GEOGRAFIA - COMĂRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONĂMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
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Aula 18 - As ideias de Maquiavel
1. 2Âș ano: Apostila 03 / Aula 18
Professor Claudio Henrique Ramos Sales
FILOSOFIA
2. O PrĂncipe â Maquiavel (1513)
Por: Thiago JS Oliveira
Professor Claudio âHenryâ Sales
3. O PrĂncipe - Maquiavel
âą Biografia:
ï NiccolĂČ Macchiavelli, nasceu em 3 de maio de 1469, filho de
advogado e poetisa amadora;
ï Educado em uma ambiente culto e relativamente abastado;
ï Cresceu na cidade italiana de Florença.
4. O PrĂncipe - Maquiavel
âą Biografia:
ï Maquiavel consagra-se com a obra O PrĂncipe, um tratado de como
se deve comportar âo poderosoâ para se manter por um longo
perĂodo no poder.
ï Maquiavel se apoiou nas questĂ”es de PlatĂŁo que, condenava a
pleonexia.
Desejo insaciĂĄvel de mais poder, riqueza e prazer, que atraĂ vĂĄrias pessoas.
6. O PrĂncipe - Maquiavel
âą Biografia:
â« Escreve para o PrĂncipe sobre o PrĂncipe;
â« Ensina como sobreviver na selva humana;
⫠Maquiavel foi o compositor de grandes questÔes e
observaçÔes;
â« Compreende o modus governantes, para ter controle do
poder;
â« Maquiavel morre em 21 de junho de 1527, pobre e despojado
dos cargos pĂșblicos, ao choro de poucos amigos.
12. O PrĂncipe â A Obra
âą A Obra:
â« Objetivo Geral: Como manter o Poder (e nĂŁo como fazer o
bem); Busca a razĂŁo da polĂtica e do Poder â Doença;
â« A obra nĂŁo inicia com uma digressĂŁo sobre a natureza
humana, a moral, Deus, o bem ou o mal, mas, diretamente
com a natureza dos regimes polĂticos.
15. O PrĂncipe â A Obra
âą CapĂtulo I: Classificação dos tipos de Estado.
âą CapĂtulos II a XI: Como cada um dos tipos de Estado pode ser
adquirido, conservado e eventualmente perdido.
âą CapĂtulos XII a XIV: QuestĂŁo Militar: combate Ă s tropas mercenĂĄrias.
âą CapĂtulos XV a XXIII: Como o PrĂncipe comporta-se com relação aos
sĂșditos e amigos.
âą CapĂtulos XXIV a XXVI: Manifesto pela liberação da ItĂĄlia.
16. O PrĂncipe â A Obra
CapĂtulo I: Classificação dos tipos
de Estado
18. O PrĂncipe â Principais ideias
ï Estados
âą âTodos os Estados, todos os domĂnios que tiveram e tĂȘm
autoridade sobre os homens foram e sĂŁo ou repĂșblicas ou
principadosâ.
RepĂșblicas
Estado HereditĂĄrios
Principados Novos Inteiramente
Novos
Membros anexados
19. O PrĂncipe â Principais ideias
âą Principados:
ïMaquiavel nĂŁo atribui tamanho interesse a esses regimes
hereditĂĄrios;
1. Demasiados estĂĄveis;
2. Demasiado FĂĄceis;
3. Basta o PrĂncipe nĂŁo ultrapassar em absoluto os limites
estabelecidos pelos antepassados e contemporizar com os
acontecimentos.
21. O PrĂncipe â A Obra
CapĂtulo II a XI: Como cada um dos
tipos de Estado pode ser adquirido,
conservado e eventualmente perdido
22. O PrĂncipe â CapĂtulos II a XI
âą CapĂtulo II: Dos Principados hereditĂĄrios;
âą CapĂtulo III: Dos Principados Mistos;
âą CapĂtulo IV: Por que razĂŁo o reino de Dario nĂŁo se rebelou apĂłs a morte de
Alexandre;
âą CapĂtulo V: De que modo governar cidades ou principados que antes viviam sob
leis prĂłprias;
âą CapĂtulo VI: Dos Principados Novos;
âą CapĂtulo VII: Dos que chegam ao principado pelo crime;
âą CapĂtulo VIII: Do principado civil;
âą CapĂtulo IX: Como se deve medir a força dos principados;
âą CapĂtulo X: Dos principados eclesiĂĄsticos;
âą CapĂtulo XI: Dos principados eclesiĂĄsticos.
27. O PrĂncipe â Principais ideias
âOs principais fundamentos que tĂȘm todos os Estados [...] sĂŁo as
boas leis e as boas armasâ.
ï NĂŁo pode haver boas leis onde nĂŁo hĂĄ boas armas;
ï Mas o que chama Maquiavel boas armas?
1. Boas armas, boas tropas sĂŁo apenas as que sĂŁo prĂłprias ao prĂncipe,
composta de seus cidadĂŁos, de seus sĂșditos, de suas criaturas.
2. Boas tropas: apenas as tropas NACIONAIS.
28. O PrĂncipe â Principais ideias
ï 4 maneiras para se conquistar o poder, Ă s quais poderĂŁo
corresponder diferentes modos de conservar ou perder.
1) Conquista-se pela prĂłpria Virtu (por meio de suas prĂłprias armas);
2) Pela fortuna e pelas armas alheias;
3) Por meio de perversidades (velhacarias);
4) Pelo consentimento dos concidadĂŁos.
29. O PrĂncipe â Principais ideias
ï Maquiavel irĂĄ se interessar, sobretudo, pelos dois primeiros
modos;
ï Fortuna X Virtu (discutida profundamente no CapĂtulo XXV)
Energia, vigor, princĂpios, talento
Sorte (habilidade fora do ser)
30. O PrĂncipe â Principais ideias
âą 1) Os que se tornam prĂncipes pela prĂłpria âvirtuâ (pelas
prĂłprias armas):
ï DifĂcil para se radicar, mas, fĂĄcil de se conservar;
ï Dificuldade: estabelecer novas instituiçÔes:
1. Empreendimento obrigatĂłrio para fundar o novo regime;
2. Alicerçar a segurança do novo prĂncipe;
3. Repleto de perigos e incertezas.
31. O PrĂncipe â Principais ideias
âAquele que se dedica a tal empreendimento tem por inimigos
todos quantos se beneficiavam das instituiçÔes antigas, e só acha
tĂbios defensores naqueles para quem seriam Ășteis as novasâ.
ï TĂbios: possuem medo de perder os âfavoresâ gerados no antigo
poder;
ï Constante ataque entre os que se beneficiam do antigo poder e a
constante defesa dos que atuam no novo poder.
33. O PrĂncipe â Principais ideias
âMas quando os fundadores, sabendo apoiar-se na força,
conservadora das crenças, conseguiram atravessar esses obståculos
e superar essas dificuldades extremas, quando começaram a ser
venerados e a se libertarem dos invejosos de sua classe,
permaneceram poderosos, tranqĂŒilos, honrados e felizesâ.
36. O PrĂncipe â Principais ideias
âą 3) Conquistados por meio de perversidade (velhacaria)
ï Maquiavel deprecia essa categoria de conquista:
1. NĂŁo exigem nem muita virtu;
2. Nem esplĂȘndidas intervençÔes de fortuna.
ï Explos.: 1 â Siciliano AgĂĄtocles (simples filho de oleiro, consegue
elevar-se Ă dignidade de rei de Siracusa); 2 â Oliverotto (se torna
senhor de Fermo, massacrando seu tio materno e os distintos
cidadĂŁos da cidade, por ele convidados a um banquete).
43. O PrĂncipe â Principais ideias
ï Maquiavel pouco se interessa pelos principados eclesiĂĄsticos:
(nĂŁo compreende, julgando-o enfraquecedor, estranho Ă virtu)
ï Conquista-se pela fortuna ou pela virtu, mas, para se conservĂĄ-lo nĂŁo
se precisa de fortuna nem de virtu;
ï Poder advindo do tradicionalismo religiosos;
ï Basta o poder das antigas instituiçÔes religiosas:
ï Substitui o bom governo, a dedicação dos sĂșditos, a habilidade, o valor;
ï âĂ Deus que os eleva e os conservaâ
44. O PrĂncipe â Principais ideias
⹠Distinção entre os Estados a conquistar:
1. Principado DespĂłtico;
2. Principado AristocrĂĄtico;
3. RepĂșblica.
47. O PrĂncipe â Principais ideias
âą RepĂșblica: Absolutamente seguro para o novo PrĂncipe
ï Vive livre sob suas prĂłprias leis;
ï Estado extraordinariamente difĂcil de conquistar;
ï Existe um princĂpio de vida bem mais ativo, um Ăłdio bem mais
profundo, um desejo de vingança bem mais ardente, que não deixa,
nem pode deixar um momento em repouso a lembrança da antiga
liberdade.
ï Meios para domar a indomĂĄvel liberdade republicana:
ï O PrĂncipe residir pessoalmente na regiĂŁo, reprimindo as desordens;
ï Governar o paĂs pelas prĂłprias leis dos cidadĂŁos, reservando-se o
pagamento de um tributo;
ï Destruir, aniquilar a antiga e incurĂĄvel RepĂșblica.
48. O PrĂncipe â Principais ideias
ï Renova-se o governo para se aproximar de uma âperfeitaâ
governabilidade.
Destruir (edificar novas cidades,
desfazer as velhas, renovar as leis)
Residir (ConhecĂȘ-lo, conviver no
espaço por suas próprias Leis)
DeixĂĄ-lo viver por suas prĂłprias Leis
TrĂȘs maneiras de conservar um
Estado que vive sob suas
prĂłprias Leis
(RepĂșblica)
49. O PrĂncipe â A Obra
CapĂtulos XII a XIV: QuestĂŁo
Militar: combate Ă s tropas
mercenĂĄrias
56. O PrĂncipe â Principais ideias
ï O PrĂncipe vive no centro do perigo, sendo acompanhado por dois
receios:
1. Interior de seus Estados e o comportamento de seus sĂșditos;
2. O exterior e os desĂgnios das potĂȘncias circundantes.
ï Infinita distinção entre: a maneira pela qual se vive X o modo
como se deveria viver.
58. O PrĂncipe â Principais ideias
ï Saber distinguir perfeitamente o bem e o mal;
ï PreferirĂĄ o bem, mas recusa fechar os olhos ante o que julga ser a
necessidade do Estado;
ï Ante o que julga serem as servidĂ”es da condição humana;
ï Para um PrĂncipe, seria bom ter a reputação de liberal, generoso,
mas, deve evitar usar da clemĂȘncia inoportunamente.
61. O PrĂncipe â Principais ideias
ï Homem X Animal: O mito de QuĂron e Aquiles.
ï Ă necessĂĄrio a um PrĂncipe, agir tanto como animal quanto como homem;
ï Ă prĂłprio do homem combater pelas leis, regularmente, com lealdade e
fidelidade;
ï Ă prĂłprio do animal combater pela força e pela astĂșcia.
ï O PrĂncipe perfeito necessita possuir ambas as naturezas:
ï LeĂŁo X Raposa
ï LeĂŁo: atemorizar os lobos;
ï Raposa: reconhecer as armadilhas.
62. O PrĂncipe â Principais ideias
âSe os homens fossem todos bons, nĂŁo seria necessĂĄrio este preceito, mas
como sĂŁo maus, e como nĂŁo observariam a sua palavra para contigo,
tampouco estĂĄs obrigado a observĂĄ-la para com elesâ.
ï O PrĂncipe deve possuir a virtude do parecer, do fazer crer, da
hipocrisia, a onipotĂȘncia do resultado;
ï Os homens julgam mais pelos olhos do que pelas mĂŁos
âTodo o mundo, vĂȘ o que pareceis, poucos conhecem a fundo o que sois, e
esta minoria nĂŁo ousarĂĄ elevar-se contra a opiniĂŁo da maioria, sustentada
ainda pela majestade do poder soberanoâ.
64. O PrĂncipe â Principais ideias
ï Seguindo os PrĂncipes a tudo que se precede, estarĂĄ mais seguro que um
prĂncipe antigo;
ï Achar-se-ĂĄ estabelecido com mais firmeza;
ï Quando julgado virtuoso, conquistam-lhe e prendem-lhe muito mais os
coraçÔes do que com os antigos de linhagem, pois, os homens
impressionam-se muito mais com o presente do que com o passado;
ï Dupla glĂłria:
ï Ter fundado um Estado novo;
ï Ter consolidado com boas armas, boas leis, bons aliados e bons exemplos.
ï Dupla vergonha:
ï Ter perdido o trono ao qual nascera;
ï NĂŁo possuir prudĂȘncia.
65. O PrĂncipe â A Obra
CapĂtulos XXIV a XXVI: Manifesto
pela liberação da Itålia.
66. O PrĂncipe â CapĂtulos XXIV a XXVI
ï CapĂtulo XXIV: Por que os PrĂncipes da ItĂĄlia perderam seus estados;
ï CapĂtulo XXV: De quanto pode a fortuna nas coisas humanas e de que
modo se lhe deva resistir;
ï CapĂtulo XXVI: Exortação para procurar tomar a ItĂĄlia e libertĂĄ-la das
mĂŁos dos bĂĄrbaros.
75. Maquiavel nĂŁo admite um fundamento anterior e exterior Ă
polĂtica (Deus, natureza, razĂŁo).
âToda cidade estĂĄ dividida em dois desejos opostos: o
desejo dos grandes de oprimir e comandar e o do povo de
nĂŁo ser oprimido nem comandado.â
75
Filosofia PolĂtica
Maquiavel
83. âą O poder do prĂncipe deve ser superior ao dos
grandes e estar a serviço do povo. O prĂncipe
pode ser monarca hereditĂĄrio ou por
conquista; pode ser todo um povo que
conquista, pela força, o poder e o exerce
democraticamente.
83
86. âą Para ser senhor da sorte ou das circunstĂąncias
deve mudar com elas, e com elas, ser volĂșvel
e inconstante, pois somente assim saberĂĄ
agarrĂĄ-las e vencĂȘ-las.
86
87. âą Em certas circunstĂąncias, deverĂĄ ser cruel, em
outras generoso; em certas ocasiÔes deverå
mentir, em outras ser honrado; em certos
momentos, deverĂĄ ceder Ă vontade dos
outros, em algumas, ser inflexĂveis.
87
O ethos ou carĂĄter do prĂncipe deve
variar.
94. QuestĂ”es centrais dâO PrĂncipe
âą Quais as formas de conquista e de
manutenção do poder.
⹠Quais os meios materiais e quais as condiçÔes
de possibilidade da ação polĂtica.
âą Quais as qualidades necessĂĄrias a um
governante.
⹠ConsideraçÔes sobre a natureza humana.
Pano de fundo da obra: a preocupação com a
conquista e a fundação de um novo Estado,
(ItĂĄlia livre e unificada).
96. Usos âcuriososâ de Maquiavel
Maquiavel para mães - måximas para a efetiva governança de crianças
http://machiavelliformoms.blogspot.com.br/
103. Bibliografia
ï CHEVALLIER, Jean-Jacques. As grandes obras polĂticas de
Maquiavel a nossos dias. 8ÂȘ ed. Rio de Janeiro: Agir, 2002.
ï DE GRAZIA, Sebastian. Maquiavel no inferno. SĂŁo Paulo:
Companhia das Letras, 1993.
ï MACHIAVELLI, NicolĂČ. O PrĂncipe. 3a ed. Totalmente rev. SĂŁo Paulo:
Martins Fontes, 2004.