2. REDUÇÃO e
REAPROVEITAMENTO
RECICLAGEM
≠
A recusa, a redução e o reaproveitamento são alternativas anteriores à
reciclagem.
A reciclagem aparece apenas quando há um material descartado. É, portanto,
uma suposta solução para este material que se tornaria lixo.
Não se pode esquecer, no entanto, da crescente "indústria da reciclagem" que
reduz uma ampla postura ecológica à uma atitude que “autoriza” o consumo de
embalagens, descartáveis e etc, desde que seja tudo "reciclável”.
3. Você já observou do
que é feito o lixo
que você produz?
Quais são os seus
excessos?
Quanto tempo
as coisas duram
na sua vida?
Entre os objetos
que você possui,
de quais você
realmente
necessita?
4. Dona Flores e Dona Fulana, todos
os dias, comem pão, bolo e
tomam suco no café da manhã
5. Quantas embalagens
poderiam não existir na
sua vida? E as que já
existem, como
reaproveitá-las?
Que outras comidas
podemos preparar em
casa e, assim, evitar o
lixo desnecessário?
Qual o tempo que as
coisas que duram
pouco tempo na sua
vida, duram fora dela?
Será realmente fora?
Já pensou sobre como
são mais saudáveis um
suco da fruta, um bolo
e pão caseiro?
7. Dona Flores adora sentir o vento
no rosto. Aproveita e leva o filho
de bicicleta para escola. Dona
Fulana, assim como outras tantas
pessoas,
aproveitou o IPI reduzido e
comprou mais um carro.
8. No seu cotidiano, quantas vezes o uso
do carro é realmente necessário?
Exemplos de partilha: Feira de troca
sustentável MAC Niterói, Covoiturage,
Couchsurfing, Feira grátis da gratidão,
Bicicletada Massa Crítica + Roda Livre
Em que momentos eu posso me
organizar para compartilhar com os
outros uma carona, um objeto, uma
refeição?
Serão alguns objetos “facilitadores” ou
apenas nos trazem mais obrigações de
consumo?
Quando eu posso priorizar o transporte
público no meu dia-a-dia?
9. Dona Fulana adora uma camisa nova,
já Dona Flores aprendeu a
fazer pequenas costuras e a conversar
com botões.
10. Quando eu realmente
preciso de uma roupa
nova?
Quais objetos ao meu
redor, após pequenos
reparos e adaptações,
estariam como novos?
O que há por trás de uma
roupa nova? E de uma
roupa velha (quantas
histórias, lembranças,
momentos!)?
11. Dona Flores, as vezes, visita uns
bons amigos: o sapateiro, o
empalhador e o amolador. Dona
Fulana não sabia que ainda
existiam.
12. Que outras
profissões têm
desaparecido na
sociedade de
consumo?
Onde reside
nossa
autossuficiência?
Quais saberes
desaprendemos? Que
dependência do
consumo
desenvolvemos na
ausência destes
saberes?
13. Dona Flores gosta de desenhar
atrás de papéis já usados. Acredita
que assim, alegra alguns textos
chatos e números sem sentido.
Dona Fulana por sua vez, nunca se
perguntou sobre o que há atrás das
folhas.
14. Já procurou utilizar o
verso da folha,
construir cadernos
ou mesmo, reciclar e
criar novos papéis?
Embora cada árvore de eucalipto fabrique cerca de 23 resmas
de papel A4, sua produção traz
muitos efeitos muito negativos, - desertifica o solo, exclui os
animais - em realidade, cria-se assim, um deserto verde,
composto apenas por eucapiltos.
Qual destino você dá
aos papéis da sua
vida?
15. Dona Flores cria brinquedos e
brincadeiras com seu filho, já Dona
Fulana os compra prontos.
16. Quantos materiais e
objetos podem ser
transformados em
brincadeira e
conhecimento?
Qual a qualidade do
tempo que você se
faz presente?
Interesse no
dinheiro e não na
alegria
(mercantilização do
afeto).
tempo x consumo
18. Você já parou para
pensar sobre quantos
estímulos somos
expostos diariamente
que incentivam o
consumo?
Como são as festas que
faz e frequenta?
Quanto lixo elas
produzem?
Quais ações do seu dia-
a-dia podem ser feitas
por materiais não
descartáveis?
Quantos presentes
compramos em datas
inventadas de
comemoração?
19. Dona Flores gosta de ouvir o
barulho da chuva, Dona Fulana
toma banho enquanto escuta um
disco inteiro.
20. Como você utiliza
a água em sua
casa?
Quanto tempo passa
no banho?
Você deixa a torneira
aberta enquanto lava a
louça e escova os
dentes?
Já pensou em
formas de
reaproveitá-la?
21. “A ecologia é uma questão sapiencial, pois nos
colocou novamente numa situação que já há muito
não nos percebíamos - na condição tribal. A metáfora
da aldeia global torna-se mais do que nunca uma
realidade quando percebemos que não há fora, não
temos onde jogar fora na realidade mundial de nossos
dias. O navio americano que transita há mais de três
anos com um lixo indesejável é um exemplo de que
não há mais fora. O problema é que nunca houve um
fora. O perigo constante na conscientização ecológica
é o de tornar-se porta voz de uma situação, quando
deveria ser de uma mentalidade. ” Nilton Bonder