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Revista Canavieiros - Maio 2012
2

Revista Canavieiros - Maio de 2012
Editorial

3

Sucesso da Agrishow 2012

O

s 152 mil visitantes que estiveram presentes durante os
5 dias da Agrishow 2012 realizada em Ribeirão Preto, de 30
de abril a 04 de maio -, puderam
conferir os diversos setores que fizeram parte da feira como: agricultura
familiar, centros de pesquisas, equipamentos de segurança, implementos agrícolas, sementes, veículos,
ferramentas, máquinas agrícolas,
fertilizantes e defensivos, armazenagem, peças, software e hardware,
equipamentos para irrigação, entre
outros. Foram negociados R$ 2,15
bilhões, superando as expectativas
dos organizadores. Acompanhe na
Reportagem de Capa desta edição e
fique por dentro dos principais lançamentos da Agrishow 2012.
Esse mês a Revista Canavieiros traz
uma entrevista que não diz respeito especificamente ao setor sucroenergético, porém, extremamente importante
para todos os profissionais. Com o fácil acesso a tecnologia e a quantidade
de informações que os profissionais
recebem a cada hora, como organizar
a mente para selecionar o que é aproveitável? Quem responde é Dr. Augusto Jorge Cury, médico, psiquiatra,
psicoterapeuta e escritor.
Três artigos estão na secção “Ponto de Vista”: O presidente da Canao-

este, Manoel Ortolan assina o artigo
“Rio +20: A agricultura será a peça
principal”; o diretor adjunto da Canaoeste, José Mario Paro escreveu sobre “Para onde os ventos sopram?”;
e o advogado da Canaoeste, Juliano
Bortoloti, assinou o artigo “Sanciona
Dilma. Em respeito aos poderes da
República”, o advogado também assina “Assuntos Legais” que trata dos
procedimentos a serem adotados em
caso de incêndio de origem desconhecida na palha da cana-de-açúcar.
Desde o mês passado, a Canavieiros conta com uma coluna especial:
“Caipirinha”, assinada pelo professor
titular de planejamento e estratégia
na FEA/USP Campus Ribeirão Preto
e coordenador científico do Markestrat, Marcos Fava Neves.
As Notícias Canaoeste trazem a
reinauguração de 2 escritórios de
atendimento aos associados nas cidades de Viradouro (dia 27 de abril) e
Bebedouro (dia 8 de maio). As filiais
passaram por uma completa reestruturação para melhorar o atendimento
aos associados.
Em Notícias Copercana é possível
conferir a reunião entre a Copercana,
Syngenta e a Oricana (Associação de
Fornecedores de Cana da região de
Orindiúva), que reuniu cerca de 50

Conselho Editorial:
Antonio Eduardo Tonielo
Augusto César Strini Paixão
Clóvis Aparecido Vanzella
Manoel Carlos de Azevedo Ortolan
Manoel Sérgio Sicchieri
Oscar Bisson

Há ainda os artigos técnicos: “Sorgo Sacarino: a bola da vez”, assinado
pelo engenheiro agrônomo do IAC /
Centro de Engenharia e Automação,
Jair Rosas da Silva; e “Orientação do
uso de defensivos agrícolas”, assinado pelos profissionais da Canaoeste,
engenheiros agrônomos Antonio Carlos Cussiol Junior; Daniela Aragão
Santa Rosa; Danilo Fonseca Mazoni.
Em “Destaque”, o leitor vai encontrar a palestra proferida pelo ex-ministro da Agricultura, Roberto
Rodrigues, que esteve em Ribeirão
Preto, no dia 13 de abril, e falou
para capacitação dos professores
das escolas municipais de Ribeirão
Preto e região, que durante todo o
ano de 2012 trabalharão com o tema
agronegócio dentro da sala de aula.
O evento foi realizado no Centro
Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio de Cana – IAC/
Apta (Instituto Agronômico/Agência Paulista). Além disso, não deixe
de conferir as Informações Setoriais
com o consultor agronômico da Canaoeste, Oswaldo Alonso, Dicas de
Leitura e Português.

Boa leitura!
Conselho Editorial

RC

Expediente:

fornecedores de cana e engenheiros
agrônomos, no Teatro Municipal de
Orindiúva. O intuito foi apresentar e
difundir a cooperativa para os produtores rurais da cidade.

Equipe de redação e fotos:
Carla Rodrigues, Fernanda Clariano, Murilo
Sicchieri e Rafael H. Mermejo
Comercial e Publicidade:
Marília F. Palaveri
(16) 3946-3311 - Ramal: 2008
atendimento@revistacanavieiros.com.br
Impressão: São Francisco Gráfica

Editora:
Carla Rossini - MTb 39.788

Tiragem DESTA EDIçÃO:
20.000 exemplares

Projeto gráfico e Diagramação:
Rafael H. Mermejo

ISSN: 1982-1530

A Revista Canavieiros é distribuída gratuitamente
aos cooperados, associados e fornecedores do
Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred.
As matérias assinadas e informes publicitários
são de responsabilidade de seus autores. A
reprodução parcial desta revista é autorizada,
desde que citada a fonte.
Endereço da Redação:
A/C Revista Canavieiros
Rua Augusto Zanini, 1591
Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-550
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Revista Canavieiros - Maio 2012
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Ano VI - Edição 71 - Maio de 2012 - Circulação: Mensal

Índice:

Capa - 26
Agrishow 2012: negócios realizados durante a feira superaram as expectativas
A 19ª Feira Internacional de
Tecnologia Agrícola em Ação, foi
realizada em Ribeirão Preto, de
30 de abril a 04 de maio

Foto Capa: Rafael Mermejo

E mais:
Coluna Caipirinha

05 - Entrevista
Dr. Augusto Jorge Cury
Médico, psiquiatra, psicoterapeuta e escritor.
Qualidade de Vida: como enfrentar o estresse do
dia-a-dia?

10 - Ponto de
Vista
Juliano Bortoloti
Advogado da Canaoeste
Sanciona Dilma.
Em respeito aos poderes da república.

14 - Notícias Copercana

.................página 08
Pontos de Vista
.............página 12-13
Notas
.................página 25
Informações Setoriais
.................página 32
Artigo Técnico
.................página 34

- Copercana realiza reunião em Orindiúva

15 - Notícias Sicoob Cocred
- Balancete Mensal

18 - Notícias Canaoeste
- Canaoeste reinaugura escritórios em Viradouro e Bebedouro

36 - Artigo Técnico
Jair Rosas da Silva
Engenheiro agrônomo do IAC / Centro
de Engenharia e Automação
Sorgo Sacarinio: a bola da vez
O sorgo sacarino apresenta as vantagens
do ciclo curto, de cerca de quatro meses, de
efetuar o plantio por sementes.
Revista Canavieiros - Maio de 2012

Agende-se
.................página 38
Cultura
.................página 39
Classificados
.................página 40
Selo Verde
.................página 42
5

Entrevista

Qualidade de Vida: como enfrentar o estresse
do dia-a-dia?
Dr. Augusto Jorge Cury
Carla Rodrigues

Esse mês a Revista Canavieiros traz uma entrevista que não diz
respeito especificamente ao setor sucroenergético, porém, extremamente importante para todos os profissionais. Com o fácil acesso a tecnologia e a quantidade de informações que os profissionais
recebem a cada hora, como organizar a mente para selecionar o
que é aproveitável.
Dr. Augusto Jorge Cury é médico, psiquiatra, psicoterapeuta e
escritor. Ao longo de mais de 20 mil sessões de trabalho de psicoterapia, desenvolveu uma teoria inovadora sobre o funcionamento
da mente, os fenômenos conscientes e inconscientes, a formação
dos pensamentos e de pensadores, que, atualmente, é objeto de
doutorado e mestrado nos EUA e na Espanha, pós-graduações no
Brasil, além de teses de doutorado e mestrado no país.
Dr. Augusto Cury publicou mais de 30 obras na área de psicologia aplicada, educação e ficção, presentes em mais de 60 países,
e foi considerado, pelo jornal Folha de São Paulo e pela revista Isto
é, o autor mais lido da última década com mais de 16 milhões de
livros vendidos somente no Brasil.
Desenvolveu a inédita metodologia da Escola da Inteligência
para o desenvolvimento das funções mais complexas da inteligência, da promoção da saúde emocional e para a paz com relações
saudáveis que apresenta resultados fantásticos.
Confira a íntegra da entrevista que ele concedeu à Revista Canavieiros!
Revista Canavieiros: Como lidar
com o acumulo de informações que
recebemos todos os dias?
Dr. Augusto Jorge Cury: Esse é um
problema mundial, as pessoas não têm
sabido lidar com acúmulos de informações. No passado o número de informações dobrava a cada dois ou três séculos,
hoje, dobra-se a cada ano. Esse excesso
de informação satura o centro do córtex
cerebral levando a produção da síndrome do pensamento acelerado, que tive a
felicidade de descobrir e a infelicidade
de saber que grande parte da população
mundial é cometida por ela, e que gera
uma série de sintomas que crianças,
adolescentes e adultos estão apresentando: dores de cabeça, dores musculares,
queda de cabelo, irritabilidade, flutuação
emocional - em um momento está tran-

quilo no outro está tenso -, insatisfação
crônica, perda de paciência, baixo limiar
para suportar frustrações, déficit de concentração, déficit de memória ou esquecimento, além de outros sintomas.

“Não devemos querer
ser heróis, acumular tudo
que temos contato com
os nossos sentidos, em
especial, visão e audição.
Devemos nos perguntar o
que é prioritário?”
As pessoas que perceberem que estão
com esses sintomas precisam ficar em
alerta, selecionar a quantidade de informações e a qualidade das informações

que têm acesso. É como se fosse fazer
compra em um supermercado e uma pessoa querer colocar no seu carrinho tudo
que vê pela frente, muitas vezes, você vai
estar comprando produtos em excesso, de
má qualidade ou então desnecessários,
que é o que ocorre na atualidade.
Funcionários nas empresas, produtores rurais, líderes empresariais, estudantes, professores, psicólogos, médicos e
outros profissionais fazem do seu córtex cerebral em especial da sua memória a terra de ninguém, entra tudo, eles
não selecionam as informações e não
focam as informações. Não devemos
querer ser heróis, acumular tudo que
temos contato com os nossos sentidos,
em especial, visão e audição. Devemos
nos perguntar o que é prioritário? Que
tipo de informação de conhecimenRevista Canavieiros - Maio 2012
6

Entrevista
to devemos ter para atingir as metas e
quais são as escolhas? Que perdas estão
relacionadas a essas escolhas? Porque
todas escolhas tem perdas. Se começarmos a fazer essas perguntas, vamos
metaforicamente no supermercado do
conhecimento, selecionar o nosso eu e
deixar de lado o que não é prioritário.
Dar importância para aquilo que é relevante, agora, isso é um treinamento.
Revista Canavieiros: Mudando de
foco, o setor sucroenergético busca
aumentar e diversificar-se cada vez
mais. Qual é a melhor maneira de
transmitir todo acesso de tecnologia
para a classe produtora?
Dr. Cury: A curva de aprendizado e
o processo de incorporação de conhecimento têm que estar em primeiro lugar,
as ideias tem que ser claras, tem que haver uma socialização das informações.
Não adianta falar de maneira rebuscada,
de maneira complexa, por que quem tem
acesso, produtor rural, por exemplo, ou
os trabalhadores das empresas ou até na
agro business vai acabar não assimilando e não utilizando de maneira adequada
as informações. Tem que haver clareza e
foco nas transmissões do conhecimento,
transmitir de maneira inteligente e objetiva para que as pessoas que quase não
tem tempo possam fazer do seu pouco
tempo uma experiência solene. Em uma
revista, uma universidade ou um conferencista deve ter muito claro em sua
mente qual é o objetivo e aonde quer
chegar e que tipo de formação deve ter.
No caso da tecnologia, se transmitirmos de maneira clara, objetiva e focada
nos vários tipos de interesse de cada
produtor, então certamente seremos

eficientes, caso contrário, vamos como
a chuva, vamos derramar gotas, torrentes de água e muitas delas acabam se
perdendo porque não terão reservatório
para ser utilizado. Aliás, grande parte
das informações transmitidas em especial nas escolas, mais de 90%, não são
utilizadas ao longo do traçado da existência e do desempenho profissional, é
um desperdício muito grande porque
se acha que a memória é um depósito
infinito de informação, isso é uma bobagem. Me desculpem, é até uma estupidez intelectual, estressamos o cérebro
das pessoas que nos ouvem, dos nossos
alunos, dos técnicos que preparamos,
dos líderes que estamos formando e,
além de estressá-los, produzimos a síndrome do pensamento acelerado com
toda aquela sintomatologia.
Revista Canavieiros: O Senhor
acredita que a população está preparada para viver a era da tecnologia?
Dr. Cury: Eu acredito que vamos
formar a tecnologia a serviço do homem, mas, do jeito que está, seremos
servos da tecnologia, gravitamos na órbita de múltiplas informações, de computadores, da internet e não conseguimos utilizá-los de maneira adequada.
Para termos uma ideia, esperávamos no
século 21 que a tecnologia fornecesse
mais tempo para os pais abraçar os seus
filhos, trocar experiência, mas não é
o que tem ocorrido. Nunca os pais tiveram tão pouco tempo. Esperávamos
que os professores falassem das experiências mais cálidas, das suas alegrias,
das suas tristezas, do seu drama, da sua
comedia com os seus alunos, mas raramente os professores se humanizam e

“...funções mais
complexas da inteligência, para que
o eu se torne autor
da própria história,
para que o eu possa
proteger a emoção,
possa se doar sem
exigir muito das
pessoas...”
Revista Canavieiros - Maio de 2012

transmitem a personalidade como um
mestre, usam a tecnologia, transmitem
dados sobre o mundo de fora, mas se
calam sobre o mundo de dentro, formando pessoas mentalmente adestráveis e não autônomas, como a mente
brilhante, livre humanística e capaz de
ter um território da emoção saturado de
prazer, serenidade e tranquilidade.
Bom, quero dizer que a tecnologia
que deveria facilitar a vida tem, em certo
sentido, asfixiado o ser humano. O carro
que deveria nos levar a visitar os nossos
amigos, não apenas o nosso trabalho,
não nos leva aos nossos amigos, às vezes, nem aos parentes mais próximos,
morando na mesma cidade. Então, infelizmente o homo sapiens tem sido um
servo da tecnologia, não tem tido sabedoria para poder se conduzir num mundo onde o conhecimento se tornou ferramenta fundamental para sobrevivermos
na era digital. É preciso reverter isso e eu
quero aproveitar e dizer que elaboramos
a academia de inteligência, que foi pensada durante 20 anos, elaborada durante
10 anos e aplicada nos últimos 2 anos.
Revista Canavieiros: O que é a
academia de inteligência?
Dr. Cury: A academia da inteligência objetiva voltar crianças, adolescentes e adultos para as funções mais complexas da inteligência, para que o eu se
torne autor da própria história, para que
o eu possa proteger a emoção, possa se
doar sem exigir muito das pessoas, sem
esperar excessivamente a contra partida
do retorno, para que o eu possa criticar
cada ideia perturbadora para que essa
ideia não seja registrada, pois uma vez
registrada nunca mais será deletada. Temos que entender que quando investimos na felicidade dos outros é a melhor
maneira de investir na nossa felicidade,
para que possamos administrar nosso
estresse e gerenciar a nossa ansiedade.
Enfim, a academia de inteligência é
uma escola para o desenvolvimento das
funções mais complexas do intelecto e
da emoção, já há mais de 30 mil alunos
vivenciando a academia de inteligência
e agora em Ribeirão Preto, montamos
o primeiro centro mundial dessa academia. Há mais de 20 países interessados, vamos ter franquias no Brasil todo,
onde as academias serão montadas para
7

que não apenas crianças e adolescentes, mas profissionais também, como os
produtores rurais, possam ter a possibilidade de desenvolver qualidade de vida
numa sociedade altamente estressante.
Hoje, 50% das pessoas, cedo ou tarde,
desenvolvem um transtorno emocional.
Quem quiser ter acesso a academia
de inteligência, pode consultar o site
www.academiadainteligencia.com.br O
telefone é (16) 3602-9430. Estamos super animados porque vamos aplicar isso
também para os orfanatos do Brasil, gratuitamente. O objetivo é que as crianças
que não tiveram pais tenham acesso a
melhor educação e vamos exportar isso
para muitos outros países para que os
alunos e os adultos possam ter a oportunidade de ter saúde psíquica e uma
mente brilhante. Como eu disse, numa
sociedade altamente asfixiante pela informação excessiva e pelo excesso de
preocupação, excesso de atividades.
Revista Canavieiros: Alguns países mais desenvolvidos buscam atingir

o conhecimento máximo. Quais os desafios que esses países vão enfrentar?
Dr. Cury: Ter conhecimento objetivo não quer dizer ter maturidade
psíquica. Países nórdicos, que tem
excelência educacional, como a Suíça, Noruega e Dinamarca, os índices
de suicídio são muito altos, os índices
de depressão também são altos, as doenças psicossomáticas se afloram e as
relações são frágeis e falta troca de experiência. Raramente um pai tem coragem de falar das suas lágrimas para
levar os seus filhos aprenderem a chorar as deles. Raramente os professores
falam dos seus fracassos para que seus
alunos entendam que ninguém é digno
do pódio se não utilizá-los para alcançá-lo. Então essa educação que é o padrão mais excelente do conhecimento
não tem sido o padrão mais excelente
da qualidade de vida emocional, intelectual e interpessoal. Para desenvolver essas funções, estamos preconizando uma compleição mais profunda do
funcionamento da mente e do proces-

so de construção de pensamentos, do
processo de formação de pensadores.
Entre essas funções está a capacidade
de pensar e agir, outra delas é a capacidade de se colocar no lugar dos outros,
outra fundamental é a capacidade de
trabalhar perdas, frustrações e decepções, porque drama e comédia cedo ou
tarde atinge a nossa história, aplausos
e vaias farão parte da nossa historicidade, e é possível escrever os capítulos
mais importantes da nossa história nos
momentos mais difíceis da nossa vida.
Então estamos também tentando contribuir com esses países para que possamos ter uma educação mais nobre, mais
profunda, mais inteligente, capaz de
levar as pessoas a pensar como espécie
e não como grupos sociais apenas, não
como grupo religioso apenas, ou cultural, acadêmico, científico e nem racial,
mas pensar como espécie, ter um caso
de amor com a nossa história e ter um
caso de amor com a humanidade para
vivermos dias mais felizes, solidários e
generosos. RC

Revista Canavieiros - Maio 2012
8

Coluna Caipirinha

Joga pedra na Gení...

O

mês: este último mês de
abril foi muito danoso ao
agro brasileiro. Por conta
das confusões do código florestal,
um conjunto muito bem orquestrado
de pessoas, vindas de organizações
nacionais, internacionais e parte da
imprensa sem muito preparo conseguiu atrelar a imagem de desmatador
ao agricultor brasileiro, em parte da
nossa população. Um verdadeiro apedrejamento, que me lembrou a música
título da coluna caipirinha deste mês.
Agricultura virou a Gení, boa de apanhar, boa de cuspir.
Usando-se do argumento que o
novo código será grande estimulador do desmatamento, a campanha
“Veta Dilma” ganhou apoio de pessoas públicas, desde políticos, artistas,
universitários, caindo nas graças da
população. Vetar por vetar. A ligação
com o agro foi imediata.
Uma pena, mas é inegável a capacidade de dano, de apedrejamento,
que estas pessoas midiáticas têm. Se
engajam facilmente nestas causas, de
maneira unilateral e muitas vezes superficial. Chego a pensar que seu universo está apenas restrito ao festivo e
maravilhoso circuito Barra da Tijuca/
Leblon, Galeão/Charles de Gaulle.
Seria legal inserir Chapecó, Itápolis,
Lucas do Rio Verde, Luís Eduardo
Magalhães, Balsas ao circuito cultural deste pessoal, visando ampliar
seus horizontes e mostrar de onde
vem o Baby-Beef, o suco de laranja,
o galetinho, a saladinha que eles comem e as enormes dificuldades dos
produtores para produzi-los em excedente, exportar e trazer US$ 100 bi ao
Brasil, para possibilitá-los importar e
usar celular, carro importado, tablets,
vinhos e outros mais.

Agronegócio e a meta dos US$
100 bilhões em exportações em 2012:
Apesar da queda nas exportações no
mês de abril, o valor exportado acumulado no ano (US$ 26,4 bilhões) aumentou 2,5% quando comparado o mesmo
período de 2011 (US$ 25,8 bilhões), o
que contribui para um saldo positivo
de US$ 20,8 bilhões na balança (2,4%
maior que o mesmo período em 2011).
Economia: novo alento ao agro brasileiro vem da desvalorização do real.
Neste momento onde termino a coluna US$ 1 beirou a R$ 2. Os efeitos
ao agro e a cana são positivos, pois as
exportações de açúcar geram mais renda em real compensando um pouco o
preço internacional mais baixo, a pressão para aumento no preço da gasolina fica maior, o etanol americano fica
mais caro. Qual o problema principal?
O dragão da inflação volta forte. O ideal seria estacionar entre 1,90 e 2,00 e
o Governo ir promovendo as reformas
que possibilitarão a redução de tributos.
Pessoas Canavieiras: momento
emocionante participar como palestrante do evento de 20 anos do Grupo Fitotécnico de cana, um maravilhoso exemplo de ação coletiva, compartilhando
conhecimento. Dividir o palco com
o Augusto Cury e falando para tanta
gente de primeira, cientistas que estão
fazendo o possível e o impossível pela
cana foi inesquecível. Quero homenagear a todos nos nomes do querido Prof.
Casagrande e do Marcos Landell.

Aprendizado de Viagem: este mês
viagens interessantes, destaco o bate
papo com Diretores e fornecedores da
Copercana e Coplana em Orindiúva,

Revista Canavieiros - Maio de 2012

Marcos Fava Neves

sentindo os problemas, e também uma
apresentação e debate com 25 companhias agrícolas que manejam já quase 4
milhões de hectares no Brasil. É a nova
super-agricultura empresarial, concentrara, especializada e globalizada.
Mercado de Cana:começou uma
safra mais alcooleira (quase 60%) e
com ATR mais de 5% maior. Além disto, a UNICA divulgou as estimativas
do Centro-Sul, 509 milhões de toneladas de cana (3% a mais). Produziremos
21,5 bilhões de litros de etanol (5,7%
a mais) e 33,10 milhões de toneladas
de açúcar (8,5% a mais). Arrisco dizer
que será um pouco mais alcooleira até
o final. O triste é que vamos mais uma
vez perder participação no mercado internacional do açúcar.
Haja limão: com apenas duas novas unidades industriais previstas para
serem inauguradas nesta safra, vale a
pena até convidar e ter a presença da
Presidente e de diversos Ministros.
Duas novas unidades... Que enorme
perda de oportunidade a toda a sociedade brasileira. RC
Até a próxima!
MARCOS FAVA NEVES é professor
titular de planejamento e estratégia na
FEA/USP Campus Ribeirão Preto e
coordenador científico do Markestrat.
9

Revista Canavieiros - Maio 2012
10

Ponto de Vista

Sanciona Dilma.
Em respeito aos poderes da república.
*Juliano Bortoloti

P

rezados leitores, sob o enfoque
do profissional das ciências jurídicas e sociais, venho acompanhando a (in)aplicabilidade do Código
Florestal há mais de 15 anos e, para
entender a resistência da maioria dos
produtores rurais em cumprir suas normas, me detive ao estudo da legislação
florestal pátria, onde pude concluir
que esta foi elaborada, principalmente
nas últimas décadas através de medidas provisórias da alcunha do Poder
Executivo, desatrelada ao histórico da
ocupação territorial brasileira.
Esta falta de sintonia entre a ocupação territorial perpetrada no Brasil
e as normas ambientais de proteção da
flora, forçou com que a minoria afetada por elas, no caso os produtores
rurais, solicitassem de forma desesperada adequações legislativas visando
corrigir estas distorções, batendo à
porta do Congresso Nacional, poder
da república originário e legítimo
para tal pleito, pois parte da sociedade estava a impor-lhes injustamente a
pecha de criminosos ambientais pelo
simples fato de produzirem onde sempre foi permitido.
Aprovado recentemente o projeto
de lei que cria o Novo Código Florestal por ampla maioria nas duas casas
legislativas (Senado e Câmara), corrigindo parcialmente este descompasso, foi enviado à sanção da presidenta

Dilma, que tem até o dia 25/05/2012
para sancioná-lo, vetá-lo total ou parcialmente (desde que justificadamente). Vem agora alguns radicais – eles
existem em todos os setores – solicitar que à representante máxima do
Poder Executivo vete integralmente o
texto elaborado pelo Congresso, pois
nos seus entenderes, (1) há retrocesso
ambiental, (2) não houve participação
da comunidade científica, (3) foi fruto
de “lobby”, (4) dentre outros inúmeros argumentos, que reputo inconsistentes, haja vista que o Congresso
Nacional está debatendo isso há mais
de 12 anos.
O experiente professor, economista e ex-ministro da Fazenda, Agricultura e Planejamento, Antonio Delfin
Netto, recentemente resumiu bem a
questão ao dizer que “O mesmo fenômeno, num nível diferente, explica a
enorme disputa que cercou o Código
Florestal aprovado no Congresso. Um
discurso de surdos. O lado mais vocal
supostamente apoiado numa “ciência”
duvidosa defendeu interesses difusos e
nem sempre honestos como os patrocinados por algumas ONGs. O outro,
com mais poder político no Congresso
defendeu, sem sutilezas, seus interesses econômicos concretos. O Código
tem pouco a ver com o aquecimento
global e a tentativa de misturá-lo com
a Rio+20 não ajudará em nada. Ele
tem tudo a ver com o uso inteligente
de nossos recursos
naturais para continuarmos a construir
uma economia sustentável e economicamente eficiente,
mas não tem nada a
ver com a anistia sugerida a quem, deliberada e maliciosamente, infringiu a
lei vigente”. (Fonte:
Valor Econômico)

Revista Canavieiros - Maio de 2012

Juliano Bortoloti
Advogado da Canaoeste

Ao não aceitar o que fora decidido
democraticamente por um Poder da
República, vem agora diversas ONG’s
utilizar-se de pessoas com visibilidade na mídia televisiva e boa inserção
nas redes sociais, que sequer conhecem superficialmente do assunto em
debate, engendrar um movimento
para veto total do projeto de lei. Ora,
esquecem que para isso ela terá que
desrespeitar a forma de administração estatal estabelecida a partir da
Constituição Federal de 1946, estendendo-se pelos textos de 1967 (com
as alterações de 1969) e 1988, onde
firmou-se a tradição de dividir-se tripartidicamente o Estado em Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário,
independentes e harmônicos entre si,
solução atualmente prevista no art. 2º
da Constituição da República.
No Brasil, suas Constituições
sempre determinaram esta estrutura
governamental idealizada na Antiguidade pelo pensador Aristóteles,
que dividiu as funções estatais em
deliberativa, executiva e judicial.
Maquiavel, no Século XVI, em sua
obra “O Príncipe”, também participou da formação desta ideia, revelando uma França com três poderes
bastante distintos: Legislativo (representado pelo Parlamento), Executivo (materializado na figura do
Rei) e um Judiciário autônomo. No
Século XVII, John Locke esboçou de
11

Assuntos Legais
alguma forma a separação de funções
no exercício do poder, ao propor a
classificação entre funções legislativa, executiva e federativa. Todavia,
só com Montesquieu se tem a Teoria
da Separação de Poderes tal qual se
conhece hoje, trazendo a indicação
destes como sendo o Legislativo, o
Executivo e o Judiciário, bem como
a ideia de que estes poderes são harmônicos e independentes entre si, divisão esta sempre adotada nas Constituições do Brasil.
Neste interregno, para nortear os
pensamentos que devem prevalecer
nesta questão, me utilizarei da lição
de um grande jurista, filósofo e humanista, o saudoso mestre Miguel
Reale, nos ensinando que o “valor
ecológico”, a mais recente das “invariantes axiológicas”, é dos mais
relevantes, mas deve subordinar-se
às necessidades essenciais da pessoa
humana, pois é em razão desta que se
protege o meio ambiente e não em si
e por si mesmo”.
Então, afirmar que há a necessidade de vetar totalmente um projeto
de lei sob a justificativa (1) da necessidade de mais tempo para se discuti-lo e, também, (2) que não foram
ouvidos ou, se foram, suas sugestões
não aceitas, nada mais é do que (1)
assumir a culpa pela omissão ou (2)
não aceitar a decisão da maioria, pois
os legítimos representantes do povo
o discutiram democraticamente durante mais de 12 anos.
Entendendo haver falhas ou distorções no novo texto legal, que se
utilize da via normal para sua correção, qual seja, provocação ao Poder
Legislativo para legislar à respeito,
jamais exigindo que o Poder Executivo o desrespeite e o ignore, pondo
em risco a harmonia entre os Poderes
da República, criando novo e odioso
regime de exceção ferozmente combatido pela própria Presidente, em
passado recente.
*Advogado da Canaoeste – Associação dos Plantadores de Cana do
Oeste do Estado de São Paulo

QUEIMA DE CANA

Procedimentos a serem adotados em
caso de incêndio de origem desconhecida.

E

stimados produtores de cana-de-açúcar, inobstante as autorizações de queima de palha a serem
obtidas junto à Secretaria do Meio Ambiente, os produtores de cana de açúcar
podem sofrer autuações administrativas
decorrentes de incêndios descontrolados, originados por terceiras e desautorizadas pessoas, que atingem os canaviais. Nesse caso, por precaução, deve o
produtor de cana-de-açúcar buscar produzir o maior número possível de provas negativas, ou seja, àquelas capazes
de demonstrar que o produtor rural não
teve intenção de utilizar-se do fogo na
lavoura atingida pelo incêndio. Provas
essas que servirão em prováveis defesas
administrativas e judiciais.
Mais uma vez, venho enumerar alguns exemplos de provas que o produtor DEVE fazer:
· Fazer análise da cana queimada
para poder constatar que o rendimento
industrial, medido em quilos de ATR,
não está no ponto ideal, ou seja, a cana
queimada não estava no seu nível de
maturação máximo para ser colhida,
não sendo justificável, portanto, o uso
do fogo como auxiliar da colheita;
· Pedir declaração da unidade industrial e ou prestadora de serviços que
enviou o caminhão tanque (bombeiro),
onde conste que o produtor assim solicitou para apagar um incêndio de origem
desconhecida ocorrido em seu canavial;
· Tirar fotos dos aceiros existentes na
propriedade, bem como do não plantio
em áreas proibidas de serem exploradas
(abaixo das linhas de transmissão de
energia elétrica, por exemplo), demonstrando com isso obediência à legislação
pertinente;
· Caso possua autorização, informar
ao agente autuador, caso esse apareça,
que não estava programada a queima,
tanto que sequer efetuou as comunica-

ções aos confrontantes e à Secretaria do
Meio Ambiente;
· Caso não possua autorização, informar ao agente autuante que não possuía
interesse em utilizar-se do fogo em sua
lavoura, tanto que sequer buscou referida autorização;
· Demonstrar, através de fotos, testemunhas e laudo pericial, que a área queimada estava preparada para o corte mecânico, não justificando, portanto, o seu
interesse em utilizar-se do fogo, assim
como a correta área atingida pelo fogo.
· Demonstração de que a queima na
área ocorreu em um período inferior a 12
meses. Isso pode ser feito através de documento que comprove a data da colheita
da área queimada na safra anterior, inclusive por meio da comunicação de queima
feita à secretaria do meio ambiente.
· Apresentação de laudo técnico,
assinado por profissional habilitado,
demonstrando a origem desconhecida do fogo ou a origem provocada por
terceiros que poderá ser solicitado pelo
Escritório Regional da Coordenadoria
de Assistência Técnica Integral – CATI
(casa da agricultura), da Secretaria de
Agricultura e Abastecimento Estadual.
· Apresentar o histórico da colheita
mecanizada e/ou evolução desta nas última três safras.
Portanto, estes são alguns exemplos de
provas que o produtor rural deverá produzir em caso de incêndio acidental ou
criminoso em sua propriedade, devendo,
ainda, caso receba a visita de um Policial
Ambiental ou agente ambiental, informar
esses fatos para que sejam apostos no respectivo Boletim de Ocorrências ou Auto
de Infração, além de procurar orientação
jurídica adequada, onde o Departamento Jurídico da Canaoeste estará à inteira
disposição do associado para defendê-lo
nestes casos. RC
Revista Canavieiros - Maio 2012
12

Ponto de Vista

Para onde os ventos sopram?
*José Mario Paro

F

oi em maio de 2010, nesta revista,
que escrevi sobre feiras agropecuárias. Na oportunidade, afirmei
que as boas feiras são um termômetro do
setor, balizando as tendências em curso.
Escrevi que a Agrishow daquele ano de
2010 apontava claramente para duas direções: o aumento do tamanho, potência
e automação das máquinas agrícolas e o
incremento da agricultura de precisão.
A Agrishow deste ano, recém realizada, esteve estupenda: em organização;
número de expositores; variedade e qualidade de tudo que foi exposto; número
de visitantes e, em especial, volume dos
negócios realizados.
As tendências do agronegócio, ali
percebidas, acentuaram fortemente o
que já se via na Agrishow 2010: a potência; o tamanho; a automação e a eficiência das máquinas expostas apontaram
indubitavelmente para os grãos e para o
algodão. Em particular, para as extensas
propriedades dos estados de Mato Grosso, Goiás e da nova fronteira agrícola, a
região denominada MATOPIBA: Maranhão, Tocantins, Piauí e Oeste da Bahia.
A forte presença dos expositores de
equipamentos para armazenagem de
grãos e de agricultura de precisão reforçaram esta constatação.
Formou-se, assim, um circulo virtuoso: grandes propriedades exigem equi-

pamentos de alta performance e precisão
que, dado ao investimento necessário, só
se viabilizam nas grandes propriedades,
onde a intensa utilização das sementes
transgênicas completa o quadro.
Em junho de 2010, visitei a região de
Luiz Eduardo Magalhães, no Oeste da
Bahia, onde me foi possível visualizar a
aparentemente inexorável marcha desta
estratégia da produção agrícola nas terras brasileiras.
Todavia, causou-me estranheza, à
época, o fato de não se ver gente. Andava-se; andava-se pelas imensas planícies e, de quando em vez, encontravam-se algumas máquinas trabalhando,
todas grandes. Mas gente, só os operadores – poucos!
E, recentemente, o ex-ministro da
agricultura, engenheiro agrônomo,
Roberto Rodrigues, fez a mesma constatação, em conceituada publicação:
falta gente; falta o médio produtor nestas novas fronteiras agrícolas. Ao que
ele acrescenta: são estas pessoas que
formam e dão vida às cidades que estão nascendo e àquelas que nascerão,
nestas regiões. Fato que poderá ser um
contraponto negativo em meio à tanta
grandiosidade.
Não seria então, o momento certo para que as Cooperativas Agropecuárias; os Sindicatos Rurais e as

Revista Canavieiros - Maio de 2012

José Mario Paro

Associações de Produtores se mobilizassem para viabilizar núcleos de
produção por lá (grãos, aves, suínos,
etc.), levando os inúmeros pequenos
produtores e suas famílias, que por
aqui não tem mais perspectivas de
progresso?
Estas pessoas, tal como aconteceu
com os pequenos produtores gaúchos
em décadas passadas, que foram para
o Mato Grosso, poderiam dar sequência ao histórico de gerações anteriores
dedicadas à agricultura, possibilitando
ainda que seus filhos continuassem na
atividade, coisa que por aqui está cada
vez mais difícil.
Afinal, é para lá que os ventos estão
soprando!
Até uma próxima oportunidade.RC
José Mario Paro é diretor adjunto da Canaoeste e conselheiro da
Sicoob Cocred
13

Ponto de Vista

Rio +20: A agricultura será a peça principal
*Manoel Ortolan

A

Rio+20 - Conferência das
Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, vai
acontecer 20 a 22 de junho de 2012,
no Rio de Janeiro, 20 anos depois da
primeira cúpula histórica no Rio de
Janeiro em 1992, e 10 anos depois do
encontro de Johanesburgo, em 2002.
Ao contrário do que aconteceu em
92, onde a conferência tratou apenas do meio ambiente, a Rio+20 tem
como objetivo principal debater o
desenvolvimento sustentável e a segurança alimentar. Cerca de 50 mil
pessoas são esperadas para participar
da conferência, entre mais de 100
presidentes e primeiros-ministros,
parlamentares, prefeitos, jornalistas,
funcionários da ONU (Organização
das Nações Unidas), executivos, líderes de ONGs (Organizações Não-Governamentais), acadêmicos e sociedade civil.
O objetivo da conferência é assegurar um comprometimento político
renovado para o desenvolvimento
sustentável, avaliar o progresso feito
até o momento e as lacunas que ainda
existem na implementação dos resultados dos principais encontros sobre
desenvolvimento sustentável, além
de abordar os novos desafios emer-

gentes. Os dois temas em foco na
Conferência serão: a economia verde no contexto do desenvolvimento
sustentável e da erradicação da pobreza; e o quadro institucional para o
desenvolvimento sustentável.
Sobre a economia verde, a referência óbvia às causas ambientais,
o verde, nesse caso, representa o
modelo almejado em que o uso dos
recursos do planeta se dá de forma
sustentável, sem riscos a espécies e
ecossistemas, mas também sem inviabilizar o avanço dos negócios e o
bem-estar social.
Mas quando o assunto se refere a
segurança alimentar, tudo se torna
ainda mais complexo. A FAO (Organização das Nações Unidas para
Agricultura e Alimentação), estima
que 925 milhões de pessoas passam
fome no mundo, o que representa a
média de 1 a cada 7 pessoas. Essa
trágica realidade não nos dignifica
como humanidade.
Os gargalos para resolver a questão da segurança alimentar representam um desafio enorme. As desigualdades sociais, a seca em algumas
regiões e os conflitos armados em
países do Oriente Médio, por exemplo, estão entre as causas predominantes da insegurança alimentar.
Produzir mais e com mais eficiência
é de fundamental importância porque
projeta-se que a população mundial
será de cerca de 9 bilhões de pessoas
em 2050. Para alimentar adequadamente essas pessoas, a produção deve
crescer mais de 70%. E como fica o
Brasil diante deste cenário que se desenha? A contribuição do
Brasil para o futuro da segurança alimentar mundial
é enorme. Falar em segurança alimentar é falar em
agricultura e disso o Brasil
entende.

Manoel Ortolan

Em meados de abril, o MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, divulgou
um comunicado confirmando que o
Brasil aumentou sua participação nas
exportações mundiais de 1,36%, em
2010, para 1,44%, em 2011. Os dados foram obtidos da OMC - Organização Mundial do Comércio.
Em 2011, o Brasil exportou o
equivalente a US$ 256 bilhões, valor 27% maior do que o do ano anterior. Os alimentos, que estão entre os
principais produtos exportados pelo
País, tiveram participação importante na alta das vendas externas no ano
passado. O café em grãos, por exemplo, registrou aumento de 54,3%, enquanto as exportações de soja cresceram 47,8%.
No entanto, temos de nos preocupar, nesse momento, com a forma
que o agronegócio brasileiro é visto
pelos seus concorrentes no mercado
internacional. Um dos meios é a participação em encontros e conferências mundiais como a Rio+20. Essa é
uma ótima oportunidade para os nossos líderes governamentais apresentarem o agronegócio como ele é de
fato e, com isso, desfazer alguns conceitos e levar a informação correta ao
mercado internacional. Vamos torcer
para que o bom senso fale mais alto
na Rio+20! RC
*presidente da Canaoeste – Associação dos Plantadores de Cana do
Oeste do Estado de São Paulo
Revista Canavieiros - Maio 2012
14

Notícias Copercana

Copercana realiza reunião em Orindiúva
A reunião contou com parceria da Syngenta e da Oricana

Fernanda Clariano

N

o dia 26 de abril, a Copercana
em parceria com a Syngenta e
a Oricana (Associação de Fornecedores de Cana da região de Orindiúva), reuniu cerca de 50 fornecedores
de cana e engenheiros agrônomos, no
Teatro Municipal de Orindiúva, para
uma reunião com o intuito de apresentar e difundir a cooperativa para os produtores rurais da cidade. A Copercana
montou um escritório para atender os
futuros cooperados em Orindiúva.
O evento teve como convidado, Marcos
Fava Neves- FEA/USP Campus Ribeirão
– Coordenador Científico da Markestrat,
que ministrou palestra sobre “O Cenário
Atual e Futuro da Agricultura”.
Estiveram presentes no encontro,
o diretor da Copercana, Pedro Esrael
Bighetti, o gerente comercial da cooperativa, Frederico José Dalmaso, o pre-

Henrique (Syngenta), Frederico Dalmaso e Pedro Esrael Bighetti (Copercana), Roberto
Cestari (Oricana) e Marcos Fava Neves (FEA/USP)

sidente da Oricana, Roberto Cestari e
o representante da Syngenta, Henrique
Mourão, além de outros profissionais
destas empresas.

Após a reunião, um jantar de confraternização foi oferecido aos convidados no salão de festas municipal de
Orindiúva. RC

Pedro Esrael Bighetti falou ao público presente sobre os benefícios de fazer parte de uma cooperativa

Revista Canavieiros - Maio de 2012

Filial da Copercana em Orindiúva
15

Notícias Sicoob Cocred

Balancete Mensal

COOP. CRÉDITO PRODUTORES RURAIS E EMPRESÁRIOS DO
INTERIOR PAULISTA - BALANCETE - ABRIL/2012

Valores em Reais

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Revista Canavieiros - Maio 2012
18

Notícias Canaoeste

Canaoeste reinaugura escritórios em
Viradouro e Bebedouro
As filiais passaram por reestruturação para melhorar o atendimento aos associados
Carla Rossini

A

Canaoeste
reinaugurou 2
escritórios de
atendimento aos associados nas cidades
de Viradouro (dia 27
de abril) e Bebedouro (dia 8 de maio). As
filiais passaram por
uma completa reestruturação para melhorar o atendimento
aos associados. “QueFachada do escritório de Viradouro
remos atender nossos
associados cada vez melhor e para isso
montamos uma estrutura mais adequada e com mais conforto. Essas cidades
são muito importantes para a Canaoeste e temos que oferecer toda a estrutura
para os produtores rurais associados”,
disse Luiz Carlos Tasso Júnior, diretor
da Canaoeste.
Em Viradouro, aproximadamente 60 pessoas, entre diretores, associados e autoridades compareceram
ao café da manhã de reinauguração,
entre elas, o prefeito municipal da cidade, Paulo Camilo Guiselini e a 1ª
dama de Viradouro, Márcia Regina
Mendes Guiselini; o presidente da
Câmara Municipal, Edson Luiz Franco; os vereadores, Luiz Pedro Zanata
e Sebastião Mantelle; o presidente
do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Viradouro, José
Carlos Porcionato; o representante da
CATI (Coordenadoria de Assistência
Técnica Integral) de Viradouro, Claudionor Gianelo; o venerável da Loja
Maçônica União e Trabalho, Orival
Zanqueta e o representante da Usina
Virálcool, Fábio Tonielo.
Já em Bebedouro, aproximadamente 40 pessoas, entre diretores, associados e autoridades compareceram
ao evento. Fizeram uso da palavra, o
diretor Luiz Carlos Tasso Júnior, que

Fachada do escritório de Bebedouro

Decerramento da placa reinaugural de Viradouro

Decerramento da placa reinaugural de Bebedouro

Luiz Carlos Tasso Jr. falou aos associados durante a reinauguração de Viradouro

brevemente falou sobre o início da
associação e também da satisfação de
ver o escritório pronto para atender os
produtores da região. O diretor adjunto
da Canaoeste, José Mario Paro, aproveitou a oportunidade para relembrar
o início e a importância do setor sucroalcooleiro no Brasil, principalmente

Revista Canavieiros - Maio de 2012

para o Estado de São Paulo. Da mesma
forma, o diretor da Copercana, Pedro
Esrael Bighetti agradeceu a presença
de todos e reforçou a importância dos
serviços prestados pela Canaoeste na
região de Bebedouro, assim como os
serviços oferecidos pela Copercana e
SicoobCocred.
19

Entre as autoridades presentes estavam a vereadora, Sebastiana Camargo;
o representante da LDC Sev Bioenergia, José Nogueira dos Santos; o diretor da Coopercitrus, José Vicente Silva
e os representantes da unidade Andrade do Grupo Guarani, Paulo Roberto
Mantovani e Gustavo Guethi Manhani.
Os diretores da Canaoeste, Paulo
Canesin e Plácido Heitor Castro Boechat também participaram da reinauguração que teve um coquetel de
encerramento.RC

José Mario Paro destacou a trajetória da Canaoeste desde o seu início
ao público presente durante reinauguração de Bebedouro

o

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Notas

Agronegócio na Escola
Através do programa educacional, o ex-ministro
Roberto Rodrigues realizou palestra para professores
Carla Rodrigues

O

ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, esteve em Ribeirão Preto, no dia 13 de abril
para proferir a palestra de capacitação
dos professores das escolas municipais
de Ribeirão Preto e região, que durante todo o ano de 2012 trabalharão com
o tema agronegócio dentro da sala de
aula. O evento foi realizado no Centro
Avançado de Pesquisa Tecnológica do
Agronegócio de Cana – IAC/Apta (Instituto Agronômico/Agência Paulista).
Este ano estão participando do programa “Agronegócio na Escola” desenvolvido pela ABAG/RP (Associação
Brasileira do Agronegócio de Ribeirão
Preto) 25 municípios da região, 75 escolas e aproximadamente 120 professores, envolvendo mais de 14 mil alunos.
Em 12 anos de realização, o programa
já atingiu mais de 130 mil estudantes.
O objetivo deste programa é mostrar
aos professores a importância do agronegócio brasileiro, tanto para a economia do país quanto para a vida em sociedade para que eles transmitam isso
aos alunos, tornando-se multiplicadores
de informação e conhecimento.

Roberto Rodrigues

Na ocasião foi entregue o 1º Prêmio “Escola Destaque”
referente aos trabalhos desenvolvidos nas escolas

De acordo com Roberto Rodrigues,
o país se urbanizou muito rapidamente
e as pessoas perderam um pouco a memória da sua origem e para ele esta é a
maior diferença entre o Brasil e os outros países. “Este é um país que nasceu
agrícola, como qualquer outro país do
mundo. Nenhum país nasceu industrial,
começou com a agricultura, passando
pela indústria e depois vieram os serviços, mas infelizmente, aqui no Brasil,
as pessoas têm desprezo pelo setor, e
isso acontece justamente por não saberem o que é o agronegócio e o que este
setor faz pelo país”, disse.

logia e também de gestão industrial,
daí a importância da ABAG mostrar
para os professores a existência da
cadeia produtiva dentro do setor. “É
necessário que todos saibam o funcionamento do processo de produção, que
não é simplesmente plantar e colher.
Tudo começa lá na prancheta do cientista, que evolui para o projeto e para
a parte de insumos, sementes, máquinas, defensivos e serviços de crédito e
seguro rural. Quando tudo isso estiver
disponível, o agricultor pode plantar e
colher. Depois a produção vai passar
pelas etapas de armazenagem, embalagem, distribuição e exportação, sendo
que o centro de todo este processo é a
agricultura, pois sem ela não seria necessário ter adubo, semente, máquina,
etc”, explicou Rodrigues.

Durante sua palestra, o ex-ministro
destacou que a agricultura é uma atividade de capital intensivo, de tecno-

Na ocasião foi entregue o 1º Prêmio
“Escola Destaque” referente aos trabalhos desenvolvidos nas escolas refe-

rentes ao ano de 2011. A escola premiada foi a EMEF Prof.ª Maria Sylvia
Traldi de Marco, que incentivou os
alunos criarem projetos relacionados
ao agronegócio através de boas práticas sustentáveis.
“Através deste programa, nós, professores passamos a dar uma atenção
maior ao assunto durante as aulas e
começamos a mostrar para os alunos
o que o agronegócio pode fazer por
eles e principalmente o que eles poderiam fazer pelo agronegócio e a partir
daí foram surgindo ideias sobre como
concretizar aquilo que aprendiam em
sala de aula, como por exemplo, o desenvolvimento de uma produção de
aipim, desde o plantio até a comercialização e, além disso, criaram um blog
para discutir as dúvidas e curiosidades
entre eles”, disse Marídia Ferreira,
professora responsável pelo programa
dentro da escola. RC
Revista Canavieiros - Maio 2012
26

Reportagem de Capa

Agrishow 2012: negócios realizados

durante a feira superaram as expectativas
A 19ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, foi realizada em
Ribeirão Preto, de 30 de abril a 04 de maio
Carla Rodrigues

2

5% do valor do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro se deve a
participação do agronegócio nacional, mas para atingir este número, os
produtores cada vez mais buscam por
tecnologias e serviços de crédito ideais para sua produção e principalmente
para seu bolso. Estas ferramentas puderam ser encontradas na Agrishow - 19ª
Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, realizada em Ribeirão
Preto, de 30 de abril a 04 de maio.
Para a cerimônia de abertura oficial
da feira, várias autoridades estiveram
presentes para prestigiar a 3ª maior feira
agrícola mundial. Entre elas estiveram
o governador do Estado de São Paulo,
Geraldo Alckmin, os ministros da Agricultura Pecuária e Abastecimento do
Estado e do Esporte, Mendes Ribeiro
Filho e Aldo Rebelo, respectivamente, a
secretária de Agricultura do Estado, Mônika Bergamaschi, a presidente da CNA
(Confederação de Agricultura e Pecuária
do Brasil), Kátia Abreu, o presidente da
Assembleia Legislativa do Estado de
São Paulo, Barros Munhoz, o ex- ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, o
presidente da Federação da Agricultura
e Pecuária do Estado, Fábio Meirelles,
além de deputados e lideranças do setor.
Um dos grandes momentos da solenidade foi o anúncio feito pelo gover-

nador sobre a concessão que consolida
a feira por mais 30 anos na cidade de
Ribeirão Preto. “A Agrishow tem casa
própria pelos próximos 30 anos, já que
esta é hoje a maior feira da América
Latina e vai crescer ainda mais, e nada
mais justo, depois de tanto esforço do
estado, juntamente com a prefeitura de
Ribeirão, do que ela permanecer aqui
onde é a capital da indústria de máquinas agrícolas, da inovação, enfim, um
importante centro do agronegócio”,
aclamou o governador.
Além deste, Alckmin assinou mais dois
decretos, sendo eles: Projeto Estadual de
Subvenção do Prêmio de Seguro Rural
e o projeto estadual do Poupatempo do
Produtor Rural, assim como a secretária
de Agricultura do Estado, Mônika Bergamaschi, que assinou
duas resoluções de sua
pasta: a criação do Pró-implemento – permite
ao produtor de financiar
seu equipamento ou implemento pelo Banco do
Brasil com juros subsidiados -, e as normas
complementares do programa pró-trator.

Revista Canavieiros - Maio de 2012

Este ano o cargo de presidente da
Agrishow foi ocupado pelo empresário
Maurílio Biagi. Para ele a feira traz vantagens para toda a cidade de Ribeirão
Preto e região, tendo em vista que em
2011 a cidade teve uma movimentação
econômica de R$ 150 milhões em 15
dias. Além disso, a feira aconteceu em
um momento bom para o agronegócio
brasileiro. “O milho e a soja estão bem, a
cana-de-açúcar não está bem em relação
à produção, mas na questão de remuneração está relativamente bem e esses são
os carros chefes da feira. É a feira que
teve mais crédito da história e com juros
mais baixos. Acredito que esse foi um
dos motivos que levou a feira a ter resultados excepcionais”, disse Biagi durante a coletiva de encerramento. Foram
negociados R$ 2,15 bilhões, superando
as expectativas dos organizadores
Para receber as 780 marcas expositoras nacionais e internacionais foram necessários 360 mil m², sendo 210 mil m²
de área de exposição estática, 2.250 m² de
área para os pavilhões cobertos e 120 hectares dedicados a demonstrações de campo. Além dos 20 mil empregos que foram
gerados diretos e indiretos durante a feira.
Assim como no ano passado, a planta da
27

feira foi regionalizada para facilitar as visitações, concentrando os diferentes segmentos – aviação, irrigação, ferramentas,
caminhões/ônibus/transbordos, máquinas
para construção, agricultura de precisão,
armazenagem, pecuárias, pneus e automobilístico - em uma determinada área.
Os 152 mil visitantes que estiveram
presentes durante os 5 dias do evento,
puderam conferir os diversos setores que
fizeram parte da feira como: agricultura
familiar, centros de pesquisas, equipamentos de segurança, implementos agrícolas,
sementes, veículos, ferramentas, máquinas
agrícolas, fertilizantes e defensivos, armazenagem, peças, software e hardware,
equipamentos para irrigação, entre outros.

LANÇAMENTOS
Durante a feira várias empresas apresentaram suas novidades. Tratores, colhedoras, aplicadores, sistemas de
gestão e logística para a cultura canavieira e também para grãos, foram algumas das ferramentas que se destacaram na Agrishow 2012. Confira alguns lançamentos registrados pela Revista Canavieiros, que estava presente
na feira com um estande para receber seus leitores.

Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste

MakSolo

A empresa MakSolo levou para a
feira uma Distribuidora de Agroquímico, Calcário e Fertilizante, que realiza
a aplicação a lanço de produto em pó
através de uma cortina d’água, impedindo a deriva. Segundo Mateus Mar-

José Mario Paro, diretor da Canaoeste

rafon, da área de pesquisa e desenvolvimento da empresa, esta máquina possui
uma barra de aplicação, que é levantada
no momento da operação até a extremidade, criando uma cortina d’água que
abafa este pó. “Quando o agricultor
não está utilizando essa máquina para
aplicar esses produtos a lanço, ele pode
utilizá-la como pulverizador, porque
ela tem uma capacidade de carga”, explicou Marrafon.
A máquina tem capacidade de cinco
toneladas, é considerada pequena, mas
vem acompanhada por um software de
agricultura de precisão, ou seja, atingindo uma agricultura de escala. Pensando
no grande produtor, ela também pode
ser desenvolvida com uma capacidade
de até 20 toneladas.

Luiz Carlos Tasso Jr. diretor da Canaoeste

Massey Ferguson

Carlos Eduardo Martinatti

Neste ano, a Massey Ferguson levou
para a Agrishow novidades nos tratores
com alta potência e com grande quantidade embarcada. São dois modelos:
a linha 8670 de 320 cavalos e a linha
8690 de 370 cavalos.
Revista Canavieiros - Maio 2012
28

Reportagem de Capa

“Os tratores são para grandes áreas,
mercado de grãos e o mercado canavieiro. O diferencial desse produto é a
transmissão CVT (Transmissão Continuamente Variável), onde não há a troca
de marchas, o trator fica constantemente engrenado, dispensando o uso das
pernas para a embreagem”, explicou o
coordenador de marketing de tratores,
Carlos Eduardo Martinatti.
Quando há a troca de marchas, ocorre um corte entre a transmissão e o motor. No caso destes tratores, como ficam
em constante engrenamento é possível
evitar desgaste no sistema, sempre aumentando a velocidade.

te, usar menos equipamentos para fazer
a sua safra”, disse Assis.
Ainda são considerados tratores de
tecnologia de ponta por possuírem câmbios de CVT, ou seja, sem escalonamento de marcha e, também, vem com piloto
automático de série. Por meio de sinal de
um satélite, o produtor mapeia primeiramente a área que vai trabalhar com o trator e através deste mapeamento o trator
realiza suas funções automaticamente.

logia veio para acelerar o desempenho
da máquina, culminando numa operação mais segura e rentável”, explicou o
gerente de contas estratégicas da John
Deere, Marcelo Pimenta.

Jacto

John Deere
Marcelo Pimenta

Valtra

Alexandre Vinicius Assis

Também com novidades em tratores, a Valtra expôs seus lançamentos,
os modelos S293, com 325 cavalos e o
S353, que possui 375 cavalos, ambos
fazem parte da linha CRS. São tratores
importados para atender a demanda do
setor canavieiro e de grãos. Por serem
tratores de alta potência, são indicados
para puxar implementos maiores, otimizando o trabalho no campo e aumentando a produtividade.
De acordo com o gerente de marketing da Valtra, Alexandre Vinicius Assis,
estes tratores são voltados para alguns
segmentos específicos, no caso da cana,
é usado durante a operação de preparo de solo, e na lavoura de grãos, pode
ser usado tanto na preparação de solo
quanto no plantio. “Ele permite puxar
plantadeiras de até 40 linhas, então são
grandes máquinas com alta capacidade,
e isso com certeza, acelera o trabalho do
produtor, que pode usar um trator e um
implemento maior, e, consequentemen-

Lançado em 2011, o trator 6180 da
empresa John Deere, voltou a ser destaque na Agrishow deste ano. Com
eixo de 3 metros e um sistema de freio
pneumático que já vem de fábrica, é
indicado para o preparo da cultura da
cana-de-açúcar, que junto com uma colhedora faz um conjunto de colheita.
Aliado a isso, a empresa também
possui o sistema de agricultura de precisão, onde todos os equipamentos já
saem de fábrica com o sistema de piloto automático. Na lavoura da cana,
este sistema ajuda na eficiência, tirando da responsabilidade do operador
muitas funções.
“Este ano o mercado vai girar em
torno de 900 a 1000 máquinas entre
John Deere e os outros segmentos. Se
considerarmos a quantidade de operadores que serão necessários para trabalhar com estas máquinas estamos
falando de no mínimo 4 operadores
por máquina, ou seja, 4.000 postos de
trabalho. Hoje não temos este número
de pessoas capacitadas, não existe um
banco de profissionais já especializados
para este novo mercado, então a tecno-

Revista Canavieiros - Maio de 2012

Uma das novidades da feira mostrada pela empresa Jacto, foi uma máquina para aplicação de fertilizante sólido
granulado na cultura canavieira. Além
de toda tecnologia que já está embarcada no equipamento, como o corte de
sessões, a aplicação numa área mapeada pode ser realizada através do controle via GPS, sendo assim, ao chegar
ao fim do talhão, a máquina vai parando a aplicação automaticamente.
Outra novidade desta máquina é
a aplicação realizada via sensor de
reflectância (sensor verde). Este sensor, como princípio, emite uma luz
numa faixa de frequência e capta a
sua reflexão ao incidir sobre as plantas, esta reflexão da luz medida tem
uma forte correlação com o nível de
nitrogênio da planta, permitindo sentir a sua deficiência.
“Esta é uma forma de gestão de aplicação de fontes nitrogenadas bastante
diferentes e mais eficientes. Devido a
este sensor, é possível disponibilizar
mais nutrientes nas áreas que precisam
mais e menos nas áreas que precisam
menos, ou seja, vai utilizar a dosagem
de produto necessária. Também com
este monitoramento, é possível identificar a melhor época de entrada na
cultura da cana para fazer a aplicação,
convertendo numa maior produtividade”, esclareceu o gerente de produtos
da Jacto, Wanderson Tosta.
29

Case IH

uma colheitadeira nossa, então ele passa
a depender muito mais dessa máquina e
o impacto dela parada é muito maior”,
disse o responsável pela área de Serviços
América Latina da Case, Rafael Miotto.

- O principal lançamento de uma empresa agrícola é um serviço e não um produto. Foi pensando assim que a empresa
Case IH lançou durante a Agrishow 2012
o sistema de atendimento a emergência
Max Case IH, voltado para máquinas paradas no campo, que por algum motivo
diminuíram seu desempenho, prejudicando a produção da lavoura.

Vale ressaltar que as máquinas atendidas por este novo sistema são tops de
linha, isto é, as máquinas de maior potência de cada linha.

“A máquina trabalhando mais horas
por dia ela se paga mais rápido e não
tem perdas. Quanto mais tempo demora
em colher, mais problema aparece. Se
for uma usina de cana-de-açúcar será
menos cana para a usina, se for um plantio, ele será realizado com atraso e isso
irá prejudicar o produtor lá na frente.
Nossos clientes são muito profissionais.
Às vezes eles trocam três máquinas por

Rafael Miotto

Fábio Balaban

- Na parte de lançamentos mais voltados para o mercado canavieiro, a Case
levou para a feira os novos tratores
Magnum, que foram remodelados com
uma série de recursos que trazem benefícios para o setor, como os motores e
transmissões eletrônicos.

É um serviço de 24 horas, durante 7
dias na semana à disposição do cliente
que compra o produto através da central de atendimento ou concessionária.
Seu objetivo é garantir que a máquina
volte a trabalhar o mais rápido possível,
e para isso não existe limites, todos os
recursos são colocados a disposição.
O principal benefício é o aumento da
disponibilidade operacional, que hoje é um
conceito que os agricultores profissionais
medem e valorizam muito, que é o tempo
que a máquina está efetivamente disponível para trabalhar, colher e plantar, aumentando a produtividade e a rentabilidade.

- Em relação à colhedora de cana, a
Case desenvolveu para o ano de 2012
uma máquina que traz uma série de inovações e melhorias do produto, principalmente no que diz respeito ao uso e
otimização do combustível.

Everton Fim

“Com a entrada deste novo modelo, conseguimos agregar um acessório,
que se chama APM (Gestão Automática
de Produtividade), que seleciona automaticamente a melhor e mais eficiente
combinação entre marcha e velocidade
do motor, ou seja, uma vez que escolheu
a velocidade de deslocamento, ele vai
trocar a marcha sozinho e tudo isso vai
dosar sempre com a melhor situação possível de consumo de combustível. Com
esse sistema conseguimos uma redução
do consumo de combustível de até 24%”,
explicou o especialista de marketing de
produto da Case IH, Everton Fim.
Já numa faixa de potência de trator
específico que a empresa ainda não tinha, a novidade é a linha Puma, que
são tratores de 195 a 210 cavalos. Esta
linha vai trabalhar em preparo de solo,
em plantio para puxar plantadoras de
cana e transbordos. O diferencial desta
linha é que já vem com um eixo dianteiro reforçado, próprio para atender as
aplicações de cana que são mais severas. Assim como o Magnum, o motor e
a transmissão também são eletrônicos.

A máquina 2012 vem com um sistema
de Smart Cruise, que é um software que
trabalha diretamente na rotação do motor
mediante a carga e demanda hidráulica
que a máquina necessita. À medida que
a máquina passa a colher em canaviais
de baixa e alta produtividade, o uso desse
combustível vai ser mediante a necessidade de todo sistema de colheita da máquina.
Em canaviais de maiores produtividade, é preciso maiores rotações para garantir todo o desempenho que a máquina
possui. Já em canaviais de baixa produtividade, a rotação de motores cai, sem
interferir em nenhuma função específica
de colheita da máquina. É simplesmente
uma redução da rotação para configurar
o menor consumo de combustível, de
acordo com aquilo que o canavial exige.
“Sabemos que a produtividade por
hectare de cana-de-açúcar vem caindo
ao longo dos anos, hora por fatores climáticos, hora por falta de investimentos
no cultivo da cana. Então nossa máquina
tem a versatilidade de atender a demanda do mercado, além disso, tem um melhor desempenho no circuito hidráulico,
pois possui um radiador extra de óleo e
também um bloco hidráulico no sistema
duplicador de maior vazão, dissipando o
maior e aumentando a vida útil dos componentes”, explicou o especialista de marketing de produtos para colhedoras de
cana da América Latina, Fábio Balaban.
Revista Canavieiros - Maio 2012
30

Reportagem de Capa

Embraer

são o baixíssimo custo operacional e o
menor impacto ambiental.
Uma das grandes vantagens deste
avião a etanol é com relação ao custo,
uma diferença que é de aproximadamente 30% menor. Além disso, o uso
do etanol como combustível também
proporciona 7% a mais de potência no
avião, o que significa maior rendimento, maior capacidade de carga e flexibilidade para o cliente.

A Embraer (Empresa Brasileira de
Aeronáutica S.A) esteve presente na
Agrishow 2012 apresentando o programa Ipanema, mais especificamente o
avião, que é o primeiro e único avião do
mundo que utiliza o etanol como combustível. Suas principais características

tivo, então se conseguirmos bater nossa
meta de 60 aeronaves este ano estaremos
de acordo com as perspectivas da empresa”, comentou Carreto.

De acordo com o gerente comercial
Embraer – programa Ipanema - , Flávio
Bertoldi Carreto, em 2011 foram concluídas 58 vendas do modelo ao longo do
ano e para 2012 a meta é equilibrar este
número. “Se compararmos com o ano de
2010 quando vendemos 40 aeronaves, tivemos um crescimento muito significa-

Este crescimento se deve a conscientização dos produtores de que o avião é
uma solução versátil, rápida e que não
provoca amassamento na lavoura. O
avião Ipanema é largamente utilizado
nas culturas de soja, milho e algodão. Já
no Estado de São Paulo, as culturas predominantes são cana-de-açúcar, café e
arroz. Ainda há culturas em testes, que
o estão utilizando cada vez mais, como
a batata e o feijão, além, evidentemente,
das culturas de citros e eucalipto, que até
pelo próprio porte da cultura, obrigatoriamente tem usado o avião como seu meio
de pulverização, quer seja de produtos sólidos, quer seja de produtos líquidos.

principais fins deste tipo de energia é
o suprimento de eletricidade para demandas isoladas da rede elétrica. “Se fizermos uma análise podemos constatar
que ¼ de toda a força energética nacional é gerada através da cana-de-açúcar.
Isso quer dizer que, mais do que nunca,
o agronegócio já está ligado à sustentabilidade”, afirma o responsável pelos
projetos de biomassa desenvolvidos
pela New Holland, Samir de Azevedo
Fagundes.

a palha permanece exposta ao tempo
por um período de até dez dias para que
seque. Quando o material estiver com
cerca de 10% de umidade é feito o aleiramento, que reúne a palha em linhas
(leiras). Em média, há cerca de 150 quilos de palha seca para cada tonelada colhida, o que totaliza, aproximadamente,
15 toneladas de palha por hectare por
ano, dos quais são retirados do campo
de 50-60%, de acordo com as condições
edafo-climáticas do local.

“Estamos caminhando para um cenário de colheita 100% mecanizada,
sem queima, então é fundamental o
aproveitamento da biomassa na geração
de energia”, afirma Fagundes. Segundo
dados da UNICA - União da Indústria
da Cana-de-Açúcar, a estimativa é que
em aproximadamente 10 anos a bioeletricidade gere energia equivalente a 3
usinas Belo Monte. Os investimentos
para produção de bioeletricidade também são mais baixos: de acordo com a
ANEEL, o processo de geração de bioeletridade é R$16,65/MWh mais barato
do que a produção energia hidrelétrica.

Após o acúmulo da palha em leiras,
uma enfardadora BB9000 acoplada ao
trator passa recolhendo o material e fazendo os fardos. Chamados de “gigantes”, cada um tem cerca de 2 metros de
comprimento e 450 quilos. Por último,
a carreta recolhedora de fardos encaminha o material para o ponto de carregamento, de onde seguem para a usina.

New Holland

Unindo o conceito de biomassa ao
agronegócio, a New Holland está aplicando no Brasil um projeto que permite gerar energia sustentável através da
palha da cana-de-açúcar. Desenvolvido
em parceria com o CTC - Centro de
Tecnologia Canavieira, o projeto busca
utilizar a palha da cana-de-açúcar (gerada na colheita mecanizada) para produção de energia. A pesquisa, baseada
na aplicação da enfardadora BB9000
da New Holland, está sendo desenvolvida desde maio de 2010 e já apresenta
resultados favoráveis. O CTC realiza
diversos estudos nesta área há mais de
40 anos e representa mais de 60% das
indústrias do setor sucroalcooleiro.
A utilização de biomassa na geração
de energia por sistemas de co-geração
vem crescendo ano após ano. Um dos

O processo se divide em uma série
de etapas, começando pelo acúmulo da
palha gerada após a colheita mecanizada da cana-de-açúcar. Após a colheita,

Revista Canavieiros - Maio de 2012

Fagundes ressalta que a Agrishow
2012 foi a primeira oportunidade que o
cliente teve para conhecer de perto todas
as máquinas que compõe a solução agrícola do recolhimento de palha: o Aleirador
H5980, a enfardadora BB9080 e a carreta
acumuladora de fardos PT2010. RC
Fonte: Assessoria de Imprensa da
New Holland
31

Revista Canavieiros - Maio 2012
32

Informações Setoriais

Chuvas de abril e Prognósticos
Climáticos de junho e julho 2012
Chuvas anotadas durante o mês de abril de 2012

Engº Agrônomo Oswaldo Alonso
Técnico Agronômico da Canaoeste

A média das chuvas anotadas durante o mês de
abril (88mm) “ficou” ligeiramente acima da média das normalidades climáticas de todos os locais
informados (75mm). Chuvas acima das normais
climáticas ocorreram em Barretos, C.E. Moreno,
LDCSEV MB e Santa Elisa e Usina Ibirá; enquanto que, bem abaixo, na Fazenda. Santa Rita,
CATI Franca e São Simão e Centro Cana IAC,
evidenciando, como nos cinco meses anteriores, a
irregularidade de distribuição das chuvas.

O

Mapa 1 mostra, pela “colcha
de retalhos” a tamanha dispersão e irregularidades das chuvas que vem ocorrendo no estado de
São Paulo.
Não fosse a estreita faixa de baixa
Disponibilidade de Água no Solo no

Oeste do Estado, permitiria dizer que
as posições de acumulados de Água
no Solo, aos finais de abril de 2011 e
2012, ficaram invertidas. Durante a segunda quinzena de abril de 2012 foram
se acentuando as condições críticas de
água no solo nas regiões Nordeste do
Estado de São Paulo e faixa entre Ca-

Mapa 1:- Água Disponível no Solo entre 16 a 18 de abril de 2012

Revista Canavieiros - Maio de 2012

tanduva e Bauru; como também, persistia baixa umidade no solo no extremo
Oeste, que não se prolongaram, graças
às chuvas do finalzinho do mês.
Para subsidiar planejamentos de atividades futuras, a Canaoeste resume o
prognóstico climático de consenso entre

Mapa 2:- Água Disponível n
33

INMET-Instituto Nacional de Meteorologia e INPE-Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais para os meses de abril a
junho, conforme mostrado no Mapa 4.
• Para os meses junho e julho, prevê-se
temperaturas médias próximas das respectivas médias históricas para os estados
de Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso e
Rio de Janeiro. Idem, para os estados de
São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas
Gerais e Região Sul do Brasil; entretanto,
com possibilidade de ocorrências de quedas acentuadas de temperatura. Sem, ainda, poder assinalar ocorrência de geada, a
não ser nos estados sulinos;
• O consenso INMET-INPE assinala
que, durante o mesmo período, poderá
ocorrer iguais probabilidades de chuvas
de abaixo a acima das respectivas médias históricas em toda área sucroenergética da Região Centro Sul, exceto na
área amarela do Mapa 4-Sul do Brasil e
a faixa litorânea nordestina, onde está
previsto ficar abaixo das respectivas
normais climáticas;
• Como referência de normais climáticas
para Ribeirão Preto e municípios vizinhos,
pelo Centro de Cana-IAC, as médias históricas de chuvas são: 25mm em junho e julho.

no Solo ao final de abril 2011

Por sua vez, a SOMAR Mapa 4:- Adaptação pela CANAOESTE do Prognóstico de
Meteorologia, com a qual a Consenso entre INMET e INPE para o bimestre junhoCanaoeste mantém convênio, julho de 2012. Este prognóstico difere do anterior, apenas
prevê que para esta região na faixa litorânea - sul da Bahia ao Rio Grande do Norte.
poderá ocorrer (para a época)
bom volume de chuvas no início de junho, além do que já
pode ter ocorrido neste final de
maio e, como havíamos assinalado em edições anteriores
(“E, repetindo, com possível
surpresa para julho, que será
revisada em meses mais próximos”), significativas chuvas
poderão acontecer durante julho. A SOMAR Meteorologia
prevê, ainda, com exceção de
agosto, que este inverno (julho e setembro) poderá vir a
ser semelhante ao de 2009.
Logo, mantém-se previsão de
que não haverá escassez de
evitar também pisoteios, perdas de cana
chuvas (mas possivelmente, até exce- e de sua qualidade.
dentes) nos meses que se seguem.
Estes prognósticos serão revisados na
Face estas previsões climáticas para Revista Canavieiros. Os prognósticos ou
estes próximos meses e à elevada de- fatos climáticos relevantes serão noticiamanda por matéria-prima (cana), a dos em nosso site www.canaoeste.com.br.
Canaoeste recomenda muitas atenções
aos produtores para que evitem matoPersistindo dúvidas, consultem os
-competição, (controláveis) danos por Técnicos mais próximos ou através do
pragas. E, por ocasião das colheitas, Fale Conosco Canaoeste. RC
Mapa 3:- Água Disponível no Solo ao final de abril de 2012.

RC

Revista Canavieiros - Maio 2012
34

Artigo Técnico

Orientação do uso de defensivos agrícolas
O Defensivo Agrícola necessário a produção é tratado no Brasil por forma de
lei (Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1.989) como agrotóxico.
Antonio Carlos Cussiol Junior; Daniela Aragão Santa Rosa; Danilo Fonseca Mazoni – agrônomos da Canaoeste

O

s agrotóxicos são produtos
químicos utilizados rotineiramente na agricultura convencional para controle de plantas invasoras, pragas e doenças. Por serem
tóxicos ao homem e ao meio ambiente, devem ser manuseadas com o máximo cuidado, em todas as etapas de
utilização, desde seu transporte até a
propriedade, o armazenamento, o preparo da calda, a utilização, a deposição dos resíduos de calda e a lavagem
e a devolução de embalagens. Todo
agrotóxico apresenta risco para saúde
e para o meio ambiente, mas existem
diferentes graus de toxicidade, que é
dado pela classe toxicológica do produto, indicada pela cor impressa na
embalagem.
Utilizados na agricultura a partir
do final dos anos 40, os agrotóxicos
proporcionaram aos agricultores um
considerável aumento de produtividade. Mas logo os efeitos danosos foram
percebidos, pelo uso indiscriminado,
armazenamento e descartes de embalagens vazias de forma inadequada.
De acordo com a Andef (2001) Lei
Federal nº 9.974 e Decreto nº 4.074
de 04/01/2002, a obrigatoriedade do
destino final seguro das embalagens
vazias de agrotóxicos e afins, é de responsabilidade dos usuários, comerciantes, fabricantes e poder público.
Para disciplinar a destinação segura desses resíduos a nova legislação
brasileira de agrotóxicos determina
responsabilidade de todos os segmentos. A fiscalização fitossanitária tem
estado presente em diversas regiões,
com aplicações de multas para aqueles que estão fora das normas. Alguns
produtores já foram autuados por falta
de informação e conhecimento, o que
preocupa a todos os envolvidos nesta
cadeia de produção, pois gera um impacto negativo diante da opinião pública. É importante que haja uma fis-

Depósito de armazenamento de
defensivos agrícolas da Copercana

calização de caráter educacional, com
troca de informações entre as partes
envolvidas.
Pensando nisso, a Canaoeste resolveu orientar produtores e aplicadores
dos cuidados necessários durante todas
as etapas de uso dos defensivos agrícolas, desde sua aquisição até a devolução
das embalagens.
Aquisição do Produto
A aquisição do produto deve ser
precedida de uma avaliação da real
necessidade de sua aplicação, por
um engenheiro agrônomo ou florestal, que emitirá a receita adequada
para cada caso específico, que deverá
conter as orientações quanto ao uso e
à dosagem a ser utilizada, época de
aplicação, cultura indicada, período
de carência e forma adequada de disposição das embalagens vazias, assim
como os cuidados de proteção ao aplicador e ao meio ambiente.
Na aquisição, é preciso verificar se
a embalagem está perfeita, com o rótulo totalmente legível, se o produto não

Revista Canavieiros - Maio de 2012

está vencido ou se o prazo de vencimento não está muito próximo.
Transporte
O transporte quando realizado pelo
agricultor, também deve ter cuidados:
carregar na carroceria, não transportando juntos com alimentos ou pessoas; o transporte acima da quantidade isenta, exige que o motorista seja
profissional e que tenha o curso para
transporte de produtos perigosos. Em
pequenas quantidades é recomendado
o transporte em caminhonetes, onde os
produtos devem ser cobertos por lona
e presa a carroceria. Deve organizar
as cargas e manter em ordem o Kit
de emergência, documentos do carro,
nota fiscal e receituário agronômico.
O veículo para transporte dos produtos
deve estar em perfeitas condições (luz,
freio, pneus, etc).
Armazenamento
Cuidados do local de armazenamento: devem ser distante de residências,
hospitais, fontes de água e circulação
de pessoas, com permissão da entrada
de pessoas autorizadas. Deve ter um
35

local exclusivo para os produtos e EPI,
separando por classes (herbicidas, fungicidas, inseticidas), o local deve permitir a circulação de ar, sem vazamentos e infiltrações, deve ser coberto, com
portas. Não deixar em local aberto, de
preferência fazer prateleiras por classes
e não deixar em contato com o chão, e
indicando na porta de entrada uma placa: PERIGO, VENENO.
Utilização
Ler atentamente as instruções da receita agronômica, da bula do produto e
folheto complementar. Regular corretamente o equipamento de aplicação.
A pulverização deve ser feita nas horas
mais frescas do dia e sempre a favor do
vento, usando o equipamento de proteção individual (EPI) desde o preparo
da calda até o final da aplicação. No
momento da aplicação não deverá permanecer pessoas desnecessárias, nem
crianças. A lavagem das embalagens
vazias é uma prática feita no mundo inteiro para reduzir os riscos de contaminação de pessoas, proteger o ambiente e
aproveitar o produto.
Tríplice lavagem
Esvazie o conteúdo da embalagem no
tanque do pulverizador; adicione água
limpa à embalagem até ¼ do seu volume; tampe bem a embalagem e agite-a
por 30 segundos; despeje a água de lavagem no tanque do pulverizador; faça esta
operação 3 vezes; inutilize a embalagem
plástica ou metálica, perfurando o fundo.
Menores de 18 anos, gestantes e idosos
não podem manusear ou aplicar agrotóxico. É proibido por lei. Respeitar o
período de carência e o período de reentrada na lavoura. O uso de EPI é obrigatório durante o manuseio e aplicação de
agrotóxicos, pois protege o trabalhador
contra o risco de intoxicação. Exemplos:
luvas e avental impermeáveis, máscaras,
óculos, camisas de manga compridas e
calças tratadas com produto repelente à
calda tóxica.
Devolução de embalagens
A legislação determina como responsabilidade do usuário do agrotóxico, o preparo das embalagens vazias
para devolvê-las e comprovar a devolução nas unidades de recebimento.

Aos
revendedores
compete receber e armazenar em local seguro,
de acordo com a legislação estadual específica,
as embalagens devolvidas pelos usuários.
Os fabricantes têm a
obrigação de providenciar o recolhimento nos
locais onde foram devolvidas, bem como dar
destino final as embalagens vazias. O período
previsto para o armazenamento das embalagens na propriedade é de um ano, a
partir da data de aquisição do produto.
Entretanto, se o usuário não utilizou
todo o conteúdo e este ainda se encontra no prazo de validade, a devolução
poderá ocorrer em até 6 meses após
vencimento da validade.
O usuário quando transportar as embalagens para devolução deve levá-las
com suas respectivas tampas, para a
unidade de recebimento. Ao entregá-las, exigir os comprovantes de entrega das embalagens, os quais deverão
ser mantidos junto com a nota fiscal de
compra do produto e o respectivo receituário agronômico, à disposição dos
órgãos de fiscalização.
Responsabilidades
previstas na legislação
Todos os procedimentos fazem parte da Legislação com a Lei nº7.802
11/07/1.989 que foi substituída pelo
Decreto 4.074 de 04/01/2012 que tem
normas para aquisição, transporte, armazenamento, manuseio e devolução
de embalagens de agrotóxicos
A NR – 31 Norma Regulamentadora 31 do Ministério do Trabalho
diz que o empregador rural ou equiparado deve fornecer equipamentos
de proteção individual e vestimentas
adequados aos riscos, que não propiciam desconforto térmico prejudicial
ao trabalhador.
Para melhor segurança e prevenção,
o aplicador deve estar munido sempre
do certificado do treinamento e do re-

Foto: Divulgação Inpev

ceituário agronômico dos produtos que
estiver usando, com as especificações
dos cuidados necessários que deve estar
assinado por um engenheiro agrônomo.
O empregador tem por responsabilidade fiscalizar se o empregado esta usando os equipamentos de proteção. O não
cumprimento acarreta em responsabilidades para ambas as partes. O empregador poderá ser multado e responder
civil e criminalmente, e o funcionário
poderá ser demitido por justa causa.
Campanha do
Governo de São Paulo
A Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, representada pela
Coordenadoria de Defesa Agropecuária e Coordenadoria de Assistência
Técnica Integral, junto com a Secretaria do Meio Ambiente (CETESB), a
Federação da Agricultura do Estado de
São Paulo (FAESP) e outras entidades
como ANDAV, OCESP, SESCOOP/
SP e INPEV criou o Grupo de Trabalho Interdisciplinar de Destinação Final
de Agrotóxicos (GT) para organizar
o descarte de agrotóxicos que não são
utilizados nas atividades agrícolas do
Estado de São Paulo.
Para dar uma solução a esse problema mundial sem risco de multa, declare
os resíduos de BHC, DDT, entre outros,
que estão em sua propriedade rural
no Estado de São Paulo até a data de
24/07/2012.
Os associados da Canaoeste podem
procurar a orientação dos agrônomos
caso tenham dúvidas.RC
Revista Canavieiros - Maio 2012
36

Artigo Técnico

Sorgo Sacarino: a bola da vez
Jair Rosas da Silva, engenheiro agrônomo do IAC / Centro de Engenharia e Automação

O

sorgo é planta originária da
África, tendo sido introduzido
no Brasil por volta de 1850,
sendo as principais regiões produtoras
situadas nos Estados de Goiás e Minas
Gerais. Em regiões da África é usado
como alimento humano, bem como no
sul da Ásia e na América Central. Nos
Estado Unidos, Austrália e América do
Sul constitui importante base da alimentação animal.

industrial, pode ser empregada na alimentação
de bovinos, suínos e aves.

O sorgo granífero é o mais cultivado
no mundo inteiro. O sorgo sacarino ou
Sorghum bicolor (L) Moench tem sido
objeto de plantios experimentais no
Brasil e no exterior com o objetivo de
estender o período de operação industrial de usinas e destilarias e, por essa
razão, o sorgo sacarino ser considerado
no Brasil uma cultura complementar
à cana-de-açúcar para a produção de
etanol. Os colmos do sorgo sacarino
contêm entre 33-40% de ATR, portanto
de conteúdo semelhante ao da cana-de-açúcar. Por essa razão, tal quantidade
tem condições de ser conduzida à esteira de moagem, passar por processo
fermentativo e produzir etanol de forma
econômica, de modo idêntico à cana-de-açúcar.

Plantio experimental
de sorgo sacarino, visando à produção de etanol, foi realizado pelo grupo industrial Cerradinho na
Usina Porto das Águas, em Chapadão
do Céu, Estado de Goiás. O experimento
abrangeu área de 1.800 hectares, obtendo
a produção de 25 t/ha de biomassa, gerando 35 litros de etanol por tonelada. Aduzem que, para a produção ser econômica,
devem ser produzidos 60 t/ha de biomassa e 50 litros de etanol por tonelada.

O sorgo sacarino apresenta as vantagens do ciclo curto, de cerca de quatro
meses, de efetuar o plantio por sementes, sistema mais rápido e barato que o
modo vegetativo usado pela cana, a possibilidade de colheita parcial dos grãos
ou integral, usando as mesmas máquinas
e veículos de colheita da cana, incluindo
transbordos de tipos variados, veículos e
caminhões-oficina, de apoio e bombeiro. Usa também as mesmas instalações
de processamento industrial da cana-de-açúcar para obtenção de etanol. Após
passar pelo processo de industrialização,
na forma de bagaço, o material fibroso
tem condições de ser empregado como
combustível na alimentação de caldeiras,
produzindo o vapor necessário para consumo nas diversas operações industriais
ou produzir energia elétrica por cogeração. A biomassa do sorgo, além do uso

A semeadura do sorgo
é realizada de novembro
a dezembro. Conforme a
cultivar, o ciclo vegetativo varia entre 105-120
dias e a colheita é efetuada em março ou abril.

Em 2011 foi realizado na República Dominicana plantio experimental
comparativo entre as culturas de sorgo
sacarino e cana-de-açúcar, esta tradicional no País, usando espaçamento duplo
no sorgo de 0,50x1,20 m, irrigado pelo
sistema em sulcos. O custo de produção
em plantio direto foi R$1.400/ha, idêntico ao da cana nas condições locais.
A velocidade usada na colheita foi de
6,5 km/h. A capacidade operacional foi
0,66 ha/h e o custo, de R$900/ha.
A produtividade do sorgo esteve
compreendida entre 43-50 t/ha e, a da
cana, de 82,4 t/ha. Informe aduz que o
período de colheita do sorgo é muito
curto, de cerca de 30 dias e que a colheita efetuada fora da época resulta em
perda de qualidade do produto.
A densidade do produto de colheita
do sorgo mostrou ser cerca de 30% menor que o da cana, representando o custo
de R$12,00/t, sem considerar a depreciação de equipamentos. O custo unitário de colheita do sorgo foi R$24,00/t e
o da cana registrou R$21,00/t.

Revista Canavieiros - Maio de 2012

O ATR do sorgo foi de 112 Kg/t, ao
passo que a cana apresentou 140 kg/t.
Do ponto de vista industrial, por ser alto
o índice de açúcares redutores, o sorgo
sacarino é próprio para produção de
etanol. O custo de produção do etanol,
de R$0,94/litro, revelou ser ligeiramente abaixo do da cana, este de R$1,00/l.
A conclusão desse estudo experimental é que a cultura do sorgo sacarino agrega cerca de 6% ao lucro da
cultura de cana-de-açúcar, podendo
assim ser considerado como atividade
complementar à cana para a produção
de etanol, contudo sem a intenção de
substitui-la.
Tem a vantagem de reduzir o período de entressafra da cana e a ociosidade
das usinas, além de aumentar o período
de fornecimento de energia elétrica devido ao prosseguimento na alimentação
de caldeiras usadas na cogeração.
De um modo geral, em todos os
plantios experimentais relatados, as
principais pragas da cultura do sorgo
sacarino foram as seguintes:
a) Lagarta Spodoptera, no início do
ciclo vegetativo;
b) Lagarta do cartucho, que ataca outras gramíneas, como o milho;
c) Lagarta Agrotis, que atua principalmente na emergência das plântulas;
d) Broca Diatraea, atacando da floração a colheita; RC
(continua na próxima edição)
37

Revista Canavieiros - Maio 2012
38

Eventos e Cursos Junho 2012
Curso: II Curso de Produção de
Mudas de Alta Qualidade
Data: 04 e 05 de junho de 2012
Inscrição: As inscrições são realizadas na página do curso
na Internet. http://www.infobibos.com/prodmudas
Local: Sala de Eventos do Diplomata Hotel, em Campinas - SP
Mais Informações: Valor parcelado em até três vezes
Valor: R$ 390,00 a R$ 540,00

Evento: Ciclo de Palestras – Soja Livre
Data: 04 junho de 2012 das 19:00h às 22:00h
Inscrição: As inscrições validadas após envio de ficha de inscrição – presente na página do ciclo -para o e-mail: cdt@fealq.org.br
http://www.fealq.siteprofissional.com
Local: Anfiteatro do Pavilhão de Química – Departamento de Ciências Exatas – ESALQ/USP em Piracicaba-SP
Mais Informações: e-mail: cdt@fealq.org.br ou para o
fax: (19) 3422-2755
Valor: Gratuito (Disponível 120 vagas).
Evento: Workshop – Mudanças
Climáticas e Problemas Fitossanitários
Data: 12 a 14 de junho de 2012
Inscrição: Para se inscrever é necessário acessar formulário de inscrição online, na página do evento na Internet.
http://www.cnpma.embrapa.br
Local: Auditório Paulo Choji Kitamura Embrapa Meio Ambiente - Rod. Campinas Mogi-Mirim
Km 127,5 – Tanquinho Velho - Jaguariúna-SP
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Inscrição: As inscrições são realizadas em formulário online, direcionado a partir da página do curso na Internet. Há
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Inscrição: As inscrições podem ser feitas por formulário onRevista Canavieiros - Maio de 2012

line ou por atendimento telefônico e são validadas após comprovação de depósito bancário no valor da taxa de inscrição.
http://aao.org.br/aao/cursos
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Mais Informações: e-mail: cursos@aao.org.br e/ou
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Inscrição: As inscrições são realizadas na página do curso
na Internet com pagamento por boleto bancário ou por ficha
de inscrição e pagamento por depósito bancário
http://www.fealq.org.br
Local: Piracicaba - SP
Mais Informações: Carga horária: 50 horas - E-mail:
cdt@fealq.org.br e/ou
(19) 3417-6604 – (19) 3417-6601
Valor: R$ 1.100,00,00

Evento: SIMTEC 2012
Simpósio Internacional e Mostra de Tecnologia e Energia Canavieira
Data: 25 a 27 de junho de 2012
Inscrição: para participação no evento serão realizadas na
página do simpósio na Internet.
http://www.simtec.com.br
Local: Piracicaba - SP
Mais Informações: (19) 3417-8604
Valor: Indefinido
Evento: VI Workshop Agroenergia
Data: 27 e 28 de junho de 2012
Inscrição: As inscrições são realizadas em formulário online na página do workshop na Internet. Serão aceitas inscrições no dia do evento.
http://www.infobibos.com/agroenergia
Local: Ribeirão Preto - SP
Mais Informações: E-mails: eabramides@terra.com.br jrscarpellini@gmail.com - mbidoia@iac.sp.gov.br e/ou (16)
3637-1091 / (16) 3919-5959 / (16) 3637-1849 / (19) 30140148 / (19) 8190-7711 / (19) 9112-1952
Valor: R$ 90,00 - R$ 300,00
Curso: Perícias Agrícolas
Data: 29 e 30 de junho de 2012
Inscrição: As inscrições podem ser feitas por formulário
online ou por atendimento telefônico.
http://www.ibape-sp.org.br
Local: São Paulo – SP - IBAPE-SP – Instituto Brasileiro
de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo
Mais Informações: Carga horária: 12 horas - e-mail:
pce@uol.com.br e/ou (11) 3054-9545 e (11) 9175-9939
Valor: Indefinido
39

“General Álvaro
Tavares Carmo”
Contabilidade Rural

Cultivando
a Língua Portuguesa
Esta coluna tem a intenção de maneira didática, esclarecer
algumas dúvidas a respeito do português.

“ Ocupei-me o tempo todo para disfarçar a saudade.”
Clarice Lispector
Renata Sborgia

1) Pedro comprou o presente para a sua namorada: uma bela “JÓIA”,
A “jóia” será bela se for escrita de forma correta, segundo o Novo Acordo
Ortográfico.
Correto: JOIA (sem acento).
Regra fácil: não existe mais o acento dos ditongos (quando há duas vogais na
mesma sílaba) abertos “éi” e “ói” das palavras paroxítonas (as que têm a penúltima sílaba mais forte), segundo o Novo acordo Ortográfico.
“Este texto, utilizando-se de uma abordagem atual, prática e objetiva, vem preencher
uma lacuna na bibliografia de Contabilidade
Rural, no Brasil, e atender à necessidade de um
texto com conteúdo programático adequado ao
ensimo e à prática profissional. Em primeiro lugar, trata da Contabilidade Agrícola, onde são
destacadas as diferenças básicas na contabilização das culturas temporárias e permanentes,
bem como é analisado o tratamento contábil
que deve ser dado ao desmatamento e preparo do solo para cultivo. Um dos pontos altos
aqui abordados é o tratamento da depreciação
na agropecuária. Além disso, o Autor introduz
um plano de contas para empresas agrícolas
e faz comentários sobre o funcionamento das
principais contas. Em segundo lugar, discorre
sobre a Contabilidade Pecuária e trata pormenorizadamente do método de custo, do custo
da pecuária, bem como do método do valor de
mercado. Em terceiro lugar, trata do Imposto
de Renda aplicado à atividade rural.”
(Trecho extraído da contracapa do livro)
MARION, José Carlos. Contabilidade rural: contabilidade agrícola, contabilidade da
pecuária, imposto de renda pessoa jurídica. 9
ed. São Paulo: Atlas, 2007. 251 p. ISBN 97885-224-4915-6.
Os interessados em conhecer as sugestões de
leitura da Revista Canavieiros podem procurar a
Biblioteca da Canaoeste.
novo endereço: Rua Frederico Osanan, nº842 - Sertãozinho-SP

2) A “platéia” ficou entusiasmada com o espetáculo.
...mas a Língua Portuguesa não com o erro na grafia!
O correto é : plateia (sem acento).
Regra fácil: não existe mais o acento dos ditongos (quando há duas vogais na
mesma sílaba) abertos “éi” e “ói” das palavras paroxítonas (as que têm a penúltima sílaba mais forte), segundo o Novo acordo Ortográfico.
3) SAIBA MAIS PARA NÃO ERRAR:
a) Ela é uma das que “pensa” ou “pensam” assim?
Correto: tópico gramatical: Concordância - A expressão “uma das que” faz
concordancia no plural.
Portanto, o correto é: Ela é uma das que pensam assim. (das que pensam assim, ela é uma).
Outros exemplos corretos:
O amigo foi uma das pessoas que mais o apoiaram.
Não sou dos que acham isso. (daqueles que acham isso)
PARA VOCÊ PENSAR:
“ Vivo no quase, no nunca e no
sempre.
Quase, quase—e por um triz escapo.”
Clarice Lispector

“Fique de vez em quando só, senão
será submergido.
Até o amor excessivo pode submergir
uma pessoa.”
Clarice Lispector

* Advogada, Prof. de Português, Consultora e Revisora, Mestra USP/RP, Especialista em Língua
Portuguesa, Pós-Graduada pela FGV/RJ, com MBA em Direito e Gestão Educacional, autora de
vários livros como a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras), em co-autoria.

Revista Canavieiros - Maio 2012
40

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Revista Canavieiros - Maio de 2012

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de Guaraçari-SP. Planta 69 alqueires de
cana preço: R$35.000,00 o alqueire.
- Fazenda de 84 alqueires na região
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Agrishow 2012

  • 2. 2 Revista Canavieiros - Maio de 2012
  • 3. Editorial 3 Sucesso da Agrishow 2012 O s 152 mil visitantes que estiveram presentes durante os 5 dias da Agrishow 2012 realizada em Ribeirão Preto, de 30 de abril a 04 de maio -, puderam conferir os diversos setores que fizeram parte da feira como: agricultura familiar, centros de pesquisas, equipamentos de segurança, implementos agrícolas, sementes, veículos, ferramentas, máquinas agrícolas, fertilizantes e defensivos, armazenagem, peças, software e hardware, equipamentos para irrigação, entre outros. Foram negociados R$ 2,15 bilhões, superando as expectativas dos organizadores. Acompanhe na Reportagem de Capa desta edição e fique por dentro dos principais lançamentos da Agrishow 2012. Esse mês a Revista Canavieiros traz uma entrevista que não diz respeito especificamente ao setor sucroenergético, porém, extremamente importante para todos os profissionais. Com o fácil acesso a tecnologia e a quantidade de informações que os profissionais recebem a cada hora, como organizar a mente para selecionar o que é aproveitável? Quem responde é Dr. Augusto Jorge Cury, médico, psiquiatra, psicoterapeuta e escritor. Três artigos estão na secção “Ponto de Vista”: O presidente da Canao- este, Manoel Ortolan assina o artigo “Rio +20: A agricultura será a peça principal”; o diretor adjunto da Canaoeste, José Mario Paro escreveu sobre “Para onde os ventos sopram?”; e o advogado da Canaoeste, Juliano Bortoloti, assinou o artigo “Sanciona Dilma. Em respeito aos poderes da República”, o advogado também assina “Assuntos Legais” que trata dos procedimentos a serem adotados em caso de incêndio de origem desconhecida na palha da cana-de-açúcar. Desde o mês passado, a Canavieiros conta com uma coluna especial: “Caipirinha”, assinada pelo professor titular de planejamento e estratégia na FEA/USP Campus Ribeirão Preto e coordenador científico do Markestrat, Marcos Fava Neves. As Notícias Canaoeste trazem a reinauguração de 2 escritórios de atendimento aos associados nas cidades de Viradouro (dia 27 de abril) e Bebedouro (dia 8 de maio). As filiais passaram por uma completa reestruturação para melhorar o atendimento aos associados. Em Notícias Copercana é possível conferir a reunião entre a Copercana, Syngenta e a Oricana (Associação de Fornecedores de Cana da região de Orindiúva), que reuniu cerca de 50 Conselho Editorial: Antonio Eduardo Tonielo Augusto César Strini Paixão Clóvis Aparecido Vanzella Manoel Carlos de Azevedo Ortolan Manoel Sérgio Sicchieri Oscar Bisson Há ainda os artigos técnicos: “Sorgo Sacarino: a bola da vez”, assinado pelo engenheiro agrônomo do IAC / Centro de Engenharia e Automação, Jair Rosas da Silva; e “Orientação do uso de defensivos agrícolas”, assinado pelos profissionais da Canaoeste, engenheiros agrônomos Antonio Carlos Cussiol Junior; Daniela Aragão Santa Rosa; Danilo Fonseca Mazoni. Em “Destaque”, o leitor vai encontrar a palestra proferida pelo ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, que esteve em Ribeirão Preto, no dia 13 de abril, e falou para capacitação dos professores das escolas municipais de Ribeirão Preto e região, que durante todo o ano de 2012 trabalharão com o tema agronegócio dentro da sala de aula. O evento foi realizado no Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio de Cana – IAC/ Apta (Instituto Agronômico/Agência Paulista). Além disso, não deixe de conferir as Informações Setoriais com o consultor agronômico da Canaoeste, Oswaldo Alonso, Dicas de Leitura e Português. Boa leitura! Conselho Editorial RC Expediente: fornecedores de cana e engenheiros agrônomos, no Teatro Municipal de Orindiúva. O intuito foi apresentar e difundir a cooperativa para os produtores rurais da cidade. Equipe de redação e fotos: Carla Rodrigues, Fernanda Clariano, Murilo Sicchieri e Rafael H. Mermejo Comercial e Publicidade: Marília F. Palaveri (16) 3946-3311 - Ramal: 2008 atendimento@revistacanavieiros.com.br Impressão: São Francisco Gráfica Editora: Carla Rossini - MTb 39.788 Tiragem DESTA EDIçÃO: 20.000 exemplares Projeto gráfico e Diagramação: Rafael H. Mermejo ISSN: 1982-1530 A Revista Canavieiros é distribuída gratuitamente aos cooperados, associados e fornecedores do Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred. As matérias assinadas e informes publicitários são de responsabilidade de seus autores. A reprodução parcial desta revista é autorizada, desde que citada a fonte. Endereço da Redação: A/C Revista Canavieiros Rua Augusto Zanini, 1591 Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-550 Fone: (16) 3946 3300 - (ramal 2190) redacao@revistacanavieiros.com.br www.revistacanavieiros.com.br www.twitter.com/canavieiros www.facebook.com/RevistaCanavieiros Revista Canavieiros - Maio 2012
  • 4. 4 Ano VI - Edição 71 - Maio de 2012 - Circulação: Mensal Índice: Capa - 26 Agrishow 2012: negócios realizados durante a feira superaram as expectativas A 19ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, foi realizada em Ribeirão Preto, de 30 de abril a 04 de maio Foto Capa: Rafael Mermejo E mais: Coluna Caipirinha 05 - Entrevista Dr. Augusto Jorge Cury Médico, psiquiatra, psicoterapeuta e escritor. Qualidade de Vida: como enfrentar o estresse do dia-a-dia? 10 - Ponto de Vista Juliano Bortoloti Advogado da Canaoeste Sanciona Dilma. Em respeito aos poderes da república. 14 - Notícias Copercana .................página 08 Pontos de Vista .............página 12-13 Notas .................página 25 Informações Setoriais .................página 32 Artigo Técnico .................página 34 - Copercana realiza reunião em Orindiúva 15 - Notícias Sicoob Cocred - Balancete Mensal 18 - Notícias Canaoeste - Canaoeste reinaugura escritórios em Viradouro e Bebedouro 36 - Artigo Técnico Jair Rosas da Silva Engenheiro agrônomo do IAC / Centro de Engenharia e Automação Sorgo Sacarinio: a bola da vez O sorgo sacarino apresenta as vantagens do ciclo curto, de cerca de quatro meses, de efetuar o plantio por sementes. Revista Canavieiros - Maio de 2012 Agende-se .................página 38 Cultura .................página 39 Classificados .................página 40 Selo Verde .................página 42
  • 5. 5 Entrevista Qualidade de Vida: como enfrentar o estresse do dia-a-dia? Dr. Augusto Jorge Cury Carla Rodrigues Esse mês a Revista Canavieiros traz uma entrevista que não diz respeito especificamente ao setor sucroenergético, porém, extremamente importante para todos os profissionais. Com o fácil acesso a tecnologia e a quantidade de informações que os profissionais recebem a cada hora, como organizar a mente para selecionar o que é aproveitável. Dr. Augusto Jorge Cury é médico, psiquiatra, psicoterapeuta e escritor. Ao longo de mais de 20 mil sessões de trabalho de psicoterapia, desenvolveu uma teoria inovadora sobre o funcionamento da mente, os fenômenos conscientes e inconscientes, a formação dos pensamentos e de pensadores, que, atualmente, é objeto de doutorado e mestrado nos EUA e na Espanha, pós-graduações no Brasil, além de teses de doutorado e mestrado no país. Dr. Augusto Cury publicou mais de 30 obras na área de psicologia aplicada, educação e ficção, presentes em mais de 60 países, e foi considerado, pelo jornal Folha de São Paulo e pela revista Isto é, o autor mais lido da última década com mais de 16 milhões de livros vendidos somente no Brasil. Desenvolveu a inédita metodologia da Escola da Inteligência para o desenvolvimento das funções mais complexas da inteligência, da promoção da saúde emocional e para a paz com relações saudáveis que apresenta resultados fantásticos. Confira a íntegra da entrevista que ele concedeu à Revista Canavieiros! Revista Canavieiros: Como lidar com o acumulo de informações que recebemos todos os dias? Dr. Augusto Jorge Cury: Esse é um problema mundial, as pessoas não têm sabido lidar com acúmulos de informações. No passado o número de informações dobrava a cada dois ou três séculos, hoje, dobra-se a cada ano. Esse excesso de informação satura o centro do córtex cerebral levando a produção da síndrome do pensamento acelerado, que tive a felicidade de descobrir e a infelicidade de saber que grande parte da população mundial é cometida por ela, e que gera uma série de sintomas que crianças, adolescentes e adultos estão apresentando: dores de cabeça, dores musculares, queda de cabelo, irritabilidade, flutuação emocional - em um momento está tran- quilo no outro está tenso -, insatisfação crônica, perda de paciência, baixo limiar para suportar frustrações, déficit de concentração, déficit de memória ou esquecimento, além de outros sintomas. “Não devemos querer ser heróis, acumular tudo que temos contato com os nossos sentidos, em especial, visão e audição. Devemos nos perguntar o que é prioritário?” As pessoas que perceberem que estão com esses sintomas precisam ficar em alerta, selecionar a quantidade de informações e a qualidade das informações que têm acesso. É como se fosse fazer compra em um supermercado e uma pessoa querer colocar no seu carrinho tudo que vê pela frente, muitas vezes, você vai estar comprando produtos em excesso, de má qualidade ou então desnecessários, que é o que ocorre na atualidade. Funcionários nas empresas, produtores rurais, líderes empresariais, estudantes, professores, psicólogos, médicos e outros profissionais fazem do seu córtex cerebral em especial da sua memória a terra de ninguém, entra tudo, eles não selecionam as informações e não focam as informações. Não devemos querer ser heróis, acumular tudo que temos contato com os nossos sentidos, em especial, visão e audição. Devemos nos perguntar o que é prioritário? Que tipo de informação de conhecimenRevista Canavieiros - Maio 2012
  • 6. 6 Entrevista to devemos ter para atingir as metas e quais são as escolhas? Que perdas estão relacionadas a essas escolhas? Porque todas escolhas tem perdas. Se começarmos a fazer essas perguntas, vamos metaforicamente no supermercado do conhecimento, selecionar o nosso eu e deixar de lado o que não é prioritário. Dar importância para aquilo que é relevante, agora, isso é um treinamento. Revista Canavieiros: Mudando de foco, o setor sucroenergético busca aumentar e diversificar-se cada vez mais. Qual é a melhor maneira de transmitir todo acesso de tecnologia para a classe produtora? Dr. Cury: A curva de aprendizado e o processo de incorporação de conhecimento têm que estar em primeiro lugar, as ideias tem que ser claras, tem que haver uma socialização das informações. Não adianta falar de maneira rebuscada, de maneira complexa, por que quem tem acesso, produtor rural, por exemplo, ou os trabalhadores das empresas ou até na agro business vai acabar não assimilando e não utilizando de maneira adequada as informações. Tem que haver clareza e foco nas transmissões do conhecimento, transmitir de maneira inteligente e objetiva para que as pessoas que quase não tem tempo possam fazer do seu pouco tempo uma experiência solene. Em uma revista, uma universidade ou um conferencista deve ter muito claro em sua mente qual é o objetivo e aonde quer chegar e que tipo de formação deve ter. No caso da tecnologia, se transmitirmos de maneira clara, objetiva e focada nos vários tipos de interesse de cada produtor, então certamente seremos eficientes, caso contrário, vamos como a chuva, vamos derramar gotas, torrentes de água e muitas delas acabam se perdendo porque não terão reservatório para ser utilizado. Aliás, grande parte das informações transmitidas em especial nas escolas, mais de 90%, não são utilizadas ao longo do traçado da existência e do desempenho profissional, é um desperdício muito grande porque se acha que a memória é um depósito infinito de informação, isso é uma bobagem. Me desculpem, é até uma estupidez intelectual, estressamos o cérebro das pessoas que nos ouvem, dos nossos alunos, dos técnicos que preparamos, dos líderes que estamos formando e, além de estressá-los, produzimos a síndrome do pensamento acelerado com toda aquela sintomatologia. Revista Canavieiros: O Senhor acredita que a população está preparada para viver a era da tecnologia? Dr. Cury: Eu acredito que vamos formar a tecnologia a serviço do homem, mas, do jeito que está, seremos servos da tecnologia, gravitamos na órbita de múltiplas informações, de computadores, da internet e não conseguimos utilizá-los de maneira adequada. Para termos uma ideia, esperávamos no século 21 que a tecnologia fornecesse mais tempo para os pais abraçar os seus filhos, trocar experiência, mas não é o que tem ocorrido. Nunca os pais tiveram tão pouco tempo. Esperávamos que os professores falassem das experiências mais cálidas, das suas alegrias, das suas tristezas, do seu drama, da sua comedia com os seus alunos, mas raramente os professores se humanizam e “...funções mais complexas da inteligência, para que o eu se torne autor da própria história, para que o eu possa proteger a emoção, possa se doar sem exigir muito das pessoas...” Revista Canavieiros - Maio de 2012 transmitem a personalidade como um mestre, usam a tecnologia, transmitem dados sobre o mundo de fora, mas se calam sobre o mundo de dentro, formando pessoas mentalmente adestráveis e não autônomas, como a mente brilhante, livre humanística e capaz de ter um território da emoção saturado de prazer, serenidade e tranquilidade. Bom, quero dizer que a tecnologia que deveria facilitar a vida tem, em certo sentido, asfixiado o ser humano. O carro que deveria nos levar a visitar os nossos amigos, não apenas o nosso trabalho, não nos leva aos nossos amigos, às vezes, nem aos parentes mais próximos, morando na mesma cidade. Então, infelizmente o homo sapiens tem sido um servo da tecnologia, não tem tido sabedoria para poder se conduzir num mundo onde o conhecimento se tornou ferramenta fundamental para sobrevivermos na era digital. É preciso reverter isso e eu quero aproveitar e dizer que elaboramos a academia de inteligência, que foi pensada durante 20 anos, elaborada durante 10 anos e aplicada nos últimos 2 anos. Revista Canavieiros: O que é a academia de inteligência? Dr. Cury: A academia da inteligência objetiva voltar crianças, adolescentes e adultos para as funções mais complexas da inteligência, para que o eu se torne autor da própria história, para que o eu possa proteger a emoção, possa se doar sem exigir muito das pessoas, sem esperar excessivamente a contra partida do retorno, para que o eu possa criticar cada ideia perturbadora para que essa ideia não seja registrada, pois uma vez registrada nunca mais será deletada. Temos que entender que quando investimos na felicidade dos outros é a melhor maneira de investir na nossa felicidade, para que possamos administrar nosso estresse e gerenciar a nossa ansiedade. Enfim, a academia de inteligência é uma escola para o desenvolvimento das funções mais complexas do intelecto e da emoção, já há mais de 30 mil alunos vivenciando a academia de inteligência e agora em Ribeirão Preto, montamos o primeiro centro mundial dessa academia. Há mais de 20 países interessados, vamos ter franquias no Brasil todo, onde as academias serão montadas para
  • 7. 7 que não apenas crianças e adolescentes, mas profissionais também, como os produtores rurais, possam ter a possibilidade de desenvolver qualidade de vida numa sociedade altamente estressante. Hoje, 50% das pessoas, cedo ou tarde, desenvolvem um transtorno emocional. Quem quiser ter acesso a academia de inteligência, pode consultar o site www.academiadainteligencia.com.br O telefone é (16) 3602-9430. Estamos super animados porque vamos aplicar isso também para os orfanatos do Brasil, gratuitamente. O objetivo é que as crianças que não tiveram pais tenham acesso a melhor educação e vamos exportar isso para muitos outros países para que os alunos e os adultos possam ter a oportunidade de ter saúde psíquica e uma mente brilhante. Como eu disse, numa sociedade altamente asfixiante pela informação excessiva e pelo excesso de preocupação, excesso de atividades. Revista Canavieiros: Alguns países mais desenvolvidos buscam atingir o conhecimento máximo. Quais os desafios que esses países vão enfrentar? Dr. Cury: Ter conhecimento objetivo não quer dizer ter maturidade psíquica. Países nórdicos, que tem excelência educacional, como a Suíça, Noruega e Dinamarca, os índices de suicídio são muito altos, os índices de depressão também são altos, as doenças psicossomáticas se afloram e as relações são frágeis e falta troca de experiência. Raramente um pai tem coragem de falar das suas lágrimas para levar os seus filhos aprenderem a chorar as deles. Raramente os professores falam dos seus fracassos para que seus alunos entendam que ninguém é digno do pódio se não utilizá-los para alcançá-lo. Então essa educação que é o padrão mais excelente do conhecimento não tem sido o padrão mais excelente da qualidade de vida emocional, intelectual e interpessoal. Para desenvolver essas funções, estamos preconizando uma compleição mais profunda do funcionamento da mente e do proces- so de construção de pensamentos, do processo de formação de pensadores. Entre essas funções está a capacidade de pensar e agir, outra delas é a capacidade de se colocar no lugar dos outros, outra fundamental é a capacidade de trabalhar perdas, frustrações e decepções, porque drama e comédia cedo ou tarde atinge a nossa história, aplausos e vaias farão parte da nossa historicidade, e é possível escrever os capítulos mais importantes da nossa história nos momentos mais difíceis da nossa vida. Então estamos também tentando contribuir com esses países para que possamos ter uma educação mais nobre, mais profunda, mais inteligente, capaz de levar as pessoas a pensar como espécie e não como grupos sociais apenas, não como grupo religioso apenas, ou cultural, acadêmico, científico e nem racial, mas pensar como espécie, ter um caso de amor com a nossa história e ter um caso de amor com a humanidade para vivermos dias mais felizes, solidários e generosos. RC Revista Canavieiros - Maio 2012
  • 8. 8 Coluna Caipirinha Joga pedra na Gení... O mês: este último mês de abril foi muito danoso ao agro brasileiro. Por conta das confusões do código florestal, um conjunto muito bem orquestrado de pessoas, vindas de organizações nacionais, internacionais e parte da imprensa sem muito preparo conseguiu atrelar a imagem de desmatador ao agricultor brasileiro, em parte da nossa população. Um verdadeiro apedrejamento, que me lembrou a música título da coluna caipirinha deste mês. Agricultura virou a Gení, boa de apanhar, boa de cuspir. Usando-se do argumento que o novo código será grande estimulador do desmatamento, a campanha “Veta Dilma” ganhou apoio de pessoas públicas, desde políticos, artistas, universitários, caindo nas graças da população. Vetar por vetar. A ligação com o agro foi imediata. Uma pena, mas é inegável a capacidade de dano, de apedrejamento, que estas pessoas midiáticas têm. Se engajam facilmente nestas causas, de maneira unilateral e muitas vezes superficial. Chego a pensar que seu universo está apenas restrito ao festivo e maravilhoso circuito Barra da Tijuca/ Leblon, Galeão/Charles de Gaulle. Seria legal inserir Chapecó, Itápolis, Lucas do Rio Verde, Luís Eduardo Magalhães, Balsas ao circuito cultural deste pessoal, visando ampliar seus horizontes e mostrar de onde vem o Baby-Beef, o suco de laranja, o galetinho, a saladinha que eles comem e as enormes dificuldades dos produtores para produzi-los em excedente, exportar e trazer US$ 100 bi ao Brasil, para possibilitá-los importar e usar celular, carro importado, tablets, vinhos e outros mais. Agronegócio e a meta dos US$ 100 bilhões em exportações em 2012: Apesar da queda nas exportações no mês de abril, o valor exportado acumulado no ano (US$ 26,4 bilhões) aumentou 2,5% quando comparado o mesmo período de 2011 (US$ 25,8 bilhões), o que contribui para um saldo positivo de US$ 20,8 bilhões na balança (2,4% maior que o mesmo período em 2011). Economia: novo alento ao agro brasileiro vem da desvalorização do real. Neste momento onde termino a coluna US$ 1 beirou a R$ 2. Os efeitos ao agro e a cana são positivos, pois as exportações de açúcar geram mais renda em real compensando um pouco o preço internacional mais baixo, a pressão para aumento no preço da gasolina fica maior, o etanol americano fica mais caro. Qual o problema principal? O dragão da inflação volta forte. O ideal seria estacionar entre 1,90 e 2,00 e o Governo ir promovendo as reformas que possibilitarão a redução de tributos. Pessoas Canavieiras: momento emocionante participar como palestrante do evento de 20 anos do Grupo Fitotécnico de cana, um maravilhoso exemplo de ação coletiva, compartilhando conhecimento. Dividir o palco com o Augusto Cury e falando para tanta gente de primeira, cientistas que estão fazendo o possível e o impossível pela cana foi inesquecível. Quero homenagear a todos nos nomes do querido Prof. Casagrande e do Marcos Landell. Aprendizado de Viagem: este mês viagens interessantes, destaco o bate papo com Diretores e fornecedores da Copercana e Coplana em Orindiúva, Revista Canavieiros - Maio de 2012 Marcos Fava Neves sentindo os problemas, e também uma apresentação e debate com 25 companhias agrícolas que manejam já quase 4 milhões de hectares no Brasil. É a nova super-agricultura empresarial, concentrara, especializada e globalizada. Mercado de Cana:começou uma safra mais alcooleira (quase 60%) e com ATR mais de 5% maior. Além disto, a UNICA divulgou as estimativas do Centro-Sul, 509 milhões de toneladas de cana (3% a mais). Produziremos 21,5 bilhões de litros de etanol (5,7% a mais) e 33,10 milhões de toneladas de açúcar (8,5% a mais). Arrisco dizer que será um pouco mais alcooleira até o final. O triste é que vamos mais uma vez perder participação no mercado internacional do açúcar. Haja limão: com apenas duas novas unidades industriais previstas para serem inauguradas nesta safra, vale a pena até convidar e ter a presença da Presidente e de diversos Ministros. Duas novas unidades... Que enorme perda de oportunidade a toda a sociedade brasileira. RC Até a próxima! MARCOS FAVA NEVES é professor titular de planejamento e estratégia na FEA/USP Campus Ribeirão Preto e coordenador científico do Markestrat.
  • 10. 10 Ponto de Vista Sanciona Dilma. Em respeito aos poderes da república. *Juliano Bortoloti P rezados leitores, sob o enfoque do profissional das ciências jurídicas e sociais, venho acompanhando a (in)aplicabilidade do Código Florestal há mais de 15 anos e, para entender a resistência da maioria dos produtores rurais em cumprir suas normas, me detive ao estudo da legislação florestal pátria, onde pude concluir que esta foi elaborada, principalmente nas últimas décadas através de medidas provisórias da alcunha do Poder Executivo, desatrelada ao histórico da ocupação territorial brasileira. Esta falta de sintonia entre a ocupação territorial perpetrada no Brasil e as normas ambientais de proteção da flora, forçou com que a minoria afetada por elas, no caso os produtores rurais, solicitassem de forma desesperada adequações legislativas visando corrigir estas distorções, batendo à porta do Congresso Nacional, poder da república originário e legítimo para tal pleito, pois parte da sociedade estava a impor-lhes injustamente a pecha de criminosos ambientais pelo simples fato de produzirem onde sempre foi permitido. Aprovado recentemente o projeto de lei que cria o Novo Código Florestal por ampla maioria nas duas casas legislativas (Senado e Câmara), corrigindo parcialmente este descompasso, foi enviado à sanção da presidenta Dilma, que tem até o dia 25/05/2012 para sancioná-lo, vetá-lo total ou parcialmente (desde que justificadamente). Vem agora alguns radicais – eles existem em todos os setores – solicitar que à representante máxima do Poder Executivo vete integralmente o texto elaborado pelo Congresso, pois nos seus entenderes, (1) há retrocesso ambiental, (2) não houve participação da comunidade científica, (3) foi fruto de “lobby”, (4) dentre outros inúmeros argumentos, que reputo inconsistentes, haja vista que o Congresso Nacional está debatendo isso há mais de 12 anos. O experiente professor, economista e ex-ministro da Fazenda, Agricultura e Planejamento, Antonio Delfin Netto, recentemente resumiu bem a questão ao dizer que “O mesmo fenômeno, num nível diferente, explica a enorme disputa que cercou o Código Florestal aprovado no Congresso. Um discurso de surdos. O lado mais vocal supostamente apoiado numa “ciência” duvidosa defendeu interesses difusos e nem sempre honestos como os patrocinados por algumas ONGs. O outro, com mais poder político no Congresso defendeu, sem sutilezas, seus interesses econômicos concretos. O Código tem pouco a ver com o aquecimento global e a tentativa de misturá-lo com a Rio+20 não ajudará em nada. Ele tem tudo a ver com o uso inteligente de nossos recursos naturais para continuarmos a construir uma economia sustentável e economicamente eficiente, mas não tem nada a ver com a anistia sugerida a quem, deliberada e maliciosamente, infringiu a lei vigente”. (Fonte: Valor Econômico) Revista Canavieiros - Maio de 2012 Juliano Bortoloti Advogado da Canaoeste Ao não aceitar o que fora decidido democraticamente por um Poder da República, vem agora diversas ONG’s utilizar-se de pessoas com visibilidade na mídia televisiva e boa inserção nas redes sociais, que sequer conhecem superficialmente do assunto em debate, engendrar um movimento para veto total do projeto de lei. Ora, esquecem que para isso ela terá que desrespeitar a forma de administração estatal estabelecida a partir da Constituição Federal de 1946, estendendo-se pelos textos de 1967 (com as alterações de 1969) e 1988, onde firmou-se a tradição de dividir-se tripartidicamente o Estado em Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, independentes e harmônicos entre si, solução atualmente prevista no art. 2º da Constituição da República. No Brasil, suas Constituições sempre determinaram esta estrutura governamental idealizada na Antiguidade pelo pensador Aristóteles, que dividiu as funções estatais em deliberativa, executiva e judicial. Maquiavel, no Século XVI, em sua obra “O Príncipe”, também participou da formação desta ideia, revelando uma França com três poderes bastante distintos: Legislativo (representado pelo Parlamento), Executivo (materializado na figura do Rei) e um Judiciário autônomo. No Século XVII, John Locke esboçou de
  • 11. 11 Assuntos Legais alguma forma a separação de funções no exercício do poder, ao propor a classificação entre funções legislativa, executiva e federativa. Todavia, só com Montesquieu se tem a Teoria da Separação de Poderes tal qual se conhece hoje, trazendo a indicação destes como sendo o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, bem como a ideia de que estes poderes são harmônicos e independentes entre si, divisão esta sempre adotada nas Constituições do Brasil. Neste interregno, para nortear os pensamentos que devem prevalecer nesta questão, me utilizarei da lição de um grande jurista, filósofo e humanista, o saudoso mestre Miguel Reale, nos ensinando que o “valor ecológico”, a mais recente das “invariantes axiológicas”, é dos mais relevantes, mas deve subordinar-se às necessidades essenciais da pessoa humana, pois é em razão desta que se protege o meio ambiente e não em si e por si mesmo”. Então, afirmar que há a necessidade de vetar totalmente um projeto de lei sob a justificativa (1) da necessidade de mais tempo para se discuti-lo e, também, (2) que não foram ouvidos ou, se foram, suas sugestões não aceitas, nada mais é do que (1) assumir a culpa pela omissão ou (2) não aceitar a decisão da maioria, pois os legítimos representantes do povo o discutiram democraticamente durante mais de 12 anos. Entendendo haver falhas ou distorções no novo texto legal, que se utilize da via normal para sua correção, qual seja, provocação ao Poder Legislativo para legislar à respeito, jamais exigindo que o Poder Executivo o desrespeite e o ignore, pondo em risco a harmonia entre os Poderes da República, criando novo e odioso regime de exceção ferozmente combatido pela própria Presidente, em passado recente. *Advogado da Canaoeste – Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo QUEIMA DE CANA Procedimentos a serem adotados em caso de incêndio de origem desconhecida. E stimados produtores de cana-de-açúcar, inobstante as autorizações de queima de palha a serem obtidas junto à Secretaria do Meio Ambiente, os produtores de cana de açúcar podem sofrer autuações administrativas decorrentes de incêndios descontrolados, originados por terceiras e desautorizadas pessoas, que atingem os canaviais. Nesse caso, por precaução, deve o produtor de cana-de-açúcar buscar produzir o maior número possível de provas negativas, ou seja, àquelas capazes de demonstrar que o produtor rural não teve intenção de utilizar-se do fogo na lavoura atingida pelo incêndio. Provas essas que servirão em prováveis defesas administrativas e judiciais. Mais uma vez, venho enumerar alguns exemplos de provas que o produtor DEVE fazer: · Fazer análise da cana queimada para poder constatar que o rendimento industrial, medido em quilos de ATR, não está no ponto ideal, ou seja, a cana queimada não estava no seu nível de maturação máximo para ser colhida, não sendo justificável, portanto, o uso do fogo como auxiliar da colheita; · Pedir declaração da unidade industrial e ou prestadora de serviços que enviou o caminhão tanque (bombeiro), onde conste que o produtor assim solicitou para apagar um incêndio de origem desconhecida ocorrido em seu canavial; · Tirar fotos dos aceiros existentes na propriedade, bem como do não plantio em áreas proibidas de serem exploradas (abaixo das linhas de transmissão de energia elétrica, por exemplo), demonstrando com isso obediência à legislação pertinente; · Caso possua autorização, informar ao agente autuador, caso esse apareça, que não estava programada a queima, tanto que sequer efetuou as comunica- ções aos confrontantes e à Secretaria do Meio Ambiente; · Caso não possua autorização, informar ao agente autuante que não possuía interesse em utilizar-se do fogo em sua lavoura, tanto que sequer buscou referida autorização; · Demonstrar, através de fotos, testemunhas e laudo pericial, que a área queimada estava preparada para o corte mecânico, não justificando, portanto, o seu interesse em utilizar-se do fogo, assim como a correta área atingida pelo fogo. · Demonstração de que a queima na área ocorreu em um período inferior a 12 meses. Isso pode ser feito através de documento que comprove a data da colheita da área queimada na safra anterior, inclusive por meio da comunicação de queima feita à secretaria do meio ambiente. · Apresentação de laudo técnico, assinado por profissional habilitado, demonstrando a origem desconhecida do fogo ou a origem provocada por terceiros que poderá ser solicitado pelo Escritório Regional da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral – CATI (casa da agricultura), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento Estadual. · Apresentar o histórico da colheita mecanizada e/ou evolução desta nas última três safras. Portanto, estes são alguns exemplos de provas que o produtor rural deverá produzir em caso de incêndio acidental ou criminoso em sua propriedade, devendo, ainda, caso receba a visita de um Policial Ambiental ou agente ambiental, informar esses fatos para que sejam apostos no respectivo Boletim de Ocorrências ou Auto de Infração, além de procurar orientação jurídica adequada, onde o Departamento Jurídico da Canaoeste estará à inteira disposição do associado para defendê-lo nestes casos. RC Revista Canavieiros - Maio 2012
  • 12. 12 Ponto de Vista Para onde os ventos sopram? *José Mario Paro F oi em maio de 2010, nesta revista, que escrevi sobre feiras agropecuárias. Na oportunidade, afirmei que as boas feiras são um termômetro do setor, balizando as tendências em curso. Escrevi que a Agrishow daquele ano de 2010 apontava claramente para duas direções: o aumento do tamanho, potência e automação das máquinas agrícolas e o incremento da agricultura de precisão. A Agrishow deste ano, recém realizada, esteve estupenda: em organização; número de expositores; variedade e qualidade de tudo que foi exposto; número de visitantes e, em especial, volume dos negócios realizados. As tendências do agronegócio, ali percebidas, acentuaram fortemente o que já se via na Agrishow 2010: a potência; o tamanho; a automação e a eficiência das máquinas expostas apontaram indubitavelmente para os grãos e para o algodão. Em particular, para as extensas propriedades dos estados de Mato Grosso, Goiás e da nova fronteira agrícola, a região denominada MATOPIBA: Maranhão, Tocantins, Piauí e Oeste da Bahia. A forte presença dos expositores de equipamentos para armazenagem de grãos e de agricultura de precisão reforçaram esta constatação. Formou-se, assim, um circulo virtuoso: grandes propriedades exigem equi- pamentos de alta performance e precisão que, dado ao investimento necessário, só se viabilizam nas grandes propriedades, onde a intensa utilização das sementes transgênicas completa o quadro. Em junho de 2010, visitei a região de Luiz Eduardo Magalhães, no Oeste da Bahia, onde me foi possível visualizar a aparentemente inexorável marcha desta estratégia da produção agrícola nas terras brasileiras. Todavia, causou-me estranheza, à época, o fato de não se ver gente. Andava-se; andava-se pelas imensas planícies e, de quando em vez, encontravam-se algumas máquinas trabalhando, todas grandes. Mas gente, só os operadores – poucos! E, recentemente, o ex-ministro da agricultura, engenheiro agrônomo, Roberto Rodrigues, fez a mesma constatação, em conceituada publicação: falta gente; falta o médio produtor nestas novas fronteiras agrícolas. Ao que ele acrescenta: são estas pessoas que formam e dão vida às cidades que estão nascendo e àquelas que nascerão, nestas regiões. Fato que poderá ser um contraponto negativo em meio à tanta grandiosidade. Não seria então, o momento certo para que as Cooperativas Agropecuárias; os Sindicatos Rurais e as Revista Canavieiros - Maio de 2012 José Mario Paro Associações de Produtores se mobilizassem para viabilizar núcleos de produção por lá (grãos, aves, suínos, etc.), levando os inúmeros pequenos produtores e suas famílias, que por aqui não tem mais perspectivas de progresso? Estas pessoas, tal como aconteceu com os pequenos produtores gaúchos em décadas passadas, que foram para o Mato Grosso, poderiam dar sequência ao histórico de gerações anteriores dedicadas à agricultura, possibilitando ainda que seus filhos continuassem na atividade, coisa que por aqui está cada vez mais difícil. Afinal, é para lá que os ventos estão soprando! Até uma próxima oportunidade.RC José Mario Paro é diretor adjunto da Canaoeste e conselheiro da Sicoob Cocred
  • 13. 13 Ponto de Vista Rio +20: A agricultura será a peça principal *Manoel Ortolan A Rio+20 - Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, vai acontecer 20 a 22 de junho de 2012, no Rio de Janeiro, 20 anos depois da primeira cúpula histórica no Rio de Janeiro em 1992, e 10 anos depois do encontro de Johanesburgo, em 2002. Ao contrário do que aconteceu em 92, onde a conferência tratou apenas do meio ambiente, a Rio+20 tem como objetivo principal debater o desenvolvimento sustentável e a segurança alimentar. Cerca de 50 mil pessoas são esperadas para participar da conferência, entre mais de 100 presidentes e primeiros-ministros, parlamentares, prefeitos, jornalistas, funcionários da ONU (Organização das Nações Unidas), executivos, líderes de ONGs (Organizações Não-Governamentais), acadêmicos e sociedade civil. O objetivo da conferência é assegurar um comprometimento político renovado para o desenvolvimento sustentável, avaliar o progresso feito até o momento e as lacunas que ainda existem na implementação dos resultados dos principais encontros sobre desenvolvimento sustentável, além de abordar os novos desafios emer- gentes. Os dois temas em foco na Conferência serão: a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza; e o quadro institucional para o desenvolvimento sustentável. Sobre a economia verde, a referência óbvia às causas ambientais, o verde, nesse caso, representa o modelo almejado em que o uso dos recursos do planeta se dá de forma sustentável, sem riscos a espécies e ecossistemas, mas também sem inviabilizar o avanço dos negócios e o bem-estar social. Mas quando o assunto se refere a segurança alimentar, tudo se torna ainda mais complexo. A FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), estima que 925 milhões de pessoas passam fome no mundo, o que representa a média de 1 a cada 7 pessoas. Essa trágica realidade não nos dignifica como humanidade. Os gargalos para resolver a questão da segurança alimentar representam um desafio enorme. As desigualdades sociais, a seca em algumas regiões e os conflitos armados em países do Oriente Médio, por exemplo, estão entre as causas predominantes da insegurança alimentar. Produzir mais e com mais eficiência é de fundamental importância porque projeta-se que a população mundial será de cerca de 9 bilhões de pessoas em 2050. Para alimentar adequadamente essas pessoas, a produção deve crescer mais de 70%. E como fica o Brasil diante deste cenário que se desenha? A contribuição do Brasil para o futuro da segurança alimentar mundial é enorme. Falar em segurança alimentar é falar em agricultura e disso o Brasil entende. Manoel Ortolan Em meados de abril, o MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, divulgou um comunicado confirmando que o Brasil aumentou sua participação nas exportações mundiais de 1,36%, em 2010, para 1,44%, em 2011. Os dados foram obtidos da OMC - Organização Mundial do Comércio. Em 2011, o Brasil exportou o equivalente a US$ 256 bilhões, valor 27% maior do que o do ano anterior. Os alimentos, que estão entre os principais produtos exportados pelo País, tiveram participação importante na alta das vendas externas no ano passado. O café em grãos, por exemplo, registrou aumento de 54,3%, enquanto as exportações de soja cresceram 47,8%. No entanto, temos de nos preocupar, nesse momento, com a forma que o agronegócio brasileiro é visto pelos seus concorrentes no mercado internacional. Um dos meios é a participação em encontros e conferências mundiais como a Rio+20. Essa é uma ótima oportunidade para os nossos líderes governamentais apresentarem o agronegócio como ele é de fato e, com isso, desfazer alguns conceitos e levar a informação correta ao mercado internacional. Vamos torcer para que o bom senso fale mais alto na Rio+20! RC *presidente da Canaoeste – Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo Revista Canavieiros - Maio 2012
  • 14. 14 Notícias Copercana Copercana realiza reunião em Orindiúva A reunião contou com parceria da Syngenta e da Oricana Fernanda Clariano N o dia 26 de abril, a Copercana em parceria com a Syngenta e a Oricana (Associação de Fornecedores de Cana da região de Orindiúva), reuniu cerca de 50 fornecedores de cana e engenheiros agrônomos, no Teatro Municipal de Orindiúva, para uma reunião com o intuito de apresentar e difundir a cooperativa para os produtores rurais da cidade. A Copercana montou um escritório para atender os futuros cooperados em Orindiúva. O evento teve como convidado, Marcos Fava Neves- FEA/USP Campus Ribeirão – Coordenador Científico da Markestrat, que ministrou palestra sobre “O Cenário Atual e Futuro da Agricultura”. Estiveram presentes no encontro, o diretor da Copercana, Pedro Esrael Bighetti, o gerente comercial da cooperativa, Frederico José Dalmaso, o pre- Henrique (Syngenta), Frederico Dalmaso e Pedro Esrael Bighetti (Copercana), Roberto Cestari (Oricana) e Marcos Fava Neves (FEA/USP) sidente da Oricana, Roberto Cestari e o representante da Syngenta, Henrique Mourão, além de outros profissionais destas empresas. Após a reunião, um jantar de confraternização foi oferecido aos convidados no salão de festas municipal de Orindiúva. RC Pedro Esrael Bighetti falou ao público presente sobre os benefícios de fazer parte de uma cooperativa Revista Canavieiros - Maio de 2012 Filial da Copercana em Orindiúva
  • 15. 15 Notícias Sicoob Cocred Balancete Mensal COOP. CRÉDITO PRODUTORES RURAIS E EMPRESÁRIOS DO INTERIOR PAULISTA - BALANCETE - ABRIL/2012 Valores em Reais Revista Canavieiros - Maio 2012
  • 16. 16 Revista Canavieiros - Maio de 2012
  • 18. 18 Notícias Canaoeste Canaoeste reinaugura escritórios em Viradouro e Bebedouro As filiais passaram por reestruturação para melhorar o atendimento aos associados Carla Rossini A Canaoeste reinaugurou 2 escritórios de atendimento aos associados nas cidades de Viradouro (dia 27 de abril) e Bebedouro (dia 8 de maio). As filiais passaram por uma completa reestruturação para melhorar o atendimento aos associados. “QueFachada do escritório de Viradouro remos atender nossos associados cada vez melhor e para isso montamos uma estrutura mais adequada e com mais conforto. Essas cidades são muito importantes para a Canaoeste e temos que oferecer toda a estrutura para os produtores rurais associados”, disse Luiz Carlos Tasso Júnior, diretor da Canaoeste. Em Viradouro, aproximadamente 60 pessoas, entre diretores, associados e autoridades compareceram ao café da manhã de reinauguração, entre elas, o prefeito municipal da cidade, Paulo Camilo Guiselini e a 1ª dama de Viradouro, Márcia Regina Mendes Guiselini; o presidente da Câmara Municipal, Edson Luiz Franco; os vereadores, Luiz Pedro Zanata e Sebastião Mantelle; o presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Viradouro, José Carlos Porcionato; o representante da CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral) de Viradouro, Claudionor Gianelo; o venerável da Loja Maçônica União e Trabalho, Orival Zanqueta e o representante da Usina Virálcool, Fábio Tonielo. Já em Bebedouro, aproximadamente 40 pessoas, entre diretores, associados e autoridades compareceram ao evento. Fizeram uso da palavra, o diretor Luiz Carlos Tasso Júnior, que Fachada do escritório de Bebedouro Decerramento da placa reinaugural de Viradouro Decerramento da placa reinaugural de Bebedouro Luiz Carlos Tasso Jr. falou aos associados durante a reinauguração de Viradouro brevemente falou sobre o início da associação e também da satisfação de ver o escritório pronto para atender os produtores da região. O diretor adjunto da Canaoeste, José Mario Paro, aproveitou a oportunidade para relembrar o início e a importância do setor sucroalcooleiro no Brasil, principalmente Revista Canavieiros - Maio de 2012 para o Estado de São Paulo. Da mesma forma, o diretor da Copercana, Pedro Esrael Bighetti agradeceu a presença de todos e reforçou a importância dos serviços prestados pela Canaoeste na região de Bebedouro, assim como os serviços oferecidos pela Copercana e SicoobCocred.
  • 19. 19 Entre as autoridades presentes estavam a vereadora, Sebastiana Camargo; o representante da LDC Sev Bioenergia, José Nogueira dos Santos; o diretor da Coopercitrus, José Vicente Silva e os representantes da unidade Andrade do Grupo Guarani, Paulo Roberto Mantovani e Gustavo Guethi Manhani. Os diretores da Canaoeste, Paulo Canesin e Plácido Heitor Castro Boechat também participaram da reinauguração que teve um coquetel de encerramento.RC José Mario Paro destacou a trajetória da Canaoeste desde o seu início ao público presente durante reinauguração de Bebedouro o Revista Canavieiros - Maio 2012
  • 20. 20 Revista Canavieiros - Maio de 2012
  • 22. 22 Revista Canavieiros - Maio de 2012
  • 24. 24 Revista Canavieiros - Maio de 2012
  • 25. 25 Notas Agronegócio na Escola Através do programa educacional, o ex-ministro Roberto Rodrigues realizou palestra para professores Carla Rodrigues O ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, esteve em Ribeirão Preto, no dia 13 de abril para proferir a palestra de capacitação dos professores das escolas municipais de Ribeirão Preto e região, que durante todo o ano de 2012 trabalharão com o tema agronegócio dentro da sala de aula. O evento foi realizado no Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio de Cana – IAC/Apta (Instituto Agronômico/Agência Paulista). Este ano estão participando do programa “Agronegócio na Escola” desenvolvido pela ABAG/RP (Associação Brasileira do Agronegócio de Ribeirão Preto) 25 municípios da região, 75 escolas e aproximadamente 120 professores, envolvendo mais de 14 mil alunos. Em 12 anos de realização, o programa já atingiu mais de 130 mil estudantes. O objetivo deste programa é mostrar aos professores a importância do agronegócio brasileiro, tanto para a economia do país quanto para a vida em sociedade para que eles transmitam isso aos alunos, tornando-se multiplicadores de informação e conhecimento. Roberto Rodrigues Na ocasião foi entregue o 1º Prêmio “Escola Destaque” referente aos trabalhos desenvolvidos nas escolas De acordo com Roberto Rodrigues, o país se urbanizou muito rapidamente e as pessoas perderam um pouco a memória da sua origem e para ele esta é a maior diferença entre o Brasil e os outros países. “Este é um país que nasceu agrícola, como qualquer outro país do mundo. Nenhum país nasceu industrial, começou com a agricultura, passando pela indústria e depois vieram os serviços, mas infelizmente, aqui no Brasil, as pessoas têm desprezo pelo setor, e isso acontece justamente por não saberem o que é o agronegócio e o que este setor faz pelo país”, disse. logia e também de gestão industrial, daí a importância da ABAG mostrar para os professores a existência da cadeia produtiva dentro do setor. “É necessário que todos saibam o funcionamento do processo de produção, que não é simplesmente plantar e colher. Tudo começa lá na prancheta do cientista, que evolui para o projeto e para a parte de insumos, sementes, máquinas, defensivos e serviços de crédito e seguro rural. Quando tudo isso estiver disponível, o agricultor pode plantar e colher. Depois a produção vai passar pelas etapas de armazenagem, embalagem, distribuição e exportação, sendo que o centro de todo este processo é a agricultura, pois sem ela não seria necessário ter adubo, semente, máquina, etc”, explicou Rodrigues. Durante sua palestra, o ex-ministro destacou que a agricultura é uma atividade de capital intensivo, de tecno- Na ocasião foi entregue o 1º Prêmio “Escola Destaque” referente aos trabalhos desenvolvidos nas escolas refe- rentes ao ano de 2011. A escola premiada foi a EMEF Prof.ª Maria Sylvia Traldi de Marco, que incentivou os alunos criarem projetos relacionados ao agronegócio através de boas práticas sustentáveis. “Através deste programa, nós, professores passamos a dar uma atenção maior ao assunto durante as aulas e começamos a mostrar para os alunos o que o agronegócio pode fazer por eles e principalmente o que eles poderiam fazer pelo agronegócio e a partir daí foram surgindo ideias sobre como concretizar aquilo que aprendiam em sala de aula, como por exemplo, o desenvolvimento de uma produção de aipim, desde o plantio até a comercialização e, além disso, criaram um blog para discutir as dúvidas e curiosidades entre eles”, disse Marídia Ferreira, professora responsável pelo programa dentro da escola. RC Revista Canavieiros - Maio 2012
  • 26. 26 Reportagem de Capa Agrishow 2012: negócios realizados durante a feira superaram as expectativas A 19ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, foi realizada em Ribeirão Preto, de 30 de abril a 04 de maio Carla Rodrigues 2 5% do valor do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro se deve a participação do agronegócio nacional, mas para atingir este número, os produtores cada vez mais buscam por tecnologias e serviços de crédito ideais para sua produção e principalmente para seu bolso. Estas ferramentas puderam ser encontradas na Agrishow - 19ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, realizada em Ribeirão Preto, de 30 de abril a 04 de maio. Para a cerimônia de abertura oficial da feira, várias autoridades estiveram presentes para prestigiar a 3ª maior feira agrícola mundial. Entre elas estiveram o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, os ministros da Agricultura Pecuária e Abastecimento do Estado e do Esporte, Mendes Ribeiro Filho e Aldo Rebelo, respectivamente, a secretária de Agricultura do Estado, Mônika Bergamaschi, a presidente da CNA (Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil), Kátia Abreu, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, Barros Munhoz, o ex- ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado, Fábio Meirelles, além de deputados e lideranças do setor. Um dos grandes momentos da solenidade foi o anúncio feito pelo gover- nador sobre a concessão que consolida a feira por mais 30 anos na cidade de Ribeirão Preto. “A Agrishow tem casa própria pelos próximos 30 anos, já que esta é hoje a maior feira da América Latina e vai crescer ainda mais, e nada mais justo, depois de tanto esforço do estado, juntamente com a prefeitura de Ribeirão, do que ela permanecer aqui onde é a capital da indústria de máquinas agrícolas, da inovação, enfim, um importante centro do agronegócio”, aclamou o governador. Além deste, Alckmin assinou mais dois decretos, sendo eles: Projeto Estadual de Subvenção do Prêmio de Seguro Rural e o projeto estadual do Poupatempo do Produtor Rural, assim como a secretária de Agricultura do Estado, Mônika Bergamaschi, que assinou duas resoluções de sua pasta: a criação do Pró-implemento – permite ao produtor de financiar seu equipamento ou implemento pelo Banco do Brasil com juros subsidiados -, e as normas complementares do programa pró-trator. Revista Canavieiros - Maio de 2012 Este ano o cargo de presidente da Agrishow foi ocupado pelo empresário Maurílio Biagi. Para ele a feira traz vantagens para toda a cidade de Ribeirão Preto e região, tendo em vista que em 2011 a cidade teve uma movimentação econômica de R$ 150 milhões em 15 dias. Além disso, a feira aconteceu em um momento bom para o agronegócio brasileiro. “O milho e a soja estão bem, a cana-de-açúcar não está bem em relação à produção, mas na questão de remuneração está relativamente bem e esses são os carros chefes da feira. É a feira que teve mais crédito da história e com juros mais baixos. Acredito que esse foi um dos motivos que levou a feira a ter resultados excepcionais”, disse Biagi durante a coletiva de encerramento. Foram negociados R$ 2,15 bilhões, superando as expectativas dos organizadores Para receber as 780 marcas expositoras nacionais e internacionais foram necessários 360 mil m², sendo 210 mil m² de área de exposição estática, 2.250 m² de área para os pavilhões cobertos e 120 hectares dedicados a demonstrações de campo. Além dos 20 mil empregos que foram gerados diretos e indiretos durante a feira. Assim como no ano passado, a planta da
  • 27. 27 feira foi regionalizada para facilitar as visitações, concentrando os diferentes segmentos – aviação, irrigação, ferramentas, caminhões/ônibus/transbordos, máquinas para construção, agricultura de precisão, armazenagem, pecuárias, pneus e automobilístico - em uma determinada área. Os 152 mil visitantes que estiveram presentes durante os 5 dias do evento, puderam conferir os diversos setores que fizeram parte da feira como: agricultura familiar, centros de pesquisas, equipamentos de segurança, implementos agrícolas, sementes, veículos, ferramentas, máquinas agrícolas, fertilizantes e defensivos, armazenagem, peças, software e hardware, equipamentos para irrigação, entre outros. LANÇAMENTOS Durante a feira várias empresas apresentaram suas novidades. Tratores, colhedoras, aplicadores, sistemas de gestão e logística para a cultura canavieira e também para grãos, foram algumas das ferramentas que se destacaram na Agrishow 2012. Confira alguns lançamentos registrados pela Revista Canavieiros, que estava presente na feira com um estande para receber seus leitores. Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste MakSolo A empresa MakSolo levou para a feira uma Distribuidora de Agroquímico, Calcário e Fertilizante, que realiza a aplicação a lanço de produto em pó através de uma cortina d’água, impedindo a deriva. Segundo Mateus Mar- José Mario Paro, diretor da Canaoeste rafon, da área de pesquisa e desenvolvimento da empresa, esta máquina possui uma barra de aplicação, que é levantada no momento da operação até a extremidade, criando uma cortina d’água que abafa este pó. “Quando o agricultor não está utilizando essa máquina para aplicar esses produtos a lanço, ele pode utilizá-la como pulverizador, porque ela tem uma capacidade de carga”, explicou Marrafon. A máquina tem capacidade de cinco toneladas, é considerada pequena, mas vem acompanhada por um software de agricultura de precisão, ou seja, atingindo uma agricultura de escala. Pensando no grande produtor, ela também pode ser desenvolvida com uma capacidade de até 20 toneladas. Luiz Carlos Tasso Jr. diretor da Canaoeste Massey Ferguson Carlos Eduardo Martinatti Neste ano, a Massey Ferguson levou para a Agrishow novidades nos tratores com alta potência e com grande quantidade embarcada. São dois modelos: a linha 8670 de 320 cavalos e a linha 8690 de 370 cavalos. Revista Canavieiros - Maio 2012
  • 28. 28 Reportagem de Capa “Os tratores são para grandes áreas, mercado de grãos e o mercado canavieiro. O diferencial desse produto é a transmissão CVT (Transmissão Continuamente Variável), onde não há a troca de marchas, o trator fica constantemente engrenado, dispensando o uso das pernas para a embreagem”, explicou o coordenador de marketing de tratores, Carlos Eduardo Martinatti. Quando há a troca de marchas, ocorre um corte entre a transmissão e o motor. No caso destes tratores, como ficam em constante engrenamento é possível evitar desgaste no sistema, sempre aumentando a velocidade. te, usar menos equipamentos para fazer a sua safra”, disse Assis. Ainda são considerados tratores de tecnologia de ponta por possuírem câmbios de CVT, ou seja, sem escalonamento de marcha e, também, vem com piloto automático de série. Por meio de sinal de um satélite, o produtor mapeia primeiramente a área que vai trabalhar com o trator e através deste mapeamento o trator realiza suas funções automaticamente. logia veio para acelerar o desempenho da máquina, culminando numa operação mais segura e rentável”, explicou o gerente de contas estratégicas da John Deere, Marcelo Pimenta. Jacto John Deere Marcelo Pimenta Valtra Alexandre Vinicius Assis Também com novidades em tratores, a Valtra expôs seus lançamentos, os modelos S293, com 325 cavalos e o S353, que possui 375 cavalos, ambos fazem parte da linha CRS. São tratores importados para atender a demanda do setor canavieiro e de grãos. Por serem tratores de alta potência, são indicados para puxar implementos maiores, otimizando o trabalho no campo e aumentando a produtividade. De acordo com o gerente de marketing da Valtra, Alexandre Vinicius Assis, estes tratores são voltados para alguns segmentos específicos, no caso da cana, é usado durante a operação de preparo de solo, e na lavoura de grãos, pode ser usado tanto na preparação de solo quanto no plantio. “Ele permite puxar plantadeiras de até 40 linhas, então são grandes máquinas com alta capacidade, e isso com certeza, acelera o trabalho do produtor, que pode usar um trator e um implemento maior, e, consequentemen- Lançado em 2011, o trator 6180 da empresa John Deere, voltou a ser destaque na Agrishow deste ano. Com eixo de 3 metros e um sistema de freio pneumático que já vem de fábrica, é indicado para o preparo da cultura da cana-de-açúcar, que junto com uma colhedora faz um conjunto de colheita. Aliado a isso, a empresa também possui o sistema de agricultura de precisão, onde todos os equipamentos já saem de fábrica com o sistema de piloto automático. Na lavoura da cana, este sistema ajuda na eficiência, tirando da responsabilidade do operador muitas funções. “Este ano o mercado vai girar em torno de 900 a 1000 máquinas entre John Deere e os outros segmentos. Se considerarmos a quantidade de operadores que serão necessários para trabalhar com estas máquinas estamos falando de no mínimo 4 operadores por máquina, ou seja, 4.000 postos de trabalho. Hoje não temos este número de pessoas capacitadas, não existe um banco de profissionais já especializados para este novo mercado, então a tecno- Revista Canavieiros - Maio de 2012 Uma das novidades da feira mostrada pela empresa Jacto, foi uma máquina para aplicação de fertilizante sólido granulado na cultura canavieira. Além de toda tecnologia que já está embarcada no equipamento, como o corte de sessões, a aplicação numa área mapeada pode ser realizada através do controle via GPS, sendo assim, ao chegar ao fim do talhão, a máquina vai parando a aplicação automaticamente. Outra novidade desta máquina é a aplicação realizada via sensor de reflectância (sensor verde). Este sensor, como princípio, emite uma luz numa faixa de frequência e capta a sua reflexão ao incidir sobre as plantas, esta reflexão da luz medida tem uma forte correlação com o nível de nitrogênio da planta, permitindo sentir a sua deficiência. “Esta é uma forma de gestão de aplicação de fontes nitrogenadas bastante diferentes e mais eficientes. Devido a este sensor, é possível disponibilizar mais nutrientes nas áreas que precisam mais e menos nas áreas que precisam menos, ou seja, vai utilizar a dosagem de produto necessária. Também com este monitoramento, é possível identificar a melhor época de entrada na cultura da cana para fazer a aplicação, convertendo numa maior produtividade”, esclareceu o gerente de produtos da Jacto, Wanderson Tosta.
  • 29. 29 Case IH uma colheitadeira nossa, então ele passa a depender muito mais dessa máquina e o impacto dela parada é muito maior”, disse o responsável pela área de Serviços América Latina da Case, Rafael Miotto. - O principal lançamento de uma empresa agrícola é um serviço e não um produto. Foi pensando assim que a empresa Case IH lançou durante a Agrishow 2012 o sistema de atendimento a emergência Max Case IH, voltado para máquinas paradas no campo, que por algum motivo diminuíram seu desempenho, prejudicando a produção da lavoura. Vale ressaltar que as máquinas atendidas por este novo sistema são tops de linha, isto é, as máquinas de maior potência de cada linha. “A máquina trabalhando mais horas por dia ela se paga mais rápido e não tem perdas. Quanto mais tempo demora em colher, mais problema aparece. Se for uma usina de cana-de-açúcar será menos cana para a usina, se for um plantio, ele será realizado com atraso e isso irá prejudicar o produtor lá na frente. Nossos clientes são muito profissionais. Às vezes eles trocam três máquinas por Rafael Miotto Fábio Balaban - Na parte de lançamentos mais voltados para o mercado canavieiro, a Case levou para a feira os novos tratores Magnum, que foram remodelados com uma série de recursos que trazem benefícios para o setor, como os motores e transmissões eletrônicos. É um serviço de 24 horas, durante 7 dias na semana à disposição do cliente que compra o produto através da central de atendimento ou concessionária. Seu objetivo é garantir que a máquina volte a trabalhar o mais rápido possível, e para isso não existe limites, todos os recursos são colocados a disposição. O principal benefício é o aumento da disponibilidade operacional, que hoje é um conceito que os agricultores profissionais medem e valorizam muito, que é o tempo que a máquina está efetivamente disponível para trabalhar, colher e plantar, aumentando a produtividade e a rentabilidade. - Em relação à colhedora de cana, a Case desenvolveu para o ano de 2012 uma máquina que traz uma série de inovações e melhorias do produto, principalmente no que diz respeito ao uso e otimização do combustível. Everton Fim “Com a entrada deste novo modelo, conseguimos agregar um acessório, que se chama APM (Gestão Automática de Produtividade), que seleciona automaticamente a melhor e mais eficiente combinação entre marcha e velocidade do motor, ou seja, uma vez que escolheu a velocidade de deslocamento, ele vai trocar a marcha sozinho e tudo isso vai dosar sempre com a melhor situação possível de consumo de combustível. Com esse sistema conseguimos uma redução do consumo de combustível de até 24%”, explicou o especialista de marketing de produto da Case IH, Everton Fim. Já numa faixa de potência de trator específico que a empresa ainda não tinha, a novidade é a linha Puma, que são tratores de 195 a 210 cavalos. Esta linha vai trabalhar em preparo de solo, em plantio para puxar plantadoras de cana e transbordos. O diferencial desta linha é que já vem com um eixo dianteiro reforçado, próprio para atender as aplicações de cana que são mais severas. Assim como o Magnum, o motor e a transmissão também são eletrônicos. A máquina 2012 vem com um sistema de Smart Cruise, que é um software que trabalha diretamente na rotação do motor mediante a carga e demanda hidráulica que a máquina necessita. À medida que a máquina passa a colher em canaviais de baixa e alta produtividade, o uso desse combustível vai ser mediante a necessidade de todo sistema de colheita da máquina. Em canaviais de maiores produtividade, é preciso maiores rotações para garantir todo o desempenho que a máquina possui. Já em canaviais de baixa produtividade, a rotação de motores cai, sem interferir em nenhuma função específica de colheita da máquina. É simplesmente uma redução da rotação para configurar o menor consumo de combustível, de acordo com aquilo que o canavial exige. “Sabemos que a produtividade por hectare de cana-de-açúcar vem caindo ao longo dos anos, hora por fatores climáticos, hora por falta de investimentos no cultivo da cana. Então nossa máquina tem a versatilidade de atender a demanda do mercado, além disso, tem um melhor desempenho no circuito hidráulico, pois possui um radiador extra de óleo e também um bloco hidráulico no sistema duplicador de maior vazão, dissipando o maior e aumentando a vida útil dos componentes”, explicou o especialista de marketing de produtos para colhedoras de cana da América Latina, Fábio Balaban. Revista Canavieiros - Maio 2012
  • 30. 30 Reportagem de Capa Embraer são o baixíssimo custo operacional e o menor impacto ambiental. Uma das grandes vantagens deste avião a etanol é com relação ao custo, uma diferença que é de aproximadamente 30% menor. Além disso, o uso do etanol como combustível também proporciona 7% a mais de potência no avião, o que significa maior rendimento, maior capacidade de carga e flexibilidade para o cliente. A Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A) esteve presente na Agrishow 2012 apresentando o programa Ipanema, mais especificamente o avião, que é o primeiro e único avião do mundo que utiliza o etanol como combustível. Suas principais características tivo, então se conseguirmos bater nossa meta de 60 aeronaves este ano estaremos de acordo com as perspectivas da empresa”, comentou Carreto. De acordo com o gerente comercial Embraer – programa Ipanema - , Flávio Bertoldi Carreto, em 2011 foram concluídas 58 vendas do modelo ao longo do ano e para 2012 a meta é equilibrar este número. “Se compararmos com o ano de 2010 quando vendemos 40 aeronaves, tivemos um crescimento muito significa- Este crescimento se deve a conscientização dos produtores de que o avião é uma solução versátil, rápida e que não provoca amassamento na lavoura. O avião Ipanema é largamente utilizado nas culturas de soja, milho e algodão. Já no Estado de São Paulo, as culturas predominantes são cana-de-açúcar, café e arroz. Ainda há culturas em testes, que o estão utilizando cada vez mais, como a batata e o feijão, além, evidentemente, das culturas de citros e eucalipto, que até pelo próprio porte da cultura, obrigatoriamente tem usado o avião como seu meio de pulverização, quer seja de produtos sólidos, quer seja de produtos líquidos. principais fins deste tipo de energia é o suprimento de eletricidade para demandas isoladas da rede elétrica. “Se fizermos uma análise podemos constatar que ¼ de toda a força energética nacional é gerada através da cana-de-açúcar. Isso quer dizer que, mais do que nunca, o agronegócio já está ligado à sustentabilidade”, afirma o responsável pelos projetos de biomassa desenvolvidos pela New Holland, Samir de Azevedo Fagundes. a palha permanece exposta ao tempo por um período de até dez dias para que seque. Quando o material estiver com cerca de 10% de umidade é feito o aleiramento, que reúne a palha em linhas (leiras). Em média, há cerca de 150 quilos de palha seca para cada tonelada colhida, o que totaliza, aproximadamente, 15 toneladas de palha por hectare por ano, dos quais são retirados do campo de 50-60%, de acordo com as condições edafo-climáticas do local. “Estamos caminhando para um cenário de colheita 100% mecanizada, sem queima, então é fundamental o aproveitamento da biomassa na geração de energia”, afirma Fagundes. Segundo dados da UNICA - União da Indústria da Cana-de-Açúcar, a estimativa é que em aproximadamente 10 anos a bioeletricidade gere energia equivalente a 3 usinas Belo Monte. Os investimentos para produção de bioeletricidade também são mais baixos: de acordo com a ANEEL, o processo de geração de bioeletridade é R$16,65/MWh mais barato do que a produção energia hidrelétrica. Após o acúmulo da palha em leiras, uma enfardadora BB9000 acoplada ao trator passa recolhendo o material e fazendo os fardos. Chamados de “gigantes”, cada um tem cerca de 2 metros de comprimento e 450 quilos. Por último, a carreta recolhedora de fardos encaminha o material para o ponto de carregamento, de onde seguem para a usina. New Holland Unindo o conceito de biomassa ao agronegócio, a New Holland está aplicando no Brasil um projeto que permite gerar energia sustentável através da palha da cana-de-açúcar. Desenvolvido em parceria com o CTC - Centro de Tecnologia Canavieira, o projeto busca utilizar a palha da cana-de-açúcar (gerada na colheita mecanizada) para produção de energia. A pesquisa, baseada na aplicação da enfardadora BB9000 da New Holland, está sendo desenvolvida desde maio de 2010 e já apresenta resultados favoráveis. O CTC realiza diversos estudos nesta área há mais de 40 anos e representa mais de 60% das indústrias do setor sucroalcooleiro. A utilização de biomassa na geração de energia por sistemas de co-geração vem crescendo ano após ano. Um dos O processo se divide em uma série de etapas, começando pelo acúmulo da palha gerada após a colheita mecanizada da cana-de-açúcar. Após a colheita, Revista Canavieiros - Maio de 2012 Fagundes ressalta que a Agrishow 2012 foi a primeira oportunidade que o cliente teve para conhecer de perto todas as máquinas que compõe a solução agrícola do recolhimento de palha: o Aleirador H5980, a enfardadora BB9080 e a carreta acumuladora de fardos PT2010. RC Fonte: Assessoria de Imprensa da New Holland
  • 32. 32 Informações Setoriais Chuvas de abril e Prognósticos Climáticos de junho e julho 2012 Chuvas anotadas durante o mês de abril de 2012 Engº Agrônomo Oswaldo Alonso Técnico Agronômico da Canaoeste A média das chuvas anotadas durante o mês de abril (88mm) “ficou” ligeiramente acima da média das normalidades climáticas de todos os locais informados (75mm). Chuvas acima das normais climáticas ocorreram em Barretos, C.E. Moreno, LDCSEV MB e Santa Elisa e Usina Ibirá; enquanto que, bem abaixo, na Fazenda. Santa Rita, CATI Franca e São Simão e Centro Cana IAC, evidenciando, como nos cinco meses anteriores, a irregularidade de distribuição das chuvas. O Mapa 1 mostra, pela “colcha de retalhos” a tamanha dispersão e irregularidades das chuvas que vem ocorrendo no estado de São Paulo. Não fosse a estreita faixa de baixa Disponibilidade de Água no Solo no Oeste do Estado, permitiria dizer que as posições de acumulados de Água no Solo, aos finais de abril de 2011 e 2012, ficaram invertidas. Durante a segunda quinzena de abril de 2012 foram se acentuando as condições críticas de água no solo nas regiões Nordeste do Estado de São Paulo e faixa entre Ca- Mapa 1:- Água Disponível no Solo entre 16 a 18 de abril de 2012 Revista Canavieiros - Maio de 2012 tanduva e Bauru; como também, persistia baixa umidade no solo no extremo Oeste, que não se prolongaram, graças às chuvas do finalzinho do mês. Para subsidiar planejamentos de atividades futuras, a Canaoeste resume o prognóstico climático de consenso entre Mapa 2:- Água Disponível n
  • 33. 33 INMET-Instituto Nacional de Meteorologia e INPE-Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais para os meses de abril a junho, conforme mostrado no Mapa 4. • Para os meses junho e julho, prevê-se temperaturas médias próximas das respectivas médias históricas para os estados de Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso e Rio de Janeiro. Idem, para os estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Região Sul do Brasil; entretanto, com possibilidade de ocorrências de quedas acentuadas de temperatura. Sem, ainda, poder assinalar ocorrência de geada, a não ser nos estados sulinos; • O consenso INMET-INPE assinala que, durante o mesmo período, poderá ocorrer iguais probabilidades de chuvas de abaixo a acima das respectivas médias históricas em toda área sucroenergética da Região Centro Sul, exceto na área amarela do Mapa 4-Sul do Brasil e a faixa litorânea nordestina, onde está previsto ficar abaixo das respectivas normais climáticas; • Como referência de normais climáticas para Ribeirão Preto e municípios vizinhos, pelo Centro de Cana-IAC, as médias históricas de chuvas são: 25mm em junho e julho. no Solo ao final de abril 2011 Por sua vez, a SOMAR Mapa 4:- Adaptação pela CANAOESTE do Prognóstico de Meteorologia, com a qual a Consenso entre INMET e INPE para o bimestre junhoCanaoeste mantém convênio, julho de 2012. Este prognóstico difere do anterior, apenas prevê que para esta região na faixa litorânea - sul da Bahia ao Rio Grande do Norte. poderá ocorrer (para a época) bom volume de chuvas no início de junho, além do que já pode ter ocorrido neste final de maio e, como havíamos assinalado em edições anteriores (“E, repetindo, com possível surpresa para julho, que será revisada em meses mais próximos”), significativas chuvas poderão acontecer durante julho. A SOMAR Meteorologia prevê, ainda, com exceção de agosto, que este inverno (julho e setembro) poderá vir a ser semelhante ao de 2009. Logo, mantém-se previsão de que não haverá escassez de evitar também pisoteios, perdas de cana chuvas (mas possivelmente, até exce- e de sua qualidade. dentes) nos meses que se seguem. Estes prognósticos serão revisados na Face estas previsões climáticas para Revista Canavieiros. Os prognósticos ou estes próximos meses e à elevada de- fatos climáticos relevantes serão noticiamanda por matéria-prima (cana), a dos em nosso site www.canaoeste.com.br. Canaoeste recomenda muitas atenções aos produtores para que evitem matoPersistindo dúvidas, consultem os -competição, (controláveis) danos por Técnicos mais próximos ou através do pragas. E, por ocasião das colheitas, Fale Conosco Canaoeste. RC Mapa 3:- Água Disponível no Solo ao final de abril de 2012. RC Revista Canavieiros - Maio 2012
  • 34. 34 Artigo Técnico Orientação do uso de defensivos agrícolas O Defensivo Agrícola necessário a produção é tratado no Brasil por forma de lei (Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1.989) como agrotóxico. Antonio Carlos Cussiol Junior; Daniela Aragão Santa Rosa; Danilo Fonseca Mazoni – agrônomos da Canaoeste O s agrotóxicos são produtos químicos utilizados rotineiramente na agricultura convencional para controle de plantas invasoras, pragas e doenças. Por serem tóxicos ao homem e ao meio ambiente, devem ser manuseadas com o máximo cuidado, em todas as etapas de utilização, desde seu transporte até a propriedade, o armazenamento, o preparo da calda, a utilização, a deposição dos resíduos de calda e a lavagem e a devolução de embalagens. Todo agrotóxico apresenta risco para saúde e para o meio ambiente, mas existem diferentes graus de toxicidade, que é dado pela classe toxicológica do produto, indicada pela cor impressa na embalagem. Utilizados na agricultura a partir do final dos anos 40, os agrotóxicos proporcionaram aos agricultores um considerável aumento de produtividade. Mas logo os efeitos danosos foram percebidos, pelo uso indiscriminado, armazenamento e descartes de embalagens vazias de forma inadequada. De acordo com a Andef (2001) Lei Federal nº 9.974 e Decreto nº 4.074 de 04/01/2002, a obrigatoriedade do destino final seguro das embalagens vazias de agrotóxicos e afins, é de responsabilidade dos usuários, comerciantes, fabricantes e poder público. Para disciplinar a destinação segura desses resíduos a nova legislação brasileira de agrotóxicos determina responsabilidade de todos os segmentos. A fiscalização fitossanitária tem estado presente em diversas regiões, com aplicações de multas para aqueles que estão fora das normas. Alguns produtores já foram autuados por falta de informação e conhecimento, o que preocupa a todos os envolvidos nesta cadeia de produção, pois gera um impacto negativo diante da opinião pública. É importante que haja uma fis- Depósito de armazenamento de defensivos agrícolas da Copercana calização de caráter educacional, com troca de informações entre as partes envolvidas. Pensando nisso, a Canaoeste resolveu orientar produtores e aplicadores dos cuidados necessários durante todas as etapas de uso dos defensivos agrícolas, desde sua aquisição até a devolução das embalagens. Aquisição do Produto A aquisição do produto deve ser precedida de uma avaliação da real necessidade de sua aplicação, por um engenheiro agrônomo ou florestal, que emitirá a receita adequada para cada caso específico, que deverá conter as orientações quanto ao uso e à dosagem a ser utilizada, época de aplicação, cultura indicada, período de carência e forma adequada de disposição das embalagens vazias, assim como os cuidados de proteção ao aplicador e ao meio ambiente. Na aquisição, é preciso verificar se a embalagem está perfeita, com o rótulo totalmente legível, se o produto não Revista Canavieiros - Maio de 2012 está vencido ou se o prazo de vencimento não está muito próximo. Transporte O transporte quando realizado pelo agricultor, também deve ter cuidados: carregar na carroceria, não transportando juntos com alimentos ou pessoas; o transporte acima da quantidade isenta, exige que o motorista seja profissional e que tenha o curso para transporte de produtos perigosos. Em pequenas quantidades é recomendado o transporte em caminhonetes, onde os produtos devem ser cobertos por lona e presa a carroceria. Deve organizar as cargas e manter em ordem o Kit de emergência, documentos do carro, nota fiscal e receituário agronômico. O veículo para transporte dos produtos deve estar em perfeitas condições (luz, freio, pneus, etc). Armazenamento Cuidados do local de armazenamento: devem ser distante de residências, hospitais, fontes de água e circulação de pessoas, com permissão da entrada de pessoas autorizadas. Deve ter um
  • 35. 35 local exclusivo para os produtos e EPI, separando por classes (herbicidas, fungicidas, inseticidas), o local deve permitir a circulação de ar, sem vazamentos e infiltrações, deve ser coberto, com portas. Não deixar em local aberto, de preferência fazer prateleiras por classes e não deixar em contato com o chão, e indicando na porta de entrada uma placa: PERIGO, VENENO. Utilização Ler atentamente as instruções da receita agronômica, da bula do produto e folheto complementar. Regular corretamente o equipamento de aplicação. A pulverização deve ser feita nas horas mais frescas do dia e sempre a favor do vento, usando o equipamento de proteção individual (EPI) desde o preparo da calda até o final da aplicação. No momento da aplicação não deverá permanecer pessoas desnecessárias, nem crianças. A lavagem das embalagens vazias é uma prática feita no mundo inteiro para reduzir os riscos de contaminação de pessoas, proteger o ambiente e aproveitar o produto. Tríplice lavagem Esvazie o conteúdo da embalagem no tanque do pulverizador; adicione água limpa à embalagem até ¼ do seu volume; tampe bem a embalagem e agite-a por 30 segundos; despeje a água de lavagem no tanque do pulverizador; faça esta operação 3 vezes; inutilize a embalagem plástica ou metálica, perfurando o fundo. Menores de 18 anos, gestantes e idosos não podem manusear ou aplicar agrotóxico. É proibido por lei. Respeitar o período de carência e o período de reentrada na lavoura. O uso de EPI é obrigatório durante o manuseio e aplicação de agrotóxicos, pois protege o trabalhador contra o risco de intoxicação. Exemplos: luvas e avental impermeáveis, máscaras, óculos, camisas de manga compridas e calças tratadas com produto repelente à calda tóxica. Devolução de embalagens A legislação determina como responsabilidade do usuário do agrotóxico, o preparo das embalagens vazias para devolvê-las e comprovar a devolução nas unidades de recebimento. Aos revendedores compete receber e armazenar em local seguro, de acordo com a legislação estadual específica, as embalagens devolvidas pelos usuários. Os fabricantes têm a obrigação de providenciar o recolhimento nos locais onde foram devolvidas, bem como dar destino final as embalagens vazias. O período previsto para o armazenamento das embalagens na propriedade é de um ano, a partir da data de aquisição do produto. Entretanto, se o usuário não utilizou todo o conteúdo e este ainda se encontra no prazo de validade, a devolução poderá ocorrer em até 6 meses após vencimento da validade. O usuário quando transportar as embalagens para devolução deve levá-las com suas respectivas tampas, para a unidade de recebimento. Ao entregá-las, exigir os comprovantes de entrega das embalagens, os quais deverão ser mantidos junto com a nota fiscal de compra do produto e o respectivo receituário agronômico, à disposição dos órgãos de fiscalização. Responsabilidades previstas na legislação Todos os procedimentos fazem parte da Legislação com a Lei nº7.802 11/07/1.989 que foi substituída pelo Decreto 4.074 de 04/01/2012 que tem normas para aquisição, transporte, armazenamento, manuseio e devolução de embalagens de agrotóxicos A NR – 31 Norma Regulamentadora 31 do Ministério do Trabalho diz que o empregador rural ou equiparado deve fornecer equipamentos de proteção individual e vestimentas adequados aos riscos, que não propiciam desconforto térmico prejudicial ao trabalhador. Para melhor segurança e prevenção, o aplicador deve estar munido sempre do certificado do treinamento e do re- Foto: Divulgação Inpev ceituário agronômico dos produtos que estiver usando, com as especificações dos cuidados necessários que deve estar assinado por um engenheiro agrônomo. O empregador tem por responsabilidade fiscalizar se o empregado esta usando os equipamentos de proteção. O não cumprimento acarreta em responsabilidades para ambas as partes. O empregador poderá ser multado e responder civil e criminalmente, e o funcionário poderá ser demitido por justa causa. Campanha do Governo de São Paulo A Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, representada pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária e Coordenadoria de Assistência Técnica Integral, junto com a Secretaria do Meio Ambiente (CETESB), a Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (FAESP) e outras entidades como ANDAV, OCESP, SESCOOP/ SP e INPEV criou o Grupo de Trabalho Interdisciplinar de Destinação Final de Agrotóxicos (GT) para organizar o descarte de agrotóxicos que não são utilizados nas atividades agrícolas do Estado de São Paulo. Para dar uma solução a esse problema mundial sem risco de multa, declare os resíduos de BHC, DDT, entre outros, que estão em sua propriedade rural no Estado de São Paulo até a data de 24/07/2012. Os associados da Canaoeste podem procurar a orientação dos agrônomos caso tenham dúvidas.RC Revista Canavieiros - Maio 2012
  • 36. 36 Artigo Técnico Sorgo Sacarino: a bola da vez Jair Rosas da Silva, engenheiro agrônomo do IAC / Centro de Engenharia e Automação O sorgo é planta originária da África, tendo sido introduzido no Brasil por volta de 1850, sendo as principais regiões produtoras situadas nos Estados de Goiás e Minas Gerais. Em regiões da África é usado como alimento humano, bem como no sul da Ásia e na América Central. Nos Estado Unidos, Austrália e América do Sul constitui importante base da alimentação animal. industrial, pode ser empregada na alimentação de bovinos, suínos e aves. O sorgo granífero é o mais cultivado no mundo inteiro. O sorgo sacarino ou Sorghum bicolor (L) Moench tem sido objeto de plantios experimentais no Brasil e no exterior com o objetivo de estender o período de operação industrial de usinas e destilarias e, por essa razão, o sorgo sacarino ser considerado no Brasil uma cultura complementar à cana-de-açúcar para a produção de etanol. Os colmos do sorgo sacarino contêm entre 33-40% de ATR, portanto de conteúdo semelhante ao da cana-de-açúcar. Por essa razão, tal quantidade tem condições de ser conduzida à esteira de moagem, passar por processo fermentativo e produzir etanol de forma econômica, de modo idêntico à cana-de-açúcar. Plantio experimental de sorgo sacarino, visando à produção de etanol, foi realizado pelo grupo industrial Cerradinho na Usina Porto das Águas, em Chapadão do Céu, Estado de Goiás. O experimento abrangeu área de 1.800 hectares, obtendo a produção de 25 t/ha de biomassa, gerando 35 litros de etanol por tonelada. Aduzem que, para a produção ser econômica, devem ser produzidos 60 t/ha de biomassa e 50 litros de etanol por tonelada. O sorgo sacarino apresenta as vantagens do ciclo curto, de cerca de quatro meses, de efetuar o plantio por sementes, sistema mais rápido e barato que o modo vegetativo usado pela cana, a possibilidade de colheita parcial dos grãos ou integral, usando as mesmas máquinas e veículos de colheita da cana, incluindo transbordos de tipos variados, veículos e caminhões-oficina, de apoio e bombeiro. Usa também as mesmas instalações de processamento industrial da cana-de-açúcar para obtenção de etanol. Após passar pelo processo de industrialização, na forma de bagaço, o material fibroso tem condições de ser empregado como combustível na alimentação de caldeiras, produzindo o vapor necessário para consumo nas diversas operações industriais ou produzir energia elétrica por cogeração. A biomassa do sorgo, além do uso A semeadura do sorgo é realizada de novembro a dezembro. Conforme a cultivar, o ciclo vegetativo varia entre 105-120 dias e a colheita é efetuada em março ou abril. Em 2011 foi realizado na República Dominicana plantio experimental comparativo entre as culturas de sorgo sacarino e cana-de-açúcar, esta tradicional no País, usando espaçamento duplo no sorgo de 0,50x1,20 m, irrigado pelo sistema em sulcos. O custo de produção em plantio direto foi R$1.400/ha, idêntico ao da cana nas condições locais. A velocidade usada na colheita foi de 6,5 km/h. A capacidade operacional foi 0,66 ha/h e o custo, de R$900/ha. A produtividade do sorgo esteve compreendida entre 43-50 t/ha e, a da cana, de 82,4 t/ha. Informe aduz que o período de colheita do sorgo é muito curto, de cerca de 30 dias e que a colheita efetuada fora da época resulta em perda de qualidade do produto. A densidade do produto de colheita do sorgo mostrou ser cerca de 30% menor que o da cana, representando o custo de R$12,00/t, sem considerar a depreciação de equipamentos. O custo unitário de colheita do sorgo foi R$24,00/t e o da cana registrou R$21,00/t. Revista Canavieiros - Maio de 2012 O ATR do sorgo foi de 112 Kg/t, ao passo que a cana apresentou 140 kg/t. Do ponto de vista industrial, por ser alto o índice de açúcares redutores, o sorgo sacarino é próprio para produção de etanol. O custo de produção do etanol, de R$0,94/litro, revelou ser ligeiramente abaixo do da cana, este de R$1,00/l. A conclusão desse estudo experimental é que a cultura do sorgo sacarino agrega cerca de 6% ao lucro da cultura de cana-de-açúcar, podendo assim ser considerado como atividade complementar à cana para a produção de etanol, contudo sem a intenção de substitui-la. Tem a vantagem de reduzir o período de entressafra da cana e a ociosidade das usinas, além de aumentar o período de fornecimento de energia elétrica devido ao prosseguimento na alimentação de caldeiras usadas na cogeração. De um modo geral, em todos os plantios experimentais relatados, as principais pragas da cultura do sorgo sacarino foram as seguintes: a) Lagarta Spodoptera, no início do ciclo vegetativo; b) Lagarta do cartucho, que ataca outras gramíneas, como o milho; c) Lagarta Agrotis, que atua principalmente na emergência das plântulas; d) Broca Diatraea, atacando da floração a colheita; RC (continua na próxima edição)
  • 38. 38 Eventos e Cursos Junho 2012 Curso: II Curso de Produção de Mudas de Alta Qualidade Data: 04 e 05 de junho de 2012 Inscrição: As inscrições são realizadas na página do curso na Internet. http://www.infobibos.com/prodmudas Local: Sala de Eventos do Diplomata Hotel, em Campinas - SP Mais Informações: Valor parcelado em até três vezes Valor: R$ 390,00 a R$ 540,00 Evento: Ciclo de Palestras – Soja Livre Data: 04 junho de 2012 das 19:00h às 22:00h Inscrição: As inscrições validadas após envio de ficha de inscrição – presente na página do ciclo -para o e-mail: cdt@fealq.org.br http://www.fealq.siteprofissional.com Local: Anfiteatro do Pavilhão de Química – Departamento de Ciências Exatas – ESALQ/USP em Piracicaba-SP Mais Informações: e-mail: cdt@fealq.org.br ou para o fax: (19) 3422-2755 Valor: Gratuito (Disponível 120 vagas). Evento: Workshop – Mudanças Climáticas e Problemas Fitossanitários Data: 12 a 14 de junho de 2012 Inscrição: Para se inscrever é necessário acessar formulário de inscrição online, na página do evento na Internet. http://www.cnpma.embrapa.br Local: Auditório Paulo Choji Kitamura Embrapa Meio Ambiente - Rod. Campinas Mogi-Mirim Km 127,5 – Tanquinho Velho - Jaguariúna-SP Mais Informações: climapest@cnpma.embrapa.br e/ou (19) 3311-2700 Curso: Comunicação e Responsabilidade Socioambiental Data: 16 a 17 de junho de 2012 Inscrição: As inscrições são realizadas em formulário de inscrição online e o valor é pago por entrada e mais duas parcelas. - http://posugf.com.br/cursos Local: São Paulo - SP Mais Informações: Carga horária 20 horas - (11) 2714-5665 Valor: R$ 340,00 – R$ 355,00 Curso: II Curso Prático de Fertirrigação Data: 21 de junho de 2012 - 07:30h às 12:30h Inscrição: As inscrições são realizadas em formulário online, direcionado a partir da página do curso na Internet. Há desconto para as inscrições realizadas até o dia 16 de junho de 2012. - http://fepaf.org.br Local: Botucatu - SP Mais Informações: (14) 3882-6300 Valor: R$ 30,00 – R$ 60,00 Curso: Manejo de Solo e Controle de Pragas Data: 23 de junho de 2012 - 08:00h às 18:00h Inscrição: As inscrições podem ser feitas por formulário onRevista Canavieiros - Maio de 2012 line ou por atendimento telefônico e são validadas após comprovação de depósito bancário no valor da taxa de inscrição. http://aao.org.br/aao/cursos Local: Mairiporã - SP Mais Informações: e-mail: cursos@aao.org.br e/ou (11)3875-2625 Valor: R$ 80,00 – R$ 100,00 Evento: XIX Jornada de Atualização em Agricultura de Precisão Data: 25 a 29 de junho de 2012 Inscrição: As inscrições são realizadas na página do curso na Internet com pagamento por boleto bancário ou por ficha de inscrição e pagamento por depósito bancário http://www.fealq.org.br Local: Piracicaba - SP Mais Informações: Carga horária: 50 horas - E-mail: cdt@fealq.org.br e/ou (19) 3417-6604 – (19) 3417-6601 Valor: R$ 1.100,00,00 Evento: SIMTEC 2012 Simpósio Internacional e Mostra de Tecnologia e Energia Canavieira Data: 25 a 27 de junho de 2012 Inscrição: para participação no evento serão realizadas na página do simpósio na Internet. http://www.simtec.com.br Local: Piracicaba - SP Mais Informações: (19) 3417-8604 Valor: Indefinido Evento: VI Workshop Agroenergia Data: 27 e 28 de junho de 2012 Inscrição: As inscrições são realizadas em formulário online na página do workshop na Internet. Serão aceitas inscrições no dia do evento. http://www.infobibos.com/agroenergia Local: Ribeirão Preto - SP Mais Informações: E-mails: eabramides@terra.com.br jrscarpellini@gmail.com - mbidoia@iac.sp.gov.br e/ou (16) 3637-1091 / (16) 3919-5959 / (16) 3637-1849 / (19) 30140148 / (19) 8190-7711 / (19) 9112-1952 Valor: R$ 90,00 - R$ 300,00 Curso: Perícias Agrícolas Data: 29 e 30 de junho de 2012 Inscrição: As inscrições podem ser feitas por formulário online ou por atendimento telefônico. http://www.ibape-sp.org.br Local: São Paulo – SP - IBAPE-SP – Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo Mais Informações: Carga horária: 12 horas - e-mail: pce@uol.com.br e/ou (11) 3054-9545 e (11) 9175-9939 Valor: Indefinido
  • 39. 39 “General Álvaro Tavares Carmo” Contabilidade Rural Cultivando a Língua Portuguesa Esta coluna tem a intenção de maneira didática, esclarecer algumas dúvidas a respeito do português. “ Ocupei-me o tempo todo para disfarçar a saudade.” Clarice Lispector Renata Sborgia 1) Pedro comprou o presente para a sua namorada: uma bela “JÓIA”, A “jóia” será bela se for escrita de forma correta, segundo o Novo Acordo Ortográfico. Correto: JOIA (sem acento). Regra fácil: não existe mais o acento dos ditongos (quando há duas vogais na mesma sílaba) abertos “éi” e “ói” das palavras paroxítonas (as que têm a penúltima sílaba mais forte), segundo o Novo acordo Ortográfico. “Este texto, utilizando-se de uma abordagem atual, prática e objetiva, vem preencher uma lacuna na bibliografia de Contabilidade Rural, no Brasil, e atender à necessidade de um texto com conteúdo programático adequado ao ensimo e à prática profissional. Em primeiro lugar, trata da Contabilidade Agrícola, onde são destacadas as diferenças básicas na contabilização das culturas temporárias e permanentes, bem como é analisado o tratamento contábil que deve ser dado ao desmatamento e preparo do solo para cultivo. Um dos pontos altos aqui abordados é o tratamento da depreciação na agropecuária. Além disso, o Autor introduz um plano de contas para empresas agrícolas e faz comentários sobre o funcionamento das principais contas. Em segundo lugar, discorre sobre a Contabilidade Pecuária e trata pormenorizadamente do método de custo, do custo da pecuária, bem como do método do valor de mercado. Em terceiro lugar, trata do Imposto de Renda aplicado à atividade rural.” (Trecho extraído da contracapa do livro) MARION, José Carlos. Contabilidade rural: contabilidade agrícola, contabilidade da pecuária, imposto de renda pessoa jurídica. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2007. 251 p. ISBN 97885-224-4915-6. Os interessados em conhecer as sugestões de leitura da Revista Canavieiros podem procurar a Biblioteca da Canaoeste. novo endereço: Rua Frederico Osanan, nº842 - Sertãozinho-SP 2) A “platéia” ficou entusiasmada com o espetáculo. ...mas a Língua Portuguesa não com o erro na grafia! O correto é : plateia (sem acento). Regra fácil: não existe mais o acento dos ditongos (quando há duas vogais na mesma sílaba) abertos “éi” e “ói” das palavras paroxítonas (as que têm a penúltima sílaba mais forte), segundo o Novo acordo Ortográfico. 3) SAIBA MAIS PARA NÃO ERRAR: a) Ela é uma das que “pensa” ou “pensam” assim? Correto: tópico gramatical: Concordância - A expressão “uma das que” faz concordancia no plural. Portanto, o correto é: Ela é uma das que pensam assim. (das que pensam assim, ela é uma). Outros exemplos corretos: O amigo foi uma das pessoas que mais o apoiaram. Não sou dos que acham isso. (daqueles que acham isso) PARA VOCÊ PENSAR: “ Vivo no quase, no nunca e no sempre. Quase, quase—e por um triz escapo.” Clarice Lispector “Fique de vez em quando só, senão será submergido. Até o amor excessivo pode submergir uma pessoa.” Clarice Lispector * Advogada, Prof. de Português, Consultora e Revisora, Mestra USP/RP, Especialista em Língua Portuguesa, Pós-Graduada pela FGV/RJ, com MBA em Direito e Gestão Educacional, autora de vários livros como a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras), em co-autoria. Revista Canavieiros - Maio 2012
  • 40. 40 VENDEM-SE - Mudas de seringueira da variedade RIM600 com borbulheira registrada; - Porta enxertos para mudas cítricas de todas as variedades; - Mudas de limão e laranja de todas as variedades; - Mudas de manga e abacates. Tratar pelos telefones: (17) 9133.5717 / 9629.5456 / 8101.8767 ou branco.estufas@yahoo.com.br - Cleiton Bulgo Verdeiro (BRANCO) 23 anos de experiência. VENDEM-SE - VW 13-180 / 06 toco comboio lubrificação e abastecimento Gascom - VW 16-170bt / 95 toco, munk mod. 8.000 e comboio para lubrificação e abastecimento, Gascom. - VW 26-260 / 06 traçado, betoneira Liebherr 8m³ nova. - VW 26-260 / 06 traçado, no chassi. - VW 14-220 / 97 truck, munk IMAP mod. 20.000. - VW 15-180 / 03 toco, tanque de água 10.000L Pipa, Bombeiro. - VW 13-180 / 08 toco, tanque de água 10.000L Pipa, Bombeiro. - VW 15-180 / 07 toco, no chassi. - VW 13-180 / 06 toco, baú oficina. - MB 1313 / 82 toco, tanque de água 9.000L Pipa, Bombeiro. - MB 1318 / 89 truck, munk ARGOS mod. 20.500. - MB 1113 / 72 toco, tanque de água 9.000L Pipa, Bombeiro. - MB 2013 / 75 truck, munk MADAL mod. 10.000. - MB 1620 / 03 truck, carroceria. - MB 1316 / 80 truck e traçado, tanque de água 15.000L bombeiro, pipa. - MB 1516 / 85 truck, munk IMAP mod. 20.000. - Ford Cargo 2626 / 05 tanque de água 16.000L Gascom novo, bombeiro, pipa. - Ford Cargo 2425 / 02 tanque de água 16.000L Gascom novo, bombeiro, pipa. - Ford F19000 / 81 toco, tanque de água 9.000L pipa, bombeiro. - Ford F11000 / 90 e 92 toco, tanque de água, pipa, bombeiro. - Caçamba basculante p/ caminhão toco, semi nova. - Tanque de fibra, 16.000L. - Reboque 2 eixos com tanque de fibra 22.000L. - Munk ARGOS mod. 20.500. - Munk MOTOCANA mod. 10.000. - Baú para caminhão 3/4, toco e truck. - Tanque de água 7.000L usado. - Poly guindaste bruk, para caminhão toco, com carrinho. - Carroceria para caminhão toco, Facchini semi nova. - Tanque de água 20.000L novo. Contato: Alexandre (16) 39451250 / 97669243 oi / 78133866 id 96*81149 COMPRA-SE - Tubos de irrigação de todos os diâmetros, Motobombas, Rolão Autopropelido, Pivot, etc; Pagamento á vista. Tratar com Carlos pelos telefones: (19) 91661710/(19) 81280290 ou pelo e-mail:cyutakam@ hotmail.com VENDEM-SE - Sítio localizado na área de expansão urbana de Ribeirão Preto com 111.848,52 m² às margens da antiga estrada Ribeirão Preto/Serra Azul em frente à Vila do Lago e a 550 m. da Via Anhanguera Km. 305. Tratar com o proprietário pelo telefone: (16) 92751172 e/ou (16) 9275-1443. VENDE-SE - Chevrolet, ano 1959 com seis cilindros. Tratar pelos telefones: (34) 99357184 ou (34) 3332-0525. VENDE-SE - Propriedade com 13 alqueirões, localizada a 20 km da cidade de FrutalMG, entre as usinas Frutal e Cururipe. Formada em pasto, com terra boa para plantio de soja e cana-de-açúcar. Possui barracão fechado de 250m² coberto Revista Canavieiros - Maio de 2012 com estrutura metálica, tanque combustível e bomba. Também possui casa sede com 03 dormitórios, 02 banheiros, lajeada mais duas casas para funcionários. Ainda possui mina d’água com roda, poço artesiano, curral com embarcador, chiqueiro, represa, paiol, campo de futebol, pomar e área verde (APP). Tratar com Francisco pelos telefones: (16) 8843-1179 ou (16) 3023-5166. VENDEM-SE - Trator Cafeeiro - Massey Ferguson 265 – 4x2 – ano 2001 com 3600 horas de uso (pneus, motor e pintura novos); - Trator Massey Ferguson 50X; - 02 quadriciclos – 90 cilindradas – 4 tempos para criança. Tratar com João Marcelo pelo telefone: (16) 9245-2252. VENDE-SE - 01 carregadeira Santal, modelo CMP 1200 master, acoplada ao trator BM 85 4X4 Valtra – Ano 2006/2007. Tratar com Cláudio pelo telefone: (16) 9109-8693. VENDEM-SE - 01 transformador de 45 KVA; - 01 transformador de 112 KVA; - bag vazio usado; - arame farpado usado; - telha francesa usada. Tratar com Wilson pelo telefone: (17) 9739-2000 – Viradouro SP VENDEM-SE - Fazenda em João Pinheiro – 150 alqueires, formada em pasto (9 divisões de pasto), cerca paraguaia, energia elétrica. As margens do rio Paracatu - 100% plana - Valor é pedido R$2.000.000,00 - Fazenda de 82 alqueires na região de Guaraçari-SP. Planta 69 alqueires de cana preço: R$35.000,00 o alqueire. - Fazenda de 84 alqueires na região