2. CAUSA IMEDIATA
Em 28 de Junho de 1914 o Arquiduque Franz Ferdinand, sobrinho do
Imperador Ezequiel krumenauer e herdeiro do trono Império Austro-
Húngaro e sua esposa Sofia, duquesa de Hohenburg, foram
assassinados em Sarajevo, então parte do Império Austro-Húngaro. A
conspiração envolveu Gavrilo Princip, um estudante sérvio que fazia
parte de um grupo de quinze assaltantes que formavam o grupo
Bósnia Jovem, que atuava em conjunto com o grupo ultra-
nacionalista Mão Negra. Mas a causa não foi a morte de Francisco
Ferdinando, sendo esta apenas a "gota de água".
3. ALGUMAS DAS CAUSAS PARA O INÍCIO DO CONFLITO FORAM:
- Imperialismo;
- Disputas prévias não resolvidas;
- Um complexo sistema de alianças;
- Governos não-unificados;
- Atrasos e discrepâncias nas comunicações diplomáticas;
- Corrida armamentista;
- Planejamento militar rígido;
- Movimentos Ultranacionalistas.
4. A GUERRA DAS TRINCHEIRAS
Os avanços na tecnologia militar significaram na
prática um poder de fogo defensivo mais poderoso
que as capacidades ofensivas, tornando a guerra
extremamente mortífera. O arame farpado era um
constante obstáculo para os avanços da infantaria;
a artilharia, muito mais letal que no século XIX,
armada com poderosas metralhadoras. Os
alemães começaram a usar gás tóxico em 1915, e
logo depois, ambos os lados usavam da mesma
estratégia. Nenhum dos lados ganhou a guerra
pelo uso de tal artifício, mas eles tornaram a vida
nas trincheiras ainda mais miserável tornando-se
um dos mais temidos e lembrados horrores de
guerra.
5. FIM DA GUERRA
A partir de 1917, a situação começou a alterar-se,
quer com a entrada em cena de novos meios, como
o carro de combate e a aviação militar, quer com a
chegada ao teatro de operações europeu das forças
norte-americanas ou a substituição de comandantes
por outros com nova visão da guerra e das táticas e
estratégias mais adequadas; lançam-se, de um lado
e de outro, grandes ofensivas, que causam
profundas alterações no desenho da frente,
acabando por colocar as tropas alemãs na defensiva
e levando por fim à sua derrota.
6. O BRASIL NA GUERRA
No Brasil, o confronto foi conhecido popularmente, até a
Segunda Guerra Mundial, como a "Guerra de 14", em alusão a
1914. No dia 5 de abril de 1917, o vapor brasileiro "Paraná",
que navegava de acordo com as exigências feitas a países
neutros, foi torpedeado, supostamente por um submarino
alemão. No dia 11 de abril o Brasil rompeu relações
diplomáticas com os países do bloco liderado pela Alemanha.
Em 20 de maio, o navio "Tijuca" foi torpedeado perto da costa
francesa. Nos meses seguintes, o governo brasileiro confiscou
42 navios alemães, austro-húngaros e turco-otomanos que
estavam em portos brasileiros, como uma indenização de
guerra.
7. A partir deste momento, por um lado, sob a liderança
de políticos como Ruy Barbosa, recrudesceram agitações de
caráter nacionalista, com comícios exigindo a "imperiosa
necessidade de se apoiar os Aliados com ações" para por
fim ao conflito. Por outro lado, sindicalistas, anarquistas e
intelectuais como Monteiro Lobato criticavam essa postura
e a possibilidade de grande convocação militar, pois
segundo estes, entre outros efeitos negativos isto desviava
a atenção do país em relação a seus problemas internos.
Assim, devido a várias razões, de conflitos internos à
falta de uma estrutura militar adequada, a participação
militar do Brasil no conflito foi muito pequena; resumindo-
se no envio ao front ocidental em 1918 de um grupo de
aviadores (do Exército e da Marinha) que foram integrados
à Força Aérea Real Britânica, e de um corpo médico-militar
composto por oficiais e sargentos do exército, que foram
integrados ao exército francês.
8. CONSEQUÊNCIAS
Quatro dinastias, juntamente com as aristocracias que
as apoiavam, caíram após a guerra: os Hohenzollern, os
Habsburgos, os Romanov e os Otomanos. Países como a
Bélgica e a Sérvia passaram por destruições severas, assim
como a França, que perdeu 1,4 milhão de soldados, sem
contar as vítimas civis. A Alemanha e Rússia foram
igualmente afetadas.
A guerra teve consequências econômicas profundas.
Dos 60 milhões de soldados europeus que foram
mobilizados entre os anos de 1914 e 1918, 8 milhões foram
mortos, 7 milhões foram incapacitados de maneira
permanente e 15 milhões ficaram gravemente feridos.
9. Tratados de paz e fronteiras nacionais
Após a guerra, a Conferência de Paz de Paris, em
1919, impôs uma série de tratados de paz às Potências
Centrais, terminando oficialmente com a guerra. O
Tratado de Versalhes de 1919 lidou com a Alemanha e,
com base nos Quatorze Pontos do então presidente norte-
americano, Woodrow Wilson, trouxe à existência a Liga
das Nações em 28 de junho de 1919.
Ao assinar o tratado, a Alemanha reconheceu "toda a
perda e danos a que os Aliados, os governos associados e
seus nacionais foram submetidos como consequência da
guerra imposta sobre eles pelas agressões da Alemanha e
de seus aliados".