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MEDIASTINO
- DIAGNÓSTICO POR IMAGEM




    UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
        CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
      DEPARTAMENTO DE CLÍNICA MÉDICA
         DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
                PROF. CARLOS JESUS
MEDIASTINO
MEDIASTINO
MEDIASTINO




Volume 2, Number 4 November 1982 RadioGraphics
MEDIASTINO
MEDIASTINO




Volume 2, Number 4 November 1982 RadioGraphics
MEDIASTINO
MEDIASTINO
MEDIASTINO
MEDIASTINO




 RadioGraphics November 1982 Volume 2, Number 4
MEDIASTINO




 RadioGraphics November 1982 Volume 2, Number 4
MEDIASTINO
MEDIASTINO
MEDIASTINO
MEDIASTINO
- DIVISÃO DIDÁTICA
MEDIASTINO
- DIVISÃO DIDÁTICA
MEDIASTINO
- SUPERIOR
MEDIASTINO
- DIVISÃO DIDÁTICA




  RadioGraphics November 1982 Volume 2, Number 4
MEDIASTINO
- DIVISÃO DIDÁTICA
MEDIASTINO
MEDIASTINO
•   1- Corpo do esterno;
•   2- Parte ascendente da aorta;
•   3- Veia cava superior. Formada pela união das veias braquiocefálicas direita e esquerda na altura do ângulo do esterno.
    Localiza-se ao lado direito da parte ascendente da aorta. É uma das três veias que desembocam no átrio direito (sendo as
    outras duas: veia cava superior e o seio coronário);
•   4- Tronco pulmonar. Origina-se do ventrículo direito, fazendo parte de sua configuração anatômica. No interior do ventrículo
    direito a crista supraventricular delimita a área de saída do ventrículo, iniciando uma região lisa denominada de cone
    arterial, que origina o tronco pulmonar. O tronco pulmonar é uma artéria de grande calibre que conduz sangue com alta
    concentração de dióxido de carbono para as artérias pulmonares (direita e esquerda), alcançando os pulmões;
•   5- Artéria pulmonar direita. Oriunda do tronco pulmonar. Transporta sangue com alta concentração de dióxido de carbono
    para o pulmão direito;
•   6- Átrio esquerdo. Observe que o átrio esquerdo está localizado anteriormente a parte torácica do esôfago;
•   7- Parte torácica do esôfago;
•   8- Parte descendente torácica da aorta;
•   9- Veia ázigo. Origina-se da união da veia subcostal direita e lombar ascendente direita. No início de sua formação, a veia
    ázigo se comunica com a veia cava inferior. A veia ázigo ascende para o tórax, cruzando o mediastino inferior e superior, a
    sua direita. Arqueia-se sobre o hilo do pulmão direito, desembocando na veia cava superior. Pode ser uma via colateral de
    retorno venoso, comunicando diretamente as veias cavas superior e inferior;
•   10 – Corpo da vértebra torácica;
•   11- Medula espinal.
MEDIASTINO
MEDIASTINO
•   1- Corpo do osso esterno;
•   2- Átrio direito;
•   3- Veia cava superior. Desembocando na região posterior do átrio direito;
•   4- Cone arterial. Início do tronco pulmonar, localizado na região de saída do
    ventrículo direito, superiormente a crista supraventricular;
•   5- Parte ascendente da aorta. Local da valva aórtica, constituída por três válvulas
    semilunares (direita, esquerda e posterior). As válvulas semilunares direita e
    esquerda estão relacionadas com os óstios das respectivas artérias coronárias;
•   6- Átrio esquerdo;
•   7- Ventrículo esquerdo;
•   8- Veia pulmonar direita;
•   9- Veia pulmonar esquerda;
•   10- Parte descendente torácica da aorta;
•   11- Parte torácica do esôfago.
MEDIASTINO
MEDIASTINO
MEDIASTINO
MEDIASTINO
MEDIASTINO
MEDIASTINO
MEDIASTINO
•   Anterior
     – 1.Artéria nominada Tortuosa, Aumento dos linfonodos,
        bócio retroesternal e deposição de gordura
     – 2. Aumento dos linfonodos, aneurisma de aorta
        ascendente, timoma, tumor teratodermóide
     – 3. Coxim gorduroso epicárdico, abaulamento diafragmático,
        cisto peluroepicárdico
•   Média
     – 4. Aumento dos linfonodos, aneurisma de arco aórtico,
        artéria pulmonar aumentada, dilatação da veia cava
        superior, cisto broncogênico
•   Posterior
     – 5. Tumor Neurogênico, recesso faringoesofágico
     – 6. Hérnia de Hiato, aneurisma de aorta ascendente,
        dilatação esofagiana, dilatação da veia ázigos
     – 7. Tumor neurogênico, massa paravertebral
MASSAS MEDIASTINAIS
   FREQUÊNCIA
• “In the Mayo Clinic series,[14] about 75%
  of mediastinal masses in both adults and
  children were benign and completely
  resectable and 25% were malignant.”
Massas Mediastinais Anteriores
MEDIASTINO ANTERIOR
• LINFOMAS

• TUMORES DE CÉLULAS GERMINATIVAS

• LESÕES TÍMICAS

• MASSAS DA TIREÓIDE
MEDIASTINO ANTERIOR




            RadioGraphics 2007; 27:657–671
LINFOMA
• Neoplasia maligna composta de linfócitos, histiócitos
  e células inflamatórias.

• Classificação: Hodgkin x não Hodgkin

• Hodgkin : 20 a 40 %;

• subtipos de Hodgkin: esclerose nodular (mais
  comum), celularidade mista, linfocítico e depleção
  linfocitária
LH: ESTADIAMENTO
LINFOMA DE HODGKIN
• Faixa etária: bimodal ( 25 -30 anos e > 70 anos)

• 67% tem envolvimento intratorácico na apresentação
  (adenopatia mediastinal anterior e/ ou superior)

• Múltiplos grupos de linfonodos são afetados (aparência
  lobulada no RX)

• Envolvimento bilateral, progressão contígua entre as cadeias
•
• Pode haver envolvimento da pleura, pericárdio e parede
  torácica anterior. 15 a 40% dos pacientes tem envolvimento
  pulmonar (extensão direta ou nódulos pulmonares)

Outros achados: derrame pleural, consolidação,
                erosões esternais
LINFOMA DE HODGKIN




Massa com borda lobulada em                                        Massa de partes moles no
                                       Deslocamento posterior da   mediastino anterior com áreas de
mediastino anterior. LN mediastinais   traquéia pelo tumor
e hilares;                                                         baixa atenuação
LINFOMA NÃO HODGKIN
• 4 vezes mais comum que o LH;

• Terceira malignidade mais comum em crianças;

• Classificação: 3 graus (baseada em histologia e
  prognóstico);

• Não há estadiamento específico, a maioria dos
  pacientes está em estágio avançado: Ann Arbor é
  usado;

• Idade média: 55 anos
LINFOMA NÃO HODGKIN
• Na apresentação: 40% a 43% dos pacientes com
  doença intratorácica, com 87% destes tendo
  linfadenopatia hilar e mediastinal;

• Envolve mediastino médio (mais comum), posterior e
  ângulos cardiofrênicos ;

• Ao contrário do LH, o LNH aparece como uma única
  grande massa conglomerada de linfonodos, mais do
  que linfonodos individuais aumentados.

• Outros locais: pulmão, pleura e pericárdio;
LINFOMA NÃO HODGKIN




    DIFUSO, DE GRANDES CÉLULAS TIPO B
TUMORES DE CÉLULAS GERMINATIVAS
Benignos:
• Teratoma maduro

Malignos:
• Teratocarcinoma
• Seminoma
• Tumor do seio endodérmico
• Carcinoma de células embrionárias
• coriocarcinoma
TUMORES DE CÉLULAS GERMINATIVAS
• Seminomas x não-seminomas (teratoma, CA de
  células embrionárias, tumor de seio endodérmico ou
  de saco germinativo, coriocarcinoma)

• 20 - 40 anos

• H=M
• Malignos: alfafetoproteína, HCG

• Papel importante da TC
NEOPLASIAS SEMINOMATOSAS
• 30 a 50% dos tumores de células germinativas
• Mais comum tumor maligno primário de células
  germinativas
• Menos agressivas que os tumores não-
  seminomatosos
• Jovens do sexo masculino
• TC: grandes massas com bordos demarcados,
  geralmente com atenuação homogênea (pode ter
  áreas de alta e baixa atenuação de permeio –
  hemorragia/ necrose)
• TTO: RTX, cura em 80%
SEMINOMA




Massa que se projeta à esquerda                          Massa anterior no mediastino
da linha média, com desvio da
traquéia para direita




                                   Massa de partes moles que desloca traquéia e esôfago para
                                   direita, com área hipodensa em aspecto posterior esquerdo. A
                                   massa circunda os grandes vasos;
NEOPLASIAS NÃO-SEMINOMATOSAS

• mais agressivas que as seminomatosas

• altos níveis de alfafetoproteína e HCG

• Teratomas: tumores não-seminomatosos mais
  comuns; tumor de células germinativas mais comum;
  benigno/ maligno
TERATOMA BENIGNO
• mulheres jovens
• assintomáticas
• achado incidental
• RX: grandes massas arredondadas no mediastino
  anterior (em frente à raiz da aorta e da artéria
  pulmonar). Calcificação, ossificação ou dentes
  podem ser vistos
• TC: grandes massas císticas com elementos das
  diferentes camadas celulares germinativas
TERATOMA BENIGNO
• TERATOMA CÍSTICO BENIGNO (cisto dermóide):
  predomina derivados ectodérmicos (pele, cabelos,
  sebo, calcificação)

• TC: capa espessa que se impregna pelo contraste e
  calcificações curvilíneas

• 50% tem tecido adiposo: se o cisto rompe no
  pericárdio ou pleura: nível hidrolipídico
TERATOMA




GRANDE MASSA CÍSTICA E SÓLIDA, COM GORDURA, LÍQUIDO E CALCIFICAÇÕES
NO SEU INTERIOR. DESVIO DO MEDIASTINO PARA ESQUERDA. A MASSA ENVOLVE
MEDIASTINO ANTERIOR, MÉDIO E POSTERIOR.
TERATOMA MALIGNO
• Adultos jovens
• H>M
• RX: semelhante ao teratoma benigno; diferenças: contorno
  mais lobulado; raramente tem calcificações; nunca tem
  densidade de gordura
• Mx: pulmões, ossos, pleura
• TC: massa com borda irregular, com cápsula espessa que
  realça pelo contraste
• Menos císticos, áreas entremeadas de realce e de baixa
  atenuação - hemorragia e necrose
• TTO: QTX neoadjuvante + cirurgia
TERATOMA MALIGNO
TIMO
• Retroesternal, atrás do manúbrio

• Anterior a aorta ascendente proximal e VCS distal

• RN: maior que o coração

• Em crianças maiores: pode estender-se
  inferiormente e ocupar o espaço anterior do coração

• FORMA: ponta de seta (62%), bilobada (32%),
  unilobar (6%)
TIMO
• Forma geralmente simétrica

• LE > LD (cada lobo é circundado por uma cápsula fibrosa)
• RX: timo normal- altera de tamanho e forma da massa
  mediastinal anterior na expiração e inspiração

• TC: timo normal- ajusta-se ao espaço anterior dos grandes
  vasos, atenuação de cerca de 30UH

• A TC detecta o timo normal em 83% dos pacientes com menos
  de 50 anos e em 17% dos pacientes com mais de 50 anos)

• RM: timo tem sinal semelhante ao músculo em T1 e
  intensidade de sinal maior que a do músculo nas sequencias
  ponderades em T2
HIPERPLASIA TÍMICA
• Massa mediastinal mais comum da infância até a
  puberdade

• Histo: hiperplasia dos centros germinativos

• Associação: hipertireoidismo, miastenia gravis,
  acromegalia, doença de Addison

• Hiperplasia rebote: crianças, recuperação de doenças
  graves (queimaduras, Cushing, quimio). O timo
  cresce mais de 50% do normal transitoriamente.
HIPERPLASIA TÍMICA - TC
• Aumento difuso e simétrico da glândula

• A glândula se ajusta a forma das estruturas
  adjacentes

• Atenuação ligeiramente maior que a dos músculos
  adjacentes;
HIPERPLASIA TÍMICA




ANTES   3 MESES APÓS QTX ( PARA RABDOMIOSSARCOMA)
CISTOS TÍMICOS
• 1 a 2% das massas mediastinais, mais em crianças

• Geralmente simples

• Etiologia: congênitos, inflamatórios, neoplásicos ou
  pós-operatórios

• Geralmente assintomáticos

• Se hemorragia dentro do cisto: dor pleurítica
CISTOS TÍMICOS

• RX: difícil de diferenciar cisto tímico de outra massa
  não lobulada

• TC: atenuação de líquido. Se hemorragia, a
  atenuação pode aumentar

• RM: os cistos mostram hipossinal em T1 e hipersinal
  em T2
TIMOMA
• É a neoplasia primária mais comum do mediastino anterior

• 50 – 60 anos
• H=M

• Classificação: timoma encapsulado; localmente invasivo,
                 metastatizante e carcinoma tímico

• 30 a 35% são malignos

• Geralmente assintomáticos

• Se sintomas: compressivos, síndromes paratímicas (miastenia
  gravis);
TIMOMA




    RadioGraphics 2011; 31:1847–1861
TIMOMA
• RX: anterior a aorta ascendente, acima do tronco da artéria
  pulmonar

• TC: massas bem definidas, densidade homogênea,
  impregnação uniforme pelo contraste; podem ter áreas de
  menor atenuação (necrose, cistos) e calcificações

• Timomas malignos: atenuação heterogênea, podem obliterar
  os planos de gordura mediastinais

• A TC também detecta disseminação pleural e pericárdica

• A RM não é superior a TC nestes tumores
TIMOMA

                            PEQUENA MASSA
                            MEDIASTINAL
                            ANTERIOR




    MASSA ARREDONDADA,
    BEM DELIMITADA, EM
    CONTATO COM A AORTA
    ASCENDENTE, COM
    REALCE PELO
    CONTRASTE. ÁREA FOCAL
    DE HIPODENSIDADE NA
    LATERAL DIREITA.
Timoma
TIREOIDE
• Bócio multinodular, adenoma ou carcinoma

• As massas se extendem para baixo, do mediastino
  superior para o anterior

• Tecido tireoideo ectópico (sem conexão com a
  tireoide) no mediastino anterior é incomum
BÓCIO MULTINODULAR
   INTRATORÁCICO (SUBESTERNAL)

• 10% das massas mediastinais

• 75 a 80% são encontradas no mediastino
  anterior (o restante no posterior)

• Assintomáticos ou sintomas compressivos
  (traquéia, laringeo recorrente, esôfago)
BÓCIO
• RX: aparência lobulada e bem definida, geralmente
  deslocam ou estreitam a traquéia, em geral anterior
  e lateral a traquéia (pode ser posterior)

• TC: calcificações (nodular, curvilínea, circunferencial).
  Antes do contraste, atenuação > 100 UH. Após, alta e
  prolongada impregnação (> de 2 min)

• RM: em T1, intensidade semelhante a dos músculos,
  com áreas de hiper e hipossinal (áreas císticas e
  hemorrágicas). Em T2, intensidade de sinal
  heterogênea
BÓCIO SUBESTERNAL




A: MASSA PARATRAQUEAL DIREITA, DESLOCAMENTO DA TRAQUÉIA PARA ESQUERDA;
B: MASSA TAMBÉM É POSTERIOR À TRAQUÉIA;
C – D: MASSA NO LD DA TIREÓIDE ATÉ O MEDIASTINO MÉDIO E POSTERIOR. CALCIFICAÇÕES
EM FLOCOS.
BÓCIO
CARCINOMA DA TIREOIDE
              INTRATORÁCICO
• Raro

• Extensão da condição maligna do pescoço

• Crescimento rápido, pacientes sintomático

• TC ou RM: raramente distingue massas benignas das
  malignas. As malignas podem ser bem ou mal definidas, com
  áreas de hemorragia ou calcificação idênticas as benignas

• Após contraste: CA tem impregnação periférica não-
  homogênea

• Linfadenopatia e invasão dos planos gordurosos mediastinais;
Tumor de Tireóide
• Menos de 5% das glândulas aumentadas produzem
  um bócio retroesternal. Podem ser assintomáticos ou
  produzir disfagia e estridor.

• Etiologia:
   – Alargamento não tóxico da glândula
   – Tireotoxicose
   – Carcinoma
   – Doença de Hashimoto
Tumor de Tireóide
• Radiologia: Comumente projeta-se no lado
  direito do mediastino, com desvio da traquéia
  para a esquerda e em alguns casos são
  retrotraqueiais desviando o esôfago e
  traquéia.

• Podem ocorrer calcificações e hemorragias
CARCINOMA DE TIREOIDE




   MASSA, DESVIO DA TRAQUÉIA E MX PULMONARES
Carcinoma de Tireóide   Adenoma de Tireóide
ADENOMA DE PARATIREOIDE
• 10 a 20% da população: paratireoides ectópicas

• Mediastino anterior (62 a 81%) e posterior (20%)

• Encontradas em pacientes com hipercalcemia persistente
  após paratireoidectomia

• Adenoma, carcinoma

• TC: identifica adenomas > 2,0cm de diâmetro. Difícil de
  diferenciar adenomas menores de linfonodos

• RM: hipossinal em T1 e hiperssinal em T2;
TUMORES TERATODERMÓIDES
• Cisto dermóide: tecidos ectodérmicos
• Teratomas maligno e benigno: tecidos ectodérmicos,
  mesodérmicos e endodérmicos
• Geralmente assintomáticos, porém podem ocasionar
  dispnéia, tosse e dor torácica e até tornarem-se
  infectado.
• Radiologia: massa de tecidos moles arredondada ou
  oval, geralmente bem definidos, pode conter bordos
  periféricos ou nódulos centrais de calcificação e nível
  líquido-gorduroso.
DEPOSIÇÃO GORDUROSA
• Achado incidental

• Radiologia: alargamento do mediastino superior e
  grandes coxins de gordura epicárdica em pacientes
  obesos, com síndrome de Cushing ou que recebem
  corticosteróides

• DD: hemorragia mediastinal, linfadenopatia ou
  aneurisma dissecante de aorta.
GORDURA EPIPERICÁRDICA
GORDURA EPIPERICÁRDICA
CISTO PLEUROPERICÁRDICO
• Assintomáticos

• 75% ocorrem no ângulo cardiofrênico anterior direito

• Radiologia: massa de tecido moles triangular, oval ou
  arredondada no mediastino anterior ou médio;
  podem mudar sua posição durante a respiração.
RadioGraphics 2002; 22:S79–S93
HÉRNIA DE MORGAGNI
• Defeito     do       desenvolvimento        persistente
  anteriormente ao diafragma, entre os septos
  transversos e as origens costais direita e esquerda do
  diafragma sendo que 90% apresentam-se no ângulo
  cardiofrênico anterior direito.

• Podem conter omento quando pequenas e cólon
  transverso, fígado, estômago e intestino delgado
  quando grandes.

• Geralmente assintomática, porém pode produzir dor
  torácica retroesternal, desconforto epigástrico e
  dispnéia.
Hérnia de Cólon Transverso
RadioGraphics 2004; 24:1714–1718
Massas do Mediastino Médio
MEDIASTINO MÉDIO




           RadioGraphics 2007; 27:657–671
LINFONODOMEGALIAS

• Grupos paratraqueal, traqueobrônquico,
  broncopulmonar e subcarinal.

• Geralmente assintomáticos, porém podem produzir
  tosse e dispnéia.

• Etiologia: doença metastática, linfoma, leucemia,
  sarcoidose, tuberculose, histoplasmose.
Linfonodos aumentados em mediastino médio, em paciente
              com história de tuberculose
ANEURISMA DE AORTA
• Apresentam-se como uma massa mediastinal ou alargamento
  do mediastino, podendo produzir dor torácica, dor lombar,
  incompetência da válvula aórtica, rouquidão e disfagia.

• Etiologia: aterosclerose, hipertensão, trauma torácico, aortite
  sifilítica, anomalias congênitas(coarctação da aorta, síndrome
  de Marfan e de Ehlers-Danlos).

• Radiologia: massas ovais ou arredondadas, com limites
  definidos e algumas vezes bordos de calcificação periférica.
  Podem envolver ossos adjacentes ocasionando entalhes
  erosivos. Desvio do bordo periférico da calcificação para fora
  da parede da aorta indica uma dissecção.
ANEURISMA DE AORTA
• Aneurisma dissecante:

Tipo A: envolvem aorta ascendente, arco e aorta
  descendente

Tipo B: envolvem aorta descendente
Aneurisma de arco aórtico



                            Aneurisma de aorta descendente
DILATAÇÃO DA VEIA CAVA SUPERIOR
• Produzida por pressão venosa central elevada.

• Etiologia: insuficiência cardíaca congestiva, doença da válvula
  tricúspide, pericardite constritiva, cardiomiopatia, tumor do
  átrio direito, drenagem venosa pulmonar anômala ou tumor
  mediastinal

• Rx: alargamento da parte superior do mediastino à direita
CISTO BRONCOGÊNICO

• Cistos de paredes finas revestidos por epitélio colunar ciliado
  de origem respiratória contendo material mucóide.

• Geralmente assintomáticos

• Radiologia: massa de tecidos moles arredondada ou oval,
  freqüentemente à direita, próximo à carina, podendo mudar
  de forma com a respiração e, em caso de ruptura para árvore
  brônquica, nível hidroaéreo
Cisto Broncogênico
Densidade de 45 UH compatível com
material mucóide
RadioGraphics 2002; 22:S79–S93
RadioGraphics 2002; 22:S79–S93
CISTOS DE DUPLICAÇÃO DO ESÔFAGO
• 10 a 20% das duplicações do trato alimentar
• Estruturas cheias de líquido que se originam da parede do
  esôfago ou adjacentes a ela
• Origem: vacúolos na luz esofágica, 5-8ª semanas, sem
  comunicação entre o cisto e a luz esofágica;
• Mucosa gástrica ectópica
• Assintomáticos ou sintomas compressivos;
• RX de tórax: massas mediastinais médias ou posteriores;
• Contrastados: lesão intra ou extramural
• TC e RM: confirmam a natureza cística destas massas, as quais
  devem ser bem próxiams ao esôfago
CISTOS DE DUPLICAÇÃO DO
            ESÔFAGO




ESTRUTURA TUBULAR NO MEDIASTINO POSTERIOR SEGUINDO O CURSO DO ESÔFAGO
COM ATENUAÇÃO IGUAL A DA ÁGUA.
RadioGraphics 2002; 22:S79–S93
Massas Mediastinais Posteriores
MEDIASTINO POSTERIOR




             RadioGraphics 2007; 27:657–671
TUMORES NEUROGÊNICOS
• Crianças: ganglioneuroma(neoplasma composto de fibras
  nervosas e células ganglionares maduras) e
  neuroblastoma(sarcoma que consiste em neuroblastos
  malignos) – surgem no gânglio simpático torácico

• Adultos: neurofibroma(tumor geralmente benigno de nervos
  periféricos) e neurilemoma ou schwannoma(tipo mais comum
  de tumor neurogênico, usualmente isolado, encapsulado e
  benigno) – desenvolvem-se dos nervos costais periféricos
TUMORES NEUROGÊNICOS

• Geralmente assintomáticos, porém podem produzir
  dor nas costas e estenderem-se através do forame
  intervertebral produzindo uma síndrome
  compressiva da medula(tumores em Halteres).

• Radiologia: massa arredondada ou oval com limites
  bem definidos na goteira paravertebral, projetando-
  se geralmente para um lado do mediastino posterior.
TUMORES NEUROGÊNICOS

• Achados característicos:
• Ganglioneuroma: massa de tecidos moles
  alongadas
• Neurofibroma: massa circular
• Neuroblastoma: espículas centrais ou um
  bordo periférico de calcificação
Neurofibroma
RadioGraphics 2002; 22:911–934
LESÕES DE ESÔFAGO
•   Neoplasias
•   Cistos de duplicação
•   Divertículos
•   Dilatação difusa
•   Hérnias de hiato
•   Varizes paraesofágicas
CARCINOMA DE ESÔFAGO
• 4 a 10% das malignidades gastrointestinais
• FR: álcool, tabagismo, DRGE, carcinógenos ingeridos,
  danos à mucosa
• O carcinoma de células escamosas é o mais comum.
  Adenocarcinoma fica em segundo lugar (FR: esôfago de
  Barret)
• Sintomas: disfagia progressiva e perda de peso; dor
  torácica, rouquidão, anemia
CARCINOMA DE ESÔFAGO: IMAGENS
• RX simples: alargamento do mediastino (pelo tumor ou
  dilatação esofágica próxima a obstrução), espessamento do
  ângulo traqueoesofágico. Desvio da traquéia

• RX contrastado: lesão achatada, em placa, ulceração central;
  irregularidades de mucosa; estreitamento luminal – obstrução

• TC: massa intratorácica, espessamento de paredes de esôfago,
  perda dos planos gordurosos adjacentes, acometimento d
  linfonodos

• RM: define melhor a relação da massa esofágica com as
  estruturas adjacentes;
CARCINOMA DE ESÔFAGO




MASSA NO MEDIASTINO MÉDIO E POSTERIOR, COM NÍVEL HIDROAÉREO AO LONGO DO LADO DIREITO
ARQUEAMENTO ANTERIOR DA TRAQUÉIA




                                   MASSA LOBULADA HETEROGÊNEA, COM
                                   DESLOCAMENTO E ULCERAÇÃO DO ESÔFAGO
HÉRNIAS DE HIATO
• Por deslizamento, paraesofágica e mista

• Por deslizamento: junção gastroesofágica acima do diafragma.
  Podem ser reduzida com variações na pressão abdominal

• RX de tórax: nível hidroaéreo em massa atrás do coração

• TC: hiato esofágico aumentado, herniação do estômago,
  tecido adiposo, e às vezes líquido ascítico

• Assintomáticas ou refluxo, regurgitação, dor abdominal e
  disfagia
HÉRNIAS DE HIATO
• Hénias paraesofágicas: herniação do
  estômago anteriormente ao esôfago, com a
  junção gastroesofágica em posição normal

• Complicações: gastrite hemorrágica, úlceras
  gástricas e volvo gástrico
HÉRNIA DE HIATO
• Causa comum de massa mediastinal

• Pode ser assintomática ou produzir dispnéia, dor
  torácica retroesternal e desconforto epigástrico.

• Radiologia: massa de tecidos moles arredondada,
  com nível hidroaéreo, localizando-se à esquerda em
  70% dos casos. Hérnias maiores podem conter
  também fígado, omento e intestino delgado.
HÉRNIA DE HIATO
HÉRNIA DE BOCHDALEK
• Defeito persistente do desenvolvimento posterior do
  diafragma, produzido por uma incompetência da membrana
  do canal pleuroperitoneal de se fundir com o mesentério
  esofagiano dorsal medialmente e a parede corporal
  lateralmente. A maioria(90%) ocorre no hemidiafragma
  esquerdo e podem conter gordura retroperitoneal, rim, baço e
  até a flexura esplênica do cólon e intestino delgado.

• Em neonatos pode ocasionar um distúrbio respiratório, e em
  adultos pode levar a desconforto abdominal ou em ambas as
  idades serem assintomáticos.
MENINGOCELE TORÁCICA LATERAL




                RadioGraphics 2002; 22:S79–S93
Outras Lesões Mediastinais
CONDIÇÕES DIVERSAS
• MEDIASTINITE: pneumomediastino, alargamento de
  mediastino superior, derrame pleural

• HEMORRAGIAS MEDIASTINAIS: trauma é a causa
  mais comum. Alargamento do mediastino no RX

• PNEUMOMEDIASTINO: ruptura alveolar, ruptura de
  estruturas mediastinais, perfuração de faringe,
  traquéia ou esôfago, etc.

• LIPOMATOSE MEDIASTINAL: alargamento do
  mediastino superior com borda lobulada;
PNEUMOMEDIASTINO
• Geralmente apresenta-se como achado incidental, entretanto
  pode ocasionar dor torácica com piora a respiração ou a
  deglutição.

• Etiologia: perfuração de esôfago após endoscopia, síndrome
  de Mallory-Weiss, ruptura de brônquio ou traquéia após
  broncoscopia ou trauma torácico, pressão de ventilação
  positiva intermitente, asma, pneumoperitônio, etc.

• Radiologia: grandes volumes podem ser identificados na
  região cervical em radiografias de tórax em PA e volumes
  menores em imagens laterais, atrás do coração ou esterno.
PNEUMOMEDIASTINO




         RadioGraphics 2000; 20:1043–1057
HEMORRAGIA MEDIASTINAL


• Ocorre após trauma fechado ou penetrante,
  ruptura de aneurisma da aorta ou problemas
  da coagulação sanguínea
ARTÉRIAS CORONÁRIAS
ATEROSCLEROSE
TC DE CORONÁRIAS
Mediastino

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  • 1. MEDIASTINO - DIAGNÓSTICO POR IMAGEM UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE CLÍNICA MÉDICA DIAGNÓSTICO POR IMAGEM PROF. CARLOS JESUS
  • 4. MEDIASTINO Volume 2, Number 4 November 1982 RadioGraphics
  • 6. MEDIASTINO Volume 2, Number 4 November 1982 RadioGraphics
  • 10. MEDIASTINO RadioGraphics November 1982 Volume 2, Number 4
  • 11. MEDIASTINO RadioGraphics November 1982 Volume 2, Number 4
  • 18. MEDIASTINO - DIVISÃO DIDÁTICA RadioGraphics November 1982 Volume 2, Number 4
  • 21. MEDIASTINO • 1- Corpo do esterno; • 2- Parte ascendente da aorta; • 3- Veia cava superior. Formada pela união das veias braquiocefálicas direita e esquerda na altura do ângulo do esterno. Localiza-se ao lado direito da parte ascendente da aorta. É uma das três veias que desembocam no átrio direito (sendo as outras duas: veia cava superior e o seio coronário); • 4- Tronco pulmonar. Origina-se do ventrículo direito, fazendo parte de sua configuração anatômica. No interior do ventrículo direito a crista supraventricular delimita a área de saída do ventrículo, iniciando uma região lisa denominada de cone arterial, que origina o tronco pulmonar. O tronco pulmonar é uma artéria de grande calibre que conduz sangue com alta concentração de dióxido de carbono para as artérias pulmonares (direita e esquerda), alcançando os pulmões; • 5- Artéria pulmonar direita. Oriunda do tronco pulmonar. Transporta sangue com alta concentração de dióxido de carbono para o pulmão direito; • 6- Átrio esquerdo. Observe que o átrio esquerdo está localizado anteriormente a parte torácica do esôfago; • 7- Parte torácica do esôfago; • 8- Parte descendente torácica da aorta; • 9- Veia ázigo. Origina-se da união da veia subcostal direita e lombar ascendente direita. No início de sua formação, a veia ázigo se comunica com a veia cava inferior. A veia ázigo ascende para o tórax, cruzando o mediastino inferior e superior, a sua direita. Arqueia-se sobre o hilo do pulmão direito, desembocando na veia cava superior. Pode ser uma via colateral de retorno venoso, comunicando diretamente as veias cavas superior e inferior; • 10 – Corpo da vértebra torácica; • 11- Medula espinal.
  • 23. MEDIASTINO • 1- Corpo do osso esterno; • 2- Átrio direito; • 3- Veia cava superior. Desembocando na região posterior do átrio direito; • 4- Cone arterial. Início do tronco pulmonar, localizado na região de saída do ventrículo direito, superiormente a crista supraventricular; • 5- Parte ascendente da aorta. Local da valva aórtica, constituída por três válvulas semilunares (direita, esquerda e posterior). As válvulas semilunares direita e esquerda estão relacionadas com os óstios das respectivas artérias coronárias; • 6- Átrio esquerdo; • 7- Ventrículo esquerdo; • 8- Veia pulmonar direita; • 9- Veia pulmonar esquerda; • 10- Parte descendente torácica da aorta; • 11- Parte torácica do esôfago.
  • 29.
  • 30.
  • 32.
  • 33. MEDIASTINO • Anterior – 1.Artéria nominada Tortuosa, Aumento dos linfonodos, bócio retroesternal e deposição de gordura – 2. Aumento dos linfonodos, aneurisma de aorta ascendente, timoma, tumor teratodermóide – 3. Coxim gorduroso epicárdico, abaulamento diafragmático, cisto peluroepicárdico • Média – 4. Aumento dos linfonodos, aneurisma de arco aórtico, artéria pulmonar aumentada, dilatação da veia cava superior, cisto broncogênico • Posterior – 5. Tumor Neurogênico, recesso faringoesofágico – 6. Hérnia de Hiato, aneurisma de aorta ascendente, dilatação esofagiana, dilatação da veia ázigos – 7. Tumor neurogênico, massa paravertebral
  • 34. MASSAS MEDIASTINAIS FREQUÊNCIA
  • 35. • “In the Mayo Clinic series,[14] about 75% of mediastinal masses in both adults and children were benign and completely resectable and 25% were malignant.”
  • 36.
  • 37.
  • 38.
  • 39.
  • 40.
  • 41.
  • 43. MEDIASTINO ANTERIOR • LINFOMAS • TUMORES DE CÉLULAS GERMINATIVAS • LESÕES TÍMICAS • MASSAS DA TIREÓIDE
  • 44. MEDIASTINO ANTERIOR RadioGraphics 2007; 27:657–671
  • 45. LINFOMA • Neoplasia maligna composta de linfócitos, histiócitos e células inflamatórias. • Classificação: Hodgkin x não Hodgkin • Hodgkin : 20 a 40 %; • subtipos de Hodgkin: esclerose nodular (mais comum), celularidade mista, linfocítico e depleção linfocitária
  • 47. LINFOMA DE HODGKIN • Faixa etária: bimodal ( 25 -30 anos e > 70 anos) • 67% tem envolvimento intratorácico na apresentação (adenopatia mediastinal anterior e/ ou superior) • Múltiplos grupos de linfonodos são afetados (aparência lobulada no RX) • Envolvimento bilateral, progressão contígua entre as cadeias • • Pode haver envolvimento da pleura, pericárdio e parede torácica anterior. 15 a 40% dos pacientes tem envolvimento pulmonar (extensão direta ou nódulos pulmonares) Outros achados: derrame pleural, consolidação, erosões esternais
  • 48. LINFOMA DE HODGKIN Massa com borda lobulada em Massa de partes moles no Deslocamento posterior da mediastino anterior com áreas de mediastino anterior. LN mediastinais traquéia pelo tumor e hilares; baixa atenuação
  • 49. LINFOMA NÃO HODGKIN • 4 vezes mais comum que o LH; • Terceira malignidade mais comum em crianças; • Classificação: 3 graus (baseada em histologia e prognóstico); • Não há estadiamento específico, a maioria dos pacientes está em estágio avançado: Ann Arbor é usado; • Idade média: 55 anos
  • 50. LINFOMA NÃO HODGKIN • Na apresentação: 40% a 43% dos pacientes com doença intratorácica, com 87% destes tendo linfadenopatia hilar e mediastinal; • Envolve mediastino médio (mais comum), posterior e ângulos cardiofrênicos ; • Ao contrário do LH, o LNH aparece como uma única grande massa conglomerada de linfonodos, mais do que linfonodos individuais aumentados. • Outros locais: pulmão, pleura e pericárdio;
  • 51. LINFOMA NÃO HODGKIN DIFUSO, DE GRANDES CÉLULAS TIPO B
  • 52. TUMORES DE CÉLULAS GERMINATIVAS Benignos: • Teratoma maduro Malignos: • Teratocarcinoma • Seminoma • Tumor do seio endodérmico • Carcinoma de células embrionárias • coriocarcinoma
  • 53. TUMORES DE CÉLULAS GERMINATIVAS • Seminomas x não-seminomas (teratoma, CA de células embrionárias, tumor de seio endodérmico ou de saco germinativo, coriocarcinoma) • 20 - 40 anos • H=M • Malignos: alfafetoproteína, HCG • Papel importante da TC
  • 54. NEOPLASIAS SEMINOMATOSAS • 30 a 50% dos tumores de células germinativas • Mais comum tumor maligno primário de células germinativas • Menos agressivas que os tumores não- seminomatosos • Jovens do sexo masculino • TC: grandes massas com bordos demarcados, geralmente com atenuação homogênea (pode ter áreas de alta e baixa atenuação de permeio – hemorragia/ necrose) • TTO: RTX, cura em 80%
  • 55. SEMINOMA Massa que se projeta à esquerda Massa anterior no mediastino da linha média, com desvio da traquéia para direita Massa de partes moles que desloca traquéia e esôfago para direita, com área hipodensa em aspecto posterior esquerdo. A massa circunda os grandes vasos;
  • 56. NEOPLASIAS NÃO-SEMINOMATOSAS • mais agressivas que as seminomatosas • altos níveis de alfafetoproteína e HCG • Teratomas: tumores não-seminomatosos mais comuns; tumor de células germinativas mais comum; benigno/ maligno
  • 57. TERATOMA BENIGNO • mulheres jovens • assintomáticas • achado incidental • RX: grandes massas arredondadas no mediastino anterior (em frente à raiz da aorta e da artéria pulmonar). Calcificação, ossificação ou dentes podem ser vistos • TC: grandes massas císticas com elementos das diferentes camadas celulares germinativas
  • 58. TERATOMA BENIGNO • TERATOMA CÍSTICO BENIGNO (cisto dermóide): predomina derivados ectodérmicos (pele, cabelos, sebo, calcificação) • TC: capa espessa que se impregna pelo contraste e calcificações curvilíneas • 50% tem tecido adiposo: se o cisto rompe no pericárdio ou pleura: nível hidrolipídico
  • 59. TERATOMA GRANDE MASSA CÍSTICA E SÓLIDA, COM GORDURA, LÍQUIDO E CALCIFICAÇÕES NO SEU INTERIOR. DESVIO DO MEDIASTINO PARA ESQUERDA. A MASSA ENVOLVE MEDIASTINO ANTERIOR, MÉDIO E POSTERIOR.
  • 60. TERATOMA MALIGNO • Adultos jovens • H>M • RX: semelhante ao teratoma benigno; diferenças: contorno mais lobulado; raramente tem calcificações; nunca tem densidade de gordura • Mx: pulmões, ossos, pleura • TC: massa com borda irregular, com cápsula espessa que realça pelo contraste • Menos císticos, áreas entremeadas de realce e de baixa atenuação - hemorragia e necrose • TTO: QTX neoadjuvante + cirurgia
  • 62. TIMO • Retroesternal, atrás do manúbrio • Anterior a aorta ascendente proximal e VCS distal • RN: maior que o coração • Em crianças maiores: pode estender-se inferiormente e ocupar o espaço anterior do coração • FORMA: ponta de seta (62%), bilobada (32%), unilobar (6%)
  • 63. TIMO • Forma geralmente simétrica • LE > LD (cada lobo é circundado por uma cápsula fibrosa) • RX: timo normal- altera de tamanho e forma da massa mediastinal anterior na expiração e inspiração • TC: timo normal- ajusta-se ao espaço anterior dos grandes vasos, atenuação de cerca de 30UH • A TC detecta o timo normal em 83% dos pacientes com menos de 50 anos e em 17% dos pacientes com mais de 50 anos) • RM: timo tem sinal semelhante ao músculo em T1 e intensidade de sinal maior que a do músculo nas sequencias ponderades em T2
  • 64. HIPERPLASIA TÍMICA • Massa mediastinal mais comum da infância até a puberdade • Histo: hiperplasia dos centros germinativos • Associação: hipertireoidismo, miastenia gravis, acromegalia, doença de Addison • Hiperplasia rebote: crianças, recuperação de doenças graves (queimaduras, Cushing, quimio). O timo cresce mais de 50% do normal transitoriamente.
  • 65. HIPERPLASIA TÍMICA - TC • Aumento difuso e simétrico da glândula • A glândula se ajusta a forma das estruturas adjacentes • Atenuação ligeiramente maior que a dos músculos adjacentes;
  • 66. HIPERPLASIA TÍMICA ANTES 3 MESES APÓS QTX ( PARA RABDOMIOSSARCOMA)
  • 67. CISTOS TÍMICOS • 1 a 2% das massas mediastinais, mais em crianças • Geralmente simples • Etiologia: congênitos, inflamatórios, neoplásicos ou pós-operatórios • Geralmente assintomáticos • Se hemorragia dentro do cisto: dor pleurítica
  • 68. CISTOS TÍMICOS • RX: difícil de diferenciar cisto tímico de outra massa não lobulada • TC: atenuação de líquido. Se hemorragia, a atenuação pode aumentar • RM: os cistos mostram hipossinal em T1 e hipersinal em T2
  • 69. TIMOMA • É a neoplasia primária mais comum do mediastino anterior • 50 – 60 anos • H=M • Classificação: timoma encapsulado; localmente invasivo, metastatizante e carcinoma tímico • 30 a 35% são malignos • Geralmente assintomáticos • Se sintomas: compressivos, síndromes paratímicas (miastenia gravis);
  • 70. TIMOMA RadioGraphics 2011; 31:1847–1861
  • 71. TIMOMA • RX: anterior a aorta ascendente, acima do tronco da artéria pulmonar • TC: massas bem definidas, densidade homogênea, impregnação uniforme pelo contraste; podem ter áreas de menor atenuação (necrose, cistos) e calcificações • Timomas malignos: atenuação heterogênea, podem obliterar os planos de gordura mediastinais • A TC também detecta disseminação pleural e pericárdica • A RM não é superior a TC nestes tumores
  • 72. TIMOMA PEQUENA MASSA MEDIASTINAL ANTERIOR MASSA ARREDONDADA, BEM DELIMITADA, EM CONTATO COM A AORTA ASCENDENTE, COM REALCE PELO CONTRASTE. ÁREA FOCAL DE HIPODENSIDADE NA LATERAL DIREITA.
  • 74.
  • 75. TIREOIDE • Bócio multinodular, adenoma ou carcinoma • As massas se extendem para baixo, do mediastino superior para o anterior • Tecido tireoideo ectópico (sem conexão com a tireoide) no mediastino anterior é incomum
  • 76. BÓCIO MULTINODULAR INTRATORÁCICO (SUBESTERNAL) • 10% das massas mediastinais • 75 a 80% são encontradas no mediastino anterior (o restante no posterior) • Assintomáticos ou sintomas compressivos (traquéia, laringeo recorrente, esôfago)
  • 77. BÓCIO • RX: aparência lobulada e bem definida, geralmente deslocam ou estreitam a traquéia, em geral anterior e lateral a traquéia (pode ser posterior) • TC: calcificações (nodular, curvilínea, circunferencial). Antes do contraste, atenuação > 100 UH. Após, alta e prolongada impregnação (> de 2 min) • RM: em T1, intensidade semelhante a dos músculos, com áreas de hiper e hipossinal (áreas císticas e hemorrágicas). Em T2, intensidade de sinal heterogênea
  • 78. BÓCIO SUBESTERNAL A: MASSA PARATRAQUEAL DIREITA, DESLOCAMENTO DA TRAQUÉIA PARA ESQUERDA; B: MASSA TAMBÉM É POSTERIOR À TRAQUÉIA; C – D: MASSA NO LD DA TIREÓIDE ATÉ O MEDIASTINO MÉDIO E POSTERIOR. CALCIFICAÇÕES EM FLOCOS.
  • 80. CARCINOMA DA TIREOIDE INTRATORÁCICO • Raro • Extensão da condição maligna do pescoço • Crescimento rápido, pacientes sintomático • TC ou RM: raramente distingue massas benignas das malignas. As malignas podem ser bem ou mal definidas, com áreas de hemorragia ou calcificação idênticas as benignas • Após contraste: CA tem impregnação periférica não- homogênea • Linfadenopatia e invasão dos planos gordurosos mediastinais;
  • 81. Tumor de Tireóide • Menos de 5% das glândulas aumentadas produzem um bócio retroesternal. Podem ser assintomáticos ou produzir disfagia e estridor. • Etiologia: – Alargamento não tóxico da glândula – Tireotoxicose – Carcinoma – Doença de Hashimoto
  • 82. Tumor de Tireóide • Radiologia: Comumente projeta-se no lado direito do mediastino, com desvio da traquéia para a esquerda e em alguns casos são retrotraqueiais desviando o esôfago e traquéia. • Podem ocorrer calcificações e hemorragias
  • 83. CARCINOMA DE TIREOIDE MASSA, DESVIO DA TRAQUÉIA E MX PULMONARES
  • 84. Carcinoma de Tireóide Adenoma de Tireóide
  • 85. ADENOMA DE PARATIREOIDE • 10 a 20% da população: paratireoides ectópicas • Mediastino anterior (62 a 81%) e posterior (20%) • Encontradas em pacientes com hipercalcemia persistente após paratireoidectomia • Adenoma, carcinoma • TC: identifica adenomas > 2,0cm de diâmetro. Difícil de diferenciar adenomas menores de linfonodos • RM: hipossinal em T1 e hiperssinal em T2;
  • 86. TUMORES TERATODERMÓIDES • Cisto dermóide: tecidos ectodérmicos • Teratomas maligno e benigno: tecidos ectodérmicos, mesodérmicos e endodérmicos • Geralmente assintomáticos, porém podem ocasionar dispnéia, tosse e dor torácica e até tornarem-se infectado. • Radiologia: massa de tecidos moles arredondada ou oval, geralmente bem definidos, pode conter bordos periféricos ou nódulos centrais de calcificação e nível líquido-gorduroso.
  • 87.
  • 88. DEPOSIÇÃO GORDUROSA • Achado incidental • Radiologia: alargamento do mediastino superior e grandes coxins de gordura epicárdica em pacientes obesos, com síndrome de Cushing ou que recebem corticosteróides • DD: hemorragia mediastinal, linfadenopatia ou aneurisma dissecante de aorta.
  • 91. CISTO PLEUROPERICÁRDICO • Assintomáticos • 75% ocorrem no ângulo cardiofrênico anterior direito • Radiologia: massa de tecido moles triangular, oval ou arredondada no mediastino anterior ou médio; podem mudar sua posição durante a respiração.
  • 92.
  • 93.
  • 95. HÉRNIA DE MORGAGNI • Defeito do desenvolvimento persistente anteriormente ao diafragma, entre os septos transversos e as origens costais direita e esquerda do diafragma sendo que 90% apresentam-se no ângulo cardiofrênico anterior direito. • Podem conter omento quando pequenas e cólon transverso, fígado, estômago e intestino delgado quando grandes. • Geralmente assintomática, porém pode produzir dor torácica retroesternal, desconforto epigástrico e dispnéia.
  • 96. Hérnia de Cólon Transverso
  • 99. MEDIASTINO MÉDIO RadioGraphics 2007; 27:657–671
  • 100. LINFONODOMEGALIAS • Grupos paratraqueal, traqueobrônquico, broncopulmonar e subcarinal. • Geralmente assintomáticos, porém podem produzir tosse e dispnéia. • Etiologia: doença metastática, linfoma, leucemia, sarcoidose, tuberculose, histoplasmose.
  • 101.
  • 102.
  • 103. Linfonodos aumentados em mediastino médio, em paciente com história de tuberculose
  • 104. ANEURISMA DE AORTA • Apresentam-se como uma massa mediastinal ou alargamento do mediastino, podendo produzir dor torácica, dor lombar, incompetência da válvula aórtica, rouquidão e disfagia. • Etiologia: aterosclerose, hipertensão, trauma torácico, aortite sifilítica, anomalias congênitas(coarctação da aorta, síndrome de Marfan e de Ehlers-Danlos). • Radiologia: massas ovais ou arredondadas, com limites definidos e algumas vezes bordos de calcificação periférica. Podem envolver ossos adjacentes ocasionando entalhes erosivos. Desvio do bordo periférico da calcificação para fora da parede da aorta indica uma dissecção.
  • 105. ANEURISMA DE AORTA • Aneurisma dissecante: Tipo A: envolvem aorta ascendente, arco e aorta descendente Tipo B: envolvem aorta descendente
  • 106. Aneurisma de arco aórtico Aneurisma de aorta descendente
  • 107.
  • 108. DILATAÇÃO DA VEIA CAVA SUPERIOR • Produzida por pressão venosa central elevada. • Etiologia: insuficiência cardíaca congestiva, doença da válvula tricúspide, pericardite constritiva, cardiomiopatia, tumor do átrio direito, drenagem venosa pulmonar anômala ou tumor mediastinal • Rx: alargamento da parte superior do mediastino à direita
  • 109. CISTO BRONCOGÊNICO • Cistos de paredes finas revestidos por epitélio colunar ciliado de origem respiratória contendo material mucóide. • Geralmente assintomáticos • Radiologia: massa de tecidos moles arredondada ou oval, freqüentemente à direita, próximo à carina, podendo mudar de forma com a respiração e, em caso de ruptura para árvore brônquica, nível hidroaéreo
  • 111. Densidade de 45 UH compatível com material mucóide
  • 114.
  • 115. CISTOS DE DUPLICAÇÃO DO ESÔFAGO • 10 a 20% das duplicações do trato alimentar • Estruturas cheias de líquido que se originam da parede do esôfago ou adjacentes a ela • Origem: vacúolos na luz esofágica, 5-8ª semanas, sem comunicação entre o cisto e a luz esofágica; • Mucosa gástrica ectópica • Assintomáticos ou sintomas compressivos; • RX de tórax: massas mediastinais médias ou posteriores; • Contrastados: lesão intra ou extramural • TC e RM: confirmam a natureza cística destas massas, as quais devem ser bem próxiams ao esôfago
  • 116. CISTOS DE DUPLICAÇÃO DO ESÔFAGO ESTRUTURA TUBULAR NO MEDIASTINO POSTERIOR SEGUINDO O CURSO DO ESÔFAGO COM ATENUAÇÃO IGUAL A DA ÁGUA.
  • 119. MEDIASTINO POSTERIOR RadioGraphics 2007; 27:657–671
  • 120. TUMORES NEUROGÊNICOS • Crianças: ganglioneuroma(neoplasma composto de fibras nervosas e células ganglionares maduras) e neuroblastoma(sarcoma que consiste em neuroblastos malignos) – surgem no gânglio simpático torácico • Adultos: neurofibroma(tumor geralmente benigno de nervos periféricos) e neurilemoma ou schwannoma(tipo mais comum de tumor neurogênico, usualmente isolado, encapsulado e benigno) – desenvolvem-se dos nervos costais periféricos
  • 121. TUMORES NEUROGÊNICOS • Geralmente assintomáticos, porém podem produzir dor nas costas e estenderem-se através do forame intervertebral produzindo uma síndrome compressiva da medula(tumores em Halteres). • Radiologia: massa arredondada ou oval com limites bem definidos na goteira paravertebral, projetando- se geralmente para um lado do mediastino posterior.
  • 122. TUMORES NEUROGÊNICOS • Achados característicos: • Ganglioneuroma: massa de tecidos moles alongadas • Neurofibroma: massa circular • Neuroblastoma: espículas centrais ou um bordo periférico de calcificação
  • 125. LESÕES DE ESÔFAGO • Neoplasias • Cistos de duplicação • Divertículos • Dilatação difusa • Hérnias de hiato • Varizes paraesofágicas
  • 126. CARCINOMA DE ESÔFAGO • 4 a 10% das malignidades gastrointestinais • FR: álcool, tabagismo, DRGE, carcinógenos ingeridos, danos à mucosa • O carcinoma de células escamosas é o mais comum. Adenocarcinoma fica em segundo lugar (FR: esôfago de Barret) • Sintomas: disfagia progressiva e perda de peso; dor torácica, rouquidão, anemia
  • 127. CARCINOMA DE ESÔFAGO: IMAGENS • RX simples: alargamento do mediastino (pelo tumor ou dilatação esofágica próxima a obstrução), espessamento do ângulo traqueoesofágico. Desvio da traquéia • RX contrastado: lesão achatada, em placa, ulceração central; irregularidades de mucosa; estreitamento luminal – obstrução • TC: massa intratorácica, espessamento de paredes de esôfago, perda dos planos gordurosos adjacentes, acometimento d linfonodos • RM: define melhor a relação da massa esofágica com as estruturas adjacentes;
  • 128. CARCINOMA DE ESÔFAGO MASSA NO MEDIASTINO MÉDIO E POSTERIOR, COM NÍVEL HIDROAÉREO AO LONGO DO LADO DIREITO ARQUEAMENTO ANTERIOR DA TRAQUÉIA MASSA LOBULADA HETEROGÊNEA, COM DESLOCAMENTO E ULCERAÇÃO DO ESÔFAGO
  • 129. HÉRNIAS DE HIATO • Por deslizamento, paraesofágica e mista • Por deslizamento: junção gastroesofágica acima do diafragma. Podem ser reduzida com variações na pressão abdominal • RX de tórax: nível hidroaéreo em massa atrás do coração • TC: hiato esofágico aumentado, herniação do estômago, tecido adiposo, e às vezes líquido ascítico • Assintomáticas ou refluxo, regurgitação, dor abdominal e disfagia
  • 130. HÉRNIAS DE HIATO • Hénias paraesofágicas: herniação do estômago anteriormente ao esôfago, com a junção gastroesofágica em posição normal • Complicações: gastrite hemorrágica, úlceras gástricas e volvo gástrico
  • 131. HÉRNIA DE HIATO • Causa comum de massa mediastinal • Pode ser assintomática ou produzir dispnéia, dor torácica retroesternal e desconforto epigástrico. • Radiologia: massa de tecidos moles arredondada, com nível hidroaéreo, localizando-se à esquerda em 70% dos casos. Hérnias maiores podem conter também fígado, omento e intestino delgado.
  • 133. HÉRNIA DE BOCHDALEK • Defeito persistente do desenvolvimento posterior do diafragma, produzido por uma incompetência da membrana do canal pleuroperitoneal de se fundir com o mesentério esofagiano dorsal medialmente e a parede corporal lateralmente. A maioria(90%) ocorre no hemidiafragma esquerdo e podem conter gordura retroperitoneal, rim, baço e até a flexura esplênica do cólon e intestino delgado. • Em neonatos pode ocasionar um distúrbio respiratório, e em adultos pode levar a desconforto abdominal ou em ambas as idades serem assintomáticos.
  • 134.
  • 135. MENINGOCELE TORÁCICA LATERAL RadioGraphics 2002; 22:S79–S93
  • 137. CONDIÇÕES DIVERSAS • MEDIASTINITE: pneumomediastino, alargamento de mediastino superior, derrame pleural • HEMORRAGIAS MEDIASTINAIS: trauma é a causa mais comum. Alargamento do mediastino no RX • PNEUMOMEDIASTINO: ruptura alveolar, ruptura de estruturas mediastinais, perfuração de faringe, traquéia ou esôfago, etc. • LIPOMATOSE MEDIASTINAL: alargamento do mediastino superior com borda lobulada;
  • 138. PNEUMOMEDIASTINO • Geralmente apresenta-se como achado incidental, entretanto pode ocasionar dor torácica com piora a respiração ou a deglutição. • Etiologia: perfuração de esôfago após endoscopia, síndrome de Mallory-Weiss, ruptura de brônquio ou traquéia após broncoscopia ou trauma torácico, pressão de ventilação positiva intermitente, asma, pneumoperitônio, etc. • Radiologia: grandes volumes podem ser identificados na região cervical em radiografias de tórax em PA e volumes menores em imagens laterais, atrás do coração ou esterno.
  • 139. PNEUMOMEDIASTINO RadioGraphics 2000; 20:1043–1057
  • 140.
  • 141. HEMORRAGIA MEDIASTINAL • Ocorre após trauma fechado ou penetrante, ruptura de aneurisma da aorta ou problemas da coagulação sanguínea