2. O Cortiço, 1890, romance
do Naturalismo no Brasil,
foco narrativo de 3.ª
pessoa, 23 capítulos
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3. La vérité, toute la vérité, rien que la vérité.
(“Droit criminel”)
Termologia
E naquela terra encharcada e fumegante,
naquela umidade quente e lodosa, começou a
minhocar, a esfervilhar, a crescer o mundo,
uma coisa viva, uma geração que parecia
brotar espontânea, ali mesmo, daquele
lameiro, e multiplicar-se como larvas no
esterco.
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4. Biologia e a animalidade humana
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5. Sentia-se naquela fermentação sanguínea,
naquela gula viçosa de plantas rasteiras que
mergulham os pés vigorosos na lama preta e
nutriente da vida, o prazer animal de existir, a
triunfante satisfação de respirar sobre a terra.
(...) verminar constante de formigueiro
assanhado (...)
(...) destacam-se risos, sons de vozes
que se alternavam, sem saber onde,
grasnar de marrecos, cantar de galos,
cacarejar de galinhas (...)
Cap. III
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6. Capitalismo selvagem: [...] deixando de pagar todas
as vezes que podia e nunca deixando de receber, [...]
enganando os fregueses, roubando nos pesos e nas
medidas, [...] trabalhando e mais a amiga como uma
junta de bois, João Romão veio afinal a comprar uma
boa parte da bela pedreira [...].
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7. Leandra
“Machona”
Augusta Carne-Mole ─ Alexandre
Leocádia ─ Bruno
Marciana ─ filha Florinda
Isabel ─ filha Pombinha
Albino
Paula
“Bruxa”
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9. Eram cinco horas da
manhã e o cortiço
acordava, abrindo,
não os olhos, mas a
sua infinidade de
portas e janelas
alinhadas.
Um acordar alegre e
farto de quem dormiu
de uma assentada,
sete horas de chumbo.
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10. Conjunto simples: Cortiço São Romão
João Romão
(ascensão): proprietário
da taverna → Bertoleza
→ quitanda → bazar →
cortiço → pedreira →
sobrado → Av. São
Romão
Nível primário, Carapicus (bandeira
vermelha)
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12. Sistema de trocas pela violência:
Bruno / Leocádia
Rita Baiana / Piedade
João Romão / Bertoleza
Jerônimo / Firmo
Nível primário até o fim: Cabeças de
Gato (bandeira amarela)
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13. Naquela Mulata estava o grande mistério, a síntese
das impressões que ele recebeu chegando aqui: ela
era a luz ardente do meio-dia; ela era o calor
vermelho das sestas da fazenda; o aroma quente dos
trevos e das baunilhas, que o atordoara nas matas
brasileiras; era a palmeira virginal e esquiva que não
torce a nenhuma outra planta; era o veneno e açúcar
gostoso; era o sapoti mais doce que o mel era a
castanha do caju, que abre feridas com seu azeite de
fogo; ela era a cobra verde e traiçoeira, a lagarta
viçosa, a muriçoca doida, que esvoaçava havia muito
tempo em torno do corpo dele, assanhado-lhe os
desejos, acordando-lhe as fibras embambecidas pela
saudade da terra, picando-lhe as artérias.
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14. E no entanto
o sol, único
causador de
tudo aquilo,
desaparecia
de todo nos
limbos
do horizonte
[...].
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15. Léonie,
madrinha de Juju
Léonie almoça com Isabel e Pombinha
Léonie inicia Pombinha
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16. O calor tirava do capim um
cheiro sensual.
A moça fechou as pálpebras,
vencida pelo seu delicioso
entorpecimento, e estendeu-se
de todo no chão, de barriga para
o ar, braços e pernas abertas.
O sol, vitorioso, estava a pino e, por
entre a copagem negra da
mangueira, um dos seus raios descia
em fio de ouro sobre o ventre da
rapariga, abençoando a nova mulher
que se formava para o mundo.
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17. Cadeia: Léonie → Pombinha →Senhorinha e Juju
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18. Conjunto complexo: Sobrado
Miranda (estabilidade)
Sistema de trocas pelo comércio:
Estela / Miranda
Botelho / Estela
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19. Jerônimo: ascensão e descenso
Situação da mulher:
Mulher-objeto: Bertoleza
Mulher-sujeito: Léonie, Pombinha,
Senhorinha
Mulher-sujeito/objeto: Estela, Rita
Baiana, Leocádia
Outras personagens-tipo: Domingos,
Libório, João da Costa, Marianita
“Senhorinha”...
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