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Paidéia r. do cur. de ped. da Fac. de Ci. Hum., Soc. e da Saú., Univ. Fumec Belo Horizonte Ano 7 n. 9 p. 31-42 jul./dez. 2010
A Galeria da Escola
Guignard: vivências
para a construção de
conhecimento
Fátima P.Barcelos*
Isabela Prado**
Rosvita K.Bernardes***
Thereza Portes****
Lúcia de Fátima Freitas*****
Neste artigo, apresenta-se a experiência do projeto educativo Arte Contemporânea
e Educação Artística na Galeria da Escola Guignard – Universidade do Estado de
Minas Gerais (UEMG). Aborda-se a formação do aluno de Educação Artística e
Artes Plásticas com vista ao mercado de trabalho, objetivando abrir caminhos para
a discussão a respeito das mudanças pelas quais passa o ensino de arte no Brasil.
São apresentados relatos e reflexões de alunos e professores sobre o projeto.
Palavras-chave: Artes Plásticas. Educação Artística. Formação do educador.
Mediação em galerias e museus de arte.
Resumo
*
Doutoranda pela EBA-UFMG. Professora da Escola Guignard.
**
Artista plástica. Bacharel em Artes pela EBA-UFMG. Mestre em Fine Arts pela Indiana University. Professora da Escola Guignard.
***
Doutoranda pela FAE-Unicamp. Professora da Escola Guignard.
****
Artista plástica. Especialista pela UEMG. Professora da Escola Guignard. Coordenadora da Galeria da Escola Guignard.
*****
Alunos do 8º Período do curso de Educação Artística da Escola Guignard.
******
Alunos do 8º Período do curso de Artes Plásticas da Escola Guignard.
Maria Gláucia Marinho*****
Mariana G.Oliveira*****
Raissa M.Agrissano*****
Diana M.Almeida******
Orlando de Paula*****
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Fátima P. Barcelos et al.
Paidéia r. do cur. de ped. da Fac. de Ci. Hum., Soc. e da Saú., Univ. Fumec Belo Horizonte Ano 7 n. 9 p. 31-42 jul./dez. 2010
Exercitando a
interdisciplinaridade no
cotidiano acadêmico:
Bacharelado e Licenciatura...
A realização do projeto vem acontecendo de forma interdiscipli-
nar e sistematizada, acompanhando um planejamento inicial, com
abertura para reflexões constantes. Com base nos encontros de
planejamento, que acompanham a programação da Galeria da
Escola com sua agenda oficial, são realizados estudos prévios
relativos a cada evento e exposição programada para a Galeria.
Esse planejamento acompanha o agendamento de visitas cole-
tivas e individuais de grupos e instituições de educação pública
e privada. O registro da experiência, tanto de planejamento das
atividades quanto da realização de cada experiência, objetiva
construir um corpus teórico que possa fundamentar o trabalho e
sustentar a formação dos participantes.
Um projeto de natureza interdisciplinar é importante para os
dois cursos da Escola Guignard. Para o curso de Educação
Artística, oferece oportunidade da vivência do espaço da Galeria
como local da formação do educador, que nem sempre possui a
oportunidade de conhecer os bastidores da montagem de uma
exposição, ou de pensar o planejamento para o trabalho com a
arte-educação mediante exposições. Para os alunos do curso de
Artes Plásticas, a Galeria representa, além de uma oportunidade
de que seus trabalhos, ainda em processo de consolidação, sejam
expostos, a oportunidade de vivenciarem o processo de produção
de trabalhos para exposições, pois são esses alguns dos desafios
que enfrentarão na carreira.
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A Galeria da Escola Guignard: vivências para a construção de conhecimento
Paidéia r. do cur. de ped. da Fac. de Ci. Hum., Soc. e da Saú., Univ. Fumec Belo Horizonte Ano 7 n. 9 p. 31-42 jul./dez. 2010
A reflexão na ação: os desafios
de pensar o cotidiano do
trabalho docente...
Uma das metas com os cursos de graduação em Educação
Artística e Artes Plásticas da Escola Guignard tem sido a articulação
entre teoria e prática, uma questão que leva a muitas discussões.
A valorização do artista e o exercício da docência são necessi-
dades que dependem, também, dessa articulação com a prática
de formação, mas são poucas as instituições que têm contribuído
de forma efetiva para a formação do aluno no decorrer da gradua-
ção, bem como são poucos os espaços públicos ou privados que
oferecem a alunos em percurso a oportunidade da prática profis-
sional no campo da arte.
Investir em projetos para a utilização da carga horária dedicada
às práticas educativas, considerando a oportunidade de ampliar as
possibilidades de trabalho em espaços que permitam o exercício
efetivo da prática além da sala de aula, constitui um dos objetivos
com o Projeto Educativo, no sentido de abrir caminhos para que o
aluno, ao terminar seu curso, ou mesmo durante o período de forma-
ção, possa vivenciar a realidade do mercado de trabalho com ações
que viabilizem sua construção de conhecimento, sua formação num
espaço privilegiado, que é a Galeria da Escola Guignard.
Com o projeto, o grupo de professores tem possibilitado aos
alunos a articulação entre áreas do conhecimento ou disciplinas,
o aproveitamento no exercício da formação, experiências reais
de trabalho e oportunidade de colocar em prática o conteúdo
curricular. A forma de trabalhar desses docentes, sem dúvida,
contribui para a ampliação dos horizontes profissionais dos alu-
nos. Quando se trata do artista e do professor de arte, o inves-
timento na formação não é diferente de qualquer outra área do
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Fátima P. Barcelos et al.
Paidéia r. do cur. de ped. da Fac. de Ci. Hum., Soc. e da Saú., Univ. Fumec Belo Horizonte Ano 7 n. 9 p. 31-42 jul./dez. 2010
conhecimento. A importância do trabalho de autoformação com a
arte é, também, oportunidade do desenvolvimento cognitivo para
quem ensina e para quem aprende. A possibilidade de exercitar
a interdisciplinaridade entre o currículo e o trabalho na Galeria da
Escola Guignard na formação dos alunos é objeto para análise,
discussão, reflexão e, sem dúvida, construção de conhecimento
e formação profissional. Enriquece o trabalho dos professores
participantes do projeto, a formação dos alunos, além de oferecer
aos professores oportunidade de mudanças na prática docente da
Escola Guignard, à medida que constrói conhecimento que pode
ser acessado por toda instituição.
A difícil trajetória para
docentes e discentes no
processo da formação...
O perfil do professor de Arte ou do artista plástico que o mercado
de trabalho exige, na atualidade, contempla um amplo e indis-
pensável conjunto de competências à prática docente. Envolver
os alunos da Escola Guignard em atividades de análise e prática
para apropriação crítica do conhecimento em arte, com o objetivo
de construir competências para o mercado de trabalho, é hoje um
desafio com o qual se tem de lidar no projeto.
Formar profissionais que possam, também, atuar em museus e
galerias de arte, de forma educativa, é mais um dos objetivos com
o projeto e requer reflexão sobre o quadro da realidade do mercado
de trabalho para o campo da arte, bem como pensar a possibili-
dade de atuação nesses espaços, sua dinâmica, seus usuários e
conceptores, suas possibilidades como espaços educativos e de
construção de conhecimento, como centros de informação e como
espaços sociais e culturais, integrados à realidade das cidades.
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A Galeria da Escola Guignard: vivências para a construção de conhecimento
Paidéia r. do cur. de ped. da Fac. de Ci. Hum., Soc. e da Saú., Univ. Fumec Belo Horizonte Ano 7 n. 9 p. 31-42 jul./dez. 2010
As professoras do curso de Educação Artística, Rosvita e Fátima,
do curso de Licenciatura, buscam, com seu fazer docente, a forma-
ção do profissional para o trabalho com mediação em galerias e
museus de arte como espaço de ensinar e aprender sobre arte. Esse
trabalho específico requer um preparo que não é contemplado de
forma sistematizada nos cursos de Licenciatura. São competências
que, para a sua construção, exigem direcionar o olhar para esses
espaços como lugares com a mais variada fonte de informação
e concepção pedagógica, como espaços de construção de co-
nhecimento, de organização, de conservação e preservação de
patrimônio artístico e cultural das sociedades, etc.
As galerias e museus de arte possuem um dinamismo próprio e
o funcionamento deles está diretamente ligado a interesses diver-
sos que fogem dos projetos curriculares das instituições escolares.
São espaços que oferecem campo fértil de reflexão crítica sobre
a arte, a cultura e o patrimônio artístico, além de oportunidade de
construção de projetos pedagógicos direcionados para as espe-
cificidades desses espaços e instituições.
Iniciado no primeiro semestre letivo de 2010, o projeto está pro-
gramado para os dois semestres do ano, com a possibilidade de
renovação para 2011. O trabalho está dividido em duas etapas. A
primeira aconteceu no início do semestre letivo, com levantamento
e estudo bibliográfico amplo sobre as exposições, artistas, eventos
programados para o ano. Nessa oportunidade, nas reuniões com
as professoras Thereza Portes e Isabela Prado, o foco é discutir
questões relativas a conceitos, montagem, preservação, divul-
gação, recepção de público e aspectos práticos do cotidiano da
Galeria. É o momento de vivenciar o resultado da produção das
mostras e aprender sobre caminhos percorridos, aprender com
liberdade sobre a dinâmica desse tipo de espaço, uma vez que
a Galeria da Escola, como vem sendo administrada, é espaço de
aprendizagem para o corpo docente e discente da escola.
As reuniões com as professoras Rosvita Kolb e Fátima
Barcelos centram-se nos aspectos pedagógicos da Licenciatura
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Fátima P. Barcelos et al.
Paidéia r. do cur. de ped. da Fac. de Ci. Hum., Soc. e da Saú., Univ. Fumec Belo Horizonte Ano 7 n. 9 p. 31-42 jul./dez. 2010
que as atividades da Galeria permitem, estabelecendo relação com
as atividades ligadas ao ensino de arte, principalmente as questões
de construção de conhecimento, que são possíveis graças às rela-
ções com o acervo exposto, as oportunidades de contato com artis-
tas, o conhecimento do processo de criação em arte. Há, também,
um tempo dedicado ao investimento na preparação de atividades
específicas com grupos de escolares de faixas etárias variadas.
O contato com instituições que expuseram e irão expor suas
obras, a preparação para receber o público em geral constituem,
também, outro aspecto desse trabalho, não se limitando a receber
grupos específicos ou orientar os alunos bolsistas. O projeto se am-
plia à medida que acompanha esses alunos em reflexões, orientando
sobre atividades que podem ser realizadas durante as visitas à
Galeria, a recepção de grupos de visitantes em condições especiais
e de faixas etárias diversas. Isso inclui discutir e preparar atividades
pedagógicas para as mais variadas situações, além da participação
dos bolsistas em atividades ligadas ao acervo exposto.
Em reuniões periódicas, alunos bolsistas, voluntários, profes-
sores e artistas relatam os desafios enfrentados, as soluções
encontradas, as reflexões feitas e as mudanças nas concepções
preestabelecidas. Nos relatos a seguir, pode-se perceber claramente
a construção do conhecimento, fundamental para a formação do
aluno bolsista, dos visitantes que chegam à Galeria da Escola, enfim,
para o crescimento de quem aprende e de quem ensina.
Para os bolsistas do Projeto, cada visitante carrega uma
subjetividade que não se conhece de antemão: quem chega
à Galeria? O que traz?
Cada visitante possui uma bagagem diferente incorporada por
diversos graus de conhecimento em arte. Seus interesses e
motivações em estar naquele lugar são os mais variados. Essas
características particulares de cada indivíduo ajudam a deter-
minar o que ele geralmente procura ou aprecia na exposição.
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A Galeria da Escola Guignard: vivências para a construção de conhecimento
Paidéia r. do cur. de ped. da Fac. de Ci. Hum., Soc. e da Saú., Univ. Fumec Belo Horizonte Ano 7 n. 9 p. 31-42 jul./dez. 2010
Fazendo uma comparação do comportamento demonstrado
por crianças e adultos, especificamente nessa exposição, foi
possível perceber o interesse e o fascínio dos mais jovens pelos
quadros, muitos ainda em fase de alfabetização.
A percepção que cada aluno bolsista possui sobre o cotidiano
de uma galeria não pode estar desvinculada da sua formação
na Escola, do conteúdo, do currículo dos cursos, da prática de
formação. Estabelecer relações entre teoria e prática é oportu-
nidade que o projeto na Galeria proporciona...
Quando desenhamos, nosso corpo também se expressa, o gesto
varia não só de acordo com fatores internos, mas também exter-
nos; o meio ambiente em que se desenha é fator de interação
direta naquele momento. Estar deitado no chão de uma galeria
ao desenhar é diferente de estar na sala de aula, sentado na
sua carteira e dese-nhando. Se a mão segura um giz, um lápis,
um pincel, uma caneta, um prego para raspar o nanquim, tudo
poderá resultar em variáveis durante esse processo. O tamanho
do papel também interferirá na construção topológica e nas
noções espaciais da criança.
No exercício efetivo, na prática, a vivência para os alunos
bolsistas é tão rica em construção de conhecimento quanto a
teoria trabalhada em sala de aula. Embora esses alunos possam
não ter essa percepção no momento da ação, nas reuniões ava-
liativas e de reflexão sobre as ações do projeto essa construção
é concretizada...
A montagem da exposição ficou a cargo dos alunos, com orien-
tação dos curadores. As obras foram colocadas no chão ou
eram encostadas na parede, para que isso facilitasse a leitura,
na tentativa de oferecer um equilíbrio, ou não, dos trabalhos,
na montagem da exposição. Geralmente se ‘tira uma linha’ na
altura do olhar e a equipe de curadores vai dialogando sobre
esta leitura do ambiente e dos trabalhos no contexto. É muito
interessante, pois, em muitos momentos, as obras têm que ter
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Fátima P. Barcelos et al.
Paidéia r. do cur. de ped. da Fac. de Ci. Hum., Soc. e da Saú., Univ. Fumec Belo Horizonte Ano 7 n. 9 p. 31-42 jul./dez. 2010
determinadas características. Noutros momentos outros aspec-
tos são priorizados, como, por exemplo, o tema, ou a técnica.
A montagem exige decisões e providências e às vezes algum
trabalho precisa ser retirado, na tentativa de oferecer espaço
democrático a todos os alunos participantes.
A oportunidade de estar dentro da Galeria durante todo o
processo de montagem, com o olhar atento aos movimentos,
observando como funciona essa estrutura, ouvindo cada artista
falar sobre seu trabalho e seu processo criativo num momento
mais descontraído e também rico em construção, possibilitou
uma grande vivência, uma vivência que até então nenhum de
nós conhecia e que certamente influenciará nos resultados dos
trabalhos de recepção do público.
Outra experiência significativa foi receber alunos adolescentes
para uma exposição onde havia trabalhos com representação
de nus. É certo que esse tipo de trabalho chama a atenção dos
adolescentes, mas um fator importante nessa visita foi a equipe
estar preparada, possuindo conhecimento prévio do processo
de criação do artista sobre os trabalhos. Nossa abordagem se
voltou para os desenhos como estudo para escultura. Assim, foi
possível discutir por um caminho paralelo: o processo criativo
no desenho. Essa experiência mostrou que combinar com os
grupos visitantes sobre o funcionamento da Galeria, as regras
para o espaço e acervo é fundamental, embora não garanta
totalmente o resultado que se deseja obter. Pensar estratégias
é importante, pois pode permitir resultados mais produtivos,
como, por exemplo, o trabalho com pequenos grupos, organizar
os grupos por faixas etárias próximas.
A oportunidade de aprendizado quando se está na ação prática
é fundamental para o crescimento humano e profissional dos
alunos, e talvez não fosse possível de outra forma. As “surpresas”
que o cotidiano da prática oferecem são importantes...
Da exposição dos professores da Escola participamos da mon-
tagem do começo ao fim e lidamos com alguns problemas. A
colagem de alguns desenhos sobre papel estava sendo feita com
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A Galeria da Escola Guignard: vivências para a construção de conhecimento
Paidéia r. do cur. de ped. da Fac. de Ci. Hum., Soc. e da Saú., Univ. Fumec Belo Horizonte Ano 7 n. 9 p. 31-42 jul./dez. 2010
uma fita adesiva inadequada, não tínhamos conhecimento sobre
o uso de alguns materiais. No dia seguinte, momentos antes de
a exposição começar, encontramos os trabalhos se descolando.
Tomar iniciativas em momentos como esse é fundamental, e
contamos com a ajuda do professor Demilson, que trabalha com
restauro. Aprendemos sobre a seriedade que é a conservação
dos materiais artísticos e como isso interfere nos resultados da
exposição (e que podem comprometer a integridade da obra).
Professores artistas deveriam conhecer e ensinar procedimentos
específicos para essas situações.
Conversar com os visitantes, e principalmente quando se trata de
grupos de estudantes, pode ser oportunidade de construção de
conhecimento. A visita de um grupo de adolescentes nos pos-
sibilitou uma conversa interessante sobre o exercício intelectual
que o artista deve fazer antes de realmente iniciar a produção
de sua obra, refletindo e registrando o processo e o produto de
seu trabalho.
Conclusão
Relatar em um artigo dessa natureza todo o processo de co-
nhecimento construído, as reflexões, as dúvidas, os desafios e os
problemas enfrentados durante o trabalho com o projeto educativo
Arte Contemporânea e Educação Artística na Galeria da Escola
Guignard é inviável, e a publicação dessa experiência faz parte do
projeto. Alguns fragmentos foram escolhidos apenas no intuito de
revelar que a prática, a vivência documentada, seguida de reflexão,
de avaliação é tão enriquecedora na construção do conhecimento
e na formação de nossos alunos quanto a fundamentação teórica
e prática que eles recebem em salas de aula e ateliês.
Considera-se que a formação para a mediação em museus e
galerias de arte não se deve limitar ao acervo da exposição pre-
sente, mas é também importante que a formação do mediador
se amplie para o contexto cultural, histórico e social, além de
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Fátima P. Barcelos et al.
Paidéia r. do cur. de ped. da Fac. de Ci. Hum., Soc. e da Saú., Univ. Fumec Belo Horizonte Ano 7 n. 9 p. 31-42 jul./dez. 2010
aprofundar conhecimentos sobre as características sociocognitivas
dos visitantes. Com essa formação tem-se, ainda, o objetivo de
proporcionar meios para que o grupo de mediadores possa de-
senvolver a compreensão da arte como conhecimento, tendo as
galerias e museus de arte também como repositórios de objetos
com significados, onde se aprende com a arte e sobre a arte, da
mesma maneira que se é afetado por ela.
Foi possível observar, durante o processo, que os trabalhos com
as montagens, desmontagens, articulação com artistas, curadores,
professores da escola, constituem uma fonte rica para o trabalho
de formação de nossos alunos; e a direção das abordagens esteve
atenta às especificidades de cada exposição, dos temas, nos dife-
rentes contextos que foram trabalhados, nas respectivas curado-
rias, sempre priorizando o trabalho interdisciplinar com o curso de
Artes Plásticas e Educação Artística, em ambiente de parceria.
É certo que o registro reflexivo desse processo possibilitará
material para outros alunos, professores e para a comunidade
da Escola Guignard, na sua concepção como instituição pública,
visando contribuir, também, para a formação de profissionais
e para o encaminhamento às exposições da Galeria da Escola
Guignard.
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A Galeria da Escola Guignard: vivências para a construção de conhecimento
Paidéia r. do cur. de ped. da Fac. de Ci. Hum., Soc. e da Saú., Univ. Fumec Belo Horizonte Ano 7 n. 9 p. 31-42 jul./dez. 2010
THE GUIGNARD SCHOOL GALLERY: EXPERIENCES IN BUILDING
KNOWLEDGE
This study presents the experience of the Contemporary Art and Art Education at
the Guignard School Gallery Education Project – University of the State of Minas
Gerais (UEMG). It addresses the education the Art Education and Fine Arts student
with a view to the work market, aimed at opening avenues for discussion about
the changes the teaching of art in Brazil has undergone. Reports and reflections
by students and teachers concerning the project are presented.
Key words: Fine Arts. Art Education. Educator training. Mediation in galleries and
art museums.
LA GALERIE DE L’ÉCOLE GUIGNARD: DES EXPÉRIENCES DANS LA
CONSTRUCTION DU SAVOIR
L’article présente l’expérience du projet éducatif Arte Contemporânea e Educação
Artística na Galeira da Escola Guignard (Art Contemporain et Éducation Artisti-
que à la Galerie de l’École Guignard), Universidade do Estado de Minas Gerais
(UEMG). On discute la formation de l’étudiant en Éducation Artistique et en Art
Plastique ayant à l’horizon le marché du travail; la discussion porte également sur
les changements qui touchent l’enseignement de l’art au Brésil. On présente des
récits et des réflexions sur le projet faits par des étudiants et des professeurs.
Mots-clés: Arts Plastiques. éducation artistique. formation de l’éducateur. la
médiation dans les musées et les galeries d’art.
Abstract
Résumé
Recebido em 25/9/2010
Aprovado em 10/10/2010
42
Fátima P. Barcelos et al.
Paidéia r. do cur. de ped. da Fac. de Ci. Hum., Soc. e da Saú., Univ. Fumec Belo Horizonte Ano 7 n. 9 p. 31-42 jul./dez. 2010
Referências
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São Paulo: Perspectiva, 1994.
BARBOSA, Ana Mae. Arte-educação: conflitos e acertos. 2. ed. São Paulo: Max
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BARBOSA, Ana Mae. (Org.). Inquietações e mudanças no ensino da arte. São
Paulo: Cortez, 2002.
BARBOSA, Ana Mae. Diálogos e reflexões: ver e perceber arte. São Paulo: Centro
Cultural Banco do Brasil, 2000.
BARBOSA, Ana Mae. Tópicos utópicos. Belo Horizonte: C/Arte Editorial, 1998.
BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica. In:
_____. Obras escolhidas, magia e técnica, arte e política: ensaio sobre literatura
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DOMINGUES, Diana. Como pensar a visualidade nesse final de século? In:
PILLAR. Analice Dutra (Org.). Pesquisa em artes plásticas. Porto Alegre: Ed.
UFRGS, 1993. Disponível em: <http://artecno.ucs.br/livros_textos/textos>.
Acesso em: 26 nov. 2008.
DOMINGUES, Diana. Tecnologias, produção artística e sensibilização dos
sentidos. In: PILLAR. Analice Dutra (Org.). A educação do olhar no ensino das
artes. Porto Alegre: Mediação, 1999.
GOMES, Ana Maria Rabelo. Aprender a cultura. In: SEMINÁRIO DE AÇÃO
EDUCATIVA. Belo Horizonte, nov. 2006. Belo Horizonte: Mazza; Instituto Cultural
Flávio Gutierrez/MAO, 2007.
LANIER, Vincent. Devolvendo arte a arte-educação. In: BARBOSA, Ana Mae (Org).
Arte-educação: leitura no subsolo. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2005.
OTT, Robert Willian. Ensinando crítica nos museus. In: BARBOSA, Ana Mae (Org.).
Arte-educação: leitura no subsolo. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2005.
PILLAR, Analice Dutra. A educação do olhar no ensino da arte. Porto Alegre:
Mediação, 1999.

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  • 1. 31 Paidéia r. do cur. de ped. da Fac. de Ci. Hum., Soc. e da Saú., Univ. Fumec Belo Horizonte Ano 7 n. 9 p. 31-42 jul./dez. 2010 A Galeria da Escola Guignard: vivências para a construção de conhecimento Fátima P.Barcelos* Isabela Prado** Rosvita K.Bernardes*** Thereza Portes**** Lúcia de Fátima Freitas***** Neste artigo, apresenta-se a experiência do projeto educativo Arte Contemporânea e Educação Artística na Galeria da Escola Guignard – Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). Aborda-se a formação do aluno de Educação Artística e Artes Plásticas com vista ao mercado de trabalho, objetivando abrir caminhos para a discussão a respeito das mudanças pelas quais passa o ensino de arte no Brasil. São apresentados relatos e reflexões de alunos e professores sobre o projeto. Palavras-chave: Artes Plásticas. Educação Artística. Formação do educador. Mediação em galerias e museus de arte. Resumo * Doutoranda pela EBA-UFMG. Professora da Escola Guignard. ** Artista plástica. Bacharel em Artes pela EBA-UFMG. Mestre em Fine Arts pela Indiana University. Professora da Escola Guignard. *** Doutoranda pela FAE-Unicamp. Professora da Escola Guignard. **** Artista plástica. Especialista pela UEMG. Professora da Escola Guignard. Coordenadora da Galeria da Escola Guignard. ***** Alunos do 8º Período do curso de Educação Artística da Escola Guignard. ****** Alunos do 8º Período do curso de Artes Plásticas da Escola Guignard. Maria Gláucia Marinho***** Mariana G.Oliveira***** Raissa M.Agrissano***** Diana M.Almeida****** Orlando de Paula*****
  • 2. 32 Fátima P. Barcelos et al. Paidéia r. do cur. de ped. da Fac. de Ci. Hum., Soc. e da Saú., Univ. Fumec Belo Horizonte Ano 7 n. 9 p. 31-42 jul./dez. 2010 Exercitando a interdisciplinaridade no cotidiano acadêmico: Bacharelado e Licenciatura... A realização do projeto vem acontecendo de forma interdiscipli- nar e sistematizada, acompanhando um planejamento inicial, com abertura para reflexões constantes. Com base nos encontros de planejamento, que acompanham a programação da Galeria da Escola com sua agenda oficial, são realizados estudos prévios relativos a cada evento e exposição programada para a Galeria. Esse planejamento acompanha o agendamento de visitas cole- tivas e individuais de grupos e instituições de educação pública e privada. O registro da experiência, tanto de planejamento das atividades quanto da realização de cada experiência, objetiva construir um corpus teórico que possa fundamentar o trabalho e sustentar a formação dos participantes. Um projeto de natureza interdisciplinar é importante para os dois cursos da Escola Guignard. Para o curso de Educação Artística, oferece oportunidade da vivência do espaço da Galeria como local da formação do educador, que nem sempre possui a oportunidade de conhecer os bastidores da montagem de uma exposição, ou de pensar o planejamento para o trabalho com a arte-educação mediante exposições. Para os alunos do curso de Artes Plásticas, a Galeria representa, além de uma oportunidade de que seus trabalhos, ainda em processo de consolidação, sejam expostos, a oportunidade de vivenciarem o processo de produção de trabalhos para exposições, pois são esses alguns dos desafios que enfrentarão na carreira.
  • 3. 33 A Galeria da Escola Guignard: vivências para a construção de conhecimento Paidéia r. do cur. de ped. da Fac. de Ci. Hum., Soc. e da Saú., Univ. Fumec Belo Horizonte Ano 7 n. 9 p. 31-42 jul./dez. 2010 A reflexão na ação: os desafios de pensar o cotidiano do trabalho docente... Uma das metas com os cursos de graduação em Educação Artística e Artes Plásticas da Escola Guignard tem sido a articulação entre teoria e prática, uma questão que leva a muitas discussões. A valorização do artista e o exercício da docência são necessi- dades que dependem, também, dessa articulação com a prática de formação, mas são poucas as instituições que têm contribuído de forma efetiva para a formação do aluno no decorrer da gradua- ção, bem como são poucos os espaços públicos ou privados que oferecem a alunos em percurso a oportunidade da prática profis- sional no campo da arte. Investir em projetos para a utilização da carga horária dedicada às práticas educativas, considerando a oportunidade de ampliar as possibilidades de trabalho em espaços que permitam o exercício efetivo da prática além da sala de aula, constitui um dos objetivos com o Projeto Educativo, no sentido de abrir caminhos para que o aluno, ao terminar seu curso, ou mesmo durante o período de forma- ção, possa vivenciar a realidade do mercado de trabalho com ações que viabilizem sua construção de conhecimento, sua formação num espaço privilegiado, que é a Galeria da Escola Guignard. Com o projeto, o grupo de professores tem possibilitado aos alunos a articulação entre áreas do conhecimento ou disciplinas, o aproveitamento no exercício da formação, experiências reais de trabalho e oportunidade de colocar em prática o conteúdo curricular. A forma de trabalhar desses docentes, sem dúvida, contribui para a ampliação dos horizontes profissionais dos alu- nos. Quando se trata do artista e do professor de arte, o inves- timento na formação não é diferente de qualquer outra área do
  • 4. 34 Fátima P. Barcelos et al. Paidéia r. do cur. de ped. da Fac. de Ci. Hum., Soc. e da Saú., Univ. Fumec Belo Horizonte Ano 7 n. 9 p. 31-42 jul./dez. 2010 conhecimento. A importância do trabalho de autoformação com a arte é, também, oportunidade do desenvolvimento cognitivo para quem ensina e para quem aprende. A possibilidade de exercitar a interdisciplinaridade entre o currículo e o trabalho na Galeria da Escola Guignard na formação dos alunos é objeto para análise, discussão, reflexão e, sem dúvida, construção de conhecimento e formação profissional. Enriquece o trabalho dos professores participantes do projeto, a formação dos alunos, além de oferecer aos professores oportunidade de mudanças na prática docente da Escola Guignard, à medida que constrói conhecimento que pode ser acessado por toda instituição. A difícil trajetória para docentes e discentes no processo da formação... O perfil do professor de Arte ou do artista plástico que o mercado de trabalho exige, na atualidade, contempla um amplo e indis- pensável conjunto de competências à prática docente. Envolver os alunos da Escola Guignard em atividades de análise e prática para apropriação crítica do conhecimento em arte, com o objetivo de construir competências para o mercado de trabalho, é hoje um desafio com o qual se tem de lidar no projeto. Formar profissionais que possam, também, atuar em museus e galerias de arte, de forma educativa, é mais um dos objetivos com o projeto e requer reflexão sobre o quadro da realidade do mercado de trabalho para o campo da arte, bem como pensar a possibili- dade de atuação nesses espaços, sua dinâmica, seus usuários e conceptores, suas possibilidades como espaços educativos e de construção de conhecimento, como centros de informação e como espaços sociais e culturais, integrados à realidade das cidades.
  • 5. 35 A Galeria da Escola Guignard: vivências para a construção de conhecimento Paidéia r. do cur. de ped. da Fac. de Ci. Hum., Soc. e da Saú., Univ. Fumec Belo Horizonte Ano 7 n. 9 p. 31-42 jul./dez. 2010 As professoras do curso de Educação Artística, Rosvita e Fátima, do curso de Licenciatura, buscam, com seu fazer docente, a forma- ção do profissional para o trabalho com mediação em galerias e museus de arte como espaço de ensinar e aprender sobre arte. Esse trabalho específico requer um preparo que não é contemplado de forma sistematizada nos cursos de Licenciatura. São competências que, para a sua construção, exigem direcionar o olhar para esses espaços como lugares com a mais variada fonte de informação e concepção pedagógica, como espaços de construção de co- nhecimento, de organização, de conservação e preservação de patrimônio artístico e cultural das sociedades, etc. As galerias e museus de arte possuem um dinamismo próprio e o funcionamento deles está diretamente ligado a interesses diver- sos que fogem dos projetos curriculares das instituições escolares. São espaços que oferecem campo fértil de reflexão crítica sobre a arte, a cultura e o patrimônio artístico, além de oportunidade de construção de projetos pedagógicos direcionados para as espe- cificidades desses espaços e instituições. Iniciado no primeiro semestre letivo de 2010, o projeto está pro- gramado para os dois semestres do ano, com a possibilidade de renovação para 2011. O trabalho está dividido em duas etapas. A primeira aconteceu no início do semestre letivo, com levantamento e estudo bibliográfico amplo sobre as exposições, artistas, eventos programados para o ano. Nessa oportunidade, nas reuniões com as professoras Thereza Portes e Isabela Prado, o foco é discutir questões relativas a conceitos, montagem, preservação, divul- gação, recepção de público e aspectos práticos do cotidiano da Galeria. É o momento de vivenciar o resultado da produção das mostras e aprender sobre caminhos percorridos, aprender com liberdade sobre a dinâmica desse tipo de espaço, uma vez que a Galeria da Escola, como vem sendo administrada, é espaço de aprendizagem para o corpo docente e discente da escola. As reuniões com as professoras Rosvita Kolb e Fátima Barcelos centram-se nos aspectos pedagógicos da Licenciatura
  • 6. 36 Fátima P. Barcelos et al. Paidéia r. do cur. de ped. da Fac. de Ci. Hum., Soc. e da Saú., Univ. Fumec Belo Horizonte Ano 7 n. 9 p. 31-42 jul./dez. 2010 que as atividades da Galeria permitem, estabelecendo relação com as atividades ligadas ao ensino de arte, principalmente as questões de construção de conhecimento, que são possíveis graças às rela- ções com o acervo exposto, as oportunidades de contato com artis- tas, o conhecimento do processo de criação em arte. Há, também, um tempo dedicado ao investimento na preparação de atividades específicas com grupos de escolares de faixas etárias variadas. O contato com instituições que expuseram e irão expor suas obras, a preparação para receber o público em geral constituem, também, outro aspecto desse trabalho, não se limitando a receber grupos específicos ou orientar os alunos bolsistas. O projeto se am- plia à medida que acompanha esses alunos em reflexões, orientando sobre atividades que podem ser realizadas durante as visitas à Galeria, a recepção de grupos de visitantes em condições especiais e de faixas etárias diversas. Isso inclui discutir e preparar atividades pedagógicas para as mais variadas situações, além da participação dos bolsistas em atividades ligadas ao acervo exposto. Em reuniões periódicas, alunos bolsistas, voluntários, profes- sores e artistas relatam os desafios enfrentados, as soluções encontradas, as reflexões feitas e as mudanças nas concepções preestabelecidas. Nos relatos a seguir, pode-se perceber claramente a construção do conhecimento, fundamental para a formação do aluno bolsista, dos visitantes que chegam à Galeria da Escola, enfim, para o crescimento de quem aprende e de quem ensina. Para os bolsistas do Projeto, cada visitante carrega uma subjetividade que não se conhece de antemão: quem chega à Galeria? O que traz? Cada visitante possui uma bagagem diferente incorporada por diversos graus de conhecimento em arte. Seus interesses e motivações em estar naquele lugar são os mais variados. Essas características particulares de cada indivíduo ajudam a deter- minar o que ele geralmente procura ou aprecia na exposição.
  • 7. 37 A Galeria da Escola Guignard: vivências para a construção de conhecimento Paidéia r. do cur. de ped. da Fac. de Ci. Hum., Soc. e da Saú., Univ. Fumec Belo Horizonte Ano 7 n. 9 p. 31-42 jul./dez. 2010 Fazendo uma comparação do comportamento demonstrado por crianças e adultos, especificamente nessa exposição, foi possível perceber o interesse e o fascínio dos mais jovens pelos quadros, muitos ainda em fase de alfabetização. A percepção que cada aluno bolsista possui sobre o cotidiano de uma galeria não pode estar desvinculada da sua formação na Escola, do conteúdo, do currículo dos cursos, da prática de formação. Estabelecer relações entre teoria e prática é oportu- nidade que o projeto na Galeria proporciona... Quando desenhamos, nosso corpo também se expressa, o gesto varia não só de acordo com fatores internos, mas também exter- nos; o meio ambiente em que se desenha é fator de interação direta naquele momento. Estar deitado no chão de uma galeria ao desenhar é diferente de estar na sala de aula, sentado na sua carteira e dese-nhando. Se a mão segura um giz, um lápis, um pincel, uma caneta, um prego para raspar o nanquim, tudo poderá resultar em variáveis durante esse processo. O tamanho do papel também interferirá na construção topológica e nas noções espaciais da criança. No exercício efetivo, na prática, a vivência para os alunos bolsistas é tão rica em construção de conhecimento quanto a teoria trabalhada em sala de aula. Embora esses alunos possam não ter essa percepção no momento da ação, nas reuniões ava- liativas e de reflexão sobre as ações do projeto essa construção é concretizada... A montagem da exposição ficou a cargo dos alunos, com orien- tação dos curadores. As obras foram colocadas no chão ou eram encostadas na parede, para que isso facilitasse a leitura, na tentativa de oferecer um equilíbrio, ou não, dos trabalhos, na montagem da exposição. Geralmente se ‘tira uma linha’ na altura do olhar e a equipe de curadores vai dialogando sobre esta leitura do ambiente e dos trabalhos no contexto. É muito interessante, pois, em muitos momentos, as obras têm que ter
  • 8. 38 Fátima P. Barcelos et al. Paidéia r. do cur. de ped. da Fac. de Ci. Hum., Soc. e da Saú., Univ. Fumec Belo Horizonte Ano 7 n. 9 p. 31-42 jul./dez. 2010 determinadas características. Noutros momentos outros aspec- tos são priorizados, como, por exemplo, o tema, ou a técnica. A montagem exige decisões e providências e às vezes algum trabalho precisa ser retirado, na tentativa de oferecer espaço democrático a todos os alunos participantes. A oportunidade de estar dentro da Galeria durante todo o processo de montagem, com o olhar atento aos movimentos, observando como funciona essa estrutura, ouvindo cada artista falar sobre seu trabalho e seu processo criativo num momento mais descontraído e também rico em construção, possibilitou uma grande vivência, uma vivência que até então nenhum de nós conhecia e que certamente influenciará nos resultados dos trabalhos de recepção do público. Outra experiência significativa foi receber alunos adolescentes para uma exposição onde havia trabalhos com representação de nus. É certo que esse tipo de trabalho chama a atenção dos adolescentes, mas um fator importante nessa visita foi a equipe estar preparada, possuindo conhecimento prévio do processo de criação do artista sobre os trabalhos. Nossa abordagem se voltou para os desenhos como estudo para escultura. Assim, foi possível discutir por um caminho paralelo: o processo criativo no desenho. Essa experiência mostrou que combinar com os grupos visitantes sobre o funcionamento da Galeria, as regras para o espaço e acervo é fundamental, embora não garanta totalmente o resultado que se deseja obter. Pensar estratégias é importante, pois pode permitir resultados mais produtivos, como, por exemplo, o trabalho com pequenos grupos, organizar os grupos por faixas etárias próximas. A oportunidade de aprendizado quando se está na ação prática é fundamental para o crescimento humano e profissional dos alunos, e talvez não fosse possível de outra forma. As “surpresas” que o cotidiano da prática oferecem são importantes... Da exposição dos professores da Escola participamos da mon- tagem do começo ao fim e lidamos com alguns problemas. A colagem de alguns desenhos sobre papel estava sendo feita com
  • 9. 39 A Galeria da Escola Guignard: vivências para a construção de conhecimento Paidéia r. do cur. de ped. da Fac. de Ci. Hum., Soc. e da Saú., Univ. Fumec Belo Horizonte Ano 7 n. 9 p. 31-42 jul./dez. 2010 uma fita adesiva inadequada, não tínhamos conhecimento sobre o uso de alguns materiais. No dia seguinte, momentos antes de a exposição começar, encontramos os trabalhos se descolando. Tomar iniciativas em momentos como esse é fundamental, e contamos com a ajuda do professor Demilson, que trabalha com restauro. Aprendemos sobre a seriedade que é a conservação dos materiais artísticos e como isso interfere nos resultados da exposição (e que podem comprometer a integridade da obra). Professores artistas deveriam conhecer e ensinar procedimentos específicos para essas situações. Conversar com os visitantes, e principalmente quando se trata de grupos de estudantes, pode ser oportunidade de construção de conhecimento. A visita de um grupo de adolescentes nos pos- sibilitou uma conversa interessante sobre o exercício intelectual que o artista deve fazer antes de realmente iniciar a produção de sua obra, refletindo e registrando o processo e o produto de seu trabalho. Conclusão Relatar em um artigo dessa natureza todo o processo de co- nhecimento construído, as reflexões, as dúvidas, os desafios e os problemas enfrentados durante o trabalho com o projeto educativo Arte Contemporânea e Educação Artística na Galeria da Escola Guignard é inviável, e a publicação dessa experiência faz parte do projeto. Alguns fragmentos foram escolhidos apenas no intuito de revelar que a prática, a vivência documentada, seguida de reflexão, de avaliação é tão enriquecedora na construção do conhecimento e na formação de nossos alunos quanto a fundamentação teórica e prática que eles recebem em salas de aula e ateliês. Considera-se que a formação para a mediação em museus e galerias de arte não se deve limitar ao acervo da exposição pre- sente, mas é também importante que a formação do mediador se amplie para o contexto cultural, histórico e social, além de
  • 10. 40 Fátima P. Barcelos et al. Paidéia r. do cur. de ped. da Fac. de Ci. Hum., Soc. e da Saú., Univ. Fumec Belo Horizonte Ano 7 n. 9 p. 31-42 jul./dez. 2010 aprofundar conhecimentos sobre as características sociocognitivas dos visitantes. Com essa formação tem-se, ainda, o objetivo de proporcionar meios para que o grupo de mediadores possa de- senvolver a compreensão da arte como conhecimento, tendo as galerias e museus de arte também como repositórios de objetos com significados, onde se aprende com a arte e sobre a arte, da mesma maneira que se é afetado por ela. Foi possível observar, durante o processo, que os trabalhos com as montagens, desmontagens, articulação com artistas, curadores, professores da escola, constituem uma fonte rica para o trabalho de formação de nossos alunos; e a direção das abordagens esteve atenta às especificidades de cada exposição, dos temas, nos dife- rentes contextos que foram trabalhados, nas respectivas curado- rias, sempre priorizando o trabalho interdisciplinar com o curso de Artes Plásticas e Educação Artística, em ambiente de parceria. É certo que o registro reflexivo desse processo possibilitará material para outros alunos, professores e para a comunidade da Escola Guignard, na sua concepção como instituição pública, visando contribuir, também, para a formação de profissionais e para o encaminhamento às exposições da Galeria da Escola Guignard.
  • 11. 41 A Galeria da Escola Guignard: vivências para a construção de conhecimento Paidéia r. do cur. de ped. da Fac. de Ci. Hum., Soc. e da Saú., Univ. Fumec Belo Horizonte Ano 7 n. 9 p. 31-42 jul./dez. 2010 THE GUIGNARD SCHOOL GALLERY: EXPERIENCES IN BUILDING KNOWLEDGE This study presents the experience of the Contemporary Art and Art Education at the Guignard School Gallery Education Project – University of the State of Minas Gerais (UEMG). It addresses the education the Art Education and Fine Arts student with a view to the work market, aimed at opening avenues for discussion about the changes the teaching of art in Brazil has undergone. Reports and reflections by students and teachers concerning the project are presented. Key words: Fine Arts. Art Education. Educator training. Mediation in galleries and art museums. LA GALERIE DE L’ÉCOLE GUIGNARD: DES EXPÉRIENCES DANS LA CONSTRUCTION DU SAVOIR L’article présente l’expérience du projet éducatif Arte Contemporânea e Educação Artística na Galeira da Escola Guignard (Art Contemporain et Éducation Artisti- que à la Galerie de l’École Guignard), Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). On discute la formation de l’étudiant en Éducation Artistique et en Art Plastique ayant à l’horizon le marché du travail; la discussion porte également sur les changements qui touchent l’enseignement de l’art au Brésil. On présente des récits et des réflexions sur le projet faits par des étudiants et des professeurs. Mots-clés: Arts Plastiques. éducation artistique. formation de l’éducateur. la médiation dans les musées et les galeries d’art. Abstract Résumé Recebido em 25/9/2010 Aprovado em 10/10/2010
  • 12. 42 Fátima P. Barcelos et al. Paidéia r. do cur. de ped. da Fac. de Ci. Hum., Soc. e da Saú., Univ. Fumec Belo Horizonte Ano 7 n. 9 p. 31-42 jul./dez. 2010 Referências BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da arte: anos oitenta e novos tempos. São Paulo: Perspectiva, 1994. BARBOSA, Ana Mae. Arte-educação: conflitos e acertos. 2. ed. São Paulo: Max Limonad, 1985. BARBOSA, Ana Mae. (Org.). Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002. BARBOSA, Ana Mae. Diálogos e reflexões: ver e perceber arte. São Paulo: Centro Cultural Banco do Brasil, 2000. BARBOSA, Ana Mae. Tópicos utópicos. Belo Horizonte: C/Arte Editorial, 1998. BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica. In: _____. Obras escolhidas, magia e técnica, arte e política: ensaio sobre literatura e história da cultura. 7. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. DOMINGUES, Diana. Como pensar a visualidade nesse final de século? In: PILLAR. Analice Dutra (Org.). Pesquisa em artes plásticas. Porto Alegre: Ed. UFRGS, 1993. Disponível em: <http://artecno.ucs.br/livros_textos/textos>. Acesso em: 26 nov. 2008. DOMINGUES, Diana. Tecnologias, produção artística e sensibilização dos sentidos. In: PILLAR. Analice Dutra (Org.). A educação do olhar no ensino das artes. Porto Alegre: Mediação, 1999. GOMES, Ana Maria Rabelo. Aprender a cultura. In: SEMINÁRIO DE AÇÃO EDUCATIVA. Belo Horizonte, nov. 2006. Belo Horizonte: Mazza; Instituto Cultural Flávio Gutierrez/MAO, 2007. LANIER, Vincent. Devolvendo arte a arte-educação. In: BARBOSA, Ana Mae (Org). Arte-educação: leitura no subsolo. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2005. OTT, Robert Willian. Ensinando crítica nos museus. In: BARBOSA, Ana Mae (Org.). Arte-educação: leitura no subsolo. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2005. PILLAR, Analice Dutra. A educação do olhar no ensino da arte. Porto Alegre: Mediação, 1999.