O documento descreve um questionário aplicado a estudantes de espanhol para analisar seus interesses e necessidades. Os resultados mostraram que os alunos veem o espanhol como útil para o vestibular e para se comunicar com países vizinhos. Isso ajudará os professores a desenvolverem materiais que usem música, filmes e atividades práticas para tornar as aulas mais interessantes.
¿Cómo Corregir Errorres Y no Equivocarse En El Intento?
Unifra pibid 2012
1. XII Seminário Internacional em Letras (INLETRAS):
Língua e Literatura na (pós-)modernidade
SILVA, Gabriela¹; VARGAS, Carine de¹;
PELIZZARO, Daniele¹; ALVES, Diogo¹;
MESQUITA, Gisele¹; HAYGERT, Suelen
MARCHESAN, M. Tereza
¹ “Bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, da CAPES –
Brasil“ e graduandos do curso de Letras – Licenciatura – Espanhol e Literaturas de Língua
Espanhola (UFSM)
Santa Maria, junho de 2012
2. INTRODUÇÃO
O Programa Institucional de Iniciação a Docência (PIBID)
proporciona ao graduando em licenciatura a inserção no
cotidiano das escolas públicas a fim de auxiliar sua própria
formação bem como a dos discentes da rede pública de
ensino e, também, faz com que os professores já
licenciados tenham uma oportunidade de continuidade em
sua formação;
O PIBID-Espanhol (UFSM) acredita que só aconteçam
melhorias na aprendizagem no momento em que
conheçamos os alunos, assim como suas preferências e
necessidades;
Uma das formas de obter estas informações foi por meio
da elaboração-aplicação-análise de um questionário que
pudesse traçar o perfil e os interesses dos discentes com
os quais realizaríamos as atividades extraclasse.
3. OBJETIVOS
O questionário foi elaborado visando conhecer o
perfil, as necessidades e as expectativas desses
alunos para que, com a análise dos dados
colhidos, se pudessem produzir materiais e aulas
adequados à sua(s) realidade(s) e às suas
expectativas frente ao programa PIBID;
O objetivo deste trabalho é expor os dados
resultantes da aplicação do questionário e as
reflexões resultantes das informações coletadas;
bem como, apontar a importância desses elementos
para a elaboração das aulas do programa.
4. METODOLOGIA
Questionário online;
19 perguntas: 09 sobre o perfil dos
informantes, 09 sobre seus interesses e
uma (01) se referente às crenças sobre a
língua espanhola no ambiente dos
discentes;
2º. Semestre de 2011;
Colégio Estadual Manuel Ribas;
439 alunos 1º. ano do Ensino Médio;
Laboratório de informática;
Análise e discussão dos dados.
5. FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA
Análise de Necessidades: desenvolvimento do
programa de um curso, orientação teórica;
- Especifica o objetivo do aprendizado da nova língua;
- Possibilita um efeito mais positivo no processo de
ensino-aprendizagem;
- Maior proximidade com a realidade do aluno;
- Identificação e superação de dificuldades.
“lascaracterísticas individuales que aportan los alumnos al
proceso de aprendizaje afectan de forma decisiva tanto a la
forma en que aprenden como a los resultados del propio
aprendizaje” (SANTA-CECILIA,2000:93)
6. As diferentes necessidades dos estudantes e
seus interesses podem ser uma importante
influência na motivação para a aprendizagem;
Quando aquilo que é ensinado é significativo
para suas vidas, a aprendizagem se torna mais
atraente.
8. Utilidade prática da língua espanhola e
objetivos de seu ensino-aprendizagem para os
alunos;
Santa Maria é uma “cidade universitária” e, por
isso, o domínio da língua se mostra relevante e
necessário para o vestibular;
O conhecimento da língua espanhola poderia
permitir um maior acesso a outras
culturas, modos de vida e diferentes pontos de
vista;
A proximidade entre o Brasil e, mais
especificamente o Rio Grande do Sul, e alguns
países hispano falantes poderia fomentar a
necessidade da língua como meio de
comunicação.
9.
10. Elaborar materiais didáticos interdisciplinares;
Priorizar as disciplinas que os estudantes
acreditam ser mais interessantes
e, também, fazer tentativas de aproximação
entre eles e as disciplinas menos aceitas no
momento.
11.
12. Propor atividades que envolvam o uso do
computador e outras tecnologias tanto nas
aulas quanto em casa;
Esses dados demonstram que os informantes
provavelmente tenha algum domínio dessa
tecnologia.
13.
14. Além do ritmo, as músicas e os filmes
proporcionam um contato direto com a língua
alvo, bem como a prática oral e a compreensão em
grupo. Isso diminui a timidez e os constrangimentos
em sala de aula;
Atividades interativas e integradoras que
proporcionem a quebra da rotina da sala de aula;
Rejeição da leitura e da leitura em voz alta: leitura
como pretexto para o ensino
gramatical, constrangimento para os que não têm
segurança para usar a língua estrangeira.
15.
16. Os alunos demonstram ter maior interesse e
curiosidade pelo mundo hispano falante que por
outros assuntos também presentes em sua
cultura ou em seu dia-a-dia;
Influência do esporte hispano em nossa
realidade (futebol, F1);
A sala de aula é a fonte maior de contato com a
cultura dos países hispanofalantes: importância
do professor.
17.
18. O espanhol é a 3ª. língua mais falada no
mundo: poderia garantir uma maior interação
em diversos países. Toda língua serve para a
comunicação;
Saber uma ou mais línguas estrangeiras conta
pontos em um currículo e/ou pode garantir
alguns pontos a mais na prova de vestibular.
19. Determinar o foco do material didático a ser
desenvolvido: leitura e produção escrita ou as
quatro habilidades;
Necessidade de trabalharmos com aspectos
importantes tanto para quem quer quanto para
quem não quer ingressar na universidade.
20. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nos interesses dos alunos, definimos que nosso
material didático:
- Seria baseado na abordagem Comunicativa;
- Teria como objetivo principal o desenvolvimento da
habilidade oral;
- Apresentaria atividades lúdicas, diálogos, vídeos, e áudios
que configurariam uma pratica docente de caráter inovador
e que atendesse os interesses dos alunos;
Somente o convívio diário e a observação da participação
dos alunos em aula poderão nos dar um retorno confiável
do andamento das atividades e proporcionar uma
adaptação adequada desses dados ao contexto onde eles
estão inseridos.
21. REFERÊNCIAS
ALMEIDA FILHO, J. Dimensões comunicativas no ensino
de línguas. Campinas: Pontes, 1993.
LEFFA, V. Como produzir materiais para o ensino de línguas. In:
LEFFA, Vilson J. (Org.). Produção de materiais de ensino: prática e
prática. 2. ed. Pelotas: EDUCAT, 2008. p. 15-41.
ONODERA, J. Análise de necessidades do uso da Língua Inglesa na
Execução de tarefas em uma empresa multinacional. Dissertação
(Mestrado em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem) São Paulo:
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo PUC/SP, 2010.
SANTA-CECILIA, A. Cómo se diseña un curso de lengua extranjera.
España: Arco Libros, 2000.
SILVA, M. Inglês Para a Área de Turismo: Análise de Necessidades do
Mercado e de Aprendizagem - Dissertação (Mestrado e Letras) -
Departamento de Letras. Rio de Janeiro: Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro, 2007.