O documento discute as festas juninas modernas em comparação com as tradicionais, notando que as atuais perderam o significado rural e religioso original. Também critica as músicas e cantores de forró contemporâneos por serem de mau gosto e desconectados da cultura do campo.
Baile da Saudade / Loja Maçônica Segredo, Força e União de Juazeiro Ba
AGRISSÊNIOR NOTÍCIAS - Nº 625 an 20 junho_2017
1. AGRISSÊNIOR
NOTICIAS
Pasquim informativo e virtual.
Opiniões, humor e mensagens
EDITORES: Luiz Ferreira da Silva
(luizferreira1937@gmail.com) e
Jefferson Dias (jffercarlos@gmail.com)
Edição 625 – ANO XIII Nº 42 – 20 de junho de 2017
O SENTIMENTO RURAL E RELIGIOSO DAS FESTAS JUNINAS.
Luiz Ferreira da Silva, 80
As festas juninas de hoje, na maioria das
Cidades, nada têm a ver com a essência do
seu significado rural.
O que significa o São João Nordestino? Luiz
Gonzaga já contou, cantou e encantou a
todos nós através de suas belíssimas
canções. Do “olha pro céu meu amor” ao
“pula fogueira Iaiá”, dançando sob a beleza de
seus versos.
Não é uma simples festança, mas tem uma
conotação abrangente com o labor da terra, com
o homem rural e com a produção agrícola.
E mais: interativa com a divindade numa
sincronia fantástica. São José ajudando com
as chuvas; Santo Antônio dando uma forcinha
às meninas em idade de casamento; São
João provendo os alimentos; e São Pedro
protegendo as viúvas.
Então: TERRA, PRODUTOR RURAL, COLHEITA,
RELIGIOSIDADE, GRATIDÃO E AMOR.
E nesse contexto lúdico, a dança sob um
ritmo que fala as coisas do sertão, enobrece o
valor do trabalho rural e agradece a Natureza,
num linguajar da terra. Isso através de um
fantástico trio instrumental de alta sintonia
musical – sanfona, zabumba e triângulo, que
não deixa ninguém parado.
Nada a ver com as atuais bandas de forró,
com suas músicas de mau gosto e péssimos
cantores, eivadas de coreografias ridículas e
letras desconexas. Uma agressão sem igual a
uma cultura do homem do campo!
Chego a imaginar o Luiz Gonzaga com
Dominguinhos, lá no Céu, com lágrimas nos
olhos pela descaracterização do São João de
suas raízes, cantando em dueto:
A fogueira tá queimando
Em homenagem a São João
O forró já começou
Vamos gente, rapapé neste salão.
INJUSTIÇA MAIOR NÃO HÁ!
Ewerton Almeida
(“Diretor do IPC - Instituto Pensar Cacau”)
A crise hídrica que assola região do cacau e
que tende a se agravar tem origem e nome.
Todos sabem disso e se calam por muitos
interesses. Segundo relatório da Polícia
Federal a terrível praga da vassoura de bruxa
(terrorismo biológico), foi criminosa. Tal fato
gerou 300 mil desempregados diretos e fez
acontecer o fenômeno do Êxodo Rural
propiciando a que, 800 mil pessoas fugissem
do campo para passar a morar nas insalubres
periferias das cidades ou nas margens das
rodovias o que vem gerando um caos social
de consequências imprevisíveis.
A luta pela vida contra a vida instalou-se com
a derrubada de matas para sobrevivência, os
manguezais foram e continuam sendo
atacados ferozmente, os mananciais
passaram a desaparecer, vários riachos
secaram e os rios dantes volumosos e piscosos
estão afinando e passando a serem depósitos
de esgotos e dejetos outros e, tudo aconteceu e
2. tá acontecendo até hoje, sob as vistas
complacentes e coniventes dos governos
petistas e pela omissão das entidades
ambientalistas que nunca se expuseram no
combate a tudo aqui e agora apontado.
A comunidade também se omite e por tal, vem
pagando e vai pagar ainda muito caro ao
continuar achando como muitos, que os únicos
prejudicados com o crime praticado contra a
região serão única e exclusivamente os
produtores de cacau. INJUSTIÇA maior não há!
Continua a região esquecida de que, tudo de
bom acontecido na região e que veio através
do ICB (50 anos) e da CEPLAC (33 anos), foi
decorrente da taxa de retenção cambial
bancada pelos produtores de cacau,
independente do pagamento de todos os
impostos, taxas e tributos incidentes sobre a
agricultura de um modo geral. Um fato único e
isolado na história da agricultura brasileira e
mundial. INJUSTIÇA maior não há!
Independente de todas essas coisas, fatos e
atos inassimiláveis, o cacauicultor, a maior
vítima dessa situação exposta é ainda tratada
como vilão!
CEREAIS DE MERDA
Postado por Aloisio Guimarães
(In www.terradosxucurus.blogspot.com.br)
Era uma vez, um casal de velhos com 85
anos cada um, casados há 60 anos. Eles não
eram milionários, mas viviam bem com o que
haviam economizado.
Apesar da idade tinham boa saúde e isto
graças a ela, que insistia sempre para
comerem de forma saudável.
E além de tudo exercitavam-se
Contudo, um dia, apesar da vida saudável
não se salvaram: no regresso das únicas
férias fora do país, o seu avião caiu.
Subiram diretamente para o céu e chegaram
ao Paraíso, onde foram recebidos por São
Pedro. Ele levou-os a uma casa luxuosíssima
com moveis belíssimos, cozinha equipada
com tudo do que há de mais moderno e com
uma empregada à disposição.
Estavam estupefatos...
São Pedro disse-lhes:
- Bem-vindos ao Paraíso. Agora esta casa é vossa.
O velho perguntou a São Pedro quanto,
custava tudo aquilo.
- Nada - responde São Pedro - vocês viveram
como Deus ordenou e esta é a vossa
recompensa.
O velho olha pela janela e vê um campo de
golf de primeira classe, como nunca tinha
visto na terra. Ele pergunta a São Pedro:
- Quanto custa jogar neste clube?
- Estamos no Paraíso: é gratuito todos os dias.
Foram então ao restaurante do clube. Viram
uma mesa coberta com cada um dos bens de
Deus: frutos do mar, carne, sobremesas
exóticas, bebidas de todos os tipos...
-Nãomepergunte-disseSãoPedro-tudo égratuito.
O velho olha tudo um pouco nervoso, depois
olha a sua mulher e enfim pergunta a S. Pedro:
- Onde estão os dietéticos, sem gordura e
sem colesterol? E o café descafeinado?
- Aqui vocês podem comer de tudo que quiserem,
sem engordar e sem se preocuparem com
doenças. Vocês estão no Paraíso!
- Você diz-me que não é necessário fazer
caminhadas?
- Só se desejarem - responde São Pedro.
- Não sou obrigado a comer sem açúcar e
sem sal? Posso beber vinho e cerveja?
- Claro! Aqui você pode comer e beber tudo
que lhe der prazer!
O velho, então, olha bem para a mulher e diz:
- Você e os seus cereais de merda! Podíamos
estar aqui há mais de 10 anos!
A ALMA DIFERENTE
Artur da Távola
O mundo ainda não aprendeu a lidar com
seres humanos diferentes da média.
Diferente é quem foi dotado de alguns mais e
de alguns menos em hora, momento e lugar
errado. Para os outros. Que riem de inveja de
não serem assim. E de medo de não
aguentarem, caso um dia venham a ser. O
diferente é um ser sempre mais próximo da
perfeição. Nunca é um chato. Mas é sempre
confundido com ele por pessoas menos
sensíveis e avisadas. Supondo encontrar um
3. chato onde está diferente, talentos são
rechaçados; vitórias são adiadas; esperanças
são mortas. Um diferente medroso, este sim
acaba transformando-se num chato. Chato é
um diferente que não vingou.
O diferente começa a sofrer cedo, desde o
colégio, onde todos os demais de mãos
dadas, e até mesmo alguns professores por
omissão (principalmente os mais grossos), se
unem para transformar o que é peculiaridade
e potencial, em aleijão e caricatura. O que é
percepção aguçada em "- puxa, fulano, como
você é complicado". O que é o embrião de um
estilo próprio em "- Você não está vendo
como é que todo mundo faz?"
O diferente carrega desde cedo apelidos e
carimbos nos quais acaba se transformando.
Só os diferentes mais fortes do que o mundo à
sua volta se transformaram (e se transformam)
nos seus grandes modificadores.
Diferente é o que: chora onde outros xingam;
quer, onde outros cansam; espera, de onde já
não vem; sonha, entre realistas; concretiza,
entre sonhadores; fala de leite em reunião de
bêbados; cria, onde o hábito rotiniza; perde
horas em coisas que só ele sabe importantes;
diz sempre na hora de calar; cala sempre nas
horas erradas; fala de amor no meio da guerra;
deixa o adversário fazer o gol porque gosta
mais de jogar que de ganhar; aprendeu a
superar o riso, o deboche, o escárnio e a
consciência dolorosa de que a média é má
porque é igual; vê mais longe do que o
consenso; sente antes dos demais começarem
a perceber; se emociona enquanto todos em
torno agridem e gargalham.
A alma dos diferentes é feita de uma luz além.
A estrela dos diferentes tem moradas
deslumbrantes que eles guardam para os
poucos capazes de os sentir e entender.
Nessas moradas estão os maiores tesouros
da ternura humana. De que só os diferentes
são capazes. Jamais mexam com o
sentimento de um diferente. Ele é sensível
demais para ser conquistado sem que haja
consequência com o ato de o conquistar.
O BOM LADRÃO
Vinícius de Moraes
São horas, inclina o teu doloroso rosto sobre
a visão da velha paisagem quieta
Passeia o teu mais fundo olhar sobre os
brancos horizontes onde há imagens perdidas
Afaga num derradeiro gesto os cabelos de
tuas irmãs chorando
Beija uma vez mais a fronte materna.
São horas! Grava na última lágrima toda a
desolação vivida
Liberta das cavas escuras, ó grande bandido,
a tua alma, trágica esposa
E vai — é longe, é muito longe! — talvez toda
uma vida, talvez nunca...
Foi outrora... Dizem que primeiro ele andou
de mão em mão e muito poucos o quiseram
E que por ele foi transformada a face da vida
e que de medo o enterraram
E que desde então ninguém se atreve a
penetrar a terra bendita.
É a suprema aventura — vai! ele está lá... —
é tão maior que Monte-Cristo!
Está lá voltado paradamente para as estrelas claras
Aberto para a pouca fé dos teus olhos
Palpável para a insaciedade dos teus dedos.
Está lá, o grande tesouro, num campo
silencioso como os teus passos
Sob uma laje bruta como a tua inteligência
Numa cova negra como o teu destino humano.
No entanto ele é luz e beleza e glória
E se tu o tocares, a manhã se fará em todos
os abismos
Rompe a terra com as mesmas mãos com
que rompeste a carne
Penetra a profundidade da morte, ó tu que
jogas a cada instante com a tua vida
E se ainda assim te cegar a dúvida, toca-o,
mergulha nele o rosto sangrento
Porque ele é teu nesse momento, tu poderás
levá-lo para sempre
Poderás viver dele e só dele porque tu és dele
na eternidade.
Porém será muito ouro para as tuas arcas...
Será, deixa que eu te diga, muito ouro para as
tuas arcas...
Olha! a teus pés Jerusalém se estende e
dorme o sono dos pecadores
Além as terras se misturam como lésbicas
esquecidas
Mais longe ainda, no teu país, as tuas
desoladas te pranteiam
Volta. Traze o bastante para a consolação
dos teus aflitos
4. Tua alegria será maior porque há ulcerados
nos caminhos
Há mulheres perdidas chorando nas portas
Há judeus a espoliar pelas tavernas
Volta... Há tanto ouro no campo-santo
Que tua avareza seria vã para contê-lo
Volta... Ensina à humanidade a roubar o
arrependimento
Porque todo o arrependimento será pouco
para a culpa de ter roubado...
Porém tu serás o bom ladrão, tu estarás nas
chagas do peito...
BENZEDOR
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Vassourinha Scoparia dulcis e Arruda são típicas
plantas utilizadas em rituais de "reza" no Brasil
Benzedor, Curador ou simplesmente Rezador
é uma atividade, muitas vezes considerada
curandeirismo, destinada a curar uma pessoa
doente, aplicando sobre ela gestos, em geral
acompanhados por alguma erva com pretensos
poderes sobrenaturais, ao tempo em que se
aplica uma prece. Constitui-se num importante
elemento da cultura popular do Brasil, e tem
suas origens no sincretismo religioso.
Um estudo sobre tais práticas tanto pode ser
realizado nos parâmetros da antropologia
médica ou no âmbito da parapsicologia e
estudos da religião e cura pela fé. Em ambos
os casos a maioria das pesquisas referem-se
a estudos específicos de casos cura ou
descrição dos curadores com suas
respectivas crenças (com detalhadas
descrições das rezas e plantas utilizadas)
e/ou os itinerários terapêuticos e percepção
do "pacientes" sobre a doença e tratamento.
O Rezador
Apesar da resistência da ciência oficial, a
atividade muitas vezes impressiona pelos
seus efeitos, atribuídos pelos cientistas por
um componente subjetivo que é a fé daqueles
que se submetem à cura.
Ao contrário dos curandeiros, charlatães, e
outros aproveitadores, o Benzedor em geral é
alguém da própria comunidade, e que
recebeu os ensinamentos dos antigos,
sempre de forma oral - razão pela qual não há
registros sobre eventuais fórmulas, bem como
mantêm em segredo a oração que proferem -
geralmente não cobrando por suas atividades
(embora nada obste que o faça).
Origens
Os rezadores são típicos das regiões
remotas, onde os médicos são escassos, os
remédios alopatas inacessíveis. A origem nos
pajés indígenas é patente - sendo que na
Região Amazônica ambos os conceitos são
sinônimos - com a aplicação de elementos
próprios da religião cristã. Não se pode
descartar também a influência da cultura
africana nas regiões onde predominou a
colonização com mão de obra escrava.
Mesmerismo e magnetimo segundo o
Espiritismo
Para o Espiritismo o Benzedor está
intuitivamente aplicando os princípios do
"magnetismo espiritual", cujo estudo científico
iniciou-se no século XVIII com o Dr. Franz
Anton Mesmer (1734-1815).
Consta que o médico brasileiro Dr. Adolfo
Bezerra de Menezes Cavalcanti (1831-1900),
um dos fundadores da doutrina espírita no Brasil
enquanto vereador do Rio de Janeiro realizou
pesquisas sobre medicina medianímica
praticada na época, inclusive com pesquisa de
campo com o médium receitista João Gonçalves
do Nascimento (1844 - 1916) com parecer
favorável sobre sua eficácia.
5. Bibliografia
AZEVEDO, Teo. Plantas medicinais e
bezeduras (como curar com ervas e rezas).
SP, Topo-Livros, 1980
FONSECA, Dyana Joy S.; RIBEIRO, Idalva
C.; COSTA Jeferson M. Plantas usadas nas
práticas de cura por benzedores do bairro do
Algodoal, município de Abaetetuba, Pará
Ttrabalho apresentado no 64º Congresso
Nacional de Botânica Belo Horizonte, 10-15
de Novembro de 2013 PDF Jul. 2014
LIMA, Luiz da Rocha. Medicina dos espíritos.
RJ, Atheneu, 1983
MELLO, Jacob O Passe, seu estudo, suas
técnicas, sua prática - FEB, Rio de Janeiro, 1991.
OLIVEIRA, Elda Rizzo. O que é benzeção
(coleção Primeiros Passos). São Paulo, 1985.
OLIVEIRA, Érica Caldas Silva; TROVÃO,
Dilma Maria de Brito Melo. O uso de plantas
em rituais de rezas e benzeduras: um olhar
sobre esta prática no estado da Paraíba. R.
bras. Bioci., Porto Alegre, v. 7, n. 3, p. 245-
251, jul./set. 2009 PDF Jul. 2014
MEDEIROS, Lis Cardoso Marinho;
AZEVEDO, Gláucia Antonia Viana de;
MACHADO, Fábio Mota and SOUSA, Simone
Ramos de. As práticas populares de cura
utilizadas por rezadores no povoado Brejinho,
município de Luiz Correia - PI. Esc. Anna
Nery [online]. 2007, vol.11, n.1 PDF Jul.2014
A POESIA DA SEMANA
PULA A FOGUEIRA
Getúlio Marinho
(Imortalizada por Luiz Gonzaga)
Pula a fogueira ia ia
Pula a fogueira io io
Cuidado para não se queimar
Olha que a fogueira já queimou
O meu amor (2x)
Nesta noite de festança
Todos caem na dança
Alegrando o coração
Foguetes, cantos e troça
Na cidade e na roça
Em louvor a São João
Nesta noite de folguedo
Todos brincam sem medo
A soltar seu pistolão
Morena flor do sertão
Quero saber se tu és
Dona do meu coração.
A PIADA DA SEMANA
A velhinha morre e vai ao encontro de São
Pedro.
Ela pergunta:
– Por que existem duas portas ali, uma azul e
outra vermelha?
São Pedro então lhe diz:
– A azul leva ao Céu, a vermelha desce ao Inferno.
Você pode escolher para onde quer ir.
Nisso, ouve-se uma gritaria e um barulho de
furadeira atrás da porta azul.
– Mas o que é isto? Pergunta a velhinha.
Nada não; é um cara que acabou de chegar e
estão lhe furando as costas para por as asas.
A velhinha fica indecisa quando de repente,
ouve-se nova gritaria por trás da porta azul.
– E esta gritaria agora, o que é?
– Nada não; é que estão furando a cabeça do
cara para por a aureola.
– Nossa, que horror! Eu não quero ir pro céu,
vou pro Inferno mesmo.
– Mas, minha senhora, lá o Diabo vai lhe foder!
– Deus te ouça, pelo menos os buracos já
estão prontos!
oOo
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