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AGRISSÊNIOR
NOTÍCIAS
Pasquim informativo virtual.
Opiniões, humor e mensagens.
EDITORES: Luiz Ferreira da Silva
(luizferreira1937@gmail.com) e
Jefferson Dias :jeffcdiass@gmail.com)
Edição 462 – ANO X

Nº 26 – 12 de fevereiro de 2014

COPA- PÃO E CIRCO
Luiz Ferreira da Silva
Engenheiro agrônomo e Escritor.
Poderosos iludindo os otários
Desde o império romano todos enganados
Assim mesmo, batiam palmas aos algozes.
De retorno, pão e circo, bando de safados!
Hoje, nada mudou
No Brasil, povo sem muita percepção
Embeveceu-se com a copa
E nem se apercebeu da enganação
Bilhões jogados nos ralos
Estádios, antes a alegria do povão
Depois do glacê, arenas para os ricos
Muito sacrifício em vão
Mas somos uma pujança, diz a Chefe
Será a copa das copas com muito primor
Não interesse a miséria ao redor
As arenas, sim, um esplendor

E depois o que fazer com os elefantes branco
s?
Não nos preocupa Isso é outra conversa
O dinheiro já fez a alegria de muitos
Se reclamarem a polícia dispersa.
E o Brasil se embica para os “quintos”
Pibinho, inflação, dívida interna
Caos na educação, saúde, segurança, transp
orte
O povão sem tirocínio se hiberna
Mas o pão e circo um dia pode zebrar
Uma onda cidadã acorda e toma tenência
Corruptos banidos, inconsequentes e demais
Arenas transformadas em escolas de excelên
cia
A uma só voz: Copa nunca mais!
(Maceió, Al, 25/01/2 014)

“CONTRA A BIODIVERSIDADE”
Evaristo E. de Miranda*
O Estado de S. Paulo, 24 de janeiro de 2014
Nas áreas rurais, nas periferias urbanas e na
produção
agropecuária,
os
brasileiros
enfrentam uma dura e cotidiana batalha
contra a bioadversidade: pragas e doenças
atacam humanos, animais, cultivos e o meio
ambiente. Sem ações efetivas de gestão e
controle, populações de animais selvagens,
nativos e exóticos, proliferam.
.Exemplo conhecido é a proliferação das
capivaras em espaços urbanos e áreas

agrícolas. Além da destruição na vegetação,
elas disseminam a febre maculosa, por meio
do carrapato-estrela, responsável pela morte
de dezenas de pessoas. Isso interditou o
acesso a espaços públicos em diversas
cidades. As placas advertem: “Capivaras.
Afaste-se. Risco de febre maculosa”. Eliminálas não é fácil e constitui crime ambiental
inafiançável. As prefeituras estão de mãos
atadas.
.Problema análogo ocorre com a proliferação
de micos, saguis e até do macaco-prego,
capazes de devorar ovos e filhotes, mesmo
nos ninhos mais escondidos. Eles causam o
declínio e a extinção local de populações de
aves, além de invadirem residências e
destruírem a vegetação.
Como as pombas, os “ratos do céu”, as
maritacas adaptaram-se às cidades, não
cessam sua expansão e causam diversos
danos, até às instalações elétricas. Com a
pomba-amargosa e outras pragas aladas, as
maritacas chegam a impossibilitar o cultivo de
girassol, sorgo e outras plantas, causam
danos à fruticultura e atacam os grãos no
transporte, como o amendoim.
.Dois graves problemas faunísticos vieram da
Argentina e do Uruguai: a lebre e o javali. A
superpopulação da lebre europeia virou caso
de segurança aeroviária. O grande número
desses animais ágeis e de hábito noturno
preocupa a operação de aeroportos. Sua
reprodução crescente e rápida torna inviável a
produção de hortaliças. Elas destroem
plantações de maracujá, laranjais e cafezais
em formação. Não há cerca ou tela capaz de
contê-las. Um dos maiores prejudicados é o
coelho nativo. O tapiti e seus filhotes são
mortos pela lebre, que invade e ocupa suas
tocas. Já o javali segue em expansão e ataca
as mais diversas lavouras e ambientes
naturais. Não há defesa contra esse animal
agressivo que chega a 200 quilos, atua em
bandos e invade até mesmo criações de
suínos em busca de fêmeas. Em áreas
protegidas, o javali ocupa o hábitat e concorre
com a queixada e o cateto.
.Sem manejo adequado, a recuperação das
áreas de preservação permanente e de
reserva legal, determinada pelo novo Código
Florestal, criará corredores e novos espaços
para ampliar ainda mais essas pragas e as
doenças transmitidas. Seu contato com a
fauna selvagem e doméstica ampliará a
proliferação de várias doenças, como febre
amarela, aftosa, lepra, raiva, leishmaniose,
etc. Sem gestão territorial e ambiental, a
introdução e a aproximação desses animais
de áreas rurais e urbanas tornará inviável a
eliminação de diversas doenças e trará novas
– e difíceis – realidades ao combate às
zoonoses.

.A bioadversidade dos invertebrados resulta
em parte da biodiversidade de mosquitos,
pernilongos, carapanãs, borrachudos e
assimilados. A dengue, transmitida pelo
mosquito Aedes aegypti, ultrapassou 1,5
milhão de casos em 2013, três vezes mais do
que em 2012! Um recorde como nunca antes
se viu na História deste país. Foram 500
mortes registradas. E prosseguem crônicas a
febre amarela, a malária, a oncocercose, etc.
A bioadversidade provocada por vermes e
assimilados
também
vai
bem.
Esquistossomose, Chagas, toxoplasmose,
amebíases, lombrigas e giardíases proliferam.
A falta de saneamento e de água tratada afeta
criticamente tanto populações amazônicas ao
longo de grandes rios como a periferia de
cidades e áreas rurais. Mais de 88% das
mortes por diarreia se devem à falta de
saneamento e 84% dessas mortes atingem as
crianças. As infecções são contraídas pela
ingestão de água ou alimentos contaminados.
Apesar dos progressos (entre 2010 e 2011
houve um aumento de 1,4 milhão de ramais
de água e 1,3 milhão na rede de esgotos),
não se coleta nem metade do esgoto. E, do
coletado, apenas 38% recebe algum
tratamento. As inundações de verão, além de
deslizamentos, trazem a leptospirose e o
perigo do tifo e do tétano.
.Os exércitos de carrapatos, percevejos,
moscas, mutucas, baratas, escorpiões,
aranhas,
morcegos
hematófagos
e
transmissores da raiva, caramujos gigantes,
serpentes peçonhentas e outras ameaças
sempre recebem reforços externos. A recémchegada lagarta Helicoverpa armigera já
trouxe prejuízos de bilhões à agricultura
brasileira! Isso não se resolve apenas com
reflexões metafísicas. É preciso agir.
.Explicações
simplistas
de
que
o
desmatamento ou o “desequilíbrio ecológico”
levam esses animais a se refugiar em cidades
não servem nem como piada. No mundo
inteiro existem gestão e manejo ambiental,
como abate direcionado de animais e uso
preventivo do fogo, por exemplo, até em
unidades de conservação. No Brasil não se
pode fazer manejo e gestão ambiental nem
sequer em áreas agrícolas. Capacitar técnicos
para o manejo seria indução ao crime. A
política resume-se a aplicar redomas legais
de proteção sobre territórios e espécies,
mesmo se invasoras ou em superpopulação.
Não existem ações efetivas de controle
dessas populações.
.A situação sanitária atual e futura precisa ser
objeto de uma atenção mais racional e
preventiva.
Como
enfrentar
essa
bioadversidade quando qualquer tipo de caça

é crime e a posse de armas, mesmo em áreas
rurais isoladas, é quase impossível? Maior
que o desafio de preservar a natureza é o de
geri-la e controlar suas populações animais.
Enfrentar a bioadversidade exige, além de
financiamento, um cabedal de ciência,
inovação e competência, algo raro, quase em
extinção, no campo ambiental.

FERIADÃO EM SALVADOR
Após o sorteio da Copa, foram ver o
calendário de Junho de 2014 e descobriram:
JUNHO - Feriadão em Salvador!!!
12/06 - Quinta - Jogo do Brasil
13/06 - Sexta - Espanha x Holanda em
Salvador
14/06 – Sábado
15/06 – Domingo
16/06 - Segunda - Alemanha x Portugal em
Salvador
17/06 - Terça - Jogo do Brasil
18/06 - Quarta - Pausa para Trabalhar
19/06 - Quinta - Corpus Christi
20/06 - Sexta - França x Suiça em Salvador
21/06 – Sábado

22/06 – Domingo
23/06 - Segunda - Jogo do Brasil
24/06 - Terça - São João
25/06 - Quarta - Bosnia x Irã em Salvador
26/06 - Quinta - Pausa para Trabalhar
27/06 - Sexta - Pausa para Trabalhar
28 ou 29/06 - Fim de Semana e Jogo do
Brasil
30/06 - Segunda - Pausa para Trabalhar
01/07 - Terça - Oitavas de final em Salvador
02/07 - Quarta - Feriado de Independência da
Bahia
A partir de 03/07, retorno ao trabalho
normalmente porque ninguém é de ferro!!!
(Enviada por Edson Menezes)

OS ROLEZINHOS NOS ACUSAM: SOMOS UMA SOCIEDADE INJUSTA E
SEGREGACIONISTA
23/1/2014

Por Leonardo Boff - do Rio de Janeiro
O fenômeno dos centenas de rolezinhos que
ocuparam shoppings centers no Rio e em São
Paulo suscitaram as mais disparatadas
interpretações
O fenômeno dos centenas de rolezinhos que
ocuparam shoppings centers no Rio e em São
Paulo suscitaram as mais disparatadas
interpretações. Algumas, dos acólitos da
sociedade neoliberal do consumo que
identificam cidadania com capacidade de
consumir, geralmente nos jornalões da mídia
comercial, nem merecem consideração. São
de uma indigência analítica de fazer
vergonha.
Mas houve outras análises que foram ao
cerne da questão como a do jornalista Mauro
Santayana do JB on-line e as de três
especialistas que avaliaram a irrupção dos
rolês na visibilidade pública e o elemento

explosivo que contém. Refiro-me à Valquíria
Padilha, professora de sociologia na USP de
Ribeirão Preto:”Shopping Center: a catedral
das
mercadorias”(Boitempo
2006),
ao
sociólogo da Universidade Federal de Juiz de
Fora, Jessé Souza,”Ralé brasileira: quem é e
como vive (UFMG 2009) e de Rosa Pinheiro
Machado,
cientista
social
com
um
artigo”Etnografia do Rolezinho”no Zero Hora
de 18/1/2014. Os três deram entrevistas
esclarecedoras.
Eu por minha parte interpreto da seguinte
forma tal irrupção:
Em primeiro lugar, são jovens pobres, das
grandes periferias, sem espaços de lazer e de
cultura, penalizados por serviços públicos
ausentes ou muito ruins como saúde, escola,
infra-estrutura sanitária, transporte, lazer e
segurança.
Veem
televisão
cujas
propagandas os seduzem para um consumo
que nunca vão poder realizar. E sabem
manejar computadores e entrar nas redes
sociais para articular encontros. Seria ridículo
exigir deles que teoricamente tematizem sua
insatisfação.
Mas sentem na pele o quanto nossa
sociedade é malvada porque exclui, despreza
e mantém os filhos e filhas da pobreza na
invisibilidade forçada. O que se esconde por
trás de sua irrupção? O fato de não serem
incluidos no contrato social. Não adianta
termos uma “constituição cidadã” que neste
aspecto é apenas retórica, pois implementou
muito pouco do que prometeu em vista da
inclusão social. Eles estão fora, não contam,
nem sequer servem de carvão para o
consumo de nossa fábrica social (Darcy
Ribeiro). Estar incluido no contrato social
significa ter garantidos os serviços básicos:
saúde, educação, moradia, transporte,
cultura, lazer e segurança. Quase nada disso
funciona nas periferias. O que eles estão
dizendo com suas penetrações nos bunkers
do consumo? “Oia nóis na fita”; “nois não
tamo
parado”;”nóis
tamo
aqui
para
zoar”(incomodar). Eles estão com seu
comportamento rompendo as barreiras do
aparheid social.
É uma denúncia de um país altamente injusto
(eticamente), dos mais desiguais do mundo
(socialmente), organizado sobre um grave
pecado social pois contradiz o projeto de
Deus (teologicamente). Nossa sociedade é
conservadora e nossas elites altamente
insensíveis à paixão de seus semelhantes e
por isso cínicas.
Continuamos uma Brasilíndia: uma Bélgica
rica dentro de uma India pobre. Tudo isso os
rolezinhos denunciam, por atos e menos por
palavras.
Em segundo lugar, eles denunciam a nossa
maior chaga: a desigualdade social cujo
verdadeiro nome é injustiça histórica e social.
Releva constatar que com as políticas sociais
do governo do PT a desigualdade diminiui,
pois segundo o IPEA os 10% mais pobres
tiveram entre 2001-2011 um crescimento de
renda acumulado de 91,2% enquanto a parte

mais rica cresceu 16,6%. Mas esta diferença
não atingiu a raíz do problema pois o que
supera a desigualdade é uma infraestrutura
social de saúde, escola, transporte, cultura e
lazer que funcione e acessível a todos. Não é
suficiente transferir renda; tem que criar
oportunidades e oferecer serviços, coisa que
não foi o foco principal no Ministério de
Desenvolvimento Social.
O “Atlas da Exclusão Social” de Márcio
Poschmann (Cortez 2004) nos mostra que há
cerca de 60 milhões de famílias, das quais
cinco mil famílias extensas detém 45% da
riqueza nacional. Democracia sem igualdade,
que é seu pressupsto, é farsa e retórica. Os
rolezinhos denunciam essa contradição. Eles
entram no “paraíso das mercadorias” vistas
virtualmente na TV para ve-las realmente e
senti-las nas mãos. Eis o sacrilégio
insuportável pelos donos do shoppings. Eles
não sabem dialogar, chamam logo a polícia
para bater e fecham as portas a esses
bárbaros. Sim, bem o viu T.Todorov em seu
livro “Os novos bárbaros”: os marginalizados
do mundo inteiro estão saindo da margem e
indo rumo ao centro para suscitar a má
consciência dos “consumidores felizes” e lhes
dizer: esta ordem é ordem na desordem. Ela
os faz frustrados e infelizes, tomados de
medo, medo dos próprios semelhantes que
somos nós.
Por fim, os rolezinhos não querem apenas
consumir. Não são animaizinhos famintos.
Eles tem fome sim, mas fome de
reconhecimento, de acolhida na sociedade,
de lazer, de cultura e de mostrar o que
sabem: cantar, dançar, criar poemas críticos,
celebrar a convivência humana. E querem
trabalhar para ganhar sua vida. Tudo isso lhes
é negado, porque, por serem pobres, negros,
mestiços sem olhos azuis e cabelos loiros,
são desperezados e mantidos longe, na
margem.
Esse tipo de sociedade pode ser chamada
ainda de humana e civilizada? Ou é uma
forma travestida de barbárie? Esta última lhe
convem mais. Os rolezinhos mexeram numa
pedra que começou a rolar. Só parará se
houver mudanças.
PERSISTENCIA É TUDO
Marcos Lima e Ronaldo Oliveira
Muita gente acha que é difícil começar uma
caminhada. Pessoalmente penso diferente.
Para mim, mas difícil que iniciar é continuar...
De começos o mundo está cheio: os que
começam um casamento, os que começam a
abandonar um vício, os que iniciam o
aprendizado de uma língua e por ai vai.
Ir em frente é mais complicado. Exige
persistência e muita força de vontade.
Requer que nós olhemos para trás com
sentimento de satisfação pela experiência
adquirida e não com remorso ou sensação de
arrependimento. Que nós tenhamos sonhos,
mas que não vivamos de sonhos. Que
choremos, mas não deixemos as lágrimas
turvarem nossa visão.
Que escutemos os outros, mas que não
desistamos de fazer o que julguemos certo,
por causa deles.
Tudo isso de tão simples parece coisa de
criança. E é mesmo!

Antes de aprendermos a andar precisamos:
cair muitas vezes, nos machucar, chorar, ser
motivo de riso, e nem por isso tudo desistimos
ou deixamos de levantar.
Nisso temos muito que aprender com as
crianças. Elas "sabem" que antes de dar os
primeiros passos, é preciso ficar de pé, e
antes disso é preciso engatinhar.
Que precisamos das pessoas para servir de
apoio, mas, que elas não são bengalas e nós
não somos aleijados. Se todas as pessoas
soubessem disso teríamos bem menos
fracassados no mundo.
Gente que poderia atingir grandes coisas,
mas que desiste no meio do caminho.
Diante disso só temos a agradecer a
predisposição para certos aprendizados na
infância.
Se fosse o contrário, muita gente hoje estaria
numa cadeira de rodas.
.

A PIADA DA SEMANA
Ao sair do boteco, todo embriagado, o bêbado
andando na rua, toca o interfone de uma casa
e pergunta:
— Seu marido taí?
Uma mulher responde:
— Está, quem quer falar com ele?
— Xá pra lá, brigado.
Chega em outra casa e toca o interfone
novamente:
— Seu marido taí?
Outra mulher responde:
— Está no banho, quem quer falar…
— Brigaaaaaado, pooooode deixar.

Na outra casa…
— Bom dia, seu marido taí?
— Está… vou chamá-lo…
— Não, não é preciiiiiiso, responde o bêbado.
— Na outra casa:
— Oi, seu marido taí?
A mulher responde:
— Não, mas já deve estar chegando.
O bêbado responde:
— Então, faz favor, olha aqui pra fora e vê se
sou eu!

oOo
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O Dois de Julho
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Baile da Saudade / Loja Maçônica Segredo, Força e União de Juazeiro Ba
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462 an 12_fevereiro_2014.ok

  • 1. AGRISSÊNIOR NOTÍCIAS Pasquim informativo virtual. Opiniões, humor e mensagens. EDITORES: Luiz Ferreira da Silva (luizferreira1937@gmail.com) e Jefferson Dias :jeffcdiass@gmail.com) Edição 462 – ANO X Nº 26 – 12 de fevereiro de 2014 COPA- PÃO E CIRCO Luiz Ferreira da Silva Engenheiro agrônomo e Escritor. Poderosos iludindo os otários Desde o império romano todos enganados Assim mesmo, batiam palmas aos algozes. De retorno, pão e circo, bando de safados! Hoje, nada mudou No Brasil, povo sem muita percepção Embeveceu-se com a copa E nem se apercebeu da enganação Bilhões jogados nos ralos Estádios, antes a alegria do povão Depois do glacê, arenas para os ricos Muito sacrifício em vão Mas somos uma pujança, diz a Chefe Será a copa das copas com muito primor Não interesse a miséria ao redor As arenas, sim, um esplendor E depois o que fazer com os elefantes branco s? Não nos preocupa Isso é outra conversa O dinheiro já fez a alegria de muitos Se reclamarem a polícia dispersa. E o Brasil se embica para os “quintos” Pibinho, inflação, dívida interna Caos na educação, saúde, segurança, transp orte O povão sem tirocínio se hiberna Mas o pão e circo um dia pode zebrar Uma onda cidadã acorda e toma tenência Corruptos banidos, inconsequentes e demais Arenas transformadas em escolas de excelên cia A uma só voz: Copa nunca mais! (Maceió, Al, 25/01/2 014) “CONTRA A BIODIVERSIDADE” Evaristo E. de Miranda* O Estado de S. Paulo, 24 de janeiro de 2014 Nas áreas rurais, nas periferias urbanas e na produção agropecuária, os brasileiros enfrentam uma dura e cotidiana batalha contra a bioadversidade: pragas e doenças atacam humanos, animais, cultivos e o meio ambiente. Sem ações efetivas de gestão e controle, populações de animais selvagens, nativos e exóticos, proliferam. .Exemplo conhecido é a proliferação das capivaras em espaços urbanos e áreas agrícolas. Além da destruição na vegetação, elas disseminam a febre maculosa, por meio do carrapato-estrela, responsável pela morte de dezenas de pessoas. Isso interditou o acesso a espaços públicos em diversas cidades. As placas advertem: “Capivaras. Afaste-se. Risco de febre maculosa”. Eliminálas não é fácil e constitui crime ambiental inafiançável. As prefeituras estão de mãos atadas.
  • 2. .Problema análogo ocorre com a proliferação de micos, saguis e até do macaco-prego, capazes de devorar ovos e filhotes, mesmo nos ninhos mais escondidos. Eles causam o declínio e a extinção local de populações de aves, além de invadirem residências e destruírem a vegetação. Como as pombas, os “ratos do céu”, as maritacas adaptaram-se às cidades, não cessam sua expansão e causam diversos danos, até às instalações elétricas. Com a pomba-amargosa e outras pragas aladas, as maritacas chegam a impossibilitar o cultivo de girassol, sorgo e outras plantas, causam danos à fruticultura e atacam os grãos no transporte, como o amendoim. .Dois graves problemas faunísticos vieram da Argentina e do Uruguai: a lebre e o javali. A superpopulação da lebre europeia virou caso de segurança aeroviária. O grande número desses animais ágeis e de hábito noturno preocupa a operação de aeroportos. Sua reprodução crescente e rápida torna inviável a produção de hortaliças. Elas destroem plantações de maracujá, laranjais e cafezais em formação. Não há cerca ou tela capaz de contê-las. Um dos maiores prejudicados é o coelho nativo. O tapiti e seus filhotes são mortos pela lebre, que invade e ocupa suas tocas. Já o javali segue em expansão e ataca as mais diversas lavouras e ambientes naturais. Não há defesa contra esse animal agressivo que chega a 200 quilos, atua em bandos e invade até mesmo criações de suínos em busca de fêmeas. Em áreas protegidas, o javali ocupa o hábitat e concorre com a queixada e o cateto. .Sem manejo adequado, a recuperação das áreas de preservação permanente e de reserva legal, determinada pelo novo Código Florestal, criará corredores e novos espaços para ampliar ainda mais essas pragas e as doenças transmitidas. Seu contato com a fauna selvagem e doméstica ampliará a proliferação de várias doenças, como febre amarela, aftosa, lepra, raiva, leishmaniose, etc. Sem gestão territorial e ambiental, a introdução e a aproximação desses animais de áreas rurais e urbanas tornará inviável a eliminação de diversas doenças e trará novas – e difíceis – realidades ao combate às zoonoses. .A bioadversidade dos invertebrados resulta em parte da biodiversidade de mosquitos, pernilongos, carapanãs, borrachudos e assimilados. A dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, ultrapassou 1,5 milhão de casos em 2013, três vezes mais do que em 2012! Um recorde como nunca antes se viu na História deste país. Foram 500 mortes registradas. E prosseguem crônicas a febre amarela, a malária, a oncocercose, etc. A bioadversidade provocada por vermes e assimilados também vai bem. Esquistossomose, Chagas, toxoplasmose, amebíases, lombrigas e giardíases proliferam. A falta de saneamento e de água tratada afeta criticamente tanto populações amazônicas ao longo de grandes rios como a periferia de cidades e áreas rurais. Mais de 88% das mortes por diarreia se devem à falta de saneamento e 84% dessas mortes atingem as crianças. As infecções são contraídas pela ingestão de água ou alimentos contaminados. Apesar dos progressos (entre 2010 e 2011 houve um aumento de 1,4 milhão de ramais de água e 1,3 milhão na rede de esgotos), não se coleta nem metade do esgoto. E, do coletado, apenas 38% recebe algum tratamento. As inundações de verão, além de deslizamentos, trazem a leptospirose e o perigo do tifo e do tétano. .Os exércitos de carrapatos, percevejos, moscas, mutucas, baratas, escorpiões, aranhas, morcegos hematófagos e transmissores da raiva, caramujos gigantes, serpentes peçonhentas e outras ameaças sempre recebem reforços externos. A recémchegada lagarta Helicoverpa armigera já trouxe prejuízos de bilhões à agricultura brasileira! Isso não se resolve apenas com reflexões metafísicas. É preciso agir. .Explicações simplistas de que o desmatamento ou o “desequilíbrio ecológico” levam esses animais a se refugiar em cidades não servem nem como piada. No mundo inteiro existem gestão e manejo ambiental, como abate direcionado de animais e uso preventivo do fogo, por exemplo, até em unidades de conservação. No Brasil não se pode fazer manejo e gestão ambiental nem sequer em áreas agrícolas. Capacitar técnicos para o manejo seria indução ao crime. A política resume-se a aplicar redomas legais
  • 3. de proteção sobre territórios e espécies, mesmo se invasoras ou em superpopulação. Não existem ações efetivas de controle dessas populações. .A situação sanitária atual e futura precisa ser objeto de uma atenção mais racional e preventiva. Como enfrentar essa bioadversidade quando qualquer tipo de caça é crime e a posse de armas, mesmo em áreas rurais isoladas, é quase impossível? Maior que o desafio de preservar a natureza é o de geri-la e controlar suas populações animais. Enfrentar a bioadversidade exige, além de financiamento, um cabedal de ciência, inovação e competência, algo raro, quase em extinção, no campo ambiental. FERIADÃO EM SALVADOR Após o sorteio da Copa, foram ver o calendário de Junho de 2014 e descobriram: JUNHO - Feriadão em Salvador!!! 12/06 - Quinta - Jogo do Brasil 13/06 - Sexta - Espanha x Holanda em Salvador 14/06 – Sábado 15/06 – Domingo 16/06 - Segunda - Alemanha x Portugal em Salvador 17/06 - Terça - Jogo do Brasil 18/06 - Quarta - Pausa para Trabalhar 19/06 - Quinta - Corpus Christi 20/06 - Sexta - França x Suiça em Salvador 21/06 – Sábado 22/06 – Domingo 23/06 - Segunda - Jogo do Brasil 24/06 - Terça - São João 25/06 - Quarta - Bosnia x Irã em Salvador 26/06 - Quinta - Pausa para Trabalhar 27/06 - Sexta - Pausa para Trabalhar 28 ou 29/06 - Fim de Semana e Jogo do Brasil 30/06 - Segunda - Pausa para Trabalhar 01/07 - Terça - Oitavas de final em Salvador 02/07 - Quarta - Feriado de Independência da Bahia A partir de 03/07, retorno ao trabalho normalmente porque ninguém é de ferro!!! (Enviada por Edson Menezes) OS ROLEZINHOS NOS ACUSAM: SOMOS UMA SOCIEDADE INJUSTA E SEGREGACIONISTA 23/1/2014 Por Leonardo Boff - do Rio de Janeiro O fenômeno dos centenas de rolezinhos que ocuparam shoppings centers no Rio e em São Paulo suscitaram as mais disparatadas interpretações O fenômeno dos centenas de rolezinhos que ocuparam shoppings centers no Rio e em São Paulo suscitaram as mais disparatadas interpretações. Algumas, dos acólitos da sociedade neoliberal do consumo que identificam cidadania com capacidade de consumir, geralmente nos jornalões da mídia comercial, nem merecem consideração. São de uma indigência analítica de fazer vergonha. Mas houve outras análises que foram ao cerne da questão como a do jornalista Mauro Santayana do JB on-line e as de três especialistas que avaliaram a irrupção dos rolês na visibilidade pública e o elemento explosivo que contém. Refiro-me à Valquíria Padilha, professora de sociologia na USP de Ribeirão Preto:”Shopping Center: a catedral das mercadorias”(Boitempo 2006), ao sociólogo da Universidade Federal de Juiz de Fora, Jessé Souza,”Ralé brasileira: quem é e como vive (UFMG 2009) e de Rosa Pinheiro Machado, cientista social com um artigo”Etnografia do Rolezinho”no Zero Hora de 18/1/2014. Os três deram entrevistas esclarecedoras. Eu por minha parte interpreto da seguinte forma tal irrupção: Em primeiro lugar, são jovens pobres, das grandes periferias, sem espaços de lazer e de cultura, penalizados por serviços públicos ausentes ou muito ruins como saúde, escola, infra-estrutura sanitária, transporte, lazer e
  • 4. segurança. Veem televisão cujas propagandas os seduzem para um consumo que nunca vão poder realizar. E sabem manejar computadores e entrar nas redes sociais para articular encontros. Seria ridículo exigir deles que teoricamente tematizem sua insatisfação. Mas sentem na pele o quanto nossa sociedade é malvada porque exclui, despreza e mantém os filhos e filhas da pobreza na invisibilidade forçada. O que se esconde por trás de sua irrupção? O fato de não serem incluidos no contrato social. Não adianta termos uma “constituição cidadã” que neste aspecto é apenas retórica, pois implementou muito pouco do que prometeu em vista da inclusão social. Eles estão fora, não contam, nem sequer servem de carvão para o consumo de nossa fábrica social (Darcy Ribeiro). Estar incluido no contrato social significa ter garantidos os serviços básicos: saúde, educação, moradia, transporte, cultura, lazer e segurança. Quase nada disso funciona nas periferias. O que eles estão dizendo com suas penetrações nos bunkers do consumo? “Oia nóis na fita”; “nois não tamo parado”;”nóis tamo aqui para zoar”(incomodar). Eles estão com seu comportamento rompendo as barreiras do aparheid social. É uma denúncia de um país altamente injusto (eticamente), dos mais desiguais do mundo (socialmente), organizado sobre um grave pecado social pois contradiz o projeto de Deus (teologicamente). Nossa sociedade é conservadora e nossas elites altamente insensíveis à paixão de seus semelhantes e por isso cínicas. Continuamos uma Brasilíndia: uma Bélgica rica dentro de uma India pobre. Tudo isso os rolezinhos denunciam, por atos e menos por palavras. Em segundo lugar, eles denunciam a nossa maior chaga: a desigualdade social cujo verdadeiro nome é injustiça histórica e social. Releva constatar que com as políticas sociais do governo do PT a desigualdade diminiui, pois segundo o IPEA os 10% mais pobres tiveram entre 2001-2011 um crescimento de renda acumulado de 91,2% enquanto a parte mais rica cresceu 16,6%. Mas esta diferença não atingiu a raíz do problema pois o que supera a desigualdade é uma infraestrutura social de saúde, escola, transporte, cultura e lazer que funcione e acessível a todos. Não é suficiente transferir renda; tem que criar oportunidades e oferecer serviços, coisa que não foi o foco principal no Ministério de Desenvolvimento Social. O “Atlas da Exclusão Social” de Márcio Poschmann (Cortez 2004) nos mostra que há cerca de 60 milhões de famílias, das quais cinco mil famílias extensas detém 45% da riqueza nacional. Democracia sem igualdade, que é seu pressupsto, é farsa e retórica. Os rolezinhos denunciam essa contradição. Eles entram no “paraíso das mercadorias” vistas virtualmente na TV para ve-las realmente e senti-las nas mãos. Eis o sacrilégio insuportável pelos donos do shoppings. Eles não sabem dialogar, chamam logo a polícia para bater e fecham as portas a esses bárbaros. Sim, bem o viu T.Todorov em seu livro “Os novos bárbaros”: os marginalizados do mundo inteiro estão saindo da margem e indo rumo ao centro para suscitar a má consciência dos “consumidores felizes” e lhes dizer: esta ordem é ordem na desordem. Ela os faz frustrados e infelizes, tomados de medo, medo dos próprios semelhantes que somos nós. Por fim, os rolezinhos não querem apenas consumir. Não são animaizinhos famintos. Eles tem fome sim, mas fome de reconhecimento, de acolhida na sociedade, de lazer, de cultura e de mostrar o que sabem: cantar, dançar, criar poemas críticos, celebrar a convivência humana. E querem trabalhar para ganhar sua vida. Tudo isso lhes é negado, porque, por serem pobres, negros, mestiços sem olhos azuis e cabelos loiros, são desperezados e mantidos longe, na margem. Esse tipo de sociedade pode ser chamada ainda de humana e civilizada? Ou é uma forma travestida de barbárie? Esta última lhe convem mais. Os rolezinhos mexeram numa pedra que começou a rolar. Só parará se houver mudanças.
  • 5. PERSISTENCIA É TUDO Marcos Lima e Ronaldo Oliveira Muita gente acha que é difícil começar uma caminhada. Pessoalmente penso diferente. Para mim, mas difícil que iniciar é continuar... De começos o mundo está cheio: os que começam um casamento, os que começam a abandonar um vício, os que iniciam o aprendizado de uma língua e por ai vai. Ir em frente é mais complicado. Exige persistência e muita força de vontade. Requer que nós olhemos para trás com sentimento de satisfação pela experiência adquirida e não com remorso ou sensação de arrependimento. Que nós tenhamos sonhos, mas que não vivamos de sonhos. Que choremos, mas não deixemos as lágrimas turvarem nossa visão. Que escutemos os outros, mas que não desistamos de fazer o que julguemos certo, por causa deles. Tudo isso de tão simples parece coisa de criança. E é mesmo! Antes de aprendermos a andar precisamos: cair muitas vezes, nos machucar, chorar, ser motivo de riso, e nem por isso tudo desistimos ou deixamos de levantar. Nisso temos muito que aprender com as crianças. Elas "sabem" que antes de dar os primeiros passos, é preciso ficar de pé, e antes disso é preciso engatinhar. Que precisamos das pessoas para servir de apoio, mas, que elas não são bengalas e nós não somos aleijados. Se todas as pessoas soubessem disso teríamos bem menos fracassados no mundo. Gente que poderia atingir grandes coisas, mas que desiste no meio do caminho. Diante disso só temos a agradecer a predisposição para certos aprendizados na infância. Se fosse o contrário, muita gente hoje estaria numa cadeira de rodas. . A PIADA DA SEMANA Ao sair do boteco, todo embriagado, o bêbado andando na rua, toca o interfone de uma casa e pergunta: — Seu marido taí? Uma mulher responde: — Está, quem quer falar com ele? — Xá pra lá, brigado. Chega em outra casa e toca o interfone novamente: — Seu marido taí? Outra mulher responde: — Está no banho, quem quer falar… — Brigaaaaaado, pooooode deixar. Na outra casa… — Bom dia, seu marido taí? — Está… vou chamá-lo… — Não, não é preciiiiiiso, responde o bêbado. — Na outra casa: — Oi, seu marido taí? A mulher responde: — Não, mas já deve estar chegando. O bêbado responde: — Então, faz favor, olha aqui pra fora e vê se sou eu! oOo Acessar: www.r2cpress.com.br