18. O jogo de Futebol é:
Um confronto entre “sistemas caóticos determinísticos”
com “organização fratal”.
José
Guilherme
Oliveira
19. Sistemas caóticos são:
Sistemas complexos que se caracterizam por um conjunto de
agentes em interação, que cooperam, com objectivos e
comportamentos comuns coordenados, fazendo emergir uma certa
ordem e estabilidade num contexto caótico, de desordem e
instabilidade permanente (Stacey, 1995).
José
Guilherme
Oliveira
20. Uma equipa é:
Um conjunto de jogadores em interação, que cooperam, com
objetivos e comportamentos comuns coordenados, fazendo emergir
uma certa organização e estabilidade, ofensiva e defensiva, num
contexto de jogo que é imprevisível e de instabilidade permanente.
José
Guilherme
Oliveira
21. Um Fratal é:
Um Fratal é a propriedade de fraturar e representar um modelo
caótico em sub modelos, existentes em várias escalas, que sejam
representativos desse modelo. Isto é, um Fratal é uma parte
invariante ou regular de um sistema caótico que pela sua estrutura e
funcionalidade consegue representar o todo, independentemente da
escala onde possa ser encontrado (Mandelbrot, 1991).
José
Guilherme
Oliveira
22. Assim:
Um jogador também é um
Fratal da Equipa, contudo,
numa escala menor
José
Guilherme
Oliveira
23. O que pretendemos de uma equipa?
Que ela apresente uma organização, em função de
determinadas ideias de jogo que temos, com o objetivo de
resolver os problemas, sempre imprevisíveis, que o jogo
evidencia.
José
Guilherme
Oliveira
24. Em função desse problema surge a
necessidade de:
TREINAR
José
Guilherme
Oliveira
25. Existem várias conceções de treino:
ü Tendência originária do Leste da Europa
ü Tendência originária do Norte da Europa e da América do Norte
ü Tendência originária da América Latina
ü E a “Periodização Tática”
José
Guilherme
Oliveira
26. Periodização Tática! O que é?
ü É uma Conceção de Treino que pretende, através do respeito por uma
Matriz Conceptual e diferentes Princípios Metodológicos próprios,
construir um jogar Específico.
Uma construção que é um processo dinâmico não linear (e sem fim...)
José
Guilherme
Oliveira
27. ü É uma conceção que concebe o treino como um processo de
ensino/aprendizagem (não apenas como momentos de exercitação)
Ensino: porque ensinar pressupõe contextualizar e orientar
para a aquisição de determinados saberes, conhecimentos,
competências, experiências, isto é, “indicar caminhos”.
Contudo,
Só se consegue ensinar se o outro quiser aprender
José
Guilherme
Oliveira
28. ü É uma conceção que concebe o treino como um processo de
ensino/aprendizagem (não apenas como momentos de exercitação)
Aprendizagem: porque aprender é a aquisição de saberes,
competências, conhecimentos, experiências, vivências, isto é,
“viver, experienciar o caminho”.
José
Guilherme
Oliveira
29. ü É uma conceção que concebe o treino como um processo de
ensino/aprendizagem (não apenas como momentos de exercitação)
José
Guilherme
Oliveira
30. ü É uma Concepção de Treino que se suporta nos conhecimentos de um
conjunto de áreas científicas, algumas delas não muito convencionais na
área do treino.
ü Teoria da Complexidade
ü Neurociências
ü Teoria do Caos
ü Modelação Sistémica
ü Teoria dos Sistemas Dinâmicos
ü Geometria Fratal
ü Entre outras...
José
Guilherme
Oliveira
31. Periodização Tática! Que pressupostos?
ü Conhecer e reconhecer o jogo enquanto realidade complexa:
§ reconhecer a essência organizacional, estrutural e funcional, do jogo;
§ ter uma conceção complexa de jogo
José
Guilherme
Oliveira
32. Periodização Tática! Que pressupostos?
ü Reconhecer o processo de treino como uma realidade complexa e com uma
dinâmica não linear.
José
Guilherme
Oliveira
33. Periodização Tática! Que pressupostos?
ü Conhecer o Ser que joga – o Homem – isto é, a Criança, o Adolescente,
o Adulto:
§ como cresce;
§ como aprende;
§ como decide;
§ como se exprime;
§ ...
José
Guilherme
Oliveira
34. Objetivos da Periodização Tática
ü Fazer emergir um jogar Específico através de intencionalidades
coletivas e individuais
José
Guilherme
Oliveira
35. Isto é,
pretende-se criar uma lógica semanal de experiências com o
objetivo de haver aquisição e desenvolvimento de conhecimentos
Específicos (coletivos e individuais), de habilidades técnicas
Específicas e, simultaneamente, uma relação própria entre o esforço
e a recuperação, que potencie a criação padrões de ação, ou seja,
de intencionalidades coletivas e individuais, de forma a criar um
jogar Específico.
José
Guilherme
Oliveira
36. Periodização Tática! O porquê do nome?
ü Periodização porque existe a necessidade de haver um
espaço temporal para a criação de um jogar. Em termos
gerais a época desportiva. Em termos estruturais,
operacionais e funcionais o Padrão Semanal - o Morfociclo.
Época
Despor+va
–
percurso
“não
linear”
Padrões semanais - Morfociclos
José
Guilherme
Oliveira
37. Periodização Tática! O porquê do nome?
ü Tática em virtude de ser esta dimensão a Coordenadora e
Modeladora de todo o processo de treino.
José
Guilherme
Oliveira
38. Entendimento de Tática
Unanimemente considera-se que o jogo de
Futebol é constituído por 4 DIMENSÕES, que
interagem, mas que podem ser reconhecidas
JOGO
separadamente.
Dimensão
Física
Dimensão
Psicológica
Dimensão
Tática
Dimensão
Técnica
José
Guilherme
Oliveira
39. Entendimento de Tática
Contudo, na Periodização Tática o entendimento
JOGO
de Tática é diferente.
É uma Dimensão (mais) Complexa que se
manifesta pela interação de uma organização
Dimensão
Tá+ca
Dimensão
Técnica
Tomada de
Decisão
(Macro...Micro) “intencionalizada” das outras
dimensões (que também são complexas).
Dimensão
Psicológica
Dimensão
Física
José
Guilherme
Oliveira
40. Complexidade
O entendimento de complexidade é
determinante para a compreensão da
Periodização Tática.
A COMPLEXIDADE surge do conjunto de interações que um sistema
pode promover entre os seus elementos e entre estes e o seu meio
envolvente.
41. Complexidade
Daqui resulta que:
• A complexidade não é simplificável, pode é evidenciar diferentes
níveis de complexidade
• O todo é diferente da soma das partes
• As partes não representam o todo e só são realmente entendidas
quando dentro do todo. No entanto, os diferentes níveis de
complexidade representam o todo – noção de Fratal.
José
Guilherme
Oliveira
42. Complexidade
A COMPLEXIDADE no Futebol surge da qualidade do conjunto de
interações que emerge do jogo e do contexto:
• da qualidade e da complexidade das ideias;
• da qualidade dos jogadores;
• da interação dos jogadores e as ideias;
• dos problemas levantados pelo confronto entre as equipas;
• do contexto envolvente...
• ...
43. Entendimento de Tática
Contudo, na Periodização Tática o entendimento
JOGO
de Tática é diferente.
É uma dimensão dinâmica e (mais) Complexa
que se manifesta pela interação de uma
Dimensão
Tá+ca
Dimensão
Técnica
Tomada de
Decisão
organização (Macro...Micro)
“intencionalizada” das outras dimensões
Dimensão
Psicológica
Dimensão
Física
(que também são complexas).
José
Guilherme
Oliveira
44. Entendimento de Tática
Contudo, na Periodização Tática o entendimento de
JOGO
Tática é diferente.
Não é uma dime
nsão abstrata, m
anifesta-se
sempre de uma
for ma singular –
Específica
(e as outras tam
bém). Assume-s
e como a
Cultura da equip
a
Dimensão
Tá+ca
Dimensão
Técnica
Dimensão
Psicológica
Tomada de
Decisão
Dimensão
Física
José
Guilherme
Oliveira
45. Entendimento de Tática
Contudo, na Periodização Tática o entendimento de
JOGO
Tática é diferente.
Dimensão
Tá+ca
Dimensão
Técnica
Dimensão
Psicológica
Tomada de
Decisão
Dimensão
Física
José
Guilherme
Oliveira
46. Entendimento de Tática
Em consequência desta lógica entendemos que
a Dimensão Táctica deve assumir a
Coordenação e a Modelação de todo o
JOGO
Dimensão
Tá+ca
Dimensão
Técnica
Tomada de
Decisão
Processo Operacional do Treino.
Dimensão
Psicológica
Dimensão
Física
José
Guilherme
Oliveira
47. Periodização Tática! Quais os objetivos?
ü Fazer emergir um jogar Específico;
ü Criar uma “identidade coletiva” dinâmica – “intencionalidades”
coletivas;
ü Criar “intencionalidades” individuais relacionadas com a “identidade
coletiva”, sem perda (e com ganhos) de individualidade.
ü Conciliar as “intenções prévias” com as “intenções em ato”
Isto é, construir a inCorporAção de um Modelo de Jogo Específico.
A nível coletivo e individual
José
Guilherme
Oliveira
48. O que é um Modelo de Jogo?
Ideias do
Treinador
Princípios
de jogo
Jogadores
Tudo
Modelo
de Jogo
Treino
Clube
Contexto...
José
Guilherme
Oliveira
49. O que é um Modelo de Jogo? É a criação de uma “identidade”...
50. O Modelo de Jogo
É um processo dinâmico, não linear, entre:
ü Plano Macro (equipa) que é parcialmente previsível...;
ü Plano Micro (jogador) que se pretende imprevisível dentro da
previsibilidade...
Fenómeno Caótico Determinístico
José
Guilherme
Oliveira
51. A Periodização Tática evidencia:
Matriz Conceptual
Matriz Metodológica
“Controlável”
“Controlável”
Princípio da
Especificidade
Plano Coletivo
“Controlável vs Imprevisível”
Plano Individual
“Imprevisível vs Controlável”
José
Guilherme
Oliveira
52. Evolução do Princípio da Especificidade:
ü As
maiores mudanças funcionais e morfológicas acontecem
somente nos órgãos, células e estruturas intracelulares que
sejam suficientemente ativadas pela carga funcional, surgindo
as respetivas adaptações.
José
Guilherme
Oliveira
53. Evolução do Princípio da Especificidade:
ü Também
é a caracterização específica do esforço energético
funcional, ou seja, o esforço em termos fisiológicos que a
modalidade de futebol requisita (em média) – esforço específico
do futebol.
José
Guilherme
Oliveira
54. Evolução do Princípio da Especificidade:
ü A
especificidade também é determinante numa
metodologia de treino, Treino Integrado, em que os
exercícios criados são o mais situacionais possível, ou seja,
tira-se do jogo aquilo que é mais importante e transportase para o treino, sendo este constituído por ações do
próprio jogo.
José
Guilherme
Oliveira
55. Evolução do Princípio da Especificidade:
No entanto:
v Gibson (1979) define Especificidade como um conceito
qualificador de uma relação entre variáveis. Essas variáveis
representam a informação específica de um determinado
contexto.
José
Guilherme
Oliveira
56. Evolução do Princípio da Especificidade:
Assim:
v Um exercício só é Específico se tiver uma relação com o
Modelo de Jogo que se está a construir.
José
Guilherme
Oliveira
57. Matriz Conceptual:
ü Momentos de Jogo
ü Escalas da Equipa
ü Organização dos Princípios de jogo
I
N
T
E
R
A
Ç
Ã
O
F
R
A
T
A
L
I
D
A
D
E
José
Guilherme
Oliveira
58. ü Momentos do Jogo
ü Organização Ofensiva;
ü Transição Ataque - Defesa;
ü Organização Defensiva;
ü Transição Defesa – Ataque.
I
N
T
E
R
A
Ç
Ã
O
F
R
A
T
A
L
I
D
A
D
E
PROFUNDIDADE
TRANSVERSALIDADE
José
Guilherme
Oliveira
71. ü Organização dos Princípios de jogo
Princípios de Jogo são padrões de ação táticos, padrões de
intencionalidades e regularidades, que a equipa e os
respetivos jogadores devem manifestar nas diferentes
escalas de expressão, durante os diferentes Momentos de
I
N
T
E
R
A
Ç
Ã
O
F
R
A
T
A
L
I
D
A
D
E
Jogo.
Abertura para:
Individualidade
Criatividade
Início
José
Guilherme
Oliveira
72. ü Organização dos Princípios de jogo
ü Grandes Princípios de Jogo:
são os padrões gerais que caracterizam a equipa – que
lhe dão a identidade – plano macro
José
Guilherme
Oliveira
73. ü Organização dos Princípios de jogo
ü Os Sub Princípios de Jogo:
são os padrões de jogo intermédios que dão vida aos
padrões gerais – identidade da equipa – plano meso
José
Guilherme
Oliveira
74. ü Organização dos Princípios de jogo
ü Os Sub Princípios dos Sub Princípos de Jogo:
São os padrões micro, relacionados com os pormenores
e que dão “imprevisibilidade à previsibilidade” mas que
surgem em função das dinâmicas dos Princípios e dos
Sub Princípios.
José
Guilherme
Oliveira
77. Exemplo do nosso Jogar
• Posse e circulação da bola – objetividade
Objetivo: procurar, criar e entrar nos espaços. Isto é, desorganizar e
desequilibrar a estrutura defensiva adversária, com a finalidade de
aproveitar essa desorganização para marcar golo.
José
Guilherme
Oliveira
78. F
C
Porto
Exemplo do nosso Jogar
Interação
José
Guilherme
Oliveira
79. Exemplo do nosso Jogar
• Pressão ao portador da bola e espaço circundante, em largura
e profundidade
Objetivo: pressionar o portador da bola e espaço circundante, de
forma a ganhar a posse da bola ou entrar em organização defensiva
com a equipa fechada e equilibrada, sem espaços abertos entre
linhas
José
Guilherme
Oliveira
80. F
C
Porto
Exemplo do nosso Jogar
Interação
José
Guilherme
Oliveira
81. F
C
Porto
Exemplo do nosso Jogar
• Defesa à zona pressionante
Objetivo: condicionar, direcionar e pressionar o adversário
com a finalidade de fechar e retirar os espaços em largura
e profundidade, provocar o erro e ganhar a posse da
bola.
José
Guilherme
Oliveira
82. F
C
Porto
Exemplo do nosso Jogar
Interação
José
Guilherme
Oliveira
83. F
C
Porto
Exemplo do nosso Jogar
• Tirar bola da zona de pressão
Objetivo: tirar bola da zona de pressão (espaço crítico) para
aproveitar a eventual desorganização defensiva do adversário para:
(i) entrar nos espaços abertos - profundidade;
(ii) manter a posse da bola e entrar em organização ofensiva.
José
Guilherme
Oliveira
85. Exemplo do nosso Jogar
• Posse e circulação da bola – objetividade
Objetivo: procurar, criar e entrar nos espaços. Isto é, desorganizar e
desequilibrar a estrutura defensiva adversária, com a finalidade de
aproveitar essa desorganização para marcar golo.
José
Guilherme
Oliveira
86. F
C
Porto
Exemplo do nosso Jogar
ü Organização posicional:
• abertura da equipa;
• Jogo posicional - formação de muitas linhas em profundidade e largura
– diagonais (coletivo, intersetorial e setorial.
José
Guilherme
Oliveira
88. F
C
Porto
Exemplo do nosso Jogar
ü Desorganizar e desequilibrar o adversário – criar e entrar nos espaços:
• Posse e circulação permanente da bola para desorganizar e desequilibrar o
adversário com o objetivo de aproveitar ou criar/abrir espaços na respetiva
estrutura defensiva – Criação de uma Dinâmica Ofensiva.
José
Guilherme
Oliveira
89. F
C
Porto
Exemplo do nosso Jogar
ü Padrões da dinâmica ofensiva (procurar / criar espaços...)
• Saídas em construção;
• Abertura da equipa e bom jogo posicional;
• Circulação em detrimento do transporte da bola;
• Variação permanente da circulação em largura e em profundidade
– mobilidade da bola;
• Mobilidade dos jogadores – aproveitar e criar espaços para jogar
• Imposição de ritmos variados de circulação – variação da
intensidade de circulação:
• Variação entre passes curtos e longos;
• Variação da velocidade da bola – da circulação.
José
Guilherme
Oliveira
90.
91. Matriz Metodológica:
ü Princípio de Progressão Complexa
ü Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade
ü Princípio das Propensões
I
N
T
E
R
A
Ç
Ã
O
José
Guilherme
Oliveira
92. Matriz Metodológica:
ü Princípio de Progressão Complexa
Este princípio está relacionado com a distribuição dos
Grandes Princípios, dos Sub-princípios (e…) durante o
Morfociclo e ao longo dos Morfociclos, consoante os
problemas e a evolução da equipa.
§ Periodização e Planificação da ”Dimensão Tática”
§ Progressão não Linear
José
Guilherme
Oliveira
93. Matriz Metodológica:
ü Princípio de Progressão Complexa
Dois níveis de Periodização e Planificação
distintos mas que interagem:
Planificação
e
Periodização
Jogo
a
Jogo
-‐
Curto
Prazo.
Planificação
e
Periodização
a
Médio
e
Longo
Prazo.
José
Guilherme
Oliveira
94. Matriz Metodológica:
ü Princípio de Progressão Complexa
Progressão não
Complexidade
linear
dos Princípios…
Do menos para o
Sub dinâmicas do
mais mas sempre
Hierarquização
Morfociclo
em complexidade
dos Princípios
Complexidade da
Exigências do
Dinâmica e SubAdversário
dinâmicas.
José
Guilherme
Oliveira
95. Matriz Metodológica:
ü Princípio de Progressão Complexa
Deve-se ter em consideração a relação entre a complexidade e o respetivo
desgaste (fisiológico e emocional) provocados por:
Complexidade dos Grandes
Princípios e Sub-princípios dos
diferentes dias do Morfociclo
DESGASTE
Tipo de Esforço dos
diferentes dias do
Morfociclo
José
Guilherme
Oliveira
96. Matriz Metodológica:
ü Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade
Este princípio metodológico tem como objetivo induzir
adaptações nas diferentes “escalas” e respetivas
interações, através de uma lógica processual de forma a
fazer emergir os padrões de jogo Específicos.
José
Guilherme
Oliveira
97. Matriz Metodológica:
ü Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade
Para tal é necessário:
§ Criar uma habituação a uma “invariância metodológica”, Morfociclo
Padrão:
Proporcionar a “alternância horizontal” (dias do Morfociclo)
José
Guilherme
Oliveira
98. Matriz Metodológica:
ü Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade
Para tal é necessário:
§ Criar uma habituação a uma “invariância metodológica”, Morfociclo
Padrão:
Não sobrecarregar as estruturas mais solicitadas “no jogar”, da
mesma forma, nos diferentes dias do Morfociclo – relação entre o
“tipo de esforço / sub-dinâmicas vs recuperação...”
José
Guilherme
Oliveira
99. Matriz Metodológica:
ü Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade
Denomina-se de Morfociclo ao espaço temporal entre 2 Jogos
José
Guilherme
Oliveira
100. Matriz Metodológica:
ü Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade
Denomina-se de Morfociclo ao espaço temporal entre 2 Jogos
Morfologia / Estrutura específica - adaptável
§ Relação e Interação entre Grandes Princípios e Sub-princípios...
§ Relação entre tipos de esforço / sub-dinâmicas vs recuperação
durante todo o Morfociclo
José
Guilherme
Oliveira
102. Matriz Metodológica:
ü Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade
As Contrações Musculares podem-se caracterizar:
Tensão da
Contração
Duração da
Contração
Velocidade da
Contração
No Jogo de Futebol elas interagem
criando uma Dinâmica que lhe é
característica.
José
Guilherme
Oliveira
103. Matriz Metodológica:
ü Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade
v Todavia, uma forma de jogar própria faz emergir uma
Dinâmica Específica.
v Determinados Princípios e respetivas
interações também fazem emergir subdinâmicas Específicas...
José
Guilherme
Oliveira
104. Matriz Metodológica:
ü Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade
v Seguindo esta linha de raciocínio, qualquer
exercício de Futebol também faz emergir a
interação destes três tipos de contrações
musculares de uma forma peculiar.
José
Guilherme
Oliveira
105. Matriz Metodológica:
ü Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade
v Assim, podemos direcionar os exercícios (e
os princípios e os sub-princípios) para
incidir a dominante do tipo de contrações
mais numa característica ou mais noutra,
criando sub-dinâmicas de esforço
diferentes.
José
Guilherme
Oliveira
106.
107. Matriz Metodológica:
ü Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade
Morfociclo: Jogo Domingo a Domingo
JOGO
Folga
Rec.
AcNva
Domingo
2ª
Feira
3ª
Feira
=
+
+
+
Operacionalização
AquisiNva
4ª
Feira
5ª
Feira
6ª
Feira
Rec.
AcNva
JOGO
Sábado
Domingo
+
José
Guilherme
Oliveira
108. Matriz Metodológica:
ü Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade
Morfociclo: Jogo Domingo a Sábado
JOGO
Folga
Rec.
AcNva
Domingo
2ª
Feira
3ª
Feira
=
+
+
+
Operac.
AquisiNva
4ª
Feira
5ª
Feira
Rec.
AcNva
JOGO
Folga
6ª
Feira
Sábado
Domingo
+
José
Guilherme
Oliveira
109. Matriz Metodológica:
ü Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade
Morfociclo: 3 Jogos por Semana
JOGO
Domingo
=
Rec.
AcNva
2ª
Feira
+
JOGO
3ª
Feira
+
+
4ª
Feira
Folga
/
Rec.
Rec.
AcNva
Rec.
AcNva
5ª
Feira
6ª
Feira
Sábado
JOGO
Domingo
+
José
Guilherme
Oliveira
110. Matriz Metodológica:
ü Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade
Sub-dinâmicas:
Tensão da
Contração
JOGO
Folga
Rec.
AcNva
Operacionalização
AquisiNva
Rec.
AcNva
JOGO
Sub
Dinâmica
Domingo
2ª
Feira
3ª
Feira
4ª
Feira
5ª
Feira
6ª
Feira
José
Sábado
Guilherme
Oliveira
Domingo
111. Matriz Metodológica:
ü Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade
Treinam-se:
- Sub-princípios: trabalho inter-setorial, setorial,
grupal e individual.
Tensão
+++
Dur.
-‐
Vel.
+
Sub-dinâmica
José
Guilherme
Oliveira
112. Matriz Metodológica:
ü Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade
v Os exercícios devem promover: grande densidade de
acelerações e travagens, mudanças de direcção e
velocidade, saltos, remates,... (grande densidade de
interação entre contrações concêntricas excêntricas)
Sub-dinâmica
José
Guilherme
Oliveira
113. Matriz Metodológica:
ü Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade
v Os exercícios devem ser realizados em espaços
reduzidos, com um número limitado de jogadores, o
tempo de exercitação deve ser curto e as
recuperações entre os exercícios “quase totais”.
Sub-dinâmica
José
Guilherme
Oliveira
114.
115. Exemplo de exercícios
Exemplo: jogo (Gr+4+1)x(Gr+4+1).
Períodos de 3’ a 5’.
Treino de Sub-princípios Setorial ou
Inter-setorial.
Org. defensiva e ofensiva com trans.
defesa-ataque...
116. Exemplo de exercícios
Exemplo: jogo (Gr+6)x(Gr+6) + 4 apoios em profundidade.
Períodos de 3’ a 5’.
Treino de Sub-princípios Intersetorial.
Org. defensiva e ofensiva (jogo
interior com entrada das bolas em
profundidade) com transições...
117. Exemplo de exercícios
Exemplo: jogo (Gr+6)x(Gr+6) em 3 espaços. Períodos de 3’ a 5’.
Treino de Sub-princípios Intersetorial – mobilidade, criação e
entrada nos espaços.
118. Matriz Metodológica:
ü Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade
Sub-dinâmicas:
Tensão da
Contração
JOGO
Folga
Duração da
Contração
Rec.
AcNva
Operacionalização
AquisiNva
Rec.
AcNva
JOGO
Sub
Dinâmica
Domingo
2ª
Feira
3ª
Feira
4ª
Feira
5ª
Feira
6ª
Feira
José
Sábado
Guilherme
Oliveira
Domingo
119. Matriz Metodológica:
ü Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade
Treinam-se:
- Grandes princípios e Sub-princípios: trabalho
coletivo e inter-setorial.
Tensão
++
Dur.
+
Vel.
-‐
Sub-dinâmica
José
Guilherme
Oliveira
120. Matriz Metodológica:
ü Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade
v Os exercícios devem promover: um esforço bastante
semelhante ao do jogo – padrão dos princípios
Específicos –, mas deve haver uma certa
descontinuidade dentro da continuidade.
Sub-dinâmica
José
Guilherme
Oliveira
121. Matriz Metodológica:
ü Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade
v Os exercícios devem ser realizados em espaços grandes,
com um número elevado de jogadores e o tempo de
exercitação deve ser “longo...” (descontinuidade dentro
da continuidade).
Sub-dinâmica
José
Guilherme
Oliveira
122.
123. Exemplo de exercícios
Exemplo: jogo (Gr+10)x(7+Gr+3). Períodos de 10’
Treino de Princípios e Sub-princípios
Coletivo e Inter-setorial.
Org. defensiva (inter-setorial) e
transição defesa-ataque e org.
Ofensiva (coletiva) com transição
ataque-defesa (em bloco alto)
124. Exemplo de exercícios
Exemplo: MPB (Gr+10)x(10+Gr). Períodos de 6’ a 10’)
Treino de Princípios e Sub-princípios
a nível Coletivo.
Org. defensiva e ofensiva com
transições...
125. Exemplo de exercícios
Exemplo: jogo (Gr+10)x(8+Gr). Períodos de 10’)
Treino de Princípios e Sub-princípios
Coletivo e Intersetorial.
Org. ofensiva coletiva e transição
ataque-defesa (em bloco alto) e org.
defensiva intersetorial com transição
defesa-ataque.
126. Matriz Metodológica:
ü Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade
Sub-dinâmicas:
Tensão da
Contração
JOGO
Folga
Velocidade da
Contração
Duração da
Contração
Rec.
AcNva
Operacionalização
AquisiNva
Rec.
AcNva
JOGO
Sub
Dinâmica
Domingo
2ª
Feira
3ª
Feira
4ª
Feira
5ª
Feira
6ª
Feira
José
Sábado
Guilherme
Oliveira
Domingo
127. Matriz Metodológica:
ü Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade
Treinam-se:
- Sub-princípios: trabalho inter-setorial, setorial,
grupal e individual.
Tensão
+
Dur.
-‐
-‐
Vel.
+++
Sub-dinâmica
128. Matriz Metodológica:
ü Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade
v Os exercícios devem promover: uma elevada
velocidade de decisão, execução e ação.
Sub-dinâmica
José
Guilherme
Oliveira
129. Matriz Metodológica:
ü Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade
v Os exercícios devem ser realizados em espaços e com o número de jogadores
que seja possível alcançar os objetivos pretendidos. Deve existir pouco
“estorvo” (poucos adversários) nas ações realizadas. O tempo de duração dos
exercícios deve ser “reduzido”, deve haver muita intermitência...
v Atenção: deve-se ter sempre em
Sub-dinâmica
consideração o treino anterior (e a
proximidade da competição)
José
Guilherme
Oliveira
130.
131. Exemplo de exercícios
Exemplo: jogo (Gr+7)x(6(+1)+Gr)) em ondas. Períodos de 10’ (mas max. 1,5’)
Treino de Sub-princípios inter-setorial.
Org. ofensiva e defensiva com
transições...
132. Exemplo de exercícios
Exemplo: jogo (Gr+4+6)x(6+4+Gr). Períodos de 6’ a 10’ (mas max. 1,5’)
..
Treino de Sub-princípios intersectorial e sectorial.
Org. ofensiva e defensiva com
transições...
(pode haver muitas variantes com a
entrada no ataque e na defesa de
diferentes jogadores...)
133. Exemplo de exercícios
Exemplo: jogo (5+1)x3.... Períodos de 6’ a 10’ (mas max. 1,5’)
Treino de Sub-princípios intersetorial e secorial.
Org. ofensiva e defensiva com
transições...
135. Matriz Metodológica:
ü Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade
Sub-dinâmicas:
Tensão da
Contração
Velocidade da
Contração
Duração da
Contração
Recuperação Ativa
JOGO
Folga
Rec.
AcNva
Operacionalização
AquisiNva
Rec.
AcNva
JOGO
Recuper.
ANva
Domingo
2ª
Feira
3ª
Feira
4ª
Feira
5ª
Feira
6ª
Feira
José
Sábado
Guilherme
Oliveira
Domingo
136. Matriz Metodológica:
ü Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade
Treinam-se:
- Sub-princípios...: trabalho inter-setorial, setorial,
grupal e individual – sem desgaste emocional.
Tensão
-‐
Dur.
-‐
Vel.
-‐
José
Guilherme
Oliveira
137. Matriz Metodológica:
ü Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade
O objetivo é acelerar a recuperação dos jogadores.
v Os exercícios devem promover: solicitações idênticas ao
que aparecem no jogo, contudo, devem ser realizadas
durante períodos de tempo bastante reduzido e de
recuperação bastante grandes.
138. Matriz Metodológica:
ü Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade
O objetivo é acelerar a recuperação dos jogadores.
v Os exercícios devem ser realizados em
espaços relativamente curtos e com o
número “intermédio” de jogadores.
José
Guilherme
Oliveira
140. Exemplo de exercícios
Exemplo: MPB em espaço muito reduzido. Períodos de 1’ 2’ com o
mesmo de intervalo (ambiente de “descompressão”)
141. Matriz Metodológica:
ü Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade
Sub-dinâmicas:
Tensão da
Contração
Rec. Ativa
Pré-ativação
Recuperação Ativa
JOGO
Folga
Velocidade da
Contração
Duração da
Contração
Rec.
AcNva
Operacionalização
AquisiNva
Rec.
AcNva
JOGO
R.
ANva
Pré-‐aNv.
Domingo
2ª
Feira
3ª
Feira
4ª
Feira
5ª
Feira
6ª
Feira
José
Sábado
Guilherme
Oliveira
Domingo
142. Matriz Metodológica:
ü Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade
Treinam-se:
- Sub-princípios...: trabalho inter-setorial, setorial,
grupal e individual.
Tensão
-‐/+
Dur.
-‐
-‐
Vel.
-‐/+
José
Guilherme
Oliveira
143. Matriz Metodológica:
ü Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade
O objetivo é recuperar e pré-ativar os jogadores para o jogo.
v Os exercícios devem promover: contextos que
recriem partes do jogo, contudo, devem ser
realizadas durante pouco tempo e poucas vezes
(reduzida densidade e duração)... e com
intervalos de recuperação grandes.
José
Guilherme
Oliveira
144. Matriz Metodológica:
ü Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade
O objetivo é recuperar e pré-ativar os jogadores para o jogo.
v Os exercícios devem ser realizados em espaços e
com o número de jogadores que seja possível
alcançar os objetivos pretendidos.
José
Guilherme
Oliveira
148. Exemplo de exercícios
Exemplo: Jogos (Gr+6)x(6+Gr) + 6 apoios. Períodos de 2’ a 3’.
Os intervalos devem ser 1 a 2 vezes o tempo do jogo
(recuperação completa)
149. Exemplo de exercícios
Exemplo: jogo (11)x(11) ou (11xGr) de coreografia. Períodos de 10’ a 15’,
mas de exercitação muito curta (relembrar estratégia...)
Treino de Princípios e/ou Sub-princípios
coletivo, inter-setorial.
Org. ofensiva e defensiva com
transições... Relembrar aspetos
estratégicos...
(pode haver muitas variantes com
diferentes incidências...)
150. Matriz Metodológica:
ü Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade
Alternância Horizontal em
ORGANIZAÇÃO FRACTAL
Especificidade a 3 níveis
Relação Princípios e Subprincípios
Dom
Dom
2ª
2ª
3ª
3ª
4ª
4ª
5ª
5ª
6ª
6ª
Sáb
Sáb
Dom
Dom
Padrão de Esforço
Sub-dinâmicas
Binómio
Esforço vs Recuperação
José
Guilherme
Oliveira
151. Matriz Metodológica:
ü Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade
Dom
2ª
3ª
4ª
5ª
6ª
Sáb
Dom
Dom
2ª
3ª
4ª
5ª
6ª
Sáb
Dom
Dom
2ª
3ª
4ª
5ª
6ª
Sáb
Dom
ORGANIZAÇÃO FRACTAL
Manutenção dos Padrões
Semanais em Profundidade
José
Guilherme
Oliveira
152. Matriz Metodológica:
ü Princípio das Propensões
Este princípio metodológico tem como objetivo criar
contextos em que a densidade do ou dos princípios que se
pretendem treinar apareçam como regularidades, de forma
a fazer emergir o jogo que se deseja para a equipa.
José
Guilherme
Oliveira
153. Matriz Metodológica:
ü Princípio das Propensões
A densidade dos Grandes Princípios, dos Sub-Princípios...
e da sua interação tem que ser uma evidência nos
exercícios propostos.
Incidência da sub dinâmica desejada
José
Guilherme
Oliveira
154. Matriz Metodológica:
ü Princípio das Propensões
Dois planos:
§ Planos Táctico e Técnico:
quantidade de vezes que determinado
comportamento surge no exercício;
Plano
s
Tático
e Téc
nico
Plano
Fisiol
ógico
§ Plano Fisiológico:
Sub-dinâmica que cada dia requisita.
José
Guilherme
Oliveira
155. Matriz Metodológica:
ü Princípio das Propensões
Deve existir uma grande relação com o “Princípio da
Alternância Horizontal em Especificidade”.
José
Guilherme
Oliveira
156. Matriz Metodológica:
ü Princípio das Propensões
É este o Princípio Metodológico que permite direcionar a
modelação do treino de forma a que o jogo deixe de ser
caótico para passar a ser “caótico determinístico”.
José
Guilherme
Oliveira
157. “O lado formal da Periodização Táctica é passível de ser
captada por muita gente, mas não é aí que reside o
fundamental. O fundamental reside na operacionalização do
lado formal, na concretização. É aí que o treinador, aquele
que gere, tem de ser importante todos os dias. Ele tem de
ser o indivíduo que aproxima tudo aquilo que é favorável ao
crescimento qualitativo do processo, no sentido do futuro a
que aspira ser qualquer coisa a fazer sentido.”
Vítor Frade
José
Guilherme
Oliveira
161. PreÍácio de Luís Freitas lobo
Colaboração de: Rui Faria (adjunto de José Mourinho no lnter de Milão),
José Guilherme 0liveira (adjunto de Carlos 0ueirós na Selecção de Portugal AA)
e Marisa Gomes (treinadora dos quadros do Íutebol de formação do
F.
C. do Porto).