supergaragem, com saídas para várias ruas, o que melhora muito o fluxo no momento da expedição das encomendas, bem como das mercadorias que estão chegando. No 2º. andar funciona o departamento de controle de qualidade. Esses caras verificam tudo que está chegando ou saindo da pizzaria, a velocidade, os estoques, a procedencia, tudo. No ultimo andar estão os caras da produção. Eles recebem os engredientes, montam e assam a pizza. O departamento de saída corta e encaminha para o andar de baixo. Na saída, pelo térreo, o Proto-boy entra em ação. Dentro do furgão, de locomotivas, ou qualquer outro meio de transporte, ele recebe as mercadorias e as notas fiscais e sai pelas ruas procurando os destinatáros famintos das fumegantes pizzas (bom, pelo menos no inicio do percurso elas estão fumegantes). 4
  • 5. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Unidade 1 Figura --2 - Furgao do proto-boy - Frame de camada 2 Seção 1 – A Comunicação de dados A comunicação de dados trata da transmissão de sinais através de um meio físico, de uma forma confiável e eficiente. Os tópicos mais importantes são a transmissão de sinais, os meios de transmissão, codificação dos sinais, multiplexação. Os meios físicos são as ruas por onde trafega nosso proto-boy. Perceba que na nossa analogia com a pizzaria, os meios físicos podem variar como as estradas e ruas: as fibras ópticas podem ser representadas pelas grandes rodovias, com muitas pistas. Os meios mais limitados (fios de cobre) podem ser representados pelas ruas estreitas. Porque um sistema de comunicação de dados? As pessoas precisam de um sistema de comunicação por dois motivos básicos: Aumentar o poder computacional Na maioria dos casos, aumentar o tamanho do computador disponível não é possível, ou mesmo não resolveria o problema de capacidade computacional. Compartilhar recursos Todos precisam trocar informações, arquivos, bancos de dados estando em locais geograficamente dispersos. Objetivo da comunicação: O principal objetivo de um sistema de comunicação é trocar informação (dados) entre dois sistemas remotos. Podemos entender como remotos dois sistemas computacionais que não possuem compartilhamento de memória RAM. (Randomic Access Memory). Os sistemas com mais de uma CPU e a mesma memória RAM não precisam enviar informações um ao outro, uma vez que todas as CPUs tem acesso aos mesmos endereços da memória. Componentes de um sistema de comunicação Um sistema de comunicação de dados deve ter os seguintes componentes básicos: 5
  • 6. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Unidade 1 Figura 3 - Modelo de comunicação Fonte:Stallings, Data and computer communications, 7ª ed, Pearson Education. (2004) • Fonte — Gera os dados que serão transmitidos (ex, computador) • Transmissor — Converte os dados em sinais possiveis de se transmitir (ex.: placa de rede ou modem) • Sistema de transmissão — Transporta os dados (ex.: Sistema telefonico) • Receptor — Converte os sinais recebidos em dados (ex.: modem ou placa de rede) • Destino — Recebe os dados convertidos Todos esses componentes possuem complexidades adicionais. Por exemplo, os sistemas de transmissão podem ser divididos em outros componentes: • Sinal (analógico/digital), • meio físico (fio de cobre, fibra óptica, ar), 6
  • 7. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Unidade 1 • protocolos (PPP, ADSL) • e dispositivos de rede (comutadores, roteadores) Seção 2 – O que é uma rede de computadores? A todo instante você se depara com algum computador ou terminal de rede. Nos caixas automáticos dos bancos, nos terminais das lojas, na sua casa, nos órgãos públicos, nas academias, nos clubes, bares... Parece que as redes de computadores estão em todas as partes. Isso é verdade, talvez a Internet venha a ser a 3ª.maior rede do mundo, em termos de capilaridade, perdendo apenas para as redes elétrica e de telefonia. Apesar de menor, a Internet cresce mais rapidamente. Bola Fora: O presidente da Digital, em 1977 (nessa época a Digital era a 2ª. maior fabricante de computadores do planeta, ficando atrás apenas da IBM), decretou: “Não existe nenhum motivo para que um indivíduo possua um computador em sua casa.” Agora que você já conhece a idéia fundamental por trás da comunicação de dados, fica mais fácil definir rede de computadores: Uma rede é um conjunto de dispositivos computacionais conectados através de uma estrutura de comunicação de dados, com a finalidade de compartilhar recursos. Depois disso, podem restar algumas perguntas: Que dispositivos? Tais dispositivos incluem interfaces de redes, servidores, estações de trabalho, impressoras (além dos dispositivos de comunicação como hubs, transceivers, repetidores, comutadores, pontes e roteadores). Você conhecerá um pouco mais disso tudo na seção 4, e mais tarde, com mais detalhes, na unidade 5. O que é dispositivo conectado? Dois dispositivos computacionais são ditos conectados quando podem trocar algum tipo de informação entre eles, utilizando para isso um protocolo. Um protocolo de rede faz parte da estrutura de comunicação de dados, e pode ser visto como uma norma de comunicação, que deve ser utilizada pelos participantes, como as regras gramaticais de um idioma (você verá mais sobre os protocolos na seção 5). Quais recursos? Uma rede trata basicamente da tecnologia e da arquitetura utilizada para conectar os dispositivos de comunicação. Os recursos que desejamos compartilhar são vários. Talvez os mais comuns sejam: Mensagens, arquivos, disco rígidos, impressoras, fax. Podemos desejar interatividade nessa comunicação, como nas salas de bate-papo, telefonia e videoconferência. 7
  • 8. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Unidade 1 Diversidade Uma rede pode ser composta por vários sistemas operacionais, e por dispositivos de diferentes fabricantes. Pode ter vários tamanhos e abrangências, bem como formatos físicos direntes. (Veja mais adiante, na Unidade 4, uma classificação mais completa). Internet Outro conceito importante é a Internet. A Internet não é considerada por muitos autores como uma rede, mas uma conexão entre redes diversas. Tais autores consideram que uma rede deve possuir uma tecnologia única, o que evientemente exclui a Internet, uma verdadeira panacéia de tipos de redes. Dispositivos Rede Protocolos Enlaces Figura 4 - Componentes de uma rede Modelos de comunicação: Cliente / servidor Nesse tipo de comunicação, uma máquina solicita um serviço (cliente, como um browser) e a máquina que presta o serviço (um web server, por exemplo) envia uma resposta, que pode ser uma página html. Figura -5 - cliente/servidor (tanembaum, 4ª. ed – 2004) 8
  • 9. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Unidade 1 Peer-to-peer Nesse modelo, não existe cliente ou servidor. Qualquer máquina pode ser cliente e simultaneamente servir às requisições de outras máquinas. Nesse modelo se encontram os principais grupos de compartilhamento de arquivos, como o Kazaa, e-mule, edonkey, imash. Figura -6 -Modelo de comunicação peer-to-peer (P2P). 9
  • 10. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Unidade 1 Seção 3 – Padrões e Histórico das redes Histórico Durante o século 20, a tecnologia chave foi Informação. Geração, processamento e distribuição da Informação foram cruciais para a humanidade. Entre os anos de 1900 e 2000 desemvolveram-se os sistemas telefônicos, foram inventados o rádio e a TV, os computadores e os satélites de comunicação. Como conseqüência, essas áreas convergiram e as diferenças entre a coleta, transporte, armazenamento e processamento das informações foram rapidamente desaparecendo. Do you Know? A primeira conexão entre dois computadores foi realizada em 1940. George Stibitz utilizou as linhas de telégrafo para enviar arquivos entre Dartmouth College (New Hampshire, USA, para os laboratórios Bell, em New York. Mas a história das redes de dados e da Internet se confundem com o Deparamento de Defesa dos EUA (DoD), através da ARPA - Advanced Research Projects Agency (www.arpa.mil ), em conjunto com o MIT - Massachusetts Institute of Technology (http://www.mit.edu ). Esses dois organismos mantiveram os principais pesquisadores na área das ciências computacionais no início da década de 60. A rede ARPANET não parou de crescer ( . (a) December 1969. (b) July 1970. (c) March 1971. (d) April 1972. (e) September 1972. 10
  • 11. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Unidade 1 Figura 7 -Crescimento da ARPANet – (Tanembaum, 2004 – 4ª ed.) O site do Internet Software Consortium mantém um levantamento anual do número de hosts na Internet (Figura 8) Figura 8 - Crescimento do número de hosts 11
  • 12. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Unidade 1 Muitas pessoas participaram dos projetos iniciais da Internet. Quase todos os maiores pioneiros podem ser vistos em http://www.ibiblio.org/pioneers/index.html. Vint Cerf é considerado o “Pai da Internet”. Bob Metcalfe inventou a tecnologia Ethernet, que domina as interfaces de rede até hoje. Outros pesquisadores foram muito importantes, principalmente no desenvolvimento do TCP/IP, que impulsionou a rede. John Postel é um desses caras. A página de Postel, http://www.postel.org, é um tributo a dedicação e criações do pesquisador. Postel participou da criação, entre outros protocolos, do IP, do TCP, do SMTP (serviço de e-mail) e da resolução de nomes (DNS). Foi editor das RFCs por 30 anos. Você pode acessar mais sobre a história da Internet em Português: http://simonevb.com/hobbestimeline/ . Outro site interessante sobre a história das comunicações, inclusive a Internet é http://www.mediahistory.umn.edu (em Inglês) Evolução da Internet? Esse cara é considerado o menor servidor Web do planeta. Veja detalhes em: http://www-ccs.cs.umass.edu/~shri/iPic.html Padrões Atualmente, vários organismos internacionais estão voltados para a padronização das normas de funcianamento dos dispositivos usados na troca de informações. Protocolos, componentes de rede, interfaces, todas as tecnologias utilizadas precisam de padrões para que consigam operar entre elas. A seguir, você entrará em contato com os principais organismos da área de redes e comunicação de dados. 12
  • 13. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Unidade 1 • ISO - International Organization for Standardization – http://www.iso.org, através da norma 35.100.01 padroniza o modelo geral para o OSI - Open systems interconnection. Esse instituto não disponibiliza os padrões gratuitamente, mas possui uma loja on-line para compra dos padrões. O modelo de protocolos especificado pelo OSI é a referência para todos os protocolos de redes atuais. Você verá mais sobre o modelo, que deu origem inclusive ao prédio da nossa NetPizza, com as camadas do protocolo sendo representadas pelos andares do prédio. • ITU - International Communications Union. – http://www.itu.int – Esse organismo, como o nome está indicando, é responsável pela padronização do setor de telecomunicações. Aqui os padrões também são pagos. Entre outras coisas, o ITU é responsável pelo protocolo de comunicação de voz sobre IP H.323 e pelas normas de comunicação do protocolo ATM entre as operadoras de Telecomunicações fim da aula 2 Rt1i43 13
  • 14. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Unidade 1 • ANSI – American National Standards Institute. http://www.ansi.org/ Responsável por alguns padrões importantes na área de redes e comunicação de dados (por exemplo, as redes FDDI, que funcionam a 100 Mbps em anéis de fibra óptica). O ANSI é uma instituição privada norte-americana, destinada a promover os padrões daquele país em nível internacional. Fiber channel 14
  • 15. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Unidade 1 • IEEE - Institute of Electrical and Electronics Engineers, Inc. http://www.ieee.org . É uma associação profissional, que trabalha para pesquisa e padronização nas áreas de engenharia e computação, com muitas publicações e conferências renomadas nessa área. Existem várias áreas de trabalho e uma delas nos interessa particularmente: O grupo 802, que regulamenta as redes locais e metropolitanas, entre elas as tecnologias ethernet (IEEE 802.3) e token ring (IEEE 802.5), as duas líderes em redes locais. • ISOC – Internet Society http://www.isoc.org Mantém vários grupos responsáveis por funções centrais no funcionamento e evolução da Internet. Entre elas, se destacam o IETF, IANA, W3C. • IETF – The Internet Engineering Task Force http://www.ietf.org O IETF é uma organização que reúne fabricantes, pesquisadores, projetistas, operadores de redes. Essa comunidade está envolvida com a operação e a evolução da arquitetura da Internet. Sem dúvida, a organização mais destacada em termos de normas e padrões para os protocolos e procedimentos relacionados com a Internet, notadamente a arquitetura TCP/IP. O IETF mantém grupos de trabalho divididos por área, como roteamento, segurança, e outros. Possui uma metodologia de padronização baseada em RFCs (Request for Comments), documentos que normatizam o funcionamento da Internet. • TIA/EIA Normalmente associados aos cabeamentos, os padrões da Electronic Industries Alliance (EIA) participam da elaboração de tecnologias de comunicação, bem como produtos e 15
  • 16. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Unidade 1 serviços. Á aliança é responsável por vários grupos de padronização, inclusive a Telecommunications Industry Association (TIA). http://www.tiaonline.org/ Algumas tecnologias possuem fórums de discussão, que tentam agilizar o estabelecimentodos padrões, antecipando-se aos organismos oficiais. Tais fórums são compostos por fabricantes e pesquisadores interessados na tecnologia em questão. Por exemplo, um fórum muito atuante é o da tecnologia ATM. Veja em http://www.atmforum.com . Outra organização de fabricantes é a Aliança gigabit ethernet. http://www.10gea.org “Seja liberal naquilo que você aceita,e conservador naquilo que você propaga”. J. Postel. Seção 4 – Os componentes de uma rede Uma rede de comunicação de dados possui vários componentes, o que pode fazer dela um sistema computacional bastante complexo. Os componentes podem ser divididos em 2 grupos básicos: 4.1 - Componentes de hardware: Incluem todos os dispositivos físicos que fazem parte da comunicação Você verá mais sobre os componentes na unidade 5. Componente Camada de atuação Foto a) E Abaixo da física (lembre-se nlaces que as camadas constituem-se (seçãoxx de software) xx) 16
  • 17. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Unidade 1 b) H Atua na camada 1, ub propagando o sinal elétrico/óptico em todas as portas c) R Faz o mesmo papel do hub, epeater regenerando o sinal e propagando para outra porta. Pode ser considerado um hub de uma porta. d) P Faz a ligação do host com o laca de enlace. Converte as rede / informações em bits, e os bits interface em informações e) B Faz a conexão entre duas ridge redes através da camada de enlace. Pode conectar redes de tecnologias diferentes, como Ethernet e Token Ring. A bridge deu origem aos switches f) S Um switch reune um conjunto witch grande de funções. Podem ser considerados Bridges com várias portas. Armazenam os pacotes, repassam para os destinatários na porta de destino. Evitam colisões. g) R Comutador de pacotes de outer camada 3 (datagramas). Possui outras denominações: • Sistemas intermediarios, Intermediate system ou IS (usado pela ISO) • Gateway 17
  • 18. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Unidade 1 (Muito usado pela comunidade IP/Internet) • Switch de camada 3 h) M Modulador/Demodulador. odem Equipamento de codificação. Converte sinais analógicos e digitais i) H Máquina o usuário. Possui ost outras denominações: • Host (Comunidade IP/Internet) • Data terminal equipment, ou DTE (usado pelo padrão X.25) • End system, ou ES (usado pela ISO) • Estação Máquina que comuta j) G datagramas (camada 3). Nome ateway dado aos roteadores pela comunidade IP/Internet 4.2 – Componentes de Software: a) Os sistemas operacionais: Responsáveis pelo controle do uso da CPU, memorias, discos e periféricos, como a interface de rede. Alguns controlam ainda as tabelas de endereços e de caminhos, como um sujeito que determinasse qual veículo deixaria a Net-Pizza por uma das portas de entrada-saída. Tais sistemas residem nos switches e routers. • Unix (HP-UX, Solaris) • Linux (Red-Hat, Debian), • Mac-OS, • Netware, • Windows 18
  • 19. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Unidade 1 • Sistemas especializados em comutação e roteamento (ex.: IOS). b)os protocolos • HTTP (páginas de hipertexto) • SMTP (transporte de correio eletrônico) • FTP (transferência de arquivos) c) as aplicações (clientes, que solicitam o serviço – browser, por exemplo- e servidoras, que prestam os serviços – servidor web, por exemplo). Seção 5 - Os protocolos de rede Um protocolo de rede é uma norma de comunicação, implementada através de software. Define a forma e a ordem das mensagens, e as ações realizadas para a comunicação entre duas entidades. Para reduzir a complexidade do projeto dos protocolos, eles são divididos em camadas ou níveis, uma camada sobre a outra, como os andares da Net-Pizza. O número de camadas, o nome, o conteúdo de cada uma e a função delas pode variar de modelo para modelo. Em todos os modelos, porém, as camadas inferiores prestam serviços para as camadas superiores, e as superiores solicitam os serviços das inferiores. Os protocolos acessam os serviços da camada inferior através dos SAP – Services Access Points ou Pontos de Acesso aos Serviços Na Net-pizza, é como se o pessoal do 2º. Andar enviasse todos os engredientes montados, juntamente com o pedido, para os assadores do ultimo andar. Quando a pizza fica pronta, os assadores solicitam a camada de baixo o processamento inicial da encomenda: Cortar em fatias, embalar,etc. Note que cada andar possui funções especializadas, e não interfere nas funções dos andares acima e abaixo. Os modelos de protocolos de redes mais utilizados são 3: • OSI o O modelo OSI serviu de base para a elaboração dos demais modelos de protocolos. È um modelo sofisticado, complexo e que acabou sendo utilizado somente como referência (Reference Model OSI, ou RM-OSI). São 7 camadas, conforme demonstrado na Figura -1. • TCP/IP o A arquitetura TCP/IP foi aquela que impulsionou a Internet, numa evolução da ARPA-Net. O TCP/IP foi escrito de forma a simplificar a comunicação e possibilitar a interoperação de dispositivos e tecnologias totalmente diferentes. • Modelo híbrido o O modelo híbrido surgiu da necessidade didática de comunicação entre os instutores e os alunos. Analisando a Figura 9, você pode perceber como ficaria confuso referenciar um protocolo como sendo de “camada 4” quando tinhamos o OSI (7 camadas) e o TCP/IP (4 camadas). A camada 4 para o OSI é 19
  • 20. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Unidade 1 a de transporte, e para o TCP/IP é a de aplicação. O modelo híbrido passou a ser usado pelos principais autores da área de redes (Comer, Kurose, Tanembaum, Peterson). No nosso estudo, adotaremos o modelo híbrido como referência para as camadas, excecto quando for explicitamente indicada outra pilha de protocolos. Figura 9 - Modelos de camadas Pelo modelo híbrido, nossa NET-Pizza fica assim representada: 5 Aplicação Assadores/montadores (2º. Andar) 4 Transporte Pessoal do 1o. andar, que corta a pizza e manda os ingredientes e o pedido 3 Rede Expedição - Pessoal do terreo, que escolhe a via e o veículo. 2 Enlace Os veículos (Moto, furgão, carro, trem) 1 Física As vias de tráfego (ruas, rodovias, ferrovias). Um conjunto de protocolos e camadas é denominado de Arquitetura de Rede. A especificação de uma arquitetura deve ter todas as informações para alguém implementar um programa ou construir um dispositivo de hardware para uma ou mais camadas, obedecendo as normas do protocolo. 20
  • 21. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Figura 10 - Modelo genérico para 5 camadas Comunicações horizontais e verticais Dentro de uma mesma camada para hosts diferentes (comunicação horizontal), e camadas diferentes no mesmo host (comunicação vertical). 21
  • 22. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal Unidade 2 Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal Nesta unidade, serão estudados os componentes da camada física. Os tipos de sinalização, os meios de transmissão. Como você viu, as arquiteturas dos protocolos apresentam divisões em camadas. Nesse curso, adotamos o modelo híbrido de arquitetura, que associa os modelos OSI e TCP/IP. A camada física, apesar de não especificada no modelo TCP/IP, está presente nos modelos OSI e híbrido (Figura 11). Ela é a camada mais inferior da pilha, sendo responsável pela interface com os meios de transmissão. Tais interfaces comunicam o host com a rede, determinando os parâmetros mecanicos, eletricos e temporais. Physical Layer Transmission Protocol Physical Layer Physical Medium Figura 11 Posição da camada física e do cabeamento A camada física determina como os bits serão representados (sinalização), detecta o início e o final das transmissões, e as direções dos fluxos. Você vai observar que é dificil transpor algumas barreiras físicas e que existe uma imposição da natureza sobre as possibilidades e limites de utilização de um canal para transmitir sinais. Na net-pizza, a camada física corresponde às vias de escoamento do tráfego. Nelas, existem alguns controles básicos que encontramos também nos protocolos: O tipo do veículo que pode trafegar em cada pista (o veículo corresponde ao frame ou quadro da camad dois, voce deve estar lembrado). Os sinais de transito, permitindo ou bloqueando a passagem. As colisões, quando ocorrem. Os engarrafamentos, os estreitamentos de pista, as larguras e velocidades máximas. Os diferentes meios de transporte podem ser comparados aos meios de transmissão: voce pode imaginar uma estrada não pavimentada como sendo uma linha de transmissão analógica, de grandes retardos, e taxas de erros como um modem assincrono de 56 Kbps. Uma estrada pavimentada poderia ser então nossos pares trançados (esses azuis que conectam o micro a tomada de rede). Uma fibra óptica poderia ser o ar por onde trafegam os aviões, de qualquer velocidade. Os satélites poderiam ser comparados aos navios, uma vez que podem transportar muita informação, mas são relativamente lentos. Ao final da unidade,voce estará apto para: • Identificar os tipos de sinais • Definir multiplexação de um canal 22
  • 23. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal • Entender o conceito de Largura de banda • Diferenciar os meios físicos de transmissão • Entender os principais problemas dos sinais Sessão 1 – Tipos de sinal Sessão 2 - Largura de banda Sessão 3 – Multiplexação Sessão 4 – Codificação Sessão 5 – Os meios de transmissão e os problemas dos sinais nos meios físicos Sessão 1 – Tipos de sinal Sinais e transmissão de dados O que é um sinal? Um sinal é um fenômeno físico, que representa um fluxo de informações. Portanto, um sinal pode transportar os dados em um meio físico (fios de cobre, fibras ópticas, ar) Tipos de sinais: Basicamente, temos dois tipos de sinais de dados: Analógicos Nesse tipo, existe uma variação contínua da intensidade em relação ao tempo. Não existe descontinuidade. Figura 12 - Sinal analógico 23
  • 24. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal Digitais Nos sinais digitais a intensidade se mantém em um nível constante e então muda para outro nível de intensidade (Figura 13) Figura 14 - Sinal Digital Um sinal digital é uma sequência de pulsos discretos, descontínuos. Os sinais digitais têm uma amplitude fixa, mas a largura do pulso e a freqüência podem ser alteradas. Os sinais digitais de fontes modernas podem ser aproximados a uma onda quadrada, que, aparentemente, tem transições instantâneas de estados de baixa para alta voltagem, sem ondulação. Cada pulso é um elemento do sinal. Nos casos mais simples, existe uma correspondência 1 para um entre os bits transportados e os elementos dos sinais. Exemplo de codificações onde existe correspondencia 1-1 (NRZI) e 2-1 (Manchester) Figura 15 - Número de elementos na sinalização de 1 bit 24
  • 25. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal 25
  • 26. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal Bauds Um baud é o número de símbolos (elementos) do sinal usados para representar um bit. No caso da figura 7, um 1 bit é representado por 1 baud na codificação NRZI e 2 bauds na Manchester. Durante um baud, um símbolo é enviado no canal. Quando um canal digital é amostrado, o número de amostras por segundo é medido em bauds Exemplo: Se voce tem um modem com taxa de 2400 bauds significa que seu modem pode amostrar 2400 simbolos por segundo. Embora isso possa parecer pouco, cada símbolo pode representar mais de um bit, dependendo da modulação. Se o seu modem usa uma técnica chamada QPSK (Quadrature Phase Shift Keying), dois bits são representados a cada alteração de fase. Tarefas de um sistema de comunicação Podemos listar as seguintes tarefas como sendo responsabilidade do sistema de comunicação: • Interfaces humano/maquina/maquina/humano • Geração do sinal • Sincronização • Detecção e correção de erros • Controle de fluxos • Endereçamento • Roteamento • Recuperação • Formatação das mensagens • Segurança • Gerência da rede Sessão 2 - Largura de banda e atrasos Largura de Banda A largura de banda (bandwidth) e o atraso (tempo necessário para que uma unidade de informação percorra a rede desde a origem até o destino) são dois conceitos fundamentais para analisarmos o desempenho de uma rede. A largura de banda de um enlace pode ser definida de duas formas: fisicamente, pode- se dizer que: 26
  • 27. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal “é a faixa de frequências que pode passar pelo enlace com perdas mínimas”. Por exemplo, para transmitir um sinal de voz na linha telefônica precisamos de uma banda de 3000 Hz, pois a voz humana usa frequências de 300 a 3300 Hz. Outro enfoque, mais prático, pode determinar a largura de banda como: “a quantidade de sinal, em bits, que uma interface pode inserir em um enlace em um segundo” (taxa de transmissão da interface). Sob essa óptica, uma interface fast ethernet (padrão IEEE 802.3u) teria uma banda de 100 Mbps. Essa quantidade normalmente não é alcançada na prática, devido aos problemas de implementação das tecnologias. A palavra “throughput” ou vazão, normalmente é usada para definir o desempenho que um enlace fornece entre duas interfaces. Por exemplo, um enlace de 10 Mbps poderia fornecer uma vazão de, digamos, 4 Mbps, devido às deficiências de implementação. Atraso Atraso é o tempo necessário para que uma unidade de informação deixe a origem e chegue ao destino. O atraso pode ser decomposto em vários tipos, dependendo da localização do trajeto que está sendo analisado. Basicamente, existem 4 tipos de atraso nas redes de dados: Propagação, Transmissão, Enfileiramento e Processamento. Eles serão analisados separadamente na próxima unidade. Quando somamos todos esses atrasos, obtemos o Atraso Total fim a fim, que é o tempo dispendido pela informação entre dois nós da rede. Quando analisamos o atraso total fim-a-fim podemos imaginar a informação percorrendo uma tubulação como a da Figura 16. A tubulação pode ser vista como um túnel por onde nosso proto-boy trafega com seu furgão. O furgão transporta a unidade de dados (pizza). O atraso nodal total seria o tempo necessário para que o furgão deixasse a pizzaria e chegasse a casa do cliente. Delay Bandwidth Figura 16 - O enlace como uma tubulação 27
  • 28. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal Podemos imaginar a largura do tunel como a banda disponível para a passagem da informação. Quanto mais banda, mais furgões podem passar simultaneamente pelo túnel. Note que aumentar a largura do túnel (mais banda) não significa tornar os furgões mais rápidos. Significa apenas que mais furgões podem trafegar simultaneamente. Existe uma abstração importante para imaginarmos o desempenho de um enlace. Se multiplacarmos a banda pelo atraso, podemos ter a quantidade de bits que estão no canal de comunicação em determinado instante. O produto BANDAxATRASO indica quantos bits estão em um canal, antes de serem recebidos na interface de destino. Isso significa que, se a interface de destino detectar algum erro e solicitar um cancelamento da transmissão, esses bits já estarão no percurso entre as duas interfaces, o que pode gerar problemas em redes de desempenho muito elevado. Isso porque quanto maior o desempenho, mais bits estarão nesse trajeto. Exemplo: em um canal de 50 Mbps com um atraso de 40 ms teremos: 50 X 106 bits/segundo X 40 X 10-3 segundos= 2.000.000 bits Sessão 3 – Multiplexação Multiplexar é transmitir sinais de várias sessões de comunicação em um meio físico compartilhado. A técnica é muito útil para reduzir o numero de enlaces, que normalmente possuem custos elevados. 28
  • 29. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal Figura 17 - Sessões em enlaces individuais Quando poucas sessões forem necessárias, o número de enlaces individuais não chega a ser um problema. Mas muitas sessões significam muitos enlaces. Enlaces=s(s-1)/2 ■■■ Figura 18 - Multiplexação - Sessões compartilhando enlace único Os canais de comunicação podem ser multiplexados segundo 3 técnicas básicas: • Tempo (TDM ou Time Division Multiplexing) Nessa técnica, o canal de comunicação é divido em vários “slots” ou períodos de tempo. Cada estação pode transmitir em um período, usando toda a frequencia (banda) disponível. Ou seja, limita-se o tempo de transmissão, libera-se a frequencia plena do canal. 29
  • 30. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal Figura 19 - Time division multiplexing • Frequência (FDM ou Frequency Division Multiplexing) Nessa técnica ocorre o inverso da anterior: Limita-se uma faixa de frequencia para cada estação, que pode então transmitir por periodos de tempo indefinidos . Um exemplo é a transmissão de rádios em AM. Vários canais são alocados nas frequencias entre 500 e 1500 kHz. Cada estação de rádio usa uma faixa de frequencias, sem limites de tempo. Figura 20 - Frequency Division Multiplexing 30
  • 31. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal • Comprimento de onda (WDM ou Wavelength Divison Multiplexing) Nessa técnica, cada estação irá transmitir em comprimentos de onda específicos, que são filtrados ao passar pelo comutador. Figura 21 – Wavelenght Division Multiplexing 31
  • 32. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal 32
  • 33. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal • Sessão 4 – Codificação Os sinais se propagam através de um meio físico (enlaces, ou links). Os dados binários que o nó de origem quer transmitir precisam então ser codificados em sinais, de modo que os bits possam percorrer a distância até o destino. No destino, os sinais precisam ser decodificados novamente em dados binários. Os sinais, na prática, correspondem a duas voltagens diferentes nos fios de cobre ou potências com níveis diferentes quando o meio é a fibra óptica. A responsabilidade de codificar o sinal que irá trafegar o meio físico é das interfaces de rede. Cada interface tem uma tecnologia, e pode envolver uma série de protocolos. Existem vários tipos de codificação. Por exemplo, para a tecnologia ethernet, uma subcamada responsável pela codificação irá gerar um código do tipo Manchester nas taxas de 10Mbps em fios de cobre. A codificação irá mudar para NRZI em taxas de 100Mbps nas Fibras ópticas. Você vai ver agora alguns detalhes a respeito de 4 das principais técnicas de codificação: NRZ, NRZI, Manchester, 4B5B e MLT3 Stallings pag 135 – Peterson pag 57 Codificação NRZ O nome é obscuro “Sem retorno ao zero”, ou “Non return to zero”. É a forma mais simples de codificar sinais e por isso a mais utilizada. O mapeamento é feito representando um bit um para os sinais de nível mais alto e um bit zero para os sinais de nível mais baixo (Figura 22) . Bits 0 0 1 0 1 1 1 1 0 1 0 0 0 0 1 0 NRZ Figura 22 - Codificação NRZ O problema com a NRZ é quando ocorre uma sequência longa de bits zero ou um. O sinal permanece alto ou baixo no enlace por um período muito longo Codificação NRZI Essa codificação é denominada “sem retorno ao zero inversão no um” (non-return-to-zero, invert-on-one) Funciona assim: 33
  • 34. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal • Os sinais 1 são alternadamente representados por um sinal alto ou baixo (Voce deve lembrar que nas fibras ópticas o que muda é a intensidade do sinal para representar zeros e uns). • Nenhuma alteração é feita no sinal para representar um zero. Figura -23 - Codificação NRZI Com essa técnica, o problema de vários 1s seguidos fica eliminado, mas ainda existe com uma sequencia de zeros. Manchester Essa codificação é usada normalmente para transmitir em fios de cobre a taxas de 10 Mbps. Para cada 0 e 1 transmitido através do meio físico acontecem os seguintes passos: • A representação do bit tem uma transição de voltagem no meio da codificação. • Para um bit 0, a primeira metade é alta, e a segunda é baixa. • Para um bit 1, a primeira metade é baixa e a segunda é alta. Exemplo: Transmissão de um byte 101111001 Figura 24 - Codificação Manchester A codificação manchester sempre provoca uma alteração na voltagem, evitando a perda de sincronismo mesmo em longas sequencias de zeros ou 1s. 34
  • 35. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal 4B5B Usada nas tecnologias Fast Ethernet, FDDI, Token Ring. Para cada conjunto de 4 bits, é inserido um 5º. Bit que evita longas sequencias sem alteração do sinal (i)4B/5B Code-Groups for FDDI, CDDI, and 100BASE-X As opções de codificação foram feitas de forma que nenhum codigo de 5-bits possui mais de 2 zeros consecutivos. 1) Table A.2. 4B/5B Data Mappings Hex Binary "Nibble" (4B) Five Bit Code-Group (5B) Dupla binaria 0 0000 11110 1 0001 01001 2 0010 10100 3 0011 10101 MLT-3 Signals for 100BASE-TX and CDDI Multi-Level 3 encoding (MLT-3) é uma tecnica de sinalização eficiente que foi introduzido pelo CDDI e adotado pelo 100BASE-TX (IEEE 802.3u em par trançado UTP). Requer menos banda que a sinalização NRZI usada pelo FDDI e 100BASE-FX. Isso ajuda bastante, porqueo UTP cat % realmente tem menos banda que a fibra óptica Como a NRZI, a tecnica MLT-3 faz uma transição para cada bit 1 e permanence a mesma para os bits 0. Entretanto, as transições são feitas em 3 níveis de sinais. O sinal muda um nível por vez, como segue: 1. Low to middle 2. Middle to high 3. High to middle 4. Middle to low O resultado é que o numero de transições entre os níveis alto e baixo de voltagem fica reduzido. Isso se traduz em frequencias menores, tornando possível colocar 100Mbps em cabos de categoria 5 . A Figura 25 mostra a codificação de um string binario 11010001 pela MLT-3. Os níveis medio, alto e baixo podm ser representados por [-, 0, +] ou [-1, 0, and 1] 35
  • 36. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal Figura 25 - Codificação MLT3 A MLT-3 apresenta o mesmo problema da NRZI para longas repetições de 0, o que pode gerar uma perda do tempo de bit no lado do receptor. A solução encontrada foi a mesma: A cada 4-bit nibble é convertido em 5-bit code-group usando a tradução 4B/5B. A combinação da 4B/5B e dos sinais MLT-3 possibilita transmitir a 100 Mbps em enlaces com 31.25MHz de banda. Modulação Os sinais digitais devem ser modulados para transporte nos meios analógicos. A situação mais comum aqui é usar a linha de telefonia para enviar dados através de um Modem (Modulador/Demodulador). A modulação é a alteração do sinal para marcar a troca do bit. O número de amostras do canal digital é medido em bauds. Cada baud contém um símbolo 36
  • 37. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal As técnicas mais freqentes são Figura 26): • Modulação de amplitude • Modulação de frequencia • Modulação de fase 37
  • 38. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal Figura 26 - Técnicas de modulação a-Amplitude: Em ondas, é a maior das distâncias que uma onda atinge de sua posição média. Quanto maior a energia da onda, maior a sua amplitude Conceitos importantes: Vários conceitos importantes na trasmissão dos dados ficam confusos, devido a grande quantidade de informações necessárias ao entendimento da coisa. Voce deve lembrar de alguns: • Largura de banda: (Bandwidth): o Faixa de frequencia possível de transmitir em um enlace. É uma propriedade física do meio, medida em Hz. • Baud o Quantidade de amostras por segundo. Cada amostra envia um símbolo. • Símbolo o Como um bit pode ser representado (depende da modulação). A modulação determina o numero de bits por símbolo. • Taxa de bits o Quantidade de bits possíveis de inserir em um enlace, por unidade de tempo. Numero de simbolos por segundo vezes numero de bits/simbolo. 38
  • 39. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal Sessão 5 – Os meios físicos e problemas dos sinais Nesta seção você verá quais os principais meios usados para transmitir os sinais, e ambém os problemas que os pobres bits enfrentam para percorrer as distâncias entre a fonte e o destino. Na nossa analogia da NetPizza, os meios físicos são correspondentes as vias de transporte, por onde trafegam nossos veículos transportadores de pizzas. Os meios físicos servem de substrato para a propagação dos bits, convertidos em sinais eletromagnéticos ou pulsos ópticos. Os bits se propagam entre uma interface de origem e uma de destino. Numa interconexão de redes, como é a Internet, podemos ter vários pares transmissor/receptor entre o ponto inicial (fonte) e o final (destino). Entre cada par transmissor/receptor, os meios físicos podem assumir diferentes formas. Os meios físicos podem ser dividos em 2 grupos: Guiados e não guiados • Guiados a) Fios de cobre 1. UTP – Unshilded Twited Pair ou Par trançado não blindado. Os fios são trançados em pares. Cada par consiste de um fio usado par os sinais positivos e outro para os negativos. Qualquer ruído que ocorra em um dos fios do par irá aparecer no outro também. Como eles estão com polaridades contrárias, possuem 180 graus de deslocamento de fase, o que cancela o ruído na extremidade receptora. Figura 27 – UTP 2. STP – Shilded Twisted Pair - Par trançado blindado. O grau de redução da interferência é determinado pelo número de trançagens por unidade de comprimento. Para melhorar a rejeição aos ruídos, uma malha recobre os pares de fios que estão trançados. 39
  • 40. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal Figura 28 - STP - Par Trançado Blindado O revestimento pode ser em pares individuais e em torno de todos os pares, ou somente em torno de todos os pares em conjunto (Screened Twisted Pair) Figura 29 – ScTP – Screened Twisted Pair Mais informações sobre cabeamento de par trançado: http://www.siemon.com/us/standards/default.asp#OUTLET 3. Cabos Coaxiais Consistem em um condutor cilíndrico externo oco que circunda um conjunto interno feito de dois elementos condutores. Um condutor de cobre, no centro. Circundando-o, há uma camada de isolamento flexível (insulator) - Figura 30. Sobre esse material de isolamento, há uma malha de cobre ou uma folha metálica (shield) que funciona como o segundo fio no circuito e como uma blindagem para o condutor interno. Essa segunda camada, ou blindagem, pode ajudar a reduzir a quantidade de interferência externa. Cobrindo essa blindagem, está o revestimento do cabo (jacket). Figura 30 – Cabo Coaxial b) Cabos de Fibras ópticas As fibras ópticas consistem de fibras de vidro ou polímeros de carbono (mais atuais) que transportam sinais a altas frequencias em volta do espectro de luz visível. O tubo de vidro central é denominado de Núcleo, tipicamente com 62,5 microns (1 micron = 10-6 metros). Em volta do núcleo, um envoltório (cladding) também de vidro, em camadas concêntricas, para evitar a perda dos feixes luminosos. Esse envoltório possui 125 microns de diametro. Uma fibra com essas medidas nucleo/casca é dita 62,5/125. Em volta da casca existe um 40
  • 41. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal protetor de plastico. Nas fibras, a frequencia das ondas como medida de banda dá lugar ao comprimento de onda, medido em naômetros ou bilionésimos de metros. Figura 31 -Cabo de Fibra óptica Tipos de fibra--------------------------------iniciar aula do dia 12 Dois tipos básicos de fibra: Multimode (MMF) e Singlemode (SMF) Características das fibras Multimdo: (Muitos feixes luminosos) • Fonte luminosa: LED (Light Emitting Diode) • Atenuação 3.5 dB/Km (perde 3.5 dB de potencia no sinal por quilometro) • Comprimento de onda da fonte luminosa: 850 nM • Dimensões diâmetros nucleo/casca: 62.5/125 Características das fibras Singlemode: (Um feixe luminoso) • Fonte luminosa: Laser • Atenuação 1 dB/Km • Comprimento de onda da fonte luminosa 1170 nM • Dimensões diâmetros nucleo/casca: 9/50 Comparação entre as fones de luz para os cabos de fibra: Vantagens dos cabos de fibra: 41
  • 42. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal • Imunidade a interferências a) RFI - Radio Frequency Interference b) EMI -Electromagnetic Interference • Grande capacidades de banda • Imune a corrosão • Atenuação bem menor que o cobre • Ocupa menos espaço • Suporta taxas de transmissão maiores Desvantagens dos cabos de fibra: • Curvas limitadas (pode quebrar facilmente) • Preço (compesador em altas taxas) • Dificuldade de emendar 1. MMF 2. SMF Figura 32 - Tipos de fibra Figura 33 - Conectores tipo ST 42
  • 43. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal Figura 34 - Conectores tipo SC e Duplex 43
  • 44. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal • Meios físicos Não guiados Essas formas de transportar sinais não necessitam conexão direta entre uma estação e outra. Os canais de comunicação são criados usando-se as frequencias do espectro eletromagnético (Tabela 1). 1. Radio frequencia • Ondas terrestres – Propagam-se limitadas pela altura da atmosfera, e seguem a curvatura do globo (Figura 35). Ondas de rádio, frequencias menores (VLF, LF, MF na Tabela 1). São omnidirecionais, ou seja, propagam-se em todas as direções a partir da estação de transmissão. Figura 35 - Ondas terestres - Baixas frequencias • Reflexão na Ionosfera o Possuem alcance maior, as frequencias são elevadas (HF, VHF, UHF...) Figura 36 - Reflexão na Ionosfera - Frequencias elevadas Name Frequency (Hertz) Examples 44
  • 45. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal Gamma Rays 1019+ X-Rays 1017 Ultra-Violet Light 7.5 x 1015 Visible Light 4.3 x 1014 Infrared Light 3 x 1011 EHF - Extremely High 30 GHz (Giga = 109) Radar Frequencies SHF - Super High 3 GHz Satellite & Microwaves Frequencies UHF - Ultra High 300 MHz (Mega = 106) UHF TV (Ch. 14-83) Frequencies VHF - Very High 30 MHz FM & TV (Ch2 - 13) Frequencies HF - High Frequencies 3 MHz2 Short Wave Radio 3 MF - Medium Frequencies 300 kHz (kilo = 10 ) AM Radio LF - Low Frequencies 30 kHz Navigation VLF - Very Low Frequencies 3 kHz Submarine Communications VF - Voice Frequencies 300 Hz Audio ELF - Extremely Low 30 Hz Power Transmission Frequencies Tabela 1 - Frequencias do espectro eletromagnetico Radio Frequencias – As frequencias maiores (Very, Ultra, Super, Extremely) receberam esses nomes porque ninguém esperava que fossem descobertas frequencias maiores que 10Mhz (HF). 45
  • 46. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal 2. Micro-ondas A transmissão por micro-ondas (Microwave transmission) comporta-se de forma diferente da radiofrequencia normal. A transmissão é direcional, e precisa de uma linha de visada (as estações devem ser visíveis de uma para outra)- Figura 37. Figura 37 - Propagação na linha de visada (maximo 50 kilômetros, devido a curvatura do globo) Em casos onde não existe linha de visada, devem-se inserir repetidores (Figura 38). Figura 38 - Estações sem linha de visada usando repetidores As micro-ondas operam em frequencies muito altas, entre 3 a 10 GHz. Isso permite que transportem grandes quantidades de dados, pois a largura de banda é alta. Vantagens: a. Muita largura de banda. b. Torres pequenas, ocupam pouca area na terra c. Frequencia alta e baixo comprimento de onda, requerem antenas pequenas Desvantagens: 46
  • 47. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal a. Atenuação por objetos sólidos: Chuva, pássaros, neve, fumaça b. Refletida em superficies planas (agua, metais)Reflected from flat surfaces like water and metal. c. Difração em volta de objetos sólidos. d. Refração na atmosfera, causando projeção do sinal além do recptor. e. Regulamentadas, é necessário adquirir licença de uso. Existem acordos internacionais e nacionais para prevenir o uso caótico do espectro. Como todos querem mais banda, as frequencias são cobiçadas. Esses acordos determinam as faixas de frequencia das rádios (AM, FM), TVs e celulares. São regulados também os usos das companias telefônicas, polícias, navegações, militares. O ITU-R é o responsável pelas regulamentações internacionais, embora alguns países possuam regras conflitantes. Equipamentos que operam em um país podem ser barrados em outros. 3. Laser O uso de laser para transportar dados está bem difundido pois possui grande banda , é uniderecional e não está na faixa regulamentada. O laser não se propaga corretamente com chuva, neve, névoa ou fumaça. Uma grande aplicação do laser é na conexão de redes locais entre dois prédios. Relativamente barato e fácil de instalar, apesar de ser difícil de focar o fotoreceptor se as distâncias forem grandes. 4. Infra vermelho A faixa do infra-vermelho é largamente usada para transmissão de dados em curta distância. Os conrole-remotos dos equipamentos domésticos (TV, DVD, Players de toda espécie) utilizam ondas na frequencia do infravermelho. É um método barato e relativamente unidirecional. Não ultrapassa paredes sólidas, o que é uma vantagem. A vizinha não pode trocar seu canal de futebol, ou baixar o volume do seu MP3 player. 47
  • 48. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal Em geral, quando os comprimentos de onda ficam menores, o comportamento das ondas se aproxima mais da luz e se afasta do comportamento das ondas de rádio. 5. Satélite Na sua concepção mais rudimentar, poderíamos ver um satelite artificial como um repetidor de micro-ondas no céu. Vários transponders ficam ouvindo uma faixa própria do espectro, amplificam o sinal que está chegando (uplink) e retransmite em outra frequencia, para evitar interferência no sinal que está chegando. O sinal de descida (downlink) pode ser amplo, cobrindo uma superficie ampla do planeta, ou estreito, cobrindo uma area de apenas centenas de quilometros de diametro. A altiude do satélite determina uma série de fatores que influenciam no desempenho da tecnologia. Existem três grande grupos em função dessa altitude: Os GEO, os MEO e os LEO . 48
  • 49. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal Figura 39 - Altitudes, atrasos e número de satélites necessários conforme o tipo (2º. Tanembaum) Geo- São os satélites colocados em órbita sobre a linha do equador, em uma altitude de 35.800 km, a qual corresponde a uma volta em torno da superfície do planeta a cada 24 horas, permitindo que o satélite pareça estacionário quando observado da Terra. Como cada equipamento precisa de 2 graus de distância do outro para evitar interferências, temos apenas 3600/2=180 vagas no espaço. Figura 40- Satelite geoestacionário/geossincrono Os sistemas GPS usam os MEO – a 17000 Km, com 24 satelites. 2.5.2 MEO: Mediam Earth Orbit, são os satélites de órbita média, situam-se entre 6.000 e 15.000 kilometros de altitude. È nessa classe que estão os satélites dos sistemas GPS, que identificam o posicionamento de uma estação móvel na superfície do planeta com uma 49
  • 50. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal precisão muito grande. Têm uma latência (atraso) de 35 a 85 ms e são necessários 10 satélites para fazer a cobertura plena do globo. 2.5.3 LEO: Low Earth Orbit (Baixa órbita terrestre) Como movem-se muito rapidamente, são necessários muitos deles (50 ou mais) para uma cobertura ampla. Por outro lado, como estão próximos da superfície (até 5000 Km) o retardo é baixo ( 1 a 7 ms). Problemas dos bits nos meios físicos São vários os problemas qe os miseráveis sinais irão encontrar nos meios físicos, que impõe barreiras ao funcionamento da rede. Os principais são os atrasos, os ruidos, a atenuação e a dispersão. 50
  • 51. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal • Atrasos Nas redes de dados (comutação por pacotes, veja seção xxxx), podem existir muitos fatores de atraso na chegada dos sinais. Kurose e Ross destacam 4 tipos princiapis de atrasos: Propagação, Transmissão, Fila e Processamento (Figura 53). Embora os atrasos sejam prejudiciais na maioria das situações, as variações dos atrasos entre um pacote e outro podem ser bem mais problemáticos. Tais variações dos atrasos são denominadas “Jitter”. • Atenuacao (By Tanembaum4a. ed) • Erro Erros são introduzidos pelos demais problemas na transmissão do sinal, como ruídos e dispersões. Normalmente são usadas técnicas de detecção, mas não de correção. Como os dados para detectar um erro são enviados em conjunto com as informações, não se pode ter certeza que tais dados estejam totalmente corretos no momento do recebimento. Por exemplo, o transmissor envia uma sequencia Dados-verificação, representados por DV. O receptor vai receber uma sequência D’V’. Perceba que o parâmetro de verificação V’ pode ser diferente do V original. • Ruído É uma adição não desejada aos sinais eletromagnéticos, ópticos e de voltagem. Nenhum sinal elétrico é sem ruído. O importante é manter a razão sinal-ruído (S/R) o mais alta possível. 51
  • 52. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal sinal ruído Pode ser interpretado como 1 Figura 41 - Ruido e a conjunção com o sinal • Dispersão A dispersão acontece quando o sinal se espalha com o tempo. É causada pelos tipos de meios envolvidos. Se acontecer com alguma intensidade, um bit pode interferir no próximo bit e confundí-lo com os bits anteriores e posteriores. Figura 42 - Dispersão do sinal • Distorção A distorção ocorre pelas influencias diferenciadas do meio em cada frequência do sinal sendo transmitido ( 52
  • 53. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal http://www.siemon.com/br/whitepapers/10G- Assurance.asp 53
  • 54. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal http://members.tripod.com/%7eVBKumar/networking.html Para saber mais Cabos: http://www.siemon.com/br/ Alocação de frequencias do spectro: http://www.ntia.doc.gov/osmhome/allochrt.html Multiplexação http://en.wikipedia.org/wiki/Category:Multiplexing Satélites: http://www.ee.surrey.ac.uk/Personal/L.Wood/constellations/ http://www.sia.org/ 54
  • 55. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal 55
  • 56. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Camada física - Sinais, multiplexação e banda em um canal Chegou o momento de testar os conhecimentos. Vamos lá, procure não chutar. Atividades de Auto-Avaliação – Unidade 2 Marque V para as afirmações verdadeiras e F para as falsas 1)Quanto aos sinais, podemos afirmar que: [ v ] Um sinal é um fenômeno físico, e na transmissão de dados representa os bits [ f ] Os sinais analógicos são descontínuos, discretos [ f ] Nos sinais digitais a intensidade é constante e não se altera [ v ] Na codificação NRZI um sinal corresponde a um bit [ v ] Geração do sinal, detecção de erros e sincronização são tarefas do sistema de comunicação 2) Quanto a largura de banda, podemos afirmar que: [ v ] Largura de banda pode ser definida com quantidade de sinal possível em um meio físico [ f ] O atraso é uma medida da quantidade de bits no canal de comunicação [ v ] Quando multiplicamos a banda pelo atraso, obtemos a quantidade de bits no canal de comunicação [ v ] As vazões em um canal nem sempre correspondem a banda disponível [ f ] A taxa de transmissão de um interface (por exemplo, fast ethernet com 100 Mbps) não pode ser considerada largura de banda 3) Quanto a multiplexação dos canais, podemos afirmar que: [ f ] Multiplexar é aumentar a banda [ f ] Uma divisão do canal em ferequencias diferentes limita o tempo de transmissão das estações [ f ] A técnica TDM consome mais tempo que a FDM [ v ] As fibras ópticas podem ter vários canais virtuais se usamos técnicas WDM [ v ] A técnica TDM limita o tempo de cada estação 4) Quanto as técnicas de codificação dos sinais podemos afirmar que: [ v ] A técnica NRZ apresenta problemas com longas sequencias de sinais repetidos [ f ] A técnica NRZI evita os problemas com muitos zeros repetidos [ v ] A técnica Manchester sempre inverte o sinal, mesmo dentro do mesmo bit [ f ] Nas fibras ópticas a variação do tempo determina a codificação [ v ] Nas interfaces ethernet, os códigos são NRZI a taxas de 100 Mbps e Manchester nas taxas de 10 Mbps 5) Quantos aos meios físicos e problemas dos sinais, podemos afirmar que: [ f ] As fibras são mais rápidas que os fios de cobre [ v ] As fibras possuem mais banda que os fios de cobre [ v ] os fios de cobre atenuam mais que as fibras ópticas [ v ] Os satélites possuem retardos elevados, mas grandes coberturas [ f ] O infravermelho passa paredes de alvenaria, e as microondas não passam [ v ] A dispersão é um problema que pode sobrepor os sinais representando bits diferentes 56
  • 57. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Unidade 3 Unidade 3 Redes de comutação de circuitos e de comutação de pacotes Objetivos de aprendizagem Esta unidade tem como propósito trazer um entendimento das diferenças básicas entre as técnicas de comutação: por circuitos (usado classicamente em telefonia) e por pacotes (redes de dados). Ao final da unidade, você será capaz de: • Descrever as características fundamentais de um serviço de rede orientado a conexão e de um sem conexão. • Diferenciar as redes comutadas por circuitos das redes comutadas por pacotes • Entender as diferenças entre os atrasos nas redes, e os fatores que influenciam cada tipo • Entender os conceitos de unidades de dados e dos cabeçalhos Plano de estudo A seguir estão descritas as seções desta unidade. Para manter a “jornada” bem organizada e registrada, ao final de cada “estação”, assinale o quadro marcando os “trajetos” já percorridos. Seção 1 – Serviços orientados a conexão e sem conexão Seção 2 – Chaveamento ou comutação Seção 3 – Atrasos nas redes comutadas • Propagação • Transmissao • Enfleiramento • Processamento Seção 4 - Os cabeçalhos das PDUs Seção 1 – Serviços orientados a conexão e sem conexão Voce sempre poderá associar um serviço sem conexão ao serviço postal tradicional (pode não ser do seu tempo, mas antigamente o sistema postal entregava cartas, através de agentes, denominados carteiros). 57
  • 58. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Nessa analogia, voce deve lembrar do sistema telefônico como sendo um serviço com conexão. Tá legal, mas quais as principais diferenças? Basicamente, conexão implica em estabelecer um caminho prévio, um aceite do destinatário e somente depois iniciar a transmissão dos dados. O sistema postal – serviços sem conexão ou connectionless Nesse sistema, a origem da mensagem nunca terá plena certeza de que o processo vai funcionar. Quando você enviava uma carta (veja bem, isso foi antigamente), precisava ter muita esperança que: a) O endereço de destino estivesse correto b) A carta iria realmente chegar até lá c) O destinatário existisse, e estivesse apto a receber a mensagem (no destino, disponível e com vontade de ler). d) Se o cara estivesse a fim de responder ou só confirmar o recebimento, ele teria que passar pela mesma espectativa, cruzar os dedos e esperar. Vantagens: Esse tipo de sistema apresenta algumas vantagens. Você pode enviar quantas mensagens quiser sem esperar pelo aceite do destino. Mesmo que o destinatário não se encontre no endereço, basta que você consiga entregar ao primeiro ponto de contato (o posto dos correios), e ele se encarrega de remeter até o próximo ponto. Pela simplicidade, o serviço apresenta uma eficiência razoável a um custo muito baixo. Desvantagens: O serviço não é confiável. Você não tem garantias de entrega. Mesmo que a mensagem seja entregue, você não pode ter certeza que o destino foi correto (tanto o endereço como o destinatário podem não ser os desejados). O sistema telefônico – Serviços orientados a conexão Nesse sistema, a origem da mensagem (você) digita o endereço no terminal telefônico (celular, fixo, IP-Phone), que poderia ser o da Net-Pizza, por exemplo, e um sistema de comutadores encontra o caminho até o destino. Uma vez que o destino é encontrado, um alarme qualquer avisa o destinatário que alguém quer estabelecer uma conexão (se o terminal telefônico de destino não estiver ocupado). O destinatário pode aceitar ou não a conexão. Existe, portanto, uma troca de sinais iniciais (conexão) antes de se remeter a mensagem (dados dos usuários). Vantagens: O sitema apresenta um nível de confiabilidade alto. Você só começa a transmitir se a conexão foi efetuada. Desvantagens: Existe um custo de rede mais elevado, uma vez que é necessário trocar algumas informações antes de transmitir. Existe ainda um retardo inicial no estabelecimento da conexão. Mais tarde, voce vai estudar os dois protocolos da pilha TCP/IP que stão relacionados com os serviços orientados a conexão (TCP) e sem conexão (UDP). 58
  • 59. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Seção 2 – Chaveamento ou comutação Os comutadores (switches) são dispositivos especializados usados para conectar duas ou mais linhas de transmissão. Quando os dados chegam a uma linha de entrada, o elemento de comutação deve escolher uma linha de saída para encaminhá-las. Pode-se dizer que um switch é um dispositivo usado para conectar enlaces para formar uma rede maior. Um circuito pode ser definido como um caminho entre os pontos finais de uma comunicação. Existem duas formas básicas (Figura 43) para troca de informações em uma rede constituida por enlaces diferentes. a) Comutação de circuitos b) Comutação de pacotes A comutação de pacotes, por sua vez, pode se dar de duas formas: Datagamas Circuitos virtuais Comutação Circuitos Pacotes Datagramas Circuitos Virtuais Figura 43 - tipos de comutação 2.1 – Redes comutadas por circuitos – Circuit Switching Em uma rede comutada por circuito, um circuito físico dedicado é estabelecido entre os nós de origem e de destino antes de ocorrer a transmissão de dados. Portanto, o serviço é orentado a conexão, como visto na seção anterior. O circuito permanece pela duração da transmissão. O sistema de telefonia pública é um exemplo de rede comutada (chaveada) por circuito. Os comutadores das operadoras estabelecem um caminho físico entre as 59
  • 60. Disciplina de Redes e Comunicação de dados extremidades (sistemas finais) que querem se comunicar. Isso é necessário porque voce não tem uma conexão direta com cada telefone que você quiera chamar. Uma vez estabelecido, o circuito é dedicado exclusivamente à transmissão atual. Completando a transmissão, esse circuito dedicado é liberado e disponibilizado para outra transmissão. Assim, a comutação por circuito promove o compartilharnento de recursos, pois os mesmos circuitos podem ser usados para diferentes transmissões, embora não simultaneamente (pelo menos é isso que a operadora de telefonia espera: Os usuários de uma mesma central não devem usar ao mesmo tempo seus equipamentos...) Y 1 2 3 W Figura 44 - Comutação de Circuitos Na Figura 44, você pode ver um circuito sendo estabelecido entre as estações finais Y e W (que poderiam ser terminais telefônicos), passando pelos comutadores (switches) 1, 2 e 3. Outro exemplo de rede comutada por circuitos são as Redes Digitais de Serviços Integrados (RDSI, ou ISDN – Integrated Services Digital Networks). 2.2 Redes comutadas por pacotes – Packet switched networks As redes comutadas por pacotes também são tecnologias de longa distância (WAN, ou Wide Area Network, como voce viu na unidade anterior, que tratou da classificação das redes), como a comutação de circuitos. Um switch de pacotes é um dispositivo com várias entradas e saídas, levando e trazendo os pacotes aos hosts que o switch interconecta. 60
  • 61. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Figura 45 - Dados inseridos em pacotes Figura 46 - As redes de comutação de pacotes podem ser comparadas ao serviço postal Os dados do usuário são divididos em pequenas porções denominadas pacotes, aos quais são anexados cabeçalhos com informações de controle (origem, destino, protocolo) - Figura 45. 61
  • 62. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Figura 47 - Comutação por pacotes Nesse caso, a banda disponível é usada ao máximo, em um compartilhamento dos recursos da rede. Em cada fluxo de dados de uma ponta a outra, a comunicação é dividida em pacotes. Cada pacote usa a banda máxima do enlace. Dessa forma, os recursos são usados conforme são necessários, sob demanda. Essa técnica é denominada “multiplexação estatística” dos recursos. Store-and-forward A chegar em um comutador (switch), o pacote vai esperar sua vez de ser transmitido. Existem filas na entrada e na saida das interfaces. Esse cara só vai deixar a interface do switch quando toda a informação que o compõe já chegou na interface de entrada. Essa técnica também tem um nome: “Store-and-Forward” ou “armazena e retransmite”. Figura 48 - Uso compartilhado de recursos Ao contrário da comutação de circuitos, a comutação de pacotes não aloca os recursos de forma dedicada para um fluxo de comunicação. Isso possibilita que mais usuários usem o mesmo recurso (Figura 48). Comutação e perfil de tráfego 62
  • 63. Disciplina de Redes e Comunicação de dados A comutação de pacotes permite que mais usuários utilizem a rede, devido as características dos tráfegos de dados. As transmissões de dados tendem a ser mais variáveis que as de voz, com momentos de pico e momentos de inatividade. Esse perfil é denominado de “Taxa de bits variável”, ou VBR. Por essa razão, não seria vantajoso deixar uma parte da banda alocada para uma única comunicação, como na comutaçao de circuitos. Por outro lado, a comunicação de voz exige uma alocação constante do canal, em um perfil de tráego denominado CBR, ou “taxa constante de bits”. Esse perfil é mais adequado a alocação de recursos propiciada pela comutação de circuitos. Tá legal, mas o que são esses pacotes? Um pacote é uma unidade de transferência de dados (PDU – Protocol Data Unit). Voce pode imaginar uma unidade dessas como sendo um “envelope digital”, onde os dados são transportados. Na net-pizza, os pacotes são as próprias pizzas, transportadas pelo proto-boy, que representa os frames de camada 2. Figura 49 - Envelope Digital – PDU Cada camada do modelo de referência possui uma PDU com um nome genérico. Os pacotes são denominações genéricas para as PDUs de camada 3. Alguns autores chamam de pacotes as PDUs de nível 2 e 3, indistintamente. No nosso curso, vamos adotar a seguinte nomenclatura: Camada Nome da PDU 5- Aplicação Mensagem 4 –Transporte Segmento 3 – Rede Datagrama 2 – Enlace Frame 63
  • 64. Disciplina de Redes e Comunicação de dados 1 – Física bit Tabela -2 - PDUs e camadas As diferentes tecnologias de cada camada possuem diferentes formatos de “envelopes” digitais para armazenar os dados. Exemplo: IpX e IP na camada 3, TCP e UDP na camada 4, ethernet, token ring e FDDI na camada 2 (Figura 50). Figura 50 -Tipos de frames mais comuns em LANs Figura 51 - As alterações nos frames através dos enlaces 64
  • 65. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Conforme os dados trafegam nos diferentes tipos de enlaces, a tecnologia de camada 2 daquele enlace “encapsula” os dados das camadas superiores, que permanecem dentro dos “envelopes digitais” sem alteração, como pode ser observado na Figura 51. 2.2.1 – Circuitos virtuais Outra forma de comutação de pacotes é através da criação de circuitos virtuais. Nesse caso também não existem recursos dedicados a uma transmissão, e os pacotes individuais de uma comunicação são misturados com outros, de outras fontes. A diferença dessa técnica para a comutação de pacotes pura é que alguns pacotes iniciam um estabelecimento de chamada, chegando ao destinatario e retornando antes de se iniciar a transmissão dos dados. Existe portanto uma conexão. Mas para os usuários finais, é como se existisse um canal permanente, pois uma vez que o caminho esteja estabelecido, todos os pacotes seguem pelo mesmo trajeto. Figura 52 - Circuitos virtuais nas redes comutadas por pacotes • Seção 3 – Atrasos nas redes comutadas Figura 53 - Atrasos em redes de comunicção de dados (Kurose & Ross) -Atraso de Propagação É o tempo necessário para que um bit deixe a interface do transmissor e chegue a interface do receptor. Segundo Einstein, “nada pode viajar mais rápido que a velocidade da luz no vácuo (3,0 x 108 metros/segundo)". Os sinais de rede sem fio trafegam a uma velocidade um pouco 65
  • 66. Disciplina de Redes e Comunicação de dados menor do que a velocidade da luz no vácuo. Os sinais de rede em meios de cobre trafegam a uma velocidade no intervalo de 1,9 x 108 m/s a 2,4 x 108 m/s. Os sinais de rede em fibra óptica trafegam a aproximadamente 2,0 x 108 m/s. Genericamente, podemos dizer que os sinais percorrem os meios com uma velocidade entre 2 e 3 x 108 m/s, independente do tipo de sinal e do meio. Atraso de Transmissão É o tempo que uma interface demora para inserir um quadro no meio físico (todos os bits da unidade de informação). Lembre-se que um quadro é também denominado frame, a PDU de camada 2 – ( Figura 9). Tipicamente, o atraso de transmissão pode ser representado por: A=C/T onde: A=atraso de transmissão (seg) C=Comprimento do frame (bits) T=Taxa de transmissão da interface (bps) Exemplo: o atraso de transmissão em uma interface IEEE 802.3u (100 Mbps), para um frame típico de 1518 bytes pode ser calculado como: 1518 bytes*8= 12144 bits A=12144/100.000.000 bits/seg= 0,0012144 segundos ou 1,21 ms Exercicio: a)Calcule o atraso de transmissão para uma interface ATM de 622 Mbps, sabendo que a célula ATM (frame) possui um tamanho de 53 bytes. b) Se o cabeçalho deo ATM é de 5 bytes e do Ethernet é de 18 bytes, calcule o atraso que existiria sem os cabeçalhos. Qual das duas tecnologias tem maior overhead? (Overhead é a sobrecarga do cabeçalho, uma vez que a informação que ele contém não interessa a aplicação ou ao usuário. Ela é usada somente para municiar os protocolos de rede). Considere para o ATM uma taxa de 622 Mbps e para o ethernet 10 Mbps. -Atraso de Enfileiramento O atraso de fila é um dos mais complexos e por isso o mais estudado. Ao contrário dos outros três, o atraso de fila pode variar de um frame para outro. Por exemplo, se uma quantidade de frames chega em uma interface inicialmente livre, o primeiro frame não sofre atraso de fila, pois o primeiro a chegar normalmente é o primeiro a ser processado e repassado. Na verdade existem varios tipos de tratamento para as filas ( Figura 54). O tipo 66
  • 67. Disciplina de Redes e Comunicação de dados referido denomina-se FIFO (First In, First Out). Os demais frames somente serão processados após o processamento dos antecessores. O tamanho da fila irá depender da taxa de chegada dos frames λ, do tamanho de cada frame (no caso do ethernet, 1518 bytes) e da capacidade do processamento. Figura 54 - Atraso de enfileiramento Quando a taxa de chegada dos frames for maior que a capacidade de processamento, o tempo de espera tende a crescer indefinidadamente. Como os recusos para armazenar as filas dos pacotes são finitos, os pacotes que excedem os recursos são descartados. Do ponto de vista dos sistemas finais, é como se o pacote tivesse entrado na rede de um lado e não emergisse no outro. Na net-pizza, os veículos devem enfrentar as filas também. Imagine que o veículo de entrega chega ao prédio de destino e precisa estacionar para receber uma senha e ser atendido. O estacionamento tem um limite, que corresponde ao limite da fila. Quando excedem a capacidade do estacionamento, são descartados, sem comunicação. O cliente que não recebeu a pizza é quem se responsabiliza pelo aviso. -Processamento É o tempo necessário para a análise do cabeçalho do pacote e encaminhamento para a fila de saída. São veificados também possíveis erros nos bits. O procedimento mais comum na presença de erros é descartar o pacote. Na net-pizza, podemos imaginar que é o tempo necessário para o pessoal da expedição analisar o pedido, verificar os erros possiveis e decidir qual a porta que o veículo vai sair para chegar mais rapidamente ao destino. Seção 4 - Os cabeçalhos das PDUs 67
  • 68. Disciplina de Redes e Comunicação de dados Os cabeçalhos constituem uma porção das unidades de dados, responsáveis pelas informações necessárias ao funcionamento da camada de protocolo. Pode-se dizer que constituem a parte de sinalização da rede, servindo como orientação aos dispositivos que recebe Os cabeçalhos constituem uma porção das unidades de dados, responsáveis pelas informações necessárias ao funcionamento da camada de protocolo. Pode-se dizer que constituem a parte de sinalização da rede, servindo como orientação aos dispositivos que recebem os pacotes. Você pode imaginar o cabeçalho como o endereçamento de um envelope. Na net-pizza, você pode imaginar o cabeçalho das unidades de dados como as instruções passadas em cada andar da pizzaria. O andar da expedição/recebimento deve endereçar as pizzas que estã saindo. E conferir as encomendas feitas aos fornecedores, encaminhando ao destinatário correto dentro do prédio. Se for material para as coberturas das pizzas, encaminha aos pizzaiolos. Se for madeira para os fornos, manda para o assador. Todas essas instruções estão contidas nos documentos que acompanham as encomendas. Tal documentação corresponde ao cabeçalho das PDUs. 68