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2Âș ano: Apostila 03 / Aula 18
Professor Claudio Henrique Ramos Sales
FILOSOFIA
O Príncipe – Maquiavel (1513)
Por: Thiago JS Oliveira
Professor Claudio “Henry” Sales
O PrĂ­ncipe - Maquiavel
‱ Biografia:
 NiccolĂČ Macchiavelli, nasceu em 3 de maio de 1469, filho de
advogado e poetisa amadora;
 Educado em uma ambiente culto e relativamente abastado;
 Cresceu na cidade italiana de Florença.
O PrĂ­ncipe - Maquiavel
‱ Biografia:
 Maquiavel consagra-se com a obra O PrĂ­ncipe, um tratado de como
se deve comportar “o poderoso” para se manter por um longo
perĂ­odo no poder.
 Maquiavel se apoiou nas questĂ”es de PlatĂŁo que, condenava a
pleonexia.
Desejo insaciĂĄvel de mais poder, riqueza e prazer, que atraĂ­ vĂĄrias pessoas.
O PrĂ­ncipe - Maquiavel
‱ Biografia:
Comenta frequentemente a obsessĂŁo pelo poder que cega o
homens e os leva Ă s ruĂ­na;
EstĂĄ atento ao descompasso entre o que se diz e o que se faz
ou ao que se Ă©: Demonstra que o discurso engana;
O discurso engana quem estĂĄ no poder, quem o formula.
O PrĂ­ncipe - Maquiavel
‱ Biografia:
▫ Escreve para o PrĂ­ncipe sobre o PrĂ­ncipe;
▫ Ensina como sobreviver na selva humana;
▫ Maquiavel foi o compositor de grandes questĂ”es e
observaçÔes;
▫ Compreende o modus governantes, para ter controle do
poder;
▫ Maquiavel morre em 21 de junho de 1527, pobre e despojado
dos cargos pĂșblicos, ao choro de poucos amigos.
O PrĂ­ncipe - Maquiavel
‱ Cenário:
▫ Época: Renascimento;
▫ Nação: ItĂĄlia;
▫ Cidade: Florença;
O PrĂ­ncipe - Maquiavel
‱ Cenário:
▫ Renascimento – Fim do SĂ©culo XV, florescendo no primeiro
quarto do SĂ©culo XVI.
1. Visa livrar-se das disciplinas intelectuais da Idade MĂ©dia;
2. O conhecimento nĂŁo Ă© mais transmitido pelo poder cristĂŁo, mas
estudado diretamente na fonte pelos humanistas;
3. Desmistificação dos poderes: Temporal e Espiritual.
O PrĂ­ncipe - Maquiavel
‱ Cenário:
▫ Âmbito Temporal: afirmam-se os grandes Estados monĂĄrquicos unificados:
França, Inglaterra e Espanha;
▫ PretensĂ”es rivais ou conciliadas do Papa e do Imperador, sĂŁo considerados
ridĂ­culas;
▫ Homem autossuficiente: o homem Ă© o deus para o homem, exercendo seu
prĂłprio poder criador sobre uma natureza expurgada de raĂ­zes religiosas.;
▫ Era das “ContemplaçÔes” Era das “TĂ©cnicas”.
O PrĂ­ncipe
A Obra
O Príncipe – A Obra
‱ A Obra:
TĂ­tulo: De Principatibus – Il Principe – O PrĂ­ncipe
PropĂ”e investigar qual a essĂȘncia dos principados, de quantas
espécies podem ser, como são conquistados, conservados e
por que se perdem.
O Príncipe – A Obra
‱ A Obra:
▫ Objetivo Geral: Como manter o Poder (e nĂŁo como fazer o
bem); Busca a razão da política e do Poder – Doença;
▫ A obra nĂŁo inicia com uma digressĂŁo sobre a natureza
humana, a moral, Deus, o bem ou o mal, mas, diretamente
com a natureza dos regimes polĂ­ticos.
O Príncipe – A Obra
‱ A Obra:
▫ Autonomia das esferas polĂ­tica e social;
▫ O Pressuposto nĂŁo sĂŁo as virtudes do cidadĂŁo;
▫ Objeto: O que Ă© Soberania? De quantas espĂ©cies sĂŁo? Como
ela Ă© adquirida? Como ela Ă© conservada? Como ela Ă© perdida?
O Príncipe – A Obra
‱ Teses centrais da obra:
1. NĂŁo existe Poder sem um Estado Nacional Forte;
2. O verdadeiro Deus da polĂ­tica nĂŁo Ă© religioso nem moral: Ă© a
correlação de forças;
3. Maquiavel Ă© um autor materialista;
4. O PolĂ­tica Ă© uma disciplina positiva e nĂŁo normativa;
5. NĂŁo hĂĄ qualquer sentido da HistĂłria.
O Príncipe – A Obra
‱ Capítulo I: Classificação dos tipos de Estado.
‱ Capítulos II a XI: Como cada um dos tipos de Estado pode ser
adquirido, conservado e eventualmente perdido.
‱ Capítulos XII a XIV: Questão Militar: combate às tropas mercenárias.
‱ Capítulos XV a XXIII: Como o Príncipe comporta-se com relação aos
sĂșditos e amigos.
‱ Capítulos XXIV a XXVI: Manifesto pela liberação da Itália.
O Príncipe – A Obra
Capítulo I: Classificação dos tipos
de Estado
O Príncipe – Principais ideias
‱ CapĂ­tulo I: De quantas espĂ©cies sĂŁo os principados e de que
modos sĂŁo adquiridos
ïƒ˜Ăndice das matĂ©rias: RepĂșblicas X Principados, HereditĂĄrio X
Novo, Totalmente Novo X Parcialmente Novo, O costume de
viver X Viver Livre, Adquiridos pelas armas dos outros X
adquiridos por armas prĂłprias, adquiridos pela virtude X
adquiridos pela fortuna.
O Príncipe – Principais ideias
 Estados
‱ “Todos os Estados, todos os domĂ­nios que tiveram e tĂȘm
autoridade sobre os homens foram e sĂŁo ou repĂșblicas ou
principados”.
RepĂșblicas
Estado HereditĂĄrios
Principados Novos Inteiramente
Novos
Membros anexados
O Príncipe – Principais ideias
‱ Principados:
Maquiavel nĂŁo atribui tamanho interesse a esses regimes
hereditĂĄrios;
1. Demasiados estĂĄveis;
2. Demasiado FĂĄceis;
3. Basta o PrĂ­ncipe nĂŁo ultrapassar em absoluto os limites
estabelecidos pelos antepassados e contemporizar com os
acontecimentos.
O Príncipe – Principais ideias
‱ Principados:
As verdadeiras dificuldades, tanto para aquisição quanto para
conservação, encontram-se nos Principados Novos.
‱ Dos Principados Novos:
1. Formados a partir de uma outra espécie de governo (Inteiramente
Novos);
2. Adquiridos de recente data e acrescentados a um principado
hereditĂĄrio (Mistos). Expl.: NĂĄpoles ao Estado de Espanha: o
principado novo e o Estado hereditĂĄrio formam um novo corpo.
O Príncipe – A Obra
CapĂ­tulo II a XI: Como cada um dos
tipos de Estado pode ser adquirido,
conservado e eventualmente perdido
O Príncipe – Capítulos II a XI
‱ Capítulo II: Dos Principados hereditários;
‱ Capítulo III: Dos Principados Mistos;
‱ Capítulo IV: Por que razão o reino de Dario não se rebelou após a morte de
Alexandre;
‱ Capítulo V: De que modo governar cidades ou principados que antes viviam sob
leis prĂłprias;
‱ Capítulo VI: Dos Principados Novos;
‱ Capítulo VII: Dos que chegam ao principado pelo crime;
‱ Capítulo VIII: Do principado civil;
‱ Capítulo IX: Como se deve medir a força dos principados;
‱ Capítulo X: Dos principados eclesiásticos;
‱ Capítulo XI: Dos principados eclesiásticos.
O Príncipe – Principais ideias
▫ Começa a tratar dos PrĂ­ncipes;
 O PrĂ­ncipe deve ser INTELIGENTE: tem muito a aprender e
ponderar;
▫ Maquiavel mostra a facilidade de conservação do poder nos Estados
hereditĂĄrios do que nos novos;
 Basta, pois continuar a forma de governar dos antepassados, um governo
firme e conhecido; nĂŁo Ă© necessĂĄrio por parte do prĂ­ncipe conhecimento
profundo sobre o governo, basta que ninguĂ©m o questione e leve a pĂșblico
seu possĂ­vel fracasso governamental.
O Príncipe – Principais ideias
▫ Maquiavel retrata a pessoa do PrĂ­ncipe;
▫ “Tens como inimigos todos os que ofendeste”;
 O prĂ­ncipe deve ter o cuidado de nĂŁo ofender senĂŁo aos impotentes, se
possĂ­vel. E, se Ă© obrigado a ofender poderosos, capazes de represĂĄlias, que
ao menos seja radical na ofensa.
▫ Denota pela primeira vez na obra a expressĂŁo PrĂ­ncipe Novo:
 PrevĂȘ problemas especiais;
 O prĂ­ncipe deverĂĄ, antes de tudo, agradar;
 Faz comparação com o prĂ­ncipe “natural”.
O Príncipe – Principais ideias
▫ “O desejo de conquistar Ă© sem dĂșvida algo de ordinĂĄrio e
natural, e todo aquele que se entrega a tal desejo quando
possui os meios para realizĂĄ-lo, Ă© antes louvado que
censurado, mas formar o desĂ­gnio sem poder executĂĄ-lo Ă©
incorrer na censura e cometer um erro”.
O Príncipe – Principais ideias
‱ Ter forças suficientes, tanto para conquistar, como para
conservar: Triunfo do mais forte.
“A guerra, as instituiçÔes e as regras que lhe dizem respeito sĂŁo o Ășnico
objeto a que um prĂ­ncipe deve consagrar seus pensamentos e aplicar-se, o Ășnico
que lhe convém como ofício; eis o verdadeiro ofício de todo governante. E,
graças a ela, não só os que nasceram príncipes podem manter-se, mas também
os que nasceram simples particulares podem, muitas vezes, tornar-se prĂ­ncipes.
Foi por haverem negligenciado as armas, preferindo-lhes as doçuras da
indolĂȘncia, que se tem visto soberanos perderem os seus Estados. Desprezar a
arte da guerra Ă© o primeiro passo para a ruĂ­na: possuĂ­-la perfeitamente, eis o
meio de levar-se ao poder”.
O Príncipe – Principais ideias
“Os principais fundamentos que tĂȘm todos os Estados [...] sĂŁo as
boas leis e as boas armas”.
 NĂŁo pode haver boas leis onde nĂŁo hĂĄ boas armas;
 Mas o que chama Maquiavel boas armas?
1. Boas armas, boas tropas sĂŁo apenas as que sĂŁo prĂłprias ao prĂ­ncipe,
composta de seus cidadĂŁos, de seus sĂșditos, de suas criaturas.
2. Boas tropas: apenas as tropas NACIONAIS.
O Príncipe – Principais ideias
 4 maneiras para se conquistar o poder, Ă s quais poderĂŁo
corresponder diferentes modos de conservar ou perder.
1) Conquista-se pela prĂłpria Virtu (por meio de suas prĂłprias armas);
2) Pela fortuna e pelas armas alheias;
3) Por meio de perversidades (velhacarias);
4) Pelo consentimento dos concidadĂŁos.
O Príncipe – Principais ideias
 Maquiavel irĂĄ se interessar, sobretudo, pelos dois primeiros
modos;
 Fortuna X Virtu (discutida profundamente no CapĂ­tulo XXV)
Energia, vigor, princĂ­pios, talento
Sorte (habilidade fora do ser)
O Príncipe – Principais ideias
‱ 1) Os que se tornam príncipes pela própria “virtu” (pelas
prĂłprias armas):
 DifĂ­cil para se radicar, mas, fĂĄcil de se conservar;
 Dificuldade: estabelecer novas instituiçÔes:
1. Empreendimento obrigatĂłrio para fundar o novo regime;
2. Alicerçar a segurança do novo príncipe;
3. Repleto de perigos e incertezas.
O Príncipe – Principais ideias
“Aquele que se dedica a tal empreendimento tem por inimigos
todos quantos se beneficiavam das instituiçÔes antigas, e só acha
tĂ­bios defensores naqueles para quem seriam Ășteis as novas”.
 TĂ­bios: possuem medo de perder os “favores” gerados no antigo
poder;
 Constante ataque entre os que se beneficiam do antigo poder e a
constante defesa dos que atuam no novo poder.
O Príncipe – Principais ideias
 O PrĂ­ncipe necessita de meios hĂĄbeis para constranger tais
perigos:
“A força Ă© justa quando necessĂĄria”
“Todos os profetas armados venceram, desarmados arruinaram-se”.
“Que os povos sĂŁo naturalmente inconstantes e que, se Ă© fĂĄcil persuadi-los
de alguma coisa, Ă© difĂ­cil consolidĂĄ-los em tal persuasĂŁo: portanto, Ă©
preciso dispor as coisas de tal maneira que, ao nĂŁo crerem mais, seja
possível obrigá-los a crer pela força”.
O Príncipe – Principais ideias
“Mas quando os fundadores, sabendo apoiar-se na força,
conservadora das crenças, conseguiram atravessar esses obståculos
e superar essas dificuldades extremas, quando começaram a ser
venerados e a se libertarem dos invejosos de sua classe,
permaneceram poderosos, tranqĂŒilos, honrados e felizes”.
O Príncipe – Principais ideias
‱ 2) Quanto aos principados novos, conquistados com as armas
alheias, isto Ă©, pela fortuna:
 FĂĄcil de se conquistar:
1. Dependem de vontade alheia;
2. Nenhuma dificuldade detém o novo príncipe.
 DifĂ­cil de se conservar:
1. Dependem da vontade e da fortuna dos que criaram – variáveis;
2. Não possuem forças nem preparo para o poder.
O Príncipe – Principais ideias
“A menos que um homem seja dotado de grande espírito e de
grande valor, Ă© pouco provĂĄvel que, tendo vivido sempre como
simples particular, saiba comandar”.
 Estados subitamente formados carecem de raĂ­zes profundas e
correm o risco de desmoronarem Ă  primeira tempestade.
“A menos que o Príncipe favorecido pela fortuna se ache dotado
desse grande espĂ­rito e desse grande valor, e que saiba preparar-se
imediatamente para conservar o que a fortuna lhe colocou nas
mãos”.
O Príncipe – Principais ideias
‱ 3) Conquistados por meio de perversidade (velhacaria)
 Maquiavel deprecia essa categoria de conquista:
1. NĂŁo exigem nem muita virtu;
2. Nem esplĂȘndidas intervençÔes de fortuna.
 Explos.: 1 – Siciliano AgĂĄtocles (simples filho de oleiro, consegue
elevar-se à dignidade de rei de Siracusa); 2 – Oliverotto (se torna
senhor de Fermo, massacrando seu tio materno e os distintos
cidadĂŁos da cidade, por ele convidados a um banquete).
O Príncipe – Principais ideias
 O interesse essencial de Maquiavel Ă© discutir a Moral, acerca do
bom e do mau emprego da crueldade;
 Crueldades bem praticadas X Crueldades mal praticadas
 Crueldades Bem praticadas:
 SĂŁo as que se cometem todas ao mesmo tempo, no inĂ­cio do reinado, a fim de
prover à segurança do novo príncipe.
 Crueldades Mal praticadas: “Conservar a faca na mĂŁo”
 SĂŁo as que se arrastam, se renovam e, pouco numerosas no princĂ­pio, se
multiplicam com o tempo em vez de cessarem.
O príncipe – Principais ideias
“A tal respeito, Ă© preciso observar que os homens devem ser ou
acariciados ou esmagados; eles se vingam das injĂșrias leves; nĂŁo o
podem fazer quando muito grandes; donde se conclui que,
tratando-se de ofender um homem, deve-se fazĂȘ-lo de tal maneira
que não se possa temer vingança”.
 Maquiavel chama de RemĂ©dios Heroicos.
O Príncipe – Principais ideias
‱ 4) A conquista de um principado pelo favor dos concidadãos
 Exige alguma fortuna e alguma virtu, mas, nem toda a fortuna e
nem toda a virtu;
 Ora Ă© o povo, ora sĂŁo os grandes que constituem o PrĂ­ncipe;
 Ascende a este principado ou pelo favor do povo ou pelo favor
dos grandes.
O Príncipe – Principais ideias
Grandes PrĂ­ncipe Povo
NĂŁo quer ser comandado nem oprimido
Comandar e oprimir
O Príncipe – Principais ideias
 “Assim Ă© que o povo constitui um prĂ­ncipe quando, incapaz de
resistir aos Grandes, coloca toda sua esperança no poder de um
simples particular que haverĂĄ de defendĂȘ-lo”.
 “E tambĂ©m os Grandes, que se sentem incapazes de resistir ao
povo, recorrem ao crĂ©dito, Ă  ascendĂȘncia de um deles,
constituindo-o prĂ­ncipe a fim de poderem, Ă  sombra de sua
autoridade, continuar a satisfazer seus desejos ambiciosos”.
O Príncipe – Principais ideias
 PrĂ­ncipe alçado pelos Grandes:
 Julgam seus iguais;
 Encontra-se mais dificuldade em manter-se;
 DeverĂĄ fazer tudo para se reconciliar quanto antes com o povo;
 NĂŁo terĂĄ entĂŁo amparo mais fiel.
 PrĂ­ncipe alçado pelo povo: PreferĂȘncia de Maquiavel
 O povo Ă© fĂĄcil de satisfazer;
 NĂŁo pedem para oprimir;
 Pedem apenas para nĂŁo serem oprimidos.
O Príncipe – Principais ideias
 Maquiavel pouco se interessa pelos principados eclesiĂĄsticos:
(nĂŁo compreende, julgando-o enfraquecedor, estranho Ă  virtu)
 Conquista-se pela fortuna ou pela virtu, mas, para se conservĂĄ-lo nĂŁo
se precisa de fortuna nem de virtu;
 Poder advindo do tradicionalismo religiosos;
 Basta o poder das antigas instituiçÔes religiosas:
 Substitui o bom governo, a dedicação dos sĂșditos, a habilidade, o valor;
 “É Deus que os eleva e os conserva”
O Príncipe – Principais ideias
‱ Distinção entre os Estados a conquistar:
1. Principado DespĂłtico;
2. Principado AristocrĂĄtico;
3. RepĂșblica.
O Príncipe – Principais ideias
‱ Principados Despóticos:
 Governado por um prĂ­ncipe de quem todos sĂŁo escravos;
 DifĂ­cil de conquistar: todos os sĂșditos comprimem-se em redor do
prĂ­ncipe, e deles nada tem a esperar o estrangeiro;
 FĂĄcil conservar: basta extinguir a raça do prĂ­ncipe, para que nĂŁo
reste mais ninguĂ©m que exerça ascendĂȘncia sobre o povo; esse povo,
acostumado por definição Ă  obediĂȘncia, Ă© incapaz de escolher por si
um novo prĂ­ncipe e de retomar as armas.
O Príncipe – Principais ideias
‱ Principado Aristocrático:
 Governado por um prĂ­ncipe assistido pelos Grandes, que conservam
seu poder, não devido ao favor do príncipe, mas em função de sua
prĂłpria antiguidade;
 FĂĄcil de conquistar: sempre se encontram grandes descontentes,
prontos a abrir caminho ao estrangeiro, facilitando-lhe a vitĂłria;
 DifĂ­cil de conservar: nĂŁo Ă© possĂ­vel, nem satisfazer todos os Grandes,
nem extingui-los de todo: O novo PrĂ­ncipe perderĂĄ essa frĂĄgil
conquista “assim que se apresentar a oportunidade”.
O Príncipe – Principais ideias
‱ RepĂșblica: Absolutamente seguro para o novo PrĂ­ncipe
 Vive livre sob suas prĂłprias leis;
 Estado extraordinariamente difĂ­cil de conquistar;
 Existe um princĂ­pio de vida bem mais ativo, um Ăłdio bem mais
profundo, um desejo de vingança bem mais ardente, que não deixa,
nem pode deixar um momento em repouso a lembrança da antiga
liberdade.
 Meios para domar a indomĂĄvel liberdade republicana:
 O PrĂ­ncipe residir pessoalmente na regiĂŁo, reprimindo as desordens;
 Governar o paĂ­s pelas prĂłprias leis dos cidadĂŁos, reservando-se o
pagamento de um tributo;
 Destruir, aniquilar a antiga e incurĂĄvel RepĂșblica.
O Príncipe – Principais ideias
 Renova-se o governo para se aproximar de uma “perfeita”
governabilidade.
Destruir (edificar novas cidades,
desfazer as velhas, renovar as leis)
Residir (ConhecĂȘ-lo, conviver no
espaço por suas próprias Leis)
DeixĂĄ-lo viver por suas prĂłprias Leis
TrĂȘs maneiras de conservar um
Estado que vive sob suas
prĂłprias Leis
(RepĂșblica)
O Príncipe – A Obra
CapĂ­tulos XII a XIV: QuestĂŁo
Militar: combate Ă s tropas
mercenĂĄrias
O Príncipe – Capítulos XII a XIV
 CapĂ­tulo XII: De quantas espĂ©cies sĂŁo as milĂ­cias, e dos soldados
mercenĂĄrios;
 CapĂ­tulo XIII: Dos soldados auxiliares, mistos e prĂłprios;
 CapĂ­tulo XIV: O que compete a um prĂ­ncipe acerca da milĂ­cia.
O Príncipe – Principais ideias
“Os soldados comprados ou tomados de emprĂ©stimo nĂŁo tĂȘm outro amor
nem outra razĂŁo que os segure em campo a nĂŁo ser um pouco de soldo,
que nĂŁo Ă© suficiente para fazer com que queiram morrer por ti”.
 NĂŁo se pode pagar um homem para fazer o que o faria o amante da
pĂĄtria.
“NinguĂ©m vai lutar e morrer pela pĂĄtria, nem nobres, nem padres, nem
capitães, nem soldados comprados, pedidos ou tomados de empréstimo.
NinguĂ©m, exceto os prĂłprios patriotas”.
O Príncipe – Principais ideias
 O Estado, tendo por base as armas mercenĂĄrias estĂĄ indefeso frente os
exércitos estrangeiros;
 O PrĂ­ncipe deve possuir uma formação para o comando militar;
 “SĂŁo raros os casos em que nĂŁo se pode contar com a experiĂȘncia”.
 Recomenda exĂ©rcitos de campo e caçadas no terreno de batalha:
 Estruturação militar na experiĂȘncia.
O Príncipe – A Obra
CapĂ­tulos XV a XXIII: Como o
Príncipe comporta-se com relação
aos sĂșditos e amigos.
O Príncipe – Capítulos XV a XXIII
 CapĂ­tulo XV: Daquelas coisas pelas quais os homens, e especialmente os
prĂ­ncipes, sĂŁo louvados ou vituperados;
 CapĂ­tulo XVI: Da liberdade e da parcimĂŽnia;
 CapĂ­tulo XVII: Da crueldade e da piedade; se Ă© melhor ser amado que
temido, ou antes temido que amado;
 CapĂ­tulo XVIII: De que modo os prĂ­ncipes devem manter a fĂ© da palavra
dada;
 CapĂ­tulo XIV: De como se deva evitar o ser desprezado e odiado;
 CapĂ­tulo XX: Se as fortalezas e muitas outras coisas que a cada dia sĂŁo
feitas pelos prĂ­ncipes sĂŁo Ășteis ou nĂŁo;
 CapĂ­tulo XXI: O que convĂ©m a um prĂ­ncipe para ser estimado;
 CapĂ­tulo XXII: Dos secretĂĄrios que os prĂ­ncipes tĂȘm junto de si;
 CapĂ­tulo XXIII: Como se afastam os aduladores.
O Príncipe – Principais ideias
 CapĂ­tulos mais cĂ©lebres da obra;
 Constituem a essĂȘncia do “maquiavelismo”;
 Maquiavel traça o retrato de corpo inteiro de seu prĂ­ncipe novo;
 Como deve esse prĂ­ncipe proceder em relação a seus amigos e
sĂșditos? Quais os deveres do PrĂ­ncipe?
O Príncipe – Principais ideias
 O PrĂ­ncipe vive no centro do perigo, sendo acompanhado por dois
receios:
1. Interior de seus Estados e o comportamento de seus sĂșditos;
2. O exterior e os desĂ­gnios das potĂȘncias circundantes.
 Infinita distinção entre: a maneira pela qual se vive X o modo
como se deveria viver.
O Príncipe – Principais ideias
 O PrĂ­ncipe que quer manter-se como tal deve, aprender a ser ou
nĂŁo ser bom conforme necessidade;
 “Que haveria de mais desejĂĄvel do que um prĂ­ncipe que reunisse
todas as boas qualidades, fosse generoso, benfazejo, compassivo,
fiel Ă  sua palavra, firme e corajoso, indulgente, casto, franco,
grave e religioso? Isto, porém, é praticamente impossível, a
condição humana não comporta”.
O Príncipe – Principais ideias
 Saber distinguir perfeitamente o bem e o mal;
 PreferirĂĄ o bem, mas recusa fechar os olhos ante o que julga ser a
necessidade do Estado;
 Ante o que julga serem as servidĂ”es da condição humana;
 Para um PrĂ­ncipe, seria bom ter a reputação de liberal, generoso,
mas, deve evitar usar da clemĂȘncia inoportunamente.
O Príncipe – Principais ideias
“Mais vale ser amado que temido, ou temido que amado?”
 Melhor consistiria em ser amado e temido, mas Ă© difĂ­cil;
 É mais seguro ser temido. Por quĂȘ?
1. Os homens sĂŁo geralmente ingratos, inconstantes, dissimulados, trĂȘmulos
em face dos perigos e ĂĄvidos de lucro; enquanto lhes fazeis bem, sĂŁo
dedicados; oferecem-lhe o sangue, os bens, a vida, os filhos, enquanto o
perigo sĂł se apresenta remotamente, mas quando este se aproxima, bem
depressa se esquivam;
2. Os homens receiam muito menos ofender aquele que se faz amar do que
aquele que se faz temer;
3. O vĂ­nculo do amor, rompem-se ao sabor do prĂłprio interesse, enquanto o
temor sustenta-se por um medo do castigo, que jamais os abandona.
O Príncipe – Principais ideias
 Temor X Ódio
 O Ăłdio Ă© grave ao PrĂ­ncipe e ao Estado;
 Toda fortaleza conquistada por um prĂ­ncipe odiado nĂŁo se salvarĂĄ das
conjuraçÔes dos sĂșditos;
 Para evitar o Ăłdio: “QuintessĂȘncia do maquiavelismo”
 O PrĂ­ncipe deve ser fiel Ă  palavra;
 Atentar-se aos bens dos sĂșditos;
 Atentar-se a honra das mulheres;
 Agir sempre francamente.
O Príncipe – Principais ideias
 Homem X Animal: O mito de QuĂ­ron e Aquiles.
 É necessĂĄrio a um PrĂ­ncipe, agir tanto como animal quanto como homem;
 É prĂłprio do homem combater pelas leis, regularmente, com lealdade e
fidelidade;
 É prĂłprio do animal combater pela força e pela astĂșcia.
 O PrĂ­ncipe perfeito necessita possuir ambas as naturezas:
 LeĂŁo X Raposa
 LeĂŁo: atemorizar os lobos;
 Raposa: reconhecer as armadilhas.
O Príncipe – Principais ideias
“Se os homens fossem todos bons, não seria necessário este preceito, mas
como sĂŁo maus, e como nĂŁo observariam a sua palavra para contigo,
tampouco estás obrigado a observá-la para com eles”.
 O PrĂ­ncipe deve possuir a virtude do parecer, do fazer crer, da
hipocrisia, a onipotĂȘncia do resultado;
 Os homens julgam mais pelos olhos do que pelas mĂŁos
“Todo o mundo, vĂȘ o que pareceis, poucos conhecem a fundo o que sois, e
esta minoria nĂŁo ousarĂĄ elevar-se contra a opiniĂŁo da maioria, sustentada
ainda pela majestade do poder soberano”.
O Príncipe – Principais ideias
“[...],todos os meios que tiver empregado serão julgados dignos e
louvados por todo o mundo; o vulgar Ă© sempre seduzido pela
aparĂȘncia e pelo ĂȘxito; e nĂŁo Ă© o vulgar que faz o mundo?”
 Basta ao PrĂ­ncipe seguir certas regras:
 Jamais deve tornar poderoso outro prĂ­ncipe: estaria trabalhando para sua
prĂłpria ruĂ­na;
 Demonstrar-se francamente amigo ou inimigo: demonstrar-se claramente
prĂł ou contra tal ou qual Estados;
 Deve sempre aconselhar-se quando necessĂĄrio: por vontade prĂłpria e nĂŁo de
terceiros, pois, por vontade alheia deixaria dominar-se facilmente.
O Príncipe – Principais ideias
 Seguindo os PrĂ­ncipes a tudo que se precede, estarĂĄ mais seguro que um
prĂ­ncipe antigo;
 Achar-se-ĂĄ estabelecido com mais firmeza;
 Quando julgado virtuoso, conquistam-lhe e prendem-lhe muito mais os
coraçÔes do que com os antigos de linhagem, pois, os homens
impressionam-se muito mais com o presente do que com o passado;
 Dupla glĂłria:
 Ter fundado um Estado novo;
 Ter consolidado com boas armas, boas leis, bons aliados e bons exemplos.
 Dupla vergonha:
 Ter perdido o trono ao qual nascera;
 NĂŁo possuir prudĂȘncia.
O Príncipe – A Obra
CapĂ­tulos XXIV a XXVI: Manifesto
pela liberação da Itålia.
O Príncipe – Capítulos XXIV a XXVI
 CapĂ­tulo XXIV: Por que os PrĂ­ncipes da ItĂĄlia perderam seus estados;
 CapĂ­tulo XXV: De quanto pode a fortuna nas coisas humanas e de que
modo se lhe deva resistir;
 CapĂ­tulo XXVI: Exortação para procurar tomar a ItĂĄlia e libertĂĄ-la das
mĂŁos dos bĂĄrbaros.
O Príncipe – Principais ideias
 Maquiavel revela o grande segredo de sua obra: A ItĂĄlia;
 Amor a pĂĄtria que fora dilacerada, subjugada e devastada;
 Maquiavel escreve O PrĂ­ncipe para salvar a ItĂĄlia;
 Uma ItĂĄlia republicana, herdeira da RepĂșblica romana, pela liberdade
cívica à antiga, possuidor de um exército nacional;
 A libertação da ItĂĄlia sob a forma republicana.
O Príncipe – Principais ideias
 O PrĂ­ncipe deve dispor de um papel heroico: “o matador de dragĂ”es”, o
“redentor” da Itália;
 Mas, quem salvarĂĄ a ItĂĄlia?
 Os MĂ©dicis;
 Por quĂȘ?
 A famĂ­lia dos MĂ©dicis era qualificada por sua virtude hereditĂĄria, por sua
fortuna, o favor de Deus e o da Igreja, cujo trono atualmente ocupava.
“O GĂȘnio contra a força bĂĄrbara – tomarĂĄ as armas e breve serĂĄ o
combate – pois o antigo valor – ainda nĂŁo morreu nos coraçÔes
italianos”.
O PrĂ­ncipe – ConsideraçÔes Finais
O destino da Obra
O PrĂ­ncipe – ConsideraçÔes Finais
 Loureço de MĂ©dicis, recebeu O PrĂ­ncipe em manuscrito, porĂ©m, nĂŁo
devotou a mínima atenção;
 Maquiavel nĂŁo pĂŽde imaginar tamanha repercussĂŁo de sua obra;
 Em 1531, O PrĂ­ncipe Ă© impresso, sendo considerado Inofensivo pela
igreja;
 A partir de 1550, a obra ganha as sociedades, levando a rumores que
tomarĂĄ conta do final do SĂ©culo XVI.
O PrĂ­ncipe – ConsideraçÔes Finais
 Em torno dos conflitos que encobertara o Renascimento, achar-se-ĂŁo
envolvidos Maquiavel e sua Obra;
 SerĂĄ considerada, a obra, escrita pelas mĂŁos do demĂŽnio: “Old Nick”;
 Maquiavel Ă© denunciado, em 1557, pelo papa Paulo IV, e inserido na
lista do Ă­ndex;
 A França o difama como sendo o conselheiro de Catarina de MĂ©dicis,
inspirador de sua Corte;
 Os termos “maquiavĂ©lico” e “maquiavelismo” surgem nesse perĂ­odo,
aderindo o verbo “maquiavelizar”.
O PrĂ­ncipe – ConsideraçÔes Finais
 Nos SĂ©culos XVI, XVII e XVIII por decorrĂȘncia das sequenciais revoltas
ideolĂłgicas e religiosas, buscarĂĄ entender os escritos de Maquiavel;
 Rousseau, No Contrato Social, proporĂĄ que Maquiavel simulando dar
orientaçÔes aos reis, deu grandes liçÔes aos povos, dizendo ser seu livro
o Livro dos Republicanos;
 NapoleĂŁo, que domina o SĂ©culo XIX, aparece a seus inimigos, como a
realização mais perfeita do Príncipe;
 Quando no SĂ©culo XX, O Breve SĂ©culo, possuem por escopo a Obra de
Maquiavel, valendo-se Benito Mussolini, Hitler e Stalin;
O PrĂ­ncipe – ConsideraçÔes Finais
 O PrĂ­ncipe Ă©, contudo, uma obra mais comentada que lida;
 Cabe indagar, portanto, por quĂȘ permeou seus ensinamentos ao longo
da temporalidade? Por quĂȘ em pleno SĂ©culo XXI, apĂłs cinco SĂ©culos,
ainda discutimos a obra de Maquiavel?
1. Maquiavel apresentou cruamente o problema das relaçÔes entre a Política e
a Moral, “O Príncipe deve estar à frente da moral”;
2. Apresentou profunda cisão e irremediåvel separação entre Política e Moral;
3. Sua obra permanecerå em debate até o instante em que a humanidade
deixar a vontade pelo poder de lado.
74
Maquiavel
Maquiavel nĂŁo admite um fundamento anterior e exterior Ă 
polĂ­tica (Deus, natureza, razĂŁo).
“Toda cidade está dividida em dois desejos opostos: o
desejo dos grandes de oprimir e comandar e o do povo de
não ser oprimido nem comandado.”
75
Filosofia PolĂ­tica
Maquiavel
‱ A cidade Ă© tecida por lutas internas que a
obrigam a instruir um pĂłlo superior que possa
unificĂĄ-la e dar-lhe identidade.
‱ Esse pĂłlo Ă© o PODER POLÍTICO.
76
‱ A finalidade da polĂ­tica nĂŁo Ă©, como dizia os
pensadores gregos, romanos e cristĂŁos, a
justiça e o bem comum, mas como sempre
souberam os polĂ­ticos, isto, Ă©, A TOMADA E
MANUTENÇÃO DO PODER.
77
‱ O prĂ­ncipe Ă© aquele que sabe tomar e conservar o
poder e que, por isso, jamais se alia aos grandes,
pois estes sĂŁo rivais e querem o poder para si, mas
deve aliar-se ao povo, que espera do governante a
imposição de limites ao desejo de opressão e
mando dos grandes.
78
‱ A polĂ­tica nĂŁo Ă© a lĂłgica racional da justiça e da
Ă©tica, mas a LÓGICA DA FORÇA
TRANSFORMADORA DO PODER E DA LEI.
79
‱ Maquiavel recusa a figura do Bom Governo. O
prĂ­ncipe precisa ter virtĂș, mas Ă© propriamente
polĂ­tica, referido-se Ă s qualidades dos
dirigentes para tomar e manter o poder,
mesmo que para isso, tenha que usar a
violĂȘncia.
80
NĂŁo ao prĂ­ncipe virtuoso com as morais cristĂŁs
81
“Creio que isto [a usurpação de um principado] seja
consequĂȘncia de serem as crueldades mal ou bem
praticadas. Bem usadas se podem chamar aquelas
(se Ă© que se pode dizer bem do mal) que sĂŁo feitas,
de uma só vez, pela necessidade de prover alguém à
própria segurança, e depois são postas à margem,
transformando-se o mais possĂ­vel em vantagem para
os sĂșditos. Mal usadas sĂŁo as que, ainda que a
princĂ­pio sejam poucas, em vez de extinguirem-se
[as crueldades], crescem com o tempo... “
MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. Trad. Lívio Xavier. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 38. Coleção .Os Pensadores..
‱ A tradição afirmava que o governante devia
ser amado e respeitado pelos governados.
Maquiavel afirma que o prĂ­ncipe nĂŁo pode ser
odiado. Isso significa, que o prĂ­ncipe deve ser
respeitado e temido – o que sĂł Ă© possĂ­vel se
nĂŁo for odiado.
82
‱ O poder do príncipe deve ser superior ao dos
grandes e estar a serviço do povo. O príncipe
pode ser monarca hereditĂĄrio ou por
conquista; pode ser todo um povo que
conquista, pela força, o poder e o exerce
democraticamente.
83
‱ Qualquer um desses regimes políticos será
legítimo se for uma REPÚBLICA e não um
despotismo ou tirania.Isto Ă©, sĂł Ă© legĂ­timo o
regime no qual o poder não estå a serviço dos
desejos e interesses de um particular.
84
‱ A virtĂș Ă© a capacidade do prĂ­ncipe para ser
sempre FLEXÍVEL às circunstñncias, mudando
com elas para agarrar e dominar a fortuna.
Um prĂ­ncipe que age sempre da mesma
maneira fracassarĂĄ e nĂŁo terĂĄ virtĂș alguma.
85
‱ Para ser senhor da sorte ou das circunstñncias
deve mudar com elas, e com elas, ser volĂșvel
e inconstante, pois somente assim saberĂĄ
agarrĂĄ-las e vencĂȘ-las.
86
‱ Em certas circunstñncias, deverá ser cruel, em
outras generoso; em certas ocasiÔes deverå
mentir, em outras ser honrado; em certos
momentos, deverĂĄ ceder Ă  vontade dos
outros, em algumas, ser inflexĂ­veis.
87
O ethos ou carĂĄter do prĂ­ncipe deve
variar.
‱ A fortuna Ă© sempre favorĂĄvel a quem souber
agarrĂĄ-la. Oferece-se como um presente a
todo aquele que tiver ousadia para dobrĂĄ-la e
vencĂȘ-la. Essa ousadia para mudar de atitude
e de comportamento Ă© a verdadeira prudĂȘncia
principesca, senhora da fortuna.
88
O Governante precisa saber...
...agir como uma fera, diz Maquiavel em
O PrĂ­ncipe, e deve imitar as qualidades
da raposa, assim com as do leĂŁo.
O governante
deve ter a
ferocidade do
leĂŁo para
amedrontar
quem buscar
destituĂ­-lo.
O governante
deve ter a
astĂșcia da
raposa para
reconhecer
ciladas e
armadilhas.
A crueldade tem sido
uma caracterĂ­stica de
lĂ­deres ao longo da
história. No século XX, os
ditadores Josef Stalin e
Adolf Hitler inspiraram o
terror e a admiração
para manterem-se no
poder respectivamente
na ex-União Soviética e
na Alemanha.
O Príncipe não conservou sua juventude – muitas obras
mereceriam esse elogia banal -, O PrĂ­ncipe conservou seu
poder de fascĂ­nio. Sei disso, mas nĂŁo estou certo de saber por
quĂȘ. Ocorreu-me uma primeira resposta. O PrĂ­ncipe Ă© um livro
cuja aparente clareza deslumbra e cujo mistério os eruditos e
os simples leitores tentam em vĂŁo esclarecer. o que queria
dizer Maquiavel? A quem queria dar aulas, aos reis ou aos
povos? De que lado ele se colocava? Do lado dos tiranos ou
dos republicanos? Ou de nenhum dos dois?
Raimond Aron. Contracapa
da edição de O Princípe da
ed. WMF Martins Fontes,
2011.
QuestĂ”es centrais d’O PrĂ­ncipe
‱ Quais as formas de conquista e de
manutenção do poder.
‱ Quais os meios materiais e quais as condiçÔes
de possibilidade da ação política.
‱ Quais as qualidades necessárias a um
governante.
‱ ConsideraçÔes sobre a natureza humana.
Pano de fundo da obra: a preocupação com a
conquista e a fundação de um novo Estado,
(ItĂĄlia livre e unificada).
ALGUMAS FRASES DE
MAQUIAVEL
‱ "Os homens ofendem mais aos que amam do que aos que
temem.”.
‱ "Nada faz o homem morrer tão contente quanto o recordar-
se de que nunca ofendeu ninguém, mas, antes, ajudou a
todos.”.
‱ "Os homens quando não são forçados a lutar por
necessidade, lutam por ambição.”.
‱ "Na política, os aliados atuais são os inimigos de amanhã.”
‱ - "O homem esquece-se de forma mais fácil à morte do pai
do que a perda do patrimĂŽnio".
Usos “curiosos” de Maquiavel
Maquiavel para mães - måximas para a efetiva governança de crianças
http://machiavelliformoms.blogspot.com.br/
ExercĂ­cios de Vestibular
UNESP 2011 meio de ano - 1ÂȘ fase
Analise o texto político, que apresenta uma visão muito próxima de importantes reflexÔes do filósofo
italiano Maquiavel, um dos primeiros a apontar que os domĂ­nios da Ă©tica e da polĂ­tica sĂŁo prĂĄticas
distintas.
“A política arruína o caráter”, disse Otto von Bismarck (1815-1898), o “chanceler de ferro” da
Alemanha, para quem mentir era dever do estadista. Os ditadores que agora enojam o mundo ao
reprimir ferozmente seus próprios povos nas praças årabes foram colocados e mantidos no poder por
naçÔes que se enxergam como faróis da democracia e dos direitos humanos: Estados Unidos, Inglaterra
e França. Isso Ă© condenĂĄvel? Os ditadores eram a Ășnica esperança do Ocidente de continuar tendo
acesso ao petróleo årabe e de manter um mínimo de informação sobre as organizaçÔes terroristas
islĂąmicas. Antes de condenar, reflita sobre a frase do mais extraordinĂĄrio diplomata americano do
sĂ©culo passado, George Kennan, morto aos 101 anos em 2005: “As sociedades nĂŁo vivem para conduzir
sua política externa: seria mais exato dizer que elas conduzem sua política externa para viver”.
(Veja, 02.03.2011. Adaptado.)
A associação entre o texto e as ideias de Maquiavel pode ser feita, pois o filósofo
(A) considerava a ditadura o modelo mais apropriado de governo, sendo simpĂĄtico Ă  repressĂŁo militar
sobre populaçÔes civis.
(B) foi um dos teóricos da democracia liberal, demonstrando-se avesso a qualquer tipo de manifestação
de autoritarismo por parte dos governantes.
(C) foi um dos teĂłricos do socialismo cientĂ­fico, respaldando as ideias de Marx e Engels.
(D) foi um pensador escolĂĄstico que preconizou a moralidade cristĂŁ como base da vida polĂ­tica.
(E) refletiu sobre a política através de aspectos prioritariamente pragmåticos.
Enem 2012 – Prova de CiĂȘncias Humanas
3) UEL-2005
“A escolha dos ministros por parte de um prĂ­ncipe nĂŁo Ă© coisa de pouca
importĂąncia: os ministros serĂŁo bons ou maus, de acordo com a prudĂȘncia
que o prĂ­ncipe demonstrar. A primeira impressĂŁo que se tem de um
governante e da sua inteligĂȘncia, Ă© dada pelos homens que o cercam. Quando
estes são eficientes e fiéis, pode-se sempre considerar o príncipe såbio, pois
foi capaz de reconhecer a capacidade e manter fidelidade. Mas quando a
situação é oposta, pode-se sempre dele fazer mau juízo, porque seu primeiro
erro terá sido cometido ao escolher os assessores”. (MAQUIAVEL, Nicolau. O
PrĂ­ncipe. Trad. de Pietro Nassetti. SĂŁo Paulo: Martin Claret, 2004. p. 136.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre Maquiavel, Ă© correto afirmar:
a) As atitudes do prĂ­ncipe sĂŁo livres da influĂȘncia dos ministros que ele
escolhe para governar.
b) Basta que o prĂ­ncipe seja bom e virtuoso para que seu governo obtenha
pleno ĂȘxito e seja reconhecido pelo povo.
c) O povo distingue e julga, separadamente, as atitudes do prĂ­ncipe daquelas
de seus ministros.
d) A escolha dos ministros Ă© irrelevante para garantir um bom governo, desde
que o prĂ­ncipe tenha um projeto polĂ­tico perfeito.
e) Um príncipe e seu governo são avaliados também pela escolha dos
ministros.
UEL 2010
Leia o texto de Maquiavel a seguir:
[Todo prĂ­ncipe prudente deve] nĂŁo sĂł remediar o presente, mas prever os casos futuros e preveni-los com toda a perĂ­cia, de forma que se
lhes possa facilmente levar corretivo, e não deixar que se aproximem os acontecimentos, pois deste modo o remédio não chega a tempo,
tendo-se tornado incurĂĄvel a molĂ©stia. [...] Assim se dĂĄ com o Estado: conhecendo-se os males com antecedĂȘncia o que nĂŁo Ă© dado senĂŁo
aos homens prudentes, rapidamente sĂŁo curados [...]
(MAQUIAVEL, N. O PrĂ­ncipe: Escritos polĂ­ticos. SĂŁo Paulo: Nova cultural, 1991, p.12.)
Nas açÔes de todos os homens, mĂĄxime dos prĂ­ncipes, onde nĂŁo hĂĄ tribunal para recorrer, o que importa Ă© o ĂȘxito bom ou mau. Procure,
pois, um prĂ­ncipe, vencer e conservar o Estado. Os meios que empregar serĂŁo sempre julgados honrosos e louvados por todos, porque o
vulgo Ă© levado pelas aparĂȘncias e pelos resultados dos fatos consumados.
(MAQUIAVEL, N. O PrĂ­ncipe: Escritos polĂ­ticos. SĂŁo Paulo: Nova cultural, 1991, p.75.)
Com base nos textos e nos conhecimentos sobre o pensamento de Maquiavel acerca da polaridade entre virtĂș e fortuna na ação polĂ­tica e
suas implicaçÔes na moralidade pĂșblica, considere as afirmativas a seguir:
I. A virtĂș refere-se Ă  capacidade do prĂ­ncipe de agir com astĂșcia e força em meio Ă  fortuna, isto Ă©, Ă  contingĂȘncia e ao acaso nas quais a
polĂ­tica estĂĄ imersa, com a finalidade de alcançar ĂȘxito em seus objetivos.
II. A fortuna manifesta o destino inexorĂĄvel dos homens e o carĂĄter imutĂĄvel de todas as coisas, de modo que a virtĂș do prĂ­ncipe consiste
em agir consoante a finalidade do Estado ideal: a felicidade dos sĂșditos.
III. A virtĂș implica a adesĂŁo sincera do governante a um conjunto de valores morais elevados, como a piedade cristĂŁ e a humildade, para que
tenha ĂȘxito na sua ação polĂ­tica diante da fortuna.
IV. O exercĂ­cio da virtĂș diante da fortuna constitui a lĂłgica da ação polĂ­tica orientada para a conquista e a manutenção do poder e manifesta
a autonomia dos fins políticos em relação à moral preestabelecida.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e IV sĂŁo corretas.
b) Somente as afirmativas II e III sĂŁo corretas.
c) Somente as afirmativas II e IV sĂŁo corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III sĂŁo corretas.
e) Somente as afirmativas I, III e IV sĂŁo corretas.
UNESP 2011 – 2ÂȘ fase
TrĂȘs maneiras hĂĄ de preservar a posse de Estados acostumados a
serem governados por leis prĂłprias; primeiro, devastĂĄ-los; segundo,
morar neles; terceiro, permitir que vivam com suas leis, arrancando um
tributo e formando um governo de poucas pessoas, que permaneçam
amigas. Sucede que, na verdade, a garantia mais segura da posse Ă© a
ruína. Os que se tornam senhores de cidades livres por tradição, e não
as destroem, serĂŁo destruĂ­dos por elas. Essas cidades costumam ter
por bandeira, em suas rebeliÔes, tanto a liberdade quanto suas antigas
leis, jamais esquecidas, nem com o passar do tempo, nem por
influĂȘncia dos favores que receberam. Por mais que se faça, e sejam
quais forem os cuidados, sem promover desavença e desagregação
entre os habitantes, continuarĂŁo eles a recordar aqueles princĂ­pios e a
estes irão recorrer em quaisquer oportunidades e situaçÔes.
(Nicolau Maquiavel. Publicado originalmente em 1513. Adaptado.)
Partindo de uma definição de moralidade como conjunto de regras de
conduta humana que se pretendem vĂĄlidas em termos absolutos,
responda se o pensamento de Maquiavel Ă© compatĂ­vel com a
moralidade cristĂŁ. Justifique sua resposta, comentando o teor prĂĄtico
ou pragmĂĄtico do pensamento desse filĂłsofo.
Respostas dos testes
UNESP 2011 meio de ano: e
ENEM 2012: c
UEL 2005: e
UEL 2010: a
Bibliografia
 CHEVALLIER, Jean-Jacques. As grandes obras polĂ­ticas de
Maquiavel a nossos dias. 8ÂȘ ed. Rio de Janeiro: Agir, 2002.
 DE GRAZIA, Sebastian. Maquiavel no inferno. SĂŁo Paulo:
Companhia das Letras, 1993.
 MACHIAVELLI, NicolĂČ. O PrĂ­ncipe. 3a ed. Totalmente rev. SĂŁo Paulo:
Martins Fontes, 2004.

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Aula 18 - As ideias de Maquiavel

  • 1. 2Âș ano: Apostila 03 / Aula 18 Professor Claudio Henrique Ramos Sales FILOSOFIA
  • 2. O PrĂ­ncipe – Maquiavel (1513) Por: Thiago JS Oliveira Professor Claudio “Henry” Sales
  • 3. O PrĂ­ncipe - Maquiavel ‱ Biografia:  NiccolĂČ Macchiavelli, nasceu em 3 de maio de 1469, filho de advogado e poetisa amadora;  Educado em uma ambiente culto e relativamente abastado;  Cresceu na cidade italiana de Florença.
  • 4. O PrĂ­ncipe - Maquiavel ‱ Biografia:  Maquiavel consagra-se com a obra O PrĂ­ncipe, um tratado de como se deve comportar “o poderoso” para se manter por um longo perĂ­odo no poder.  Maquiavel se apoiou nas questĂ”es de PlatĂŁo que, condenava a pleonexia. Desejo insaciĂĄvel de mais poder, riqueza e prazer, que atraĂ­ vĂĄrias pessoas.
  • 5. O PrĂ­ncipe - Maquiavel ‱ Biografia: Comenta frequentemente a obsessĂŁo pelo poder que cega o homens e os leva Ă s ruĂ­na; EstĂĄ atento ao descompasso entre o que se diz e o que se faz ou ao que se Ă©: Demonstra que o discurso engana; O discurso engana quem estĂĄ no poder, quem o formula.
  • 6. O PrĂ­ncipe - Maquiavel ‱ Biografia: ▫ Escreve para o PrĂ­ncipe sobre o PrĂ­ncipe; ▫ Ensina como sobreviver na selva humana; ▫ Maquiavel foi o compositor de grandes questĂ”es e observaçÔes; ▫ Compreende o modus governantes, para ter controle do poder; ▫ Maquiavel morre em 21 de junho de 1527, pobre e despojado dos cargos pĂșblicos, ao choro de poucos amigos.
  • 7. O PrĂ­ncipe - Maquiavel ‱ CenĂĄrio: ▫ Época: Renascimento; ▫ Nação: ItĂĄlia; ▫ Cidade: Florença;
  • 8. O PrĂ­ncipe - Maquiavel ‱ CenĂĄrio: ▫ Renascimento – Fim do SĂ©culo XV, florescendo no primeiro quarto do SĂ©culo XVI. 1. Visa livrar-se das disciplinas intelectuais da Idade MĂ©dia; 2. O conhecimento nĂŁo Ă© mais transmitido pelo poder cristĂŁo, mas estudado diretamente na fonte pelos humanistas; 3. Desmistificação dos poderes: Temporal e Espiritual.
  • 9. O PrĂ­ncipe - Maquiavel ‱ CenĂĄrio: ▫ Âmbito Temporal: afirmam-se os grandes Estados monĂĄrquicos unificados: França, Inglaterra e Espanha; ▫ PretensĂ”es rivais ou conciliadas do Papa e do Imperador, sĂŁo considerados ridĂ­culas; ▫ Homem autossuficiente: o homem Ă© o deus para o homem, exercendo seu prĂłprio poder criador sobre uma natureza expurgada de raĂ­zes religiosas.; ▫ Era das “ContemplaçÔes” Era das “TĂ©cnicas”.
  • 11. O PrĂ­ncipe – A Obra ‱ A Obra: TĂ­tulo: De Principatibus – Il Principe – O PrĂ­ncipe PropĂ”e investigar qual a essĂȘncia dos principados, de quantas espĂ©cies podem ser, como sĂŁo conquistados, conservados e por que se perdem.
  • 12. O PrĂ­ncipe – A Obra ‱ A Obra: ▫ Objetivo Geral: Como manter o Poder (e nĂŁo como fazer o bem); Busca a razĂŁo da polĂ­tica e do Poder – Doença; ▫ A obra nĂŁo inicia com uma digressĂŁo sobre a natureza humana, a moral, Deus, o bem ou o mal, mas, diretamente com a natureza dos regimes polĂ­ticos.
  • 13. O PrĂ­ncipe – A Obra ‱ A Obra: ▫ Autonomia das esferas polĂ­tica e social; ▫ O Pressuposto nĂŁo sĂŁo as virtudes do cidadĂŁo; ▫ Objeto: O que Ă© Soberania? De quantas espĂ©cies sĂŁo? Como ela Ă© adquirida? Como ela Ă© conservada? Como ela Ă© perdida?
  • 14. O PrĂ­ncipe – A Obra ‱ Teses centrais da obra: 1. NĂŁo existe Poder sem um Estado Nacional Forte; 2. O verdadeiro Deus da polĂ­tica nĂŁo Ă© religioso nem moral: Ă© a correlação de forças; 3. Maquiavel Ă© um autor materialista; 4. O PolĂ­tica Ă© uma disciplina positiva e nĂŁo normativa; 5. NĂŁo hĂĄ qualquer sentido da HistĂłria.
  • 15. O PrĂ­ncipe – A Obra ‱ CapĂ­tulo I: Classificação dos tipos de Estado. ‱ CapĂ­tulos II a XI: Como cada um dos tipos de Estado pode ser adquirido, conservado e eventualmente perdido. ‱ CapĂ­tulos XII a XIV: QuestĂŁo Militar: combate Ă s tropas mercenĂĄrias. ‱ CapĂ­tulos XV a XXIII: Como o PrĂ­ncipe comporta-se com relação aos sĂșditos e amigos. ‱ CapĂ­tulos XXIV a XXVI: Manifesto pela liberação da ItĂĄlia.
  • 16. O PrĂ­ncipe – A Obra CapĂ­tulo I: Classificação dos tipos de Estado
  • 17. O PrĂ­ncipe – Principais ideias ‱ CapĂ­tulo I: De quantas espĂ©cies sĂŁo os principados e de que modos sĂŁo adquiridos ïƒ˜Ăndice das matĂ©rias: RepĂșblicas X Principados, HereditĂĄrio X Novo, Totalmente Novo X Parcialmente Novo, O costume de viver X Viver Livre, Adquiridos pelas armas dos outros X adquiridos por armas prĂłprias, adquiridos pela virtude X adquiridos pela fortuna.
  • 18. O PrĂ­ncipe – Principais ideias  Estados ‱ “Todos os Estados, todos os domĂ­nios que tiveram e tĂȘm autoridade sobre os homens foram e sĂŁo ou repĂșblicas ou principados”. RepĂșblicas Estado HereditĂĄrios Principados Novos Inteiramente Novos Membros anexados
  • 19. O PrĂ­ncipe – Principais ideias ‱ Principados: Maquiavel nĂŁo atribui tamanho interesse a esses regimes hereditĂĄrios; 1. Demasiados estĂĄveis; 2. Demasiado FĂĄceis; 3. Basta o PrĂ­ncipe nĂŁo ultrapassar em absoluto os limites estabelecidos pelos antepassados e contemporizar com os acontecimentos.
  • 20. O PrĂ­ncipe – Principais ideias ‱ Principados: As verdadeiras dificuldades, tanto para aquisição quanto para conservação, encontram-se nos Principados Novos. ‱ Dos Principados Novos: 1. Formados a partir de uma outra espĂ©cie de governo (Inteiramente Novos); 2. Adquiridos de recente data e acrescentados a um principado hereditĂĄrio (Mistos). Expl.: NĂĄpoles ao Estado de Espanha: o principado novo e o Estado hereditĂĄrio formam um novo corpo.
  • 21. O PrĂ­ncipe – A Obra CapĂ­tulo II a XI: Como cada um dos tipos de Estado pode ser adquirido, conservado e eventualmente perdido
  • 22. O PrĂ­ncipe – CapĂ­tulos II a XI ‱ CapĂ­tulo II: Dos Principados hereditĂĄrios; ‱ CapĂ­tulo III: Dos Principados Mistos; ‱ CapĂ­tulo IV: Por que razĂŁo o reino de Dario nĂŁo se rebelou apĂłs a morte de Alexandre; ‱ CapĂ­tulo V: De que modo governar cidades ou principados que antes viviam sob leis prĂłprias; ‱ CapĂ­tulo VI: Dos Principados Novos; ‱ CapĂ­tulo VII: Dos que chegam ao principado pelo crime; ‱ CapĂ­tulo VIII: Do principado civil; ‱ CapĂ­tulo IX: Como se deve medir a força dos principados; ‱ CapĂ­tulo X: Dos principados eclesiĂĄsticos; ‱ CapĂ­tulo XI: Dos principados eclesiĂĄsticos.
  • 23. O PrĂ­ncipe – Principais ideias ▫ Começa a tratar dos PrĂ­ncipes;  O PrĂ­ncipe deve ser INTELIGENTE: tem muito a aprender e ponderar; ▫ Maquiavel mostra a facilidade de conservação do poder nos Estados hereditĂĄrios do que nos novos;  Basta, pois continuar a forma de governar dos antepassados, um governo firme e conhecido; nĂŁo Ă© necessĂĄrio por parte do prĂ­ncipe conhecimento profundo sobre o governo, basta que ninguĂ©m o questione e leve a pĂșblico seu possĂ­vel fracasso governamental.
  • 24. O PrĂ­ncipe – Principais ideias ▫ Maquiavel retrata a pessoa do PrĂ­ncipe; ▫ “Tens como inimigos todos os que ofendeste”;  O prĂ­ncipe deve ter o cuidado de nĂŁo ofender senĂŁo aos impotentes, se possĂ­vel. E, se Ă© obrigado a ofender poderosos, capazes de represĂĄlias, que ao menos seja radical na ofensa. ▫ Denota pela primeira vez na obra a expressĂŁo PrĂ­ncipe Novo:  PrevĂȘ problemas especiais;  O prĂ­ncipe deverĂĄ, antes de tudo, agradar;  Faz comparação com o prĂ­ncipe “natural”.
  • 25. O PrĂ­ncipe – Principais ideias ▫ “O desejo de conquistar Ă© sem dĂșvida algo de ordinĂĄrio e natural, e todo aquele que se entrega a tal desejo quando possui os meios para realizĂĄ-lo, Ă© antes louvado que censurado, mas formar o desĂ­gnio sem poder executĂĄ-lo Ă© incorrer na censura e cometer um erro”.
  • 26. O PrĂ­ncipe – Principais ideias ‱ Ter forças suficientes, tanto para conquistar, como para conservar: Triunfo do mais forte. “A guerra, as instituiçÔes e as regras que lhe dizem respeito sĂŁo o Ășnico objeto a que um prĂ­ncipe deve consagrar seus pensamentos e aplicar-se, o Ășnico que lhe convĂ©m como ofĂ­cio; eis o verdadeiro ofĂ­cio de todo governante. E, graças a ela, nĂŁo sĂł os que nasceram prĂ­ncipes podem manter-se, mas tambĂ©m os que nasceram simples particulares podem, muitas vezes, tornar-se prĂ­ncipes. Foi por haverem negligenciado as armas, preferindo-lhes as doçuras da indolĂȘncia, que se tem visto soberanos perderem os seus Estados. Desprezar a arte da guerra Ă© o primeiro passo para a ruĂ­na: possuĂ­-la perfeitamente, eis o meio de levar-se ao poder”.
  • 27. O PrĂ­ncipe – Principais ideias “Os principais fundamentos que tĂȘm todos os Estados [...] sĂŁo as boas leis e as boas armas”.  NĂŁo pode haver boas leis onde nĂŁo hĂĄ boas armas;  Mas o que chama Maquiavel boas armas? 1. Boas armas, boas tropas sĂŁo apenas as que sĂŁo prĂłprias ao prĂ­ncipe, composta de seus cidadĂŁos, de seus sĂșditos, de suas criaturas. 2. Boas tropas: apenas as tropas NACIONAIS.
  • 28. O PrĂ­ncipe – Principais ideias  4 maneiras para se conquistar o poder, Ă s quais poderĂŁo corresponder diferentes modos de conservar ou perder. 1) Conquista-se pela prĂłpria Virtu (por meio de suas prĂłprias armas); 2) Pela fortuna e pelas armas alheias; 3) Por meio de perversidades (velhacarias); 4) Pelo consentimento dos concidadĂŁos.
  • 29. O PrĂ­ncipe – Principais ideias  Maquiavel irĂĄ se interessar, sobretudo, pelos dois primeiros modos;  Fortuna X Virtu (discutida profundamente no CapĂ­tulo XXV) Energia, vigor, princĂ­pios, talento Sorte (habilidade fora do ser)
  • 30. O PrĂ­ncipe – Principais ideias ‱ 1) Os que se tornam prĂ­ncipes pela prĂłpria “virtu” (pelas prĂłprias armas):  DifĂ­cil para se radicar, mas, fĂĄcil de se conservar;  Dificuldade: estabelecer novas instituiçÔes: 1. Empreendimento obrigatĂłrio para fundar o novo regime; 2. Alicerçar a segurança do novo prĂ­ncipe; 3. Repleto de perigos e incertezas.
  • 31. O PrĂ­ncipe – Principais ideias “Aquele que se dedica a tal empreendimento tem por inimigos todos quantos se beneficiavam das instituiçÔes antigas, e sĂł acha tĂ­bios defensores naqueles para quem seriam Ășteis as novas”.  TĂ­bios: possuem medo de perder os “favores” gerados no antigo poder;  Constante ataque entre os que se beneficiam do antigo poder e a constante defesa dos que atuam no novo poder.
  • 32. O PrĂ­ncipe – Principais ideias  O PrĂ­ncipe necessita de meios hĂĄbeis para constranger tais perigos: “A força Ă© justa quando necessĂĄria” “Todos os profetas armados venceram, desarmados arruinaram-se”. “Que os povos sĂŁo naturalmente inconstantes e que, se Ă© fĂĄcil persuadi-los de alguma coisa, Ă© difĂ­cil consolidĂĄ-los em tal persuasĂŁo: portanto, Ă© preciso dispor as coisas de tal maneira que, ao nĂŁo crerem mais, seja possĂ­vel obrigĂĄ-los a crer pela força”.
  • 33. O PrĂ­ncipe – Principais ideias “Mas quando os fundadores, sabendo apoiar-se na força, conservadora das crenças, conseguiram atravessar esses obstĂĄculos e superar essas dificuldades extremas, quando começaram a ser venerados e a se libertarem dos invejosos de sua classe, permaneceram poderosos, tranqĂŒilos, honrados e felizes”.
  • 34. O PrĂ­ncipe – Principais ideias ‱ 2) Quanto aos principados novos, conquistados com as armas alheias, isto Ă©, pela fortuna:  FĂĄcil de se conquistar: 1. Dependem de vontade alheia; 2. Nenhuma dificuldade detĂ©m o novo prĂ­ncipe.  DifĂ­cil de se conservar: 1. Dependem da vontade e da fortuna dos que criaram – variĂĄveis; 2. NĂŁo possuem forças nem preparo para o poder.
  • 35. O PrĂ­ncipe – Principais ideias “A menos que um homem seja dotado de grande espĂ­rito e de grande valor, Ă© pouco provĂĄvel que, tendo vivido sempre como simples particular, saiba comandar”.  Estados subitamente formados carecem de raĂ­zes profundas e correm o risco de desmoronarem Ă  primeira tempestade. “A menos que o PrĂ­ncipe favorecido pela fortuna se ache dotado desse grande espĂ­rito e desse grande valor, e que saiba preparar-se imediatamente para conservar o que a fortuna lhe colocou nas mĂŁos”.
  • 36. O PrĂ­ncipe – Principais ideias ‱ 3) Conquistados por meio de perversidade (velhacaria)  Maquiavel deprecia essa categoria de conquista: 1. NĂŁo exigem nem muita virtu; 2. Nem esplĂȘndidas intervençÔes de fortuna.  Explos.: 1 – Siciliano AgĂĄtocles (simples filho de oleiro, consegue elevar-se Ă  dignidade de rei de Siracusa); 2 – Oliverotto (se torna senhor de Fermo, massacrando seu tio materno e os distintos cidadĂŁos da cidade, por ele convidados a um banquete).
  • 37. O PrĂ­ncipe – Principais ideias  O interesse essencial de Maquiavel Ă© discutir a Moral, acerca do bom e do mau emprego da crueldade;  Crueldades bem praticadas X Crueldades mal praticadas  Crueldades Bem praticadas:  SĂŁo as que se cometem todas ao mesmo tempo, no inĂ­cio do reinado, a fim de prover Ă  segurança do novo prĂ­ncipe.  Crueldades Mal praticadas: “Conservar a faca na mĂŁo”  SĂŁo as que se arrastam, se renovam e, pouco numerosas no princĂ­pio, se multiplicam com o tempo em vez de cessarem.
  • 38. O prĂ­ncipe – Principais ideias “A tal respeito, Ă© preciso observar que os homens devem ser ou acariciados ou esmagados; eles se vingam das injĂșrias leves; nĂŁo o podem fazer quando muito grandes; donde se conclui que, tratando-se de ofender um homem, deve-se fazĂȘ-lo de tal maneira que nĂŁo se possa temer vingança”.  Maquiavel chama de RemĂ©dios Heroicos.
  • 39. O PrĂ­ncipe – Principais ideias ‱ 4) A conquista de um principado pelo favor dos concidadĂŁos  Exige alguma fortuna e alguma virtu, mas, nem toda a fortuna e nem toda a virtu;  Ora Ă© o povo, ora sĂŁo os grandes que constituem o PrĂ­ncipe;  Ascende a este principado ou pelo favor do povo ou pelo favor dos grandes.
  • 40. O PrĂ­ncipe – Principais ideias Grandes PrĂ­ncipe Povo NĂŁo quer ser comandado nem oprimido Comandar e oprimir
  • 41. O PrĂ­ncipe – Principais ideias  “Assim Ă© que o povo constitui um prĂ­ncipe quando, incapaz de resistir aos Grandes, coloca toda sua esperança no poder de um simples particular que haverĂĄ de defendĂȘ-lo”.  “E tambĂ©m os Grandes, que se sentem incapazes de resistir ao povo, recorrem ao crĂ©dito, Ă  ascendĂȘncia de um deles, constituindo-o prĂ­ncipe a fim de poderem, Ă  sombra de sua autoridade, continuar a satisfazer seus desejos ambiciosos”.
  • 42. O PrĂ­ncipe – Principais ideias  PrĂ­ncipe alçado pelos Grandes:  Julgam seus iguais;  Encontra-se mais dificuldade em manter-se;  DeverĂĄ fazer tudo para se reconciliar quanto antes com o povo;  NĂŁo terĂĄ entĂŁo amparo mais fiel.  PrĂ­ncipe alçado pelo povo: PreferĂȘncia de Maquiavel  O povo Ă© fĂĄcil de satisfazer;  NĂŁo pedem para oprimir;  Pedem apenas para nĂŁo serem oprimidos.
  • 43. O PrĂ­ncipe – Principais ideias  Maquiavel pouco se interessa pelos principados eclesiĂĄsticos: (nĂŁo compreende, julgando-o enfraquecedor, estranho Ă  virtu)  Conquista-se pela fortuna ou pela virtu, mas, para se conservĂĄ-lo nĂŁo se precisa de fortuna nem de virtu;  Poder advindo do tradicionalismo religiosos;  Basta o poder das antigas instituiçÔes religiosas:  Substitui o bom governo, a dedicação dos sĂșditos, a habilidade, o valor;  “É Deus que os eleva e os conserva”
  • 44. O PrĂ­ncipe – Principais ideias ‱ Distinção entre os Estados a conquistar: 1. Principado DespĂłtico; 2. Principado AristocrĂĄtico; 3. RepĂșblica.
  • 45. O PrĂ­ncipe – Principais ideias ‱ Principados DespĂłticos:  Governado por um prĂ­ncipe de quem todos sĂŁo escravos;  DifĂ­cil de conquistar: todos os sĂșditos comprimem-se em redor do prĂ­ncipe, e deles nada tem a esperar o estrangeiro;  FĂĄcil conservar: basta extinguir a raça do prĂ­ncipe, para que nĂŁo reste mais ninguĂ©m que exerça ascendĂȘncia sobre o povo; esse povo, acostumado por definição Ă  obediĂȘncia, Ă© incapaz de escolher por si um novo prĂ­ncipe e de retomar as armas.
  • 46. O PrĂ­ncipe – Principais ideias ‱ Principado AristocrĂĄtico:  Governado por um prĂ­ncipe assistido pelos Grandes, que conservam seu poder, nĂŁo devido ao favor do prĂ­ncipe, mas em função de sua prĂłpria antiguidade;  FĂĄcil de conquistar: sempre se encontram grandes descontentes, prontos a abrir caminho ao estrangeiro, facilitando-lhe a vitĂłria;  DifĂ­cil de conservar: nĂŁo Ă© possĂ­vel, nem satisfazer todos os Grandes, nem extingui-los de todo: O novo PrĂ­ncipe perderĂĄ essa frĂĄgil conquista “assim que se apresentar a oportunidade”.
  • 47. O PrĂ­ncipe – Principais ideias ‱ RepĂșblica: Absolutamente seguro para o novo PrĂ­ncipe  Vive livre sob suas prĂłprias leis;  Estado extraordinariamente difĂ­cil de conquistar;  Existe um princĂ­pio de vida bem mais ativo, um Ăłdio bem mais profundo, um desejo de vingança bem mais ardente, que nĂŁo deixa, nem pode deixar um momento em repouso a lembrança da antiga liberdade.  Meios para domar a indomĂĄvel liberdade republicana:  O PrĂ­ncipe residir pessoalmente na regiĂŁo, reprimindo as desordens;  Governar o paĂ­s pelas prĂłprias leis dos cidadĂŁos, reservando-se o pagamento de um tributo;  Destruir, aniquilar a antiga e incurĂĄvel RepĂșblica.
  • 48. O PrĂ­ncipe – Principais ideias  Renova-se o governo para se aproximar de uma “perfeita” governabilidade. Destruir (edificar novas cidades, desfazer as velhas, renovar as leis) Residir (ConhecĂȘ-lo, conviver no espaço por suas prĂłprias Leis) DeixĂĄ-lo viver por suas prĂłprias Leis TrĂȘs maneiras de conservar um Estado que vive sob suas prĂłprias Leis (RepĂșblica)
  • 49. O PrĂ­ncipe – A Obra CapĂ­tulos XII a XIV: QuestĂŁo Militar: combate Ă s tropas mercenĂĄrias
  • 50. O PrĂ­ncipe – CapĂ­tulos XII a XIV  CapĂ­tulo XII: De quantas espĂ©cies sĂŁo as milĂ­cias, e dos soldados mercenĂĄrios;  CapĂ­tulo XIII: Dos soldados auxiliares, mistos e prĂłprios;  CapĂ­tulo XIV: O que compete a um prĂ­ncipe acerca da milĂ­cia.
  • 51. O PrĂ­ncipe – Principais ideias “Os soldados comprados ou tomados de emprĂ©stimo nĂŁo tĂȘm outro amor nem outra razĂŁo que os segure em campo a nĂŁo ser um pouco de soldo, que nĂŁo Ă© suficiente para fazer com que queiram morrer por ti”.  NĂŁo se pode pagar um homem para fazer o que o faria o amante da pĂĄtria. “NinguĂ©m vai lutar e morrer pela pĂĄtria, nem nobres, nem padres, nem capitĂŁes, nem soldados comprados, pedidos ou tomados de emprĂ©stimo. NinguĂ©m, exceto os prĂłprios patriotas”.
  • 52. O PrĂ­ncipe – Principais ideias  O Estado, tendo por base as armas mercenĂĄrias estĂĄ indefeso frente os exĂ©rcitos estrangeiros;  O PrĂ­ncipe deve possuir uma formação para o comando militar;  “SĂŁo raros os casos em que nĂŁo se pode contar com a experiĂȘncia”.  Recomenda exĂ©rcitos de campo e caçadas no terreno de batalha:  Estruturação militar na experiĂȘncia.
  • 53. O PrĂ­ncipe – A Obra CapĂ­tulos XV a XXIII: Como o PrĂ­ncipe comporta-se com relação aos sĂșditos e amigos.
  • 54. O PrĂ­ncipe – CapĂ­tulos XV a XXIII  CapĂ­tulo XV: Daquelas coisas pelas quais os homens, e especialmente os prĂ­ncipes, sĂŁo louvados ou vituperados;  CapĂ­tulo XVI: Da liberdade e da parcimĂŽnia;  CapĂ­tulo XVII: Da crueldade e da piedade; se Ă© melhor ser amado que temido, ou antes temido que amado;  CapĂ­tulo XVIII: De que modo os prĂ­ncipes devem manter a fĂ© da palavra dada;  CapĂ­tulo XIV: De como se deva evitar o ser desprezado e odiado;  CapĂ­tulo XX: Se as fortalezas e muitas outras coisas que a cada dia sĂŁo feitas pelos prĂ­ncipes sĂŁo Ășteis ou nĂŁo;  CapĂ­tulo XXI: O que convĂ©m a um prĂ­ncipe para ser estimado;  CapĂ­tulo XXII: Dos secretĂĄrios que os prĂ­ncipes tĂȘm junto de si;  CapĂ­tulo XXIII: Como se afastam os aduladores.
  • 55. O PrĂ­ncipe – Principais ideias  CapĂ­tulos mais cĂ©lebres da obra;  Constituem a essĂȘncia do “maquiavelismo”;  Maquiavel traça o retrato de corpo inteiro de seu prĂ­ncipe novo;  Como deve esse prĂ­ncipe proceder em relação a seus amigos e sĂșditos? Quais os deveres do PrĂ­ncipe?
  • 56. O PrĂ­ncipe – Principais ideias  O PrĂ­ncipe vive no centro do perigo, sendo acompanhado por dois receios: 1. Interior de seus Estados e o comportamento de seus sĂșditos; 2. O exterior e os desĂ­gnios das potĂȘncias circundantes.  Infinita distinção entre: a maneira pela qual se vive X o modo como se deveria viver.
  • 57. O PrĂ­ncipe – Principais ideias  O PrĂ­ncipe que quer manter-se como tal deve, aprender a ser ou nĂŁo ser bom conforme necessidade;  “Que haveria de mais desejĂĄvel do que um prĂ­ncipe que reunisse todas as boas qualidades, fosse generoso, benfazejo, compassivo, fiel Ă  sua palavra, firme e corajoso, indulgente, casto, franco, grave e religioso? Isto, porĂ©m, Ă© praticamente impossĂ­vel, a condição humana nĂŁo comporta”.
  • 58. O PrĂ­ncipe – Principais ideias  Saber distinguir perfeitamente o bem e o mal;  PreferirĂĄ o bem, mas recusa fechar os olhos ante o que julga ser a necessidade do Estado;  Ante o que julga serem as servidĂ”es da condição humana;  Para um PrĂ­ncipe, seria bom ter a reputação de liberal, generoso, mas, deve evitar usar da clemĂȘncia inoportunamente.
  • 59. O PrĂ­ncipe – Principais ideias “Mais vale ser amado que temido, ou temido que amado?”  Melhor consistiria em ser amado e temido, mas Ă© difĂ­cil;  É mais seguro ser temido. Por quĂȘ? 1. Os homens sĂŁo geralmente ingratos, inconstantes, dissimulados, trĂȘmulos em face dos perigos e ĂĄvidos de lucro; enquanto lhes fazeis bem, sĂŁo dedicados; oferecem-lhe o sangue, os bens, a vida, os filhos, enquanto o perigo sĂł se apresenta remotamente, mas quando este se aproxima, bem depressa se esquivam; 2. Os homens receiam muito menos ofender aquele que se faz amar do que aquele que se faz temer; 3. O vĂ­nculo do amor, rompem-se ao sabor do prĂłprio interesse, enquanto o temor sustenta-se por um medo do castigo, que jamais os abandona.
  • 60. O PrĂ­ncipe – Principais ideias  Temor X Ódio  O Ăłdio Ă© grave ao PrĂ­ncipe e ao Estado;  Toda fortaleza conquistada por um prĂ­ncipe odiado nĂŁo se salvarĂĄ das conjuraçÔes dos sĂșditos;  Para evitar o Ăłdio: “QuintessĂȘncia do maquiavelismo”  O PrĂ­ncipe deve ser fiel Ă  palavra;  Atentar-se aos bens dos sĂșditos;  Atentar-se a honra das mulheres;  Agir sempre francamente.
  • 61. O PrĂ­ncipe – Principais ideias  Homem X Animal: O mito de QuĂ­ron e Aquiles.  É necessĂĄrio a um PrĂ­ncipe, agir tanto como animal quanto como homem;  É prĂłprio do homem combater pelas leis, regularmente, com lealdade e fidelidade;  É prĂłprio do animal combater pela força e pela astĂșcia.  O PrĂ­ncipe perfeito necessita possuir ambas as naturezas:  LeĂŁo X Raposa  LeĂŁo: atemorizar os lobos;  Raposa: reconhecer as armadilhas.
  • 62. O PrĂ­ncipe – Principais ideias “Se os homens fossem todos bons, nĂŁo seria necessĂĄrio este preceito, mas como sĂŁo maus, e como nĂŁo observariam a sua palavra para contigo, tampouco estĂĄs obrigado a observĂĄ-la para com eles”.  O PrĂ­ncipe deve possuir a virtude do parecer, do fazer crer, da hipocrisia, a onipotĂȘncia do resultado;  Os homens julgam mais pelos olhos do que pelas mĂŁos “Todo o mundo, vĂȘ o que pareceis, poucos conhecem a fundo o que sois, e esta minoria nĂŁo ousarĂĄ elevar-se contra a opiniĂŁo da maioria, sustentada ainda pela majestade do poder soberano”.
  • 63. O PrĂ­ncipe – Principais ideias “[...],todos os meios que tiver empregado serĂŁo julgados dignos e louvados por todo o mundo; o vulgar Ă© sempre seduzido pela aparĂȘncia e pelo ĂȘxito; e nĂŁo Ă© o vulgar que faz o mundo?”  Basta ao PrĂ­ncipe seguir certas regras:  Jamais deve tornar poderoso outro prĂ­ncipe: estaria trabalhando para sua prĂłpria ruĂ­na;  Demonstrar-se francamente amigo ou inimigo: demonstrar-se claramente prĂł ou contra tal ou qual Estados;  Deve sempre aconselhar-se quando necessĂĄrio: por vontade prĂłpria e nĂŁo de terceiros, pois, por vontade alheia deixaria dominar-se facilmente.
  • 64. O PrĂ­ncipe – Principais ideias  Seguindo os PrĂ­ncipes a tudo que se precede, estarĂĄ mais seguro que um prĂ­ncipe antigo;  Achar-se-ĂĄ estabelecido com mais firmeza;  Quando julgado virtuoso, conquistam-lhe e prendem-lhe muito mais os coraçÔes do que com os antigos de linhagem, pois, os homens impressionam-se muito mais com o presente do que com o passado;  Dupla glĂłria:  Ter fundado um Estado novo;  Ter consolidado com boas armas, boas leis, bons aliados e bons exemplos.  Dupla vergonha:  Ter perdido o trono ao qual nascera;  NĂŁo possuir prudĂȘncia.
  • 65. O PrĂ­ncipe – A Obra CapĂ­tulos XXIV a XXVI: Manifesto pela liberação da ItĂĄlia.
  • 66. O PrĂ­ncipe – CapĂ­tulos XXIV a XXVI  CapĂ­tulo XXIV: Por que os PrĂ­ncipes da ItĂĄlia perderam seus estados;  CapĂ­tulo XXV: De quanto pode a fortuna nas coisas humanas e de que modo se lhe deva resistir;  CapĂ­tulo XXVI: Exortação para procurar tomar a ItĂĄlia e libertĂĄ-la das mĂŁos dos bĂĄrbaros.
  • 67. O PrĂ­ncipe – Principais ideias  Maquiavel revela o grande segredo de sua obra: A ItĂĄlia;  Amor a pĂĄtria que fora dilacerada, subjugada e devastada;  Maquiavel escreve O PrĂ­ncipe para salvar a ItĂĄlia;  Uma ItĂĄlia republicana, herdeira da RepĂșblica romana, pela liberdade cĂ­vica Ă  antiga, possuidor de um exĂ©rcito nacional;  A libertação da ItĂĄlia sob a forma republicana.
  • 68. O PrĂ­ncipe – Principais ideias  O PrĂ­ncipe deve dispor de um papel heroico: “o matador de dragĂ”es”, o “redentor” da ItĂĄlia;  Mas, quem salvarĂĄ a ItĂĄlia?  Os MĂ©dicis;  Por quĂȘ?  A famĂ­lia dos MĂ©dicis era qualificada por sua virtude hereditĂĄria, por sua fortuna, o favor de Deus e o da Igreja, cujo trono atualmente ocupava. “O GĂȘnio contra a força bĂĄrbara – tomarĂĄ as armas e breve serĂĄ o combate – pois o antigo valor – ainda nĂŁo morreu nos coraçÔes italianos”.
  • 69. O PrĂ­ncipe – ConsideraçÔes Finais O destino da Obra
  • 70. O PrĂ­ncipe – ConsideraçÔes Finais  Loureço de MĂ©dicis, recebeu O PrĂ­ncipe em manuscrito, porĂ©m, nĂŁo devotou a mĂ­nima atenção;  Maquiavel nĂŁo pĂŽde imaginar tamanha repercussĂŁo de sua obra;  Em 1531, O PrĂ­ncipe Ă© impresso, sendo considerado Inofensivo pela igreja;  A partir de 1550, a obra ganha as sociedades, levando a rumores que tomarĂĄ conta do final do SĂ©culo XVI.
  • 71. O PrĂ­ncipe – ConsideraçÔes Finais  Em torno dos conflitos que encobertara o Renascimento, achar-se-ĂŁo envolvidos Maquiavel e sua Obra;  SerĂĄ considerada, a obra, escrita pelas mĂŁos do demĂŽnio: “Old Nick”;  Maquiavel Ă© denunciado, em 1557, pelo papa Paulo IV, e inserido na lista do Ă­ndex;  A França o difama como sendo o conselheiro de Catarina de MĂ©dicis, inspirador de sua Corte;  Os termos “maquiavĂ©lico” e “maquiavelismo” surgem nesse perĂ­odo, aderindo o verbo “maquiavelizar”.
  • 72. O PrĂ­ncipe – ConsideraçÔes Finais  Nos SĂ©culos XVI, XVII e XVIII por decorrĂȘncia das sequenciais revoltas ideolĂłgicas e religiosas, buscarĂĄ entender os escritos de Maquiavel;  Rousseau, No Contrato Social, proporĂĄ que Maquiavel simulando dar orientaçÔes aos reis, deu grandes liçÔes aos povos, dizendo ser seu livro o Livro dos Republicanos;  NapoleĂŁo, que domina o SĂ©culo XIX, aparece a seus inimigos, como a realização mais perfeita do PrĂ­ncipe;  Quando no SĂ©culo XX, O Breve SĂ©culo, possuem por escopo a Obra de Maquiavel, valendo-se Benito Mussolini, Hitler e Stalin;
  • 73. O PrĂ­ncipe – ConsideraçÔes Finais  O PrĂ­ncipe Ă©, contudo, uma obra mais comentada que lida;  Cabe indagar, portanto, por quĂȘ permeou seus ensinamentos ao longo da temporalidade? Por quĂȘ em pleno SĂ©culo XXI, apĂłs cinco SĂ©culos, ainda discutimos a obra de Maquiavel? 1. Maquiavel apresentou cruamente o problema das relaçÔes entre a PolĂ­tica e a Moral, “O PrĂ­ncipe deve estar Ă  frente da moral”; 2. Apresentou profunda cisĂŁo e irremediĂĄvel separação entre PolĂ­tica e Moral; 3. Sua obra permanecerĂĄ em debate atĂ© o instante em que a humanidade deixar a vontade pelo poder de lado.
  • 75. Maquiavel nĂŁo admite um fundamento anterior e exterior Ă  polĂ­tica (Deus, natureza, razĂŁo). “Toda cidade estĂĄ dividida em dois desejos opostos: o desejo dos grandes de oprimir e comandar e o do povo de nĂŁo ser oprimido nem comandado.” 75 Filosofia PolĂ­tica Maquiavel
  • 76. ‱ A cidade Ă© tecida por lutas internas que a obrigam a instruir um pĂłlo superior que possa unificĂĄ-la e dar-lhe identidade. ‱ Esse pĂłlo Ă© o PODER POLÍTICO. 76
  • 77. ‱ A finalidade da polĂ­tica nĂŁo Ă©, como dizia os pensadores gregos, romanos e cristĂŁos, a justiça e o bem comum, mas como sempre souberam os polĂ­ticos, isto, Ă©, A TOMADA E MANUTENÇÃO DO PODER. 77
  • 78. ‱ O prĂ­ncipe Ă© aquele que sabe tomar e conservar o poder e que, por isso, jamais se alia aos grandes, pois estes sĂŁo rivais e querem o poder para si, mas deve aliar-se ao povo, que espera do governante a imposição de limites ao desejo de opressĂŁo e mando dos grandes. 78
  • 79. ‱ A polĂ­tica nĂŁo Ă© a lĂłgica racional da justiça e da Ă©tica, mas a LÓGICA DA FORÇA TRANSFORMADORA DO PODER E DA LEI. 79
  • 80. ‱ Maquiavel recusa a figura do Bom Governo. O prĂ­ncipe precisa ter virtĂș, mas Ă© propriamente polĂ­tica, referido-se Ă s qualidades dos dirigentes para tomar e manter o poder, mesmo que para isso, tenha que usar a violĂȘncia. 80 NĂŁo ao prĂ­ncipe virtuoso com as morais cristĂŁs
  • 81. 81 “Creio que isto [a usurpação de um principado] seja consequĂȘncia de serem as crueldades mal ou bem praticadas. Bem usadas se podem chamar aquelas (se Ă© que se pode dizer bem do mal) que sĂŁo feitas, de uma sĂł vez, pela necessidade de prover alguĂ©m Ă  prĂłpria segurança, e depois sĂŁo postas Ă  margem, transformando-se o mais possĂ­vel em vantagem para os sĂșditos. Mal usadas sĂŁo as que, ainda que a princĂ­pio sejam poucas, em vez de extinguirem-se [as crueldades], crescem com o tempo... “ MAQUIAVEL, Nicolau. O prĂ­ncipe. Trad. LĂ­vio Xavier. SĂŁo Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 38. Coleção .Os Pensadores..
  • 82. ‱ A tradição afirmava que o governante devia ser amado e respeitado pelos governados. Maquiavel afirma que o prĂ­ncipe nĂŁo pode ser odiado. Isso significa, que o prĂ­ncipe deve ser respeitado e temido – o que sĂł Ă© possĂ­vel se nĂŁo for odiado. 82
  • 83. ‱ O poder do prĂ­ncipe deve ser superior ao dos grandes e estar a serviço do povo. O prĂ­ncipe pode ser monarca hereditĂĄrio ou por conquista; pode ser todo um povo que conquista, pela força, o poder e o exerce democraticamente. 83
  • 84. ‱ Qualquer um desses regimes polĂ­ticos serĂĄ legĂ­timo se for uma REPÚBLICA e nĂŁo um despotismo ou tirania.Isto Ă©, sĂł Ă© legĂ­timo o regime no qual o poder nĂŁo estĂĄ a serviço dos desejos e interesses de um particular. 84
  • 85. ‱ A virtĂș Ă© a capacidade do prĂ­ncipe para ser sempre FLEXÍVEL Ă s circunstĂąncias, mudando com elas para agarrar e dominar a fortuna. Um prĂ­ncipe que age sempre da mesma maneira fracassarĂĄ e nĂŁo terĂĄ virtĂș alguma. 85
  • 86. ‱ Para ser senhor da sorte ou das circunstĂąncias deve mudar com elas, e com elas, ser volĂșvel e inconstante, pois somente assim saberĂĄ agarrĂĄ-las e vencĂȘ-las. 86
  • 87. ‱ Em certas circunstĂąncias, deverĂĄ ser cruel, em outras generoso; em certas ocasiĂ”es deverĂĄ mentir, em outras ser honrado; em certos momentos, deverĂĄ ceder Ă  vontade dos outros, em algumas, ser inflexĂ­veis. 87 O ethos ou carĂĄter do prĂ­ncipe deve variar.
  • 88. ‱ A fortuna Ă© sempre favorĂĄvel a quem souber agarrĂĄ-la. Oferece-se como um presente a todo aquele que tiver ousadia para dobrĂĄ-la e vencĂȘ-la. Essa ousadia para mudar de atitude e de comportamento Ă© a verdadeira prudĂȘncia principesca, senhora da fortuna. 88
  • 89. O Governante precisa saber... ...agir como uma fera, diz Maquiavel em O PrĂ­ncipe, e deve imitar as qualidades da raposa, assim com as do leĂŁo.
  • 90. O governante deve ter a ferocidade do leĂŁo para amedrontar quem buscar destituĂ­-lo.
  • 91. O governante deve ter a astĂșcia da raposa para reconhecer ciladas e armadilhas.
  • 92. A crueldade tem sido uma caracterĂ­stica de lĂ­deres ao longo da histĂłria. No sĂ©culo XX, os ditadores Josef Stalin e Adolf Hitler inspiraram o terror e a admiração para manterem-se no poder respectivamente na ex-UniĂŁo SoviĂ©tica e na Alemanha.
  • 93. O PrĂ­ncipe nĂŁo conservou sua juventude – muitas obras mereceriam esse elogia banal -, O PrĂ­ncipe conservou seu poder de fascĂ­nio. Sei disso, mas nĂŁo estou certo de saber por quĂȘ. Ocorreu-me uma primeira resposta. O PrĂ­ncipe Ă© um livro cuja aparente clareza deslumbra e cujo mistĂ©rio os eruditos e os simples leitores tentam em vĂŁo esclarecer. o que queria dizer Maquiavel? A quem queria dar aulas, aos reis ou aos povos? De que lado ele se colocava? Do lado dos tiranos ou dos republicanos? Ou de nenhum dos dois? Raimond Aron. Contracapa da edição de O PrincĂ­pe da ed. WMF Martins Fontes, 2011.
  • 94. QuestĂ”es centrais d’O PrĂ­ncipe ‱ Quais as formas de conquista e de manutenção do poder. ‱ Quais os meios materiais e quais as condiçÔes de possibilidade da ação polĂ­tica. ‱ Quais as qualidades necessĂĄrias a um governante. ‱ ConsideraçÔes sobre a natureza humana. Pano de fundo da obra: a preocupação com a conquista e a fundação de um novo Estado, (ItĂĄlia livre e unificada).
  • 95. ALGUMAS FRASES DE MAQUIAVEL ‱ "Os homens ofendem mais aos que amam do que aos que temem.”. ‱ "Nada faz o homem morrer tĂŁo contente quanto o recordar- se de que nunca ofendeu ninguĂ©m, mas, antes, ajudou a todos.”. ‱ "Os homens quando nĂŁo sĂŁo forçados a lutar por necessidade, lutam por ambição.”. ‱ "Na polĂ­tica, os aliados atuais sĂŁo os inimigos de amanhĂŁ.” ‱ - "O homem esquece-se de forma mais fĂĄcil Ă  morte do pai do que a perda do patrimĂŽnio".
  • 96. Usos “curiosos” de Maquiavel Maquiavel para mĂŁes - mĂĄximas para a efetiva governança de crianças http://machiavelliformoms.blogspot.com.br/
  • 97. ExercĂ­cios de Vestibular UNESP 2011 meio de ano - 1ÂȘ fase Analise o texto polĂ­tico, que apresenta uma visĂŁo muito prĂłxima de importantes reflexĂ”es do filĂłsofo italiano Maquiavel, um dos primeiros a apontar que os domĂ­nios da Ă©tica e da polĂ­tica sĂŁo prĂĄticas distintas. “A polĂ­tica arruĂ­na o carĂĄter”, disse Otto von Bismarck (1815-1898), o “chanceler de ferro” da Alemanha, para quem mentir era dever do estadista. Os ditadores que agora enojam o mundo ao reprimir ferozmente seus prĂłprios povos nas praças ĂĄrabes foram colocados e mantidos no poder por naçÔes que se enxergam como farĂłis da democracia e dos direitos humanos: Estados Unidos, Inglaterra e França. Isso Ă© condenĂĄvel? Os ditadores eram a Ășnica esperança do Ocidente de continuar tendo acesso ao petrĂłleo ĂĄrabe e de manter um mĂ­nimo de informação sobre as organizaçÔes terroristas islĂąmicas. Antes de condenar, reflita sobre a frase do mais extraordinĂĄrio diplomata americano do sĂ©culo passado, George Kennan, morto aos 101 anos em 2005: “As sociedades nĂŁo vivem para conduzir sua polĂ­tica externa: seria mais exato dizer que elas conduzem sua polĂ­tica externa para viver”. (Veja, 02.03.2011. Adaptado.) A associação entre o texto e as ideias de Maquiavel pode ser feita, pois o filĂłsofo (A) considerava a ditadura o modelo mais apropriado de governo, sendo simpĂĄtico Ă  repressĂŁo militar sobre populaçÔes civis. (B) foi um dos teĂłricos da democracia liberal, demonstrando-se avesso a qualquer tipo de manifestação de autoritarismo por parte dos governantes. (C) foi um dos teĂłricos do socialismo cientĂ­fico, respaldando as ideias de Marx e Engels. (D) foi um pensador escolĂĄstico que preconizou a moralidade cristĂŁ como base da vida polĂ­tica. (E) refletiu sobre a polĂ­tica atravĂ©s de aspectos prioritariamente pragmĂĄticos.
  • 98. Enem 2012 – Prova de CiĂȘncias Humanas
  • 99. 3) UEL-2005 “A escolha dos ministros por parte de um prĂ­ncipe nĂŁo Ă© coisa de pouca importĂąncia: os ministros serĂŁo bons ou maus, de acordo com a prudĂȘncia que o prĂ­ncipe demonstrar. A primeira impressĂŁo que se tem de um governante e da sua inteligĂȘncia, Ă© dada pelos homens que o cercam. Quando estes sĂŁo eficientes e fiĂ©is, pode-se sempre considerar o prĂ­ncipe sĂĄbio, pois foi capaz de reconhecer a capacidade e manter fidelidade. Mas quando a situação Ă© oposta, pode-se sempre dele fazer mau juĂ­zo, porque seu primeiro erro terĂĄ sido cometido ao escolher os assessores”. (MAQUIAVEL, Nicolau. O PrĂ­ncipe. Trad. de Pietro Nassetti. SĂŁo Paulo: Martin Claret, 2004. p. 136.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre Maquiavel, Ă© correto afirmar: a) As atitudes do prĂ­ncipe sĂŁo livres da influĂȘncia dos ministros que ele escolhe para governar. b) Basta que o prĂ­ncipe seja bom e virtuoso para que seu governo obtenha pleno ĂȘxito e seja reconhecido pelo povo. c) O povo distingue e julga, separadamente, as atitudes do prĂ­ncipe daquelas de seus ministros. d) A escolha dos ministros Ă© irrelevante para garantir um bom governo, desde que o prĂ­ncipe tenha um projeto polĂ­tico perfeito. e) Um prĂ­ncipe e seu governo sĂŁo avaliados tambĂ©m pela escolha dos ministros.
  • 100. UEL 2010 Leia o texto de Maquiavel a seguir: [Todo prĂ­ncipe prudente deve] nĂŁo sĂł remediar o presente, mas prever os casos futuros e preveni-los com toda a perĂ­cia, de forma que se lhes possa facilmente levar corretivo, e nĂŁo deixar que se aproximem os acontecimentos, pois deste modo o remĂ©dio nĂŁo chega a tempo, tendo-se tornado incurĂĄvel a molĂ©stia. [...] Assim se dĂĄ com o Estado: conhecendo-se os males com antecedĂȘncia o que nĂŁo Ă© dado senĂŁo aos homens prudentes, rapidamente sĂŁo curados [...] (MAQUIAVEL, N. O PrĂ­ncipe: Escritos polĂ­ticos. SĂŁo Paulo: Nova cultural, 1991, p.12.) Nas açÔes de todos os homens, mĂĄxime dos prĂ­ncipes, onde nĂŁo hĂĄ tribunal para recorrer, o que importa Ă© o ĂȘxito bom ou mau. Procure, pois, um prĂ­ncipe, vencer e conservar o Estado. Os meios que empregar serĂŁo sempre julgados honrosos e louvados por todos, porque o vulgo Ă© levado pelas aparĂȘncias e pelos resultados dos fatos consumados. (MAQUIAVEL, N. O PrĂ­ncipe: Escritos polĂ­ticos. SĂŁo Paulo: Nova cultural, 1991, p.75.) Com base nos textos e nos conhecimentos sobre o pensamento de Maquiavel acerca da polaridade entre virtĂș e fortuna na ação polĂ­tica e suas implicaçÔes na moralidade pĂșblica, considere as afirmativas a seguir: I. A virtĂș refere-se Ă  capacidade do prĂ­ncipe de agir com astĂșcia e força em meio Ă  fortuna, isto Ă©, Ă  contingĂȘncia e ao acaso nas quais a polĂ­tica estĂĄ imersa, com a finalidade de alcançar ĂȘxito em seus objetivos. II. A fortuna manifesta o destino inexorĂĄvel dos homens e o carĂĄter imutĂĄvel de todas as coisas, de modo que a virtĂș do prĂ­ncipe consiste em agir consoante a finalidade do Estado ideal: a felicidade dos sĂșditos. III. A virtĂș implica a adesĂŁo sincera do governante a um conjunto de valores morais elevados, como a piedade cristĂŁ e a humildade, para que tenha ĂȘxito na sua ação polĂ­tica diante da fortuna. IV. O exercĂ­cio da virtĂș diante da fortuna constitui a lĂłgica da ação polĂ­tica orientada para a conquista e a manutenção do poder e manifesta a autonomia dos fins polĂ­ticos em relação Ă  moral preestabelecida. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e IV sĂŁo corretas. b) Somente as afirmativas II e III sĂŁo corretas. c) Somente as afirmativas II e IV sĂŁo corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III sĂŁo corretas. e) Somente as afirmativas I, III e IV sĂŁo corretas.
  • 101. UNESP 2011 – 2ÂȘ fase TrĂȘs maneiras hĂĄ de preservar a posse de Estados acostumados a serem governados por leis prĂłprias; primeiro, devastĂĄ-los; segundo, morar neles; terceiro, permitir que vivam com suas leis, arrancando um tributo e formando um governo de poucas pessoas, que permaneçam amigas. Sucede que, na verdade, a garantia mais segura da posse Ă© a ruĂ­na. Os que se tornam senhores de cidades livres por tradição, e nĂŁo as destroem, serĂŁo destruĂ­dos por elas. Essas cidades costumam ter por bandeira, em suas rebeliĂ”es, tanto a liberdade quanto suas antigas leis, jamais esquecidas, nem com o passar do tempo, nem por influĂȘncia dos favores que receberam. Por mais que se faça, e sejam quais forem os cuidados, sem promover desavença e desagregação entre os habitantes, continuarĂŁo eles a recordar aqueles princĂ­pios e a estes irĂŁo recorrer em quaisquer oportunidades e situaçÔes. (Nicolau Maquiavel. Publicado originalmente em 1513. Adaptado.) Partindo de uma definição de moralidade como conjunto de regras de conduta humana que se pretendem vĂĄlidas em termos absolutos, responda se o pensamento de Maquiavel Ă© compatĂ­vel com a moralidade cristĂŁ. Justifique sua resposta, comentando o teor prĂĄtico ou pragmĂĄtico do pensamento desse filĂłsofo.
  • 102. Respostas dos testes UNESP 2011 meio de ano: e ENEM 2012: c UEL 2005: e UEL 2010: a
  • 103. Bibliografia  CHEVALLIER, Jean-Jacques. As grandes obras polĂ­ticas de Maquiavel a nossos dias. 8ÂȘ ed. Rio de Janeiro: Agir, 2002.  DE GRAZIA, Sebastian. Maquiavel no inferno. SĂŁo Paulo: Companhia das Letras, 1993.  MACHIAVELLI, NicolĂČ. O PrĂ­ncipe. 3a ed. Totalmente rev. SĂŁo Paulo: Martins Fontes, 2004.