O documento discute a preservação digital de arquivos audiovisuais, incluindo os desafios de preservar e garantir o acesso a longo prazo a materiais digitais. Também aborda conceitos como obsolescência tecnológica, repositórios digitais confiáveis, modelos de preservação como OAIS, e ferramentas para preservação como LOCKSS.
1. Preservação Digital de Arquivos
Audiovisuais
Dr. Miguel Angel Márdero Arellano
Coordenador da Rede Cariniana
IBICT
2. Para Pensar...
O que acontece com o filme depois de
finalizado?
Os Arquivos de materiais fílmicos preservam o
acesso de longo prazo a materiais cinematográficos
digitais?
7. PRESERVAÇÃO DIGITAL
Preservação digital é um conjunto de atividades necessárias para
assegurar que os objetos digitais possam ser localizados, reproduzidos,
utilizados e compreendidos no futuro. Isto pode incluir gerenciar os
nomes de objetos e locais, a atualização da mídia de armazenamento,
documentando o conteúdo e controle de alterações de hardware e
software para garantir que os objetos ainda possam ser abertos e
compreendidos.
A preservação digital é mais do que um processo técnico, ela é um
processo social e cultural, pelo fato de que nela se aplicam critérios. É
também um procedimento legal porque define os direitos e os privilégios
necessários para a manutenção permanente dos registros científicos.
8. Para Pensar...
Arquivos audiovisuais e materiais digitais
A UNESCO define seu papel na preservação
audiovisual como trabalhando com as principais
organizações audiovisuais internacionais para
apoiar a produção de declarações de políticas e
documentos de posição; troca de informações; e,
implementação de projetos que suportam
arquivos audiovisuais em todo o mundo.
A UNESCO apoia e promove o Dia Mundial do
Patrimônio Audiovisual Internacional
12. Em 2003 aparece o modelo teórico no documento Reference Model for
an Open Archival Information System (OAIS), criado pela NASA e
refrendado pelo Consultative Committee for Space Data Systems
(CCSDS).
Em 2004 ele vira norma ISO (14721:2003).
Em 2012 o CCSDS publicou uma versão revisada.
Modelo OAIS e Padrões de Preservação Digital
13. Modelo para aplicar conceitos necessários para a
preservação digital.
Termos relacionados com metadados de preservação e
com a descrição e representação do conteúdo.
Modelo de componentes necessários para a criação de um
sistema que suporte a gama de serviços de preservação.
Modelo OAIS e Padrões de Preservação Digital
14. Esquema conceitual que disciplina e direciona o repositório
para a preservação digital e a manutenção do acesso à
informação digital em longo prazo. Ele identifica no primeiro
nível de detalhamento, seis funções arquivísticas a serem
exercitadas:
1 Admissão (Ingest)
2 Arquivamento (Archival Storage)
3 Gerenciamento de dados (Data Management)
4 Administração do sistema (Administration)
5 Planejamento de preservação (Preservation Planning)
6 Acesso (Access).
Modelo OAIS e Padrões de Preservação Digital
18. São metadados técnicos ou administrativos gerados
automaticamente pelo hardware e software usado no momento
da captura do conteúdo
Eles registram aspectos legais, financeiros, tais como, direitos
autorais, custos, autorizações, autenticação, etc.
(National Library of New Zealand’s metadata standard framework)
Metadados de Preservação
19. Aplicação da política de metadados
Aplicação de um sub-conjunto de metadados
para gerenciamento de objetos digitais.
Permitem o acesso permanente ao conteúdo
digital.
Compromisso no uso de ferramentas que
expõem, validam e extraem metadados.
20.
21. PARA QUE SERVE O DICIONÁRIO PREMIS?
Para descrever os metadados de preservação.
Define o conjunto central de metadados de
preservação que devem ser implementados.
Identifica e avalia as estratégias para codificação,
armazenamento e gerenciamento ou melhoria
dos metadados de preservação nos sistemas de
arquivamento digital.
22. Sistemas de avaliação orientadas a repositórios
• A ISO 16363 exige a cada estagio que exista um
conjunto de normas cujo cumprimento deve ser
julgado.
• O processo é testado e é a base da segurança,
confiabilidade e qualidade dos produtos e serviços de
um repositório.
• Ele demostra a aderência pela qualidade, consistência,
respeito pela integridade dos dados e compromisso pela
preservação e acesso a longo prazo da informação sob
custodia.
AVALIAÇÃO DAS PRÁTICAS CONFIÁVEIS
23. PARA QUE SERVE a norma ISO 16363?
• Como todas as normas ISO, ela é um sistema
consistente de avaliação orientada a repositórios,
auditada por especialistas credenciados. A cada
estagio existe um conjunto de normas cujo
cumprimento deve ser julgado.
• O processo é testado e é a base da segurança,
confiabilidade e qualidade dos produtos e serviços de
um repositório.
• Ele demostra a aderência pela qualidade,
consistência, respeito pela integridade dos dados e
compromisso pela preservação e acesso a longo prazo
da informação sob custodia.
24. Sistemas de avaliação orientadas a repositórios
• ISO 16363:2013 (TRAC) (Auditoria e certificação de
repositórios digitais confiáveis – conjunto de
métricas do que um repositório deve fazer, baseado
no OAIS)
• ISO 16919:2014 (Requisitos e competências de
auditores e certificadores de repositórios digitais
confiáveis)
AS PRÁTICAS CONFIÁVEIS
25. REPOSITÓRIO DIGITAL
Os desenvolvedores de repositórios digitais são
os responsáveis pela aplicação dos padrões
internacionais para sistemas de preservação
digital, assim como pela inclusão de atributos
que suportem a segurança do sistema, os
procedimentos apropriados, unidos às
responsabilidades da custódia.
OS LOCAIS PARA IMPLEMENTAR A PRESERVAÇÃO
DIGITAL A LONGO PRAZO
26. REPOSITÓRIOS INSTITUCIONAIS
Conjunto de serviços que a universidade
oferece para os membros da sua comunidade,
para o gerenciamento e disseminação do
material digital criado pela instituição e pelos
seus membros.
É essencialmente o compromisso de uma
instituição de cuidar do material digital,
incluindo a preservação a longo prazo, quando
apropriada, a organização, acesso e
distribuição.
LYNCH (2005)
27. Servem como uma base de dados
on-line de material acadêmico
definido como institucional,
acumulativa e perpetua, aberta e
interoperável. Nela são coletados,
armazenados e disseminados
coleções de registros, sendo uma
das suas funções principais a
preservação digital a longo prazo.
(MARK WARE (2004)
REPOSITÓRIOS INSTITUCIONAIS
43. Repositórios Arquivísticos Confiáveis
• Um repositório digital de documentos arquivísticos é um repositório
digital que armazena e gerencia esses documentos, seja nas fases
corrente e intermediária, seja na fase permanente. Como tal, esse
repositório deve:
• gerenciar os documentos e metadados de acordo com as práticas e normas
da Arquivologia, especificamente relacionadas à gestão documental,
descrição arquivística multinível e preservação;
• resguardar as características do documento arquivístico, em especial a
autenticidade (identidade e integridade) e a relação orgânica entre os
documentos.
49. OS PLANOS DE PRESERVAÇÃO DIGITAL
Escopo da iniciativa
Tipo de material arquivado
Volume de material arquivado
Estratégias de preservação
50. PLANOS E POLÍTICAS DE PRESERVAÇÃO DIGITAL
Para resumir a abordagem institucional com relação ao arquivamento
seguro das suas coleções digitais.
Para explicar como a sua aplicação servirá para atender às
necessidades de confiabilidade, autenticidade e acessibilidade a esses
documentos.
Para orientar o uso e os direitos de salvaguarda dos acervos digitais.
Para explicar como uma comunidade se encaixa na estratégia global
de preservação digital.
51. PARA QUE SERVE UMA POLÍTICA DE PRESERVAÇÃO DIGITAL
• Para resumir a abordagem institucional com relação ao arquivamento seguro
das suas coleções digitais.
• Para explicar como a sua aplicação servirá para atender às necessidades de
confiabilidade, autenticidade e acessibilidade a esses documentos.
• Para orientar o uso e os direitos de salvaguarda dos acervos digitais.
• Para explicar como uma comunidade se encaixa na estratégia global de
preservação digital.
52. PARA QUE SERVE UMA POLÍTICA DE PRESERVAÇÃO DIGITAL
Para guiar as ações de preservação a serem definidas no programa de
preservação digital. Uma ação vem precedida de uma identificação de risco,
baseada no monitoramento de áreas de interesse institucional. A
identificação da ação mais apropriada é feita no processo de planejamento
da preservação digital, o qual tem como resultado o programa de
preservação.
PLATO: uma ferramenta de monitoramento de risco
http://www.ifs.tuwien.ac.at/dp/plato/intro/
53. POLÍTICA DE PRESERVAÇÃO DIGITAL
Deverá estar baseada numa lista de requisitos funcionais para
garantir a validade dos registros e a sua permanência. Assim como
também comprovar sua conformidade com o modelo de referência
OAIS.
55. Projeto SCAPE: Catálogo de Elementos da Política de Preservação
Digital
• Detalhes da cada elemento da política com informações sobre a sua
necessidade e dos riscos de não cumpri-la, assim como, sua relação com
cada nível estratégico do programa de preservação.
• Segue as sugestões do DCC sobre a responsabilidade pela descrição da
política e exemplos de aplicação em casos reais.
• Sugere a identificação das políticas institucionais existentes e como elas são
relevantes para a politica de preservação digital.
56. Projeto SCAPE: Catálogo de Elementos da Política de Preservação Digital
• Detalhes da cada elemento da política com informações sobre a sua necessidade e dos
riscos de não cumpri-la, assim como, sua relação com cada nível estratégico do
programa de preservação.
• Segue as sugestões do DCC sobre a responsabilidade pela descrição da política e
exemplos de aplicação em casos reais.
• Sugere a identificação das políticas institucionais existentes e como elas são relevantes
para a politica de preservação digital.
Ferramentas de Preservação Digital
59. A REDE CARINIANAPromover, apoiar e estender a capacidade organizacional de preservação digital das
instituições parceiras
60. MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
IBICT
Coordenação Geral de Pesquisa de Novos Serviços
CARINIANA
Rede Brasileira de Serviços de Preservação Digital
61. Objetivos
Disponibilizar pacotes de software, aplicativos e ambientes
multimídias desenvolvidos e implantados para preservar
digitalmente às informações relacionadas à C&T.
Oferecer uma alternativa para as instituições colecionarem,
armazenarem, preservarem e proverem acesso ao conteúdo
em cópias autorizadas.
62. Objetivos
Estabelecer a arquitetura de redes colaborativas de
preservação digital para o tratamento de publicações técnico
científicas.
Adoção de um modelo em concordância com os padrões
internacionais já testados, que promova o arquivamento
digital da produção científica a longo prazo
64. http://www.ibict.br
Como uma rede de serviços
de preservação digital
distribuída, a Cariniana está
comprometida com a
cooperação nacional e
internacional para a
promoção efetiva da
pesquisa e praticas de
preservação da informação
científica e tecnológica no
Brasil.
65. PLATO: uma ferramenta de monitoramento de riscos.
http://www.ifs.tuwien.ac.at/dp/plato/intro/
66.
67. SOFTWARES PARA REPOSITÓRIOS DIGITAIS
Institucionais Temáticos Centrais Distribuídos
Archimede Greenstone Greenstone LOCKSS
ARNO Dspace Dspace
CDSware Eprints Eprints
DSpace Fedora
AtoM Archivematica
Eprints
Fedora
i-Tor
MyCoRe
OPUS
69. SOLUÇÕES DE PRESERVAÇÃO PARA REPOSITÓRIOS
DIGITAIS
Formatos Metadados Serviços Arquivamento Web
DROID Metadata Extraction
Tool
GDFR WCT
PUID Content Hiritryx
JHOVE PRONOM
XENA OCLC DAS
ContentE PLANET Testbed
PORTICO
70. GESTÃO DA INFORMAÇÃO NO LOCKSS
INSERÇÃO: Coleta conteúdo de sites usando um web crawler;
PRESERVAÇÃO: Ele preserva o conteúdo continuamente comparando o conteúdo com as
outras caixas LOCKSS, e se precisar ele repara as diferenças encontradas;
ENTREGA: Ele oferece aos leitores conteúdo autoritário, funcionando
como um web proxy, ou através de resolvedores de metadados
quando o site da editora não está disponível;
GERENCIAMENTO: Ele fornece gerenciamento através de uma interface web, que permite
que os bibliotecários gerencie, monitore, controle os conteúdos para a preservação;
MIGRAÇÃO DE CONTEÚDO: Ele dinamicamente migra conteúdo para novos formatos.
71. Necessidade de metadados descritivos para cada objeto digital.
Necessidade de um grupo de colaboradores especializados.
LOCKSS concentra-se na preservação das cópias das publicações
digitais.
Os bibliotecários do LOCKSS podem acrescentar todos os metadados
que considerem necessários.
REDES DE PRESERVAÇÃO DIGITAL DISTRIBUÍDA
72. REDE DE PRESERVAÇÃO DIGITAL
Um periódico preservado hoje poderá ser visualizado no futuro por
usuários com novos softwares?
Qual será o browser que as pessoas usarão em 2040?
Os browsers de 2040 reconhecerão um formato obsoleto de 2008?
LOCKSS resolve esse problema com um processo automatizado de
migração de formato que converterá o periódico para um formato
atualizado.
79. http://www.ibict.br
Após entrar na Aliança
LOCKSS em 2013 o Ibict
começou a consolidar a que
é hoje a única rede de
preservação digital
distribuída na América
Latina.
87. Recomendações
Um repositório digital deve ser implementado segundo modelo
OAIS: Open Archival Information System.
Ele especifica os requisitos que um repositório deve contemplar
para ser considerado como responsável de preservar e
disponibilizar informação para uma comunidade específica.
88. Recomendações
Elaborando um plano eficaz que contenha e aplique
protocolos, padrões e normas internacionais, em
concordância com as políticas da instituição, assegurando
a sua sustentabilidade a longo prazo.
Verificando se o software que se está utilizando na gestão
do repositório digital atende as normas e protocolos de
preservação básicos.
89. • Adotar novos critérios de seleção de coleções digitais para
preservação a longo prazo
• Desenvolver modelos de redes colaborativas de serviços de
repositórios
• Aplicar critérios de avaliação de soluções tecnológicas no repositório
digital
• Realizar auditorias dos serviços do repositório
• Este é o momento para que os profissionais da informação
dimensionem o papel de um repositório institucional de
conhecimento, confiável, persistente, reconhecido.
Recomendações
90. Destacar os pontos positivos e marcar as principais deficiências detectadas
Elaborar um plano para a gestão de riscos:
Tipo de dano, probabilidade de que ele aconteça
Plano de ações de melhoria em consenso com os responsáveis e
estabelecendo um calendário de atuação
Realizar ações de melhoria.
“Nothing needs to be perfect but it needs to be better”
Recomendações