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Aula de Pedagogia
A Educação no Período Colonial (1500-1822 )
prof: Ellington Alexandre
A Educação no Período Colonial (1500-1822)
O Começo
O Em geral, afirmamos que a
história da educação
brasileira começa com a
chegada dos primeiros
jesuítas ao território
brasileiro. Em março de 1549,
chega o primeiro governador
geral, Tome de Souza, e os
primeiros jesuítas sob o
comando do Padre Manoel de
Nóbrega. Cerca de quinze
dias após a chegada,
edificaram a primeira escola
elementar brasileira, em
Salvador. Contudo, ao afirmar
isso, esquecemos que os
moradores que aqui viviam os
Índios, ao seu modo, também
educavam suas crianças.
O Ainda não sabemos muito
sobre a educação dos índios
naquela época. Sabemos, no
entanto, que a educação dos
índios se dava por toda a
vida. Ou seja, mesmo depois
de adultos os índios
continuavam a ser educados.
De acordo com Saviani (2010,
p.36), os índios viviam em
comunas, comunidades que
viviam numa economia
natural e de subsistência. A
educação não era dividida por
classes. Pelo contrário, todos
tinham acesso à educação. A
única diferença estava na
distribuição do que
aprendiam de acordo com o
sexo.
18/10/1517, ? - Portugal
18/10/1570, Rio de Janeiro (RJ)
Tomé de Souza
Padre Manoel da
Nóbrega
?/?/1515 (?), Rates, Portugal
29/1/1579 (?), Portuga
O Saviani (2010, p.36-37) afirma
que a educação indígena era
acessível a todos. A
transmissão de
conhecimentos se dava de
forma direta na vida
cotidiana. As preleções
dos principais eram muito
importantes pela experiência
dos membros mais velhos
das tribos. Os índios
aprendiam de forma
espontânea e não
programada. Aprendiam pela
força da tradição, pela força
da ação e pela força do
exemplo. Contudo, não há
uma pedagogia no sentido de
uma reflexão sobre a prática
pedagógica
O O noviço José de Anchieta foi
o mais conhecido entre os
primeiro jesuítas a chegar ao
território brasileiro. Sabemos
que ele foi mestre no Colégio
de Piratininga e missionário
em São Vicente. Escreveu na
areia os "Poemas à Virgem
Maria". Foi missionário
também no Rio de Janeiro e
Espírito Santo. Esteve à
frente da Companhia de
Jesus como provincial de
1579 a 1586. Também foi
reitor do conhecido Colégio
do Espírito Santo. Sua obra
mais conhecida é a Arte de
gramática da língua mais usada
na costa do Brasil
José de Anchieta
nasceu em 19 de março de 1534 em Tenerife, Ilhas Canárias, Espanha
Faleceu em 9 de junho de 1597 no Espirito Santo
O Em 1570 a obra
jesuítica já era
composta por cinco
escolas de instrução
elementar (Porto
Seguro, Ilhéus, São
Vicente, Espírito Santo
e São Paulo de
Piratininga) e três
colégios (Rio de
Janeiro, Pernambuco e
Bahia). Depois de 21
anos da presença dos
jesuítas, eles já haviam
se instalado do norte
ao sul principalmente
nas regiões litorâneas.
O Inicialmente as escolas
funcionavam de acordo com
o plano de estudos de Manuel
de Nóbrega. Esse plano
iniciava com a aprendizagem
do português e passava pela
doutrina cristã. Depois disso
eram encaminhados as
escolas de ler e escrever,
onde também podiam ter
acesso ao canto orfeônico e a
música instrumental. Depois
disso recebiam a formação
profissional e agrícola e
aprendiam a língua latina.
Mais tarde todas as escolas
jesuítas eram regulamentadas
por um documento, escrito
por Inácio de Loiola, chamado
de Ratio Studiorum
Inácio de Loyola
Data incerta em 1491, Castelo de Loyola, País Basco, Espanha
31/07/1556, Roma, Itália
O Esse programa de
estudos iniciava com
um curso de
humanidades e
passava por um curso
de filosofia e por último
teologia. Os que
pretendiam seguir as
profissões liberais iam
estudar na Europa, na
Universidade de
Coimbra, em Portugal,
a mais famosa no
campo das ciências
jurídicas e teológicas, e
na França, a mais
procurada na área da
medicina.
O É importante destacar,
portanto, que os jesuítas
trabalharam em duas
frentes. De um lado, as
escolas e colégios serviam
para atender os órfãos
portugueses e os filhos da
elite colonial. Esses, depois
de concluírem a formação
oferecida no Brasil, eram
encaminhados a metrópole
para concluir seus estudos.
De outro lado, estavam as
reduções, que serviam para
proteger os índios dos
bandeirantes, que queriam
escravizá-los, e para educá-
los e catequizá-los.
O No Brasil, a redução mais
conhecida, principalmente pela
sua preservação, é a redução de
São Miguel Arcanjo no Rio
grande do sul. As missões
jesuíticas na América
eramaldeamentos indígenas
O Organizados e administrados
pelos jesuítas. No ano de 1630,
nos vinte aldeamentos
construídos, os padres
abrigavam por volta de 70.000
indígenas O objetivo principal
dessas missões era o de criar
uma sociedade de acordo com
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Esses aldeamentos eram muito
importantes, pois, devido à
mobilidade de muitas tribos, os
padres não encontravam povos
anteriormente visitados. Dessa
forma, não conseguiam dar
seqüência ao processo
civilizatório e educacional.
O Dentro desses aldeamentos,
o grande objetivo, mesmo em
termos educacionais, era a
conversão dos índios. Os
Jesuítas primeiro
introduziram o ensino
profissional. Na seqüência,
ministravam o ensino
elementar. Esse ensino era
organizado em classes para
contar, ler, soletrar, escrever
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crianças indígenas os padres
recolhiam o material para a
organização da língua. Eles
conseguiam ampliar sua obra
catequizadora ensinando as
crianças canções que mais
tarde eram repetidas para os
parentes na própria língua
indígena
O Um dos primeiros expedientes
metodológicos utilizados pelos
padres jesuítas para a educação
dos índios foi a música.
O . Com ela, os padres
conseguiam a atenção e a
simpatia dos índios. Faziam uso
dos instrumentos nativos e
compunham na língua indígena
músicas que falavam do deus
cristão.
O Com o teatro os jesuítas
também promoveram a
educação e a evangelização.
Da mesma forma que fizeram
com a música, eles usavam
peças na língua tupi ou em
português para falar dos
santos, anjos e do deus
cristão. Essas peças ficaram
conhecidas como autos.
O A dança foi outro recuso
usado pelos jesuítas. Os
padres comemoravam datas
do calendário cristão e
convidavam os índios para
celebrar essas datas com
suas danças
O A maioria dos índios não
percebia, mas, aos
poucos, com a música, o
teatro e a dança, os
padres estavam
introduzindo na sua rotina
comportamentos e rituais
tipicamente cristãos.
O Até 1759, quando foram
expulsos de todas as
colônias portuguesas por
decisão de Sebastião
José de Carvalho, o
marquês de Pombal,
primeiro-ministro de
Portugal, os jesuítas
tinham 25 residências, 36
missões e 17 colégios e
seminários.
O Dessa forma, como
nos diz Saviani (2010,
p.26-27), é possível
perceber que o início
da educação brasileira
é marcado,
principalmente, pela
colonização, enquanto
exploração da terra,
aculturação, enquanto
submissão forçada
dos índios a cultura
européia e
catequização dos
índios na fé cristã.
Sebastião José de Carvalho e Melo.
Marquês de Pombal
13/05/ 1699, Lisboa, Portugal
08/05/1782, Pombal, Portuga
As ordens religiosas e a Educação Colonial
O Segundo Saviani (2010), os
primeiros missionários a
chegar ao Brasil, na frota de
Cabral, foram os
franciscanos. Celebraram a
primeira missa na nova terra,
mas logo foram embora
(1500). Depois disso, 1516-
1534, novos grupos de
franciscanos chegaram.
Alguns foram mortos, como
os que fixaram residência em
Porto Seguro, e outros
conseguiram desenvolver
uma grande ordem
catequética, como os
espanhóis na região sul do
Brasil.
O Eles constituíram o regime de
internato e ensinavam além
da doutrina diversos ofícios,
como por exemplo, lavrar a
terra.Na sequência, outros
franciscanos chegaram a
diversas regiões do Brasil, e
em 1585 foi fundada em
Olinda a primeira Custódia do
Brasil com o Convento de
Nossa Senhora das Neves de
Olinda. Tanto os
franciscanos, como os
jesuítas tiveram um papel
importante na cultura do povo
brasileiro, mas como houve
uma predominância jesuítica,
tiveram maior influência na
história da educação
brasileira. (Saviani, 2010, p.
40)
O Outra ordem religiosa
apontada por Saviani (2010,
p.40-41) que chegou no
século XVI ao Brasil foram os
beneditinos. Instalaram-se em
salvador com a intenção de
construir um mosteiro.
Depois construíram outros
em Olinda, Rio de Janeiro,
Paraíba do Norte e São Paulo.
Os beneditinos não tinham a
intenção de instruir, mas a
população que se instalou ao
redor dos mosteiros sentiu
essa necessidade, então
surgiram os colégios de São
Bento. Outras ordens
religiosas se fizeram
presentes no território
brasileiro, mas não
conseguiram um papel
relevante na educação
O Ao contrário disso, os jesuítas
tinham o apoio da Coroa
portuguesa e das autoridades
coloniais, vindo a exercer o
monopólio da educação nos
dois primeiros séculos da
colonização. (Saviani, 2010, p.
41)
O Segundo Ribeiro (1998, p.26), a
preocupação da escolaridade e
da formação de sacerdotes para
a catequese, desencadeou o
surgimento do primeiro plano
educacional (por Manuel de
Nóbrega), que tinha como
intuito o recolhimento, nos
quais se educassem os
mamelucos, os órfãos e os
filhos dos principais caciques,
além dos filhos dos colonos, em
regime de externato
O Aprendiam português,
doutrina cristã, ler e escrever,
canto orfeônico, música
instrumental e tinha ainda
uma bifurcação tendo em um
dos lados o aprendizado
profissional e agrícola e, do
outro, aula de gramática e
viagem de estudos à Europa.
Os índios não se adaptaram
ao catolicismo, então foram
capacitados no ensino
profissional e agrícola, para
exercerem funções
essenciais à vida da colônia.
O Nóbrega visava “uma extensa
cadeia de colégios nas
povoações litorâneas, cujos
elos seriam o colégio da
Bahia ao norte e do de São
Vicente ao sul.”
O .” (Matto,1958 apud Saviani,
2010, p.43) Esses colégios
alimentariam os outros que
seriam implantados. Eles
tinham também um projeto de
educação feminina, mas não
foi aprovado pela metrópole.
Nóbrega desenvolveu uma
prática pedagógica com base
em ideias, materiais e em
uma ação efetivas no
processo de ensino-
aprendizagem. Utilizou da
estratégia de trazer crianças
portuguesas para o Brasil
com a intenção de atrair os
olhares dos indígenas para a
conversão da fé católica.
O Além disso, Saviani (2010, p.44)
afirma que Nobrega visava a
provisão de recursos materiais
(terras) dos colégios jesuítas. Sua
filosofia tradicional religiosa junto
com as ideias pedagógicas
cooperavam com a realidade da
colônia e tinham um fim
predeterminado: a conversão e
conformação da nova situação
pelos gentios.
O Com o intuito de instruir os índios
e criar um vínculo maior com eles,
o padre Anchieta, por sua vez,
conhecedor de línguas,
interessado em facilitar a
comunicação e assim colaborar
com o trabalho pedagógico,
passou a dominar a língua
indígena (Tupi) e organizou sua
gramática com objetivo de civilizar
o povo nativo.
O Ele passou a ser um agente da
“civilização pela palavra” (Saviani,
2010, p.44), importante para a
Contra-Reforma, movimento da
Igreja Católica em oposição à
Reforma protestante de Lutero
(1517). (Saviani, 2010, p.44)
O Dessa forma, a retórica, como
elemento central do Ratio
Studiorum, teve papel importante
no sistema pedagógico. Além do
mais, Anchieta escreveu peças
teatrais e poesias, tendo por tema
o dualismo entre os deuses
indígenas do bem e do mal. Para
os jesuítas as religiões indígenas
não eram obras de Deus e com as
peças pretendiam demonstrar
isso. As práticas pedagógicas
utilizadas até então pelos jesuítas
foram formuladas de acordo com
as condições encontradas pelos
portugueses na nova terra
(Saviani, 2010, p.44).
Biografia:
HISTÓRIA DAS IDEIAS PEDAGÓGICAS NO BRASIL
Autor: Dermeval Saviani
O VENCEDOR DO PRÊMIO JABUTI 2008 NA
CATEGORIA EDUCAÇÃO, PSICOLOGIA E
PSICANÁLISE
O Pela primeira vez vem à luz um livro cobrindo
toda a história da educação brasileira, desde
suas origens indígenas até os dias atuais. Todos
os que se interessam pela nossa história
dispõem, agora, de uma valiosa via de acesso
ao conhecimento desse importante capítulo da
cultura brasileira: as ideias pedagógicas. Os
professores, em especial, têm nas mãos um
instrumento de grande utilidade para o
desenvolvimento do trabalho com os alunos em
sala de aula. Tomando esta obra como roteiro,
assegura-se aos estudantes uma visão de
conjunto da educação brasileira em sua
tranjetória histórica. E, recorrendo às
abundantes referências bibliográficas, o
professor pode selecionar textos fundamentais
para organizar seminários de aprofundamentos
sobre temas específicos a serem trabalhados
por grupos de alunos num instigante processo
de enriquecimento curricular. Texto base para a
disciplina de história da educação, o livro
contém subsídios suscetíveis de auxiliar
significativamente o trabalho docente das mais
diferentes disciplinas integrantes
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Educação no Período Colonial Brasileiro pelos Jesuítas

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Educação no Período Colonial Brasileiro pelos Jesuítas

  • 1. Aula de Pedagogia A Educação no Período Colonial (1500-1822 ) prof: Ellington Alexandre
  • 2. A Educação no Período Colonial (1500-1822) O Começo
  • 3. O Em geral, afirmamos que a história da educação brasileira começa com a chegada dos primeiros jesuítas ao território brasileiro. Em março de 1549, chega o primeiro governador geral, Tome de Souza, e os primeiros jesuítas sob o comando do Padre Manoel de Nóbrega. Cerca de quinze dias após a chegada, edificaram a primeira escola elementar brasileira, em Salvador. Contudo, ao afirmar isso, esquecemos que os moradores que aqui viviam os Índios, ao seu modo, também educavam suas crianças. O Ainda não sabemos muito sobre a educação dos índios naquela época. Sabemos, no entanto, que a educação dos índios se dava por toda a vida. Ou seja, mesmo depois de adultos os índios continuavam a ser educados. De acordo com Saviani (2010, p.36), os índios viviam em comunas, comunidades que viviam numa economia natural e de subsistência. A educação não era dividida por classes. Pelo contrário, todos tinham acesso à educação. A única diferença estava na distribuição do que aprendiam de acordo com o sexo.
  • 4. 18/10/1517, ? - Portugal 18/10/1570, Rio de Janeiro (RJ) Tomé de Souza Padre Manoel da Nóbrega ?/?/1515 (?), Rates, Portugal 29/1/1579 (?), Portuga
  • 5. O Saviani (2010, p.36-37) afirma que a educação indígena era acessível a todos. A transmissão de conhecimentos se dava de forma direta na vida cotidiana. As preleções dos principais eram muito importantes pela experiência dos membros mais velhos das tribos. Os índios aprendiam de forma espontânea e não programada. Aprendiam pela força da tradição, pela força da ação e pela força do exemplo. Contudo, não há uma pedagogia no sentido de uma reflexão sobre a prática pedagógica O O noviço José de Anchieta foi o mais conhecido entre os primeiro jesuítas a chegar ao território brasileiro. Sabemos que ele foi mestre no Colégio de Piratininga e missionário em São Vicente. Escreveu na areia os "Poemas à Virgem Maria". Foi missionário também no Rio de Janeiro e Espírito Santo. Esteve à frente da Companhia de Jesus como provincial de 1579 a 1586. Também foi reitor do conhecido Colégio do Espírito Santo. Sua obra mais conhecida é a Arte de gramática da língua mais usada na costa do Brasil
  • 6. José de Anchieta nasceu em 19 de março de 1534 em Tenerife, Ilhas Canárias, Espanha Faleceu em 9 de junho de 1597 no Espirito Santo
  • 7. O Em 1570 a obra jesuítica já era composta por cinco escolas de instrução elementar (Porto Seguro, Ilhéus, São Vicente, Espírito Santo e São Paulo de Piratininga) e três colégios (Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia). Depois de 21 anos da presença dos jesuítas, eles já haviam se instalado do norte ao sul principalmente nas regiões litorâneas. O Inicialmente as escolas funcionavam de acordo com o plano de estudos de Manuel de Nóbrega. Esse plano iniciava com a aprendizagem do português e passava pela doutrina cristã. Depois disso eram encaminhados as escolas de ler e escrever, onde também podiam ter acesso ao canto orfeônico e a música instrumental. Depois disso recebiam a formação profissional e agrícola e aprendiam a língua latina. Mais tarde todas as escolas jesuítas eram regulamentadas por um documento, escrito por Inácio de Loiola, chamado de Ratio Studiorum
  • 8. Inácio de Loyola Data incerta em 1491, Castelo de Loyola, País Basco, Espanha 31/07/1556, Roma, Itália
  • 9. O Esse programa de estudos iniciava com um curso de humanidades e passava por um curso de filosofia e por último teologia. Os que pretendiam seguir as profissões liberais iam estudar na Europa, na Universidade de Coimbra, em Portugal, a mais famosa no campo das ciências jurídicas e teológicas, e na França, a mais procurada na área da medicina. O É importante destacar, portanto, que os jesuítas trabalharam em duas frentes. De um lado, as escolas e colégios serviam para atender os órfãos portugueses e os filhos da elite colonial. Esses, depois de concluírem a formação oferecida no Brasil, eram encaminhados a metrópole para concluir seus estudos. De outro lado, estavam as reduções, que serviam para proteger os índios dos bandeirantes, que queriam escravizá-los, e para educá- los e catequizá-los.
  • 10. O No Brasil, a redução mais conhecida, principalmente pela sua preservação, é a redução de São Miguel Arcanjo no Rio grande do sul. As missões jesuíticas na América eramaldeamentos indígenas O Organizados e administrados pelos jesuítas. No ano de 1630, nos vinte aldeamentos construídos, os padres abrigavam por volta de 70.000 indígenas O objetivo principal dessas missões era o de criar uma sociedade de acordo com os ideais cristãos e iluministas. Esses aldeamentos eram muito importantes, pois, devido à mobilidade de muitas tribos, os padres não encontravam povos anteriormente visitados. Dessa forma, não conseguiam dar seqüência ao processo civilizatório e educacional. O Dentro desses aldeamentos, o grande objetivo, mesmo em termos educacionais, era a conversão dos índios. Os Jesuítas primeiro introduziram o ensino profissional. Na seqüência, ministravam o ensino elementar. Esse ensino era organizado em classes para contar, ler, soletrar, escrever e rezar em latim. Com as crianças indígenas os padres recolhiam o material para a organização da língua. Eles conseguiam ampliar sua obra catequizadora ensinando as crianças canções que mais tarde eram repetidas para os parentes na própria língua indígena
  • 11. O Um dos primeiros expedientes metodológicos utilizados pelos padres jesuítas para a educação dos índios foi a música. O . Com ela, os padres conseguiam a atenção e a simpatia dos índios. Faziam uso dos instrumentos nativos e compunham na língua indígena músicas que falavam do deus cristão. O Com o teatro os jesuítas também promoveram a educação e a evangelização. Da mesma forma que fizeram com a música, eles usavam peças na língua tupi ou em português para falar dos santos, anjos e do deus cristão. Essas peças ficaram conhecidas como autos. O A dança foi outro recuso usado pelos jesuítas. Os padres comemoravam datas do calendário cristão e convidavam os índios para celebrar essas datas com suas danças
  • 12. O A maioria dos índios não percebia, mas, aos poucos, com a música, o teatro e a dança, os padres estavam introduzindo na sua rotina comportamentos e rituais tipicamente cristãos. O Até 1759, quando foram expulsos de todas as colônias portuguesas por decisão de Sebastião José de Carvalho, o marquês de Pombal, primeiro-ministro de Portugal, os jesuítas tinham 25 residências, 36 missões e 17 colégios e seminários. O Dessa forma, como nos diz Saviani (2010, p.26-27), é possível perceber que o início da educação brasileira é marcado, principalmente, pela colonização, enquanto exploração da terra, aculturação, enquanto submissão forçada dos índios a cultura européia e catequização dos índios na fé cristã.
  • 13. Sebastião José de Carvalho e Melo. Marquês de Pombal 13/05/ 1699, Lisboa, Portugal 08/05/1782, Pombal, Portuga
  • 14. As ordens religiosas e a Educação Colonial O Segundo Saviani (2010), os primeiros missionários a chegar ao Brasil, na frota de Cabral, foram os franciscanos. Celebraram a primeira missa na nova terra, mas logo foram embora (1500). Depois disso, 1516- 1534, novos grupos de franciscanos chegaram. Alguns foram mortos, como os que fixaram residência em Porto Seguro, e outros conseguiram desenvolver uma grande ordem catequética, como os espanhóis na região sul do Brasil. O Eles constituíram o regime de internato e ensinavam além da doutrina diversos ofícios, como por exemplo, lavrar a terra.Na sequência, outros franciscanos chegaram a diversas regiões do Brasil, e em 1585 foi fundada em Olinda a primeira Custódia do Brasil com o Convento de Nossa Senhora das Neves de Olinda. Tanto os franciscanos, como os jesuítas tiveram um papel importante na cultura do povo brasileiro, mas como houve uma predominância jesuítica, tiveram maior influência na história da educação brasileira. (Saviani, 2010, p. 40)
  • 15. O Outra ordem religiosa apontada por Saviani (2010, p.40-41) que chegou no século XVI ao Brasil foram os beneditinos. Instalaram-se em salvador com a intenção de construir um mosteiro. Depois construíram outros em Olinda, Rio de Janeiro, Paraíba do Norte e São Paulo. Os beneditinos não tinham a intenção de instruir, mas a população que se instalou ao redor dos mosteiros sentiu essa necessidade, então surgiram os colégios de São Bento. Outras ordens religiosas se fizeram presentes no território brasileiro, mas não conseguiram um papel relevante na educação O Ao contrário disso, os jesuítas tinham o apoio da Coroa portuguesa e das autoridades coloniais, vindo a exercer o monopólio da educação nos dois primeiros séculos da colonização. (Saviani, 2010, p. 41) O Segundo Ribeiro (1998, p.26), a preocupação da escolaridade e da formação de sacerdotes para a catequese, desencadeou o surgimento do primeiro plano educacional (por Manuel de Nóbrega), que tinha como intuito o recolhimento, nos quais se educassem os mamelucos, os órfãos e os filhos dos principais caciques, além dos filhos dos colonos, em regime de externato
  • 16. O Aprendiam português, doutrina cristã, ler e escrever, canto orfeônico, música instrumental e tinha ainda uma bifurcação tendo em um dos lados o aprendizado profissional e agrícola e, do outro, aula de gramática e viagem de estudos à Europa. Os índios não se adaptaram ao catolicismo, então foram capacitados no ensino profissional e agrícola, para exercerem funções essenciais à vida da colônia. O Nóbrega visava “uma extensa cadeia de colégios nas povoações litorâneas, cujos elos seriam o colégio da Bahia ao norte e do de São Vicente ao sul.” O .” (Matto,1958 apud Saviani, 2010, p.43) Esses colégios alimentariam os outros que seriam implantados. Eles tinham também um projeto de educação feminina, mas não foi aprovado pela metrópole. Nóbrega desenvolveu uma prática pedagógica com base em ideias, materiais e em uma ação efetivas no processo de ensino- aprendizagem. Utilizou da estratégia de trazer crianças portuguesas para o Brasil com a intenção de atrair os olhares dos indígenas para a conversão da fé católica.
  • 17. O Além disso, Saviani (2010, p.44) afirma que Nobrega visava a provisão de recursos materiais (terras) dos colégios jesuítas. Sua filosofia tradicional religiosa junto com as ideias pedagógicas cooperavam com a realidade da colônia e tinham um fim predeterminado: a conversão e conformação da nova situação pelos gentios. O Com o intuito de instruir os índios e criar um vínculo maior com eles, o padre Anchieta, por sua vez, conhecedor de línguas, interessado em facilitar a comunicação e assim colaborar com o trabalho pedagógico, passou a dominar a língua indígena (Tupi) e organizou sua gramática com objetivo de civilizar o povo nativo. O Ele passou a ser um agente da “civilização pela palavra” (Saviani, 2010, p.44), importante para a Contra-Reforma, movimento da Igreja Católica em oposição à Reforma protestante de Lutero (1517). (Saviani, 2010, p.44) O Dessa forma, a retórica, como elemento central do Ratio Studiorum, teve papel importante no sistema pedagógico. Além do mais, Anchieta escreveu peças teatrais e poesias, tendo por tema o dualismo entre os deuses indígenas do bem e do mal. Para os jesuítas as religiões indígenas não eram obras de Deus e com as peças pretendiam demonstrar isso. As práticas pedagógicas utilizadas até então pelos jesuítas foram formuladas de acordo com as condições encontradas pelos portugueses na nova terra (Saviani, 2010, p.44).
  • 18. Biografia: HISTÓRIA DAS IDEIAS PEDAGÓGICAS NO BRASIL Autor: Dermeval Saviani O VENCEDOR DO PRÊMIO JABUTI 2008 NA CATEGORIA EDUCAÇÃO, PSICOLOGIA E PSICANÁLISE O Pela primeira vez vem à luz um livro cobrindo toda a história da educação brasileira, desde suas origens indígenas até os dias atuais. Todos os que se interessam pela nossa história dispõem, agora, de uma valiosa via de acesso ao conhecimento desse importante capítulo da cultura brasileira: as ideias pedagógicas. Os professores, em especial, têm nas mãos um instrumento de grande utilidade para o desenvolvimento do trabalho com os alunos em sala de aula. Tomando esta obra como roteiro, assegura-se aos estudantes uma visão de conjunto da educação brasileira em sua tranjetória histórica. E, recorrendo às abundantes referências bibliográficas, o professor pode selecionar textos fundamentais para organizar seminários de aprofundamentos sobre temas específicos a serem trabalhados por grupos de alunos num instigante processo de enriquecimento curricular. Texto base para a disciplina de história da educação, o livro contém subsídios suscetíveis de auxiliar significativamente o trabalho docente das mais diferentes disciplinas integrantes dosCURRÍCULOS escolares