6. Adolescência ee ppuubbeerrddaaddee:: ooss ccaarraacctteerreess sseexxuuaaiiss
sseeccuunnddáárriiooss
Entre os 10 e os 14 anos, aproximadamente, ocorre o amadurecimento dos
órgãos sexuais. Nas meninas, acontece a primeira menstruação – chamada
menarca – e nos meninos começa a produção de espermatozóides. É o início
da adolescência, chamada puberdade.
A partir do amadurecimento dos órgãos sexuais, há produção de hormônios
responsáveis pelo aparecimento dos caracteres sexuais secundários.
Nas meninas, ocorre o crescimento dos seios, aumento dos quadris e o
surgimento dos pelos ma região pubiana e nas axilas. O hormônio
responsável por estas características é o estrogênio produzidos nos ovários. A
progesterona, por sua vez, prepara o corpo para uma possível gravidez.
Nos meninos, ocorre o aumento da massa muscular, a voz fica mais grave e
aparecem a barba e os pelos na região pubiana e nas axilas. O hormônio
responsável por estas características é a testosterona produzida nos
testículos.
7. AAddoolleessccêênncciiaa ee ppuubbeerrddaaddee:: ooss ccaarraacctteerreess
sseexxuuaaiiss sseeccuunnddáárriiooss
Na adolescência, período que dura até aproximadamente os 19 anos de
idade, além das diferenças físicas, o ser humano também passa por mudanças
comportamentais.
Nesse período, são normais as mudanças de humor e dúvidas sobre
sexualidade e sobre o próprio corpo.
Nessa fase, inicia-se o interesse sexual e o indivíduo sente a necessidade
de independência, de explorar seus sentimentos e seu corpo.
11. SSeexxuuaalliiddaaddee ee aaddoolleessccêênncciiaa
Ao longo da adolescência, meninos e meninas enfrentam ddiivveerrssaass ddúúvviiddaass..
DDeennttrree eellaass,, ddeessttaaccaamm--ssee cceerrttaammeennttee aass rreellaacciioonnaaddaass àà sseexxuuaalliiddaaddee..
AA sseexxuuaalliiddaaddee hhuummaannaa nnããoo ssee rreessttrriinnggee aa sseeuuss aassppeeccttooss bbiioollóóggiiccooss,, ttaaiiss
ccoommoo aass ccaarraacctteerrííssttiiccaass ffííssiiccaass ddoo ssiisstteemmaa ggeenniittaall ee sseeuu ffuunncciioonnaammeennttoo nnaa
rreepprroodduuççããoo ddaa eessppéécciiee.. AA sseexxuuaalliiddaaddee hhuummaannaa eennvvoollvvee ttaammbbéémm eelleemmeennttooss
ccuullttuurraaiiss,, aaffeettiivvooss ee ssoocciiaaiiss..
12. OO sseexxoo bbiioollóóggiiccoo ee oo ggêênneerroo
O sexo biológico de uma pessoa é definido por seu código genético (DNA)
no momento da fecundação. Ou seja, assim que o núcleo do óvulo e o núcleo
do espermatozóide se unem, o sexo biológico da futura criança é determinado.
Já a ideia de gênero masculino ou feminino tem mais a ver com o que é ser
homem ou ser mulher no ambiente social. O gênero é construído ao longo da
vida de uma pessoa, com base em fatores sociais e culturais.
Por exemplo, algumas pessoas imaginam que as mulheres devam ser
delicadas, cuidadosas e emotivas, enquanto os homens precisam demonstrar
agressividade, força e racionalidade.
É comum as crianças ouvirem de seus pais, desde cedo, frases como:
“boneca é brinquedo de menina” ou “azul é cor de meninos e rosa, cor de
meninas”. Também é comum se afirmar que meninas brincam de casinha e
meninos brincam de lutas e carrinhos.
15. Aliás, você sabia que até o fim do século XIX, tanto mmeenniinnooss qquuaannttoo
mmeenniinnaass uussaavvaamm vveessttiiddoo?? EE iissssoo ffaazz ttooddoo sseennttiiddoo,, ppoorrqquuee eessttaa
vveessttiimmeennttaa ffaacciilliittaa nnaa hhoorraa ddee eexxeeccuuttaarr aa hhiiggiieennee ddooss ppeeqquueenniinnooss..
Oscar Wilde Franklin Roosevel
16. OO sseexxoo bbiioollóóggiiccoo ee oo ggêênneerroo
Essa divisão entre o que é “coisa de menino” e o que é ““ccooiissaa ddee mmeenniinnaa””
ppooddee pprroosssseegguuiirr aattéé aa iiddaaddee aadduullttaa ee ggeerraarr mmuuiittooss pprroobblleemmaass.. EE aaccaabbaa
sseennddoo ddeetteerrmmiinnaannttee ppaarraa aass ffuunnççõõeess qquuee hhoommeennss ee mmuullhheerreess vvããoo
ddeesseemmppeennhhaarr nnaa ssoocciieeddaaddee,, oo qquuee,, eemm ggeerraall,, éé mmuuiittoo nneeggaattiivvoo,, ppoorr vváárriiaass
rraazzõõeess..
PPoorr eexxeemmpplloo,, uummaa ppeessssooaa qquuee eessccoollhhee uummaa pprrooffiissssããoo ccoonnssiiddeerraaddaa mmaaiiss
aapprroopprriiaaddaa ppaarraa oo sseexxoo ooppoossttoo,, ppooddee tteerr ddee eennffrreennttaarr pprreeccoonncceeiittooss ee
ccoommbbaatteerr eesstteerreeóóttiippooss ppaarraa sseerr bbeemm--ssuucceeddiiddaa pprrooffiissssiioonnaallmmeennttee..
((EEsstteerreeóóttiippoo éé uumm ccoommppoorrttaammeennttoo oouu hháábbiittooss qquuee aa ssoocciieeddaaddee eessppeerraa ddee
uummaa ppeessssooaa ee qquuee,, eemm ggeerraall,, rreessuullttaamm ddooss pprreeccoonncceeiittooss ddeessssaa ssoocciieeddaaddee..))
20. SSíímmbboollooss LLGGBBTT
Duplo Marte, representa a homossexualidade masculina
Duplo Vénus, representa a homossexualidade feminina
Triângulos bissexuais, por Liz Nania, 1978
Símbolo universal trangênero
Bandeira arco-íris, símbolo do movimento LGBT
21.
22.
23. Susan Stanton
(nascida Steven B. Stanton)
Cisgênero: pessoas cujo
gênero é o mesmo que o
designado quando do seu
nascimento.
Isto é, configura uma
concordância entre
a identidade de gênero e
o sexo biológico de um
indivíduo e o seu
comportamento ou papel
considerado socialmente
aceito para esse sexo.
Transgênero: condição
onde a expressão de
gênero e/ou identidade
de gênero de uma
pessoa é diferente
daquelas atribuídas ao
gênero designado no
nascimento.
Mais recentemente, o
termo também tem sido
utilizado para definir
pessoas que estão
constantemente em
trânsito entre um gênero
e outro.
24. Andrógeno: Pessoa que se sente com uma
combinação de características culturais
masculinas (andro) e femininas (gyne). Isto quer
dizer que uma pessoa andrógina identifica-se e
define-se como tendo níveis variáveis de
sentimentos e traços comportamentais que são
masculinos e femininos.
David Bowie
25.
26. Intersexualidade: qualquer variação de caracteres sexuais
incluindo cromossomos, gônadas e / ou órgãos genitais que dificultam a
identificação de um indivíduo como totalmente feminino ou masculino. Essa variação
pode envolver ambiguidade genital, combinações de fatores genéticos e aparência e
variações cromossômicas sexuais diferentes de XX para mulher e XY para homem.
Pode incluir outras características de dimorfismo sexual como aspecto da face, voz,
membros, pelos e formato de partes do corpo.
A palavra intersexual é preferível ao termo hermafrodita, já bastante estigmatizado,
precisamente porque hermafrodita se referia apenas a questão dos genitais visíveis.
Alguns intersexuais podem ser considerados como transgêneros.
27. Hermafrodita: possui órgãos sexuais dos dois sexos, numa espécie dióica (ou seja,
em que normalmente os sexos se encontram em indivíduos separados) podem
aparecer indivíduos hermafroditas, mas geralmente por um processo teratológico,
ou seja, por uma má formação embrionária.
Existem três tipos de hermafroditismo
humano: o hermafroditismo verdadeiro,
o pseudo-hermafroditismo masculino e o
pseudo-hermafroditismo feminino.
Novela Renascer (1993): Buba era
pseudo-hermafrodita feminino
Na mitologia grega, Hermafrodito é o filho de
Hermes (mensageiro dos deuses) e Afrodite
(deusa do amor).
28. No hermafroditismo verdadeiro as crianças
nascem com os dois órgãos sexuais bem
formados, possuindo os órgãos sexuais internos
e externos de ambos os sexos, incluindo ovários,
útero, vagina, testículos e pênis. No
hermafroditismo verdadeiro a maioria das
pessoas são geneticamente do sexo feminino
(cromossomos XX) e a formação dos órgãos
sexuais masculinos é atribuída a causas ainda
não totalmente conhecidas. No pseudo-hermafroditismo
masculino a criança nasce
geneticamente como do sexo
masculino (cromossomos XY)
embora os órgãos sexuais externos
não se desenvolvam completamente.
No pseudo-hermafroditismo feminino a criança nasce geneticamente como do
sexo feminino (cromossomos XX) embora o clítoris desenvolva-se
excessivamente adquirindo um formato semelhante a um pênis (Clitoromegalia).
Atribui-se uma suposta causa não genética para o pseudo-hermafroditismo
feminino aos efeitos dos medicamentos utilizados no tratamento dahiperplasia
congênita das supra-renais (HCSR) por deficiência da 21-Hidroxilase, uma
doença genética que necessita de tratamento permanente e que em alguns
casos não é interrompido por gestantes que não sabem se estão grávidas.
29.
30.
31.
32.
33.
34.
35.
36. Heterossexual: pessoa
que se sente atraída física
e/ou emocionalmente por
pessoas do sexo oposto.
Bissexual: pessoa que se
sente atraída física e/ou
emocionalmente por pessoas
de ambos os sexos.
Homossexual:
pessoa que se sente
atraída física e/ou
emocionalmente por
pessoas do mesmo
sexo.
47. laerte
Coutinho
Um dos principais cartunistas e desenhistas de qquuaaddrriinnhhooss ddoo BBrraassiill
AAooss 5577 aannooss,, aaddoottoouu aa pprrááttiiccaa ddoo ccrroossssddrreesssseerr.. SSeegguunnddoo eellee,, uma
“forma de contestar o parâmetro de gênero“
Laerte é transgênero: se sente e se veste como mulher
56. Diversidade sseexxuuaall nnoo rreeiinnoo aanniimmaall
Uma pesquisa realizada por Bruce Bagemihl, no ano de 1999, apontou o
comportamento homossexual ou bissexual em aproximadamente 1.500
espécies de animais, indo desde mamíferos até vermes intestinais,
sendo que em 500 delas este comportamento foi bem documentado.
Estes comportamentos englobam namoro, afeição, parentalidade e até
ato sexual entre animais do mesmo sexo.
Até o momento não se sabe ao certo o porquê deste comportamento,
uma vez que ainda falta realizar muitos estudos na maior parte das
espécies.
Em seu estudo, Bagemihl aponta que dentro do reino animal há uma
diversidade sexual, incluindo homossexualismo, bissexualismo e sexo
não-reprodutivo, muito além do que a sociedade acreditava e pretende
aceitar.
63. Principais hipóteses a respeito desse assunto
1) Genes que definem a homossexualidade também ajudam na reprodução;
2) Gays seriam 'ajudantes no ninho‘;
3) Homossexuais também têm filhos;
4) Nem tudo está no DNA;
64. Genes que definem a homossexualidade também ajudam na reprodução
Tendência de ajudar familiares a criar filhos poderia compensar déficit reprodutivo
de gays
O alelo – um grupo de genes - que às vezes influencia a orientação homossexual também
pode trazer vantagens reprodutivas. Isso compensaria a falta de reprodução da população gay
e asseguraria a continuação dessa característica, uma vez que não-homossexuais também
poderiam herdar esses genes e transmiti-los a seus descendentes.
Há duas ou mais maneiras pelas quais esta transmissão dos genes pode acontecer. Uma
possibilidade é que este grupo de genes crie um traço psicológico que torne os homens
heterossexuais mais atraentes para mulheres, ou as mulheres heterossexuais mais atraentes
para os homens.
"Sabemos que as mulheres tendem a gostar de traços e comportamentos mais femininos nos
homens e isso pode estar associado com coisas como o talento para ser pai e a empatia", diz
Qazi Rahman, coautor do livroBorn Gay; The Psychobiology of Sex Orientation ("Nascido Gay,
A Psicobiologia da Orientação Sexual", em tradução livre).
De acordo com essa teoria, uma quantidade pequena desses alelos aumentaria as chances
de sucesso reprodutivo do portador desses genes, porque o torna atraente para o sexo
oposto.
De vez em quando, um membro da família recebe uma "porção" maior destes genes, que se
reflete na sua orientação sexual. Mas porque este alelo traz vantagens reprodutivas, ele
permanece no DNA humano através das gerações.